Mostra os filhos do personagem principal. Pelo menos deixaram o chefe de polícia em paz. Esse filme foi slasher total, só que com tubarão. Mas eles não queriam fazer um cliché. Queriam dar um tempero a mais.
TUBARÃO NUMA LAGOA! Ele fica escondido num parque aquático. As cenas de ataque são engraçadas. Para superar uma dessa, só mesmo Tubarão no espaço. Acho curioso como um parque daqueles não tem nenhum plano de evacuação. O filho do chefe de polícia teve de sair feito um maluco e gritando para o pessoal que estava no meio da lagoa. Tem uma regra muito antiga nos roteiros de filmes. "Show do not tell". Ou seja, mostre, não fale. TUbarão 3 foi exatamente na direção oposta. Muitos diálogos expositórios e poucas cenas que contam as histórias. Comentam sobre o sistema XPTO de bombeamento de água da repimboca da parafuseta. Mas não fica claro o que exatamente o protagonista do filme faz. No início eu imaginei que ele seria um tipo de segurança. Mas ele parece que talvez monte equipamentos. Ou faz manutenção. A única cena que mostra algo do tipo é quando ele grita com alguns funcionários que estavam em um tipo de solda. Isso poderia indicar que ele talvez seja o chefe de algumas pessoas.
Filme bem esquecível na agonizante série Tubarão. Até agora está uma escada perfeita de nível decrescente de qualidade. Do 1 para o 2 já tem uma queda absurda. E, pelo que dizem, o próximo tem um bom motivo para ter sido o último. A tal pá de cal na franquia.
Me parece que alguém gostou muito da cena final do primeiro "Tubarão". Gostou tanto, que fez um filme inteiro basicamente com isso. É como se a sobremesa que só vem em pequenas quantidades depois de uma grande refeição, viesse agora em proporções gigantescas. Depois da quinta fatia do bolo, o gosto não é o mesmo da primeira fatia. A saturação da glicose nas papilas gustativas nem sentem mais o doce.
O tubarão agora parece o Jason Voorhees. Tem estratégia de ataque. Parece mais interessado em dar um susto no pessoal do que em atacar efetivamente. Esse também gosta muito de ficar fora da água. Mais um pouco e ele poderia velejar um barco. Ele atacou o grupo de adolescentes genéricos, e simplesmente parou. Aí voltou a atacar quando o helicóptero veio. Parece ter amnésia, ou realmente queria manter os jovens naquela situação por um tempo. O tubarão também demonstrou uma incrível capacidade de não deixar quase nenhum rastro. Somente barcos vazios. E também consegue quebrar vários barcos sem dificuldade alguma. O protagonista do filme, o policial, ficou bem diferente do filme anterior. Os responsáveis por esse filme quiseram desconstruí-lo, para depois poderem retomá-lo a um local grandioso, de grande salvador da ilha. Mas fizeram isso de uma maneira corrida e sem sentido algum. Dessa vez também não havia nenhum grande feriado à vista. Nada em risco para a economia da ilha. O chefe de polícia simplesmente estava sendo ele. Aí, poucos minutos depois, se tornou um maluco que atira em sardinhas. Isso apenas por conta do filme precisar que ele ficasse desempregado. Mas, com o andar do filme, isso não fez diferença alguma. Ele conseguiu usar o barco patrulha. Chamava reforços aéreos sem problema. Não houve quase nenhum obstáculo nessa parte. Ele ia devolver a picape, e aí teve a ambulância. E aí ele já pulou no barco e zas. A trama com adolescentes genéricos foi outro fator que quase torna esse filme um "Sexta-feira 13" nas águas. Personagens tão memoráveis quanto o "filho do chefe de polícia", o "filho do prefeito", e a "garota que o filho do chefe de polícia tem interesse". Uma das partes positivas desse filme é justamente mostrar duas coisas. A primeira, como o primeiro filme foi bom. E a segunda é como não fazer uma continuação. E olha que tinha certo potencial. As cenas e situações que foram tão interessantes no primeiro aparecem no segundo, mas na intensidade e ordens erradas. Das que eu consigo me lembrar, são essas: * FIlmagens submarinas, mostrando a aparente visão do tubarão. * O ataque do tubarão que balança o barco, e até mesmo arranca um pedaço do mesmo. * A roldana no barco estressada, a ponto de quebrar. O barco que se reclina, ao tentar içar algo muito pesado. * Uma pessoa gabaritada em vida oceânica analisa uma carcaça na praia. * Prefeito que não acredita na opinião do chefe de polícia. * Chefe de polícia ficando bêbado e falando merda. * Pessoas em pânico com a evacuação emergencial da praia. A especialista comentou que "os tubarões não são vingativos". E esse não parece ser o caso dessa série até agora. Mas imagino que essa frase pode ter dado uma ideia para alguém, no próximo filme.
Baby Driver chegou perto de ser um filme perfeito. Me pareceu uma versão pop juvenil do filme Drive. Ambos os protagonistas dirigem incrivelmente bem, se envolvem com o crime e falam bem pouco. A trilha sonora de Baby Driver é uma coisa sensacional. As batidas são sincronizadas com as cenas. Até mesmo as pichações nas ruas mostram as letras do que está sendo cantando. A vida do protagonista parece um filme. Só que com contornos aparentemente trágicos. A história é bem amarrada na sua maior parte. Algumas cenas me pareceram um pouco forçadas, com base no comportamento aparente dos personagens.
Mostra o vampiro emo que, mesmo morto, ainda tem um coração. No sentido figurado, claro. Pode também ser visto como um relacionamento abusivo. Onde até mesmo tentam arranjar uma filha. Que não salva o casamento deles. E o ex possessivo fica perseguindo a outra pessoa, durante séculos.
Bem a cara do Tim Burton. Os visuais são muito bons. As músicas são legais também. Talvez possa ser considerado o auge desse criador na parte estética. Depois ele iria dar umas escorregadas, exagerando na dose. Vide por exemplo a versão dele de Alice.
Mesmo sendo da Pixar, esse filme seguiu uma fórmula. Não se destacou tanto quanto os outros feitos pelo mesmo estúdio. Pode ser que eu esteja exigente, mas foi a impressão que eu tive. Todas as etapas estão demarcadas claramente. Mundo comum, chamado para a aventura, amigos e inimigos. O que deveria ser uma surpresa acaba sendo telegrafado poucos minutos antes. Os personagens também tiveram uma construção básica. O esquentadinho impaciente que tem poderes de velocidade. A garota que se esconde dos outros e pode ficar invisível. A mãe que se desdobra entre diversos papéis e consegue esticar o seu corpo. O único que teve uma boa profundidade foi o protagonista. Seria o tipo de construção criativa que eu espero encontrar nos estúdios concorrentes de animação. Faltou o "fator Pixar". Teve algo parecido na confissão de um dos personagens. Mas o impacto emocional não foi no nível bomba nuclear, igual aos outros filmes.
Tem um aspecto bem peculiar com relação aos mundos criados que, por vezes, é negligenciado. Quando vemos o filme Alien: o oitavo passageiro, nós não temos muita informação sobre a ameaça. Qual é o planeta natal deles, qual o nome, nem nada. O face hugger surge e o terror se instaura. Nos filmes de Zumbi do Romero também não se detinham para explicar como um apocalipse zumbi se instaurou. O filme começa com o mundo já destruído. Não fala se tem origem em um vírus, em um fungo, nem nada. Quando não se sabe exatamente qual é a intenção de quem ameaça, o terror é maior. E todo o trabalho de criar pavor se torna subjetivo, a cargo de quem vê o filme. Isso é muito mais poderoso para o suspense e o terror. Bacurau acertou nessa parte. Não é explicado de maneira clara e óbvia qual é a motivação dos ataques. Existem, se eu contei corretamente, três cenas que dão indícios do que pode estar acontecendo. A primeira parte é a da estrada bloqueada e a interação com o prefeito, logo no começo. A segunda cena é, bem de relance, mostram na TV cenas bem bizarras em São Paulo, no Vale do Anhangabaú. A terceira cena é o diálogo dos dois brasileiros (paulista e carioca) com os norte-americanos. Isso, em conjunto, permite com que a imaginação vá longe. O cargo de montar o mundo cabe ao espectador do filme. E obviamente ele leva em conta o momento político atual. O fato de ter sido não panfletário na mensagem é bem positivo, ao meu ver. A história tem potência, por se tratar de algo aplicável para muitas épocas históricas e locais distintos. Poderia facilmente se tornar uma história de faroeste. Tem até mesmo pontos em comum com os filmes Avatar e O Último Samurai. A diferença é a questão do protagonista. Não tem Tom Cruise em Bacurau. O protagonista é o próprio local. O conjunto de pessoas que a habitam. Até mesmo o ponto focal pode ser considerado o confronto em si. A dualidade que gera o atrito. Desse ponto de vista, vejo alguns pontos em comum com "Grandes Sertões Veredas".
O filme não tem um vilão razoável. É apenas entidade mística poderosa e maligna. Quer talvez destruir o mundo. E apenas isso. Conta com diversos mínios genéricos. Os filmes da Marvel tinham também esse problema antes do Thanos. E, por conta de não ter vilão, o grupo em si está perdido. Não tem mensagem clara sobre qual seria a mensagem do filme. Sem contraste e sem conflito. As coisas somente acontecem por que sim. Outra coisa muito errada no filme é o tom. Ele foi pensado para ser um filme dark, violento, pesado. Mas fizeram diversas alterações para que ele ficasse leve, descolado e engraçadinho. Quase como se tivessem jogado roupas da Hot Topic encima de um filme genérico. Colocaram trilha sonora pop. Pois queriam ser um Guardiões da Galáxia da DC. Mas acabaram se tornaram um Esquadrão Suicida. O tal Crocodilo e o Capitão Bumerangue basicamente desperdiçaram espaço. Arlequina, Amanda Waler e Pistoleiro estavam bons. Sem falar do cara do fogo e da Katana. O Coringa na verdade era um tipo de dublê. Aquilo era no máximo um gângster medito a besta. O ritmo do filme também é muito estranho. Não parece ser dividido em atos. A primeira missão deles também se torna a única. A equipe nunca chega a estabelecer uma dinâmica. Fazem uma cena hiper rápida no bar para tentarem se estabelecer e se conhecer. Não acontece de maneira natural. O propósito do filme seria salvar o mundo. Torço que o segundo seja melhor. Até por que o James Gunn parece estar envolvido com isso. A série tem potencial para ser muito melhor do que esse filme ruim.
Esse filme é bem mediano. Em muitos aspectos. Tem dois bons atores. O roteiro é bem básico, e previsível em algumas partes. Contém algumas mensagens ingênuas sobre o valor da masculinidade antiga.
É a primeira vez que o Jason sai de Cristal Lake. E, considerando o naipe do resultado, era melhor que ele tivesse continuado no fundo do lago, com correntes e atado a pedras. O começo do filme exalta as características da cidade de Nova York. Repetindo o (péssimo) filme anterior, queriam contar alguma história, tendo o Jason como figurante. Me parece que o resultado descaracterizou totalmente o Jason, ao colocá-lo em um ambiente claramente urbano. Se bem feito, seria algo interessante de se ver. Mas não é o caso. Usaram novamente a eletricidade para ressuscitar o Jason. Repetiram o mesmo contexto de Sexta-feira 13 parte 3 para que o Jason vestisse a sua máscara. Alguém muito brincalhão que usava uma máscara de hóquei. Parece que os roteiristas não sabiam que seria uma repetição. Retomaram um elemento tradicional da série de filmes. Do velho maluco que alerta a todos sobre as ameaças que irão acontecer. Dessa vez foi um membro da tripulação. Tem um dos alunos que é um grande boxeador. Afirma que nunca perdeu uma luta para ninguém. Tiveram o cuidado para estabelecer isso no começo do filme. E isso teria um motivo. A cena dele tentando lutar boxe com Jason foi sim interessante. Não num nível de ser legal. Mas sim de ser zoada num nível que ficou bom. Um elemento do filme não ficou claro para mim. Por um acaso o Cristal Lake tem ligação com o mar? Aquele barco foi diretamente para o porto, e o Jason estava no fundo do lago. Jason certa hora toma o cuidado de cortar as comunicações do navio. Ele certamente atua com método, pois em quase todo filme ele faz isso. Se o filme se passasse inteiramente no navio, talvez poderia ser visto como inovador. Mas fizeram questão de inserir Nova York na parte final da história. Com um pouco mais de pensamento no roteiro, poderiam achar uma maneira de jogarem o Jason diretamente em Nova York logo no começo do filme. O cara da sauna imaginou que era o amigo dele. Uma vez mais, as vítimas são sempre iludidas nessa parte. O nome do navio é Lazarus. Oh, que detalhe bem elaborado. Jason uma vez mais é tratado como uma lenda urbana. Citam que o primeiro filme ocorreu há 30 anos atrás. A tal caneta especial dada de presente para a aluna esperta teve uma função clara no filme. Além de talvez ter sido do Stephen King, ela é ótima para perfurar os olhos do Jason. A tal gangue latina que aparece quando chegam em Nova York me lembrou os motoqueiros que também aparecem do nada no posto de conveniência em outro filme anterior. Além de servirem como ameaça adicional, também ajuda o Jason, que já está com um número baixo de vítimas. Esse filme também tem duas mortes não causadas pelo Jason. O cameraman que fica sem os óculos e dá um tiro em alguém por engano. E também teve a protagonista que bateu o carro. Mas ninguém se lembrou de salvar a mãe da moça. A parte final do filme mostra uma das partes estranhas de se ter o Jason em Nova York. Normalmente ele ataca nas sombras. Raramente alguém o nota. Nesse filme, ele anda no meio de uma multidão, ignorando todos. É bizarro demais. Imagino que os próprios roteiristas notaram isso, e trataram de jogar o Jason de volta nos trilhos do metrô. Do ponto de vista dos personagens, seria melhor ter buscado o máximo de pessoas possível. Falando em metrô, é lá que o Jason toma um baita choque de 6000 volts. E sai inteiraço de lá. O Jason sem máscara dessa vez ficou hilário. Me lembrou o Yoshi do filme do Mario. E Jason miraculosamente se tornou um menino. Talvez o esgoto de Nova York tenha poderes mágicos. Veremos se no próximo filme ele sairá de Nova York ou irão se esquecer desse final.
É aí que a vaca começou a ir para o brejo. O filme dá uma guinada drástica na sua lógica. Imagino que eles quiseram fazer uma cópia do filme "Carrie, a estranha", só que com o Jason. E o resultado não lembra tanto o da Carrie, pois o tom ficou estranho. E o tal Jason se tornou mais figurante do que nunca. É um dos piores filmes do Jason já feitos. Seria superado apenas pelos seus horríveis sucessores. Já no começo, faz uma grande recapitulação dos filmes anteriores. A trilha sonora da abertura mudou bastante. Deixou de ser "aflitiva" no nível Tubarão e ficou mais como um suspense. Estabeleceram no meio do filme que a data era realmente uma sexta-feira, 13 de outubro. Não é explicado bem qual é o motivo da Carrie, digo, da Tina ter superpoderes. Utilizam o recurso dos sonhos que parecem relembrar o passado, igual fizeram com os filmes do Tommy. Por sinal, tentaram fazer com que Tina fosse também uma versão feminina do Tommy. Até mesmo a inicial do nome é a mesma. Parabéns, roteirista. Enfim, uma criança que teve um trauma relacionado com o Jason. O grande passo errado foi a opção de dar poderes psicocinéticos com o ambiente do Jason. Mostraram o Jason boiando na água. Mas, nos filmes anteriores, ele simplesmente caminha na água. Imagino que quiseram dar um efeito dramático. A garota não recebeu um manual de instruções sobre como usar os poderes dela. Ela pediu para ressuscitar o pai dela. Mas aí, ops, trouxe o Jason de volta à vida. Quem nunca, não é mesmo? Não se esqueceram da velha cena com carro quebrado no meio da floresta. A velha cena de jovens nadando pelados no lado também continua aparecendo. A hipótese do Jason ter feromônios específicos para causar isso seria uma boa explicação. Ou até mesmo um campo eletromagnético que causa a falha nos carros. Isso explicaria bastante coisa. Talvez até mesmo o fato de Jason sempre desligar as luzes e cortar a comunicação com o exterior. Ele pode ser hiper sensível a esse tipo de espectro, igual a um rato. Outro conceito que abandonaram foi a troca de nome do local. Agora tudo voltou a ser Crystal Lake. E não se incomodaram de dar alguma explicação para isso. É curioso que toda festa mostrada nos filmes do Jason são sempre esquisitas, zoadas, e causam um tipo de vergonha alheia. Cenas bem bizarras. Dessa vez também tem. Mas o foco é no bulling da Carrie/Tina. Outro item que não mudou foi a grave falta cognitiva dos jovens que acampam. Não ouvem o Jason chegando. E sempre imaginam que algum amigo está pregando uma peça neles. O tal drogado não chegou a ver uma gigantesca poça no chão. Sem visão periférica alguma. Jason continua com predileção de armar um cenário de terror, espalhando cadáveres ao redor de uma casa. É quase uma obra de arte macabra, com muita atenção para os detalhes. Eu não entendi até agora como que o gato ficou trancado no armário nesse tempo todo. Quem fez isso, e com qual motivação? Jason usando o cortador de grama foi uma vez mais inovador na área. Pelo menos teve isso. A maquiagem do Jason sem a máscara ficou bizarra. Está parecendo o Eddie, o zumbi do Iron Maiden.
O final é bizarramente bizarro. A Tina, a estranha, consegue, enfim, ressuscitar o pai. Que sai do lado, e puxa o Jason de volta para o lago. Isso é surreal em diversos níveis. A trilha sonora do final parece mais com o Exterminador do Futuro. Meio diferente dos anteriores.
O Tommy retorna nesse filme. Que é praticamente o segundo na "trilogia do Tommy". O filme começa sem a tradição de repetir o final exato do filme anterior. A parte do Jason voltando à vida é uma forçação de barra incrível. Abriram a cova do Jason. Fincaram uma estaca, mesmo já tendo "matado" o que já estava morto. E aí vem uma tempestade. Ou seja, o Jason retorna por meio de um raio que caiu numa estaca que foi retirada do portão do cemitério e fincada na tumba aberta, durante uma tempestade de raios. Apenas isso. Desse filme em diante, se torna claro que Jason realmente é um zumbi. Fizeram uma referência estranhamente aleatória para a clássica abertura dos filmes de James Bond. Parece que a população de Crystal Lake ficava incomodada de terem tantos adolescentes mortos na mesma região. Então tiveram uma solução: vamos renomear a cidade. Não pensaram em abandonar os acampamentos. Não pensaram em isolar a região com muros altos de cimento. Me parece que a região tem uma dependência econômica muito grande dos acampamentos. Na mesma linha da importância do turismo na praia do filme O Tubarão. Tentar tratar todos os ataque de Jason como lenda urbana me lembra alguns filmes da série do Freddie Kruger. Agora o local se chama Camp Forest Green. Nesse filme, mesmo com outro nome, acontece um acampamento. Um fator novo é que Tommy se torna um perseguidor do Jason. É o tipo de relação que lembra a de Sarah Connor com o T800 em Exterminador do Futuro 2. Um filme do tipo slasher tenta ser criativo nas mortes. Nesse filme teve um evento corporativo onde as pessoas brincam de guerra no meio do mato. Teve também tripla decapitação do Jason. E uma facada dupla (simultânea) em um casal. Um detalhe interessante nesse filme é o tal do jogo de cartas do Jason. Citam algumas regras, e vinculam com a lenda. Isso realmente poderia virar um jogo de verdade. A trilha sonora de rock sempre aparece na série. Dessa vez, foi "The Beast", de Path Of Destiny e "Hard Rock Summer" e "He's Back", ambas de Alice Cooper. A imagem do Jason acorrentado no fundo do lago seria retomada em diversas sequências.
O mesmo guri, Tommy Jarvis, aparece logo no começo do filme. Quebram a quase tradição de mostrar exatamente o mesmo final do filme anterior. Não é explicado bem se é um flashback, uma memória ou um sonho. A trilha sonora está bem intensa nos efeitos de terror. O neto do funcionário é um garoto bem malandro. Me lembra o irmão mais novo de Bruce Lee Roy, do filme "O grande dragão". É curioso que uma conversa entre o gordinho e o maluco do machado tenha escalado tão rápido. Coisa de hospício mesmo. Esse filme tem também carro que pifa. Eles param para ver o que é. E aí tem o ataque. Os personagens continuam tendo severa dificuldade de notar quem está vivo e quem está morto. Ah, e são dois carros que pifam, sem motivo algum. No meio do filme também tem uma cena da moça pedindo um tempo para se arrumar. Obviamente é um prenúncio para um assassinato. A tal garçonete deve ter problemas de visão periférica, pois não viu que a porta do outro lado do carro estava aberta. Ela foi de cabeça baixa direto para o lado do carona. O assassino segue a moda Jason. Espera a vítima entrar em pânico e gritar. E aí sim que ataca. A silhueta famosa do cara com máscara de hóquei aparece apenas faltando 20 minutos para o final do filme. Felizmente seguiram as regras de guardar a cena do monstro para o final. A parte da perseguição no celeiro me lembrou o final do terceiro filme. Me parece ser a segunda vez que uma serra elétrica é utilizada no filme. A vez anterior foi no segundo filme.
Bem no começo do filme, eu fiquei com a nítida impressão de que Jason não seria o assassino dessa vez. E sim o Tommy, o jovem transtornado de poucas palavras. Nessa eu fui surpreendido novamente, pois os dois aparecem na mesma cena. E o Jason realmente não se lembra do velho amigo, o garoto Tommy que raspou a cabeça. Mas, bem no final, a verdade vem à tona. Realmente o Jason não apareceu. O roteirista (bem preguiçoso) escolheu um personagem que apareceu somente uns 15 minutos. E deu uma motivação bem aleatória, tornando-o um imitador. Até mesmo o Scooby-doo teria pensado melhor em alguma explicação. A parte do sonho onde o Tommy mata alguém é um cliché do "era tudo um sonho". O filme não explicou bem como que a equipe do hospital guardou uma máscara de hóquei em meio a uma sala de atendimento. Bem aleatório isso. Esse filme é o que eu chamo de segundo na "trilogia do Tommy". Bem fraco, pois tentaram dar rumos novos para a série. A escolha do assassino poderia ter sido melhor trabalhada.
Esse filme é curioso, pois parece iniciar, na minha visão, uma trilogia bem especial da longa saga do Jason. Ele foi pensado para encerrar a série do Jason. Mas o dinheiro fala, e as continuações vieram. Já no começo, o filme não repete o padrão anterior, de mostrar exatamente os minutos finais do filme. Faz um tipo de recapitulação dos dois filmes anteriores e, digamos, os "melhores momentos" do filme anterior. A trilha sonora voltou para o padrão anterior. Nada de abertura com outros gêneros musicais. Creio que tenha sido a primeira vez na série do Jason que ele realmente é retratado como um morto-vivo. Pois ele literalmente começa o filme num necrotério, e retorna à vida. O cara do necrotério (Axel) é quase um cliché. Do funcionário que está habituado com os mortos, e não sente nenhum receio ou perda de apetite ao lidar com isso. Me lembrou aquele personagem do livro "O xangô de Baker Street", que pegou umas almôndegas dentro de um corpo aberto. Esse novo lote de jovens não foram acampar, aparentemente. Não ficou totalmente claro se eles iriam apenas passar alguns dias em uma casa alugada ou se realmente iriam morar ali em definitivo. A tal Cristal Lake, a lagoa mágica, tem diversos efeitos aparentes. Um deles é de fazer com que seres monstruosos pulem em barcos no meio da lagoa, atacando a moça que está lá, só tomando um ar. Outro efeito recorrente é a incrível vontade de ir até a lagoa e nadar pelado. Algumas vezes de dia, e em outras vezes de noite. Nisso o Jason talvez seja apenas alguém que se irrite muito com essa falta de pudor. O carro da família simplesmente para de funcionar. Não teve nenhuma cena para estabelecer isso. Talvez os moradores dos arredores não tenham o costume de fazer manutenções preventivas, pois é bem frequente. Ou pode ser preguiça do roteirista. Logo na primeira aparição, o tal "caçador de ursos" me pareceu bem suspeito. Somente se o urso que ele caçava se chamava Jason. Aí faria sentido. Ficaria estabelecido que ele era irmão de uma das vítimas. Isso me lembrou um pouco a premissa do novo "Bruxa de Blair", aquele filme horrível. Na cena do ataque na lagoa, o Jason espera o cara voltar da lagoa, apenas para atacar nessa hora. Ele realmente quer esperar o tempo certo para o ataque, em algumas situações. Em outra cena que acontece depois, ele tem todo o trabalho de rodear a casa com cadáveres. Nas portas, janelas e em todo o lugar que pudesse ser utilizado como rota de fuga. Ele parece gostar que as vítimas dele entrem em pânico. Esse filme tentou não repetir as mortes anteriores. Isso mostra um certo esforço criativo, pelo menos. Teve cena que não foi mostrada diretamente. Apenas a silhueta. E até mesmo outras que foram mostradas apenas parcialmente. Jason também tem a astúcia de sempre se livrar da comunicação com o exterior. Corta os fios telefônicos quase sempre na hora em que os personagens pensam em chamar a polícia. É como se ele soubesse o que iria acontecer. Ou ele pode ser hiper sensível aos sinais eletromagnéticos, igual a um roedor.
Em certa hora, a moça tenta se abrigar do Jason em uma cabana. E começar a fechar as portas e janelas do lugar. Que são tão finos quanto papelão. Não seria complicado de um ser humano normal entrar ali à força. Para o Jason, é mais fácil que mastigar água. Falando nessa cabana, há um detalhe que achei curioso. Eles moravam ali há vários anos. Mas, estranhamente, o Jason nunca tinha aparecido para eles antes. É como se ele fosse ativado por grupos de adolescentes (feromônios sexuais?) ou simplesmente por grupo de estrangeiros em geral. O guri (Tommy Jarvis) é um hiper gênio. Quase no mesmo nível do moleque do filme Homem de Ferro 3. Ele leu uns artigos de jornal, e já soube como atuar para iludir Jason. Foi muito astuto nessa. Tommy garante que o Jason realmente iria morrer. Ou ficar pelo menos extremamente ferido. Bem violento esse final. E dá a entender que o Tommy poderia ser um tipo de sucessor do Jason.
Esse terceiro filme recapitulou o final do filme anterior. Isso mostra os filmes como um tipo de filme extendido, ou até uma mini série. É bem diferente das franquias atuais, que geralmente até omitem os números para que as pessoas não fiquem amedrontadas com séries muito longas. A trilha sonora de abertura foi uma das mais distintas de toda a série do Jason. Parece discoteca. Seria apropriada para uma paródia, e não para o terceiro filme da série Sexta-feira 13. A trilha sonora de todo o filme, tirando a abertura, continua na vibe do suspense. Como todo filme slasher, tem sempre o grupo de adolescentes sem noção. Que gostam de acampar em lugares remotos, nadar pelados em lagoas e transar. A decisão do grupo de comer maconha para escapar da batida policial é incrivelmente bizarra. De onde será que tiraram isso? Esse filme também conta com um senhor idoso maluco. Que parece sempre anunciar o que está por vir. Sempre é ignorado, claro. O filme mostra que uma garota foi uma sobrevivente do Jason. Obviamente deve ter ficado com um baita trauma. Apenas dois anos depois, ela decide retornar. Explicação que é meia-boca enquanto motivador. Outra coisa peculiar é notar como as autoridades locais mantém o local aberto, mesmo com massacres periódicos acontecendo no lugar. Os motivadores econômicos devem ser muito fortes. Como se não fosse suficiente um bando de adolescentes, os responsáveis pelo filme decidiram colocar uma gangue de motoqueiros. Afinal, por que não? Esse filme se diferencia dos anteriores na questão da exposição. Antes, o assassino demorava muito para aparecer completamente nas câmeras. Nesse filme ele já aparece com meia-hora de filme. Isso não é um bom sinal. Antes, o Jason também era muito mais silencioso. Agora, em diversas situações, os personagens ouvem barulhos de galho se quebrando na floresta. Pode ser que o Jason tenha ficado descuidado de maneira seletiva. Ou que tenha aprendido a fazer barulho de propósito, para deixar as suas vítimas mais alarmadas. Temos mais um carro que decide não funcionar. Com prováveis problemas de bateria. Mas, ao contrário do filme anterior, não tem nenhum elemento de roteiro que estabelece isso. Outra facilidade de roteiro é que as vítimas sempre decidem ficar paralisadas. Entre luta ou fuga, elas viraram estátua. Não cogitam de correr em momento algum. Tanto nesse filme quanto no filme anterior. Esse terceiro filme da série contém uma contribuição muito significativa para o personagem. E tem um ótimo motivo para ela ter acontecido, dentro do filme. Um dos adolescentes é um jovem inseguro que faz coisas sem noção para chamar a atenção. Considerando que é um personagem que morre no meio do filme, é até um esforço razoável de criação. Uma das brincadeiras sem graça dele é vestir, vejam só, uma máscara de hóquei. Uma cena que estabelece isso. E, como não poderia deixar de ser, Jason iria utilizar isso para seu proveito. Isso me lembra bastante a questão da frase "Bond. James Bond". Que foi utilizada com um propósito bem específico em um filme, mas acabou se tornando uma marca registrada do personagem. Por motivos aleatórios, Jason nunca mais tirou a máscara de hóquei nos filmes posteriores. Tudo por conta de um guri abobalhado. Em todo filme, os adolescentes tem grau variado de sucesso sexual. Alguns tentam transar e não conseguem. Aí morrem. Outros combinam de ir transar. Aí a moça geralmente pede um tempo para ir se arrumar. Aí ambos morrem. Outros conseguem transar, e aí morrem logo em seguida. Nessa questão, esse filme tem um destaque. Um casal que consegue transar em uma rede. Baita achievement. O Jason uma vez mais parece ter um profundo conhecimento do comportamento humano. Ele mata o cara, e decide ficar embaixo da mesa. Imagino ele pensando na hora "Certo, eu já pendurei o cadáver do cara lá no teto, bem acima da rede. Eu sei que ela vai deitar na rede. Pensa só na reação dela, que louco!". Uma personagem também mostrou gana (ou loucura) de partir para cima do Jason, metendo a faca nele. É uma rara exceção, pois a maioria das pessoas tem o bom senso de fugir do Jason assim que o notam. A moça que usou o carro teve uma baita sorte de chegar no carro já tendo as chaves no bolso. Mas logo em seguida teve o azar de ver o carro morrendo logo em seguida. Até esse momento da série, não estava 100% estabelecido que o Jason era um zumbi. A cena onde ele aparece sobrevivendo a um enforcamento é algo bem difícil de acontecer. No final, um padrão se repetiu. Bem no final, quando tudo parecia perdido, surge um elemento de surpresa. Dessa vez o motoqueiro apareceu do nada. Da mesma maneira que nos filmes anteriores, a sobrevivente vai para o meio do lago. E surge uma criatura maluca no meio da lagoa. Falando em tradição, eu imagino que os policiais e equipes médicas já devem estar acostumadas. "Sabe aquele bando de adolescentes que foram acampar? Então, quase todos morreram. Só sobrou uma moça que não fala coisa com coisa. Manda uma ambulância, três viaturas e oito carros do necrotério, faz favor". Deve ser algo rotineiro para eles. De modo geral, eu imaginei que esse terceiro filme seria ruim. Pois, notem, quase todo terceiro filme de uma série é, no mínimo, o mais fraco de todos os três primeiros. No caso desse não foi nesse nível. Ele se manteve nas tradições anteriores e deu uma contribuição visual que perdurou (máscara de hóquei). A série iria ganhar um fôlego, até que viessem os filmes realmente lixo da série.
A forma com que o filme começa é curiosa. Se afirma mesmo como uma continuação, pois mostra as mesmas cenas do final do primeiro filme. Outra característica positiva é saber quando mostrar a ameaça. Quando se tem alguma ameaça, é de bom praxe mante-la oculta. Ainda mais no caso desse filme. Pois a ameaça do filme anterior era a mãe do Jason. As cenas de ataques mostravam apenas o ponto de vista dele ou, no máximo, as mãos. A primeira vez que Jason é exibido de maneira completa é mais ou menos na metade do filme. Tal como "Cemitério Maldito", tem um velho logo no começo do filme que fala coisas que parecem sem sentido. Que alerta sobre perigos iminentes. O motivo de terem feito um outro acampamento cinco anos após um massacre ocorrido em um acampamento não ficou bem claro. Talvez tenham sido motivos econômicos, mas ficou em aberto. Jason tem uma alta correlação com jovens que querem transar em acampamentos. Talvez ele possa ser influenciado pelos feromônios ou coisa do tipo. Outra coisa que eu achei curiosa foi o raciocínio do Jason. Ele ataca uma pessoa. Aí ele pensa: "Olha que legal. Eu vou ficar aqui, embaixo da cama, só esperando, com um facão na mão. Eu sei que a moça irá deitar na cama, e aí, PLAU! Vai ser incrível". Os filmes do Jason tem um cliché do carro nunca pegar. Esse filme, contudo, tem um motivo bem claro para isso acontecer.
Somente existem dois carros disponíveis no acampamento. Um deles funciona muito bem. O outro é conhecido por ter diversos problemas. E, conforme a arma de Chekhov, as cenas onde mostraram o carro não funcionando tinha um motivo bem claro.
O filme trabalha bastante com expectativas e quebra delas. Nem sempre consegue. Tem cenas que telegrafam "O Jason vai aparecer na janela!", e tem outras cenas que exclamam "não é nada dessa vez".
A cena do cachorro retornando de maneira triunfante no final foi um bom exemplo desse uso. Eu cheguei a imaginar que o Jason realmente era maligno. Pois apenas pessoas malvadas matam animais domésticos. E Jason não fez isso, provavelmente.
Elogios também para a trilha sonora. Está na linha do filme "Tubarão". Violino frenético, ritmo que perturba. Fora isso, ela é bem utilizada. Boa parte do filme é silêncio. E a trilha alerta quando irá acontecer um ataque, ou quando o personagem apenas tomará um susto. Nesse filme o Jason já mostra um incrível superpoder. Ele é hiper silencioso. Nem mesmo emite o som de uma folha se movendo enquanto caminha. Consegue estar em quase todos os lugares ao mesmo tempo.
Na hora do pulo da janela, lá no final, deu para ver que eles usaram duas versões do Jason. Parece que foram dois monstros que pularam na janela para pegar a moça. A segunda versão ficou melhor trabalhada.
O filme é bem divertido. Ideal para reunir a galera em um Halloween. Ou até mesmo em uma sexta-feira 13.
Eu não me lembro tanto de como era o desenho mais antigo. Então falarei apenas sobre como o filme é abaixo da média e dispensável sem ficar comparando com o original. O ator que tentou fazer o Jafar. Ficou horrível. Ele imagina que está interpretando um vilão que é dissimulado, mas na verdade aparenta alguém que segue a escola Gianecchini de atuação. O ator também imagina que ser malvado é apenas gritar vez ou outra. Dá para notar claramente que tentaram encaixar um monte de coisa no material original. As músicas simplesmente destoam. Por um lado, tem a parte da Jasmine. E por outro, tem as outras músicas. Ficou distinto demais. Acho que o ideal era fazer logo um filme solo da Jasmine. Teria ficado mais interessante do que algo remendado e emendado. Fora isso, Will Smith conseguiu dar uma voz própria para o gênio. Não seria o caso de comparar com a incrível dublagem do Robin Williams. Ficou até que interessante, visto por si só. O filme todo ficou estranho na montagem. Muito da linguagem de animação parece que se perdeu na hora de virar live action. A cena da caverna, por exemplo. Eu não lembro como era no desenho, mas a cena da caverna cheia de tesouro virou... uma caverna bem triste, com algumas moedas jogadas. Aquele ar surreal não aparece, mesmo na forma live action. Eu imaginaria algo como o esconderijo do Smaug, o dragão do Hobbit. Que foi bem traduzido para Live action. É mais um filme que dificilmente será lembrado daqui a mais de 20 anos. Foi uma grande fonte de renda para o grande estúdio do camundongo, e imagino que isso é o mais importante para eles.
Ok, o filme realmente é ruim. O principal problema dele é o tom. As pessoas que cometeram o filme não pareciam muito certas do que exatamente elas queriam fazer. O material de base parece ser uma HQ adulta, de um pato que é escroto. Talvez uma mistura entre Pato Donald e Deadpool. De alguma maneira bizarra, eles deram um tom de aventura leve infanto-juvenil para o filme. A trilha sonora parecia a do Indiana Jones, toda heroica em algumas partes. O humor é superficial, quase num nível infantil. O Howard beira o vale da estranheza, embora os efeitos especiais sejam bons. Se fosse para se manter fiel ao estilo das HQs, o ideal seria fazer um filme surreal, sarcástico e politicamente incorreto. Com situações bizarras para servir o propósito do filme, e não por incompetência. O segundo problema é o roteiro e os personagens. Howard é basicamente jogado de um lugar para o outro no começo do filme. Não temos como conhecer como ele atua com base nas escolhas dele.
Ele tem apenas um objetivo (voltar para casa), e, de maneira previsível, acaba se sacrificando para salvar a humanidade. Que, até poucos dias atrás, nem era um conceito concebível para ele. Quase todas as situações e motivações dos personagens são forçadas. O tal protagonista do filme apenas faz piadas sem graça. Não houve mudança da parte dele. E a tal cantora da banda não é a profundada. Ela basicamente troca de agente. E ganha um namorado alienígena. Já o que era para ser um personagem do tipo "cientista maluco" é intolerável, não apenas para quem vê o filme, mas também para os personagens. Não entendo bem como a cantora o procura, pois não tem quase nada no filme que indique que eles são amigos. A própria namorada do cientista não tem nenhuma fala no filme. Ela poderia dar alguma luz nesse sentido, se o roteirista não fosse tão preguiçoso.
Confesso que fiquei curioso para ver como foi o processo de "criação" do filme. Pois foi realmente um erro espetacular. A produção parece ter custado uma boa grana, e foi feito por um estúdio grande. Saber o que se passava na cabeça deles quando eles fizeram esse filme.
Achei o filme interessante. Mistura dois temas que parecem inconciliáveis. Física e emoções. Faz uma progressão de analogias entre os dois. É simples, mas funciona bem. Tem muitas pessoas que se comportam exatamente como o protagonista, que apenas parece inteligente. Mas acaba criando uma muralha de racionalização que pode mais atrapalhar do que ajudar.
O que me chamou a atenção nesse filme foi o trailer. Felizmente eu vi apenas um. Se eu tivesse visto todos, muito da surpresa do filme teria se estragado. Por isso, deixarei toda a avaliação em spoiler.
A Universal há alguns anos estava tentando replicar a Marvel. E gerou uma coisa horrível chamada "A Múmia", com Tom Cruise. Felizmente eles parecem que mudaram de rumo. Imaginaram como seria um Homem Invisível que fosse genial mas aparentemente insano. Deram umas pitadas de um tema central que envolve relacionamento abusivo, ciúmes e aparente descontrole. A ambientação é de um filme de suspense, mas com base na ficção pseudo-científica. Todo o conjunto deixa o filme com uma cara mais distinta. Não é uma tentativa de ser um mega filme de ação. Não tenta ser mais um dos suspenses genéricos com fantasmas. E não é apenas um anti-herói que no final faz o certo. O roteiro é mediano, coisa rara de se ver nos tempos atuais. Eu imaginava algo muito pior. No nível do roteiro do filme da Múmia mais recente. Os elementos que aparecem no filme tem (na sua maior parte) um propósito posterior. O remédio que ela tomou. A obsessão do Adrian em ter um filho. O extintor na cozinha. A faca na cozinha. Tudo isso não é de graça. Em alguns momentos, ocorreu também momentos de humor involuntário. O que era para ser tenso acabou ficando engraçado, pois foi forçado demais. Tipo a cena dela chutando uma tigela metálica que faz um barulho dos infernos. Até aí daria para imaginar que foi um acidente. Mas depois a BUNDA DO CACHORRO dispara um alarme. Eu pensei que teria mais depois disso. Tipo pisar por engano num osso de borracha. Esbarrar naqueles sinos metálicos perto da entrada da casa. Ou até mesmo o celular dela tocar bem alto, com o tema musical do "La Cucaracha". A protagonista é uma ótima atriz. Trabalhou bem com a possibilidade dela estar mergulhando na insanidade e na paranoia. E foi bem no papel triplo logo no final. Espero que a Universal continue nessa proposta com as suas outras propriedades. Pelo que eu pesquisei depois a Universal está agora focada em filmes individuais.
Os filmes baseados em videogames sempre tinham baixa expectativa da minha parte. Pois o histórico era muito ruim. Detetive Pikachu e Sonic mostraram que essa tendência pode sim estar mudando. O filme foi obviamente pensado no público infantil. Muitas piadas simples em doses cavalares. E umas pitadas de momentos tristes e becos sem saída aparentes. Eu imagino que a Sega tenha ajudado muito nisso. A trilha sonora e os visuais estão coerentes com o original. O roteiro é bem básico e simples. Ele funciona bem, e isso é bem raro nos filmes recentes. Os protagonistas aprendem lições. Sonic deixa de estar só, e achar um lugar no mundo.
O policial Donut descobre que o lugar dele no mundo era onde ele sempre estava. Fiquei um pouco incomodado com papéis superficiais para alguns personagens. TIpo a JoJo, cuja única função era dar para o Sonic os tênis vermelhos.
Jim Carrey como Robotnik era algo primeiro impensável. Quando era um rumor, parecia mentira. Quando saiu o trailer, me pareceu uma salvação em um filme que parecia ser horrível.
Ao ver o filme em si, notei que o ator continua o mesmo. No bom sentido. Ele não ficou hiper exagerado com os trejeitos dele. E parece ter saído do papel e improvisado em poucas ocasiões. Sobre a segunda cena pós-créditos, eu acertei, pois era algo ao mesmo tempo previsível e desejável. Tails merecia aparecer. Era legal jogar escolhendo ele naquele jogo freeware no Windows 95.
Tubarão 3
2.3 152 Assista AgoraMostra os filhos do personagem principal. Pelo menos deixaram o chefe de polícia em paz. Esse filme foi slasher total, só que com tubarão. Mas eles não queriam fazer um cliché. Queriam dar um tempero a mais.
TUBARÃO NUMA LAGOA! Ele fica escondido num parque aquático. As cenas de ataque são engraçadas. Para superar uma dessa, só mesmo Tubarão no espaço.
Acho curioso como um parque daqueles não tem nenhum plano de evacuação. O filho do chefe de polícia teve de sair feito um maluco e gritando para o pessoal que estava no meio da lagoa.
Tem uma regra muito antiga nos roteiros de filmes. "Show do not tell". Ou seja, mostre, não fale. TUbarão 3 foi exatamente na direção oposta. Muitos diálogos expositórios e poucas cenas que contam as histórias. Comentam sobre o sistema XPTO de bombeamento de água da repimboca da parafuseta. Mas não fica claro o que exatamente o protagonista do filme faz. No início eu imaginei que ele seria um tipo de segurança. Mas ele parece que talvez monte equipamentos. Ou faz manutenção. A única cena que mostra algo do tipo é quando ele grita com alguns funcionários que estavam em um tipo de solda. Isso poderia indicar que ele talvez seja o chefe de algumas pessoas.
Filme bem esquecível na agonizante série Tubarão. Até agora está uma escada perfeita de nível decrescente de qualidade. Do 1 para o 2 já tem uma queda absurda. E, pelo que dizem, o próximo tem um bom motivo para ter sido o último. A tal pá de cal na franquia.
Tubarão 2
2.9 170 Assista AgoraMe parece que alguém gostou muito da cena final do primeiro "Tubarão". Gostou tanto, que fez um filme inteiro basicamente com isso. É como se a sobremesa que só vem em pequenas quantidades depois de uma grande refeição, viesse agora em proporções gigantescas. Depois da quinta fatia do bolo, o gosto não é o mesmo da primeira fatia. A saturação da glicose nas papilas gustativas nem sentem mais o doce.
O tubarão agora parece o Jason Voorhees. Tem estratégia de ataque. Parece mais interessado em dar um susto no pessoal do que em atacar efetivamente. Esse também gosta muito de ficar fora da água. Mais um pouco e ele poderia velejar um barco. Ele atacou o grupo de adolescentes genéricos, e simplesmente parou. Aí voltou a atacar quando o helicóptero veio. Parece ter amnésia, ou realmente queria manter os jovens naquela situação por um tempo. O tubarão também demonstrou uma incrível capacidade de não deixar quase nenhum rastro. Somente barcos vazios. E também consegue quebrar vários barcos sem dificuldade alguma.
O protagonista do filme, o policial, ficou bem diferente do filme anterior. Os responsáveis por esse filme quiseram desconstruí-lo, para depois poderem retomá-lo a um local grandioso, de grande salvador da ilha. Mas fizeram isso de uma maneira corrida e sem sentido algum. Dessa vez também não havia nenhum grande feriado à vista. Nada em risco para a economia da ilha. O chefe de polícia simplesmente estava sendo ele. Aí, poucos minutos depois, se tornou um maluco que atira em sardinhas. Isso apenas por conta do filme precisar que ele ficasse desempregado. Mas, com o andar do filme, isso não fez diferença alguma. Ele conseguiu usar o barco patrulha. Chamava reforços aéreos sem problema. Não houve quase nenhum obstáculo nessa parte. Ele ia devolver a picape, e aí teve a ambulância. E aí ele já pulou no barco e zas.
A trama com adolescentes genéricos foi outro fator que quase torna esse filme um "Sexta-feira 13" nas águas. Personagens tão memoráveis quanto o "filho do chefe de polícia", o "filho do prefeito", e a "garota que o filho do chefe de polícia tem interesse".
Uma das partes positivas desse filme é justamente mostrar duas coisas. A primeira, como o primeiro filme foi bom. E a segunda é como não fazer uma continuação. E olha que tinha certo potencial. As cenas e situações que foram tão interessantes no primeiro aparecem no segundo, mas na intensidade e ordens erradas. Das que eu consigo me lembrar, são essas:
* FIlmagens submarinas, mostrando a aparente visão do tubarão.
* O ataque do tubarão que balança o barco, e até mesmo arranca um pedaço do mesmo.
* A roldana no barco estressada, a ponto de quebrar. O barco que se reclina, ao tentar içar algo muito pesado.
* Uma pessoa gabaritada em vida oceânica analisa uma carcaça na praia.
* Prefeito que não acredita na opinião do chefe de polícia.
* Chefe de polícia ficando bêbado e falando merda.
* Pessoas em pânico com a evacuação emergencial da praia.
A especialista comentou que "os tubarões não são vingativos". E esse não parece ser o caso dessa série até agora. Mas imagino que essa frase pode ter dado uma ideia para alguém, no próximo filme.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraQue baita fotografia.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraBaby Driver chegou perto de ser um filme perfeito. Me pareceu uma versão pop juvenil do filme Drive. Ambos os protagonistas dirigem incrivelmente bem, se envolvem com o crime e falam bem pouco.
A trilha sonora de Baby Driver é uma coisa sensacional. As batidas são sincronizadas com as cenas. Até mesmo as pichações nas ruas mostram as letras do que está sendo cantando. A vida do protagonista parece um filme. Só que com contornos aparentemente trágicos. A história é bem amarrada na sua maior parte. Algumas cenas me pareceram um pouco forçadas, com base no comportamento aparente dos personagens.
O final foi meio corrido e "feel good vibes". O que parecia ser trágico é apenas um tipo de renascimento para o personagem.
Obs: o nome do filme no Brasil é a uma das coisas mais SBT e Sessão da Tarde que eu já vi. Parabéns aos responsáveis.
Entrevista Com o Vampiro
4.1 2,2K Assista AgoraEu prefiro a abordagem dos vampiros mostrada no livro do Drácula. Mas essa do filme tem umas características diferentes.
Mostra o vampiro emo que, mesmo morto, ainda tem um coração. No sentido figurado, claro. Pode também ser visto como um relacionamento abusivo. Onde até mesmo tentam arranjar uma filha. Que não salva o casamento deles. E o ex possessivo fica perseguindo a outra pessoa, durante séculos.
A Noiva Cadáver
3.8 1,4K Assista AgoraBem a cara do Tim Burton. Os visuais são muito bons. As músicas são legais também. Talvez possa ser considerado o auge desse criador na parte estética. Depois ele iria dar umas escorregadas, exagerando na dose. Vide por exemplo a versão dele de Alice.
Os Incríveis
3.9 1,1K Assista AgoraMesmo sendo da Pixar, esse filme seguiu uma fórmula. Não se destacou tanto quanto os outros feitos pelo mesmo estúdio. Pode ser que eu esteja exigente, mas foi a impressão que eu tive. Todas as etapas estão demarcadas claramente. Mundo comum, chamado para a aventura, amigos e inimigos. O que deveria ser uma surpresa acaba sendo telegrafado poucos minutos antes. Os personagens também tiveram uma construção básica. O esquentadinho impaciente que tem poderes de velocidade. A garota que se esconde dos outros e pode ficar invisível. A mãe que se desdobra entre diversos papéis e consegue esticar o seu corpo. O único que teve uma boa profundidade foi o protagonista.
Seria o tipo de construção criativa que eu espero encontrar nos estúdios concorrentes de animação. Faltou o "fator Pixar". Teve algo parecido na confissão de um dos personagens. Mas o impacto emocional não foi no nível bomba nuclear, igual aos outros filmes.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraUm filme bem criativo. A fotografia foi muito bem feita. Idem para a trilha sonora.
Tem um aspecto bem peculiar com relação aos mundos criados que, por vezes, é negligenciado. Quando vemos o filme Alien: o oitavo passageiro, nós não temos muita informação sobre a ameaça. Qual é o planeta natal deles, qual o nome, nem nada. O face hugger surge e o terror se instaura. Nos filmes de Zumbi do Romero também não se detinham para explicar como um apocalipse zumbi se instaurou. O filme começa com o mundo já destruído. Não fala se tem origem em um vírus, em um fungo, nem nada. Quando não se sabe exatamente qual é a intenção de quem ameaça, o terror é maior. E todo o trabalho de criar pavor se torna subjetivo, a cargo de quem vê o filme. Isso é muito mais poderoso para o suspense e o terror. Bacurau acertou nessa parte. Não é explicado de maneira clara e óbvia qual é a motivação dos ataques. Existem, se eu contei corretamente, três cenas que dão indícios do que pode estar acontecendo. A primeira parte é a da estrada bloqueada e a interação com o prefeito, logo no começo. A segunda cena é, bem de relance, mostram na TV cenas bem bizarras em São Paulo, no Vale do Anhangabaú. A terceira cena é o diálogo dos dois brasileiros (paulista e carioca) com os norte-americanos. Isso, em conjunto, permite com que a imaginação vá longe. O cargo de montar o mundo cabe ao espectador do filme. E obviamente ele leva em conta o momento político atual. O fato de ter sido não panfletário na mensagem é bem positivo, ao meu ver.
A história tem potência, por se tratar de algo aplicável para muitas épocas históricas e locais distintos. Poderia facilmente se tornar uma história de faroeste. Tem até mesmo pontos em comum com os filmes Avatar e O Último Samurai. A diferença é a questão do protagonista. Não tem Tom Cruise em Bacurau. O protagonista é o próprio local. O conjunto de pessoas que a habitam. Até mesmo o ponto focal pode ser considerado o confronto em si. A dualidade que gera o atrito. Desse ponto de vista, vejo alguns pontos em comum com "Grandes Sertões Veredas".
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraO filme não tem um vilão razoável. É apenas entidade mística poderosa e maligna. Quer talvez destruir o mundo. E apenas isso. Conta com diversos mínios genéricos. Os filmes da Marvel tinham também esse problema antes do Thanos. E, por conta de não ter vilão, o grupo em si está perdido. Não tem mensagem clara sobre qual seria a mensagem do filme. Sem contraste e sem conflito. As coisas somente acontecem por que sim. Outra coisa muito errada no filme é o tom. Ele foi pensado para ser um filme dark, violento, pesado. Mas fizeram diversas alterações para que ele ficasse leve, descolado e engraçadinho. Quase como se tivessem jogado roupas da Hot Topic encima de um filme genérico. Colocaram trilha sonora pop. Pois queriam ser um Guardiões da Galáxia da DC. Mas acabaram se tornaram um Esquadrão Suicida.
O tal Crocodilo e o Capitão Bumerangue basicamente desperdiçaram espaço. Arlequina, Amanda Waler e Pistoleiro estavam bons. Sem falar do cara do fogo e da Katana. O Coringa na verdade era um tipo de dublê. Aquilo era no máximo um gângster medito a besta.
O ritmo do filme também é muito estranho. Não parece ser dividido em atos. A primeira missão deles também se torna a única. A equipe nunca chega a estabelecer uma dinâmica. Fazem uma cena hiper rápida no bar para tentarem se estabelecer e se conhecer. Não acontece de maneira natural. O propósito do filme seria salvar o mundo.
Torço que o segundo seja melhor. Até por que o James Gunn parece estar envolvido com isso. A série tem potencial para ser muito melhor do que esse filme ruim.
Um Senhor Estagiário
3.9 1,2K Assista AgoraEsse filme é bem mediano. Em muitos aspectos. Tem dois bons atores. O roteiro é bem básico, e previsível em algumas partes. Contém algumas mensagens ingênuas sobre o valor da masculinidade antiga.
Sexta-Feira 13, Parte 8: Jason Ataca Nova York
2.6 354 Assista AgoraÉ a primeira vez que o Jason sai de Cristal Lake. E, considerando o naipe do resultado, era melhor que ele tivesse continuado no fundo do lago, com correntes e atado a pedras.
O começo do filme exalta as características da cidade de Nova York. Repetindo o (péssimo) filme anterior, queriam contar alguma história, tendo o Jason como figurante. Me parece que o resultado descaracterizou totalmente o Jason, ao colocá-lo em um ambiente claramente urbano. Se bem feito, seria algo interessante de se ver. Mas não é o caso.
Usaram novamente a eletricidade para ressuscitar o Jason.
Repetiram o mesmo contexto de Sexta-feira 13 parte 3 para que o Jason vestisse a sua máscara. Alguém muito brincalhão que usava uma máscara de hóquei. Parece que os roteiristas não sabiam que seria uma repetição.
Retomaram um elemento tradicional da série de filmes. Do velho maluco que alerta a todos sobre as ameaças que irão acontecer. Dessa vez foi um membro da tripulação.
Tem um dos alunos que é um grande boxeador. Afirma que nunca perdeu uma luta para ninguém. Tiveram o cuidado para estabelecer isso no começo do filme. E isso teria um motivo. A cena dele tentando lutar boxe com Jason foi sim interessante. Não num nível de ser legal. Mas sim de ser zoada num nível que ficou bom.
Um elemento do filme não ficou claro para mim. Por um acaso o Cristal Lake tem ligação com o mar? Aquele barco foi diretamente para o porto, e o Jason estava no fundo do lago.
Jason certa hora toma o cuidado de cortar as comunicações do navio. Ele certamente atua com método, pois em quase todo filme ele faz isso.
Se o filme se passasse inteiramente no navio, talvez poderia ser visto como inovador. Mas fizeram questão de inserir Nova York na parte final da história. Com um pouco mais de pensamento no roteiro, poderiam achar uma maneira de jogarem o Jason diretamente em Nova York logo no começo do filme.
O cara da sauna imaginou que era o amigo dele. Uma vez mais, as vítimas são sempre iludidas nessa parte.
O nome do navio é Lazarus. Oh, que detalhe bem elaborado.
Jason uma vez mais é tratado como uma lenda urbana. Citam que o primeiro filme ocorreu há 30 anos atrás.
A tal caneta especial dada de presente para a aluna esperta teve uma função clara no filme. Além de talvez ter sido do Stephen King, ela é ótima para perfurar os olhos do Jason.
A tal gangue latina que aparece quando chegam em Nova York me lembrou os motoqueiros que também aparecem do nada no posto de conveniência em outro filme anterior. Além de servirem como ameaça adicional, também ajuda o Jason, que já está com um número baixo de vítimas.
Esse filme também tem duas mortes não causadas pelo Jason. O cameraman que fica sem os óculos e dá um tiro em alguém por engano. E também teve a protagonista que bateu o carro. Mas ninguém se lembrou de salvar a mãe da moça.
A parte final do filme mostra uma das partes estranhas de se ter o Jason em Nova York. Normalmente ele ataca nas sombras. Raramente alguém o nota. Nesse filme, ele anda no meio de uma multidão, ignorando todos. É bizarro demais. Imagino que os próprios roteiristas notaram isso, e trataram de jogar o Jason de volta nos trilhos do metrô. Do ponto de vista dos personagens, seria melhor ter buscado o máximo de pessoas possível.
Falando em metrô, é lá que o Jason toma um baita choque de 6000 volts. E sai inteiraço de lá.
O Jason sem máscara dessa vez ficou hilário. Me lembrou o Yoshi do filme do Mario. E Jason miraculosamente se tornou um menino. Talvez o esgoto de Nova York tenha poderes mágicos. Veremos se no próximo filme ele sairá de Nova York ou irão se esquecer desse final.
Sexta-Feira 13, Parte 7: A Matança Continua
2.9 309 Assista AgoraÉ aí que a vaca começou a ir para o brejo. O filme dá uma guinada drástica na sua lógica. Imagino que eles quiseram fazer uma cópia do filme "Carrie, a estranha", só que com o Jason. E o resultado não lembra tanto o da Carrie, pois o tom ficou estranho. E o tal Jason se tornou mais figurante do que nunca. É um dos piores filmes do Jason já feitos. Seria superado apenas pelos seus horríveis sucessores.
Já no começo, faz uma grande recapitulação dos filmes anteriores.
A trilha sonora da abertura mudou bastante. Deixou de ser "aflitiva" no nível Tubarão e ficou mais como um suspense.
Estabeleceram no meio do filme que a data era realmente uma sexta-feira, 13 de outubro.
Não é explicado bem qual é o motivo da Carrie, digo, da Tina ter superpoderes.
Utilizam o recurso dos sonhos que parecem relembrar o passado, igual fizeram com os filmes do Tommy. Por sinal, tentaram fazer com que Tina fosse também uma versão feminina do Tommy. Até mesmo a inicial do nome é a mesma. Parabéns, roteirista. Enfim, uma criança que teve um trauma relacionado com o Jason. O grande passo errado foi a opção de dar poderes psicocinéticos com o ambiente do Jason.
Mostraram o Jason boiando na água. Mas, nos filmes anteriores, ele simplesmente caminha na água. Imagino que quiseram dar um efeito dramático.
A garota não recebeu um manual de instruções sobre como usar os poderes dela. Ela pediu para ressuscitar o pai dela. Mas aí, ops, trouxe o Jason de volta à vida. Quem nunca, não é mesmo?
Não se esqueceram da velha cena com carro quebrado no meio da floresta. A velha cena de jovens nadando pelados no lado também continua aparecendo. A hipótese do Jason ter feromônios específicos para causar isso seria uma boa explicação. Ou até mesmo um campo eletromagnético que causa a falha nos carros. Isso explicaria bastante coisa. Talvez até mesmo o fato de Jason sempre desligar as luzes e cortar a comunicação com o exterior. Ele pode ser hiper sensível a esse tipo de espectro, igual a um rato.
Outro conceito que abandonaram foi a troca de nome do local. Agora tudo voltou a ser Crystal Lake. E não se incomodaram de dar alguma explicação para isso.
É curioso que toda festa mostrada nos filmes do Jason são sempre esquisitas, zoadas, e causam um tipo de vergonha alheia. Cenas bem bizarras. Dessa vez também tem. Mas o foco é no bulling da Carrie/Tina.
Outro item que não mudou foi a grave falta cognitiva dos jovens que acampam. Não ouvem o Jason chegando. E sempre imaginam que algum amigo está pregando uma peça neles. O tal drogado não chegou a ver uma gigantesca poça no chão. Sem visão periférica alguma.
Jason continua com predileção de armar um cenário de terror, espalhando cadáveres ao redor de uma casa. É quase uma obra de arte macabra, com muita atenção para os detalhes.
Eu não entendi até agora como que o gato ficou trancado no armário nesse tempo todo. Quem fez isso, e com qual motivação?
Jason usando o cortador de grama foi uma vez mais inovador na área. Pelo menos teve isso.
A maquiagem do Jason sem a máscara ficou bizarra. Está parecendo o Eddie, o zumbi do Iron Maiden.
O final é bizarramente bizarro. A Tina, a estranha, consegue, enfim, ressuscitar o pai. Que sai do lado, e puxa o Jason de volta para o lago. Isso é surreal em diversos níveis.
A trilha sonora do final parece mais com o Exterminador do Futuro. Meio diferente dos anteriores.
Sexta-Feira 13, Parte 6: Jason Vive
3.2 305 Assista AgoraO Tommy retorna nesse filme. Que é praticamente o segundo na "trilogia do Tommy".
O filme começa sem a tradição de repetir o final exato do filme anterior.
A parte do Jason voltando à vida é uma forçação de barra incrível. Abriram a cova do Jason. Fincaram uma estaca, mesmo já tendo "matado" o que já estava morto. E aí vem uma tempestade.
Ou seja, o Jason retorna por meio de um raio que caiu numa estaca que foi retirada do portão do cemitério e fincada na tumba aberta, durante uma tempestade de raios. Apenas isso.
Desse filme em diante, se torna claro que Jason realmente é um zumbi.
Fizeram uma referência estranhamente aleatória para a clássica abertura dos filmes de James Bond.
Parece que a população de Crystal Lake ficava incomodada de terem tantos adolescentes mortos na mesma região.
Então tiveram uma solução: vamos renomear a cidade. Não pensaram em abandonar os acampamentos. Não pensaram em isolar a região com muros altos de cimento. Me parece que a região tem uma dependência econômica muito grande dos acampamentos. Na mesma linha da importância do turismo na praia do filme O Tubarão.
Tentar tratar todos os ataque de Jason como lenda urbana me lembra alguns filmes da série do Freddie Kruger. Agora o local se chama Camp Forest Green.
Nesse filme, mesmo com outro nome, acontece um acampamento. Um fator novo é que Tommy se torna um perseguidor do Jason. É o tipo de relação que lembra a de Sarah Connor com o T800 em Exterminador do Futuro 2.
Um filme do tipo slasher tenta ser criativo nas mortes. Nesse filme teve um evento corporativo onde as pessoas brincam de guerra no meio do mato.
Teve também tripla decapitação do Jason. E uma facada dupla (simultânea) em um casal.
Um detalhe interessante nesse filme é o tal do jogo de cartas do Jason. Citam algumas regras, e vinculam com a lenda. Isso realmente poderia virar um jogo de verdade.
A trilha sonora de rock sempre aparece na série. Dessa vez, foi "The Beast", de Path Of Destiny e "Hard Rock Summer" e "He's Back", ambas de Alice Cooper.
A imagem do Jason acorrentado no fundo do lago seria retomada em diversas sequências.
Sexta-Feira 13, Parte 5: Um Novo Começo
2.7 304 Assista AgoraO mesmo guri, Tommy Jarvis, aparece logo no começo do filme. Quebram a quase tradição de mostrar exatamente o mesmo final do filme anterior. Não é explicado bem se é um flashback, uma memória ou um sonho.
A trilha sonora está bem intensa nos efeitos de terror.
O neto do funcionário é um garoto bem malandro. Me lembra o irmão mais novo de Bruce Lee Roy, do filme "O grande dragão".
É curioso que uma conversa entre o gordinho e o maluco do machado tenha escalado tão rápido. Coisa de hospício mesmo.
Esse filme tem também carro que pifa. Eles param para ver o que é. E aí tem o ataque. Os personagens continuam tendo severa dificuldade de notar quem está vivo e quem está morto. Ah, e são dois carros que pifam, sem motivo algum.
No meio do filme também tem uma cena da moça pedindo um tempo para se arrumar. Obviamente é um prenúncio para um assassinato.
A tal garçonete deve ter problemas de visão periférica, pois não viu que a porta do outro lado do carro estava aberta. Ela foi de cabeça baixa direto para o lado do carona.
O assassino segue a moda Jason. Espera a vítima entrar em pânico e gritar. E aí sim que ataca.
A silhueta famosa do cara com máscara de hóquei aparece apenas faltando 20 minutos para o final do filme. Felizmente seguiram as regras de guardar a cena do monstro para o final.
A parte da perseguição no celeiro me lembrou o final do terceiro filme.
Me parece ser a segunda vez que uma serra elétrica é utilizada no filme. A vez anterior foi no segundo filme.
Bem no começo do filme, eu fiquei com a nítida impressão de que Jason não seria o assassino dessa vez. E sim o Tommy, o jovem transtornado de poucas palavras. Nessa eu fui surpreendido novamente, pois os dois aparecem na mesma cena. E o Jason realmente não se lembra do velho amigo, o garoto Tommy que raspou a cabeça. Mas, bem no final, a verdade vem à tona. Realmente o Jason não apareceu. O roteirista (bem preguiçoso) escolheu um personagem que apareceu somente uns 15 minutos. E deu uma motivação bem aleatória, tornando-o um imitador. Até mesmo o Scooby-doo teria pensado melhor em alguma explicação.
A parte do sonho onde o Tommy mata alguém é um cliché do "era tudo um sonho".
O filme não explicou bem como que a equipe do hospital guardou uma máscara de hóquei em meio a uma sala de atendimento. Bem aleatório isso.
Esse filme é o que eu chamo de segundo na "trilogia do Tommy". Bem fraco, pois tentaram dar rumos novos para a série. A escolha do assassino poderia ter sido melhor trabalhada.
Sexta-Feira 13, Parte 4: O Capítulo Final
3.3 376 Assista AgoraEsse filme é curioso, pois parece iniciar, na minha visão, uma trilogia bem especial da longa saga do Jason. Ele foi pensado para encerrar a série do Jason. Mas o dinheiro fala, e as continuações vieram.
Já no começo, o filme não repete o padrão anterior, de mostrar exatamente os minutos finais do filme. Faz um tipo de recapitulação dos dois filmes anteriores e, digamos, os "melhores momentos" do filme anterior.
A trilha sonora voltou para o padrão anterior. Nada de abertura com outros gêneros musicais.
Creio que tenha sido a primeira vez na série do Jason que ele realmente é retratado como um morto-vivo. Pois ele literalmente começa o filme num necrotério, e retorna à vida.
O cara do necrotério (Axel) é quase um cliché. Do funcionário que está habituado com os mortos, e não sente nenhum receio ou perda de apetite ao lidar com isso. Me lembrou aquele personagem do livro "O xangô de Baker Street", que pegou umas almôndegas dentro de um corpo aberto.
Esse novo lote de jovens não foram acampar, aparentemente. Não ficou totalmente claro se eles iriam apenas passar alguns dias em uma casa alugada ou se realmente iriam morar ali em definitivo.
A tal Cristal Lake, a lagoa mágica, tem diversos efeitos aparentes. Um deles é de fazer com que seres monstruosos pulem em barcos no meio da lagoa, atacando a moça que está lá, só tomando um ar. Outro efeito recorrente é a incrível vontade de ir até a lagoa e nadar pelado. Algumas vezes de dia, e em outras vezes de noite. Nisso o Jason talvez seja apenas alguém que se irrite muito com essa falta de pudor.
O carro da família simplesmente para de funcionar. Não teve nenhuma cena para estabelecer isso. Talvez os moradores dos arredores não tenham o costume de fazer manutenções preventivas, pois é bem frequente. Ou pode ser preguiça do roteirista.
Logo na primeira aparição, o tal "caçador de ursos" me pareceu bem suspeito. Somente se o urso que ele caçava se chamava Jason. Aí faria sentido. Ficaria estabelecido que ele era irmão de uma das vítimas. Isso me lembrou um pouco a premissa do novo "Bruxa de Blair", aquele filme horrível.
Na cena do ataque na lagoa, o Jason espera o cara voltar da lagoa, apenas para atacar nessa hora. Ele realmente quer esperar o tempo certo para o ataque, em algumas situações. Em outra cena que acontece depois, ele tem todo o trabalho de rodear a casa com cadáveres. Nas portas, janelas e em todo o lugar que pudesse ser utilizado como rota de fuga. Ele parece gostar que as vítimas dele entrem em pânico.
Esse filme tentou não repetir as mortes anteriores. Isso mostra um certo esforço criativo, pelo menos. Teve cena que não foi mostrada diretamente. Apenas a silhueta. E até mesmo outras que foram mostradas apenas parcialmente.
Jason também tem a astúcia de sempre se livrar da comunicação com o exterior. Corta os fios telefônicos quase sempre na hora em que os personagens pensam em chamar a polícia. É como se ele soubesse o que iria acontecer. Ou ele pode ser hiper sensível aos sinais eletromagnéticos, igual a um roedor.
Em certa hora, a moça tenta se abrigar do Jason em uma cabana. E começar a fechar as portas e janelas do lugar. Que são tão finos quanto papelão. Não seria complicado de um ser humano normal entrar ali à força. Para o Jason, é mais fácil que mastigar água. Falando nessa cabana, há um detalhe que achei curioso. Eles moravam ali há vários anos. Mas, estranhamente, o Jason nunca tinha aparecido para eles antes. É como se ele fosse ativado por grupos de adolescentes (feromônios sexuais?) ou simplesmente por grupo de estrangeiros em geral.
O guri (Tommy Jarvis) é um hiper gênio. Quase no mesmo nível do moleque do filme Homem de Ferro 3. Ele leu uns artigos de jornal, e já soube como atuar para iludir Jason. Foi muito astuto nessa.
Tommy garante que o Jason realmente iria morrer. Ou ficar pelo menos extremamente ferido. Bem violento esse final. E dá a entender que o Tommy poderia ser um tipo de sucessor do Jason.
Sexta-Feira 13: Parte 3
3.2 379 Assista AgoraEsse terceiro filme recapitulou o final do filme anterior. Isso mostra os filmes como um tipo de filme extendido, ou até uma mini série. É bem diferente das franquias atuais, que geralmente até omitem os números para que as pessoas não fiquem amedrontadas com séries muito longas.
A trilha sonora de abertura foi uma das mais distintas de toda a série do Jason. Parece discoteca. Seria apropriada para uma paródia, e não para o terceiro filme da série Sexta-feira 13. A trilha sonora de todo o filme, tirando a abertura, continua na vibe do suspense.
Como todo filme slasher, tem sempre o grupo de adolescentes sem noção. Que gostam de acampar em lugares remotos, nadar pelados em lagoas e transar. A decisão do grupo de comer maconha para escapar da batida policial é incrivelmente bizarra. De onde será que tiraram isso?
Esse filme também conta com um senhor idoso maluco. Que parece sempre anunciar o que está por vir. Sempre é ignorado, claro.
O filme mostra que uma garota foi uma sobrevivente do Jason. Obviamente deve ter ficado com um baita trauma. Apenas dois anos depois, ela decide retornar. Explicação que é meia-boca enquanto motivador. Outra coisa peculiar é notar como as autoridades locais mantém o local aberto, mesmo com massacres periódicos acontecendo no lugar. Os motivadores econômicos devem ser muito fortes.
Como se não fosse suficiente um bando de adolescentes, os responsáveis pelo filme decidiram colocar uma gangue de motoqueiros. Afinal, por que não?
Esse filme se diferencia dos anteriores na questão da exposição. Antes, o assassino demorava muito para aparecer completamente nas câmeras. Nesse filme ele já aparece com meia-hora de filme. Isso não é um bom sinal.
Antes, o Jason também era muito mais silencioso. Agora, em diversas situações, os personagens ouvem barulhos de galho se quebrando na floresta. Pode ser que o Jason tenha ficado descuidado de maneira seletiva. Ou que tenha aprendido a fazer barulho de propósito, para deixar as suas vítimas mais alarmadas.
Temos mais um carro que decide não funcionar. Com prováveis problemas de bateria. Mas, ao contrário do filme anterior, não tem nenhum elemento de roteiro que estabelece isso.
Outra facilidade de roteiro é que as vítimas sempre decidem ficar paralisadas. Entre luta ou fuga, elas viraram estátua. Não cogitam de correr em momento algum. Tanto nesse filme quanto no filme anterior.
Esse terceiro filme da série contém uma contribuição muito significativa para o personagem. E tem um ótimo motivo para ela ter acontecido, dentro do filme.
Um dos adolescentes é um jovem inseguro que faz coisas sem noção para chamar a atenção. Considerando que é um personagem que morre no meio do filme, é até um esforço razoável de criação. Uma das brincadeiras sem graça dele é vestir, vejam só, uma máscara de hóquei. Uma cena que estabelece isso. E, como não poderia deixar de ser, Jason iria utilizar isso para seu proveito. Isso me lembra bastante a questão da frase "Bond. James Bond". Que foi utilizada com um propósito bem específico em um filme, mas acabou se tornando uma marca registrada do personagem. Por motivos aleatórios, Jason nunca mais tirou a máscara de hóquei nos filmes posteriores. Tudo por conta de um guri abobalhado.
Em todo filme, os adolescentes tem grau variado de sucesso sexual. Alguns tentam transar e não conseguem. Aí morrem. Outros combinam de ir transar. Aí a moça geralmente pede um tempo para ir se arrumar. Aí ambos morrem. Outros conseguem transar, e aí morrem logo em seguida. Nessa questão, esse filme tem um destaque. Um casal que consegue transar em uma rede. Baita achievement. O Jason uma vez mais parece ter um profundo conhecimento do comportamento humano. Ele mata o cara, e decide ficar embaixo da mesa. Imagino ele pensando na hora "Certo, eu já pendurei o cadáver do cara lá no teto, bem acima da rede. Eu sei que ela vai deitar na rede. Pensa só na reação dela, que louco!".
Uma personagem também mostrou gana (ou loucura) de partir para cima do Jason, metendo a faca nele. É uma rara exceção, pois a maioria das pessoas tem o bom senso de fugir do Jason assim que o notam.
A moça que usou o carro teve uma baita sorte de chegar no carro já tendo as chaves no bolso. Mas logo em seguida teve o azar de ver o carro morrendo logo em seguida.
Até esse momento da série, não estava 100% estabelecido que o Jason era um zumbi. A cena onde ele aparece sobrevivendo a um enforcamento é algo bem difícil de acontecer.
No final, um padrão se repetiu. Bem no final, quando tudo parecia perdido, surge um elemento de surpresa. Dessa vez o motoqueiro apareceu do nada.
Da mesma maneira que nos filmes anteriores, a sobrevivente vai para o meio do lago. E surge uma criatura maluca no meio da lagoa.
Falando em tradição, eu imagino que os policiais e equipes médicas já devem estar acostumadas. "Sabe aquele bando de adolescentes que foram acampar? Então, quase todos morreram. Só sobrou uma moça que não fala coisa com coisa. Manda uma ambulância, três viaturas e oito carros do necrotério, faz favor". Deve ser algo rotineiro para eles.
De modo geral, eu imaginei que esse terceiro filme seria ruim. Pois, notem, quase todo terceiro filme de uma série é, no mínimo, o mais fraco de todos os três primeiros. No caso desse não foi nesse nível. Ele se manteve nas tradições anteriores e deu uma contribuição visual que perdurou (máscara de hóquei). A série iria ganhar um fôlego, até que viessem os filmes realmente lixo da série.
Sexta-Feira 13: Parte 2
3.4 406 Assista AgoraA forma com que o filme começa é curiosa. Se afirma mesmo como uma continuação, pois mostra as mesmas cenas do final do primeiro filme. Outra característica positiva é saber quando mostrar a ameaça. Quando se tem alguma ameaça, é de bom praxe mante-la oculta. Ainda mais no caso desse filme. Pois a ameaça do filme anterior era a mãe do Jason. As cenas de ataques mostravam apenas o ponto de vista dele ou, no máximo, as mãos. A primeira vez que Jason é exibido de maneira completa é mais ou menos na metade do filme.
Tal como "Cemitério Maldito", tem um velho logo no começo do filme que fala coisas que parecem sem sentido. Que alerta sobre perigos iminentes.
O motivo de terem feito um outro acampamento cinco anos após um massacre ocorrido em um acampamento não ficou bem claro. Talvez tenham sido motivos econômicos, mas ficou em aberto.
Jason tem uma alta correlação com jovens que querem transar em acampamentos. Talvez ele possa ser influenciado pelos feromônios ou coisa do tipo. Outra coisa que eu achei curiosa foi o raciocínio do Jason. Ele ataca uma pessoa. Aí ele pensa: "Olha que legal. Eu vou ficar aqui, embaixo da cama, só esperando, com um facão na mão. Eu sei que a moça irá deitar na cama, e aí, PLAU! Vai ser incrível".
Os filmes do Jason tem um cliché do carro nunca pegar. Esse filme, contudo, tem um motivo bem claro para isso acontecer.
Somente existem dois carros disponíveis no acampamento. Um deles funciona muito bem. O outro é conhecido por ter diversos problemas. E, conforme a arma de Chekhov, as cenas onde mostraram o carro não funcionando tinha um motivo bem claro.
O filme trabalha bastante com expectativas e quebra delas. Nem sempre consegue. Tem cenas que telegrafam "O Jason vai aparecer na janela!", e tem outras cenas que exclamam "não é nada dessa vez".
A cena do cachorro retornando de maneira triunfante no final foi um bom exemplo desse uso. Eu cheguei a imaginar que o Jason realmente era maligno. Pois apenas pessoas malvadas matam animais domésticos. E Jason não fez isso, provavelmente.
Elogios também para a trilha sonora. Está na linha do filme "Tubarão". Violino frenético, ritmo que perturba. Fora isso, ela é bem utilizada. Boa parte do filme é silêncio. E a trilha alerta quando irá acontecer um ataque, ou quando o personagem apenas tomará um susto.
Nesse filme o Jason já mostra um incrível superpoder. Ele é hiper silencioso. Nem mesmo emite o som de uma folha se movendo enquanto caminha. Consegue estar em quase todos os lugares ao mesmo tempo.
Na hora do pulo da janela, lá no final, deu para ver que eles usaram duas versões do Jason. Parece que foram dois monstros que pularam na janela para pegar a moça. A segunda versão ficou melhor trabalhada.
O filme é bem divertido. Ideal para reunir a galera em um Halloween. Ou até mesmo em uma sexta-feira 13.
Aladdin
3.9 1,3K Assista AgoraEu não me lembro tanto de como era o desenho mais antigo. Então falarei apenas sobre como o filme é abaixo da média e dispensável sem ficar comparando com o original.
O ator que tentou fazer o Jafar. Ficou horrível. Ele imagina que está interpretando um vilão que é dissimulado, mas na verdade aparenta alguém que segue a escola Gianecchini de atuação. O ator também imagina que ser malvado é apenas gritar vez ou outra.
Dá para notar claramente que tentaram encaixar um monte de coisa no material original. As músicas simplesmente destoam. Por um lado, tem a parte da Jasmine. E por outro, tem as outras músicas. Ficou distinto demais. Acho que o ideal era fazer logo um filme solo da Jasmine. Teria ficado mais interessante do que algo remendado e emendado.
Fora isso, Will Smith conseguiu dar uma voz própria para o gênio. Não seria o caso de comparar com a incrível dublagem do Robin Williams. Ficou até que interessante, visto por si só.
O filme todo ficou estranho na montagem. Muito da linguagem de animação parece que se perdeu na hora de virar live action. A cena da caverna, por exemplo. Eu não lembro como era no desenho, mas a cena da caverna cheia de tesouro virou... uma caverna bem triste, com algumas moedas jogadas. Aquele ar surreal não aparece, mesmo na forma live action. Eu imaginaria algo como o esconderijo do Smaug, o dragão do Hobbit. Que foi bem traduzido para Live action.
É mais um filme que dificilmente será lembrado daqui a mais de 20 anos. Foi uma grande fonte de renda para o grande estúdio do camundongo, e imagino que isso é o mais importante para eles.
Howard: O Super-Herói
2.7 240 Assista AgoraOk, o filme realmente é ruim. O principal problema dele é o tom. As pessoas que cometeram o filme não pareciam muito certas do que exatamente elas queriam fazer. O material de base parece ser uma HQ adulta, de um pato que é escroto. Talvez uma mistura entre Pato Donald e Deadpool. De alguma maneira bizarra, eles deram um tom de aventura leve infanto-juvenil para o filme. A trilha sonora parecia a do Indiana Jones, toda heroica em algumas partes. O humor é superficial, quase num nível infantil. O Howard beira o vale da estranheza, embora os efeitos especiais sejam bons.
Se fosse para se manter fiel ao estilo das HQs, o ideal seria fazer um filme surreal, sarcástico e politicamente incorreto. Com situações bizarras para servir o propósito do filme, e não por incompetência.
O segundo problema é o roteiro e os personagens. Howard é basicamente jogado de um lugar para o outro no começo do filme. Não temos como conhecer como ele atua com base nas escolhas dele.
Ele tem apenas um objetivo (voltar para casa), e, de maneira previsível, acaba se sacrificando para salvar a humanidade. Que, até poucos dias atrás, nem era um conceito concebível para ele. Quase todas as situações e motivações dos personagens são forçadas. O tal protagonista do filme apenas faz piadas sem graça. Não houve mudança da parte dele. E a tal cantora da banda não é a profundada. Ela basicamente troca de agente. E ganha um namorado alienígena. Já o que era para ser um personagem do tipo "cientista maluco" é intolerável, não apenas para quem vê o filme, mas também para os personagens. Não entendo bem como a cantora o procura, pois não tem quase nada no filme que indique que eles são amigos. A própria namorada do cientista não tem nenhuma fala no filme. Ela poderia dar alguma luz nesse sentido, se o roteirista não fosse tão preguiçoso.
Confesso que fiquei curioso para ver como foi o processo de "criação" do filme. Pois foi realmente um erro espetacular. A produção parece ter custado uma boa grana, e foi feito por um estúdio grande. Saber o que se passava na cabeça deles quando eles fizeram esse filme.
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraO Scorsese está de brincadeira. O velhinho continua mandando muito bem. O trio principal de atores, idem. O overact do Al Pacino está na medida.
As Leis da Termodinâmica
3.2 56 Assista AgoraAchei o filme interessante. Mistura dois temas que parecem inconciliáveis. Física e emoções. Faz uma progressão de analogias entre os dois. É simples, mas funciona bem. Tem muitas pessoas que se comportam exatamente como o protagonista, que apenas parece inteligente. Mas acaba criando uma muralha de racionalização que pode mais atrapalhar do que ajudar.
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista AgoraO que me chamou a atenção nesse filme foi o trailer. Felizmente eu vi apenas um. Se eu tivesse visto todos, muito da surpresa do filme teria se estragado. Por isso, deixarei toda a avaliação em spoiler.
A Universal há alguns anos estava tentando replicar a Marvel. E gerou uma coisa horrível chamada "A Múmia", com Tom Cruise. Felizmente eles parecem que mudaram de rumo. Imaginaram como seria um Homem Invisível que fosse genial mas aparentemente insano. Deram umas pitadas de um tema central que envolve relacionamento abusivo, ciúmes e aparente descontrole. A ambientação é de um filme de suspense, mas com base na ficção pseudo-científica. Todo o conjunto deixa o filme com uma cara mais distinta. Não é uma tentativa de ser um mega filme de ação. Não tenta ser mais um dos suspenses genéricos com fantasmas. E não é apenas um anti-herói que no final faz o certo.
O roteiro é mediano, coisa rara de se ver nos tempos atuais. Eu imaginava algo muito pior. No nível do roteiro do filme da Múmia mais recente. Os elementos que aparecem no filme tem (na sua maior parte) um propósito posterior. O remédio que ela tomou. A obsessão do Adrian em ter um filho. O extintor na cozinha. A faca na cozinha. Tudo isso não é de graça.
Em alguns momentos, ocorreu também momentos de humor involuntário. O que era para ser tenso acabou ficando engraçado, pois foi forçado demais. Tipo a cena dela chutando uma tigela metálica que faz um barulho dos infernos. Até aí daria para imaginar que foi um acidente. Mas depois a BUNDA DO CACHORRO dispara um alarme. Eu pensei que teria mais depois disso. Tipo pisar por engano num osso de borracha. Esbarrar naqueles sinos metálicos perto da entrada da casa. Ou até mesmo o celular dela tocar bem alto, com o tema musical do "La Cucaracha".
A protagonista é uma ótima atriz. Trabalhou bem com a possibilidade dela estar mergulhando na insanidade e na paranoia. E foi bem no papel triplo logo no final.
Espero que a Universal continue nessa proposta com as suas outras propriedades. Pelo que eu pesquisei depois a Universal está agora focada em filmes individuais.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraEu não quero me empolgar.
Mas está difícil.
Sonic: O Filme
3.4 712 Assista AgoraOs filmes baseados em videogames sempre tinham baixa expectativa da minha parte. Pois o histórico era muito ruim. Detetive Pikachu e Sonic mostraram que essa tendência pode sim estar mudando.
O filme foi obviamente pensado no público infantil. Muitas piadas simples em doses cavalares. E umas pitadas de momentos tristes e becos sem saída aparentes. Eu imagino que a Sega tenha ajudado muito nisso. A trilha sonora e os visuais estão coerentes com o original.
O roteiro é bem básico e simples. Ele funciona bem, e isso é bem raro nos filmes recentes. Os protagonistas aprendem lições. Sonic deixa de estar só, e achar um lugar no mundo.
O policial Donut descobre que o lugar dele no mundo era onde ele sempre estava. Fiquei um pouco incomodado com papéis superficiais para alguns personagens. TIpo a JoJo, cuja única função era dar para o Sonic os tênis vermelhos.
Jim Carrey como Robotnik era algo primeiro impensável. Quando era um rumor, parecia mentira. Quando saiu o trailer, me pareceu uma salvação em um filme que parecia ser horrível.
Ao ver o filme em si, notei que o ator continua o mesmo. No bom sentido. Ele não ficou hiper exagerado com os trejeitos dele. E parece ter saído do papel e improvisado em poucas ocasiões.
Sobre a segunda cena pós-créditos, eu acertei, pois era algo ao mesmo tempo previsível e desejável. Tails merecia aparecer. Era legal jogar escolhendo ele naquele jogo freeware no Windows 95.
Que venha o filme do Super Mario World agora.