Não dá pra acreditar que Mad Max perdeu Direção e Efeitos Visuais. De que adianta 6 prêmios, sendo que os mais justos e significativos dão pra outros? Nem sei o que dizer. O do Iñárritu ainda dá pra discutir, mas COMO os efeitos mínimos de Ex Machina bateram os efeitos práticos revolucionários de Mad Max? Eu perdi alguma coisa? Fizeram merda.
David, todas as atrizes de Hollywood com mais de 40 estavam ocupadas com outros projetos? Não que a Jennifer Lawrence seja inteiramente ruim, mas ela parece uma irmã mais velha dos filhos dela, chega a ser patético. Filme horroroso, a cada momento que tentava forçar um clássico dos anos 60 na trilha sonora, eu não conseguia segurar as risadas. O David O. Russell se achando o novo Billy Wilder e
Todo mundo cita a lenda de Sísifo e tenta explicar o filme por um viés sobrenatural e tá OK, fica bem claro que era essa a intenção do diretor/roteirista Christopher Smith e essa teoria explica o filme quase por inteiro. Mas como sou teimoso, prefiro levar pelo lado metafórico e entendê-lo apenas como
uma mulher que, após perder seu filho em um acidente, fica dividida entre seguir em frente com a vida ou continuar remoendo tudo o que aconteceu. Por não conseguir se libertar dessa tragédia, ela prefere reviver o passado, indefinidamente, de forma a refletir a respeito de tudo que fez de errado em relação ao filho, maltratando-o, humilhando-o, etc. É a jornada de uma mulher tentando se libertar do seu eu passado, um tanto quanto cruel.
Tanto é que o início do ciclo, motivo de maior discórdia no fórum do IMDB (hehe), tem como a "Jess do mal" justamente aquela mulher (a Jess original) que judiava do filho e que sofreu o acidente (a ferida na cabeça é um indício disso) e as outras "Jesses" não são nada mais que ela se recuperando do trauma, gradativamente, tentando ser uma pessoa melhor, a mãe que deveria ter sido enquanto seu filho estava vivo. No final, entretanto, ela prefere continuar sofrendo por ter "matado" o próprio filho, ao optar por entrar no barco e fechar o ciclo. Sei que essa teoria também tem alguns problemas, mas eu gosto dela, então dane-se hahaha
Bem, só sei que nada sei. Um bom filme, apesar de um pouco repetitivo e com alguns furos aqui e ali.
É tão bom que chega a dar pena de outros filmes. Como não gostar de um filme investigativo que foca em um escândalo do qual eu não sabia NADA sobre, aparentemente irrelevante pra um não-estadunidense, que cita 586 nomes, tem um ritmo frenético e, ainda assim, consegue ser acessível e envolvente do primeiro até o último minuto?
Adoro a cena em que o Woodward sai de um encontro com o Deep Throat e anda pela rua escura, quase que com medo da própria sombra. É tão Arquivo-X que dói hahaha
Um dos mais criticados é um dos meus preferidos hahaha Sim, a história é meio fraquinha, todo o clichê possível tem aqui, mas, com exceção da obra-prima conhecida como Rocky - Um Lutador, esse é o que mais investe na vida pessoal do Balboa, nas dificuldades do personagem, seja financeiras, psicológicas, familiares ou quaisquer outras. Tirando a luta final, que é bem zuada mesmo, achei o filme bacana. Talvez tenha sido a baixa expectativa.
Esconde-se do assassino ficando com metade da cara de fora, implorando pra ser vista. O assassino sai da casa e DOIS segundos depois a mulher já levanta e começa a andar de um lado pro outro com o salto de sapato mais barulhento do mundo, depois faz mais barulho batendo no telefone ao tentar fazer uma ligação. Aí sobe a escada (o que já é burrice) e no caminho consegue perder OS DOIS SAPATOS, ficando descalça e sinalizando pro assassino que tinha alguém vivo na casa... tudo isso fazendo um barulho infernal, é claro. Chega no quarto, resolve fazer uma faxina e levantar o colchão (?????), por algum motivo inexplicado, aí, dentre milhões de coisas que poderia fazer, decide que tentar sinalizar pro leiteiro com um espelho é a melhor opção. Não contente, quando o assassino volta, abre a porta do quarto para ESPIAR a porra do cara cortando as amigas. Por fim, consegue derrubar uma maldita cadeira, fazendo um estrondo que FINALMENTE chama a atenção do assassino. Parabéns, minha filha, você é uma anta hahaha Da próxima vez, escolha um esconderijo e fique quietinha no lugar até que você tenha certeza absoluta de que o assassino foi embora!!!!!!!!
O filme é até bem-feitinho, tem alguns clichezões amados do gênero (luvinha digna de Argento, bonecas bizarras, traumas de infância, uma mulher mais linda que a outra, etc) mas forçaram muito nessa personagem tapada responsável por tirar toda a tensão dos 30 minutos finais que teriam sido excelentes se o desenrolar dos acontecimentos tivesse sido um pouco diferente... no geral, o saldo é positivo, tem umas cenas e ideias bacanas.
"Here they are again, folks! These wonderful, wonderful kids! Still struggling! Still hoping! As the clock of fate ticks away, the dance of destiny continues! The marathon goes on, and on, and on! How long can they last?"
Nada menos que perfeito, um dos filmes mais depressivos e pessimistas que eu já vi. É um personagem mais quebrado que o outro
Bom, gostaria de começar dizendo que as críticas feitas abaixo não são inteiramente descabidas: o filme, realmente, possui alguns problemas (atuações, especialmente a do sósia do Jack Nicholson, história rasa e um pouco furada - mas que acaba ganhando um background bacana nos créditos do filme, através de recortes de jornais - e diálogos beeeem ruins) que se tornam um prato cheio pra quem gosta de implicar com terror.
No entanto, eu tenho um modo de avaliação bem pessoal para filmes de terror. Para mim, eles não se "encaixam", de certa maneira, nas mesmas regrinhas de outros filmes. Na minha opinião, filmes de terror precisam de apenas três coisas: (1) manter a atenção (e a tensão) nos dois primeiros atos, (2) ter um terceiro ato digno, e de preferência o mais bizarro possível, pra fechar a história e (3) efeitos PRÁTICOS e maquiagem!! Seguindo essas regras, pra mim está ótimo, e esse filme o faz de forma bem satisfatória. Terror não é diálogo, não é roteiro, não é atuação; terror é música, é fotografia, é ambientação... me inseriu na história? Já estou feliz.
Do casting da Barbara Crampton, de Re-Animator, ao uso de efeitos práticos e às inúmeras referências a clássicos do terror. Deu pra ver o cuidado dos envolvidos na hora de fazer o filme. Resumindo: sei que podia ser melhor, mas EU GOSTEI haha
São sempre essas situações exageradas que me deixam com um pouco de vergonha alheia. Saudades Mensagem pra Você, saudades Sintonia de Amor, saudades Nora Ephron.
Mas OK, o resto do filme é ótimo. Vale demais pra ver Lake Bell e Simon Pegg, dois atores extremamente cínicos, fazendo um casal... improvável? Sim, mas funciona. E muito!
"I can't go back in time. We're not surfers, we never have been and real surfers don't dig our music anyway. Okay, I can't write about the summer and fun and summer and summer and fun and cars. I got different stuff inside me I gotta get it out."
Sabe quando você vê o trailer de um filme e suas expectativas vão às alturas de tal forma que provavelmente vai ser difícil de atingi-las? Pois bem, isso não ocorre com Love & Mercy, que é justamente o que eu esperava. Se você é fã de Beach Boys, não tem COMO não gostar! Um filme sobre Brian Wilson, postergado até demais, precisava ser feito. Esse cara mudou a história da música e o filme o homenageia muito bem. As cenas dele no estúdio, gravando Pet Sounds, são um deleite para os ouvidos e o Paul Dano está mais que excelente.
Eu estou muito feliz com o resultado final, mas gostaria que tivessem entregado o filme nas mãos de um diretor mais experiente. O Pohlad faz um bom trabalho na sua estreia como diretor, e gostei da opção dele em focar em dois dos momentos mais significativos da vida do Brian, ao invés de "correr" por toda a vida do cara; mas com alguém um pouco mais ambicioso por trás, talvez, se experimentassem mais com o filme como o Brian fazia com sua música, Love & Mercy pudesse ter sido o "Amadeus" da música contemporânea.
PS: Não é curioso como algumas músicas da obra-prima dos Beach Boys parecem ter sido escritas sob medida pra Melinda, 20 anos antes do Brian ao menos conhecê-la? Acho demais isso.
Nossa, cara, ler "curiosidades" sobre esse filme me deixou enojado!! Esse era o Oscar do Leone (apesar de ter que concorrer com o, também excelente, "Amadeus"), é virtualmente perfeito, o seu magnum opus... mas as produtoras americanas resolveram cortar 90 minutos do filme, editá-lo na ordem cronológica, ignorar partes da trilha do Morricone e lançar a bagunça resultante nos cinemas. O intuito original do cara era lançar dois filmes de três horas cada... e cortaram pra um filme de 2 horas que, obviamente, foi massacrado por público e crítica. Que pecado. Imaginem-se na pele do Leone: treze anos produzindo o projeto de sua vida, seu "The Godfather" (filme que ele, inclusive, foi convidado para dirigir e RECUSOU por estar planejando OUATiA), pra ver a Warner arruinando tudo aquilo que faz um filme bom ser bom. O desapontamento não deve ter sido pequeno.
Quanto à versão que o Leone queria que nós apreciássemos: impecável! Os primeiros 40 minutos são brilhantes (e os outros 190, também). Depois de 4 horas, você não assiste mais aos personagens, você os vive. Filme fantástico, estruturado perfeitamente e com um roteiro que vai além daquilo que se espera de um filme de máfia. A máfia é só um pano de fundo, afinal, amizade, traição, amor, arrependimento, violência, ambição são temas universais, que caberiam em todo e qualquer contexto.
Nunca me esquecerei da cena em que se inicia o "flashback", por exemplo. Noodles, já velho, trôpego, sobe a privada e olha por um buraco na parede do banheiro. A câmera chega cada vez mais perto, até que não vemos mais paredes: encaramos, olho a olho, o personagem do De Niro. Aquele olhar sofrido, somente, já nos dá uma ideia de tudo que acompanharemos nas próximas 3 horas. Uma música perfeita toca ao fundo. Eis que ela muda para uma música típica dos anos 1910, a câmera foca do outro lado do buraco e vemos a jovem Deborah dançando.
A Jodie Foster é tão foda que os dois (ÓTIMOS) atores que tentaram interpretar um protagonista na trilogia passaram vergonha, em comparação. O Norton está apático - só o vi pior como o Hulk - em Dragão Vermelho (apesar do filme ser bom) e a Julianne Moore ligou completamente o foda-se nesse filme. Tornou a Clarice uma detetive qualquer de série procedural. Juntou com um Ridley Scott sem inspiração e saiu esse filme extremamente medíocre (no sentido de "mediano"). Passou vergonha. Sem a Jodie, esse filme não deveria nem ter saído do papel. Pelo menos, mantiveram a lenda como Hannibal e trouxeram o Gary Oldman.
"I died for you, Doc. Why shouldn't you return the favor?"
Estresse pós-traumático elevado à quinta potência. Dead of Night é um filme de terror seguro e até que bastante inteligente dentro de sua proposta. O diretor do pior filme da história (Bebês Geniais), por incrível que pareça, começou excepcionalmente bem: dos três primeiros filmes dele, os dois que eu assisti (esse e Black Christmas) são ótimos. Atuações boas, ótima direção, maquiagem perfeita (que eu acabei de descobrir, com o comentário abaixo, que é DO homem, Tom Savini)... tudo isso com um orçamento de 2,50. E a cena final tem uma carga dramática muito grande, dá até pra deixar emocionado, se você entrar o suficiente na onda do filme haha
Só resta imaginar o que teria sido do Bob Clark se ele tivesse mantido seu foco no horror.
- Melhor personagem feminina DA HISTÓRIA. - Melhor psicopata DA HISTÓRIA. - Duas das melhores atuações DA HISTÓRIA. - Hannibal com a focinheira. - A cena da entrevista da Clarice com o Hannibal. - "Discourtesy is unspeakably ugly to me" - "I ate his liver with some fava beans and a nice Chianti... sSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsS - "It rubs the lotion on its skin or else it gets the hose again". - A cena do óculos de visão noturna. - A cena do Buffalo Bill dançando. - "Quid pro quo". - Os cordeiros gritando. - "I'm having an old friend for dinner".
Melhor filme de todos, o meu favorito. PQP. Não me canso de rever. A única coisa que chega perto de ser um equívoco nesse filme é a trilha sonora genérica de suspense, porque todo o restante é irrepreensível...
Semana passada, coincidentemente, eu vi uma palestra na faculdade a respeito de vida extra-terrestre em que o palestrante dizia que a "busca por vida alienígena se espelha na vida que temos conhecimento aqui na Terra, por ser o único 'modelo' que conhecemos e que se, por um acaso, encontrássemos vida em outro planeta, provavelmente nem reconheceríamos como vida"... e aí, eu vejo esse filme. E se a vida alienígena for baseada em arsênio ao invés de carbono, por exemplo? Não a identificaríamos, porque procuramos apenas por espelhos, nunca por algo novo...
E isso liga diretamente ao questionamento principal do filme: a escolha entre remoer o passado e viver apenas nas lembranças felizes de outrora ou seguir sempre adiante, deixar pra trás o que passou, a fim de construir o futuro? Kelvin escolhe o primeiro, afinal, é mais seguro se prender ao que já é conhecido, o desconhecido não é seguro o bastante. Me identifiquei.
Enfim, é óbvio que "Solaris" não foi feito pra entreter: um filme EXTREMAMENTE devagar (única coisa passível de identificação com 2001, além do fato de serem ambos sci-fi), com trilha sonora mínima, poucos (e complicados) diálogos e uma carga filosófica muito grande. Confesso que não tenho a capacidade intelectual para compreendê-lo além da superfície. E a legenda que comia algumas falas também dificultou um pouco, já que meu russo anda um pouco enferrujado. Para quem não viu ainda, recomendo fortemente tratar as duas partes como filmes separados e assistir a elas em dias diferentes, pra cabeça não doer tanto.
A Última Sessão de Cinema. O último adeus ao melhor amigo. O último adeus aos equívocos da adolescência. O despertar da maturidade. Quando, finalmente, nos damos conta da importância de nossas atitudes. Mesmo assim, os jovens e os velhos se unem através de algo em comum: a sensação de terem sido largados e esquecidos, na pequena cidade de Anarene, onde nada acontece. Para os jovens, a solução é ir buscar algo no futuro: uma nova cidade, um novo emprego... para os mais velhos, a solução é remoer o passado: lembrar do amor antigo, dos erros cometidos, reviver as boas lembranças... pois é, há pelo menos 54 anos (o filme se passa em 50-51) o mundo não muda.
Filme magnífico, repleto de belas imagens e metáforas e com um dos melhores elencos que já vi. E agradeço muito a esse elenco, pois se não fosse a presença do Jeff Bridges, um dos atores que eu mais gosto, e da linda e perfeita Maw-Maw, de Raising Hope, numa atuação vencedora do Oscar, provavelmente teria deixado esse filme passar. Falando em Maw-Maw, uma ótima atuação da Cloris Leachman, roubou o filme pra ela.
Aí eu leio o título em português, dou play no filme e a primeira cena é a câmera "deitando-se" numa cama pra dormir. Muito obrigado por isso, tradutores filhos da puta, quase estragaram uma experiência incrível. Imagino como seria ir sacando a história pelas dicas do Lynch. Mas isso não é culpa do filme, que é fantástico, do início ao fim. Um jeito completamente único de contar uma história batida (vingança e ciúmes e inveja e assassinatos por encomenda).
O que mais me chamou a atenção foi que, não importa o quão louco, o quão bizarro e aparentemente desconexo seja alguma cena, pode ter certeza que ela TEM algum significado. Pode demorar alguns segundos, minutos ou até dias, mas uma hora aquilo vai se encaixar na teoria que você criou. Não tem nada gratuito, como em muitos desses filmes """"surrealistas"""". Ia até fazer uma lista sobre os simbolismos que eu consegui entender, mas achei melhor não, porque cada um deve interpretá-lo de uma forma diferente (e também porque ia demorar demais e a mente já estava cansada de ter que assistir a esse filme).
Divertidíssimo!! Cusack, o rei das (boas) rom-coms, numa atuação supreendentemente impressionante. Cativante, como sempre. Minnie Driver linda, trilha sonora ótima e humor negro maravilhoso:
"You're television incarnate, Diana: indifferent to suffering, insensitive to joy. All of life is reduced to the common rubble of banality. War, murder, death are all the same to you as bottles of beer."
Uma alfinetada atrás da outra, que roteiro fantástico! É o clássico mais cansativo do Lumet, mas é, também, o mais inteligente. Em tempos de Cristiano Araújo, Network é absolutamente essencial.
Não entendi NADA. Perfeito! Deixando de lado a esquizofrenia, a traição, a violência doméstica e os tentáculos, é, ironicamente, um dos filmes mais românticos que eu já vi.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraNão dá pra acreditar que Mad Max perdeu Direção e Efeitos Visuais. De que adianta 6 prêmios, sendo que os mais justos e significativos dão pra outros? Nem sei o que dizer. O do Iñárritu ainda dá pra discutir, mas COMO os efeitos mínimos de Ex Machina bateram os efeitos práticos revolucionários de Mad Max? Eu perdi alguma coisa? Fizeram merda.
Joy: O Nome do Sucesso
3.4 778 Assista AgoraDavid, todas as atrizes de Hollywood com mais de 40 estavam ocupadas com outros projetos? Não que a Jennifer Lawrence seja inteiramente ruim, mas ela parece uma irmã mais velha dos filhos dela, chega a ser patético. Filme horroroso, a cada momento que tentava forçar um clássico dos anos 60 na trilha sonora, eu não conseguia segurar as risadas. O David O. Russell se achando o novo Billy Wilder e
matando a narradora durante o filme também foi bem ridículo.
Essa história poderia ter rendido um filmaço. Uma pena.
Triângulo do Medo
3.5 1,3K Assista AgoraTodo mundo cita a lenda de Sísifo e tenta explicar o filme por um viés sobrenatural e tá OK, fica bem claro que era essa a intenção do diretor/roteirista Christopher Smith e essa teoria explica o filme quase por inteiro. Mas como sou teimoso, prefiro levar pelo lado metafórico e entendê-lo apenas como
uma mulher que, após perder seu filho em um acidente, fica dividida entre seguir em frente com a vida ou continuar remoendo tudo o que aconteceu. Por não conseguir se libertar dessa tragédia, ela prefere reviver o passado, indefinidamente, de forma a refletir a respeito de tudo que fez de errado em relação ao filho, maltratando-o, humilhando-o, etc. É a jornada de uma mulher tentando se libertar do seu eu passado, um tanto quanto cruel.
Tanto é que o início do ciclo, motivo de maior discórdia no fórum do IMDB (hehe), tem como a "Jess do mal" justamente aquela mulher (a Jess original) que judiava do filho e que sofreu o acidente (a ferida na cabeça é um indício disso) e as outras "Jesses" não são nada mais que ela se recuperando do trauma, gradativamente, tentando ser uma pessoa melhor, a mãe que deveria ter sido enquanto seu filho estava vivo. No final, entretanto, ela prefere continuar sofrendo por ter "matado" o próprio filho, ao optar por entrar no barco e fechar o ciclo. Sei que essa teoria também tem alguns problemas, mas eu gosto dela, então dane-se hahaha
Bem, só sei que nada sei. Um bom filme, apesar de um pouco repetitivo e com alguns furos aqui e ali.
Todos os Homens do Presidente
4.1 206 Assista AgoraÉ tão bom que chega a dar pena de outros filmes. Como não gostar de um filme investigativo que foca em um escândalo do qual eu não sabia NADA sobre, aparentemente irrelevante pra um não-estadunidense, que cita 586 nomes, tem um ritmo frenético e, ainda assim, consegue ser acessível e envolvente do primeiro até o último minuto?
Adoro a cena em que o Woodward sai de um encontro com o Deep Throat e anda pela rua escura, quase que com medo da própria sombra. É tão Arquivo-X que dói hahaha
99 Casas
3.4 171O "sonho americano". FILMAÇO!!
Rocky V
3.1 322 Assista AgoraUm dos mais criticados é um dos meus preferidos hahaha Sim, a história é meio fraquinha, todo o clichê possível tem aqui, mas, com exceção da obra-prima conhecida como Rocky - Um Lutador, esse é o que mais investe na vida pessoal do Balboa, nas dificuldades do personagem, seja financeiras, psicológicas, familiares ou quaisquer outras. Tirando a luta final, que é bem zuada mesmo, achei o filme bacana. Talvez tenha sido a baixa expectativa.
Caminhos Perigosos
3.6 255 Assista AgoraWhat's a mook? >>>>>>> Funny how?
The Rocky Horror Picture Show
4.1 1,3K Assista AgoraÚNICO musical possível!! Espartilhos escorregando e mostrando os mamilos de todo mundo: de longe, a melhor coisa do filme hahaha
Torso
3.4 57 Assista AgoraA personagem mais BURRA do universo!!!
Esconde-se do assassino ficando com metade da cara de fora, implorando pra ser vista. O assassino sai da casa e DOIS segundos depois a mulher já levanta e começa a andar de um lado pro outro com o salto de sapato mais barulhento do mundo, depois faz mais barulho batendo no telefone ao tentar fazer uma ligação. Aí sobe a escada (o que já é burrice) e no caminho consegue perder OS DOIS SAPATOS, ficando descalça e sinalizando pro assassino que tinha alguém vivo na casa... tudo isso fazendo um barulho infernal, é claro. Chega no quarto, resolve fazer uma faxina e levantar o colchão (?????), por algum motivo inexplicado, aí, dentre milhões de coisas que poderia fazer, decide que tentar sinalizar pro leiteiro com um espelho é a melhor opção. Não contente, quando o assassino volta, abre a porta do quarto para ESPIAR a porra do cara cortando as amigas. Por fim, consegue derrubar uma maldita cadeira, fazendo um estrondo que FINALMENTE chama a atenção do assassino. Parabéns, minha filha, você é uma anta hahaha Da próxima vez, escolha um esconderijo e fique quietinha no lugar até que você tenha certeza absoluta de que o assassino foi embora!!!!!!!!
O filme é até bem-feitinho, tem alguns clichezões amados do gênero (luvinha digna de Argento, bonecas bizarras, traumas de infância, uma mulher mais linda que a outra, etc) mas forçaram muito nessa personagem tapada responsável por tirar toda a tensão dos 30 minutos finais que teriam sido excelentes se o desenrolar dos acontecimentos tivesse sido um pouco diferente... no geral, o saldo é positivo, tem umas cenas e ideias bacanas.
A Noite dos Desesperados
4.2 112 Assista Agora"Here they are again, folks! These wonderful, wonderful kids! Still struggling! Still hoping! As the clock of fate ticks away, the dance of destiny continues! The marathon goes on, and on, and on! How long can they last?"
(só a cena da Alice se lavando após o Sailor cair morto em seus braços já é o suficiente pra deixar perturbado).
Ainda Estamos Aqui
2.5 186Bom, gostaria de começar dizendo que as críticas feitas abaixo não são inteiramente descabidas: o filme, realmente, possui alguns problemas (atuações, especialmente a do sósia do Jack Nicholson, história rasa e um pouco furada - mas que acaba ganhando um background bacana nos créditos do filme, através de recortes de jornais - e diálogos beeeem ruins) que se tornam um prato cheio pra quem gosta de implicar com terror.
No entanto, eu tenho um modo de avaliação bem pessoal para filmes de terror. Para mim, eles não se "encaixam", de certa maneira, nas mesmas regrinhas de outros filmes. Na minha opinião, filmes de terror precisam de apenas três coisas: (1) manter a atenção (e a tensão) nos dois primeiros atos, (2) ter um terceiro ato digno, e de preferência o mais bizarro possível, pra fechar a história e (3) efeitos PRÁTICOS e maquiagem!! Seguindo essas regras, pra mim está ótimo, e esse filme o faz de forma bem satisfatória. Terror não é diálogo, não é roteiro, não é atuação; terror é música, é fotografia, é ambientação... me inseriu na história? Já estou feliz.
Do casting da Barbara Crampton, de Re-Animator, ao uso de efeitos práticos e às inúmeras referências a clássicos do terror. Deu pra ver o cuidado dos envolvidos na hora de fazer o filme. Resumindo: sei que podia ser melhor, mas EU GOSTEI haha
(Des)Encontro Perfeito
3.5 173 Assista AgoraQuem não se apaixonaria por uma pessoa que
cita O Silêncio dos Inocentes
Uma pena que não exista um ser-humano nesse mundo que saiba escrever um bom final pra comédia romântica.
São sempre essas situações exageradas que me deixam com um pouco de vergonha alheia. Saudades Mensagem pra Você, saudades Sintonia de Amor, saudades Nora Ephron.
The Beach Boys: Uma História de Sucesso
3.9 169 Assista Agora"I can't go back in time. We're not surfers, we never have been and real surfers don't dig our music anyway. Okay, I can't write about the summer and fun and summer and summer and fun and cars. I got different stuff inside me I gotta get it out."
Sabe quando você vê o trailer de um filme e suas expectativas vão às alturas de tal forma que provavelmente vai ser difícil de atingi-las? Pois bem, isso não ocorre com Love & Mercy, que é justamente o que eu esperava. Se você é fã de Beach Boys, não tem COMO não gostar! Um filme sobre Brian Wilson, postergado até demais, precisava ser feito. Esse cara mudou a história da música e o filme o homenageia muito bem. As cenas dele no estúdio, gravando Pet Sounds, são um deleite para os ouvidos e o Paul Dano está mais que excelente.
Eu estou muito feliz com o resultado final, mas gostaria que tivessem entregado o filme nas mãos de um diretor mais experiente. O Pohlad faz um bom trabalho na sua estreia como diretor, e gostei da opção dele em focar em dois dos momentos mais significativos da vida do Brian, ao invés de "correr" por toda a vida do cara; mas com alguém um pouco mais ambicioso por trás, talvez, se experimentassem mais com o filme como o Brian fazia com sua música, Love & Mercy pudesse ter sido o "Amadeus" da música contemporânea.
PS: Não é curioso como algumas músicas da obra-prima dos Beach Boys parecem ter sido escritas sob medida pra Melinda, 20 anos antes do Brian ao menos conhecê-la? Acho demais isso.
Era uma Vez na América
4.4 530 Assista AgoraNossa, cara, ler "curiosidades" sobre esse filme me deixou enojado!! Esse era o Oscar do Leone (apesar de ter que concorrer com o, também excelente, "Amadeus"), é virtualmente perfeito, o seu magnum opus... mas as produtoras americanas resolveram cortar 90 minutos do filme, editá-lo na ordem cronológica, ignorar partes da trilha do Morricone e lançar a bagunça resultante nos cinemas. O intuito original do cara era lançar dois filmes de três horas cada... e cortaram pra um filme de 2 horas que, obviamente, foi massacrado por público e crítica. Que pecado. Imaginem-se na pele do Leone: treze anos produzindo o projeto de sua vida, seu "The Godfather" (filme que ele, inclusive, foi convidado para dirigir e RECUSOU por estar planejando OUATiA), pra ver a Warner arruinando tudo aquilo que faz um filme bom ser bom. O desapontamento não deve ter sido pequeno.
Quanto à versão que o Leone queria que nós apreciássemos: impecável! Os primeiros 40 minutos são brilhantes (e os outros 190, também). Depois de 4 horas, você não assiste mais aos personagens, você os vive. Filme fantástico, estruturado perfeitamente e com um roteiro que vai além daquilo que se espera de um filme de máfia. A máfia é só um pano de fundo, afinal, amizade, traição, amor, arrependimento, violência, ambição são temas universais, que caberiam em todo e qualquer contexto.
Nunca me esquecerei da cena em que se inicia o "flashback", por exemplo. Noodles, já velho, trôpego, sobe a privada e olha por um buraco na parede do banheiro. A câmera chega cada vez mais perto, até que não vemos mais paredes: encaramos, olho a olho, o personagem do De Niro. Aquele olhar sofrido, somente, já nos dá uma ideia de tudo que acompanharemos nas próximas 3 horas. Uma música perfeita toca ao fundo. Eis que ela muda para uma música típica dos anos 1910, a câmera foca do outro lado do buraco e vemos a jovem Deborah dançando.
Só vendo pra crer. Grandioso.
Hannibal
4.0 1,1K Assista AgoraA Jodie Foster é tão foda que os dois (ÓTIMOS) atores que tentaram interpretar um protagonista na trilogia passaram vergonha, em comparação. O Norton está apático - só o vi pior como o Hulk - em Dragão Vermelho (apesar do filme ser bom) e a Julianne Moore ligou completamente o foda-se nesse filme. Tornou a Clarice uma detetive qualquer de série procedural. Juntou com um Ridley Scott sem inspiração e saiu esse filme extremamente medíocre (no sentido de "mediano"). Passou vergonha. Sem a Jodie, esse filme não deveria nem ter saído do papel. Pelo menos, mantiveram a lenda como Hannibal e trouxeram o Gary Oldman.
Sonho de Morte
3.6 24"I died for you, Doc. Why shouldn't you return the favor?"
Estresse pós-traumático elevado à quinta potência. Dead of Night é um filme de terror seguro e até que bastante inteligente dentro de sua proposta. O diretor do pior filme da história (Bebês Geniais), por incrível que pareça, começou excepcionalmente bem: dos três primeiros filmes dele, os dois que eu assisti (esse e Black Christmas) são ótimos. Atuações boas, ótima direção, maquiagem perfeita (que eu acabei de descobrir, com o comentário abaixo, que é DO homem, Tom Savini)... tudo isso com um orçamento de 2,50. E a cena final tem uma carga dramática muito grande, dá até pra deixar emocionado, se você entrar o suficiente na onda do filme haha
Só resta imaginar o que teria sido do Bob Clark se ele tivesse mantido seu foco no horror.
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraNem vou me dar ao trabalho de fazer uma "crítica" desse filme, só vou listar coisas que o tornam extremamente foda:
- Melhor personagem feminina DA HISTÓRIA.
- Melhor psicopata DA HISTÓRIA.
- Duas das melhores atuações DA HISTÓRIA.
- Hannibal com a focinheira.
- A cena da entrevista da Clarice com o Hannibal.
- "Discourtesy is unspeakably ugly to me"
- "I ate his liver with some fava beans and a nice Chianti... sSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsSsS
- "It rubs the lotion on its skin or else it gets the hose again".
- A cena do óculos de visão noturna.
- A cena do Buffalo Bill dançando.
- "Quid pro quo".
- Os cordeiros gritando.
- "I'm having an old friend for dinner".
Melhor filme de todos, o meu favorito. PQP. Não me canso de rever. A única coisa que chega perto de ser um equívoco nesse filme é a trilha sonora genérica de suspense, porque todo o restante é irrepreensível...
Solaris
4.2 369 Assista AgoraA magia do sci-fi em usar o espaço para dissecar a consciência humana.
Semana passada, coincidentemente, eu vi uma palestra na faculdade a respeito de vida extra-terrestre em que o palestrante dizia que a "busca por vida alienígena se espelha na vida que temos conhecimento aqui na Terra, por ser o único 'modelo' que conhecemos e que se, por um acaso, encontrássemos vida em outro planeta, provavelmente nem reconheceríamos como vida"... e aí, eu vejo esse filme. E se a vida alienígena for baseada em arsênio ao invés de carbono, por exemplo? Não a identificaríamos, porque procuramos apenas por espelhos, nunca por algo novo...
E isso liga diretamente ao questionamento principal do filme: a escolha entre remoer o passado e viver apenas nas lembranças felizes de outrora ou seguir sempre adiante, deixar pra trás o que passou, a fim de construir o futuro? Kelvin escolhe o primeiro, afinal, é mais seguro se prender ao que já é conhecido, o desconhecido não é seguro o bastante. Me identifiquei.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraCompletamente louco, alucinado, impressionante!! O filme de ação com mais "ação" que já vi. Já entrou pra história. Devia ter ido ver no cinema...
Eu quero mais, George Miller!!!!!!!
A Última Sessão de Cinema
4.1 123 Assista AgoraA Última Sessão de Cinema. O último adeus ao melhor amigo. O último adeus aos equívocos da adolescência. O despertar da maturidade. Quando, finalmente, nos damos conta da importância de nossas atitudes. Mesmo assim, os jovens e os velhos se unem através de algo em comum: a sensação de terem sido largados e esquecidos, na pequena cidade de Anarene, onde nada acontece. Para os jovens, a solução é ir buscar algo no futuro: uma nova cidade, um novo emprego... para os mais velhos, a solução é remoer o passado: lembrar do amor antigo, dos erros cometidos, reviver as boas lembranças... pois é, há pelo menos 54 anos (o filme se passa em 50-51) o mundo não muda.
Filme magnífico, repleto de belas imagens e metáforas e com um dos melhores elencos que já vi. E agradeço muito a esse elenco, pois se não fosse a presença do Jeff Bridges, um dos atores que eu mais gosto, e da linda e perfeita Maw-Maw, de Raising Hope, numa atuação vencedora do Oscar, provavelmente teria deixado esse filme passar. Falando em Maw-Maw, uma ótima atuação da Cloris Leachman, roubou o filme pra ela.
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraAí eu leio o título em português, dou play no filme e a primeira cena é a câmera "deitando-se" numa cama pra dormir. Muito obrigado por isso, tradutores filhos da puta, quase estragaram uma experiência incrível. Imagino como seria ir sacando a história pelas dicas do Lynch. Mas isso não é culpa do filme, que é fantástico, do início ao fim. Um jeito completamente único de contar uma história batida (vingança e ciúmes e inveja e assassinatos por encomenda).
O que mais me chamou a atenção foi que, não importa o quão louco, o quão bizarro e aparentemente desconexo seja alguma cena, pode ter certeza que ela TEM algum significado. Pode demorar alguns segundos, minutos ou até dias, mas uma hora aquilo vai se encaixar na teoria que você criou. Não tem nada gratuito, como em muitos desses filmes """"surrealistas"""". Ia até fazer uma lista sobre os simbolismos que eu consegui entender, mas achei melhor não, porque cada um deve interpretá-lo de uma forma diferente (e também porque ia demorar demais e a mente já estava cansada de ter que assistir a esse filme).
Matador em Conflito
3.4 37Divertidíssimo!! Cusack, o rei das (boas) rom-coms, numa atuação supreendentemente impressionante. Cativante, como sempre. Minnie Driver linda, trilha sonora ótima e humor negro maravilhoso:
"Você está exagerando", diz o cara pra moça que terminou com ele depois de encontrá-lo assassinando outra pessoa hahahaha
Tenho quase certeza que vai entrar pros meus favoritos depois de umas duas revisitadas.
Rede de Intrigas
4.2 360 Assista Agora"You're television incarnate, Diana: indifferent to suffering, insensitive to joy. All of life is reduced to the common rubble of banality. War, murder, death are all the same to you as bottles of beer."
Uma alfinetada atrás da outra, que roteiro fantástico! É o clássico mais cansativo do Lumet, mas é, também, o mais inteligente. Em tempos de Cristiano Araújo, Network é absolutamente essencial.
Possessão
3.9 589Não entendi NADA. Perfeito! Deixando de lado a esquizofrenia, a traição, a violência doméstica e os tentáculos, é, ironicamente, um dos filmes mais românticos que eu já vi.