Preciso dizer que não gostei muito desse filme. Quando um filme quase te obriga a engolir sua mensagem goela abaixo é porque algo está errado.
Por mais que a maioria dos atores sejam ótimos, os diálogos dados a eles são tão expositórios e didáticos que os personagens soam ridiculamente mecânicos. A Joey não tem profundidade ("Ahhh, como o mundo é perfeito... eu sou feliz hoje, fui feliz ontem, serei feliz para SEMPRE!!"), culpa também da péssima atuação de Katharine Houghton, e o John, então? O cara é quase o super-homem, personagem completamente irreal: é claro que talvez ele tenha sido construído dessa forma para enfatizar que o preconceito se dava exclusivamente pela questão racial, mas ainda assim me incomodou. Por último, aquela cena do sorvete, que coisa mais patética, digna de Cinderela Baiana... ouvia "Fresh Oregon Boysenberry" e ficava imaginando QUE MERDA o diretor queria que eu depreendesse daquilo, vergonha alheia define hahaha
Acho que vale pela abalada na família tradicional brasileira dos anos 60, um filme corajoso pra época, as pitadas de comédia funcionam bem e também achei legal os pais não serem completos racistas "fora do armário", por assim dizer: o toque de hipocrisia dos dois (especialmente, do pai) durante a situação foi interessante de se ver. No entanto, muitas falhas grotescas, que me deixam surpreso por serem tão ignoradas por quem assiste ao filme, me impedem de apreciá-lo. Só é bacana pelo valor histórico, mesmo.
O filme é ótimo, se você desligar a mente e não parar muito pra pensar. História interessantíssima, afinal, quem não se fascina com cultos e a capacidade de lavagem cerebral de falsos profetas? Já perdi muito sono lendo sobre Charles Manson e Jim Jones e pensando na lábia que uns caras desses deveriam ter.
No entanto, o filme tem muitos furos, a maioria decorrente do formato found footage (aquelas clássicas indagações: "pera, quem tá filmando essa cena de outra direção sendo que só tem uma câmera?", "como assim a câmera ficou e eles ainda obtiveram as imagens?", "porque você está sendo caçado e não solta a câmera?", etc)... erros tão elementares que NUNCA achei que o Ti West, responsável por duas das melhores direções em filmes de terror nos últimos anos, cometeria. Tem até aquela balela de fingir que é história real, outra coisa que não esperava do diretor.
O filme não deixa de ser bom por causa disso, especialmente, a primeira parte. Os problemas estão mais na segunda metade, tanto de roteiro -
seria melhor continuar explorando o lado psicológico da situação ao invés de focar numa carnificina louca e desenfreada (MALDITA câmera tremendo) por 40 minutos
- como de direção, que eu já citei acima.
Lendo o que eu escrevi parece até que odiei o filme, o que NÃO é verdade. Recomendo, é muito acima da média e bastante tenso
Gostei demais, é um filme de um sub-gênero do terror que nem existe mais: aquele suspense em que, desde o início, você sabe que algo está prestes a acontecer, mas nada acontece de fato. Então chega uma cena e você pensa "É agora", mas não é. Aí vem outra, você pensa "É agora" e não é, e assim continua, até atingir um estado de completa tensão. O que pode ser visto como enrolação por muitos, a mim agrada bastante.
É muito triste saber que tem pessoas que veem esse filme esperando um final mirabolante a respeito do assassino, ignorando praticamente todo o desenvolvimento do filme, estudo dos personagens e simbolismos. Se durante 90 minutos, o assassino é somente pano de fundo para o casal Baxter, porque, nos últimos 15, ele passaria a ser o foco principal do filme?
Fiquei em êxtase quando finalmente me dei conta de que algumas cenas aparentemente sem pé nem cabeça eram visões do John sobre o seu próprio assassinato. O afogamento da própria filha também era um presságio do que estava para acontecer com ele, fantástico.
O tipo de filme que seria necessário ver, no mínimo, duas vezes, mas que poucos irão fazê-lo por ser arrastado e contemplativo. Li muitas críticas sobre ele aqui, mas achei que vale muito a pena e que não deixa pontas soltas.
Nossa, esse filme é bom demais!! Estou impressionado com tanta qualidade. Já começa nas atuações: achei que seriam no mesmo nível daquelas em outros filmes do gênero (não que isso me incomodaria, adoro um atorzinho meia-boca em filme de terror), mas logo me deparo com atores já consagrados (tem até o Keir Dullea, de 2001!!!) e excelentes no papel, especialmente Olivia Hussey.
A atmosfera criada nesse filme eu só vi Suspiria fazer melhor, simplesmente conseguiu me deixar assustado e apreensivo QUARENTA anos depois de ser lançado. O mistério é ótimo, os telefonemas são estupendamente bizarros (Agnes, it's me, Billy), as mortes foram bem encaixadas durante o filme, não são cenas gratuitas pra agradar o público sedento por sangue, e o final é ótimo e audacioso.
Carrega merecidamente o título de "um dos melhores filmes de terror de todos os tempos".
Todo mundo mata e morre nesse filme extremamente confuso do Bava. As motivações dos personagens não ficam muito claras, chega um momento em que 10 personagens começam a surgir de todos os cantos e você não sabe quem é quem e porque eles estão matando/morrendo. Nem mesmo a direção extremamente autoral que vemos em outros filmes do Bava está presente nesse. Vale pelo sangue, o filme mais violento do italiano, e por ser uma óbvia inspiração para os futuros slasher. A ideia é boa, mas a história é mal-trabalhada e corrida. Não gostei.
Ah, Argento, porque sempre esses filmes dublados (dublagem mal-feita e, geralmente, em inglês, para piorar)? Fico extremamente chateado por ser obrigado a ver uma perfeição como Tenebre com o áudio todo dessincronizado com as bocas/movimentos/feições dos atores.
Frailty resolve apostar em um final surpreendente, com uma reviravolta ousada, mesmo que pra isso tenha que sacrificar alguns personagens e convicções implantadas no decorrer do filme.
O argumento maior do filme (males do fanatismo religioso), por exemplo, é prejudicado por esse final, juntamente com todo o personagem do Powers Boothe.
No entanto, apesar de arriscado, isso acabou funcionando extremamente bem, porque o plot twist que eles encaixaram foi DO CARALHO e permite ignorar os problemas que eu já citei.
Fiquei encantado com o filme, não conseguia tirar os olhos da TV, um suspense extremamente instigante. Como eu nunca tinha ouvido falar dele antes eu não tenho ideia...
Alguém, por obséquio, pode me explicar o 2.6? Por favor, Honeymoon é incrível! Vi muita gente dizendo que ele tem muita enrolação e que não explica nada:
1. Se você não tem paciência pra esperar um filme de 1 HORA E 27 MINUTOS chegar no seu clímax, então desista da vida, na boa.
2. Tem gente que merece aquele personagem-paisagem que está ali só pro principal usá-lo como ferramenta para elucidar todo o plot ao público ou então uma narração desnecessária pra ir explicando tudo o que está acontecendo conforme vai acontecendo.
O filme é sobre E.T., a mulher enlouqueceu, matou o marido e foi abduzida.
O que mais ele precisa fornecer a você? O resto é só criar na sua mente. Não dá pra ser tão simplista a ponto de querer que o filme resolva tudo. Pensem, criem, concebam, suponham, IMAGINEM!!
O filme deixa uma sensação meio "Cronenbergiana": um terror extremamente psicológico, muita paranoia e dúvidas na cabeça e, geralmente, uma única cena bastante bizarra e nojenta pra botar a cereja no bolo. É a receita básica do diretor.
O que eu captei: a Bea é uma espécie de receptáculo alienígena, isso é algo de família, afinal, não é coincidência tudo isso acontecer na cabana dos pais. Toda a vida dela é o "tempo de gestação" da criatura que, após um certo tempo (27 anos - a idade da moça), chega à reta final (joguei 27 no Google e apareceu que é a semana em que se inicia o processo final de uma gestação, provavelmente seja só uma coincidência, mas achei curioso). No entanto, o alien não NASCE, simplesmente, ele começa a possuir o receptáculo por completo, começa a tomar conta da mulher, seus pensamentos viram os dela e ela acaba se esquecendo de quem foi. Ela sabia que isso tudo estava prestes a acontecer (quando fala "Eu sempre senti ele aqui dentro, eu ainda sinto", ou algo do tipo) e era inevitável, inclusive a morte do marido (pra isso, eu não tenho uma ideia formada, talvez seja só ciúmes do pai alien, sei lá hehe), e, como ela mesmo diz, só quis passar mais algum tempo com quem amava. Por isso, provavelmente, a obsessão em escrever nos papéis as coisas que esquecera sobre sua vida, para passar o máximo de tempo continuando a ser quem ela sempre foi com quem ela sempre quis. Dá pra enxergar, também, uma metáfora a respeito da gravidez no casamento e como isso altera a personalidade do cônjuge e, consequentemente, o relacionamento.
"A black man follows me everywhere when it's sunny. I call him León"
O filme, continuação da comédia mais cult de todos os tempos (ao lado de This Is Spinal Tap), chega a ser surreal de tão hilário. São poucas as comédias que me fazem rir tão espontaneamente como os dois filmes do Ron Burgundy.
Como é de praxe em todos os filmes da sua carreira, Steve Carell novamente rouba o show! Pensei em umas cinco cenas memoráveis enquanto escrevia e as cinco envolviam o Brick. Adoraria um filme focado na vida dele com a Chani, o casal que sintetiza perfeitamente o significado de ~otp~...
PS: senti que faltou um pouco mais de tempo de tela pro Paul Rudd. Brian Fantana, autor da frase mais célebre da franquia ("60% of the time it works every time") merecia mais espaço. E duas horas é muito tempo, dava pra ter cortado algumas piadas preguiçosas. Fora isso, uma continuação quase perfeita.
O. Melhor. Filme. De. Todos. Os. Tempos. É simplesmente hilário ver os outros atores TENTANDO, frente a impassividade e as risadinhas diabólicas do Wiseau, "salvar" o filme. Com toda certeza, esse é o cara mais sem-noção da história do cinema. A bipolaridade da Lisa quanto ao Johnny é algo incrível, uma hora ama, na outra trama algo maligno, na outra ama novamente..., a trilha sonora nas cenas de sexo (ahhhhhhhh o Wiseau pelado, que visão do inferno) são um caso a parte, personagens aparecem e somem do nada, acontecimentos que deveriam ser "importantes" são esquecidos durante o resto do filme, dentre tantas outras genialidades... fora as cenas no terraço, que são imbatíveis. Só não leva 5 estrelas porque li que o Wiseau tinha planejado que o Johnny virasse um vampiro no final e acho um pecado o restante do elenco e equipe não ter permitido que ele filmasse essa ideia magnífica.
Preciso citar também que, por mais engraçado que seja o filme, fiquei com um pouco de pena do nosso ilustríssimo diretor/roteirista/produtor/protagonista, ele me lembrou demais o Michael Scott, de The Office, um cara esquisitão que só quer ter amigos. Se prestar atenção, dá pra captar várias mágoas que o coitado teve na vida, como um (possível) pai ausente, uma namorada cruel, solidão, etc. Simpatizei com ele por causa disso hahaha
Enfim, tem quatro diálogos perfeitos que eu acho que sintetizam bem a singularidade do filme (o que eu queria mesmo era transcrever todo o roteiro dessa maravilha, mas não posso):
"I'm gonna do what I wanna do and that's it... what do you think I should do?" UAU, decida-se Lisa hahahaha
"'Do you want me to order a pizza?' 'Whatever, I don't care' 'I already ordered a pizza' 'haha You think about everything'"
"hahaha Chicken, Peter, you're just a little chicken Chip chip chip chip chiiiii chiiiiiiiiiiiihsuabfiuspbgp". Impossível não lembrar de Arrested Development com essa maravilhosa imitação de galinha, acho até que as imitações de galinha na série podem ser uma homenagem ao filme.
"Anyway, how's your sex life?" Frase mais quotável do filme hahaha
Fora os inúmeros "Johnny is my best friend.", os incontáveis "Don't worry about it" e os infinitos "I don't wanna talk about it" repetidos durante os 99 minutos. Wiseau deve ter um vocabulário de 300 palavras, no máximo!!
(Desculpe, pessoal que vai xingar minha mãe por causa da minha opinião sobre um filme, eu juro que tentei gostar!)
Sinceramente, espero que o amor imenso que as pessoas parecem demonstrar por esse filme seja devido à nostalgia da Sessão da Tarde, porque o vendo nos dias atuais, pela segunda vez (sempre gosto de ver um filme duas vezes antes de formar uma opinião), achei extremamente entediante, pretensioso, mal-atuado e saturado de estereótipos e personagens superficiais. Muito medo de uma geração que se sente representada por isso.
Como gostar de um filme com um final horroroso desse? Mesmo que ele fosse bom (o que não é), esse final estragaria tudo, de tão ofensivo e sem-vergonha que é. Então quer dizer que a mudança estética é o que realmente vale? Quer dizer que, não importa o que aconteça, o nerd SEMPRE vai acabar fazendo a "lição de casa" dos descolados enquanto eles se pegam loucamente? Que mensagem deturpada é essa? Espero muito que na segunda a Allison tenha voltado a ser a porra-louca com personalidade que costumava ser e o Bender tenha ido parar na cadeia (chato pra cacete).
É, John Hughes, Ferris, Cameron e Sloane pisam, estraçalham, humilham esse grupinho de adolescentes chatos filosóficos que você criou um ano antes. Matthew Broderick >>>>>>>>>>>>> Judd Nelson.
O ser humano só aguenta ser acovardado, humilhado, pisoteado, ridicularizado até certo ponto. Chega uma hora que o sangue esquenta, que o "lado primitivo" toma conta. David Sumner se tornou um dos meus personagens favoritos, curto demais esse tipo de personagem,
que começa calmo e, lentamente, vai se tornando um puta sanguinário,
e a interpretação do Dustin está sensacional!
Gostei do estilo de cinema do Peckinpah, uma pena que ele não tenha uma filmografia vasta a ser explorada. Irei começar com "Meu Ódio Será Sua Herança", simplesmente porque achei um dos melhores títulos em PT-BR que eu já vi.
PS: esse pôster é arte!! Mais que sinopse, elenco, diretor, acho que o que me instigou mesmo a ver o filme foi o pôster.
"Antes tomar no culo vivo do que murir con todas las pregas no lugar."
Meu Deus, como não amar o Brasil dos anos 80? Tempos belos, tempos simples, quando os créditos eram escritos, com tinta, em tábuas de madeira e o velhinho de Carrossel rivalizava com Clint Eastwood. Chupa EUA, chupa CGI, esse filme é foda demais!! É o nosso Brasilzão quebrando paradigmas muito antes do resto do mundo: o primeiro herói gay (transa com 40 mulheres em 70 minutos, mas se diz gay, que é o que importa) do cinema nasceu aqui. Nem há muito o que dizer, em que outro filme o vilão rende o mocinho apontando um revólver
Eu falo: o ser-humano mais criativo que já pisou na Terra é o brasileiro. Que roteiro maravilhoso!! Se um dia eu fizesse um filme, tenho certeza que sairia algo parecido com isso (não tão bom, obviamente) hahaha
Por incrível que pareça, o ponto fraco de todas as pornô-chanchadas é o pornozão sujo (um horror para os olhos), mesmo, porque o humor é sempre sensacional, com suas piadas dignas de conversa de bar. Aprovadíssimo.
em menos de duas horas, o casal, sem trocar nenhuma palavra, já se ama e escolhe fugir durante uma noite em que a família está sendo atacada por Wurdulaks, ahn? hahahaha -,
mas a direção do Bava é tão fantástica que torna um conto medíocre em algo acima da média.
Agora, a última história não tem comparação: de longe a melhor, uma obra-prima, conseguiu me deixar tenso e assustado com tão pouco
(torneiras pingando, a máscara de uma velha, uma janela batendo, ...). Que coisa maravilhosa aquela luz verde acendendo e apagando em todas as janelas da casa, me via, toda hora, olhando para as janelas pra ver se algo "assustador" aparecia iluminado por essa luz.
Rapaz, fui ao cinema esperando algo razoável, fui recebido com uma bela de uma bosta. Que filme RUUUUUUUUUUUUUUUUIM!! Terror com classificação etária de 12 anos NÃO PODE!
O original já não é grande coisa (prevejo deslikes). Toda a força do filme de 82 reside em três fatores que o remake não conseguiria, nem se tentasse ao máximo, reproduzir: a história da "maldição" que tomou imensas proporções, o drama bem-feito que o Spielberg conseguiu encaixar (tirando o foco do "terror" fraquinho que Poltergeist realmente era) e toda a mentalidade da sociedade americana dos anos 80, que com certeza deve ter achado apavorante a ideia de uma menininha ficar presa num sub-mundo fantasmagórico dentro da TV.
Pelos motivos que citei, Poltergeist, ao meu ver, era um filme "inremakeável", pois seu grande sucesso se deu conta devido à situações impossíveis de serem controladas que coincidiram com seu lançamento. Ainda mais nos dias de hoje, nos quais Hollywood mamou até onde pôde o tema da casa mal-assombrada...
Falei, falei, falei e acabei criticando só o filme original (hehe). Quanto ao remake: o ritmo do filme é completamente bisonho, o diretor nem tenta criar uma ambientação bacana, nos inserir na história (é SÓ isso que peço de um bom filme de terror)... as coisas simplesmente ACONTECEM e, bom, é isso. Algumas cenas de comédia intencional deveriam ter sido cortadas, mas o mais pavoroso são as cenas de comédia involuntária, como uma envolvendo palhaços, digna de Todo Mundo em Pânico (quem viu, sabe do que estou falando). QUEM, em pleno 2015, consegue errar tanto a mão em um filme a ponto de produzir uma comédia involuntária? Isso foi o que realmente me assombrou. As cenas dos fantasmas numa TV de tela plasma também foram dignas de riso. Acho que a única coisa que se salva no filme é a atriz que faz a menina, boa escolha para o papel.
Em resumo (só escrevo textão nessa droga de site, preciso aprender a sintetizar minhas ideias): se quiserem assistir a Poltergeist, não recomendo nem o original nem o remake. Assistam Insidious, ironicamente uma cópia de Poltergeist melhor que todo e qualquer filme da franquia Poltergeist.
"I get a lot of money for you. And that make you MY bitch"
Nem próximo de ser tão perturbador quanto dizem, ou tão sangrento, ou tão violento, ou tão bom, ou tão ruim... "O Albergue", na minha opinião, não é nada disso. É um filme de terror qualquer, apenas isso. Bacana pra passar o tempo, não me ofendeu como alguns filmes do gênero insistem em fazer, mas... bem, já me esqueci do filme.
A primeira metade desses 90 minutos me deram vontade de morrer de tanto tédio: "Peitos, sexo, putas, maconha, eeeeeeeeeee"... me senti vendo um remake péssimo e sem-graça de Eurotrip.
Já nos últimos 40 minutos, quando é desenvolvido - de maneira bem porca e superficial, mas é - o conceito de tortura por encomenda (PQP que ideia excepcional), o filme dá uma melhorada gigantesca e se torna mais interessante. Não sei se o bastante pra justificar tanto burburinho - talvez o nome "Quentin Tarantino", envolvido na produção do filme, tenha ajudado quanto a isso -, mas melhora.
Enfim, até vale a pena, não me arrependo de ter visto, mas espero que as continuações não foquem apenas na tortura - não custa nada sonhar - e invistam mais na criativa história por trás dela.
Não consigo esconder um sutil toque de decepção com "M", logo após ter visto o irrepreensível "Metropólis", mas todas as questões sociais que o filme levanta - e que ainda incomodam muita gente, até mesmo nos dias de hoje - , numa sociedade tão quebrada e ávida por vingança como a Alemanha da década de 30, são extremamente pertinentes. Os últimos 15 minutos são fantásticos. O meio do filme, no entanto, deixa um pouco a desejar, na minha opinião, devido principalmente a algumas partes da investigação.
Uma cena, em específico, me chamou muita a atenção: Elsie batendo a bola no poste com o cartaz do assassino, até que a sombra do homem surge, gelando minha espinha tal qual muitos filmes de terror nunca conseguiram.
"M, o ~ vampiro ~ de Dusseldorf" pode ser comparado a "In the Hall of the Mountain King" (https://www.youtube.com/watch?v=dRpzxKsSEZg), canção assoviada por Hans durante o filme: é conduzido de maneira excessivamente calma e devagar, até que, perto do fim, BOOM, tudo acontece num ritmo frenético que te deixa hipnotizado.
Da série "Filmes que Papai Ama". Breguice até o talo, roupas de couro, estilos de cabelo de gosto duvidoso (Toecutter inspiração para o Chimbinha), muitos carros (e acidentes de carro, que é o mais importante) e uma ambientação muito foda... GOSTAMOS!!!
Queria mais maluquices, afinal o nome do cara é Mad Max, mas beleza, filme bacana e satisfatório. Reza a lenda que o segundo é bem melhor, veremos...
A melhor história de amor já contada pelo cinema (levando em conta os filmes que eu vi, é claro). Real, verossímil, adulta, triste, passageira, belíssima, emocionante, como uma verdadeira história de amor deve ser. Nem tenho muito o que dizer: meu sentimento, ao ver esse filme, era de que a Meryl Streep ia arrancando o meu coração do peito conforme os minutos passavam.
A mão da injustiça chega a tremer durante os 138 minutos de filme: desde o início, já dava para ver o rumo no qual a narrativa estava sendo levada e, mesmo assim, o baque não deixou de ser grande durante a maravilhosa cena em que acompanhamos, concomitantemente, os acontecimentos à beira do rio e na casa dos Harris.
E que título abrasileirado PERFEITO, traduz o filme excepcionalmente bem... como já disseram abaixo, Sean e Jimmy jogaram Dave por duas vezes ao covil dos vampiros, que Dave tanto temia. Se há 25 anos, eles eram "somente meninos", qual seria a desculpa para a atitude tomada nos dias atuais? São os verdadeiros lobos, isso sim. Enquanto Sean brincava de atirar no Jimmy, o semblante do filho do Dave no final era o mesmo semblante do garoto olhando para trás pela janela do carro...
Adorei esse filme, personagens "cinzas", história instigante, atores fora de série, tem tudo que um bom filme de mistério precisa ter.
PS: até agora, vi apenas quatro (pouquíssimo, né, tenho até vergonha de dizer isso) filmes dirigidos pelo Eastwood: por enquanto o cara tá 100% comigo, e bota 100% nisso... somente filmes EXCEPCIONAIS!!!
Quando vi isso aqui no filmow, marquei como "Quero ver", extremamente cético de que esse filme realmente aconteceria. Passou-se o tempo, já saíram dois trailers e, mesmo assim, eu não consigo acreditar: um filme sobre Brian Wilson, sendo interpretado por John Cusack e Paul Dano? Imperdível. E, pelos trailers e críticas iniciais, parece que vem coisa boa por aí.
Pessoal, indiquem-me alguns filmes semelhantes, por favor. Não precisa ser sobre o mesmo tema ou do mesmo país ou nada do tipo, quero apenas filmes que te deixem com essa sensação boa durante o resto do dia, assim como Simple Simon.
- Cientista brilhante: check - Teoria fantástica e que muda absolutamente tudo: check - Doença crônica e altamente destrutiva: check - Mocinha companheira que está sempre ao lado do nosso herói, diante de todas as adversidades: check - Desafio finalmente contornado através da rotina e da boa-vontade: check - Honraria final pra mostrar ao público que tudo aquilo valeu a pena: check
Sei que pode parecer que estava descrevendo "A Teoria de Tudo" nos tópicos acima, mas na verdade não, todos eles escrevi tendo em mente o filme "Uma Mente Brilhante", de 2002... bem, que comecemos a resenha:
"A Teoria de Tudo" é bom? Sim, claro que é bom, chega a ser virtualmente impossível uma cinebiografia desse gênio maravilhoso ser ruim... mas, convenhamos, quantos filmes iguais a esse já não vimos? Infelizmente, o que dizem sobre os famosos "Oscar Baits" é verdade: de tempos em tempos, cineastas aparecem e reciclam uma ideia de novo, e de novo, e de novo, embalam num embrulho que agrada à Academia (música clássica, 2 horas de duração, história épica/verídica, esses tons azuis e vermelhos que agora parecem que estão em todo MALDITO filme pra indicar um momento de alegria ou dificuldade do personagem, um romancezinho a là "Romeu e Julieta", de vez em quando...) e, pronto, temos um novo vencedor, ou ao menos concorrente, do Oscar.
O filme se inicia e você acha que verá um pouco sobre a vida profissional do Stephen, sobre suas teorias e seu árduo trabalho lutando contra a ALS e contra o preconceito da sociedade científica para chegar aonde chegou no ramo profissional. No entanto, logo com a aparição da Felicity Jones pode-se notar que não será bem assim. OK, não há problema algum o filme querer nos mostrar mais da vida pessoal, do lado desconhecido do cientista, mas para isso, o aprofundamento deveria ter sido muito, mas MUITO maior do que realmente foi. Não focam em absolutamente nada sobre a relação do Stephen com seus pais, amigos e filhos, são todos apenas figuras "passageiras" na vida do personagem. Aposto que a Jane não fez todo o trabalho sozinha. Quanto à relação dos dois: nada visto em tela justifica esse amor tão imenso entre os personagens. Tudo aconteceu meio que "PÁ te conheci PÁ te falei umas teorias minhas PÁ rodamos alegremente na grama PÁ tenho dois anos de vida PÁ casamos". A impressão que fica é que a Jane simplesmente casou com o Stephen pra não se tornar uma puta megera que larga o amante nas maiores dificuldades, mas que passado o prazo de validade de dois anos, passou a tratar o Stephen como impecilho na sua vida, algo que não deveria mais estar ali. Ela tinha muito respeito pelo Hawking, mas não amor. Pois bem, essa foi a minha impressão colhida do filme.
Gostei da coragem de, mesmo dando aquela maquiada e tornando tudo bastante sutil, terem mostrado as traições de ambos, da Jane com o Jonathan e do Stephen com a enfermeira. Antes de assistir, achei que iam editar a vida dos dois lindamente e tornar tudo uma "linda história de amor". E, pra ser sincero, comprei mais o romance dos dois personagens principais com os amantes do que entre si. Outro ponto alto do filme está nas atuações: o Redmayne está muito bom, para quem diz que ele só fez "caras e bocas", duvido segurar essas "caras e bocas" por duas horas de filme como ele sem deixar a peteca cair; a Felicity tem uma atuação muito sólida, não fui muito com a cara da personagem, mas ela "construiu" a Jane muito bem, com várias nuances e uma personalidade que não se limita apenas a ser boazinha e deixar o Hawking brilhar.
Ainda tinha muito mais coisa pra falar, mas essa merda já ficou gigante e ninguém vai ler tudo isso mesmo, então encerro por aqui. Como já disse: é um filme bacana, eu o indicaria pra amigos, mas acho que estava ocupando o espaço de "Nightcrawler" entre os indicados.
Adivinhe Quem Vem Para Jantar
4.1 222 Assista AgoraPreciso dizer que não gostei muito desse filme. Quando um filme quase te obriga a engolir sua mensagem goela abaixo é porque algo está errado.
Por mais que a maioria dos atores sejam ótimos, os diálogos dados a eles são tão expositórios e didáticos que os personagens soam ridiculamente mecânicos. A Joey não tem profundidade ("Ahhh, como o mundo é perfeito... eu sou feliz hoje, fui feliz ontem, serei feliz para SEMPRE!!"), culpa também da péssima atuação de Katharine Houghton, e o John, então? O cara é quase o super-homem, personagem completamente irreal: é claro que talvez ele tenha sido construído dessa forma para enfatizar que o preconceito se dava exclusivamente pela questão racial, mas ainda assim me incomodou. Por último, aquela cena do sorvete, que coisa mais patética, digna de Cinderela Baiana... ouvia "Fresh Oregon Boysenberry" e ficava imaginando QUE MERDA o diretor queria que eu depreendesse daquilo, vergonha alheia define hahaha
Acho que vale pela abalada na família tradicional brasileira dos anos 60, um filme corajoso pra época, as pitadas de comédia funcionam bem e também achei legal os pais não serem completos racistas "fora do armário", por assim dizer: o toque de hipocrisia dos dois (especialmente, do pai) durante a situação foi interessante de se ver. No entanto, muitas falhas grotescas, que me deixam surpreso por serem tão ignoradas por quem assiste ao filme, me impedem de apreciá-lo. Só é bacana pelo valor histórico, mesmo.
O Último Sacramento
3.1 137 Assista AgoraO filme é ótimo, se você desligar a mente e não parar muito pra pensar. História interessantíssima, afinal, quem não se fascina com cultos e a capacidade de lavagem cerebral de falsos profetas? Já perdi muito sono lendo sobre Charles Manson e Jim Jones e pensando na lábia que uns caras desses deveriam ter.
No entanto, o filme tem muitos furos, a maioria decorrente do formato found footage (aquelas clássicas indagações: "pera, quem tá filmando essa cena de outra direção sendo que só tem uma câmera?", "como assim a câmera ficou e eles ainda obtiveram as imagens?", "porque você está sendo caçado e não solta a câmera?", etc)... erros tão elementares que NUNCA achei que o Ti West, responsável por duas das melhores direções em filmes de terror nos últimos anos, cometeria. Tem até aquela balela de fingir que é história real, outra coisa que não esperava do diretor.
O filme não deixa de ser bom por causa disso, especialmente, a primeira parte. Os problemas estão mais na segunda metade, tanto de roteiro -
seria melhor continuar explorando o lado psicológico da situação ao invés de focar numa carnificina louca e desenfreada (MALDITA câmera tremendo) por 40 minutos
Lendo o que eu escrevi parece até que odiei o filme, o que NÃO é verdade. Recomendo, é muito acima da média e bastante tenso
(a cena da Caroline matando o irmão é angustiante).
Inverno de Sangue em Veneza
3.7 209Gostei demais, é um filme de um sub-gênero do terror que nem existe mais: aquele suspense em que, desde o início, você sabe que algo está prestes a acontecer, mas nada acontece de fato. Então chega uma cena e você pensa "É agora", mas não é. Aí vem outra, você pensa "É agora" e não é, e assim continua, até atingir um estado de completa tensão. O que pode ser visto como enrolação por muitos, a mim agrada bastante.
É muito triste saber que tem pessoas que veem esse filme esperando um final mirabolante a respeito do assassino, ignorando praticamente todo o desenvolvimento do filme, estudo dos personagens e simbolismos. Se durante 90 minutos, o assassino é somente pano de fundo para o casal Baxter, porque, nos últimos 15, ele passaria a ser o foco principal do filme?
Fiquei em êxtase quando finalmente me dei conta de que algumas cenas aparentemente sem pé nem cabeça eram visões do John sobre o seu próprio assassinato. O afogamento da própria filha também era um presságio do que estava para acontecer com ele, fantástico.
O tipo de filme que seria necessário ver, no mínimo, duas vezes, mas que poucos irão fazê-lo por ser arrastado e contemplativo. Li muitas críticas sobre ele aqui, mas achei que vale muito a pena e que não deixa pontas soltas.
Noite do Terror
3.5 219Nossa, esse filme é bom demais!! Estou impressionado com tanta qualidade. Já começa nas atuações: achei que seriam no mesmo nível daquelas em outros filmes do gênero (não que isso me incomodaria, adoro um atorzinho meia-boca em filme de terror), mas logo me deparo com atores já consagrados (tem até o Keir Dullea, de 2001!!!) e excelentes no papel, especialmente Olivia Hussey.
A atmosfera criada nesse filme eu só vi Suspiria fazer melhor, simplesmente conseguiu me deixar assustado e apreensivo QUARENTA anos depois de ser lançado. O mistério é ótimo, os telefonemas são estupendamente bizarros (Agnes, it's me, Billy), as mortes foram bem encaixadas durante o filme, não são cenas gratuitas pra agradar o público sedento por sangue, e o final é ótimo e audacioso.
Carrega merecidamente o título de "um dos melhores filmes de terror de todos os tempos".
Banho de Sangue
3.5 124Todo mundo mata e morre nesse filme extremamente confuso do Bava. As motivações dos personagens não ficam muito claras, chega um momento em que 10 personagens começam a surgir de todos os cantos e você não sabe quem é quem e porque eles estão matando/morrendo. Nem mesmo a direção extremamente autoral que vemos em outros filmes do Bava está presente nesse. Vale pelo sangue, o filme mais violento do italiano, e por ser uma óbvia inspiração para os futuros slasher. A ideia é boa, mas a história é mal-trabalhada e corrida. Não gostei.
Tenebre
3.8 132 Assista AgoraAh, Argento, porque sempre esses filmes dublados (dublagem mal-feita e, geralmente, em inglês, para piorar)? Fico extremamente chateado por ser obrigado a ver uma perfeição como Tenebre com o áudio todo dessincronizado com as bocas/movimentos/feições dos atores.
A Mão do Diabo
3.5 289Frailty resolve apostar em um final surpreendente, com uma reviravolta ousada, mesmo que pra isso tenha que sacrificar alguns personagens e convicções implantadas no decorrer do filme.
O argumento maior do filme (males do fanatismo religioso), por exemplo, é prejudicado por esse final, juntamente com todo o personagem do Powers Boothe.
Fiquei encantado com o filme, não conseguia tirar os olhos da TV, um suspense extremamente instigante. Como eu nunca tinha ouvido falar dele antes eu não tenho ideia...
Honeymoon
2.7 278Alguém, por obséquio, pode me explicar o 2.6? Por favor, Honeymoon é incrível! Vi muita gente dizendo que ele tem muita enrolação e que não explica nada:
1. Se você não tem paciência pra esperar um filme de 1 HORA E 27 MINUTOS chegar no seu clímax, então desista da vida, na boa.
2. Tem gente que merece aquele personagem-paisagem que está ali só pro principal usá-lo como ferramenta para elucidar todo o plot ao público ou então uma narração desnecessária pra ir explicando tudo o que está acontecendo conforme vai acontecendo.
O filme é sobre E.T., a mulher enlouqueceu, matou o marido e foi abduzida.
O filme deixa uma sensação meio "Cronenbergiana": um terror extremamente psicológico, muita paranoia e dúvidas na cabeça e, geralmente, uma única cena bastante bizarra e nojenta pra botar a cereja no bolo. É a receita básica do diretor.
O que eu captei: a Bea é uma espécie de receptáculo alienígena, isso é algo de família, afinal, não é coincidência tudo isso acontecer na cabana dos pais. Toda a vida dela é o "tempo de gestação" da criatura que, após um certo tempo (27 anos - a idade da moça), chega à reta final (joguei 27 no Google e apareceu que é a semana em que se inicia o processo final de uma gestação, provavelmente seja só uma coincidência, mas achei curioso). No entanto, o alien não NASCE, simplesmente, ele começa a possuir o receptáculo por completo, começa a tomar conta da mulher, seus pensamentos viram os dela e ela acaba se esquecendo de quem foi. Ela sabia que isso tudo estava prestes a acontecer (quando fala "Eu sempre senti ele aqui dentro, eu ainda sinto", ou algo do tipo) e era inevitável, inclusive a morte do marido (pra isso, eu não tenho uma ideia formada, talvez seja só ciúmes do pai alien, sei lá hehe), e, como ela mesmo diz, só quis passar mais algum tempo com quem amava. Por isso, provavelmente, a obsessão em escrever nos papéis as coisas que esquecera sobre sua vida, para passar o máximo de tempo continuando a ser quem ela sempre foi com quem ela sempre quis. Dá pra enxergar, também, uma metáfora a respeito da gravidez no casamento e como isso altera a personalidade do cônjuge e, consequentemente, o relacionamento.
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro
3.5 2,6K Assista AgoraPrimeiro filme, em uns 3 anos, que eu não consigo terminar de ver. Achei muito, muito ruim.
Tudo por um Furo
3.2 340 Assista Agora"A black man follows me everywhere when it's sunny. I call him León"
O filme, continuação da comédia mais cult de todos os tempos (ao lado de This Is Spinal Tap), chega a ser surreal de tão hilário. São poucas as comédias que me fazem rir tão espontaneamente como os dois filmes do Ron Burgundy.
Como é de praxe em todos os filmes da sua carreira, Steve Carell novamente rouba o show! Pensei em umas cinco cenas memoráveis enquanto escrevia e as cinco envolviam o Brick. Adoraria um filme focado na vida dele com a Chani, o casal que sintetiza perfeitamente o significado de ~otp~...
PS: senti que faltou um pouco mais de tempo de tela pro Paul Rudd. Brian Fantana, autor da frase mais célebre da franquia ("60% of the time it works every time") merecia mais espaço. E duas horas é muito tempo, dava pra ter cortado algumas piadas preguiçosas. Fora isso, uma continuação quase perfeita.
The Room
2.3 492O. Melhor. Filme. De. Todos. Os. Tempos. É simplesmente hilário ver os outros atores TENTANDO, frente a impassividade e as risadinhas diabólicas do Wiseau, "salvar" o filme. Com toda certeza, esse é o cara mais sem-noção da história do cinema. A bipolaridade da Lisa quanto ao Johnny é algo incrível, uma hora ama, na outra trama algo maligno, na outra ama novamente..., a trilha sonora nas cenas de sexo (ahhhhhhhh o Wiseau pelado, que visão do inferno) são um caso a parte, personagens aparecem e somem do nada, acontecimentos que deveriam ser "importantes" são esquecidos durante o resto do filme, dentre tantas outras genialidades... fora as cenas no terraço, que são imbatíveis. Só não leva 5 estrelas porque li que o Wiseau tinha planejado que o Johnny virasse um vampiro no final e acho um pecado o restante do elenco e equipe não ter permitido que ele filmasse essa ideia magnífica.
Preciso citar também que, por mais engraçado que seja o filme, fiquei com um pouco de pena do nosso ilustríssimo diretor/roteirista/produtor/protagonista, ele me lembrou demais o Michael Scott, de The Office, um cara esquisitão que só quer ter amigos. Se prestar atenção, dá pra captar várias mágoas que o coitado teve na vida, como um (possível) pai ausente, uma namorada cruel, solidão, etc. Simpatizei com ele por causa disso hahaha
Enfim, tem quatro diálogos perfeitos que eu acho que sintetizam bem a singularidade do filme (o que eu queria mesmo era transcrever todo o roteiro dessa maravilha, mas não posso):
"I'm gonna do what I wanna do and that's it... what do you think I should do?" UAU, decida-se Lisa hahahaha
"'Do you want me to order a pizza?'
'Whatever, I don't care'
'I already ordered a pizza'
'haha You think about everything'"
"hahaha Chicken, Peter, you're just a little chicken Chip chip chip chip chiiiii chiiiiiiiiiiiihsuabfiuspbgp". Impossível não lembrar de Arrested Development com essa maravilhosa imitação de galinha, acho até que as imitações de galinha na série podem ser uma homenagem ao filme.
"Anyway, how's your sex life?" Frase mais quotável do filme hahaha
Fora os inúmeros "Johnny is my best friend.", os incontáveis "Don't worry about it" e os infinitos "I don't wanna talk about it" repetidos durante os 99 minutos. Wiseau deve ter um vocabulário de 300 palavras, no máximo!!
Clube dos Cinco
4.2 2,6K Assista Agora(Desculpe, pessoal que vai xingar minha mãe por causa da minha opinião sobre um filme, eu juro que tentei gostar!)
Sinceramente, espero que o amor imenso que as pessoas parecem demonstrar por esse filme seja devido à nostalgia da Sessão da Tarde, porque o vendo nos dias atuais, pela segunda vez (sempre gosto de ver um filme duas vezes antes de formar uma opinião), achei extremamente entediante, pretensioso, mal-atuado e saturado de estereótipos e personagens superficiais. Muito medo de uma geração que se sente representada por isso.
Como gostar de um filme com um final horroroso desse? Mesmo que ele fosse bom (o que não é), esse final estragaria tudo, de tão ofensivo e sem-vergonha que é. Então quer dizer que a mudança estética é o que realmente vale? Quer dizer que, não importa o que aconteça, o nerd SEMPRE vai acabar fazendo a "lição de casa" dos descolados enquanto eles se pegam loucamente? Que mensagem deturpada é essa? Espero muito que na segunda a Allison tenha voltado a ser a porra-louca com personalidade que costumava ser e o Bender tenha ido parar na cadeia (chato pra cacete).
Sob o Domínio do Medo
3.8 268O ser humano só aguenta ser acovardado, humilhado, pisoteado, ridicularizado até certo ponto. Chega uma hora que o sangue esquenta, que o "lado primitivo" toma conta. David Sumner se tornou um dos meus personagens favoritos, curto demais esse tipo de personagem,
que começa calmo e, lentamente, vai se tornando um puta sanguinário,
Gostei do estilo de cinema do Peckinpah, uma pena que ele não tenha uma filmografia vasta a ser explorada. Irei começar com "Meu Ódio Será Sua Herança", simplesmente porque achei um dos melhores títulos em PT-BR que eu já vi.
PS: esse pôster é arte!! Mais que sinopse, elenco, diretor, acho que o que me instigou mesmo a ver o filme foi o pôster.
Um Pistoleiro Chamado Papaco
3.5 241"Antes tomar no culo vivo do que murir con todas las pregas no lugar."
Meu Deus, como não amar o Brasil dos anos 80? Tempos belos, tempos simples, quando os créditos eram escritos, com tinta, em tábuas de madeira e o velhinho de Carrossel rivalizava com Clint Eastwood. Chupa EUA, chupa CGI, esse filme é foda demais!! É o nosso Brasilzão quebrando paradigmas muito antes do resto do mundo: o primeiro herói gay (transa com 40 mulheres em 70 minutos, mas se diz gay, que é o que importa) do cinema nasceu aqui. Nem há muito o que dizer, em que outro filme o vilão rende o mocinho apontando um revólver
para o cu do indivíduo?
Por incrível que pareça, o ponto fraco de todas as pornô-chanchadas é o pornozão sujo (um horror para os olhos), mesmo, porque o humor é sempre sensacional, com suas piadas dignas de conversa de bar. Aprovadíssimo.
As Três Máscaras do Terror
3.9 131 Assista AgoraFINALMENTE achei um giallo italiano dublado em italiano haha
A primeira história é um ótimo suspense, muito legal mesmo, e com pouco menos de 30 minutos, ainda deu pra "encaixar" uma reviravolta interessante.
Já a segunda é a mais fraquinha, um roteiro muito batido sobre vampiros no século XIX, e aquele "romance" não cola de jeito algum -
em menos de duas horas, o casal, sem trocar nenhuma palavra, já se ama e escolhe fugir durante uma noite em que a família está sendo atacada por Wurdulaks, ahn? hahahaha -,
Agora, a última história não tem comparação: de longe a melhor, uma obra-prima, conseguiu me deixar tenso e assustado com tão pouco
(torneiras pingando, a máscara de uma velha, uma janela batendo, ...). Que coisa maravilhosa aquela luz verde acendendo e apagando em todas as janelas da casa, me via, toda hora, olhando para as janelas pra ver se algo "assustador" aparecia iluminado por essa luz.
Poltergeist: O Fenômeno
2.4 1,3K Assista AgoraRapaz, fui ao cinema esperando algo razoável, fui recebido com uma bela de uma bosta. Que filme RUUUUUUUUUUUUUUUUIM!! Terror com classificação etária de 12 anos NÃO PODE!
O original já não é grande coisa (prevejo deslikes). Toda a força do filme de 82 reside em três fatores que o remake não conseguiria, nem se tentasse ao máximo, reproduzir: a história da "maldição" que tomou imensas proporções, o drama bem-feito que o Spielberg conseguiu encaixar (tirando o foco do "terror" fraquinho que Poltergeist realmente era) e toda a mentalidade da sociedade americana dos anos 80, que com certeza deve ter achado apavorante a ideia de uma menininha ficar presa num sub-mundo fantasmagórico dentro da TV.
Pelos motivos que citei, Poltergeist, ao meu ver, era um filme "inremakeável", pois seu grande sucesso se deu conta devido à situações impossíveis de serem controladas que coincidiram com seu lançamento. Ainda mais nos dias de hoje, nos quais Hollywood mamou até onde pôde o tema da casa mal-assombrada...
Falei, falei, falei e acabei criticando só o filme original (hehe). Quanto ao remake: o ritmo do filme é completamente bisonho, o diretor nem tenta criar uma ambientação bacana, nos inserir na história (é SÓ isso que peço de um bom filme de terror)... as coisas simplesmente ACONTECEM e, bom, é isso. Algumas cenas de comédia intencional deveriam ter sido cortadas, mas o mais pavoroso são as cenas de comédia involuntária, como uma envolvendo palhaços, digna de Todo Mundo em Pânico (quem viu, sabe do que estou falando). QUEM, em pleno 2015, consegue errar tanto a mão em um filme a ponto de produzir uma comédia involuntária? Isso foi o que realmente me assombrou. As cenas dos fantasmas numa TV de tela plasma também foram dignas de riso. Acho que a única coisa que se salva no filme é a atriz que faz a menina, boa escolha para o papel.
Em resumo (só escrevo textão nessa droga de site, preciso aprender a sintetizar minhas ideias): se quiserem assistir a Poltergeist, não recomendo nem o original nem o remake. Assistam Insidious, ironicamente uma cópia de Poltergeist melhor que todo e qualquer filme da franquia Poltergeist.
O Albergue
3.0 1,2K Assista Agora"I get a lot of money for you. And that make you MY bitch"
A primeira metade desses 90 minutos me deram vontade de morrer de tanto tédio: "Peitos, sexo, putas, maconha, eeeeeeeeeee"... me senti vendo um remake péssimo e sem-graça de Eurotrip.
Já nos últimos 40 minutos, quando é desenvolvido - de maneira bem porca e superficial, mas é - o conceito de tortura por encomenda (PQP que ideia excepcional), o filme dá uma melhorada gigantesca e se torna mais interessante. Não sei se o bastante pra justificar tanto burburinho - talvez o nome "Quentin Tarantino", envolvido na produção do filme, tenha ajudado quanto a isso -, mas melhora.
M, o Vampiro de Dusseldorf
4.3 279 Assista AgoraNão consigo esconder um sutil toque de decepção com "M", logo após ter visto o irrepreensível "Metropólis", mas todas as questões sociais que o filme levanta - e que ainda incomodam muita gente, até mesmo nos dias de hoje - , numa sociedade tão quebrada e ávida por vingança como a Alemanha da década de 30, são extremamente pertinentes. Os últimos 15 minutos são fantásticos. O meio do filme, no entanto, deixa um pouco a desejar, na minha opinião, devido principalmente a algumas partes da investigação.
Uma cena, em específico, me chamou muita a atenção: Elsie batendo a bola no poste com o cartaz do assassino, até que a sombra do homem surge, gelando minha espinha tal qual muitos filmes de terror nunca conseguiram.
Mad Max
3.6 724 Assista AgoraDa série "Filmes que Papai Ama". Breguice até o talo, roupas de couro, estilos de cabelo de gosto duvidoso (Toecutter inspiração para o Chimbinha), muitos carros (e acidentes de carro, que é o mais importante) e uma ambientação muito foda... GOSTAMOS!!!
Queria mais maluquices, afinal o nome do cara é Mad Max, mas beleza, filme bacana e satisfatório. Reza a lenda que o segundo é bem melhor, veremos...
As Pontes de Madison
4.2 840 Assista AgoraA melhor história de amor já contada pelo cinema (levando em conta os filmes que eu vi, é claro). Real, verossímil, adulta, triste, passageira, belíssima, emocionante, como uma verdadeira história de amor deve ser. Nem tenho muito o que dizer: meu sentimento, ao ver esse filme, era de que a Meryl Streep ia arrancando o meu coração do peito conforme os minutos passavam.
Sobre Meninos e Lobos
4.1 1,5K Assista AgoraA imagem gravada no cimento com o nome dos três vai ficar guardada eternamente na minha cabeça. "Jimmy-Sean-Da"... que filme doloroso de assistir.
A mão da injustiça chega a tremer durante os 138 minutos de filme: desde o início, já dava para ver o rumo no qual a narrativa estava sendo levada e, mesmo assim, o baque não deixou de ser grande durante a maravilhosa cena em que acompanhamos, concomitantemente, os acontecimentos à beira do rio e na casa dos Harris.
E que título abrasileirado PERFEITO, traduz o filme excepcionalmente bem... como já disseram abaixo, Sean e Jimmy jogaram Dave por duas vezes ao covil dos vampiros, que Dave tanto temia. Se há 25 anos, eles eram "somente meninos", qual seria a desculpa para a atitude tomada nos dias atuais? São os verdadeiros lobos, isso sim. Enquanto Sean brincava de atirar no Jimmy, o semblante do filho do Dave no final era o mesmo semblante do garoto olhando para trás pela janela do carro...
PS: até agora, vi apenas quatro (pouquíssimo, né, tenho até vergonha de dizer isso) filmes dirigidos pelo Eastwood: por enquanto o cara tá 100% comigo, e bota 100% nisso... somente filmes EXCEPCIONAIS!!!
The Beach Boys: Uma História de Sucesso
3.9 169 Assista AgoraQuando vi isso aqui no filmow, marquei como "Quero ver", extremamente cético de que esse filme realmente aconteceria. Passou-se o tempo, já saíram dois trailers e, mesmo assim, eu não consigo acreditar: um filme sobre Brian Wilson, sendo interpretado por John Cusack e Paul Dano? Imperdível. E, pelos trailers e críticas iniciais, parece que vem coisa boa por aí.
No Espaço Não Existem Sentimentos
4.3 450Pessoal, indiquem-me alguns filmes semelhantes, por favor. Não precisa ser sobre o mesmo tema ou do mesmo país ou nada do tipo, quero apenas filmes que te deixem com essa sensação boa durante o resto do dia, assim como Simple Simon.
Se rolar um "romancezinho implícito, quase subliminar" como esse, ainda melhor.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraFãs do filme, não me xinguem, é sempre bom ler uma opinião contrárias, às vezes...
- Cientista brilhante: check
- Teoria fantástica e que muda absolutamente tudo: check
- Doença crônica e altamente destrutiva: check
- Mocinha companheira que está sempre ao lado do nosso herói, diante de todas as adversidades: check
- Desafio finalmente contornado através da rotina e da boa-vontade: check
- Honraria final pra mostrar ao público que tudo aquilo valeu a pena: check
Sei que pode parecer que estava descrevendo "A Teoria de Tudo" nos tópicos acima, mas na verdade não, todos eles escrevi tendo em mente o filme "Uma Mente Brilhante", de 2002... bem, que comecemos a resenha:
"A Teoria de Tudo" é bom? Sim, claro que é bom, chega a ser virtualmente impossível uma cinebiografia desse gênio maravilhoso ser ruim... mas, convenhamos, quantos filmes iguais a esse já não vimos? Infelizmente, o que dizem sobre os famosos "Oscar Baits" é verdade: de tempos em tempos, cineastas aparecem e reciclam uma ideia de novo, e de novo, e de novo, embalam num embrulho que agrada à Academia (música clássica, 2 horas de duração, história épica/verídica, esses tons azuis e vermelhos que agora parecem que estão em todo MALDITO filme pra indicar um momento de alegria ou dificuldade do personagem, um romancezinho a là "Romeu e Julieta", de vez em quando...) e, pronto, temos um novo vencedor, ou ao menos concorrente, do Oscar.
O filme se inicia e você acha que verá um pouco sobre a vida profissional do Stephen, sobre suas teorias e seu árduo trabalho lutando contra a ALS e contra o preconceito da sociedade científica para chegar aonde chegou no ramo profissional. No entanto, logo com a aparição da Felicity Jones pode-se notar que não será bem assim. OK, não há problema algum o filme querer nos mostrar mais da vida pessoal, do lado desconhecido do cientista, mas para isso, o aprofundamento deveria ter sido muito, mas MUITO maior do que realmente foi. Não focam em absolutamente nada sobre a relação do Stephen com seus pais, amigos e filhos, são todos apenas figuras "passageiras" na vida do personagem. Aposto que a Jane não fez todo o trabalho sozinha. Quanto à relação dos dois: nada visto em tela justifica esse amor tão imenso entre os personagens. Tudo aconteceu meio que "PÁ te conheci PÁ te falei umas teorias minhas PÁ rodamos alegremente na grama PÁ tenho dois anos de vida PÁ casamos". A impressão que fica é que a Jane simplesmente casou com o Stephen pra não se tornar uma puta megera que larga o amante nas maiores dificuldades, mas que passado o prazo de validade de dois anos, passou a tratar o Stephen como impecilho na sua vida, algo que não deveria mais estar ali. Ela tinha muito respeito pelo Hawking, mas não amor. Pois bem, essa foi a minha impressão colhida do filme.
Gostei da coragem de, mesmo dando aquela maquiada e tornando tudo bastante sutil, terem mostrado as traições de ambos, da Jane com o Jonathan e do Stephen com a enfermeira. Antes de assistir, achei que iam editar a vida dos dois lindamente e tornar tudo uma "linda história de amor". E, pra ser sincero, comprei mais o romance dos dois personagens principais com os amantes do que entre si. Outro ponto alto do filme está nas atuações: o Redmayne está muito bom, para quem diz que ele só fez "caras e bocas", duvido segurar essas "caras e bocas" por duas horas de filme como ele sem deixar a peteca cair; a Felicity tem uma atuação muito sólida, não fui muito com a cara da personagem, mas ela "construiu" a Jane muito bem, com várias nuances e uma personalidade que não se limita apenas a ser boazinha e deixar o Hawking brilhar.