O Convite é um thriller que faz crítica ao poder e influência nociva que cultos religiosos têm sobre seus discípulos, bem como a capacidade das pessoas em não questionar o que é correto do ponto de vista ético-moral trazida por tais doutrinas. O clima de suspense que mexe com nosso psicológico é trazido pela diretora Karyn Kusama, que tem feito um ótimo trabalho. Na série O Homem do Castelo Alto, ela consegue ser muito boa na orientação [mostrando desde cenários em grande escala até o foco no enquadramento nos personagens e suas emoções]. Aqui em O Convite, ela cria um clima de tensão desde o início, quando "Will começa a suspeitar que os visitantes têm planos sinistros contra ele".
Um romance colossal que nos inunda com a sensualidade e o erotismo no relacionamento entre duas pessoas diferentes no modo de viver e pensar. A história, inteligente e peculiar, foi feita para tentarmos entender o comportamento humano. A relação entre Hanna e Michael é muito bonita. Ela era uma figura de extrema importância em seu desenvolvimento e parte integral de sua história.
Esse é um filme que emociona e nos impacta de várias formas. Super recomendo.
A personagem da Hanna [interpretada pela brilhante Kate Winslet] fez parte da SS, que foi um grupo liderado por um dos nazistas do mais alto escalão do Terceiro Reich, o Heinrich Himmler. Os oficiais da SS eram identificados pelo símbolo de dois raios brancos nos seus colarinhos pretos [ϟ ϟ]. Essa organização dentro da estrutura das ideias do Führer foi a joia da coroa nazista: A Gestapo, que era o departamento da polícia secreta; o SD [Sicherheitsdienst] que era o serviço de inteligência; a Sicherheitspolizei [conhecida também como SiPo] que era o departamento que controlava as "polícias" da Alemanha; o Einsatzgruppen, que tinha o objetivo de exterminar grupos étnicos, como judeus e ciganos, por exemplo. Todos esses grupos faziam parte da SS, que agia de forma sistemática e organizada, cujo lema era "Meine Ehre heißt Treue" [Minha honra chama-se lealdade]. Hanna fazia parte dela.
Hanna Schmitz mereceu ser condenada? Independentemente dela saber ler ou não, ela agiu por vontade própria no assassinado de inúmeros judeus, direta ou indiretamente [Stanley Milgram está ai pra justificar a obediência nazista]. Uma mistura de pena com repulsa, diria eu. Entretanto, o professor de direito Rohl [interpretado pelo também brilhante Bruno Ganz] levanta a seguinte questão: para provar um homicídio é necessário provar intensão! É a lei, diz ele [não a lei de hoje, mas a lei da época do ocorrido]. A questão não era se aquilo [a morte dos judeus] era correto ou errado, mas se era ilegal. O professor ainda continua o diálogo dizendo que as leis são limitadas. E sob essa ideia ele nos guia para a resposta da pergunta: embora Hanna soubesse do que estava fazendo, embora ela tenha agito por vontade própria, como ela mesma afirmou em seu depoimento, ela tem o amparo da justificativa de que suas ações eram feitas sob a lei [ela era guarda e portanto seu trabalho era se certificar que nenhum judeu fugisse do local] e mesmo com toda essa estrutura lógica, ela é condenada sob a omissão do seu analfabetismo, que poderia mudar seu julgamento.
A partir desse momento, descobrimos que Hanna era uma mulher adulta sem conhecimento sobre a adversidade da vida [impressão minha], sem educação formal, sem intelecto, mas ao mesmo tempo era uma menina por dentro, com paixão pela literatura, pela vida, assim como qualquer outra pessoa. E nessa mescla de ternura e repulsa entre a personagem, nos deparamos com as decisões que o Michael [interpretado pelo ator que fez o Valdemort] teria que fazer. Afinal de contas, eles tinham um histórico sentimental.
Fiquei de coração partido quando ela se suicidou. Achei o final muito singelo entre Michael e sua filha. Ansioso para ler o livro e mergulhar nas nuances dessa história magnífica. Um dos meus favoritos, com certeza!
Suite Francesa realmente é um filme baseado nos manuscritos de Irène Némirovsky. Antes de ser levada para Auschwitz, ela deixou essa história com suas filhas. Como sabemos historicamente, a França foi tomada, por um breve momento, pelas forças obscuras do nazismo. Tal ocupação mostrada no filme é baseada em fatos reais sim [embora alguns discordem], mas a história, de fato, pode ter sido um romance baseado na realidade que a autora presenciou.
Esse é aquele tipo de filme que eu espero um show de atuação dos personagens, dada a época em que a história se passa e o plano de fundo: ocupação nazista, em 1940.
A atuação de Michelle Williams é exponencialmente melhor aqui em Suite Francesa do que em Manchester à Beira-Mar [onde eu não entendo até hoje o motivo dessa indicação dela de melhor atriz coadjuvante ao Oscar. Mas esse é outro debate]. A personagem Lucile é introspectiva, sutil e até de certa forma retraída, justificado pela pela firme liderança de sua sogra Madame Angellier [interpretada pela excelente Kristin Scott Thomas], mas ela também é muito combativa e determinada a enfrentar alguns problemas para alcançar alguns objetivos.
Matthias Schoenaerts, que já vem treinado por papéis anteriores em ser soldado ou oficial de alguma instituição nacional, consegue trazer aquela energia de "sou nazista, mas não sei o porquê" [dada a escolha de Sofia que ele teve que fazer]. Sam Riley é consistente na atuação e fundamental para o desfecho da trama.
Esse é o slogan que é apresentado no trailer. E o filme caminha sob esse enquadramento. Ao cair da noite, o terror psicológico se assola pela casa, sob a paranoia do personagem Paul, que demonstra atitudes sugestivas.
Alguns pontos: - O uso da máscara de ar: um sinal de medo do personagem Paul [interpretado pelo Joel Edgerton] com o que está lá fora, mas podemos perceber que ele não usa ela em vários momentos.
- O surgimento da nova família: Paul questiona o outro homem se ele tem ideia do que está "lá fora", mas o rapaz, que amarrado ao tronco de árvore, nega saber de algo. Aqui mora a chave para toda a minha suspeita quanto a sanidade do personagem principal. Paul trancafia todos em sua casa sob a suspeita de haver algo de terrível lá fora durante a noite.
A trama não nos mostra de verdade o que acontece naquele lugar quando a noite cai. Nosso próprio psicológico completa as suspeitas que os próprios personagens vão levantando no filme: sonho, pesadelo, paranoia, realidade, treta... e chegamos a um final trágico, com pessoas sob a influência do medo.
Michael Moore já venceu o César de melhor filme estrangeiro e o Oscar de melhor filme documentário por "Bowling for Columbine", em 2001. Ele sabe o que faz e tem conteúdo reflexivo em seus materiais. Nos faz refletir sobre certas condutas da sociedade, governos, empresas e organizações. Se ele não "causar" em seus filmes, não é Michael Moore.
Em Capitalismo: Uma História de Amor, sob uma certa ironia no título, ele faz crítica à crise americana [vide: "A Crise do Subprime é uma crise financeira desencadeada em 24 de julho de 2007, a partir da queda do índice Dow Jones motivada pela concessão de empréstimos hipotecários de alto risco"]. Comenta-se que esse é um dos maiores "roubos" da história, e ninguém coloca holofote nisso. Moore não faz disso um escândalo, apenas aponta o dedo para aquilo que pra ele já é praxe.
Confesso que estou tendo dificuldades para gostar da atuação da Jennifer Lawrence após seu papel em mother! [onde, na minha opinião, Darren Aronofsky conseguiu fazer uma limpa naquelas exageradas expressões que ela vinha carregando desde O Lado bom da Vida, Trapaça, Joy.. e por aí vai].
Operação Red Sparrow prometeu ser aquela peça russa com muita vodka, rancor e nudez, onde a personagem principal, que de boba não tem nada, é mais cruel que o bandido do filme. Mas talvez eu tenha me precipitado vendo o trailer.
O sotaque quebrado nunca funciona em filme nenhum [a narrativa, na minha opinião, deveria usar uma atriz russa que soubesse falar inglês ou usar a americana Jennifer Lawrence falando inglês mesmo, sem aquela pretensão de nos guiar para uma atmosfera de " personagens estrangeiros falando inglês com sotaque" ¬¬
Sob a trama: nada demais. Um plot legal com muita sedução. Exceto pelo clima de dúvida quanto ao caráter dos personagens e a não linearidade de suas ações [foi isso que me manteve preso ao filme para tentar entender o que os levou a fazer certas ações e qual seriam seus respectivos finais].
Estrelinhas para a Charlotte Rampling, que faz meus olhos brilharem quando a vejo em cena. Aquele estoicismo que ela carrega nas suas expressões é de matar!
Assim como no seu outro filme, Miss Sloane [ou na livre tradução brasileira, Armas na Mesa], Jessica Chastain consegue ser aquela personagem firme e destemida que gostamos de apreciar nas telinhas [torrent, YouTube ou no live stream], sem ser caricata. Aqui, em Molly's Game, ela consegue concorrer ao Globo de Ouro por um papel onde o próprio diretor, o Aaron Sorkin, afirmou em entrevista que ela era a atriz "ideal para seu filme". Por quê? Porque ela pode, né amigos! Chastain consegue se consagrar cada dia mais como uma atriz sólida, focada e comprometida com suas bandeiras [agora como roteirista e produtora do seu mais novo filme: 355. Digamos que ela teve a ideia de produzir um filme com uma versão mais feminista de "As Panteras", ou um "Missão Impossível" mostrando que assim como o homem tem culhões, a mulher tem grelo duro sim!
Idris Elba está impecável também. Acho impressionante como ele consegue ser uma presença forte em cena, mesmo sendo um personagem secundário na história.
O filme é muito bom, mas talvez tenha ficado um material técnico demais. A edição favoreceu o roteiro, que trouxe diálogos rápidos e inteligentes, mas sabe aquela pegada emocional que nos gruda e faz a gente se afeiçoar com tais personagens? Pois é, acho que faltou um pouco disso aqui. Mas eles até fazem alguns momentos de emoção [que eram requeridos], como na cena final, quando ela e o pai desabafam um com o outro. Foi uma cena importantíssima para que a gente conseguisse ver um pouco de humanidade naquela máquina humana, a Molly Bloom. Afinal, ela quase nunca dormia, vivia para ser uma campeã; não para provar a alguém que ela superou sua "contusão", mas porque essa característica era parte de seu caráter. Por ser uma história verídica, é quase inacreditável o que aconteceu [pelo menos pra mim].
Sem muito dinheiro, uma emissora [ABC] decidiu contratar dois formadores de opinião [o conservador William F. Buckley Jr. e o progressista Gore Vidal] para, pela primeira vez na televisão americana, construir um debate com ideologias opostas no âmbito de um noticiário. Resultado:
Falhas do sistema educacional podem sem amplamente discutidas com esse material.
A Instituição [escola cristã retratada no filme] é tida como um verdadeiro santuário de terror, por aqueles que a frequentam. Wolfgang [personagem principal] é tido como um jovem de vida problemática e de atitude rebelde, porém tais elementos de sua personalidade nada mais são do que partes de uma imagem formada por aqueles alemães que já possuem um tradicional e ortodoxo estilo de vida, onde a obediência e o culto à autoridade é protocolo a ser seguido.
O filme retrata inúmeros assuntos, como abuso infantil, educação e sistema, autoridade, ritos e doutrinas religiosas, incesto... mas é muito sufocante perceber que a narrativa se encaminha para atitudes cíclicas. O personagem, embora não concordasse com os abusos sofridos e provocados, se "conformou" com aquele lugar até poder, finalmente, ter sua liberdade. Sua personalidade já não era a mesma. Era um rapaz modificado, assim como centenas de outros garotos que foram trancafiados naquele manicômio.
Jeremy Rifkin diluiu algumas perguntas feitas pela plateia em utopias também [se contrapondo com sua própria negação dessa ideia]. Quando perguntado sobre grandes monopólios e a dificuldade de governos em combater a rígida força de empresas atreladas à Segunda Revolução Industrial, ele simplesmente induz o ouvinte a acreditar que a geração Millennial, por si só, fará um movimento com mesma força, mesma intensidade, mas sentido contrário ao que os big bosses vem fazendo. Não acredita em utopias, mas induz a plateia a crer que tudo dará certo porque é intrínseco dessa geração ser subversiva. Outra questão abordada foi sobre o uso da água, mas ele manteve a resposta na superficialidade, ao meu ver.
Achei os dados científicos trazidos por ele de grande relevância. Suas experiências com a Angela Merkel foram realmente importantes para endossar o assunto.
A pergunta que eu gostaria de fazer a ele era sobre alguns lugares do planeta [como a Índia, por exemplo] que usam biomassa para ter acesso à eletricidade, ainda não possuem energia elétrica do modo convencional como nós [por usinas hidrelétricas, reatores nucleares, queima de combustíveis fósseis ou outras fontes de energia limpa]. Imaginemos uma elevação na condição humana dessas pessoas que ainda vivem em outra realidade àquela demonstrada no documentário. O aumento de emissão de CO2 aumentaria mais do que exponencialmente (como é comentado no documentário Before The Flood). Me parece que a Terceira Revolução Industrial alavanca apenas uma parcela do planeta. Em um sentido macro e metafórico, funciona mudar a realidade de apenas um lado da ponte para a manutenção de um planeta melhor ?
Há tantos pontos que eu gostaria de expandir: a relação dos países integrantes dos BRICS com esse cenário revolucionário trazido pelo economista; o papel da ONU frente ao crescente investimento em armas nucleares; A pergunta sobre o lado psicológico que foi feita por um senhor da plateia foi incrível, pois como condicionar as pessoas a um movimento se não há mudança na visão de mundo? [mas eu realmente não tenho dados nem informações substanciais para me aprofundar no debate. Porém fica aqui a semente para a nossa reflexão].
O título do filme na livre tradução brasileira ficou genial [melhor que o original, inclusive].
É um filme com muitas mensagens e muito conteúdo reflexivo. O filme se perde em muitos pontos, cresce em outros. Um roteiro que tinha inúmeras opções de desfecho e opta por mostrar a crença e descrença dos personagens no que tange a vida/ pós vida.
A atuação da atriz principal foi prejudicada pelo roteiro, que se apequenou frente à premissa de que ela era assassina, e isso por si só bastaria [engano]. Olga estava o tempo todo tentando demonstrar desconforto, solidão de espírito, não se afeiçoava com ninguém [raras exceções]. Não houve desenvolvimento da personagem. A carta que ela escreve [e que está transcrito em um dos comentário aqui em baixo] foi, ao meu ver, o momento mais importante do filme, pois faz síntese a toda a tragédia que ela vivia dentro de si mesma. Fora isso, não há aprofundamento das questões que a perturbavam.
A sinopse diz que ela era membro de uma família de coração frio. Eu, particularmente, discordo pelo que nos foi mostrado. O roteiro peca em não desenvolver a relação de Olga com a família.
É muito desolador perceber que uma pessoa chega a essa conclusão:
"Sou incapaz de criar e fazer parte de um relacionamento humano. Sou um ser humano destruído. Um ser humano destruído por pessoas. Portanto, tenho uma escolha: me matar, ou matar outras pessoas."
Um filme tocante com pitadas de humor, tornando o que era drama pesado em aprendizado. Achei muito interessante a luta pela vida do personagem; a luta da esposa amorosa e guerreira; os amigos leais que estava sempre presentes! É um filme muito bonito que mexe com nosso sentido de empatia! Recomendo.
Achei um filme singelo. Não há todo aquele brilhantismo e exuberância como é retratado em A Paixão de Cristo, por exemplo. O foco aqui é expor visões diferentes da história, seja pelos olhos de Jesus, de Judas, Pedro ou da própria Maria Madalena. Gostei muito das questões levantadas acerca das justificativas reais de alguns fatos. Não conheço essa parte da história com profundidade para poder discursar sobre, mas o filme me instigou a pesquisar alguns pontos e certamente o farei. Um final poético como esse teve meu reconhecimento!
Trecho de um diálogo: "Cético na causa: - O seu Karl Marx continua a acreditar na evolução das forças naturais querendo negociar com os patrões cara a cara para obter aumento de salário. É preciso tacar fogo em todas as cidades, arrasar tudo, quando já não restar nada neste mundo... talvez cresça outro melhor.
Trabalhadores: - Não chegaremos a esse extremo. O Operário sozinho não é ninguém, mas unido representa uma grande força." E uma semente em solo fértil sempre brotará... se não hoje, amanhã!
Um filme singelo e prazeroso de assistir. Nenhum filme do Hayao Miyazaki desce o nível. Todos os seus que eu assisti até hoje possuem um grau de sentimentalismo que é sua marca... e nos marca!
Porém eu esperava mais no sentido de desenvolvimento. A casa da família poderia ter sido melhor organizada. Poderiam mostrar a mãe das meninas já fora do hospital e trazendo novos ares para a comunidade. O jardim da frente da casa poderia ser refeito. O mundo mágico do Totoro poderia ser melhor explorado, como é demonstrado com detalhes em A Viagem de Chihiro, por exemplo.
O filme se passa no início do Período Edo, que é uma era conhecida por marcar o início da modernidade no Japão. É um tanto curioso esse contraponto apresentado no filme, já que observamos na narrativa a decadência de uma moça na sociedade japonesa e o humilhante papel relegado às mulheres. Oharu foi sacrificada de muitas formas: saindo de moça pura, passando por concubina, cortesã, prostituta e por fim acabou mendigando, descendo a rampa do declínio em uma velocidade abrupta (no sentido da vida), mas foi lenta e gradualmente demonstrado pela cautelosa direção do filme.
Oharu foi uma cortesã por aptidão, não por gosto. Foi forçada a servir e viver uma vida que não merecia. Uma moça que teve um filho herdeiro de uma herança imensurável e que foi condenada à reclusão perpétua por ter vivido uma vida deplorável. [eles mesmos causaram-na tanta dor e sofrimento e a condenaram por seus próprios erros de falta de humanidade].
Admirando uma estátua conhecida pelos orientais como Arhat (similar ao que é feito no catolicismo com imagens de santos, que representam seres de elevada estatura espiritual), a nossa protagonista observa atentamente às faces dos homens que passaram pela sua vida projetada nos rostos dos Arhats. Uma verdadeira imagem e semelhança daqueles que criam os símbolos espirituais. Nem no subterfúgio religioso ela teve paz de espírito.
Por ter sido acusada de promíscua e puta a todo instante, foi rejeitada do ambiente budista e excluída de ser uma monja (como ela um dia almejou ser). O curioso é que seu fim é ensaiado ao som de canções budistas, enquanto mendigava.
Trecho dos requisitos que a cortesã deveria ter: "Primeiramente, ela deve ter entre 15 e 18 anos. Seu rosto deve ser redondo, de acordo com a moda. Seus olhos devem ser arredondados. Sobrancelhas espessas com bastante espaço entre os olhos. Uma boca pequena, com um conjunto completo de dentes brancos. Longas orelhas com bordas rasas e lóbulos destacados e translúcidos. Um cabelo natural e virgem. Um long pescoço sem penugem. Dedos longos e delgados com unhas diáfanas... pés menores do que 20 cm e com nove arcos. Ela deve ter um torço longo e aprumado. Uma cintura firme, mas não muito musculosa. Um traseiro arredondado. Deve ter um comportamento agradável, uma bela figura independente das vestimentas. De berço nobre, temperamento meigo e sem um único sinal no corpo."
Acho que a base do filme em três aspectos foi muito bem iniciada: I - relação de Freddie Quell com o seu "Mestre" Lancaster Dodd. II - Abordagem do culto A Causa. III - Dinâmica da Família Dodd. Só não concordo que esses pilares foram bem finalizados.
A relação dos personagens no primeiro aspecto é o que torna a história interessante (inicialmente), dada a polidez de Dodd e a rebeldia de Quell. Esse contraponto entre as personalidades é intrigante.
No segundo pilar abordado no filme, traz um culto com a publicação do seu primeiro Livro (com letra maiúscula) já em prática, com símbolos, ritos e uma linha de pensamento definida. A base de toda a doutrina é amparada na "complexidade" filosófica trazida por Dodd e reproduzida por seus seguidores. Sim, seguidores! Tanto que na publicação do segundo Livro, a oradora interpretada pela Laura Dern consulta o seu "Mestre" de como proceder com uma nova mudança de abordagem (trocando a palavra recordação por imaginação, no resgate de experiências de vidas passadas). Esse e muitos outros detalhes fazem A Causa uma doutrina como tantas outras: exigindo um núcleo comum entre a necessidade da dependência de um Mestre ou de algum ensinamento (proveniente de algum outro Mestre) para com o integrante do culto. Amy Adams, representando a mão por trás do Mestre (ver a imagem do último pôster), é o cerne dessa dependência, no culto. A crítica quanto a Cientologia, ao meu ver, ficou super clara! Mas não avança de forma substancial.
Freddie Quell é subversivo na narrativa: ele é o seu próprio mestre!
[Realmente, a cena do interrogatório é muito boa. E eu também achei o final muito importante na descrição do significado do grupo A Causa].
No site Páprica, eles fazem o seguinte comentário sobre um contexto específico do Filme: "Na tentativa de lidar com seu passado mal resolvido, seja por decisões não tomadas, por herança de uma família perturbada ou ainda por traumas vividos na guerra, o ex marinheiro busca refúgio em drinques que fariam um motor funcionar (ou que pelo menos removeriam tinta de qualquer superfície). Em um dos melhores momentos do filme, Freddie é questionado quanto aos ingredientes utilizados em suas bebidas, ao que ele responde: “é segredo”. Fica a dúvida se Freddie tem vergonha de admitir que usa combustíveis inflamáveis ou se ele tem consciência que tais “segredos” também são ingredientes para a formação de sua alma atormentada." [haha.. engraçado isso].
Um filme romântico mediano que não fez jus à grande obra de Charlotte Brontë. As atuações de ambos os protagonistas incomoda um pouco: ele, denso e agressivo no tom de voz e nos gestos. Ela, delicada, sólida e amargurada (pelo seu passado sofrido). A junção dos personagens não gerou conexão.
Não o considero uma obra prima, mas é um filme bom sim. Muito criativo no roteiro e belo visualmente. As estações do ano não representaram os sentimentos dos personagens: meio ao inverno, as famílias estavam estonteantes, alegres. Roupas estilosas e vibrantes. Personalidades que se destacavam entre si. Entretanto, durante os períodos de chuva, percebia-se o contraste entre a tristeza e solidão que pairavam na casa do bispo. Quando o Sol aparecia, a casa da avó das crianças enchia-se de brilho e liberdade [libertinagem também].
Um filme que se passa no início do séc XIX traz nos ambientes escuros, velas que iluminam mais que lâmpadas de LED de 20W [achei curioso isso]. Talvez a direção de arte não quis ser literal quanto a iluminação. Mas a fotografia é muito bonita!
Uma pena que o filme não investiu nas crianças. Fanny apareceu pouco e falou meia dúzia de palavras o filme todo. Só observava e esboçou algum sentimento apenas em uma única cena específica. Alexander parecia deslocado aos acontecimentos, mesmo com uma participação um pouco maior.
Reparei que o filme teve cenas corridas em partes importantes. O filme possui pouco mais de 3h [versão que foi para os cinemas], mas em comentários abaixo, falam que o filme original possuía 5h de duração. Talvez isso explique essa desconexão entre algumas cenas que foram mostradas, pois o filme realmente falta em alguns aspectos da narrativa.
É um bom filme, mas com muitas cenas baseadas naquele famoso "salvo pelo gongo".
É aquele tipo de filme que a gente faz uma pipoca pra assistir junto com um tio que adora filmes de guerra e ele é quem narra o filme por uma melhor perspectiva e a gente acaba relevando os erros técnicos do filme.
Gostei muito do filme. Os jump scares acontecem aos montes e é com esse tipo de "susto" que o filme avança. [spoiler alert]
Sob o design de produção: Incrível! Bom gosto nas estampas, iluminação agradável aos olhos e tornando os ambientes ora aconchegantes, ora sombrios. Roupas com caimento de classe. As cortinas com cores incríveis: vermelho escarlate [em veludos], amarelo âmbar [para dar o tom de uma iluminação artificial pela reflexão da luz no tecido], verde oliva escuro [normalmente nas capas dos livros em ambientes como salas de estar], e detalhes em branco pérola. A fotografia é muito boa também, assim como as atuações.
A casa Winchester é rica em detalhes artísticos, como paredes com design do rústico ao minucioso; vasos de flores de diversos tipos, quadros com molduras trabalhadas e infinitas portas e passagens [a casa é gigante mesmo].
O Laudanum [ópium], uma espécie de analgésico com álcool para acalmar os nervos e possíveis dores pelo corpo [bebida usualmente consumida durante a era vitoriana], serviu de base para que Sarah Winchester conseguisse extrair a verdadeira atenção que era requerida para o trabalho do Dr. Eric Price. (para ela, se ele está em sua casa sob a influência de substâncias que podem ofuscar sua "visão" no seu trabalho, nada mais justo do que ambos estarem livres de qualquer tipo de ilícito, afinal o que estava em jogo era a participação dela como acionista majoritária na Winchester Repeating Arms Company).
Funcionários que trabalham, ensandecidamente, na construção da casa também me soaram estranho. A liberdade artística dos roteiristas em desenvolver uma história que, para muitos, pode parecer absurda, na verdade foi bem criativa, ao meu ver. As portas trancafiadas com treze pregos, que abrigavam entidades sofridas pelas balas dos rifles das armas dos Winchester, por gerações, podem servir de premissa para outras histórias de fantasmas. Eles escolheram contar uma [que engrandecendo o conto, era a entidade mais poderosa]. (particularmente não vejo nada de ruim nisso).
Eu estava esperando que no final do filme fosse mostrado algum tipo de explicação mais palatável e condizente com a realidade, e foi feito: o tremor que abalou a Casa Winchester [e que se supunha, até um certo instante, que fosse pela entidade mais poderosa], na verdade foi um sismo que abalou a região de São Francisco, nos Estados Unidos, em 1906.
Em quem acreditar, então? Oras, o tremor de terra foi verdadeiro, mas o laudo do Dr. Eric Price atestando a normalidade das faculdades mentais de Sarah Winchester também é verdadeiro.
(Mas ao meu ver, a participação do próprio Dr. é questionável. Ele mesmo foi contratado pela própria Sarah (para a curiosidade dele também), o que põem em dúvida sua ligação anterior com ela. Seu pagamento foi dobrado na hora de sua contratação. Sua ligação com a empresa é inegável, afinal sua esposa tinha sido morta por um rifle Winchester. Sarah já sabia da história de pós morte do Dr. Eric Price, e ele já sabia que ela tinha livros de registros de todos aqueles que foram baleados por um rifle da empresa. São tantos detalhes que podemos levar em consideração nesse quesito!)
Um dado muito importante é que o filme teve um custo de produção de 3,5 milhões de dólares. Um valor muito baixo e um material muito bem feito.
Duas estrelinhas pelo design de produção que está ótimo e pelos figurantes, que representaram muito bem a categoria dos atores. De resto, meus amigos, fujam!
O Convite
3.3 1,1KO Convite é um thriller que faz crítica ao poder e influência nociva que cultos religiosos têm sobre seus discípulos, bem como a capacidade das pessoas em não questionar o que é correto do ponto de vista ético-moral trazida por tais doutrinas.
O clima de suspense que mexe com nosso psicológico é trazido pela diretora Karyn Kusama, que tem feito um ótimo trabalho. Na série O Homem do Castelo Alto, ela consegue ser muito boa na orientação [mostrando desde cenários em grande escala até o foco no enquadramento nos personagens e suas emoções]. Aqui em O Convite, ela cria um clima de tensão desde o início, quando "Will começa a suspeitar que os visitantes têm planos sinistros contra ele".
O Cálice de Vinho
O Leitor
4.1 1,8K Assista AgoraUm romance colossal que nos inunda com a sensualidade e o erotismo no relacionamento entre duas pessoas diferentes no modo de viver e pensar. A história, inteligente e peculiar, foi feita para tentarmos entender o comportamento humano. A relação entre Hanna e Michael é muito bonita. Ela era uma figura de extrema importância em seu desenvolvimento e parte integral de sua história.
Esse é um filme que emociona e nos impacta de várias formas. Super recomendo.
A personagem da Hanna [interpretada pela brilhante Kate Winslet] fez parte da SS, que foi um grupo liderado por um dos nazistas do mais alto escalão do Terceiro Reich, o Heinrich Himmler. Os oficiais da SS eram identificados pelo símbolo de dois raios brancos nos seus colarinhos pretos [ϟ ϟ]. Essa organização dentro da estrutura das ideias do Führer foi a joia da coroa nazista: A Gestapo, que era o departamento da polícia secreta; o SD [Sicherheitsdienst] que era o serviço de inteligência; a Sicherheitspolizei [conhecida também como SiPo] que era o departamento que controlava as "polícias" da Alemanha; o Einsatzgruppen, que tinha o objetivo de exterminar grupos étnicos, como judeus e ciganos, por exemplo. Todos esses grupos faziam parte da SS, que agia de forma sistemática e organizada, cujo lema era "Meine Ehre heißt Treue" [Minha honra chama-se lealdade]. Hanna fazia parte dela.
Hanna Schmitz mereceu ser condenada? Independentemente dela saber ler ou não, ela agiu por vontade própria no assassinado de inúmeros judeus, direta ou indiretamente [Stanley Milgram está ai pra justificar a obediência nazista]. Uma mistura de pena com repulsa, diria eu. Entretanto, o professor de direito Rohl [interpretado pelo também brilhante Bruno Ganz] levanta a seguinte questão: para provar um homicídio é necessário provar intensão! É a lei, diz ele [não a lei de hoje, mas a lei da época do ocorrido]. A questão não era se aquilo [a morte dos judeus] era correto ou errado, mas se era ilegal. O professor ainda continua o diálogo dizendo que as leis são limitadas. E sob essa ideia ele nos guia para a resposta da pergunta: embora Hanna soubesse do que estava fazendo, embora ela tenha agito por vontade própria, como ela mesma afirmou em seu depoimento, ela tem o amparo da justificativa de que suas ações eram feitas sob a lei [ela era guarda e portanto seu trabalho era se certificar que nenhum judeu fugisse do local] e mesmo com toda essa estrutura lógica, ela é condenada sob a omissão do seu analfabetismo, que poderia mudar seu julgamento.
A partir desse momento, descobrimos que Hanna era uma mulher adulta sem conhecimento sobre a adversidade da vida [impressão minha], sem educação formal, sem intelecto, mas ao mesmo tempo era uma menina por dentro, com paixão pela literatura, pela vida, assim como qualquer outra pessoa. E nessa mescla de ternura e repulsa entre a personagem, nos deparamos com as decisões que o Michael [interpretado pelo ator que fez o Valdemort] teria que fazer. Afinal de contas, eles tinham um histórico sentimental.
Fiquei de coração partido quando ela se suicidou. Achei o final muito singelo entre Michael e sua filha. Ansioso para ler o livro e mergulhar nas nuances dessa história magnífica. Um dos meus favoritos, com certeza!
O inventor do Audiobook
Suite Francesa
3.6 259 Assista AgoraSuite Francesa realmente é um filme baseado nos manuscritos de Irène Némirovsky. Antes de ser levada para Auschwitz, ela deixou essa história com suas filhas. Como sabemos historicamente, a França foi tomada, por um breve momento, pelas forças obscuras do nazismo. Tal ocupação mostrada no filme é baseada em fatos reais sim [embora alguns discordem], mas a história, de fato, pode ter sido um romance baseado na realidade que a autora presenciou.
Esse é aquele tipo de filme que eu espero um show de atuação dos personagens, dada a época em que a história se passa e o plano de fundo: ocupação nazista, em 1940.
A atuação de Michelle Williams é exponencialmente melhor aqui em Suite Francesa do que em Manchester à Beira-Mar [onde eu não entendo até hoje o motivo dessa indicação dela de melhor atriz coadjuvante ao Oscar. Mas esse é outro debate]. A personagem Lucile é introspectiva, sutil e até de certa forma retraída, justificado pela pela firme liderança de sua sogra Madame Angellier [interpretada pela excelente Kristin Scott Thomas], mas ela também é muito combativa e determinada a enfrentar alguns problemas para alcançar alguns objetivos.
Matthias Schoenaerts, que já vem treinado por papéis anteriores em ser soldado ou oficial de alguma instituição nacional, consegue trazer aquela energia de "sou nazista, mas não sei o porquê" [dada a escolha de Sofia que ele teve que fazer]. Sam Riley é consistente na atuação e fundamental para o desfecho da trama.
Sonata à Francesa
Ao Cair da Noite
3.1 976 Assista Agora"O medo transforma homens em monstros"
Esse é o slogan que é apresentado no trailer. E o filme caminha sob esse enquadramento. Ao cair da noite, o terror psicológico se assola pela casa, sob a paranoia do personagem Paul, que demonstra atitudes sugestivas.
Alguns pontos:
- O uso da máscara de ar: um sinal de medo do personagem Paul [interpretado pelo Joel Edgerton] com o que está lá fora, mas podemos perceber que ele não usa ela em vários momentos.
- O surgimento da nova família: Paul questiona o outro homem se ele tem ideia do que está "lá fora", mas o rapaz, que amarrado ao tronco de árvore, nega saber de algo. Aqui mora a chave para toda a minha suspeita quanto a sanidade do personagem principal. Paul trancafia todos em sua casa sob a suspeita de haver algo de terrível lá fora durante a noite.
A trama não nos mostra de verdade o que acontece naquele lugar quando a noite cai. Nosso próprio psicológico completa as suspeitas que os próprios personagens vão levantando no filme: sonho, pesadelo, paranoia, realidade, treta... e chegamos a um final trágico, com pessoas sob a influência do medo.
It Comes The Paranoia
Capitalismo: Uma História de Amor
4.0 221Michael Moore já venceu o César de melhor filme estrangeiro e o Oscar de melhor filme documentário por "Bowling for Columbine", em 2001. Ele sabe o que faz e tem conteúdo reflexivo em seus materiais. Nos faz refletir sobre certas condutas da sociedade, governos, empresas e organizações. Se ele não "causar" em seus filmes, não é Michael Moore.
Em Capitalismo: Uma História de Amor, sob uma certa ironia no título, ele faz crítica à crise americana [vide: "A Crise do Subprime é uma crise financeira desencadeada em 24 de julho de 2007, a partir da queda do índice Dow Jones motivada pela concessão de empréstimos hipotecários de alto risco"]. Comenta-se que esse é um dos maiores "roubos" da história, e ninguém coloca holofote nisso. Moore não faz disso um escândalo, apenas aponta o dedo para aquilo que pra ele já é praxe.
Capitalismo: Uma História de...
Operação Red Sparrow
3.3 598 Assista AgoraConfesso que estou tendo dificuldades para gostar da atuação da Jennifer Lawrence após seu papel em mother! [onde, na minha opinião, Darren Aronofsky conseguiu fazer uma limpa naquelas exageradas expressões que ela vinha carregando desde O Lado bom da Vida, Trapaça, Joy.. e por aí vai].
Operação Red Sparrow prometeu ser aquela peça russa com muita vodka, rancor e nudez, onde a personagem principal, que de boba não tem nada, é mais cruel que o bandido do filme. Mas talvez eu tenha me precipitado vendo o trailer.
O sotaque quebrado nunca funciona em filme nenhum [a narrativa, na minha opinião, deveria usar uma atriz russa que soubesse falar inglês ou usar a americana Jennifer Lawrence falando inglês mesmo, sem aquela pretensão de nos guiar para uma atmosfera de " personagens estrangeiros falando inglês com sotaque" ¬¬
Sob a trama: nada demais. Um plot legal com muita sedução. Exceto pelo clima de dúvida quanto ao caráter dos personagens e a não linearidade de suas ações [foi isso que me manteve preso ao filme para tentar entender o que os levou a fazer certas ações e qual seriam seus respectivos finais].
Estrelinhas para a Charlotte Rampling, que faz meus olhos brilharem quando a vejo em cena. Aquele estoicismo que ela carrega nas suas expressões é de matar!
Operação Art of Seduction
A Grande Jogada
3.7 342 Assista AgoraAssim como no seu outro filme, Miss Sloane [ou na livre tradução brasileira, Armas na Mesa], Jessica Chastain consegue ser aquela personagem firme e destemida que gostamos de apreciar nas telinhas [torrent, YouTube ou no live stream], sem ser caricata. Aqui, em Molly's Game, ela consegue concorrer ao Globo de Ouro por um papel onde o próprio diretor, o Aaron Sorkin, afirmou em entrevista que ela era a atriz "ideal para seu filme". Por quê? Porque ela pode, né amigos! Chastain consegue se consagrar cada dia mais como uma atriz sólida, focada e comprometida com suas bandeiras [agora como roteirista e produtora do seu mais novo filme: 355. Digamos que ela teve a ideia de produzir um filme com uma versão mais feminista de "As Panteras", ou um "Missão Impossível" mostrando que assim como o homem tem culhões, a mulher tem grelo duro sim!
Minhas impressões do filme:
Idris Elba está impecável também. Acho impressionante como ele consegue ser uma presença forte em cena, mesmo sendo um personagem secundário na história.
O filme é muito bom, mas talvez tenha ficado um material técnico demais. A edição favoreceu o roteiro, que trouxe diálogos rápidos e inteligentes, mas sabe aquela pegada emocional que nos gruda e faz a gente se afeiçoar com tais personagens? Pois é, acho que faltou um pouco disso aqui. Mas eles até fazem alguns momentos de emoção [que eram requeridos], como na cena final, quando ela e o pai desabafam um com o outro. Foi uma cena importantíssima para que a gente conseguisse ver um pouco de humanidade naquela máquina humana, a Molly Bloom. Afinal, ela quase nunca dormia, vivia para ser uma campeã; não para provar a alguém que ela superou sua "contusão", mas porque essa característica era parte de seu caráter. Por ser uma história verídica, é quase inacreditável o que aconteceu [pelo menos pra mim].
Poker's Game
Melhores Inimigos
4.1 22Sem muito dinheiro, uma emissora [ABC] decidiu contratar dois formadores de opinião [o conservador William F. Buckley Jr. e o progressista Gore Vidal] para, pela primeira vez na televisão americana, construir um debate com ideologias opostas no âmbito de um noticiário. Resultado:
- "Cale a boca!"
- "criptonazista"
- "sua bicha!" (you queer!)
- "vou socar essa sua maldita cara até você ter de aparecer engessado!"
Pega fogo, cabaré!
Freistatt
4.0 22Falhas do sistema educacional podem sem amplamente discutidas com esse material.
A Instituição [escola cristã retratada no filme] é tida como um verdadeiro santuário de terror, por aqueles que a frequentam. Wolfgang [personagem principal] é tido como um jovem de vida problemática e de atitude rebelde, porém tais elementos de sua personalidade nada mais são do que partes de uma imagem formada por aqueles alemães que já possuem um tradicional e ortodoxo estilo de vida, onde a obediência e o culto à autoridade é protocolo a ser seguido.
O filme retrata inúmeros assuntos, como abuso infantil, educação e sistema, autoridade, ritos e doutrinas religiosas, incesto... mas é muito sufocante perceber que a narrativa se encaminha para atitudes cíclicas. O personagem, embora não concordasse com os abusos sofridos e provocados, se "conformou" com aquele lugar até poder, finalmente, ter sua liberdade. Sua personalidade já não era a mesma. Era um rapaz modificado, assim como centenas de outros garotos que foram trancafiados naquele manicômio.
Sadismo
Os Novos Mutantes
2.6 719 Assista AgoraA nossa brasileira Alice Braga vai peitar essa trilogia X-Men com terror e uma trilha sonora de arrepiar... que trailer, amigos! só vem bb
A Terceira Revolução Industrial: Uma nova e radical economia de …
4.4 1Sobre as utopias:
Jeremy Rifkin diluiu algumas perguntas feitas pela plateia em utopias também [se contrapondo com sua própria negação dessa ideia]. Quando perguntado sobre grandes monopólios e a dificuldade de governos em combater a rígida força de empresas atreladas à Segunda Revolução Industrial, ele simplesmente induz o ouvinte a acreditar que a geração Millennial, por si só, fará um movimento com mesma força, mesma intensidade, mas sentido contrário ao que os big bosses vem fazendo. Não acredita em utopias, mas induz a plateia a crer que tudo dará certo porque é intrínseco dessa geração ser subversiva. Outra questão abordada foi sobre o uso da água, mas ele manteve a resposta na superficialidade, ao meu ver.
Achei os dados científicos trazidos por ele de grande relevância. Suas experiências com a Angela Merkel foram realmente importantes para endossar o assunto.
O problema do condicionamento:
A pergunta que eu gostaria de fazer a ele era sobre alguns lugares do planeta [como a Índia, por exemplo] que usam biomassa para ter acesso à eletricidade, ainda não possuem energia elétrica do modo convencional como nós [por usinas hidrelétricas, reatores nucleares, queima de combustíveis fósseis ou outras fontes de energia limpa]. Imaginemos uma elevação na condição humana dessas pessoas que ainda vivem em outra realidade àquela demonstrada no documentário. O aumento de emissão de CO2 aumentaria mais do que exponencialmente (como é comentado no documentário Before The Flood). Me parece que a Terceira Revolução Industrial alavanca apenas uma parcela do planeta. Em um sentido macro e metafórico, funciona mudar a realidade de apenas um lado da ponte para a manutenção de um planeta melhor ?
Há tantos pontos que eu gostaria de expandir: a relação dos países integrantes dos BRICS com esse cenário revolucionário trazido pelo economista; o papel da ONU frente ao crescente investimento em armas nucleares; A pergunta sobre o lado psicológico que foi feita por um senhor da plateia foi incrível, pois como condicionar as pessoas a um movimento se não há mudança na visão de mundo? [mas eu realmente não tenho dados nem informações substanciais para me aprofundar no debate. Porém fica aqui a semente para a nossa reflexão].
Alabama Monroe
4.3 1,4K Assista AgoraO título do filme na livre tradução brasileira ficou genial [melhor que o original, inclusive].
É um filme com muitas mensagens e muito conteúdo reflexivo.
O filme se perde em muitos pontos, cresce em outros. Um roteiro que tinha inúmeras opções de desfecho e opta por mostrar a crença e descrença dos personagens no que tange a vida/ pós vida.
Princess Consuela Bananahammock & Crap Bag
Eu, Olga Hepnarová
3.5 36 Assista AgoraA atuação da atriz principal foi prejudicada pelo roteiro, que se apequenou frente à premissa de que ela era assassina, e isso por si só bastaria [engano]. Olga estava o tempo todo tentando demonstrar desconforto, solidão de espírito, não se afeiçoava com ninguém [raras exceções]. Não houve desenvolvimento da personagem. A carta que ela escreve [e que está transcrito em um dos comentário aqui em baixo] foi, ao meu ver, o momento mais importante do filme, pois faz síntese a toda a tragédia que ela vivia dentro de si mesma. Fora isso, não há aprofundamento das questões que a perturbavam.
A sinopse diz que ela era membro de uma família de coração frio. Eu, particularmente, discordo pelo que nos foi mostrado. O roteiro peca em não desenvolver a relação de Olga com a família.
É muito desolador perceber que uma pessoa chega a essa conclusão:
"Sou incapaz de criar e fazer parte de um relacionamento humano. Sou um ser humano destruído. Um ser humano destruído por pessoas. Portanto, tenho uma escolha: me matar, ou matar outras pessoas."
Eu, Olga Sofredora Hepnarová
Uma Razão Para Viver
3.7 114 Assista AgoraUm filme tocante com pitadas de humor, tornando o que era drama pesado em aprendizado. Achei muito interessante a luta pela vida do personagem; a luta da esposa amorosa e guerreira; os amigos leais que estava sempre presentes! É um filme muito bonito que mexe com nosso sentido de empatia! Recomendo.
Uma Razão para Lutar
Maria Madalena
3.4 166 Assista AgoraAchei um filme singelo. Não há todo aquele brilhantismo e exuberância como é retratado em A Paixão de Cristo, por exemplo. O foco aqui é expor visões diferentes da história, seja pelos olhos de Jesus, de Judas, Pedro ou da própria Maria Madalena. Gostei muito das questões levantadas acerca das justificativas reais de alguns fatos. Não conheço essa parte da história com profundidade para poder discursar sobre, mas o filme me instigou a pesquisar alguns pontos e certamente o farei. Um final poético como esse teve meu reconhecimento!
Maria Inteligente e Subversiva
Germinal
3.9 122Um filme pesado! [spoiler alert]
Trecho de um diálogo:
"Cético na causa: - O seu Karl Marx continua a acreditar na evolução das forças naturais querendo negociar com os patrões cara a cara para obter aumento de salário. É preciso tacar fogo em todas as cidades, arrasar tudo, quando já não restar nada neste mundo... talvez cresça outro melhor.
Trabalhadores: - Não chegaremos a esse extremo. O Operário sozinho não é ninguém, mas unido representa uma grande força."
E uma semente em solo fértil sempre brotará... se não hoje, amanhã!
Trabalhadores do mundo, uni-vos!
Meu Amigo Totoro
4.3 1,3K Assista AgoraUm filme singelo e prazeroso de assistir. Nenhum filme do Hayao Miyazaki desce o nível. Todos os seus que eu assisti até hoje possuem um grau de sentimentalismo que é sua marca... e nos marca!
Porém eu esperava mais no sentido de desenvolvimento. A casa da família poderia ter sido melhor organizada. Poderiam mostrar a mãe das meninas já fora do hospital e trazendo novos ares para a comunidade. O jardim da frente da casa poderia ser refeito. O mundo mágico do Totoro poderia ser melhor explorado, como é demonstrado com detalhes em A Viagem de Chihiro, por exemplo.
Meu Amigo mais Fofo
Oharu - A Vida de uma Cortesã
4.4 24 Assista AgoraUma história sutil e infeliz. [spoiler alert]
O filme se passa no início do Período Edo, que é uma era conhecida por marcar o início da modernidade no Japão. É um tanto curioso esse contraponto apresentado no filme, já que observamos na narrativa a decadência de uma moça na sociedade japonesa e o humilhante papel relegado às mulheres. Oharu foi sacrificada de muitas formas: saindo de moça pura, passando por concubina, cortesã, prostituta e por fim acabou mendigando, descendo a rampa do declínio em uma velocidade abrupta (no sentido da vida), mas foi lenta e gradualmente demonstrado pela cautelosa direção do filme.
Oharu foi uma cortesã por aptidão, não por gosto. Foi forçada a servir e viver uma vida que não merecia. Uma moça que teve um filho herdeiro de uma herança imensurável e que foi condenada à reclusão perpétua por ter vivido uma vida deplorável. [eles mesmos causaram-na tanta dor e sofrimento e a condenaram por seus próprios erros de falta de humanidade].
Admirando uma estátua conhecida pelos orientais como Arhat (similar ao que é feito no catolicismo com imagens de santos, que representam seres de elevada estatura espiritual), a nossa protagonista observa atentamente às faces dos homens que passaram pela sua vida projetada nos rostos dos Arhats. Uma verdadeira imagem e semelhança daqueles que criam os símbolos espirituais. Nem no subterfúgio religioso ela teve paz de espírito.
Por ter sido acusada de promíscua e puta a todo instante, foi rejeitada do ambiente budista e excluída de ser uma monja (como ela um dia almejou ser). O curioso é que seu fim é ensaiado ao som de canções budistas, enquanto mendigava.
Trecho dos requisitos que a cortesã deveria ter:
"Primeiramente, ela deve ter entre 15 e 18 anos. Seu rosto deve ser redondo, de acordo com a moda. Seus olhos devem ser arredondados. Sobrancelhas espessas com bastante espaço entre os olhos. Uma boca pequena, com um conjunto completo de dentes brancos. Longas orelhas com bordas rasas e lóbulos destacados e translúcidos. Um cabelo natural e virgem. Um long pescoço sem penugem. Dedos longos e delgados com unhas diáfanas... pés menores do que 20 cm e com nove arcos. Ela deve ter um torço longo e aprumado. Uma cintura firme, mas não muito musculosa. Um traseiro arredondado. Deve ter um comportamento agradável, uma bela figura independente das vestimentas. De berço nobre, temperamento meigo e sem um único sinal no corpo."
Oharu - A decadência de uma Cortesã
O Mestre
3.7 1,0K Assista AgoraO filme em si não me encantou muito, mas a construção do personagem do Joaquim Phoenix é incrível. Ele eleva o filme em muitos sentidos.
Acho que a base do filme em três aspectos foi muito bem iniciada: I - relação de Freddie Quell com o seu "Mestre" Lancaster Dodd. II - Abordagem do culto A Causa. III - Dinâmica da Família Dodd. Só não concordo que esses pilares foram bem finalizados.
A relação dos personagens no primeiro aspecto é o que torna a história interessante (inicialmente), dada a polidez de Dodd e a rebeldia de Quell. Esse contraponto entre as personalidades é intrigante.
No segundo pilar abordado no filme, traz um culto com a publicação do seu primeiro Livro (com letra maiúscula) já em prática, com símbolos, ritos e uma linha de pensamento definida. A base de toda a doutrina é amparada na "complexidade" filosófica trazida por Dodd e reproduzida por seus seguidores. Sim, seguidores! Tanto que na publicação do segundo Livro, a oradora interpretada pela Laura Dern consulta o seu "Mestre" de como proceder com uma nova mudança de abordagem (trocando a palavra recordação por imaginação, no resgate de experiências de vidas passadas). Esse e muitos outros detalhes fazem A Causa uma doutrina como tantas outras: exigindo um núcleo comum entre a necessidade da dependência de um Mestre ou de algum ensinamento (proveniente de algum outro Mestre) para com o integrante do culto. Amy Adams, representando a mão por trás do Mestre (ver a imagem do último pôster), é o cerne dessa dependência, no culto. A crítica quanto a Cientologia, ao meu ver, ficou super clara! Mas não avança de forma substancial.
Freddie Quell é subversivo na narrativa: ele é o seu próprio mestre!
[Realmente, a cena do interrogatório é muito boa. E eu também achei o final muito importante na descrição do significado do grupo A Causa].
No site Páprica, eles fazem o seguinte comentário sobre um contexto específico do Filme: "Na tentativa de lidar com seu passado mal resolvido, seja por decisões não tomadas, por herança de uma família perturbada ou ainda por traumas vividos na guerra, o ex marinheiro busca refúgio em drinques que fariam um motor funcionar (ou que pelo menos removeriam tinta de qualquer superfície). Em um dos melhores momentos do filme, Freddie é questionado quanto aos ingredientes utilizados em suas bebidas, ao que ele responde: “é segredo”. Fica a dúvida se Freddie tem vergonha de admitir que usa combustíveis inflamáveis ou se ele tem consciência que tais “segredos” também são ingredientes para a formação de sua alma atormentada." [haha.. engraçado isso].
O Barman
Jane Eyre
3.9 787 Assista AgoraUm filme romântico mediano que não fez jus à grande obra de Charlotte Brontë. As atuações de ambos os protagonistas incomoda um pouco: ele, denso e agressivo no tom de voz e nos gestos. Ela, delicada, sólida e amargurada (pelo seu passado sofrido). A junção dos personagens não gerou conexão.
Jane Apaixonada
Fanny e Alexander
4.3 215Não o considero uma obra prima, mas é um filme bom sim. Muito criativo no roteiro e belo visualmente. As estações do ano não representaram os sentimentos dos personagens: meio ao inverno, as famílias estavam estonteantes, alegres. Roupas estilosas e vibrantes. Personalidades que se destacavam entre si. Entretanto, durante os períodos de chuva, percebia-se o contraste entre a tristeza e solidão que pairavam na casa do bispo. Quando o Sol aparecia, a casa da avó das crianças enchia-se de brilho e liberdade [libertinagem também].
Um filme que se passa no início do séc XIX traz nos ambientes escuros, velas que iluminam mais que lâmpadas de LED de 20W [achei curioso isso]. Talvez a direção de arte não quis ser literal quanto a iluminação. Mas a fotografia é muito bonita!
Uma pena que o filme não investiu nas crianças. Fanny apareceu pouco e falou meia dúzia de palavras o filme todo. Só observava e esboçou algum sentimento apenas em uma única cena específica. Alexander parecia deslocado aos acontecimentos, mesmo com uma participação um pouco maior.
Reparei que o filme teve cenas corridas em partes importantes. O filme possui pouco mais de 3h [versão que foi para os cinemas], mas em comentários abaixo, falam que o filme original possuía 5h de duração. Talvez isso explique essa desconexão entre algumas cenas que foram mostradas, pois o filme realmente falta em alguns aspectos da narrativa.
Frio e Aristocrático
My Way
4.2 46É um bom filme, mas com muitas cenas baseadas naquele famoso "salvo pelo gongo".
É aquele tipo de filme que a gente faz uma pipoca pra assistir junto com um tio que adora filmes de guerra e ele é quem narra o filme por uma melhor perspectiva e a gente acaba relevando os erros técnicos do filme.
My Gongo
A Maldição da Casa Winchester
2.6 460 Assista AgoraGostei muito do filme. Os jump scares acontecem aos montes e é com esse tipo de "susto" que o filme avança. [spoiler alert]
Sob o design de produção:
Incrível! Bom gosto nas estampas, iluminação agradável aos olhos e tornando os ambientes ora aconchegantes, ora sombrios. Roupas com caimento de classe. As cortinas com cores incríveis: vermelho escarlate [em veludos], amarelo âmbar [para dar o tom de uma iluminação artificial pela reflexão da luz no tecido], verde oliva escuro [normalmente nas capas dos livros em ambientes como salas de estar], e detalhes em branco pérola. A fotografia é muito boa também, assim como as atuações.
A casa Winchester é rica em detalhes artísticos, como paredes com design do rústico ao minucioso; vasos de flores de diversos tipos, quadros com molduras trabalhadas e infinitas portas e passagens [a casa é gigante mesmo].
O Laudanum [ópium], uma espécie de analgésico com álcool para acalmar os nervos e possíveis dores pelo corpo [bebida usualmente consumida durante a era vitoriana], serviu de base para que Sarah Winchester conseguisse extrair a verdadeira atenção que era requerida para o trabalho do Dr. Eric Price. (para ela, se ele está em sua casa sob a influência de substâncias que podem ofuscar sua "visão" no seu trabalho, nada mais justo do que ambos estarem livres de qualquer tipo de ilícito, afinal o que estava em jogo era a participação dela como acionista majoritária na Winchester Repeating Arms Company).
Funcionários que trabalham, ensandecidamente, na construção da casa também me soaram estranho. A liberdade artística dos roteiristas em desenvolver uma história que, para muitos, pode parecer absurda, na verdade foi bem criativa, ao meu ver. As portas trancafiadas com treze pregos, que abrigavam entidades sofridas pelas balas dos rifles das armas dos Winchester, por gerações, podem servir de premissa para outras histórias de fantasmas. Eles escolheram contar uma [que engrandecendo o conto, era a entidade mais poderosa]. (particularmente não vejo nada de ruim nisso).
Eu estava esperando que no final do filme fosse mostrado algum tipo de explicação mais palatável e condizente com a realidade, e foi feito: o tremor que abalou a Casa Winchester [e que se supunha, até um certo instante, que fosse pela entidade mais poderosa], na verdade foi um sismo que abalou a região de São Francisco, nos Estados Unidos, em 1906.
Em quem acreditar, então? Oras, o tremor de terra foi verdadeiro, mas o laudo do Dr. Eric Price atestando a normalidade das faculdades mentais de Sarah Winchester também é verdadeiro.
(Mas ao meu ver, a participação do próprio Dr. é questionável. Ele mesmo foi contratado pela própria Sarah (para a curiosidade dele também), o que põem em dúvida sua ligação anterior com ela. Seu pagamento foi dobrado na hora de sua contratação. Sua ligação com a empresa é inegável, afinal sua esposa tinha sido morta por um rifle Winchester. Sarah já sabia da história de pós morte do Dr. Eric Price, e ele já sabia que ela tinha livros de registros de todos aqueles que foram baleados por um rifle da empresa. São tantos detalhes que podemos levar em consideração nesse quesito!)
Um dado muito importante é que o filme teve um custo de produção de 3,5 milhões de dólares. Um valor muito baixo e um material muito bem feito.
Os Jump Scares da Casa Winchester
Serena
2.7 293 Assista AgoraDuas estrelinhas pelo design de produção que está ótimo e pelos figurantes, que representaram muito bem a categoria dos atores. De resto, meus amigos, fujam!
Tranquila