No final, ele achou um motivo para viver ali: A água. Na realidade isso não foi um motivo, tampouco uma ambição, foi a desculpa que ele encontrou para seguir vivendo, para tornar toda aquela angustiante monotonia suportável.
Filme divino que traz muita coisa em suas entrelinhas.
Não esperava nada diferente do que assistir a um filme genial, pois a direção é de Billy Wilder, e esse nunca me decepcionou. Que maravilha de Roteiro Adaptado, cheio de reviravoltas, com um final surpreendente e com uma Marlene Dietrich inspiradíssima magistralmente uma personagem enigmática. Talvez esse seja um dos melhores filmes de tribunal já feitos.
No final, o advogado Sir Wilfrid, interpretado por Charles Laughton disse: "ninguém sai ileso perante a lei estando errado". (Minutos depois após essas palavras serem ditas, Marlene Dietrich assassina o seu amado, então Wilfrid diz -comprvando que ninguém sai ileso perante a lei: "não foi assassinato, foi execução.")
Maurice Legrand passa o filme todo inespressivo e consumido intoriormente por ínumeras incertezas e certezas que assolam sua alma ao ponto de tornarnarem-lhe um sério homem triste. Seu tão desejado sucesso como artista foi dado a uma prostitua megera (na qual ele era apaixonado) que o odiava e só queria seu pouco dinheiro. No final, tendo plenitude da fraude que sua vida é, resolve assassinar sua amada em busca de verdade à sua existência, vai ao tribunal, é julgado e acaba sendo absolvido, de maneira que o amante de sua paixão fosse condenado a pena de morte: mais uma mentira em sua vida. Anos se passaram e vêmos o protagonista barbudo e maltrapilho sob as ruas de Paris, vagando sem rumo sob a companhia de um ex-militar outrora dado como morto. Aí então, finalmente nota-se uma expressão no rosto do protagonista: EIS UM SORRISO. Chegou o momento em que o fracasso psicológico de sua vida juntou-se ao fracasso físico, e somente assim ele encontrou a VERDADE, enquanto mais uma de suas telas era vendida em nome de outro alguém, não dando-lhe prestígio algum.
"A Cadela" trata-se de um filme espetacular, mas faltou algo para considerá-lo uma obra-prima incontestável, por pouco não o fiz, muito pouco.
PS: Convido todos a curtirem minha página de cinema lá no Facebook - https://www.facebook.com/Um-Salut-a-S%C3%A9tima-Arte-3287...
Em uma das cenas um serviçal do céu desce à terra e diz, enquanto apalpa uma flor roxa: ''Hmm, como é belo o Technicolor daqui, lá em cima não temos isso''.
Diálogos ousadíssimos para os anos 40's por sair da linguagem e dos moldes cinematográficos preestabelecidos.
Alternância de cores, congelamento de imagens, visão por detrás do olho do protagonista, gerar de dúvidas ao espectador sobre qual a real situação em que Peter encontra-se, reviravoltas no roteiro, poesia, junção de personagens célebres do passado com cidadãos comuns do ''presente'', final em aberto/interpretativo.
Dentre os três primeiros filmes do 007 considero este o melhor. Se vê um Sean Connery mais situado ao personagem e mais maduro ao personificar James Bond, vê-se também uma abertura mais qualificada. Testemunhei muitos aqui reclamando do roteiro, não concordo com tais reclamações, pois do inicio do filme até o meio o roteiro é bom e extrai com maestria todo o charme que um filme da franquia 007 deve ter. Sem contar com os personagens icônicos que o filme apresenta, como o de Oddjob,
UM AGRADECIMENTO ESPECIAL A EXISTÊNCIA DO CINEMA, QUE NÃO DEIXA QUE FECHEMOS OS OLHOS AOS MAIS HORRÍVEIS GENOCÍDIOS JÁ OCORRIDOS AO GUARDAR A HISTÓRIA SOB SEUS ROLOS, NEGATIVOS E LENTES.
Vi pouquíssimas vezes um filme representar tão fielmente um genocídio, simplesmente põe o espectador no local de todas as atrocidades ocorridas. Eu, como um mero espectador tremia de pavor e medo com aqueles homens enfurecidos com facões nas mãos, trincando o chão como se quisessem demonstrar todo o ódio que carregavam consigo. Nesse momento digito isso tremendo, com um coração pulsando forte e com os olhos ainda cheios d'água. Nem me prolongarei a escrever sobre as qualidades técnicas do filme, pois isso é evidente a qualquer pessoa que tenha a mínima noção cinematográfica. Todos nós, vemos diariamente o noticiário comprovar caos e atrocidades humanas ao redor do mundo, e o que fazemos? Lamentamos para não nos sentirmos tão culpados por nada fazermos e continuamos a jantar. Clamemos por um mundo com mais compaixão, onde as pessoas parem seus respectivos jantares para fazer algo aos necessitados ao invés de nos lamentarmos por eles, afinal, lamentos não salvam vidas. ''Hotel Ruanda'' - Um filme espetacular!
''Nikita - Criada Para Matar'' tem um estilo Nouvelle Vague (por ter pouquíssimas cenas em estúdio, isso senão tiver nenhuma) mesclado com muita ação e uma pitada de drama. O que faz o filme bastante incomum e original é a mistura desses três gêneros, algo que não é habitual de vermos. Nouvelle Vague, para caso alguém não saiba foi um movimento do cinema que se originou na França na década de 50, e teve como suas principais características gravações ao ar livre e e restabelecimento do conceito cinematográfico. No fim, reconheço a originalidade do filme, apesar de não ter me tocado tanto como outras obras de Luc Besson à proporção de ''O Profissional''.
Normalmente paródias vem tona para lotar salas de cinema e é de prache que sejam filmes ruins. "O Jovem Frankenstein" é um dos filmes que quebra esta usualidade, pois adapta obras anteriores com qualidade e elegância. Sem contar que o personagem de I-igor (interpretado por Marty Feldman) é uma das criaturas mais carismáticas da história do cinema, incontestavelmente um personagem antológico da sétima-arte.
OBS: Não assista a esse filme antes de conferir "Frankenstein" e "A Noiva De Frankenstein", pois não absorverá as piadas sobre os Clássicos.
Na minha concepção "O Diário De Anne Frank" é um dos inúmeros filmes que envelheceram mal. A protagonista é nitidamente maior de idade e não cai bem ao interpretar uma garotinha de 13 anos. Além disso, o diretor não conseguiu exprimir com maestria o horror da segunda guerra e tampouco o tédio no qual os judeus passaram ao longo de dois anos dentro daquele edifício empoeirado. O longa-metragem soa como a comédia-romântica despretenciosa, portanto, por essas e outras que aqui, George Stevens deixou a desejar na direção de seu filme. Entermeando todos esses defeitos "O Diário De Anne Frank" de 1959 conta com uma peculiaridade e qualidade que compensa as demais falhas: o filme foi todo rodado (graças a cooperação da cidade de Amsterdã) no local onde Anne Frank escreveu todas as linhas da Kitty, seu diário. Em suma, trata-se de um filme mediano, mas que deve ser assistido por todos os cinéfilos.
O roteiro desse filme é muito mal desenvolvido, a locação do caixão foi muito mal explorada, tendo em vista que a totalidade do espaço parecia 200 metros quadrados. A atuação do protagonista é bastante teatral e exagerada. Aquela cobra surgindo inesperadamente no caixão é ridículo. Um filme falho e mal dirigido.
Diversos filmes, após o término, deixam os espectadores reflexivos e culpados. Para colocar aquele que assiste nessas condições, distintos diretores utilizam de clichês e melodrama. E isso não é errado, mas sim, apenas mais um ferramenta na qual realizadores aplicam para emocionar o público. O que torna ''Era Uma Vez Em Tóquio'' um filme tão especial é o fato que Yasujiro Ozu não recorre ao usual, tudo flui impressionantemente de forma natural, sem exageros ou pieguismos.
Um filme que não acaba após os 136 minutos de duração, continua por horas e horas a brincar com nossa mente.
(Logo quando o filme terminou vim até o Filmow e avaliei essa obra de Ozu com 4,0 estrelas. A seguir, escovei os dentes, pus o pijama e fui me deitar. Refleti durante um bom tempo acerca do filme e cheguei a conclusão que tratava-se de uma obra-prima incontestável da sétima-arte. Levantei-me, fui novamente defronte ao computador e reavaliei o filme com 5,0 estrelas e o favoritei.)
NATURAL, CRU, INTENSO, DESPRETENSIOSO, GENIAL E INESQUECÍVEL.
Um filme cru devido ao final incomum, principalmente para a década de 60, onde quase todos os filmes tinham um fim telegrafado desde o inicio, diferentemente deste. Bom longa metragem.
A apresentação de um magnata da Paramount, dizendo que o filme é incomum e sem propósito, centenas de pessoas saindo de um carro, Jerry Lewis regendo uma orquestra sem músicos, no fim Lewis mostra que sabe falar, A senhora que entra obesa no hotel e sai anoréxica em questão de meses...
Chorei do começo ao fim, Luzes Da Ribalta é um dos mais belos filmes do mundo. Quando eu achava que Charles Chaplin (após ter visto 8 de seus longas-metragem e favoritado 6) não mais podia me surpreender, ele me encanta novamente. O que outrora eram 6 filmes prediletos de Carlitos, agora são 7.
Eu fico burro quando tento escrever algo sobre esse diretor, me faltam palavras para descrever tamanha magnitude.
Charles Chaplin merecia uma aureola sobre a cabeça, pois ele é um santo. O homem mais lindo do mundo. A alma mais doce que já existiu.
(Transe após ter assistido Luzes Da Ribalta)
Porque Chaplin é o homem mais bonito do mundo? Por isso
Não é qualquer filme que consegue reunir músicos como Aretha Franklin, James Brown, Ray Charles, John Lee Hooker e Cab Calloway, sem contar com a presença da modelo Twiggy também. O mais fenomenal é que todas essas estrelas não interpretam suas próprias identidades, mas sim cidadãos comuns. The Blues Brothers é indiscutivelmente um Cult atemporal que merece ser visto por todos.
Os meninos do orfanato saem as ruas a fim de divulgar o show dos irmãos cara de pau, vão até a loja de instrumentos de Ray Charles e entregam o cartaz de divulgação à ele. O músico prega na parede virado, pois é cego
Um documentário onde quem dá o final veredito somos nós espectadores. O diretor Andrew Jarecki foi totalmente imparcial na construção do longa, resgatando depoimentos das mais diversas pessoas envolvidas com os Friedmans, para que pudéssemos tirar nossas próprias conclusões sobre o ocorrido. Diferentemente de documentaristas como Michael Moore -que usam seus filmes para defender pensamentos particulares- Andrew Jarecki utiliza seu longa documental de forma enigmática, dando às testemunhas liberdade para digerir a história da maneira que bem entenderem. Capturing the Friedmans nos prova que a maldade ou a bondade é subjetiva, por exemplo:
Se partirmos da premissa que Jesse Friedman foi desde pequeno constantemente abusado pelo pai, não seria absurdo ele associar a violação como um ato de bondade, pois nunca fora educado de forma diferente, e consequentemente achar normal o abuso e o relaciona-lo como carinho. Considerando esse raciocínio, a não condenação à Jesse seria correta ou incorreta?
Uma câmera fotográfica nunca deixará de ser um objeto qualquer, porém, se a olharmos de perto ela parecerá maior, já de longe, menor. Para todas as coisas existem pontos de vista diferentes, por isso que ''Na Captura dos Friedmans'' é um filme muito interessante.
O filme é belíssimo no quesito estético, contém enigmas e alguns ótimos diálogos. Soa como um mistério a ser desvendado. Mas confesso, que não me cativou tanto quanto Stalker, Andrei Rublev e O Espelho, faltou algo para considerá-lo uma 'Masterpiece Intocável'. Para mim, Nostalgia é apenas superior ao Infância De Ivan. Acho que o filme não é tão objetivo quanto os demais de Tarkovsky, embora seja uma linda obra de arte, indiscutivelmente. O diretor russo, diversas vezes se fazia perguntas, e conseguia respondê-las através de seus próprios filmes, mas nesse caso aqui, penso que ele não achou resposta à Incógnita que ele mesmo impôs. Retirando essas observações, se colocarmos na balança, ainda assim, Nostalghia -1983 é um grande filme, no qual, coloca o espectador numa atmosfera de incerteza e perplexidade.
Esse é o décimo primeiro filme que assisto de Luis Buñuel, e infelizmente serei obrigado a dizer: Dentre os que assisti, esse foi o que menos gostei, eu acho. Entretanto, ''O Fantasma da Liberdade'' não deixa de ter cenas louváveis e diálogos intensos, acompanhado com um humor muito particular e surreal. Querendo ou não, embora não tenha digerido-o tão bem quanto os demais, não posso fechar os olhos e deixar de reconhecer que trata-se de um filme brilhante, e que no gran finale, quando o longa acaba, é impossível não admitirmos que o filme é excelente.
#O procurar por uma menina que já está encontrada.
#Padres jogando poker, acompanhados de bebidas e cigarros, enquanto apostam terços.
#Os convidados sentam à mesa, mas há um porém: os acentos são privadas.
#Homem dirige-se até um médico afim de saber seu estado. Após os exames serem concluídos, ele fica sabendo que está com um câncer no fígado, além de graves problemas tabagistas. Para consolá-lo o médico lhe oferece um cigarro, visando aliviar seu estresse, o enfermo lhe responde com uma bofetada.
#Atirador mata mais de dez pessoas, no tribunal decidem que as medidas cabíveis à ele será 'Pena De Morte'. O assassino é ovacionado por todos, como se fosse um herói.
Lua De Papel é um ótimo Road-Movie de Peter Bogdanovich. É raro encontrarmos um filme com uma quase imperceptível reconstrução, a obra é de 1973, mas sua atmosfera transporta-te para o período da lei seca, que ocorreu em 1920 até 1933 com maestria.
Uma cena linda: Addie (Tatum O'Neal) durante a noite, olha para o local onde Pray (Ryan O'Neal) está deitado para conferir se ele realmente dorme, quando confirma que ele está adormecido, ela apanha a caixa onde seus pertences encontram-se de cima de uma mesinha e vai até o banheiro. Após trancar-se no lavabo ela abre sua caixinha e com cautela pega uma foto de sua falecida mãe, então observa que sua progenitora tinha uma maneira única de posar para fotos, à vista disso a garotinha olha-se no espelho objetivando imitar as poses da mãe, em seguida põe meio frasco de perfume em seu rosto. Esta cena é muito sensível, pois Addie sempre fora confundida, muitos achavam que ela era um menino, devido ao cabelo curto e seus trajes pouco afeminados.
Paisagem na Neblina
4.3 129A cena onde a menina é terrivelmente desvirginada, juntamente com a da retirada da mão de estátua do oceano
A Mulher da Areia
4.5 96As pessoas mudam de ambições de acordo com o lugar que estão, mas nunca deixam de tê-las.
No final, ele achou um motivo para viver ali: A água. Na realidade isso não foi um motivo, tampouco uma ambição, foi a desculpa que ele encontrou para seguir vivendo, para tornar toda aquela angustiante monotonia suportável.
Nós que nos Amávamos Tanto
4.4 79Um filme sobre a vida como ela é. Muito nostálgico! Inesquecível!
Lucy
3.3 3,4K Assista AgoraEita Luc Besson, onde tu foi te meter? Manchou sua brilhante carreira com um filme limitado como esse. Fraquinho demais!
Testemunha de Acusação
4.5 355 Assista AgoraNão esperava nada diferente do que assistir a um filme genial, pois a direção é de Billy Wilder, e esse nunca me decepcionou. Que maravilha de Roteiro Adaptado, cheio de reviravoltas, com um final surpreendente e com uma Marlene Dietrich inspiradíssima magistralmente uma personagem enigmática. Talvez esse seja um dos melhores filmes de tribunal já feitos.
No final, o advogado Sir Wilfrid, interpretado por Charles Laughton disse: "ninguém sai ileso perante a lei estando errado". (Minutos depois após essas palavras serem ditas, Marlene Dietrich assassina o seu amado, então Wilfrid diz -comprvando que ninguém sai ileso perante a lei: "não foi assassinato, foi execução.")
A Cadela
3.9 29Maurice Legrand passa o filme todo inespressivo e consumido intoriormente por ínumeras incertezas e certezas que assolam sua alma ao ponto de tornarnarem-lhe um sério homem triste. Seu tão desejado sucesso como artista foi dado a uma prostitua megera (na qual ele era apaixonado) que o odiava e só queria seu pouco dinheiro. No final, tendo plenitude da fraude que sua vida é, resolve assassinar sua amada em busca de verdade à sua existência, vai ao tribunal, é julgado e acaba sendo absolvido, de maneira que o amante de sua paixão fosse condenado a pena de morte: mais uma mentira em sua vida. Anos se passaram e vêmos o protagonista barbudo e maltrapilho sob as ruas de Paris, vagando sem rumo sob a companhia de um ex-militar outrora dado como morto. Aí então, finalmente nota-se uma expressão no rosto do protagonista: EIS UM SORRISO. Chegou o momento em que o fracasso psicológico de sua vida juntou-se ao fracasso físico, e somente assim ele encontrou a VERDADE, enquanto mais uma de suas telas era vendida em nome de outro alguém, não dando-lhe prestígio algum.
"A Cadela" trata-se de um filme espetacular, mas faltou algo para considerá-lo uma obra-prima incontestável, por pouco não o fiz, muito pouco.
PS: Convido todos a curtirem minha página de cinema lá no Facebook - https://www.facebook.com/Um-Salut-a-S%C3%A9tima-Arte-3287...
Neste Mundo e no Outro
4.0 40 Assista AgoraUm filme muito além de seu tempo e esteticamente brilhante, dono de um roteiro esplêndido e de cenas inesquecíveis.
O céu de ''Neste Mundo E No Outro'' é representado através do P&B e a Terra através do colorido.
Em uma das cenas um serviçal do céu desce à terra e diz, enquanto apalpa uma flor roxa: ''Hmm, como é belo o Technicolor daqui, lá em cima não temos isso''.
Diálogos ousadíssimos para os anos 40's por sair da linguagem e dos moldes cinematográficos preestabelecidos.
Alternância de cores, congelamento de imagens, visão por detrás do olho do protagonista, gerar de dúvidas ao espectador sobre qual a real situação em que Peter encontra-se, reviravoltas no roteiro, poesia, junção de personagens célebres do passado com cidadãos comuns do ''presente'', final em aberto/interpretativo.
Tudo é sublime nessa obra-prima.
007 Contra Goldfinger
3.8 255 Assista AgoraDentre os três primeiros filmes do 007 considero este o melhor. Se vê um Sean Connery mais situado ao personagem e mais maduro ao personificar James Bond, vê-se também uma abertura mais qualificada. Testemunhei muitos aqui reclamando do roteiro, não concordo com tais reclamações, pois do inicio do filme até o meio o roteiro é bom e extrai com maestria todo o charme que um filme da franquia 007 deve ter.
Sem contar com os personagens icônicos que o filme apresenta, como o de Oddjob,
sempre sob companhia de seu chapéu/lâmina, sendo imune as mais fortes porradas e o de Goldfinger com seus trajes dourados e estilo vigarista de ser.
Estou cada vez mais encantado com as missões de double 'o' seven e pretendo assistir todos da franquia.
Hotel Ruanda
4.1 629 Assista AgoraUM AGRADECIMENTO ESPECIAL A EXISTÊNCIA DO CINEMA, QUE NÃO DEIXA QUE FECHEMOS OS OLHOS AOS MAIS HORRÍVEIS GENOCÍDIOS JÁ OCORRIDOS AO GUARDAR A HISTÓRIA SOB SEUS ROLOS, NEGATIVOS E LENTES.
Vi pouquíssimas vezes um filme representar tão fielmente um genocídio, simplesmente põe o espectador no local de todas as atrocidades ocorridas. Eu, como um mero espectador tremia de pavor e medo com aqueles homens enfurecidos com facões nas mãos, trincando o chão como se quisessem demonstrar todo o ódio que carregavam consigo. Nesse momento digito isso tremendo, com um coração pulsando forte e com os olhos ainda cheios d'água. Nem me prolongarei a escrever sobre as qualidades técnicas do filme, pois isso é evidente a qualquer pessoa que tenha a mínima noção cinematográfica. Todos nós, vemos diariamente o noticiário comprovar caos e atrocidades humanas ao redor do mundo, e o que fazemos? Lamentamos para não nos sentirmos tão culpados por nada fazermos e continuamos a jantar. Clamemos por um mundo com mais compaixão, onde as pessoas parem seus respectivos jantares para fazer algo aos necessitados ao invés de nos lamentarmos por eles, afinal, lamentos não salvam vidas. ''Hotel Ruanda'' - Um filme espetacular!
Nikita: Criada para Matar
3.5 120 Assista Agora''Nikita - Criada Para Matar'' tem um estilo Nouvelle Vague (por ter pouquíssimas cenas em estúdio, isso senão tiver nenhuma) mesclado com muita ação e uma pitada de drama. O que faz o filme bastante incomum e original é a mistura desses três gêneros, algo que não é habitual de vermos. Nouvelle Vague, para caso alguém não saiba foi um movimento do cinema que se originou na França na década de 50, e teve como suas principais características gravações ao ar livre e e restabelecimento do conceito cinematográfico. No fim, reconheço a originalidade do filme, apesar de não ter me tocado tanto como outras obras de Luc Besson à proporção de ''O Profissional''.
O Jovem Frankenstein
4.0 253Normalmente paródias vem tona para lotar salas de cinema e é de prache que sejam filmes ruins. "O Jovem Frankenstein" é um dos filmes que quebra esta usualidade, pois adapta obras anteriores com qualidade e elegância. Sem contar que o personagem de I-igor (interpretado por Marty Feldman) é uma das criaturas mais carismáticas da história do cinema, incontestavelmente um personagem antológico da sétima-arte.
OBS: Não assista a esse filme antes de conferir "Frankenstein" e "A Noiva De Frankenstein", pois não absorverá as piadas sobre os Clássicos.
O Diário de Anne Frank
4.2 193Na minha concepção "O Diário De Anne Frank" é um dos inúmeros filmes que envelheceram mal. A protagonista é nitidamente maior de idade e não cai bem ao interpretar uma garotinha de 13 anos. Além disso, o diretor não conseguiu exprimir com maestria o horror da segunda guerra e tampouco o tédio no qual os judeus passaram ao longo de dois anos dentro daquele edifício empoeirado. O longa-metragem soa como a comédia-romântica despretenciosa, portanto, por essas e outras que aqui, George Stevens deixou a desejar na direção de seu filme. Entermeando todos esses defeitos "O Diário De Anne Frank" de 1959 conta com uma peculiaridade e qualidade que compensa as demais falhas: o filme foi todo rodado (graças a cooperação da cidade de Amsterdã) no local onde Anne Frank escreveu todas as linhas da Kitty, seu diário. Em suma, trata-se de um filme mediano, mas que deve ser assistido por todos os cinéfilos.
Enterrado Vivo
3.1 1,6KO roteiro desse filme é muito mal desenvolvido, a locação do caixão foi muito mal explorada, tendo em vista que a totalidade do espaço parecia 200 metros quadrados. A atuação do protagonista é bastante teatral e exagerada. Aquela cobra surgindo inesperadamente no caixão é ridículo. Um filme falho e mal dirigido.
Era uma Vez em Tóquio
4.4 187 Assista AgoraDiversos filmes, após o término, deixam os espectadores reflexivos e culpados. Para colocar aquele que assiste nessas condições, distintos diretores utilizam de clichês e melodrama. E isso não é errado, mas sim, apenas mais um ferramenta na qual realizadores aplicam para emocionar o público. O que torna ''Era Uma Vez Em Tóquio'' um filme tão especial é o fato que Yasujiro Ozu não recorre ao usual, tudo flui impressionantemente de forma natural, sem exageros ou pieguismos.
Um filme que não acaba após os 136 minutos de duração, continua por horas e horas a brincar com nossa mente.
(Logo quando o filme terminou vim até o Filmow e avaliei essa obra de Ozu com 4,0 estrelas. A seguir, escovei os dentes, pus o pijama e fui me deitar. Refleti durante um bom tempo acerca do filme e cheguei a conclusão que tratava-se de uma obra-prima incontestável da sétima-arte. Levantei-me, fui novamente defronte ao computador e reavaliei o filme com 5,0 estrelas e o favoritei.)
NATURAL, CRU, INTENSO, DESPRETENSIOSO, GENIAL E INESQUECÍVEL.
Fugindo do Inferno
4.1 142 Assista AgoraUm filme cru devido ao final incomum, principalmente para a década de 60, onde quase todos os filmes tinham um fim telegrafado desde o inicio, diferentemente deste. Bom longa metragem.
O Estranho
3.8 122 Assista AgoraÓtimo noir, com um clima misterioso e uma boa atuação de Orson Welles.
O final é fantástico, pois o relógio o matou, foi morto por sua própria obsessão, por suas próprias escolhas. Brilhante
O Rato que Ruge
3.9 23 Assista AgoraPeter Sellers é um ator extremamente versátil, os três personagens que ele interpreta não tem a mínima semelhança um com o outro.
O Mensageiro Trapalhão
3.7 37Uma comédia bastante moderna de Jerry Lewis que contém ótimos insights. Um passatempo muito criativo dentro de um roteiro diferente. Bom filme.
Cenas que gostei:
A apresentação de um magnata da Paramount, dizendo que o filme é incomum e sem propósito, centenas de pessoas saindo de um carro, Jerry Lewis regendo uma orquestra sem músicos, no fim Lewis mostra que sabe falar, A senhora que entra obesa no hotel e sai anoréxica em questão de meses...
Luzes da Ribalta
4.5 281 Assista AgoraChorei do começo ao fim, Luzes Da Ribalta é um dos mais belos filmes do mundo. Quando eu achava que Charles Chaplin (após ter visto 8 de seus longas-metragem e favoritado 6) não mais podia me surpreender, ele me encanta novamente. O que outrora eram 6 filmes prediletos de Carlitos, agora são 7.
Eu fico burro quando tento escrever algo sobre esse diretor, me faltam palavras para descrever tamanha magnitude.
Charles Chaplin merecia uma aureola sobre a cabeça, pois ele é um santo. O homem mais lindo do mundo. A alma mais doce que já existiu.
(Transe após ter assistido Luzes Da Ribalta)
Porque Chaplin é o homem mais bonito do mundo? Por isso
:
''Onde ela está? Quero vê-la dançar.''
Os Irmãos Cara-de-Pau
3.8 292 Assista AgoraNão é qualquer filme que consegue reunir músicos como Aretha Franklin, James Brown, Ray Charles, John Lee Hooker e Cab Calloway, sem contar com a presença da modelo Twiggy também. O mais fenomenal é que todas essas estrelas não interpretam suas próprias identidades, mas sim cidadãos comuns. The Blues Brothers é indiscutivelmente um Cult atemporal que merece ser visto por todos.
Destaque especial à essa cena:
Os meninos do orfanato saem as ruas a fim de divulgar o show dos irmãos cara de pau, vão até a loja de instrumentos de Ray Charles e entregam o cartaz de divulgação à ele. O músico prega na parede virado, pois é cego
Na Captura dos Friedmans
3.9 57 Assista AgoraUm documentário onde quem dá o final veredito somos nós espectadores. O diretor Andrew Jarecki foi totalmente imparcial na construção do longa, resgatando depoimentos das mais diversas pessoas envolvidas com os Friedmans, para que pudéssemos tirar nossas próprias conclusões sobre o ocorrido. Diferentemente de documentaristas como Michael Moore -que usam seus filmes para defender pensamentos particulares- Andrew Jarecki utiliza seu longa documental de forma enigmática, dando às testemunhas liberdade para digerir a história da maneira que bem entenderem. Capturing the Friedmans nos prova que a maldade ou a bondade é subjetiva, por exemplo:
Se partirmos da premissa que Jesse Friedman foi desde pequeno constantemente abusado pelo pai, não seria absurdo ele associar a violação como um ato de bondade, pois nunca fora educado de forma diferente, e consequentemente achar normal o abuso e o relaciona-lo como carinho. Considerando esse raciocínio, a não condenação à Jesse seria correta ou incorreta?
Nostalgia
4.3 186O filme é belíssimo no quesito estético, contém enigmas e alguns ótimos diálogos. Soa como um mistério a ser desvendado. Mas confesso, que não me cativou tanto quanto Stalker, Andrei Rublev e O Espelho, faltou algo para considerá-lo uma 'Masterpiece Intocável'. Para mim, Nostalgia é apenas superior ao Infância De Ivan. Acho que o filme não é tão objetivo quanto os demais de Tarkovsky, embora seja uma linda obra de arte, indiscutivelmente. O diretor russo, diversas vezes se fazia perguntas, e conseguia respondê-las através de seus próprios filmes, mas nesse caso aqui, penso que ele não achou resposta à Incógnita que ele mesmo impôs. Retirando essas observações, se colocarmos na balança, ainda assim, Nostalghia -1983 é um grande filme, no qual, coloca o espectador numa atmosfera de incerteza e perplexidade.
O Fantasma da Liberdade
4.2 105Esse é o décimo primeiro filme que assisto de Luis Buñuel, e infelizmente serei obrigado a dizer: Dentre os que assisti, esse foi o que menos gostei, eu acho. Entretanto, ''O Fantasma da Liberdade'' não deixa de ter cenas louváveis e diálogos intensos, acompanhado com um humor muito particular e surreal. Querendo ou não, embora não tenha digerido-o tão bem quanto os demais, não posso fechar os olhos e deixar de reconhecer que trata-se de um filme brilhante, e que no gran finale, quando o longa acaba, é impossível não admitirmos que o filme é excelente.
Partes que merecem destaque:
#O procurar por uma menina que já está encontrada.
#Padres jogando poker, acompanhados de bebidas e cigarros, enquanto apostam terços.
#Os convidados sentam à mesa, mas há um porém: os acentos são privadas.
#Homem dirige-se até um médico afim de saber seu estado. Após os exames serem concluídos, ele fica sabendo que está com um câncer no fígado, além de graves problemas tabagistas. Para consolá-lo o médico lhe oferece um cigarro, visando aliviar seu estresse, o enfermo lhe responde com uma bofetada.
#Atirador mata mais de dez pessoas, no tribunal decidem que as medidas cabíveis à ele será 'Pena De Morte'. O assassino é ovacionado por todos, como se fosse um herói.
Lua de Papel
4.3 156 Assista AgoraLua De Papel é um ótimo Road-Movie de Peter Bogdanovich. É raro encontrarmos um filme com uma quase imperceptível reconstrução, a obra é de 1973, mas sua atmosfera transporta-te para o período da lei seca, que ocorreu em 1920 até 1933 com maestria.
Uma cena linda: Addie (Tatum O'Neal) durante a noite, olha para o local onde Pray (Ryan O'Neal) está deitado para conferir se ele realmente dorme, quando confirma que ele está adormecido, ela apanha a caixa onde seus pertences encontram-se de cima de uma mesinha e vai até o banheiro. Após trancar-se no lavabo ela abre sua caixinha e com cautela pega uma foto de sua falecida mãe, então observa que sua progenitora tinha uma maneira única de posar para fotos, à vista disso a garotinha olha-se no espelho objetivando imitar as poses da mãe, em seguida põe meio frasco de perfume em seu rosto. Esta cena é muito sensível, pois Addie sempre fora confundida, muitos achavam que ela era um menino, devido ao cabelo curto e seus trajes pouco afeminados.
Bom filme.