Conforme o esperado, o cinema mostrou-se pequeno e a plateia bastante modesta, muito embora ávida em receber o humor ácido e a visão de mundo desencantada do diretor. É um filme triste, poético e bastante contemplativo, permeado pela atmosfera nonsense típica de Andersson, mas jamais desinteressante ou enfadonho. A fotografia é fantástica, como se os personagens fizessem parte de pinturas estilizadas, num tom envelhecido. Em muitos momentos as passagens são tão profundas e universais que os diálogos entre os envolvidos são praticamente inexistentes, apoiando-se apenas nos sentimentos e impressões que fluem entre o espectador e o filme que vibra na tela.
Estou rezando para que Buda nasça aqui e leve consigo todas as mazelas todo o sofrimento da noite as angústias insistentes o vazio sem nome a falta de sorte e todos meus pedidos de alma mas por enquanto teremos que esperar...
Alguns filmes não prometem nada, muito embora também acabam não levantando nenhum voo. O título poderia render uma boa produção envolvendo o amadurecimento psicosexual de três adolescentes, porém termina anestesiando suas personagens em uma trama de hesitações e emoções mornas. Veja se sobrar tempo ou se estiver muito interessado.
Quando você acha que o senso imaginativo foi esgotado, eis que surge essa produção intimista! Fui ao cinema sem maiores pretensões e saí bastante estimulado com uma trama que mistura, numa leitura minha, conto de fadas e drama neo-realista. Tudo é contado de maneira simples e sutil aos olhos de uma criança, anunciando temas como construção da identidade, amadurecimento juvenil e fortalecimento dos laços afetivos. A participação de Monica Bellucci traz um tom quase místico à história, marcando a passagem na vida de uma jovem que está prestes a se tornar mulher, penetrando a vida adulta. Assista com olhos nostálgicos, desarmados e deixe-se cativar pelos personagens!
Uma cativante história sobre autoestima e lesbianismo nascente em tempos de desapego e mentes descompromissadas. É um filme honesto, assertivo e cuidadoso com sua personagem, levando o espectador a aumentar seu senso crítico em relação à diversidade sexual. A trama mostrou-se tão realista que chamou atenção de Spike Lee, que se tornou um dos produtores do título.
O que seria da maturidade sem os primeiros anos? O que seria do fim da tarde sem a melancolia? O que seria da música sem uma história triste? Para cada pessoa, uma canção Para cada mente, um estilo Para cada criança, a certeza de ser um velho E para cada remix, uma página virada... ...ou somente a visita de uma nova desilusão...
Hansen-Love é jovial, vigorosa e saudosista, na justa medida!
Opíparo, oh sim, opíparo!! Cinema atemporal e majestoso! Recomendo que seja assistido em blu-ray, para tornar o programa ainda mais marcante. No mais, poupemos as palavras e deixemos as imagens falarem por si mesmas!
Exibido na TV Cultura em 1994, é um filme simples, melancólico e bastante sincero no explorar do cotidiano de jovens visivelmente desencantados com a chegada dos anos 90 na antiga União Soviética, onde a modernidade (da época) e a realização pessoal revelavam poucas chances de satisfação.
Após muito tempo consegui achar os dados desse filme e trazer aqui para o site. O mesmo foi transmitido pela Cultura no programa "Cinema Especial" e depois esquecido completamente nos arquivos da emissora. Nunca mais foi exibido ou citado em nenhuma lista de discussão relativa ao Cinema Russo/Soviético.
Para os cinéfilos que também conferiram o filme na época, numa sessão de domingo, eis que ficará registrado pelo menos aqui no Filmow que ele existiu.
Confesso que foi uma experiência frustrante, apesar de curiosa. O diretor chega a anunciar que é uma "fantasia autoral", mas os personagens não têm maior profundidade, as pequenas tramas são contadas às pressas e em alguns momentos soam frágeis, quase constrangedoras. O interesse maior fica mesmo em acompanhar Ascaride em seus breves diálogos com sua fiel companheira...
Provocativo, místico e minimalista, talvez esses sejam predicados que caiam bem. O filme encanta também pela beleza idílica por onde Julian Sands passa e por tratar de um tema (na contemporaneidade) tão enfraquecido e subjugado: a busca pela iluminação espiritual. Será que estamos diante de uma vocação ou de uma construção pessoal?
"Eu quero que você tenha bons dias e que tenha também sol até em suas noites".
Saí do cinema atravessado pelas imagens de forte impacto! A história seduz o espectador devagarinho, inserindo personagens que cativam pela humanidade e a total entrega emocional em cena. Lá pelas tantas, você já não consegue mais escapar da grande ciranda dos desejos, das emoções embargadas e da busca por uma redenção vinda de figuras tão emblemáticas. Sem dúvida, um filme que traz encantamento e também propicia assombros!
Simples na concepção e profundo na humanização dos personagens. É um filme relativamente curto e com um forte poder de influência sobre o espectador, acima de tudo, no que diz respeito a um resignificar das diferenças entre povos e culturas, priorizando a relação aberta (e integrativa) entre os indivíduos, mesmo com os corações ardendo pela guerra!
Prepare-se para um filme denso, com ambientes cinzentos e personagens prostrados no tempo, tateando por respostas e novos rumos. No fundo, é mais fácil se anestesiar com álcool ao notar que o mundo, na atualidade, tornou-se um lugar inóspito para se seguir qualquer jornada. Há belas paisagens, experiências vividas pelos personagens que incomodam muito e metáforas bem interessantes sobre Deus, o sentido da existência e o que seria o Leviatã do título, tudo amarrado a uma câmera (bem) lenta e uma trilha sonora instrumental, boa para jogar o espectador numa zona de reflexão.
Curioso drama experimental que se transforma em desenho animado e brinda o espectador com canções para lá de intimistas, mesclando imagens fantásticas de dois paulistanos bastante suspeitos em suas interações: de um lado um músico com insônia e de outro o Diabo que vive a atormentar, mas que no fundo é humano em suas atitudes. Vale mais pela ousadia das imagens e edição criativa a que pela história, um tanto dispersa e prolixa.
Mais uma coletânea reunindo os já consagrados e alguns inéditos do grande diretor francês. A experiência é válida para exatamente criar uma pausa na agitação cotidiana e voltar no tempo na intenção de se compreender as bases do Cinema Moderno. Os curtas são curiosos e enchem os olhos tamanha a magia, mostrando a criatividade de Méliès em combinar mímica, teatro, ideal circense e até elementos da alquimia como referentes de sua produção artística. Vale a pena conferir, se não for por uma ode ao Cinema, que sirva pelo menos como um estudo sobre os primórdios da imagem.
"Vivemos sob o mesmo teto, mas trilhamos caminhos diferentes. Talvez eu esteja desperdiçando os melhores anos de minha vida, mas não tenho dinheiro e nem coragem para sair desse lugar esquecido. O que será de nós?"
Árido, edificante e extremamente reflexivo enquanto a câmera flutua lentamente pelas estepes, hesitante em meio à paisagens, sons e sentimentos obtusos. Recomendações: assista sem pressa, não pense em divertimento e encare como um precioso exercício contemplativo.
Cinema nostálgico, evocativo e do sorriso singelo. Não tem como não rir com Chaplin, do jegue perseguidor e das peripécias do malandro para conquistar o coração da jovem circense. Foi ótimo promover esse retorno à década de 20, apenas para ter certeza de que alguns filmes são mesmo atemporais!
Não sou muito de comentar sobre thrillers, mas este aqui veio em boa hora, se tornando um filme de peso neste fim de ano! A trama começa mansa, inserindo um personagem deslocado, tateando no escuro tentando se encontrar. Ao surgir a oportunidade de um "novo negócio", Gyllenhaal coloca a mão na massa e se entrega de forma eletrizante na busca por uma ascensão pessoal, criando vários embustes dentro do espaço jornalístico.
Tente encarar Rene Russo batendo de frente com Jake, fora a cena de perseguição envolvendo "herói" e "bandido"... Quem é quem neste mundo de carcaças humanas?
Cativante na escolha das atrizes, criativo na concepção estética, nostálgico na trilha sonora e, como numa elipse, inquietante na tentativa de resolução do eterno complexo materno. Dolan não trairia a si mesmo! A "cena da cozinha" (pequena dança) foi a mais marcante para mim, seja pela espontaneidade dos personagens ou descaradamente pela música da Dion atravessando o imaginário.
Humor negro tipicamente brasileiro? Pode até ser, mas acredito que o filme seja muito mais um choque de tendências (entre o moderno e o decadente) a que um mero espetáculo de desajustes e condutas histéricas. Fiquei tão reflexivo após o desfecho, como se fosse eu que morasse naquela casa, chegando a procurar por mais detalhes e curiosidades sobre a trama. Hoje estou impactado, mas amanhã acredito que me sentirei saudoso...
Ming-Liang voltou com grande força, bebendo na fonte de seus primeiros filmes! Aqui somos atravessados pelo olhar de desesperança e súplica dos personagens, que revela um mundo amargo e pouco acolhedor para com os párias da sociedade. Como fantasmas invisíveis, uma pequena família circula tentando limar o desencanto que a abate, sem receber quaisquer garantias sobre o amanhã. Sem dúvida é uma trama difícil, cortante e cinzenta, mas também hipnótica, bem reflexiva. E para completar o exercício, novamente somos brindados pela "chuva" e o "ator fetiche" do diretor, roubando a cena ao promover longos flertes com o silêncio.
Um Pombo Pousou Num Galho Refletindo Sobre a Existência
3.6 267 Assista AgoraConforme o esperado, o cinema mostrou-se pequeno e a plateia bastante modesta, muito embora ávida em receber o humor ácido e a visão de mundo desencantada do diretor. É um filme triste, poético e bastante contemplativo, permeado pela atmosfera nonsense típica de Andersson, mas jamais desinteressante ou enfadonho. A fotografia é fantástica, como se os personagens fizessem parte de pinturas estilizadas, num tom envelhecido. Em muitos momentos as passagens são tão profundas e universais que os diálogos entre os envolvidos são praticamente inexistentes, apoiando-se apenas nos sentimentos e impressões que fluem entre o espectador e o filme que vibra na tela.
As Crianças Perdidas de Buda
4.0 4Estou rezando para que Buda nasça aqui
e leve consigo todas as mazelas
todo o sofrimento da noite
as angústias insistentes
o vazio sem nome
a falta de sorte
e todos meus pedidos de alma
mas por enquanto
teremos que esperar...
Atlântida
3.4 2Alguns filmes não prometem nada, muito embora também acabam não levantando nenhum voo. O título poderia render uma boa produção envolvendo o amadurecimento psicosexual de três adolescentes, porém termina anestesiando suas personagens em uma trama de hesitações e emoções mornas. Veja se sobrar tempo ou se estiver muito interessado.
Cake - Uma Razão Para Viver
3.4 698 Assista Agora"Não me enrole, não me engane. Você me conta uma história de dormir onde a bruxa má se dá bem no final??"
As Maravilhas
3.6 45 Assista AgoraQuando você acha que o senso imaginativo foi esgotado, eis que surge essa produção intimista! Fui ao cinema sem maiores pretensões e saí bastante estimulado com uma trama que mistura, numa leitura minha, conto de fadas e drama neo-realista. Tudo é contado de maneira simples e sutil aos olhos de uma criança, anunciando temas como construção da identidade, amadurecimento juvenil e fortalecimento dos laços afetivos. A participação de Monica Bellucci traz um tom quase místico à história, marcando a passagem na vida de uma jovem que está prestes a se tornar mulher, penetrando a vida adulta. Assista com olhos nostálgicos, desarmados e deixe-se cativar pelos personagens!
Lunchbox
4.0 134 Assista AgoraAlgumas histórias devem acontecer em oculto para que as devidas transformações possam ocorrer... (e que sejam assim preservadas!)
Hoje sonhei que era livre, e minha liberdade tinha gosto de vento, de estrada, de despedida, de chá com canela...
Pariah
4.0 138Uma cativante história sobre autoestima e lesbianismo nascente em tempos de desapego e mentes descompromissadas. É um filme honesto, assertivo e cuidadoso com sua personagem, levando o espectador a aumentar seu senso crítico em relação à diversidade sexual. A trama mostrou-se tão realista que chamou atenção de Spike Lee, que se tornou um dos produtores do título.
Eden
3.2 42 Assista AgoraO que seria da maturidade sem os primeiros anos?
O que seria do fim da tarde sem a melancolia?
O que seria da música sem uma história triste?
Para cada pessoa, uma canção
Para cada mente, um estilo
Para cada criança, a certeza de ser um velho
E para cada remix, uma página virada...
...ou somente a visita de uma nova desilusão...
Hansen-Love é jovial, vigorosa e saudosista, na justa medida!
Metrópolis
4.4 631 Assista AgoraOpíparo, oh sim, opíparo!! Cinema atemporal e majestoso! Recomendo que seja assistido em blu-ray, para tornar o programa ainda mais marcante. No mais, poupemos as palavras e deixemos as imagens falarem por si mesmas!
Luz Fraca
3.0 1Exibido na TV Cultura em 1994, é um filme simples, melancólico e bastante sincero no explorar do cotidiano de jovens visivelmente desencantados com a chegada dos anos 90 na antiga União Soviética, onde a modernidade (da época) e a realização pessoal revelavam poucas chances de satisfação.
Após muito tempo consegui achar os dados desse filme e trazer aqui para o site. O mesmo foi transmitido pela Cultura no programa "Cinema Especial" e depois esquecido completamente nos arquivos da emissora. Nunca mais foi exibido ou citado em nenhuma lista de discussão relativa ao Cinema Russo/Soviético.
Para os cinéfilos que também conferiram o filme na época, numa sessão de domingo, eis que ficará registrado pelo menos aqui no Filmow que ele existiu.
O Fio de Ariane
2.9 11Confesso que foi uma experiência frustrante, apesar de curiosa. O diretor chega a anunciar que é uma "fantasia autoral", mas os personagens não têm maior profundidade, as pequenas tramas são contadas às pressas e em alguns momentos soam frágeis, quase constrangedoras. O interesse maior fica mesmo em acompanhar Ascaride em seus breves diálogos com sua fiel companheira...
...uma tartaruga de estimação que, acredito eu, rouba a cena do filme!!
Noites com Sol
3.8 16Provocativo, místico e minimalista, talvez esses sejam predicados que caiam bem. O filme encanta também pela beleza idílica por onde Julian Sands passa e por tratar de um tema (na contemporaneidade) tão enfraquecido e subjugado: a busca pela iluminação espiritual. Será que estamos diante de uma vocação ou de uma construção pessoal?
"Eu quero que você tenha bons dias
e que tenha também sol até em suas noites".
A História da Eternidade
4.3 448Saí do cinema atravessado pelas imagens de forte impacto! A história seduz o espectador devagarinho, inserindo personagens que cativam pela humanidade e a total entrega emocional em cena. Lá pelas tantas, você já não consegue mais escapar da grande ciranda dos desejos, das emoções embargadas e da busca por uma redenção vinda de figuras tão emblemáticas. Sem dúvida, um filme que traz encantamento e também propicia assombros!
Tangerinas
4.3 243Simples na concepção e profundo na humanização dos personagens. É um filme relativamente curto e com um forte poder de influência sobre o espectador, acima de tudo, no que diz respeito a um resignificar das diferenças entre povos e culturas, priorizando a relação aberta (e integrativa) entre os indivíduos, mesmo com os corações ardendo pela guerra!
Leviatã
3.8 299Prepare-se para um filme denso, com ambientes cinzentos e personagens prostrados no tempo, tateando por respostas e novos rumos. No fundo, é mais fácil se anestesiar com álcool ao notar que o mundo, na atualidade, tornou-se um lugar inóspito para se seguir qualquer jornada. Há belas paisagens, experiências vividas pelos personagens que incomodam muito e metáforas bem interessantes sobre Deus, o sentido da existência e o que seria o Leviatã do título, tudo amarrado a uma câmera (bem) lenta e uma trilha sonora instrumental, boa para jogar o espectador numa zona de reflexão.
O Diabo Era Mais Embaixo
3.3 2Curioso drama experimental que se transforma em desenho animado e brinda o espectador com canções para lá de intimistas, mesclando imagens fantásticas de dois paulistanos bastante suspeitos em suas interações: de um lado um músico com insônia e de outro o Diabo que vive a atormentar, mas que no fundo é humano em suas atitudes. Vale mais pela ousadia das imagens e edição criativa a que pela história, um tanto dispersa e prolixa.
Georges Méliès Encore
4.4 2Mais uma coletânea reunindo os já consagrados e alguns inéditos do grande diretor francês. A experiência é válida para exatamente criar uma pausa na agitação cotidiana e voltar no tempo na intenção de se compreender as bases do Cinema Moderno. Os curtas são curiosos e enchem os olhos tamanha a magia, mostrando a criatividade de Méliès em combinar mímica, teatro, ideal circense e até elementos da alquimia como referentes de sua produção artística. Vale a pena conferir, se não for por uma ode ao Cinema, que sirva pelo menos como um estudo sobre os primórdios da imagem.
Sono de Inverno
4.0 133 Assista Agora"Vivemos sob o mesmo teto, mas trilhamos caminhos diferentes. Talvez eu esteja desperdiçando os melhores anos de minha vida, mas não tenho dinheiro e nem coragem para sair desse lugar esquecido. O que será de nós?"
Árido, edificante e extremamente reflexivo enquanto a câmera flutua lentamente pelas estepes, hesitante em meio à paisagens, sons e sentimentos obtusos. Recomendações: assista sem pressa, não pense em divertimento e encare como um precioso exercício contemplativo.
O Circo
4.4 227 Assista AgoraCinema nostálgico, evocativo e do sorriso singelo. Não tem como não rir com Chaplin, do jegue perseguidor e das peripécias do malandro para conquistar o coração da jovem circense. Foi ótimo promover esse retorno à década de 20, apenas para ter certeza de que alguns filmes são mesmo atemporais!
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraNão sou muito de comentar sobre thrillers, mas este aqui veio em boa hora, se tornando um filme de peso neste fim de ano! A trama começa mansa, inserindo um personagem deslocado, tateando no escuro tentando se encontrar. Ao surgir a oportunidade de um "novo negócio", Gyllenhaal coloca a mão na massa e se entrega de forma eletrizante na busca por uma ascensão pessoal, criando vários embustes dentro do espaço jornalístico.
Quer mais?
Tente encarar Rene Russo batendo de frente com Jake, fora a cena de perseguição envolvendo "herói" e "bandido"... Quem é quem neste mundo de carcaças humanas?
Mommy
4.3 1,2K Assista AgoraCativante na escolha das atrizes, criativo na concepção estética, nostálgico na trilha sonora e, como numa elipse, inquietante na tentativa de resolução do eterno complexo materno. Dolan não trairia a si mesmo! A "cena da cozinha" (pequena dança) foi a mais marcante para mim, seja pela espontaneidade dos personagens ou descaradamente pela música da Dion atravessando o imaginário.
A Janela
3.6 22 Assista Agora"Você pode brindar, mas não poderá beber!"
Será essa a condição da vida bem em sua reta final?!
Durval Discos
3.7 336 Assista AgoraHumor negro tipicamente brasileiro? Pode até ser, mas acredito que o filme seja muito mais um choque de tendências (entre o moderno e o decadente) a que um mero espetáculo de desajustes e condutas histéricas. Fiquei tão reflexivo após o desfecho, como se fosse eu que morasse naquela casa, chegando a procurar por mais detalhes e curiosidades sobre a trama. Hoje estou impactado, mas amanhã acredito que me sentirei saudoso...
Cães Errantes
3.8 42Ming-Liang voltou com grande força, bebendo na fonte de seus primeiros filmes! Aqui somos atravessados pelo olhar de desesperança e súplica dos personagens, que revela um mundo amargo e pouco acolhedor para com os párias da sociedade. Como fantasmas invisíveis, uma pequena família circula tentando limar o desencanto que a abate, sem receber quaisquer garantias sobre o amanhã. Sem dúvida é uma trama difícil, cortante e cinzenta, mas também hipnótica, bem reflexiva. E para completar o exercício, novamente somos brindados pela "chuva" e o "ator fetiche" do diretor, roubando a cena ao promover longos flertes com o silêncio.