Eu tô em choque com o quanto esse filme é maravilhoso. Não tem UM ator aqui que faz feio, um dos elencos mais carismáticos que eu já vi. Adorei os personagens e já estou ansioso pra vê-los numa continuação. A história é incrível, de te fazer ficar na ponta da cadeira de tanta ansiedade, enquanto chora de rir.
Sei que essa rotina de "pessoas comuns que se envolvem em atividades criminosas, mas não tem a menor noção do que estão fazendo" já tá um pouco gasta, mas o modo que eles desenvolvem isso é tão, mas tão bom que te faz comprar as ideias malucas que o filme traz. Fora que duas das minhas comédias favoritas dos últimos anos são "Trovão Tropical" e "Quero Matar Meu Chefe", então quem estou querendo enganar? Tenho um fraco por esse tipo de filme hehe
Já vou começar o lobby pra todo mundo que eu conheço ir ver esse negócio no cinema quando estrear aqui semana que vem (meros quatro meses depois da estreia nos EUA).
"Ué, por que ele tem esse pássaro? Num apartamento tão vazio e sem o menor toque pessoal, carente de personalidade, o que um pássaro faz ali e por que o diretor está fazendo tanta questão em me fazer perceber a presença dele? Será que é apenas uma analogia para a solidão do personagem?". Eis que logo após os detetives irem ao apartamento para implantar a escuta, eu descubro o verdadeiro motivo (narrativamente falando) da existência do pássaro.
Com isso, o que quero dizer é: não existe UMA cena desperdiçada. Cada segundo é precioso e relevante para o desenrolar da trama e/ou a compreensão do personagem-título. Trilha sonora, direção, atuação, tudo na mais perfeita ressonância. Que delícia ver um filme desses!
Um dos raros filmes que vi abordarem esse tipo de história sem o fetichismo de praxe. Reparem como, a todo momento, ele parece "fugir" de cenas de sexo, violência extrema e/ou sadismo:
a primeira aparição de Vicki é na cama de Jason, mas, pasmem, eles estão apenas desvendando "códigos secretos" em textos, como os dois namoradinhos de escola que são. Passado um tempo, a cena finalmente evolui para o ponto em que esperamos, os dois começam a se beijar, a coisa esquenta... mas a Vicki de repente levanta e vai embora. Para introduzir os nossos sequestradores, o filme escolhe mostrar flashes do cativeiro respingado de sangue, mas não temos, em nenhum momento, cenas que efetivamente mostrem a violência que ocorreu ali. Quando o sequestrador tenta estuprar a garota pela primeira vez, ela CAGA em cima dele! E quando finalmente o casal entra no quarto, Evelyn com uma maleta com (prováveis) instrumentos de tortura em mãos, o que acontece? O filme fecha a porta nas nossas caras, enquanto a câmera se distancia, como que por repulsa ao que está prestes a acontecer ali.
Me lembrou, nesse sentido, "Violência Gratuita" do Haneke, apesar de achar que, aqui, esse recurso é utilizado com outro objetivo. Enfim, se existe um sub-gênero que se oponha ao "exploitation", esse filme é um dos carros-chefe.
-----------------
O título traduzido, "Predadores de Amor" nos transmite uma ideia errada. Os "hounds" são as companhias fiéis de caçadores. Eles não são os chamados "predadores" do título, são apenas ferramentas utilizadas para perseguição e captura da presa.
Para John, as presas são suas jovens e belas vítimas. Para Evelyn, a presa que ela busca é o amor, mesmo que seja os únicos dois tipos que ela conheça: o turbulento, entre mãe e filha, e o psicótico, entre ela e John. Quando seu "hound", dado a ela como o substituto para o amor de seus filhos, é assassinado, o que lhe resta além do amor psicótico? Nada... até que ela presencia o amor maternal na porta de sua casa, na forma de uma mãe desesperada gritando o nome de sua filha e finalmente encontra o amor que desejava, permitindo a fuga de Vicki e o retorno à sua mãe e matando aquele que ela acreditava matar suas vítimas por amor.
-----------------
Pensamentos aleatórios sobre o filme: - Nights in White Satin é a música DEFINITIVA de amor! - "Nós aceitamos o amor que achamos merecer". Quem diria que uma citação de "As Vantagens de Ser Invisível" se encaixaria tão bem em um filme desses? - Segundo filme BRUTAL australiano que eu vejo nesse fim de semana (o outro foi "Wake in Fright"). Tô começando a achar que a terra dos cangurus não é tão de boas assim.
Nunca vi um filme que resumisse tão bem o motivo pelo qual as pessoas odeiam filmes de arte. Me poupe. Trilha sonora no ponto, atmosfera muito legal, mas depois de algum tempo, você percebe que o filme não tem a mínima noção para onde está indo e o cérebro desliga. Até tem algo interessante a dizer, mas enrola uma eternidade pra chegar lá.
PS: tá tranquilo ter atuações merda contanto que seja um arthouse francês? Vincent Gallo é uma porta! E seus colegas não são muito melhores.
O humor ""negro"" é embaraçoso (era pra ser inteligente a muçulmana pedindo trégua, era pra ser irônico a mulher morrendo no elevador depois de passar o filme todo se escondendo, era pra ser engraçado o drogado bobalhão esvaziando os filtros?), o romance é totalmente dispensável para o andamento da história (que história?), o protagonista é PÉSSIMO (nem parece o mesmo ator de 10 Cloverfield Lane e Hush), nem um pouco carismático e me deixou muito chateado por saber desde o primeiro minuto que ele seria o sobrevivente, o filme é todo desconjuntado, as coisas não se desenvolvem gradualmente (de onde surgiu esse instinto assassino todo nos ""vilões""?), a desculpa para explicar o acontecido é patética, é tudo tão previsível que eu acho que consegui prever até a ordem das mortes enquanto via e nem a ÚNICA coisa que justificaria a existência desse filme - a violência - é digna de nota, só um monte de sangue falso espirrando de um lado pro outro não qualifica como "gore bem feito".
Não sabia se queria ser terror, se queria ser ação, se queria ser uma sátira, se queria ser comédia. Não existe suspense, não existe tensão, somente um punhado de piadas mal-escritas, cabeças explodindo e pseudo-personagens. E a fase 2, então? Risível. Mas, "hurr durr são pessoas tendo um dia horrível no escritório. Quem nunca? hu3h3uh3uh3u"
Esse filme ofendeu minha alma de tão ruim. Como conseguiu agradar tanta gente, EU NÃO TENHO A MENOR IDEIA! Talvez seja o nome do queridinho James Gunn estampado nos créditos, juntamente com o do diretor de terror mais incompetente desde Uwe Boll (mas que, para a minha surpresa, as pessoas parecem amar). Eu tô até com dor de cabeça de tanta coisa ruim que estou lembrando enquanto escrevo isso. "Estudo da natureza humana" é meu pau de óculos.
Vi ao lado de duas pessoas que pareciam um audiobook: "ah pq no livro é assim" "ah mas no livro tinha isso" "ah mas o segundo filme vai ter a outra parte do livro" kkkkkkkkk mas, tirando isso, me diverti demais... a criançada atuou muito!!
Acho que o visual ficou pecando nas partes que eram pra ser aterrorizantes: muito, muito, muito efeito especial que, por vezes, quase passou o limite entre amedrontador e ridículo. Se fosse um negócio mais clean, ia ter ficado beeeem mais legal, só que, se como filme de terror, não atende 100% as minhas expectativas, como história de aventura, é 10/10!
Como todo filme de terror ruim, diverte. Mas, pense que você é um roteirista recém-saído da faculdade de cinema e quer escrever uma sátira do gênero: provavelmente, você escreveria esse filme! As piadas mais fáceis e batidas possíveis, abordando os mesmos clichês que outros filmes semelhantes já abordaram (e de uma forma melhor). Apesar de não ser horrível, esperava algo mais original.
Eu ADOREI esse filme menor do Hitchcock, um diretor que, salvo por "Psicose", nunca me deixou tão fascinado como o fez aqui. Os personagens principais são ótimos em conduzir essa história tão bacana e intrigante. Gostei demais. E estou bem surpreso com isso, pra ser sincero hehe
A cada filme novo do Homem-Aranha que sai, Sam Raimi abre críticas e críticas ao terceiro filme de sua trilogia em seu notebook (que NÃO é Sony Vaio!!), liga para o Tobey Maguire e os dois riem, riem MUITO!! Quem diria que a vergonha alheia causada por Peter Emo conseguiria ser superada, e com louvor, por TODOS os reboots do personagem que o sucederam?
Que filme mais sem-graça e anti-clímax. Que bosta de Tia May que aparece por dois segundos (mas, quando aparece, U LÁ LÁ, Marisa Tomei, me chama de Tio Ben que eu te mostro o poder que vem com a minha responsabilidade, sua linda!!) e tem menos relevância que a porra do Tony Stark, que bosta de par romântico pro Peter que eu nem lembro o nome e só tava lá pra DIBRAR a galera até a reviravolta do ""surgimento"" da MJ, que bosta de ""nerd da cadeira"", com suas piadas óbvias e seu jeito de pateta, que bosta de Homem-Aranha que mais parece um Batman, com tanto apetrecho tecnológico, do que o herói corajoso e vulnerável que todos amam, que bosta de efeitos especiais exagerados e mal-feitos, que fazem o filme parecer uma animação, que bosta de ação genérica, que bosta de plots inseridos aleatoriamente na trama e que não chegam a lugar nenhum (o carinha da padaria, o Decatlo de sei lá o que caralhos era aquilo? Um quiz? Teve uma cena de um minuto e meio e uma viagem e um troféu e nada fez sentido), que bosta de Peter putinha do Tony Stark, que bosta de plágio dos filmes anteriores (tiveram a pachorra de ""homenagear"" até a porra do segundo filme do Marc Webb, sem comentários).
Eu realmente achei que esse filme seria bom. Juro que não sairia de casa pra ver um filme só pra poder criticá-lo, mas que coisa horrível... cara, do que vocês gostaram nessa merda? Do Michael Keaton? É a única coisa que presta, e olhe lá!!
Um retrato completo da sociedade, pintado com maestria por Spike Lee. O caos da NY de 1977 é o cenário perfeito para mostrar como, em um ambiente propício, o preconceito, a paranoia, o ódio e os questionamentos são rapidamente trazidos à superfície. Putas (ou nem tanto), punks, travestis, "guidos", negros, latinos, gays e toda uma miríade de "outcasts" e rejeitados sociais presos nesse redemoinho de julgamentos, dedos em riste, armas de fogo e tacos de baseball... mal sabiam que aquilo que regia, influenciava e, de certa forma, unia a vida de todos eles tinha, como estopim, as "ordens dadas por um cachorro de 2000 anos"... E eu achando que seria mais uma simples, sem sal e oportunista cinebiografia de um serial killer.
As cenas de guerra são incríveis, cortes não-frenéticos, camêra na porra de um tripé, ao invés de tremendo fervorosamente, lógica nos acontecimentos, gore efetivo (tinha uns bonecos e uns CGI meio mal-feitos, mas dá pra relevar huehueheu), que te deixa apavorado só da possibilidade de estar ali no meio... finalmente um filme de guerra em que dá pra entender o que acontece na merda das batalhas. De longe, o ponto positivo do filme é esse.
Ao contrário de alguns, achei até interessante (e proposital) a escolha do Mel Gibson em dar esse aspecto brutal e sangrento às batalhas e contrapôr com as convicções do personagem principal, mostrando a guerra nua e crua, com um toque de ironia e "humor negro" que me remeteu fortemente ao Polanski, em "O Pianista". Não entendam com isso que eu achei o filme engraçado, mas a exacerbação da violência em algumas cenas tende a dar aquele ar "surreal" e irônico, e eu acho que isso confere uma visão crítica à guerra que pode funcionar muito bem, se feito corretamente. Mas, olha, quando o filme tenta dar uma aprofundada nos personagens, focar no lado dramático, chega a aterrorizar de tão BREGA que é.
A cena do Desmond passando gaze no ferimento do japonês, ele brincando de peteca com a granada, ele pedindo a bíblia enquanto estava na maca, os primeiros 30 minutos de romance "Nicholas Sparks", com a Teresa Palmer interpretando a Rachel McAdams em Diário de Uma Paixão sem grife, tudo, tudo, tudo... piegas para uma porra!! O único aspecto dramático que funciona no filme está relacionado ao pai do Desmond, muito devido à ótima presença do Hugo Weaving.
Quanto ao aspecto religioso do filme: parem de chorar, galera, sou ateu e consigo entender que pessoas com visões de mundo diferentes da minha também merecem ter suas histórias contadas. OK, em alguns momentos, pode até ter me incomodado um pouco, mas segue o jogo...
A primeira impressão que fica é de que, após 40 minutos de puro mistério e tensão, o filme resolve seguir o "caminho mais fácil". Mas, pensei em seguida:
ultimamente, com tantos filmes de terror/suspense que se escoram em explicações de cunho psicológico em seus desfechos, será que essa abordagem 100% sobrenatural não acaba sendo mais surpreendente e inovadora? E, convenhamos, se tinham que dar uma explicação sobrenatural para o filme, até que o jeito como fizeram foi uma boa saída.
Estamos numa onda de filmes de terror mais "cult", mais focados no drama, nos aspectos técnicos, em inovar dentro do gênero... e, às vezes, um filme desse tipo, em que a intenção principal não é reinventar a roda e, sim, te dar um puta cagaço, faz falta. E foi o que eu senti com esse filme. Dá pra fazer algo bom e diferente seguindo as regras consolidadas do gênero e esse filme mostra isso. Gostei. Recomendo. Um puta terrorzão que, espero, atinja as "massas".
Algumas pessoas estão dizendo que 2016 é o ano do horror e, ao ver "Under the Shadow", é difícil discordar... filme INCRÍVEL! Tudo no ponto certo: drama, terror, crítica social. Comparável com Mamá e O Babadook na construção da história, mas acho que tem bem mais a dizer do que esses dois filmes.
É um filme repleto de simbolismo, como no momento em que a filha é puxada para dentro de uma burca e a mãe tenta tirá-la dali e se afunda cada vez mais... cena desesperadora e bastante significativa, levando em conta o momento histórico que o filme aborda.
Sem contar que é assustador para cacete. Até os "jump scares" foram bem-utilizados, o que é extremamente raro. Mas, é bom lembrar que o filme demora um pouco para virar "horror", já que a primeira metade se preocupa mais em nos oferecer um background para a história, mostrando um Irã pós-revolução e em guerra e inserindo a personagem principal, ex-estudante de medicina e militante "comunista", nessa "nova" sociedade, de valores totalmente conflitantes com suas convicções pessoais. Portanto, aos mais "impacientes", estejam avisados.
Eu só acho que o filme peca na construção dos cenários: objetos claramente dos anos 2000 compõem o visual do quarto da menina, por exemplo. Teve uma hora em que até tive que parar para pesquisar se o mesmo realmente se passava no final dos anos 80. Acaba distraindo um pouco, mas nada que prejudique muito o resultado.
Vou comentar, porque só tem comentário de gente que não curtiu o filme e queria dar uma balanceada nisso haha
Achei o filme BEM legal. Muito close-up, shaky cam, bastante luz, ângulos pouco reveladores, pouco espalhafatoso, o que dá para entender por questões de orçamento. Mas, o que falta em extravagância, sobra em inventividade. Exercício de estilo, história criativa e início dessa galerinha bacana fazendo terror (AJ Bowen, Joe Swanberg, Amy Seimetz e Adam Wingard). A timeline pode deixar meio perdido, no início, mas, com o passar do tempo, as coisas vão se esclarecendo.
Oxi, estava vendo um filme ou ouvindo um jogo de futebol pelo rádio? 350 palavras por minuto, me deixou até com enxaqueca. Nem um computador intel core i7 com 4gb de memória ram seria capaz de processar tanta informação. Definitivamente, não é para mim! Porém, destaco um diálogo que me marcou bastante:
E é, justamente na água, a bordo do Atalante, que Jean e Juliette se enxergam, verdadeiramente, pela primeira vez, com todos seus defeitos e manias diametralmente opostas e aparentemente insuportáveis: ele amontoa seus lençóis no armário, por mais de anos, ela retira todos de uma vez e os coloca para lavar. Ele não quer deixar seu barco, ela quer sair e ver Paris. Mas é quando os dois se separam que finalmente percebem que, sem um ao outro, Paris não tem graça e chega até a ser ameaçadora, os lençóis limpos não são o suficiente para te fazer dormir (que cena INCRÍVEL a que os dois "dormem" juntos sem estarem juntos) e a vida não parece estar completa. Ótimo filme retratando os primeiros obstáculos de um recém casal.
E, só para não deixar passar: a cena em que Jean mergulha no oceano em busca da imagem de Juliette é algo sem precedentes, quem vê não esquece. Sabe quando o Rent mergulha em uma privada para salvar um saquinho de drogas, em Trainspotting? Pois é, é a versão poética e delicada daquilo.
Um dos filmes que melhor usa profundidade e blocking que já vi. Sensacional como só a disposição dos atores já transmitia completamente a ideia de uma cena, sem nem precisar de diálogo. Difícil acreditar que é o primeiro filme da carreira do Mike Nichols.
Padre - religião Bibliotecário - cultura/conhecimento/história M.P. - política/governo O/A corcunda - família (aquilo que está sobrando, o excesso: não possui utilidade alguma e só acaba prejudicando).
A seita procura recomeçar do zero, criar um mundo novo e, para isso, precisa de um líder (Jay) para guiá-la em direção a esse objetivo, líder que deve, antes, destruir (metaforicamente, é claro) as bases da sociedade regente (religião, política e cultura) e, com elas, toda sua sujeira e podridão.
O sorrisinho final NADA tem a ver com a esposa também fazer parte do culto ou algo assim, é somente um sorriso de canto-de-boca por perceber que é o marido quem a está matando e, ironicamente, exatamente da mesma forma que brincavam com as espadas, no início do filme. Afinal, se ela fazia parte da seita, por que teria lutado tanto, inclusive matando vários membros, literalmente na cena anterior ao combate final?
Opiniões à parte (e, se tiver captado tudo que o filme queria passar), eu não vi nada demais. Filmes como A Bruxa, Coração Satânico e O Homem de Palha abordaram temáticas semelhantes de maneira muito melhor...
Desde os primeiros minutos, já estão claras as únicas duas possibilidades para o fim do filme: ou o Tom Hardy está viajando ou aquilo é um culto que vai botar para fuder, em algum momento. Mas, é aí que está a grande sacada do filme, já que ele é construído magistralmente, de forma que, qualquer um desses finais é IGUALMENTE possível. Então, você já sabe que uma dessas coisas vai acontecer (a parte previsível), mas não sabe QUAL delas (a parte imprevisível). Passa até a impressão de que os envolvidos poderiam ter gravado o filme inteiro e, então, tirarem no cara-ou-coroa para se decidir dentre os dois finais.
Que coisa maravilhosa! Um filme com toda a pinta de aventura infanto-juvenil, só que repleta de detalhes perturbadores (o que era aquela roupa de couro? kkkkkk). Usa e abusa do humor negro e ainda reúne Ed e Nadine, de Twin Peaks. Tem nem do que reclamar (mentira, poderia ter uns 15 minutos a menos para ser um pouco menos repetitivo).
É o melhor filme do Wes, depois dos quatro grandes clássicos!!
A Noite do Jogo
3.5 671 Assista AgoraMan, glass tables are acting WEIRD tonight!
Eu tô em choque com o quanto esse filme é maravilhoso. Não tem UM ator aqui que faz feio, um dos elencos mais carismáticos que eu já vi. Adorei os personagens e já estou ansioso pra vê-los numa continuação. A história é incrível, de te fazer ficar na ponta da cadeira de tanta ansiedade, enquanto chora de rir.
Sei que essa rotina de "pessoas comuns que se envolvem em atividades criminosas, mas não tem a menor noção do que estão fazendo" já tá um pouco gasta, mas o modo que eles desenvolvem isso é tão, mas tão bom que te faz comprar as ideias malucas que o filme traz. Fora que duas das minhas comédias favoritas dos últimos anos são "Trovão Tropical" e "Quero Matar Meu Chefe", então quem estou querendo enganar? Tenho um fraco por esse tipo de filme hehe
Já vou começar o lobby pra todo mundo que eu conheço ir ver esse negócio no cinema quando estrear aqui semana que vem (meros quatro meses depois da estreia nos EUA).
Logan Lucky: Roubo em Família
3.4 254 Assista AgoraNão tô acreditando que esse filme aleatório e despretensioso do Soderbergh quase me fez chorar
com a menina cantando a música pro pai
Me pegou completamente desprevenido hahahaha
O Samurai
4.2 145Quando comecei a ver o filme, a primeira pergunta que me veio à cabeça foi
"Ué, por que ele tem esse pássaro? Num apartamento tão vazio e sem o menor toque pessoal, carente de personalidade, o que um pássaro faz ali e por que o diretor está fazendo tanta questão em me fazer perceber a presença dele? Será que é apenas uma analogia para a solidão do personagem?". Eis que logo após os detetives irem ao apartamento para implantar a escuta, eu descubro o verdadeiro motivo (narrativamente falando) da existência do pássaro.
Com isso, o que quero dizer é: não existe UMA cena desperdiçada. Cada segundo é precioso e relevante para o desenrolar da trama e/ou a compreensão do personagem-título. Trilha sonora, direção, atuação, tudo na mais perfeita ressonância. Que delícia ver um filme desses!
Predadores do Amor
3.6 79Um dos raros filmes que vi abordarem esse tipo de história sem o fetichismo de praxe. Reparem como, a todo momento, ele parece "fugir" de cenas de sexo, violência extrema e/ou sadismo:
a primeira aparição de Vicki é na cama de Jason, mas, pasmem, eles estão apenas desvendando "códigos secretos" em textos, como os dois namoradinhos de escola que são. Passado um tempo, a cena finalmente evolui para o ponto em que esperamos, os dois começam a se beijar, a coisa esquenta... mas a Vicki de repente levanta e vai embora. Para introduzir os nossos sequestradores, o filme escolhe mostrar flashes do cativeiro respingado de sangue, mas não temos, em nenhum momento, cenas que efetivamente mostrem a violência que ocorreu ali. Quando o sequestrador tenta estuprar a garota pela primeira vez, ela CAGA em cima dele! E quando finalmente o casal entra no quarto, Evelyn com uma maleta com (prováveis) instrumentos de tortura em mãos, o que acontece? O filme fecha a porta nas nossas caras, enquanto a câmera se distancia, como que por repulsa ao que está prestes a acontecer ali.
Me lembrou, nesse sentido, "Violência Gratuita" do Haneke, apesar de achar que, aqui, esse recurso é utilizado com outro objetivo. Enfim, se existe um sub-gênero que se oponha ao "exploitation", esse filme é um dos carros-chefe.
-----------------
O título traduzido, "Predadores de Amor" nos transmite uma ideia errada. Os "hounds" são as companhias fiéis de caçadores. Eles não são os chamados "predadores" do título, são apenas ferramentas utilizadas para perseguição e captura da presa.
Para John, as presas são suas jovens e belas vítimas. Para Evelyn, a presa que ela busca é o amor, mesmo que seja os únicos dois tipos que ela conheça: o turbulento, entre mãe e filha, e o psicótico, entre ela e John. Quando seu "hound", dado a ela como o substituto para o amor de seus filhos, é assassinado, o que lhe resta além do amor psicótico? Nada... até que ela presencia o amor maternal na porta de sua casa, na forma de uma mãe desesperada gritando o nome de sua filha e finalmente encontra o amor que desejava, permitindo a fuga de Vicki e o retorno à sua mãe e matando aquele que ela acreditava matar suas vítimas por amor.
-----------------
Pensamentos aleatórios sobre o filme:
- Nights in White Satin é a música DEFINITIVA de amor!
- "Nós aceitamos o amor que achamos merecer". Quem diria que uma citação de "As Vantagens de Ser Invisível" se encaixaria tão bem em um filme desses?
- Segundo filme BRUTAL australiano que eu vejo nesse fim de semana (o outro foi "Wake in Fright"). Tô começando a achar que a terra dos cangurus não é tão de boas assim.
Desejo e Obsessão
3.3 73Nunca vi um filme que resumisse tão bem o motivo pelo qual as pessoas odeiam filmes de arte. Me poupe. Trilha sonora no ponto, atmosfera muito legal, mas depois de algum tempo, você percebe que o filme não tem a mínima noção para onde está indo e o cérebro desliga. Até tem algo interessante a dizer, mas enrola uma eternidade pra chegar lá.
PS: tá tranquilo ter atuações merda contanto que seja um arthouse francês? Vincent Gallo é uma porta! E seus colegas não são muito melhores.
Dia de Trabalho Mortal
3.1 309O humor ""negro"" é embaraçoso (era pra ser inteligente a muçulmana pedindo trégua, era pra ser irônico a mulher morrendo no elevador depois de passar o filme todo se escondendo, era pra ser engraçado o drogado bobalhão esvaziando os filtros?), o romance é totalmente dispensável para o andamento da história (que história?), o protagonista é PÉSSIMO (nem parece o mesmo ator de 10 Cloverfield Lane e Hush), nem um pouco carismático e me deixou muito chateado por saber desde o primeiro minuto que ele seria o sobrevivente, o filme é todo desconjuntado, as coisas não se desenvolvem gradualmente (de onde surgiu esse instinto assassino todo nos ""vilões""?), a desculpa para explicar o acontecido é patética, é tudo tão previsível que eu acho que consegui prever até a ordem das mortes enquanto via e nem a ÚNICA coisa que justificaria a existência desse filme - a violência - é digna de nota, só um monte de sangue falso espirrando de um lado pro outro não qualifica como "gore bem feito".
Não sabia se queria ser terror, se queria ser ação, se queria ser uma sátira, se queria ser comédia. Não existe suspense, não existe tensão, somente um punhado de piadas mal-escritas, cabeças explodindo e pseudo-personagens. E a fase 2, então? Risível. Mas, "hurr durr são pessoas tendo um dia horrível no escritório. Quem nunca? hu3h3uh3uh3u"
Esse filme ofendeu minha alma de tão ruim. Como conseguiu agradar tanta gente, EU NÃO TENHO A MENOR IDEIA! Talvez seja o nome do queridinho James Gunn estampado nos créditos, juntamente com o do diretor de terror mais incompetente desde Uwe Boll (mas que, para a minha surpresa, as pessoas parecem amar). Eu tô até com dor de cabeça de tanta coisa ruim que estou lembrando enquanto escrevo isso. "Estudo da natureza humana" é meu pau de óculos.
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraVi ao lado de duas pessoas que pareciam um audiobook: "ah pq no livro é assim" "ah mas no livro tinha isso" "ah mas o segundo filme vai ter a outra parte do livro" kkkkkkkkk mas, tirando isso, me diverti demais... a criançada atuou muito!!
Acho que o visual ficou pecando nas partes que eram pra ser aterrorizantes: muito, muito, muito efeito especial que, por vezes, quase passou o limite entre amedrontador e ridículo. Se fosse um negócio mais clean, ia ter ficado beeeem mais legal, só que, se como filme de terror, não atende 100% as minhas expectativas, como história de aventura, é 10/10!
Terror Nos Bastidores
3.4 447 Assista AgoraComo todo filme de terror ruim, diverte. Mas, pense que você é um roteirista recém-saído da faculdade de cinema e quer escrever uma sátira do gênero: provavelmente, você escreveria esse filme! As piadas mais fáceis e batidas possíveis, abordando os mesmos clichês que outros filmes semelhantes já abordaram (e de uma forma melhor). Apesar de não ser horrível, esperava algo mais original.
A Dama Oculta
4.0 142 Assista AgoraEu ADOREI esse filme menor do Hitchcock, um diretor que, salvo por "Psicose", nunca me deixou tão fascinado como o fez aqui. Os personagens principais são ótimos em conduzir essa história tão bacana e intrigante. Gostei demais. E estou bem surpreso com isso, pra ser sincero hehe
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
3.8 1,9K Assista AgoraA cada filme novo do Homem-Aranha que sai, Sam Raimi abre críticas e críticas ao terceiro filme de sua trilogia em seu notebook (que NÃO é Sony Vaio!!), liga para o Tobey Maguire e os dois riem, riem MUITO!! Quem diria que a vergonha alheia causada por Peter Emo conseguiria ser superada, e com louvor, por TODOS os reboots do personagem que o sucederam?
Que filme mais sem-graça e anti-clímax. Que bosta de Tia May que aparece por dois segundos (mas, quando aparece, U LÁ LÁ, Marisa Tomei, me chama de Tio Ben que eu te mostro o poder que vem com a minha responsabilidade, sua linda!!) e tem menos relevância que a porra do Tony Stark, que bosta de par romântico pro Peter que eu nem lembro o nome e só tava lá pra DIBRAR a galera até a reviravolta do ""surgimento"" da MJ, que bosta de ""nerd da cadeira"", com suas piadas óbvias e seu jeito de pateta, que bosta de Homem-Aranha que mais parece um Batman, com tanto apetrecho tecnológico, do que o herói corajoso e vulnerável que todos amam, que bosta de efeitos especiais exagerados e mal-feitos, que fazem o filme parecer uma animação, que bosta de ação genérica, que bosta de plots inseridos aleatoriamente na trama e que não chegam a lugar nenhum (o carinha da padaria, o Decatlo de sei lá o que caralhos era aquilo? Um quiz? Teve uma cena de um minuto e meio e uma viagem e um troféu e nada fez sentido), que bosta de Peter putinha do Tony Stark, que bosta de plágio dos filmes anteriores (tiveram a pachorra de ""homenagear"" até a porra do segundo filme do Marc Webb, sem comentários).
Eu realmente achei que esse filme seria bom. Juro que não sairia de casa pra ver um filme só pra poder criticá-lo, mas que coisa horrível... cara, do que vocês gostaram nessa merda? Do Michael Keaton? É a única coisa que presta, e olhe lá!!
A Escolha de Sofia
4.0 514 Assista AgoraAtira pra tanto lado que. em certo momento, eu já tava desviando das balas perdidas aqui no sofá de casa.
O Verão de Sam
3.7 66Um retrato completo da sociedade, pintado com maestria por Spike Lee. O caos da NY de 1977 é o cenário perfeito para mostrar como, em um ambiente propício, o preconceito, a paranoia, o ódio e os questionamentos são rapidamente trazidos à superfície. Putas (ou nem tanto), punks, travestis, "guidos", negros, latinos, gays e toda uma miríade de "outcasts" e rejeitados sociais presos nesse redemoinho de julgamentos, dedos em riste, armas de fogo e tacos de baseball... mal sabiam que aquilo que regia, influenciava e, de certa forma, unia a vida de todos eles tinha, como estopim, as "ordens dadas por um cachorro de 2000 anos"... E eu achando que seria mais uma simples, sem sal e oportunista cinebiografia de um serial killer.
Até o Último Homem
4.2 2,0K Assista AgoraAs cenas de guerra são incríveis, cortes não-frenéticos, camêra na porra de um tripé, ao invés de tremendo fervorosamente, lógica nos acontecimentos, gore efetivo (tinha uns bonecos e uns CGI meio mal-feitos, mas dá pra relevar huehueheu), que te deixa apavorado só da possibilidade de estar ali no meio... finalmente um filme de guerra em que dá pra entender o que acontece na merda das batalhas. De longe, o ponto positivo do filme é esse.
Ao contrário de alguns, achei até interessante (e proposital) a escolha do Mel Gibson em dar esse aspecto brutal e sangrento às batalhas e contrapôr com as convicções do personagem principal, mostrando a guerra nua e crua, com um toque de ironia e "humor negro" que me remeteu fortemente ao Polanski, em "O Pianista". Não entendam com isso que eu achei o filme engraçado, mas a exacerbação da violência em algumas cenas tende a dar aquele ar "surreal" e irônico, e eu acho que isso confere uma visão crítica à guerra que pode funcionar muito bem, se feito corretamente. Mas, olha, quando o filme tenta dar uma aprofundada nos personagens, focar no lado dramático, chega a aterrorizar de tão BREGA que é.
A cena do Desmond passando gaze no ferimento do japonês, ele brincando de peteca com a granada, ele pedindo a bíblia enquanto estava na maca, os primeiros 30 minutos de romance "Nicholas Sparks", com a Teresa Palmer interpretando a Rachel McAdams em Diário de Uma Paixão sem grife, tudo, tudo, tudo... piegas para uma porra!! O único aspecto dramático que funciona no filme está relacionado ao pai do Desmond, muito devido à ótima presença do Hugo Weaving.
Quanto ao aspecto religioso do filme: parem de chorar, galera, sou ateu e consigo entender que pessoas com visões de mundo diferentes da minha também merecem ter suas histórias contadas. OK, em alguns momentos, pode até ter me incomodado um pouco, mas segue o jogo...
A Autópsia
3.3 1,0K Assista AgoraA primeira impressão que fica é de que, após 40 minutos de puro mistério e tensão, o filme resolve seguir o "caminho mais fácil". Mas, pensei em seguida:
ultimamente, com tantos filmes de terror/suspense que se escoram em explicações de cunho psicológico em seus desfechos, será que essa abordagem 100% sobrenatural não acaba sendo mais surpreendente e inovadora? E, convenhamos, se tinham que dar uma explicação sobrenatural para o filme, até que o jeito como fizeram foi uma boa saída.
Estamos numa onda de filmes de terror mais "cult", mais focados no drama, nos aspectos técnicos, em inovar dentro do gênero... e, às vezes, um filme desse tipo, em que a intenção principal não é reinventar a roda e, sim, te dar um puta cagaço, faz falta. E foi o que eu senti com esse filme. Dá pra fazer algo bom e diferente seguindo as regras consolidadas do gênero e esse filme mostra isso. Gostei. Recomendo. Um puta terrorzão que, espero, atinja as "massas".
A Morte num Beijo
3.8 60 Assista AgoraTotalmente diferente do que esperava. Muito inventivo, intrigante e inteligente.
Sob a Sombra
3.4 338 Assista AgoraAlgumas pessoas estão dizendo que 2016 é o ano do horror e, ao ver "Under the Shadow", é difícil discordar... filme INCRÍVEL! Tudo no ponto certo: drama, terror, crítica social. Comparável com Mamá e O Babadook na construção da história, mas acho que tem bem mais a dizer do que esses dois filmes.
É um filme repleto de simbolismo, como no momento em que a filha é puxada para dentro de uma burca e a mãe tenta tirá-la dali e se afunda cada vez mais... cena desesperadora e bastante significativa, levando em conta o momento histórico que o filme aborda.
Sem contar que é assustador para cacete. Até os "jump scares" foram bem-utilizados, o que é extremamente raro. Mas, é bom lembrar que o filme demora um pouco para virar "horror", já que a primeira metade se preocupa mais em nos oferecer um background para a história, mostrando um Irã pós-revolução e em guerra e inserindo a personagem principal, ex-estudante de medicina e militante "comunista", nessa "nova" sociedade, de valores totalmente conflitantes com suas convicções pessoais. Portanto, aos mais "impacientes", estejam avisados.
Eu só acho que o filme peca na construção dos cenários: objetos claramente dos anos 2000 compõem o visual do quarto da menina, por exemplo. Teve uma hora em que até tive que parar para pesquisar se o mesmo realmente se passava no final dos anos 80. Acaba distraindo um pouco, mas nada que prejudique muito o resultado.
A Horrible Way To Die
2.3 17Vou comentar, porque só tem comentário de gente que não curtiu o filme e queria dar uma balanceada nisso haha
Achei o filme BEM legal. Muito close-up, shaky cam, bastante luz, ângulos pouco reveladores, pouco espalhafatoso, o que dá para entender por questões de orçamento. Mas, o que falta em extravagância, sobra em inventividade. Exercício de estilo, história criativa e início dessa galerinha bacana fazendo terror (AJ Bowen, Joe Swanberg, Amy Seimetz e Adam Wingard). A timeline pode deixar meio perdido, no início, mas, com o passar do tempo, as coisas vão se esclarecendo.
Experiência válida.
Jejum de Amor
4.0 89 Assista AgoraOxi, estava vendo um filme ou ouvindo um jogo de futebol pelo rádio? 350 palavras por minuto, me deixou até com enxaqueca. Nem um computador intel core i7 com 4gb de memória ram seria capaz de processar tanta informação. Definitivamente, não é para mim! Porém, destaco um diálogo que me marcou bastante:
"bla bla bla bla blasjldas blsoaiso marriage blasnlaksb journalist blaalblsaboi lblbaus murder blansl lbiapp aspngu the post blaskafbo balsnfob"
O Atalante
4.1 60 Assista Agora"Você sabia que pode ver a pessoa que ama na água?"
E é, justamente na água, a bordo do Atalante, que Jean e Juliette se enxergam, verdadeiramente, pela primeira vez, com todos seus defeitos e manias diametralmente opostas e aparentemente insuportáveis: ele amontoa seus lençóis no armário, por mais de anos, ela retira todos de uma vez e os coloca para lavar. Ele não quer deixar seu barco, ela quer sair e ver Paris. Mas é quando os dois se separam que finalmente percebem que, sem um ao outro, Paris não tem graça e chega até a ser ameaçadora, os lençóis limpos não são o suficiente para te fazer dormir (que cena INCRÍVEL a que os dois "dormem" juntos sem estarem juntos) e a vida não parece estar completa. Ótimo filme retratando os primeiros obstáculos de um recém casal.
E, só para não deixar passar: a cena em que Jean mergulha no oceano em busca da imagem de Juliette é algo sem precedentes, quem vê não esquece. Sabe quando o Rent mergulha em uma privada para salvar um saquinho de drogas, em Trainspotting? Pois é, é a versão poética e delicada daquilo.
Quem Tem Medo de Virginia Woolf?
4.3 497 Assista AgoraUm dos filmes que melhor usa profundidade e blocking que já vi. Sensacional como só a disposição dos atores já transmitia completamente a ideia de uma cena, sem nem precisar de diálogo. Difícil acreditar que é o primeiro filme da carreira do Mike Nichols.
Kill List
3.3 199Padre - religião
Bibliotecário - cultura/conhecimento/história
M.P. - política/governo
O/A corcunda - família (aquilo que está sobrando, o excesso: não possui utilidade alguma e só acaba prejudicando).
A seita procura recomeçar do zero, criar um mundo novo e, para isso, precisa de um líder (Jay) para guiá-la em direção a esse objetivo, líder que deve, antes, destruir (metaforicamente, é claro) as bases da sociedade regente (religião, política e cultura) e, com elas, toda sua sujeira e podridão.
O sorrisinho final NADA tem a ver com a esposa também fazer parte do culto ou algo assim, é somente um sorriso de canto-de-boca por perceber que é o marido quem a está matando e, ironicamente, exatamente da mesma forma que brincavam com as espadas, no início do filme. Afinal, se ela fazia parte da seita, por que teria lutado tanto, inclusive matando vários membros, literalmente na cena anterior ao combate final?
Opiniões à parte (e, se tiver captado tudo que o filme queria passar), eu não vi nada demais. Filmes como A Bruxa, Coração Satânico e O Homem de Palha abordaram temáticas semelhantes de maneira muito melhor...
O Invencível
4.2 35 Assista AgoraA trilogia pode até ser do Apu, mas esse segundo filme é, inteiro, da mãe dele.
A cada vez que o Apu saía do vilarejo em direção à escola, era impossível não sentir empatia por ela. Que atriz, que olhar, que personagem!
O Convite
3.3 1,1KÉ um filme previsível que não é previsível. Deixem-me explicar o porquê...
Desde os primeiros minutos, já estão claras as únicas duas possibilidades para o fim do filme: ou o Tom Hardy está viajando ou aquilo é um culto que vai botar para fuder, em algum momento. Mas, é aí que está a grande sacada do filme, já que ele é construído magistralmente, de forma que, qualquer um desses finais é IGUALMENTE possível. Então, você já sabe que uma dessas coisas vai acontecer (a parte previsível), mas não sabe QUAL delas (a parte imprevisível). Passa até a impressão de que os envolvidos poderiam ter gravado o filme inteiro e, então, tirarem no cara-ou-coroa para se decidir dentre os dois finais.
Esse filme é uma obra de arte.
As Criaturas Atrás das Paredes
3.3 196 Assista AgoraQue coisa maravilhosa! Um filme com toda a pinta de aventura infanto-juvenil, só que repleta de detalhes perturbadores (o que era aquela roupa de couro? kkkkkk). Usa e abusa do humor negro e ainda reúne Ed e Nadine, de Twin Peaks. Tem nem do que reclamar (mentira, poderia ter uns 15 minutos a menos para ser um pouco menos repetitivo).
É o melhor filme do Wes, depois dos quatro grandes clássicos!!