O questionamento sobre Deus nunca teve e nunca terá outro longa com a força e pungência como em ''Luz do Inverno''. O frame do excelente Gunnar ajoelhado em frente ao altar de um deus que parece não existir exprime as dúvidas, problemas e quase nenhuma solução que as religiões apresentam diariamente para seus fiéis. ''Dê sentido a minha vida'', que difícil viver buscando isso. Que pancada de filme. Bergman é um gênio.
Harriet Andersson comanda essa poderosa película de Bergman sobre psique, relacionamentos e a presença divina. É o diretor começando a mostrar sua potência e não diluindo os temas que tanto o perseguiram em toda a vida.
Nenhum outro diretor será capaz de condensar a sua própria essência e história em um longa metragem como Bergman fez aqui. Uma jornada sobre um início que, alegoricamente, fala sobre coisas que aconteceram, que gostaria que tivesse sido. Um filme que chegar a trabalhar, mesmo que minimamente, o lúdico através dos olhos daquela criança. Revi agora a versão em minissérie e é assim, um espetáculo.
Cara, dá vontade do Kurosawa adaptar todas as obras de Shakespeare no Japão feudal. Sensacional como a história tem uma força inacreditável em cena, com duas atuações centrais poderosas, mesmo transportada para outro cenário. E o Kurosawa utiliza de cada frame pra ambientar aquela história e tornar ela tão grande e pungente. Os últimos trinta minutos são absurdos e as cenas finais de Yamada e Toshiro são estupendas. Filmaço.
Tem nem o que comentar desse épico poderoso e tão pungente criado por Kurosawa. O que me deixa ainda mais embasbacado é que esse filme é um monumento, mas foi feito nos anos 80. E todo o molde é como se tivesse sido feito umas duas décadas antes. Um rigor técnico invejável e utilizando de Shakespeare pra criar uma narrativa que fisga, Kurosawa deixa em cada frame sua marca e mostra porque foi um dos diretores mais importantes do cinema.
Embora seja, sem dúvidas, um dos maiores clássicos do cinema brasileira e o segundo mais popular exemplar do ''cinema novo'', é fácil perceber porque uma boa parte da platéia atual não consegue absorver o filme tão facilmente. O longa do Nelson é quase sem diálogos, em preto e branco, retrata uma realidade dura e utiliza de atuações não ''formais'' pela inspiração no neorrealismo italiano.
Porém, é essencial entender que são todas essas escolhas junto do texto de origem (o nada fácil livro de Graciliano Ramos) que tornam a experiência única. É cansativo sim, e acho que isso até um ponto positivo porque a realidade, tão nua, crua e brasileira, retratada no filme é dura, pesada e MUITO cansativa. Existe, claro, o peso da morte de Baleia, mas é impossível não se abalar com uma criança tão jovem dizendo que vive no inferno. Excelente filme, Nelson foi um gênio.
Um épico de Kurosawa que na revisão me fez abrir ainda mais os olhos para a efetividade técnica elaborada no filme, o trabalho de luz, a composição de cenas, daquelas coisas de mestre que é difícil acreditar que esse longa tenha sido concebido em meados dos anos 50. A força da mise-en-scene ao longo do filme é estupendo e você consegue perceber como o filme influenciou de faroestes até Star Wars. A batalha final é um desbunde e muito dos personagens são inesquecíveis.
O poder, o carisma, o star quality e a DANÇA de Fred Astaire e Ginger Rogers está acima de qualquer trama simples, mas bem trabalhada, nessa comédia clássica da dupla. É cativante demais ver os dois em cena, jogando com muita honestidade e verdade. Os números de ''Top Hat'' e, especialmente, ''Cheek to Cheek'' são ''musical gold'' e, claramente, eternizados no gênero, e também no cinema. Delícia de filme.
Tenho que admitir que demora um pouco para engatar, mas uma vez que deixa tudo em ordem, vai aprofundando num questionamento que dialoga muito com filmes posteriores do Loach até que chega fundo no seu coração tudo que precisamos viver em tempos horríveis quanto os de guerra. Atuação incrível dos dois irmãos principais, especialmente do Murphy.
Eu tô amando ter que rever vários clássicos porque você percebe que um filme realmente bom perdura pra todo o sempre. ''Rashomon'' se mantém em forma e conteúdo com a mesma pungência de sempre, da originalidade da história até a utilização inacreditável do jogo de luz. Uma Obra-Prima.
Uma delícia de filme. É quase um precursor do gênero musical e que passa num piscar de olhos. Pena que a relação homossexual entre Billy e Julian precisou ser limada, mas ainda assim é um excelente (e primitivo) retrato do showbiz num cinema em seu começo. Os números musicais do fim são um deleite.
Um bom filme sem muitas coisas a se destacar além da ótima atuação central de Lucas Hedge como o jovem gay que se submete a uma ''conversão''. O discurso é importante, o roteiro sabe aprofundar algumas ações muito bem (a cena do enterro é incrível), mas poderia ter uns 10 minutos a menos e ser menos genérico enquanto sua imagética. Porém, vale a visita. A cena final entre Hedges e Crowe é uma pancada.
Gosto muito dos gritos ensandecidos que mantém o filme numa ambientação bem real com o que seria a escola, a forma como todos os adolescentes são absurdamente reais também me dá nos nervos, e é isso que faz o filme ser tão bom. É real, é vivo e, incrivelmente, triste saber que isso é a realidade tantas escolas, um ambiente que devia vibrar diferente, a cena final da menina falando com o professor é de cortar o coração. Filmaço.
Rever essa poderosa obra imagética do Glauber após estudar um pouco mais do cinema novo foi uma excelente experiência. A pungência imagética e a força da narrativa é uma coisa sem igual. Foda!
Revisar ''Minha Bela Dama'' me fez constatar que ainda gosto do filme, mas já não o amo tanto. A linguagem dos números musicais, especialmente os dois solos de Rex Harrison, não tem o mesmo impacto que poderiam e o começo da atuação de Hepburn (claramente má-escalada) não me descem tanto mais. Pode ser que seja porque eu vi uma versão esplêndida no palco pouco mais de um ano atrás? Pode, mas a questão é que embora ainda muito bonito, o filme parece só acertar no coração no final.
Rever ''Maria Antonieta'' depois de anos só reforça o apuro visual e a clara linguagem que Sofia Coppola e seu time tinham em mente ao realizar a obra. Claramente contemporânea, não só pela trilha ou pela inserção de elementos modernos, Coppola faz até com que Dunst (excelente) e Schwartzman pareçam ser do nosso mundo, mas que estão co-existindo em um ambiente histórico.
Os figurinos de Milena Canonero, no entanto, nos transportam para uma realidade quase paralela, onde podemos acreditar que tudo aquilo aconteceu. É bizarro, mas esse cinema de contemplação do ''ócio'' sempre foi algo que permeou os temas levantados por Coppola. No alto de seu privilégio, não é de se espantar que a mesma seja tão fascinada em filmar pessoas também privilegiadas lidando com esse ''vazio'', como fez em seus dois longas anteriores. Isso não, de maneira alguma, uma crítica, visto que só dignifica que ela sabe, exatamente, o que filmar. E o faz muito bem.
Um dos musicais definitivos pro próprio gênero, irretocável em todos os aspectos e que trouxe ao mundo do cinema essa força que é Catherine Deneuve em cena.
Não gostei, aí comecei a gostar, mas aí o final achei ruim hahaha
O filme é bem over/brega numa vibe quase super cine de ser, mas estaria mentindo se eu não falar que acho que combina muito com o estilo do Ozon, mesmo que o longa aparente pegar referências de várias obras ao mesmo tempo. No seu melhor momento, bem perto do clímax, a tensão de thriller é uma delícia, mas é fácil considerar o filme derivativo por diversas escolhas.
Talvez velha a visita se você gosta do gênero, mas vá com baixas expectativas. Tirando Renier, uma excelente presença em cena.
É muito mais sóbrio e eficaz do que eu esperava, até pelo tema abordado. Acredito que não engata de cara, mas te atrai de alguma forma, o ator principal é lindo, mas também muito bom. Tirando a presença do Dickinson, acho que o filme vai acertando em tudo e tem momentos belíssimos. A cena da chuva é super tocante, mas a do telefone no final me deu um certo aperto no coração. Gostei bem. Muito melhor que a adaptação de “É Apenas o Fim do Mundo”.
Revi ontem e percebi o quanto esse filme é delirante, non-sense, absurdo e, extremamente, delicioso. Um hino gay quando as gays nem sabiam que precisavam.
Parece que o cinema e a televisão de língua inglesa descobriu o plano-sequência nessa década que passou, de Gravidade (Cuarón) passando por Birdman e O Regresso (ambos de Iñarritu) e até True Detective (da HBO), todos foram projetos que utilizaram a técnica para criar, digamos, um buzz por causa da mesma. Fun fact: todos os diretores saíram premiados por esses ''feitos''.
Em ''1917'' a situação não é diferente, impossível não ficar vidrado na artimanha do plano sequência utilizada aqui, mas a história, que utiliza um só protagonista, é contada com muito mais coração do que por puro virtuosismo técnico, e logo, consegue adentrar no coração dos espectadores e você realmente acaba vibrando por tudo aquilo.
E como não ficar embasbacado com o começo do ''segundo ato'', que tem uma sequência DESLUMBRANTE de utilização de fotografia + trilha (Deakins e Newman são gênios) que me deixou quase em prantos tamanha a grandeza daquele resultado. No fim das contas, o filme de Sam Mendes é um grande resultado técnico, mas com o sentimental muito bem resolvido e palpável, tornando o mesmo em uma grande experiência cinematográfica.
Luz de Inverno
4.3 173O questionamento sobre Deus nunca teve e nunca terá outro longa com a força e pungência como em ''Luz do Inverno''. O frame do excelente Gunnar ajoelhado em frente ao altar de um deus que parece não existir exprime as dúvidas, problemas e quase nenhuma solução que as religiões apresentam diariamente para seus fiéis. ''Dê sentido a minha vida'', que difícil viver buscando isso. Que pancada de filme. Bergman é um gênio.
Através de um Espelho
4.3 249Harriet Andersson comanda essa poderosa película de Bergman sobre psique, relacionamentos e a presença divina. É o diretor começando a mostrar sua potência e não diluindo os temas que tanto o perseguiram em toda a vida.
Fanny e Alexander
4.3 215Nenhum outro diretor será capaz de condensar a sua própria essência e história em um longa metragem como Bergman fez aqui. Uma jornada sobre um início que, alegoricamente, fala sobre coisas que aconteceram, que gostaria que tivesse sido. Um filme que chegar a trabalhar, mesmo que minimamente, o lúdico através dos olhos daquela criança. Revi agora a versão em minissérie e é assim, um espetáculo.
Trono Manchado de Sangue
4.4 121 Assista AgoraCara, dá vontade do Kurosawa adaptar todas as obras de Shakespeare no Japão feudal. Sensacional como a história tem uma força inacreditável em cena, com duas atuações centrais poderosas, mesmo transportada para outro cenário. E o Kurosawa utiliza de cada frame pra ambientar aquela história e tornar ela tão grande e pungente. Os últimos trinta minutos são absurdos e as cenas finais de Yamada e Toshiro são estupendas. Filmaço.
Ran
4.5 265 Assista AgoraTem nem o que comentar desse épico poderoso e tão pungente criado por Kurosawa. O que me deixa ainda mais embasbacado é que esse filme é um monumento, mas foi feito nos anos 80. E todo o molde é como se tivesse sido feito umas duas décadas antes. Um rigor técnico invejável e utilizando de Shakespeare pra criar uma narrativa que fisga, Kurosawa deixa em cada frame sua marca e mostra porque foi um dos diretores mais importantes do cinema.
Vidas Secas
3.9 277Embora seja, sem dúvidas, um dos maiores clássicos do cinema brasileira e o segundo mais popular exemplar do ''cinema novo'', é fácil perceber porque uma boa parte da platéia atual não consegue absorver o filme tão facilmente. O longa do Nelson é quase sem diálogos, em preto e branco, retrata uma realidade dura e utiliza de atuações não ''formais'' pela inspiração no neorrealismo italiano.
Porém, é essencial entender que são todas essas escolhas junto do texto de origem (o nada fácil livro de Graciliano Ramos) que tornam a experiência única. É cansativo sim, e acho que isso até um ponto positivo porque a realidade, tão nua, crua e brasileira, retratada no filme é dura, pesada e MUITO cansativa. Existe, claro, o peso da morte de Baleia, mas é impossível não se abalar com uma criança tão jovem dizendo que vive no inferno. Excelente filme, Nelson foi um gênio.
Os Sete Samurais
4.5 404Um épico de Kurosawa que na revisão me fez abrir ainda mais os olhos para a efetividade técnica elaborada no filme, o trabalho de luz, a composição de cenas, daquelas coisas de mestre que é difícil acreditar que esse longa tenha sido concebido em meados dos anos 50. A força da mise-en-scene ao longo do filme é estupendo e você consegue perceber como o filme influenciou de faroestes até Star Wars. A batalha final é um desbunde e muito dos personagens são inesquecíveis.
O Picolino
4.1 110 Assista AgoraO poder, o carisma, o star quality e a DANÇA de Fred Astaire e Ginger Rogers está acima de qualquer trama simples, mas bem trabalhada, nessa comédia clássica da dupla. É cativante demais ver os dois em cena, jogando com muita honestidade e verdade. Os números de ''Top Hat'' e, especialmente, ''Cheek to Cheek'' são ''musical gold'' e, claramente, eternizados no gênero, e também no cinema. Delícia de filme.
Ventos da Liberdade
3.9 68Tenho que admitir que demora um pouco para engatar, mas uma vez que deixa tudo em ordem, vai aprofundando num questionamento que dialoga muito com filmes posteriores do Loach até que chega fundo no seu coração tudo que precisamos viver em tempos horríveis quanto os de guerra. Atuação incrível dos dois irmãos principais, especialmente do Murphy.
Rashomon
4.4 301 Assista AgoraEu tô amando ter que rever vários clássicos porque você percebe que um filme realmente bom perdura pra todo o sempre. ''Rashomon'' se mantém em forma e conteúdo com a mesma pungência de sempre, da originalidade da história até a utilização inacreditável do jogo de luz. Uma Obra-Prima.
Rua 42
3.8 30 Assista AgoraUma delícia de filme. É quase um precursor do gênero musical e que passa num piscar de olhos. Pena que a relação homossexual entre Billy e Julian precisou ser limada, mas ainda assim é um excelente (e primitivo) retrato do showbiz num cinema em seu começo. Os números musicais do fim são um deleite.
Boy Erased: Uma Verdade Anulada
3.6 402 Assista AgoraUm bom filme sem muitas coisas a se destacar além da ótima atuação central de Lucas Hedge como o jovem gay que se submete a uma ''conversão''. O discurso é importante, o roteiro sabe aprofundar algumas ações muito bem (a cena do enterro é incrível), mas poderia ter uns 10 minutos a menos e ser menos genérico enquanto sua imagética. Porém, vale a visita. A cena final entre Hedges e Crowe é uma pancada.
Entre os Muros da Escola
3.9 363 Assista AgoraGosto muito dos gritos ensandecidos que mantém o filme numa ambientação bem real com o que seria a escola, a forma como todos os adolescentes são absurdamente reais também me dá nos nervos, e é isso que faz o filme ser tão bom. É real, é vivo e, incrivelmente, triste saber que isso é a realidade tantas escolas, um ambiente que devia vibrar diferente, a cena final da menina falando com o professor é de cortar o coração. Filmaço.
Deus e o Diabo na Terra do Sol
4.1 429 Assista AgoraRever essa poderosa obra imagética do Glauber após estudar um pouco mais do cinema novo foi uma excelente experiência. A pungência imagética e a força da narrativa é uma coisa sem igual. Foda!
Minha Bela Dama
4.0 358 Assista AgoraRevisar ''Minha Bela Dama'' me fez constatar que ainda gosto do filme, mas já não o amo tanto. A linguagem dos números musicais, especialmente os dois solos de Rex Harrison, não tem o mesmo impacto que poderiam e o começo da atuação de Hepburn (claramente má-escalada) não me descem tanto mais. Pode ser que seja porque eu vi uma versão esplêndida no palco pouco mais de um ano atrás? Pode, mas a questão é que embora ainda muito bonito, o filme parece só acertar no coração no final.
Maria Antonieta
3.7 1,3K Assista AgoraRever ''Maria Antonieta'' depois de anos só reforça o apuro visual e a clara linguagem que Sofia Coppola e seu time tinham em mente ao realizar a obra. Claramente contemporânea, não só pela trilha ou pela inserção de elementos modernos, Coppola faz até com que Dunst (excelente) e Schwartzman pareçam ser do nosso mundo, mas que estão co-existindo em um ambiente histórico.
Os figurinos de Milena Canonero, no entanto, nos transportam para uma realidade quase paralela, onde podemos acreditar que tudo aquilo aconteceu. É bizarro, mas esse cinema de contemplação do ''ócio'' sempre foi algo que permeou os temas levantados por Coppola. No alto de seu privilégio, não é de se espantar que a mesma seja tão fascinada em filmar pessoas também privilegiadas lidando com esse ''vazio'', como fez em seus dois longas anteriores. Isso não, de maneira alguma, uma crítica, visto que só dignifica que ela sabe, exatamente, o que filmar. E o faz muito bem.
Nosferatu
4.1 628 Assista AgoraAlguns filmes não são possíveis de serem mesurados, esse é um deles. Obra-prima do gênero.
O Gabinete do Dr. Caligari
4.3 524 Assista AgoraA maior obra do expressionismo alemão.
Limite
4.0 168 Assista AgoraUm trabalho surreal dado a época, tem muito do cinema da época, mas tem uma força bem singular em sua própria concepção e execução.
Os Guarda-Chuvas do Amor
3.9 158 Assista AgoraUm dos musicais definitivos pro próprio gênero, irretocável em todos os aspectos e que trouxe ao mundo do cinema essa força que é Catherine Deneuve em cena.
O Amante Duplo
3.3 108Não gostei, aí comecei a gostar, mas aí o final achei ruim hahaha
O filme é bem over/brega numa vibe quase super cine de ser, mas estaria mentindo se eu não falar que acho que combina muito com o estilo do Ozon, mesmo que o longa aparente pegar referências de várias obras ao mesmo tempo. No seu melhor momento, bem perto do clímax, a tensão de thriller é uma delícia, mas é fácil considerar o filme derivativo por diversas escolhas.
Talvez velha a visita se você gosta do gênero, mas vá com baixas expectativas. Tirando Renier, uma excelente presença em cena.
Matthias & Maxime
3.4 132 Assista AgoraÉ muito mais sóbrio e eficaz do que eu esperava, até pelo tema abordado. Acredito que não engata de cara, mas te atrai de alguma forma, o ator principal é lindo, mas também muito bom. Tirando a presença do Dickinson, acho que o filme vai acertando em tudo e tem momentos belíssimos. A cena da chuva é super tocante, mas a do telefone no final me deu um certo aperto no coração. Gostei bem. Muito melhor que a adaptação de “É Apenas o Fim do Mundo”.
As Panteras: Detonando
2.7 676 Assista AgoraRevi ontem e percebi o quanto esse filme é delirante, non-sense, absurdo e, extremamente, delicioso. Um hino gay quando as gays nem sabiam que precisavam.
1917
4.2 1,8K Assista AgoraParece que o cinema e a televisão de língua inglesa descobriu o plano-sequência nessa década que passou, de Gravidade (Cuarón) passando por Birdman e O Regresso (ambos de Iñarritu) e até True Detective (da HBO), todos foram projetos que utilizaram a técnica para criar, digamos, um buzz por causa da mesma. Fun fact: todos os diretores saíram premiados por esses ''feitos''.
Em ''1917'' a situação não é diferente, impossível não ficar vidrado na artimanha do plano sequência utilizada aqui, mas a história, que utiliza um só protagonista, é contada com muito mais coração do que por puro virtuosismo técnico, e logo, consegue adentrar no coração dos espectadores e você realmente acaba vibrando por tudo aquilo.
E como não ficar embasbacado com o começo do ''segundo ato'', que tem uma sequência DESLUMBRANTE de utilização de fotografia + trilha (Deakins e Newman são gênios) que me deixou quase em prantos tamanha a grandeza daquele resultado. No fim das contas, o filme de Sam Mendes é um grande resultado técnico, mas com o sentimental muito bem resolvido e palpável, tornando o mesmo em uma grande experiência cinematográfica.