A tão abordada incomunicabilidade, penetrou tão forte minha alma, que, estou com enorme dificuldades para começar a escrever. Primeiramente, o filme é indiscutivelmente extraordinário. o fotógrafo de Antonioni compõe o quadro como ninguém, ''Eclipse'' é a maior prova disso, e não me deixa mentir. A ganância humana destrói, não só matrimônios, como qualquer outro tipo de relacionamento.
Tanto é verdade, que há uma cena onde Alain Delon (quando Monica Vitti sai de sua casa) recoloca todos os telefones no gancho, afinal, os meios de comunicação, no fundo, mais distanciam do que aproximam. Outra parte que resume bem o fanatismo humano por dinheiro, são as cenas na bolsa de valores, aqueles zooms no rosto dos fanáticos, mostrando as reações adversas das pessoas diante de um mesmo tema. Ah, não posso deixar de lembrar da simbólica cena do 'Vidro Entre O Beijo', que nada mais representa que a incomunicabilidade do casal. Se vocês pararem e refletirem, os minutos finais do filme (que são 100% silenciosos e mórbidos) são os que mais falam e vivem. Estranho, né? Não, pois o silêncio sempre tem mais a dizer do que as vozes alheias.
''Eclipse'' me fez repensar meus interesses como ser humano, deixou-me numa crise existencial monstruosa. Filmaço, Maravilhoso, Perturbador, Intenso, Lindo, Verdadeiro.
Moby Dick é um bom filme, gostoso de se assistir. Te transporta para o mundo dos marinheiros, e faz com que tu tenha o gostinho de ser um pirata por 115 minutos. O filme já vale o ingresso, apenas por ter uma pequena aparição de Orson Welles, e é claro, Gregory Peck com cicatrizes e uma perna de pau. John Huston dirigiu bem, com suas cores amarronzadas e acinzentadas, deu uma atmosfera sombria, silenciosa e misteriosa à película.
O mais interessante na obsessão do Capitão Ahab pela Moby Dick é que, não é cem porcento odiosa, no fundo ele tem um certo ''carinho'' pela monstruosa baleia que o aleijou. Afinal, ela deu sentido a sua vida, no momento em que tornou-se uma fixação para ele. O curioso de tudo isso é que o caixão (Objeto ligado a morte) construído especialmente para o índio, serviu para salvar a vida de Ishmael, enquanto a baleia (Animal que dava sentido a existência do capitão) serviu para matá-lo. Ahab tinha uma paixão travestida de ódio por Moby Dick, no final, o destino foi cordial com ele no momento em que o fez partir junto com a baleia, no fundo de um imenso oceano.
Gostei do que assisti, indiscutivelmente um Clássico.
O Barco - Inferno No Mar trata-se de um filme único e diferenciado. Não pense que você verá um filme de guerra padrão, aqui não, irás se sentir como se estivesse lá, com os personagens. Todo o filme é filmado dentro de um submarino, mostrando-nos a monotonia, a saudade de casa, o nervosismo, a angustia, a dúvida, a esperança, o medo e os mais diversos sentimentos no meio da guerra. Não é um entretenimento barato, não existe explosões saltando na cara do expectador, visando divertir o mesmo, aqui não tem esse macete para conquistar os cinéfilos. Pelo contrário, Wolfgang Petersen opta pelo clima tedioso e realista da Segunda Guerra Mundial.
Há uma cena onde um dos personagens está enfadado com a invariabilidade daquele lugar, então, ele consegue achar passatempo numa mosca, andando sobre uma das parede do submarino. Outra parte do filme que é torturante: Os oficiais alemães precisam escapar das miras de um Destroyer inglês, então, a tripulação, vendo-se sem saída, decide submergir até o limite, até ao máximo que a imensidão marítima permite, e o fazem. Apesar de terem escapado com vida dos ingleses, mais uma vez suas existências estavam em risco, pois a pressão de 280 metros de mergulho, faz com que o oxigênio seja muito, mas muito frágil, então, se veem obrigados a usar as máscaras de ar. É curioso a reação diferente dos personagens perante as situações de risco, uns olham fotos dos filhos e das esposas, como se tivessem despedindo-se, porque pensam que vão morrer, outros (mais otimistas) exaltam confiança e dizem ''Nós vamos sair dessa! Não desistam, cagalhões, vamos lutar pela sobrevivência!''. Além de toda essa adversidade, a fome passa a ser outro problema, prova disso é quando um dos tripulantes diz ''Pão com fungo é bom, mas uma banana é melhor''.
Resumindo: ''Das Boot'' é uma ótima película, que contém grandes atuações, uma baita edição/mixagem de som e claro, uma magnífica direção. Não é um filme fácil de se assistir, porém, é obrigatório para qualquer amante da sétima-arte.
O filme é classificado como comédia, de fato é, porém, Almodóvar jamais extingue o lado dramático de suas películas, situações engraçadíssimas mescladas com situações tristes resultaram em ''Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos''. Ah, uma ressalva: as cores da fotografia desse filme são fantásticas, assim como seu roteiro mega peculiar. Vale a pena! Pedro Almodóvar realmente é um mestre em transformar o caos em risos, como num passe de mágica, catástrofes tornam-se acontecimentos dos mais singelos, quando no comando do diretor espanhol. E talvez a vida seja isso mesmo: simples. As pessoas tem mania de supervalorizar a vida e os utensílios que a cercam, mas será que isso é necessário? Não, claro que não, afinal, a existência não passa de um aprendizado para morte. Logo, tratemos-a com mais naturalidade, não a levando tão a sério.
Obs: Imaginem de manhã, onde todos na casa acordariam após o ''porre'' de soníferos, sobraria a Pepa (que sofre de insônia relembrar ao pessoal como toda aquela bagunça originou-se). Cá entre nós, a atriz Carmen Maura têm um charme ímpar, é uma estonteante gostosa!
Esse grupo no objetiva manter vivo o bom cinema, o cinema Sentido e não o Cinema $em $entido, e nada melhor que divulgar isso na página de um dos melhores filmes de todos os tempos, espero que gostem!
Filme original, diferente, único, confuso, sem-sentido, com todo o sentido do mundo, para ser e viso revisto diversas vezes, não sei nem definir o que é isso, só assistindo pra saber, ou não saber...Não tem um roteiro, Godard simplesmente foi filmando o que lhe deu na telha sem pensar se teria alguma ligação ou não, um verdadeiro ''Foda-se, eu dirijo da maneira que eu quero, o filme é meu''. Na literatura não temos a imagem, portanto sobra tempo suficiente de pensar no que lemos e compreender o que fora escrito pelo autor, já no Cinema é diferente, não temos tempo de filosofar em cima dessas frases impactantes porque caso fizermos perderemos a seguinte, esse filme é totalmente literal, diálogos complexos, uma verdeira incógnita, um mistério! Obra indefinível com um toque surrealista, cenas marcantes:
Jean-Paul Belmondo está degustando uma cerveja em um bar qualquer quando chega um homem e diz a ele -Você transou com minha mulher, como estão as coisas? -As coisas vão razoáveis, e contigo?- -Vão indo também, bem, tenho de ir, adeus.-
Outra cena: Anna Karina: Farei qualquer coisa que quiser.
Jean-Paul Belmondo: Eu também.
Anna Karina: Estou tocando minha mão no seu joelho.
Jean-Paul Belmondo: Eu também.
Anna Karina: Estou te beijando todo.
Jean-Paul Belmondo: Eu também.
(A vontade é milhões de vezes mais gratificante que a posse, não é necessário apalpar pra tocar, esses diálogos não me deixam mentir) ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, Jean-Paul Belmondo: desfoca-se do rosto de Anna Karina, olha pra câmera e diz: Tudo no que ela pensa é diversão! -Anna Karina responde: Com quem você está falando? -Jean-Paul Belmondo-: Estou falando com o espectador. .............................................................................................................
Não há o que Hitchcock seja incapaz de reproduzir, fazer o que ele fez com um cenário tão limitado como o que ele tinha em mãos em ''Lifeboat'' é realmente coisa de gênio, sugou todos os detalhes que o bote permitia-lhe, concluiu com êxito a árdua missão de dirigir um filme de 82 minutos em um espaço de aproximadamente 9 metros quadrados.
É estranho o quanto a personalidade humana muda na situação de desespero, em meio àquele caos uns planejavam casamento, outros apenas um mísero grão de arroz para saciar a fome, porém quando depararam-se com um Navio-Amigo logo retornaram ao estado natural de ser, fúteis, mesquinhos e blasfemos. Tendo em vista essas observações eu me pergunto: O que vale mais, viver com uma máscara bem alimentado ou viver com sinceridade passando fome? (Não poderia deixar de realçar que o Regime Nazista fez uma lavagem cerebral e tanto em seus funcionários, eles não tinham medo da morte, eram semelhantes a robôs, viviam para aquilo e só para aquilo, foram programados para não sentir pena, culpa, medo e nem nada, apenas serem fiéis ao Führer)
Do ponto de visto cinematográfico esse filme é uma tragédia, mas eu gostei porque ele foi fiel do começo ao fim a história de Lennon. Observação: A semelhança do protagonista com o John é gigantesca! Este é um filme para o público Beatlemaníaco curtir. Assim como amante dos Beatles eu sou amante de Cinema, mas caso tu seja apenas um Cinemaníaco e não um fã de John Lennon descarte essa película de sua lista.
quando criança ele imaginava-se adulto, quando adulto imaginava-se criança, o velho fato de que o ser humano nunca se satisfaz com o que está vivendo, o desejo do incerto sempre se sobressai. Acho que a narrativa pouco convencional e sem ordem cronológica caiu como uma luva a ''The Wall''. Considero a cena final a mais incrível de todo o filme, quando o Juiz diz a Pink: ''você receberá a pena máxima'', quando ele disse isso eu logo imaginei morte, tortura física, prisão ou algo do tipo mas não foi essa a punição e sim um ESPELHO para refletir a merda que ele fora pra sua mãe e namorada. As ilustrações psicodélicas intermeando com a maneira oficial da filmagem foi um grande acerto dos produtores pois deu um toque assustador a trama.
Complexo, alucinante e bonito. Um bom filme. ( Ponto alto da película http://www.youtube.com/watch?v=ZE2t6HWmquc )
Muito bem, vamos começar. Pode-se dizer que ''Stalker'' tem um dos diálogos mais impactantes da história do Cinema, cada palavra emitida pelos personagens carrega consigo uma força enorme, Tarkovsky nos provou com esta obra que a ganância humana é um vicio incurável, nunca estamos satisfeitos com aquilo que temos, sempre queremos mais e mais, nosso presente resume-se em cobiçar o futuro. Impressionou-me a forma que a fé é abordada nesta cena:
a menina está escorada na mesa, sobre essa mesma mesa estão três copos, um trem que passa faz com que os objetos que encontram-se em cima da mesa mexam-se devido ao estorvo, se aproveitando dessa situação a garota finge ser a responsável pelo movimento dos copos, porém no fundo ela sabe que há uma explicação plausível para tudo isso, filme pra desmascarar todo o tipo de crença ilógica.
Quando o longa termina ficamos com um sentimento de culpa, essa sensação que nos abriga é claramente por sabermos que somos tão insignificantes e descartáveis como excremento boiando em uma privada qualquer... Um soco na cara, esta película é um clone de nós mesmos, filmaço maravilhoso, todos esses elogios não são suficientes perante ao que Andrei Tarkovsky merece, que fotografia, que visual, estou boquiaberto!!!
Este filme é uma apologia a desordem, filmado de uma maneira única objetivando causar embriaguez no espectador, da a impressão de que estamos drogados ou sob efeito de qualquer substância ilícita, é uma obra diferente, não vou dizer que é excelente pois estaria mentindo, embora não passe de um filme bom os vinte minutos finais são soberbos, da fuga da penitenciária até os créditos o longa tem um ritmo tão empolgante que ''provocou-me endorfina'' e tremenda agitação, fiquei inquieto na poltrona... Bom filme.
É um filme silencioso, e é justamente essa falta de diálogo que da vida ao mesmo, Lynne objetiva mais abordar a intimidade do assassino do que a chacina, confesso que esperava mais, criei uma enorme expectativa em torno desta película por ter me encantado com o livro da Lionel Shriver, apesar do meu desejo de assistir ter sido maior que a gratificação após o termino
''Precisamos Falar Sobre Kevin'' não deixa de ser um bom filme. Acho que o diretor acertou quando evitou diálogos em demasiado, afinal as letras da trilha sonora refletiam perfeitamente o cotidiano da família, entre tudo isso temos um grandioso desfecho: O abraço de mãe e filho que prova-nos que o sentimento maternal é o maior de todos que existem. Além do poderoso desfecho é digno de um destaque a cena em que Eva carrega Kevin (que não para de chorar durante um segundo) no carrinho e estaciona ao lado de um obreiro com uma britadeira, ou seja: o barulho da máquina era mais aliviante do que o choro de seu próprio neném, macabro!
Se não fosse o Elenco isso seria mais que terrível, entretanto com ajuda deles da pra definir apenas como um filme ruim. Daniel Day-Lewis em ''Meu Pé Esquerdo'', Marion Cotillard em ''Piaf - Um Hino De Amor'', Penélope Cruz em ''Tudo Sobre Minha Mãe'' e Nicole Kidman em ''Os Outros'', atores de auto nível com a tamanha magnitude que tem atuando num um filminho podre assim, uma pena, Fellini deve estar se revirando no túmulo com esta ''homenagem'' ao seu poderoso ''Oito e Meio''. Resumindo: Nine é a maior prova de que um elenco esplendido não é suficiente para salvar uma direção tenebrosa.
Que o Ben Alleck não sabe atuar e é só mais um rostinho fabricado pra incrementar as ''bolas-fora'' hollywoodianas todo mundo já sabe, não dá pra se esperar muito quando se tem ele como protagonista.
Esta estória é a prova viva de que o velho dito popular que diz ''Não interessa o que tu fez no passado, se quiseres reverter tudo no futuro conseguirá'', não é verdade, tanto que a rápida passagem de infância para vida adulta que o diretor nos proporciona desmente isso. Não há como excluir partes da vida, tudo estará conectado até o leito e isso é imutável. Tudo se encaixa perfeitamente aqui, todos os personagens, sem nenhuma exceção, tem uma forte ligação com o desfecho da trama... Linda conclusão, no final o casarão não passa da ''alma do roteiro'', ali com o futuro proprietário todas as lembranças irão ficar. Nunca ninguém conseguirá paralisar o tempo, por mais que a anciã tentou deixar os móveis no mesmo lugar não teve exito, afinal, anos antes as teias de aranha não cobriam os objetos e o vestido não tinha cheiro de mofo.
David Lean é um diretor de minha confiança e nunca me decepcionou.
A semelhança de Simonal com Sam Cooke é gigantesca, pra mim é um sex symbol do Brasil, o estilo cafajeste e malandro de ser não costuma andar junto com super-talento vocal, e Wilson tinha os dois, carisma e talento. Em minha opinião ''Nem Vem Que Não Tem'' é uma das músicas mais sacanas da história , a maioria dos gênios têm uma alma sozinha e quando deparam-se com tanto reconhecimento se assustam, Simonal (como muitos outros artistas) acabou tornando-se refém de seu próprio dom.
As letras das canções descrevendo a situação de Wayne e O'Hara, deixando-os constrangidos, a melodia narra a expressão em seus rostos. Um pai vê-se tendo que demonstrar indiferença por seu filho devido ao orgulho e as normas militares, no final, não contendo-se John Wayne refere-se ao oficial como ''filho'' ao invés de ''Yorke'', dando-se a entender que o tão improvável reconciliamento familiar tenderia a chegar em breve. Do resgate das crianças raptadas pelos índios até Wayne chegar arrastado sobre uma maca ao posto temos o ápice do filme: o filho retirando a flecha inimiga do peito do pai, a mulher aguardando com ansiedade a volta dos guerreiros ao acampamento expectando que seus amados estivessem vivos,
tudo isso fez com que a chama que já quase se apagava se mantivesse acesa. Bom filme
Eu adoro o grupo de Jazz do Woody Allen, ele é um homem completo, escritor, roteirista, ator, diretor, músico, comediante e produtor (isso se eu não esqueci de alguma coisa). É um documentário, não tem muito o que avaliar mas eu gostei bastante, principalmente por conhecer melhor o homem por traz do astro, as conversas com seus pais e aquelas três estatuetas do Oscar na estante (o que hoje são quatro) me fizeram sorrir, um sorriso reconhecedor de seu talento.
Trinta minutos de pura aflição, o elaborar do furto até o ''sucesso'', Ai se aquele idiota não tivesse dado o anel pra rapariga! Os últimos minutos do protagonista, resistindo heroicamente e levando o carro e a criança até o destino...Não seria mau se o desfecho fosse com uma batida de automóvel mais violenta, a mala abrindo-se devido ao impacto e dinheiro voando pra tudo quanto é lado!
Porra, que obra-prima. ''Rififi'' fez meu dia ter valer a pena. Realmente o Noir tem um tom nublado, mas um nublado que vai além da fumaça de cigarro, ''esse gênero é cinza''. http://www.youtube.com/watch?v=HMp4WTBdKKg
Tempos Modernos
4.4 1,1K Assista AgoraSe tu gosta de Cinema bom, Cinema Marginal, Noir, Independente, Cult, de uma olhada nesse grupo https://www.facebook.com/groups/umsalutasetimaarte/
O Mágico de Oz
4.2 1,3K Assista AgoraAqui tem um grande grupo do FB, para quem realmente ama o Cinema https://www.facebook.com/groups/umsalutasetimaarte/
Casablanca
4.3 1,0K Assista AgoraEsse grupo de Cinema do Facebook é muito interessante. Mantém vivo o verdadeiro Cinema! https://www.facebook.com/groups/umsalutasetimaarte/
O Eclipse
4.1 90 Assista AgoraA tão abordada incomunicabilidade, penetrou tão forte minha alma, que, estou com enorme dificuldades para começar a escrever. Primeiramente, o filme é indiscutivelmente extraordinário. o fotógrafo de Antonioni compõe o quadro como ninguém, ''Eclipse'' é a maior prova disso, e não me deixa mentir. A ganância humana destrói, não só matrimônios, como qualquer outro tipo de relacionamento.
Tanto é verdade, que há uma cena onde Alain Delon (quando Monica Vitti sai de sua casa) recoloca todos os telefones no gancho, afinal, os meios de comunicação, no fundo, mais distanciam do que aproximam. Outra parte que resume bem o fanatismo humano por dinheiro, são as cenas na bolsa de valores, aqueles zooms no rosto dos fanáticos, mostrando as reações adversas das pessoas diante de um mesmo tema. Ah, não posso deixar de lembrar da simbólica cena do 'Vidro Entre O Beijo', que nada mais representa que a incomunicabilidade do casal. Se vocês pararem e refletirem, os minutos finais do filme (que são 100% silenciosos e mórbidos) são os que mais falam e vivem. Estranho, né? Não, pois o silêncio sempre tem mais a dizer do que as vozes alheias.
Obs: Baita fotografia. E a retirada do cadáver e do carro no lago é fantástica!
Moby Dick
3.8 93 Assista AgoraMoby Dick é um bom filme, gostoso de se assistir. Te transporta para o mundo dos marinheiros, e faz com que tu tenha o gostinho de ser um pirata por 115 minutos. O filme já vale o ingresso, apenas por ter uma pequena aparição de Orson Welles, e é claro, Gregory Peck com cicatrizes e uma perna de pau. John Huston dirigiu bem, com suas cores amarronzadas e acinzentadas, deu uma atmosfera sombria, silenciosa e misteriosa à película.
O mais interessante na obsessão do Capitão Ahab pela Moby Dick é que, não é cem porcento odiosa, no fundo ele tem um certo ''carinho'' pela monstruosa baleia que o aleijou. Afinal, ela deu sentido a sua vida, no momento em que tornou-se uma fixação para ele. O curioso de tudo isso é que o caixão (Objeto ligado a morte) construído especialmente para o índio, serviu para salvar a vida de Ishmael, enquanto a baleia (Animal que dava sentido a existência do capitão) serviu para matá-lo. Ahab tinha uma paixão travestida de ódio por Moby Dick, no final, o destino foi cordial com ele no momento em que o fez partir junto com a baleia, no fundo de um imenso oceano.
O Barco: Inferno no Mar
4.2 175 Assista AgoraO Barco - Inferno No Mar trata-se de um filme único e diferenciado. Não pense que você verá um filme de guerra padrão, aqui não, irás se sentir como se estivesse lá, com os personagens. Todo o filme é filmado dentro de um submarino, mostrando-nos a monotonia, a saudade de casa, o nervosismo, a angustia, a dúvida, a esperança, o medo e os mais diversos sentimentos no meio da guerra. Não é um entretenimento barato, não existe explosões saltando na cara do expectador, visando divertir o mesmo, aqui não tem esse macete para conquistar os cinéfilos. Pelo contrário, Wolfgang Petersen opta pelo clima tedioso e realista da Segunda Guerra Mundial.
Há uma cena onde um dos personagens está enfadado com a invariabilidade daquele lugar, então, ele consegue achar passatempo numa mosca, andando sobre uma das parede do submarino. Outra parte do filme que é torturante: Os oficiais alemães precisam escapar das miras de um Destroyer inglês, então, a tripulação, vendo-se sem saída, decide submergir até o limite, até ao máximo que a imensidão marítima permite, e o fazem. Apesar de terem escapado com vida dos ingleses, mais uma vez suas existências estavam em risco, pois a pressão de 280 metros de mergulho, faz com que o oxigênio seja muito, mas muito frágil, então, se veem obrigados a usar as máscaras de ar.
É curioso a reação diferente dos personagens perante as situações de risco, uns olham fotos dos filhos e das esposas, como se tivessem despedindo-se, porque pensam que vão morrer, outros (mais otimistas) exaltam confiança e dizem ''Nós vamos sair dessa! Não desistam, cagalhões, vamos lutar pela sobrevivência!''. Além de toda essa adversidade, a fome passa a ser outro problema, prova disso é quando um dos tripulantes diz ''Pão com fungo é bom, mas uma banana é melhor''.
Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos
4.0 550 Assista AgoraO filme é classificado como comédia, de fato é, porém, Almodóvar jamais extingue o lado dramático de suas películas, situações engraçadíssimas mescladas com situações tristes resultaram em ''Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos''. Ah, uma ressalva: as cores da fotografia desse filme são fantásticas, assim como seu roteiro mega peculiar. Vale a pena! Pedro Almodóvar realmente é um mestre em transformar o caos em risos, como num passe de mágica, catástrofes tornam-se acontecimentos dos mais singelos, quando no comando do diretor espanhol. E talvez a vida seja isso mesmo: simples. As pessoas tem mania de supervalorizar a vida e os utensílios que a cercam, mas será que isso é necessário? Não, claro que não, afinal, a existência não passa de um aprendizado para morte. Logo, tratemos-a com mais naturalidade, não a levando tão a sério.
Obs: Imaginem de manhã, onde todos na casa acordariam após o ''porre'' de soníferos, sobraria a Pepa (que sofre de insônia relembrar ao pessoal como toda aquela bagunça originou-se). Cá entre nós, a atriz Carmen Maura têm um charme ímpar, é uma estonteante gostosa!
A Lista de Schindler
4.6 2,3K Assista Agoragrupo que visa manter vivo o bom cinema, confiram
Psicose
4.4 2,5K Assista AgoraEsse grupo no objetiva manter vivo o bom cinema, o cinema Sentido e não o Cinema $em $entido, e nada melhor que divulgar isso na página de um dos melhores filmes de todos os tempos, espero que gostem!
O Demônio das Onze Horas
4.2 430 Assista AgoraFilme original, diferente, único, confuso, sem-sentido, com todo o sentido do mundo, para ser e viso revisto diversas vezes, não sei nem definir o que é isso, só assistindo pra saber, ou não saber...Não tem um roteiro, Godard simplesmente foi filmando o que lhe deu na telha sem pensar se teria alguma ligação ou não, um verdadeiro ''Foda-se, eu dirijo da maneira que eu quero, o filme é meu''. Na literatura não temos a imagem, portanto sobra tempo suficiente de pensar no que lemos e compreender o que fora escrito pelo autor, já no Cinema é diferente, não temos tempo de filosofar em cima dessas frases impactantes porque caso fizermos perderemos a seguinte, esse filme é totalmente literal, diálogos complexos, uma verdeira incógnita, um mistério! Obra indefinível com um toque surrealista, cenas marcantes:
Jean-Paul Belmondo está degustando uma cerveja em um bar qualquer quando chega um homem e diz a ele -Você transou com minha mulher, como estão as coisas? -As coisas vão razoáveis, e contigo?- -Vão indo também, bem, tenho de ir, adeus.-
Outra cena: Anna Karina: Farei qualquer coisa que quiser.
Jean-Paul Belmondo: Eu também.
Anna Karina: Estou tocando minha mão no seu joelho.
Jean-Paul Belmondo: Eu também.
Anna Karina: Estou te beijando todo.
Jean-Paul Belmondo: Eu também.
(A vontade é milhões de vezes mais gratificante que a posse, não é necessário apalpar pra tocar, esses diálogos não me deixam mentir)
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Jean-Paul Belmondo: desfoca-se do rosto de Anna Karina, olha pra câmera e diz: Tudo no que ela pensa é diversão! -Anna Karina responde: Com quem você está falando? -Jean-Paul Belmondo-: Estou falando com o espectador.
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Inovador, Surreal, Corajoso, um filme de Godard.
Um Barco e Nove Destinos
4.0 121Não há o que Hitchcock seja incapaz de reproduzir, fazer o que ele fez com um cenário tão limitado como o que ele tinha em mãos em ''Lifeboat'' é realmente coisa de gênio, sugou todos os detalhes que o bote permitia-lhe, concluiu com êxito a árdua missão de dirigir um filme de 82 minutos em um espaço de aproximadamente 9 metros quadrados.
É estranho o quanto a personalidade humana muda na situação de desespero, em meio àquele caos uns planejavam casamento, outros apenas um mísero grão de arroz para saciar a fome, porém quando depararam-se com um Navio-Amigo logo retornaram ao estado natural de ser, fúteis, mesquinhos e blasfemos. Tendo em vista essas observações eu me pergunto: O que vale mais, viver com uma máscara bem alimentado ou viver com sinceridade passando fome?
(Não poderia deixar de realçar que o Regime Nazista fez uma lavagem cerebral e tanto em seus funcionários, eles não tinham medo da morte, eram semelhantes a robôs, viviam para aquilo e só para aquilo, foram programados para não sentir pena, culpa, medo e nem nada, apenas serem fiéis ao Führer)
John e Yoko: Uma História de Amor
3.3 10Do ponto de visto cinematográfico esse filme é uma tragédia, mas eu gostei porque ele foi fiel do começo ao fim a história de Lennon. Observação: A semelhança do protagonista com o John é gigantesca! Este é um filme para o público Beatlemaníaco curtir. Assim como amante dos Beatles eu sou amante de Cinema, mas caso tu seja apenas um Cinemaníaco e não um fã de John Lennon descarte essa película de sua lista.
Pink Floyd - The Wall
4.4 702O Espelho Punidor
Uma louca metáfora sobre o quão influenciados somos,
quando criança ele imaginava-se adulto, quando adulto imaginava-se criança, o velho fato de que o ser humano nunca se satisfaz com o que está vivendo, o desejo do incerto sempre se sobressai. Acho que a narrativa pouco convencional e sem ordem cronológica caiu como uma luva a ''The Wall''. Considero a cena final a mais incrível de todo o filme, quando o Juiz diz a Pink: ''você receberá a pena máxima'', quando ele disse isso eu logo imaginei morte, tortura física, prisão ou algo do tipo mas não foi essa a punição e sim um ESPELHO para refletir a merda que ele fora pra sua mãe e namorada. As ilustrações psicodélicas intermeando com a maneira oficial da filmagem foi um grande acerto dos produtores pois deu um toque assustador a trama.
Complexo, alucinante e bonito. Um bom filme. ( Ponto alto da película http://www.youtube.com/watch?v=ZE2t6HWmquc )
Stalker
4.3 505 Assista AgoraMuito bem, vamos começar. Pode-se dizer que ''Stalker'' tem um dos diálogos mais impactantes da história do Cinema, cada palavra emitida pelos personagens carrega consigo uma força enorme, Tarkovsky nos provou com esta obra que a ganância humana é um vicio incurável, nunca estamos satisfeitos com aquilo que temos, sempre queremos mais e mais, nosso presente resume-se em cobiçar o futuro. Impressionou-me a forma que a fé é abordada nesta cena:
a menina está escorada na mesa, sobre essa mesma mesa estão três copos, um trem que passa faz com que os objetos que encontram-se em cima da mesa mexam-se devido ao estorvo, se aproveitando dessa situação a garota finge ser a responsável pelo movimento dos copos, porém no fundo ela sabe que há uma explicação plausível para tudo isso, filme pra desmascarar todo o tipo de crença ilógica.
Quando o longa termina ficamos com um sentimento de culpa, essa sensação que nos abriga é claramente por sabermos que somos tão insignificantes e descartáveis como excremento boiando em uma privada qualquer... Um soco na cara, esta película é um clone de nós mesmos, filmaço maravilhoso, todos esses elogios não são suficientes perante ao que Andrei Tarkovsky merece, que fotografia, que visual, estou boquiaberto!!!
Assassinos por Natureza
4.0 1,1K Assista AgoraEste filme é uma apologia a desordem, filmado de uma maneira única objetivando causar embriaguez no espectador, da a impressão de que estamos drogados ou sob efeito de qualquer substância ilícita, é uma obra diferente, não vou dizer que é excelente pois estaria mentindo, embora não passe de um filme bom os vinte minutos finais são soberbos, da fuga da penitenciária até os créditos o longa tem um ritmo tão empolgante que ''provocou-me endorfina'' e tremenda agitação, fiquei inquieto na poltrona... Bom filme.
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraÉ um filme silencioso, e é justamente essa falta de diálogo que da vida ao mesmo, Lynne objetiva mais abordar a intimidade do assassino do que a chacina, confesso que esperava mais, criei uma enorme expectativa em torno desta película por ter me encantado com o livro da Lionel Shriver, apesar do meu desejo de assistir ter sido maior que a gratificação após o termino
''Precisamos Falar Sobre Kevin'' não deixa de ser um bom filme. Acho que o diretor acertou quando evitou diálogos em demasiado, afinal as letras da trilha sonora refletiam perfeitamente o cotidiano da família,
entre tudo isso temos um grandioso desfecho: O abraço de mãe e filho que prova-nos que o sentimento maternal é o maior de todos que existem.
Além do poderoso desfecho é digno de um destaque a cena em que Eva carrega Kevin (que não para de chorar durante um segundo) no carrinho e estaciona ao lado de um obreiro com uma britadeira, ou seja: o barulho da máquina era mais aliviante do que o choro de seu próprio neném, macabro!
Nine
3.0 859 Assista AgoraSe não fosse o Elenco isso seria mais que terrível, entretanto com ajuda deles da pra definir apenas como um filme ruim. Daniel Day-Lewis em ''Meu Pé Esquerdo'', Marion Cotillard em ''Piaf - Um Hino De Amor'', Penélope Cruz em ''Tudo Sobre Minha Mãe'' e Nicole Kidman em ''Os Outros'', atores de auto nível com a tamanha magnitude que tem atuando num um filminho podre assim, uma pena, Fellini deve estar se revirando no túmulo com esta ''homenagem'' ao seu poderoso ''Oito e Meio''. Resumindo: Nine é a maior prova de que um elenco esplendido não é suficiente para salvar uma direção tenebrosa.
Pearl Harbor
3.6 1,2K Assista AgoraQue o Ben Alleck não sabe atuar e é só mais um rostinho fabricado pra incrementar as ''bolas-fora'' hollywoodianas todo mundo já sabe, não dá pra se esperar muito quando se tem ele como protagonista.
Grandes Esperanças
3.9 39 Assista AgoraEsta estória é a prova viva de que o velho dito popular que diz ''Não interessa o que tu fez no passado, se quiseres reverter tudo no futuro conseguirá'', não é verdade, tanto que a rápida passagem de infância para vida adulta que o diretor nos proporciona desmente isso.
Não há como excluir partes da vida, tudo estará conectado até o leito e isso é imutável. Tudo se encaixa perfeitamente aqui, todos os personagens, sem nenhuma exceção, tem uma forte ligação com o desfecho da trama... Linda conclusão, no final o casarão não passa da ''alma do roteiro'', ali com o futuro proprietário todas as lembranças irão ficar. Nunca ninguém conseguirá paralisar o tempo, por mais que a anciã tentou deixar os móveis no mesmo lugar não teve exito, afinal, anos antes as teias de aranha não cobriam os objetos e o vestido não tinha cheiro de mofo.
Simonal, Ninguém Sabe o Duro que Dei
4.0 127 Assista AgoraA semelhança de Simonal com Sam Cooke é gigantesca, pra mim é um sex symbol do Brasil, o estilo cafajeste e malandro de ser não costuma andar junto com super-talento vocal, e Wilson tinha os dois, carisma e talento. Em minha opinião ''Nem Vem Que Não Tem'' é uma das músicas mais sacanas da história , a maioria dos gênios têm uma alma sozinha e quando deparam-se com tanto reconhecimento se assustam, Simonal (como muitos outros artistas) acabou tornando-se refém de seu próprio dom.
Rio Grande
3.5 55 Assista AgoraAs letras das canções descrevendo a situação de Wayne e O'Hara, deixando-os constrangidos, a melodia narra a expressão em seus rostos. Um pai vê-se tendo que demonstrar indiferença por seu filho devido ao orgulho e as normas militares, no final, não contendo-se John Wayne refere-se ao oficial como ''filho'' ao invés de ''Yorke'', dando-se a entender que o tão improvável reconciliamento familiar tenderia a chegar em breve. Do resgate das crianças raptadas pelos índios até Wayne chegar arrastado sobre uma maca ao posto temos o ápice do filme: o filho retirando a flecha inimiga do peito do pai, a mulher aguardando com ansiedade a volta dos guerreiros ao acampamento expectando que seus amados estivessem vivos,
Um Retrato de Woody Allen
3.8 27Eu adoro o grupo de Jazz do Woody Allen, ele é um homem completo, escritor, roteirista, ator, diretor, músico, comediante e produtor (isso se eu não esqueci de alguma coisa). É um documentário, não tem muito o que avaliar mas eu gostei bastante, principalmente por conhecer melhor o homem por traz do astro, as conversas com seus pais e aquelas três estatuetas do Oscar na estante (o que hoje são quatro) me fizeram sorrir, um sorriso reconhecedor de seu talento.
Rififi
4.3 61Paris é perfeita pra brincar com a câmera, ângulos e espelhos... Essa fotografia é sexy demais, o roteiro e as atuações são excelentes.
Trinta minutos de pura aflição, o elaborar do furto até o ''sucesso'', Ai se aquele idiota não tivesse dado o anel pra rapariga! Os últimos minutos do protagonista, resistindo heroicamente e levando o carro e a criança até o destino...Não seria mau se o desfecho fosse com uma batida de automóvel mais violenta, a mala abrindo-se devido ao impacto e dinheiro voando pra tudo quanto é lado!
Porra, que obra-prima. ''Rififi'' fez meu dia ter valer a pena. Realmente o Noir tem um tom nublado, mas um nublado que vai além da fumaça de cigarro, ''esse gênero é cinza''. http://www.youtube.com/watch?v=HMp4WTBdKKg
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraO Melhor Filme De Todos Os Tempos.