Um filme que consegue ser equilibradamente hermético em forma, mas ainda possuir um coração tão forte e latente merece muitos aplausos, e é exatamente esse o produto final que a estupenda Sciamma faz aqui. Sei que a questão de ser um romance entre duas mulheres chama muito atenção, mas é o discurso sobre o desejo e a vontade interina de querer algo que realmente reverbera como um todo.
As duas atrizes principais estão irretocáveis e juntas de uma fotografia deslumbrante selam com chave de ouro essa obra de magnitude, por muito, incalculável.
Embora nunca chato, o filme falta ter um tom adequado ou uma identidade pra ser realmente bom. E ver um filme com esse assunto parecer tão perdido é um eterno desperdício que, felizmente, tem um elenco bom pra ajuda-lo. Theron, inclusive, está excelente como Megyn Kelly.
Com visuais estonteantes e personagens que me nos lembram o porque adoramos essa história pela primeira vez, ''Frozen II'' é tão bom quanto o primeiro em diversos aspectos, o único que perde é a trilha, bem menos inspirada e marcante, com apenas o número ''Show Yourself'' se destacando enquanto composição e melodia. A cena do Olaf contando o primeiro filme é tudo pra mim.
Eu estou completamente apaixonado por esse filme. É fofo, romântico, um verdadeiro amor! Que coisa linda que a Greta entregou aqui. Ela soube fazer com que você se importasse com os 4 destinos das personagens, mas assim como em ''Lady Bird'', é como se cada personagem pudesse ter uma história sozinha pra eles.
Quase fui as lágrimas em vários momentos (Cooper com Scanlen, Ronan e Chalamet na clareira), mas o meu sentimento maior era o afago no peito que a história ia me dando. Cada nova descoberta, acontecimento, eu vibrava demais. No fim, parecia que naquelas duas horas eu realmente passei uma parte da vida com as Marchs e isso não tem preço. A forma como Gerwig usa o dispositivo para contar a história, a montagem, a belíssima trilha, os figurinos e a fotografia... incrível em tudo!
E a cereja do bolo é esse elenco estupendo em cena liderados por uma Saoirse Ronan excelente, mas aqui o show maior é de Florence Pugh, que eu acreditava na menina e também na mulher. Que eu odiei, mas torci. Dern um amor de mão, Chalamet é o homem mais lindo desse mundo, Garrell que tá quase quarentão mas ainda perfeito, Scanlen que me fez querer abraçá-la a todo momento, Streep deliciosamente venenosa e até Watson entregando um bom trabalho em cena.
A espiral enlouquecedora que Eggers propõe aqui é o tipo de realização quase cirúrgica que poucos diretores são capazes de conceber nos dias atuais. O filme quase nunca busca concessões para a plateia e não está preocupado em nos dar respostas, ele apenas vai afunilando aquele dois caras até um ponto onde o clímax é algo inacreditável.
Com uma fotografia brilhante e uma trilha certeira, a vida desses dois homens que nós sabemos pouco e, talvez, eles saibam menos ainda vai se esvaindo pouco a pouco. Temos desejo, curiosidade, ambição, um jogo de masculinidade tóxica e, porque não, uma pitada de homo erotismo, mesmo sem ser intencional. Pattinson em sua melhor atuação, Dafoe como o grande coadjuvante do ano.
É uma espécie de experiência que a cada nova revisão deve florescer em aspectos que não vimos anteriormente. No que fala-se em simbologia é muito rico, enquanto obra de arte cinematográfica é, simplesmente, sublime. Bravo!
Cats é ruim, fato. Porém, além disso, Cats é chato e um filme chato é ainda mais intragável. O filme não é trash ou campy ou kitsch, não vai virar um clássico cult pela não compreensão em sua época de lançamento, ele apenas é um exemplo claro de um produto que surgiu e funciona em uma mídia, mas jamais seria funcional em qualquer outro lugar.
Eu sou fanático por musicais e quando anunciaram essa versão eu pensei ''mas como? Cats nem tem estrutura cinematográfica!''. O musical funciona no palco pela linguagem de ver seres humanos em uma coreografia elaborada vestido de gatos e cantando uma trilha, em boa parte, bem legal, mas no cinema introduzir personagem até o fim do filme não é uma opção quando eles só tem isso: introdução. Eles não tiveram coragem de estruturar de forma diferente pra não distanciar do produto original, ai resulta em um filme que, basicamente, não tem roteiro.
A escolha visual dos gatos nem é tão problemática, tem uma cara girando aqui e ali, mas é mais problemático a introdução de baratas e ratos, em uma cena asquerosa, ou o fato de haver locais como ''CATSINO'' mesmo sendo uma cidade de humanos do que isso. Hooper, um açougueiro do cinema, não sabe filmar seus belos cômodos e a coreografia, tão bela de Gillian Lynne, simplesmente não funciona nos corpos digitais ali inseridos. E para completar, os primeiros números musicais foram dados a atores como Rebel Wilson, James Corden e Jason Derulo, impossibilitando que seja algo minimamente tragável logo de cara.
E como quem não quer nada, DAME JUDI DENCH faz aquela cena final... ''a cat is not a dog'', espero que tenha sido muito bem paga minha senhora, porque que vexame. Tem coisas boas? Até tem, Ian McKellen tá ótimo e o número do Skimbleshanks funciona demais pra animar a galera, mas nada é suficiente pra salvar essa triste película de uma mistura entre vergonhoso e o insuportável.
As vitórias no Globo de Ouro na noite de ontem foram certeiras ao filme de Todd Phillips, a força de ''Joker'' se concentra na trilha da islandesa Hildur e na performance estupenda de Joaquin Phoenix. O filme, que tem um discurso claro, nem sempre consegue trabalhar simbologias e alegorias da melhor forma, o que torna o mesmo cansativo, mas ancorado por um Phoenix totalmente imerso e entregue em um personagem tão complexo, acaba criando algum tipo de estofo que faz você pensar no que ele realmente quer dizer.
Se ''Joker'' não tem metade da inteligência que acredita ter (e metade da população que o viu também acha), ainda tem algo a falar sobre a devoção de ''mitos'' que a população sempre persiste em criar. E mais uma vez, Joaquin Phoenix, melhor ator de sua geração, torna isso tão palpável que é impossível ser indiferente a essa experiência.
Acredito que o Meirelles ainda filma como se tivesse fazendo filmes como ''Jardineiro Fiél'' e ''Cidade de Deus'', mas essas handcam e outras escolhas não são as melhores pra filmar uma clara peça de teatro. A utilização de flashbacks para ''dinamizar'' a trama e trabalhar a mise-en-scène de forma que torne a experiência ainda mais ''cinematográfica'' também quase nunca funciona. Sorte do diretor, ele tem um roteiro muito mais honesto do que o esperado e uma dupla de atores simplesmente sensacional em cena, não fosse Pryce e Hopkins, o filme não teria a mesma força.
É uma história introspectiva, com uma linguagem quase moderna, que ainda dialoga e tem muita pungência mesmo que o tema não surpreenda. O elenco é um arraso e o Petzold sabe como filmar tudo de forma quase melancólica.
Acho foda como a câmera está viciada no corpo da Linn e como ela consegue expressar isso ainda mais, um excelente documentário que fala sobre ser ou ''o ser'' de forma bem aberta.
Muito mais divertido e político do que eu jamais esperei, esse novo filme de Lorene Scafaria dialoga com um país que nunca superou a quebra financeira que sofreu pouco mais de uma década atrás.
A diretora, de forma muito inteligente, coloca mulheres (brancas, negras, latinas e asiáticas) para contar a história de forma fácil, mas sempre muito pungente. A relação que é estabelecida entre Destiny e Ramona (com duas performances deslumbrantes de Wu e Lopez) ajuda o filme em todos os seus âmbitos, do girl power necessário pra comprar a narrativa até a ligação de imigrantes lutando por um espaço em uma américa nada convidativa.
É filme pra todo mundo ver, alguns podem pegar apenas a aventura que é contada, mas existe todo um aspecto sócio-político que bate forte no filme, e o resultado é muito bom.
Delicioso whodunit com um elenco, literalmente, estelar!
O novo filme do Rian Johnson não tenta reinventar nada, mas cria um longa de entretenimento que fala, nas entrelinhas e subtextos, sobre a xenofobia crescente no mundo, e especialmente no US.
O elenco brilha muito, com destaque para um Daniel Craig hilário e uma Ana de Armas maravilhosa no centro da coisa toda, o diálogo final entre Chris Evans e De Armas é tão foda pelo tanto que é explicitado que nem tenho palavras.
É meio inacreditável esse filme quando você pensa no quanto Scorsese já mergulhou tão profundamente nesses temas várias e várias vezes.
E é meio que um olhar muito de ''fim'' mesmo, a forma como a relação entre os personagens é construída, com um elenco simplesmente sem defeitos, como isso vai culminar em algo que dá um nó na garganta. É quase como se a gente fosse meio que a Anna Paquin o filme todo.
É muito foda, tem cenas hilárias e outras muito emblemáticas. É Scorsese mostrando pq é o maior diretor em atividade e ver isso no cinema, realmente não tem preço.
Um pungente, vivo e, incrivelmente, real retrato sobre relacionamentos em uma época moderna. Os dois protagonistas estão estupendos em suas melhores atuações, ever, mas Laura Dern fazendo comédia é sempre delicioso. Obrigado pelos mimos, Baumbach. Amei tão forte que, talvez, eu volte pra fazer textão.
O começo é insuportável, mas melhora. Porém, é esquecível e fico chocado como ainda fazem filmes assim sem nenhuma novidade enquanto exercício narrativo. Driver muito bom, Bening boa também.
O começo é muito sofrido, mas a cena que vocês sabem muito bem é uma das melhores de super herói no cinema. O final é maravilhoso, o Jake Gyllenhaal tá maravilhosamente over e Tom Holland IS A STAR!
Eu ADOREI de uma forma que nem sei explicar, eu tava zero empolgado com o filme porque estava com medo de ser uma biopic boring como sempre fazem, e como o Elton está vivo e em controle, santificasse a vida dele, graças a d-us não é nenhum e nem outro.
O que mais me deixou feliz é como o roteiro está mais interessado em mostrar quem o Elton foi (e ainda é!) do que os acontecimentos de sua vida como uma espécie de sketchs que normalmente circundam essas biopics. Claro que existe toda uma esquematização aqui e ali, mas só por ele lidar diretamente com o ''existencial'' do próprio Elton, já é um prato cheio. Dizem que nós somos o todo das 5 pessoas mais próximas em nossas vidas e acho que o filme representa bem isso. E quando eu achei que tava elevando o filme mais do que merecia, vem aquela cena final com a criança e ''bam!'', tudo realmente fez sentido.
O fato de ser um MUSICAL com sequências incríveis e despirocadas é essencial, o filme conseguiu pegar o espírito do artista em forma visual, e não são só os figurinos deslumbrantes e ''eye-popping'', mas é visualmente campy e entende muito bem isso, se entregando a ele sempre que pode, dando assim uma identidade totalmente singular ao filme, algo que só acrescenta aqui.
A cereja no bolo é a performance 100% carismática, energética e sincera de um Taron Egerton compreendendo não só a personagem que ele faz, mas a atmosfera de seu filme, fantástico! É o tipo de divertimento ousado e bem feito que eu gosto e fiquei muito feliz de ser surpreendido. Quero muito que faça sucesso!
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 900 Assista AgoraUm filme que consegue ser equilibradamente hermético em forma, mas ainda possuir um coração tão forte e latente merece muitos aplausos, e é exatamente esse o produto final que a estupenda Sciamma faz aqui. Sei que a questão de ser um romance entre duas mulheres chama muito atenção, mas é o discurso sobre o desejo e a vontade interina de querer algo que realmente reverbera como um todo.
As duas atrizes principais estão irretocáveis e juntas de uma fotografia deslumbrante selam com chave de ouro essa obra de magnitude, por muito, incalculável.
Minha Mãe é uma Peça 3
3.7 571Paulo Gustavo como Dona Hermínia é um ACONTECIMENTO HAAHA
E o filme tá bem mais ~~cinema~~ e menos ~~sketchs~~, e ainda me faz rir demais!
ARUÃÃÃ!
O Escândalo
3.6 459 Assista AgoraEmbora nunca chato, o filme falta ter um tom adequado ou uma identidade pra ser realmente bom. E ver um filme com esse assunto parecer tão perdido é um eterno desperdício que, felizmente, tem um elenco bom pra ajuda-lo. Theron, inclusive, está excelente como Megyn Kelly.
Frozen II
3.6 785Com visuais estonteantes e personagens que me nos lembram o porque adoramos essa história pela primeira vez, ''Frozen II'' é tão bom quanto o primeiro em diversos aspectos, o único que perde é a trilha, bem menos inspirada e marcante, com apenas o número ''Show Yourself'' se destacando enquanto composição e melodia. A cena do Olaf contando o primeiro filme é tudo pra mim.
Adoráveis Mulheres
4.0 975 Assista AgoraEu estou completamente apaixonado por esse filme. É fofo, romântico, um verdadeiro amor! Que coisa linda que a Greta entregou aqui. Ela soube fazer com que você se importasse com os 4 destinos das personagens, mas assim como em ''Lady Bird'', é como se cada personagem pudesse ter uma história sozinha pra eles.
Quase fui as lágrimas em vários momentos (Cooper com Scanlen, Ronan e Chalamet na clareira), mas o meu sentimento maior era o afago no peito que a história ia me dando. Cada nova descoberta, acontecimento, eu vibrava demais. No fim, parecia que naquelas duas horas eu realmente passei uma parte da vida com as Marchs e isso não tem preço. A forma como Gerwig usa o dispositivo para contar a história, a montagem, a belíssima trilha, os figurinos e a fotografia... incrível em tudo!
E a cereja do bolo é esse elenco estupendo em cena liderados por uma Saoirse Ronan excelente, mas aqui o show maior é de Florence Pugh, que eu acreditava na menina e também na mulher. Que eu odiei, mas torci. Dern um amor de mão, Chalamet é o homem mais lindo desse mundo, Garrell que tá quase quarentão mas ainda perfeito, Scanlen que me fez querer abraçá-la a todo momento, Streep deliciosamente venenosa e até Watson entregando um bom trabalho em cena.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraA espiral enlouquecedora que Eggers propõe aqui é o tipo de realização quase cirúrgica que poucos diretores são capazes de conceber nos dias atuais. O filme quase nunca busca concessões para a plateia e não está preocupado em nos dar respostas, ele apenas vai afunilando aquele dois caras até um ponto onde o clímax é algo inacreditável.
Com uma fotografia brilhante e uma trilha certeira, a vida desses dois homens que nós sabemos pouco e, talvez, eles saibam menos ainda vai se esvaindo pouco a pouco. Temos desejo, curiosidade, ambição, um jogo de masculinidade tóxica e, porque não, uma pitada de homo erotismo, mesmo sem ser intencional. Pattinson em sua melhor atuação, Dafoe como o grande coadjuvante do ano.
É uma espécie de experiência que a cada nova revisão deve florescer em aspectos que não vimos anteriormente. No que fala-se em simbologia é muito rico, enquanto obra de arte cinematográfica é, simplesmente, sublime. Bravo!
Cats
1.7 375 Assista AgoraCats é ruim, fato. Porém, além disso, Cats é chato e um filme chato é ainda mais intragável. O filme não é trash ou campy ou kitsch, não vai virar um clássico cult pela não compreensão em sua época de lançamento, ele apenas é um exemplo claro de um produto que surgiu e funciona em uma mídia, mas jamais seria funcional em qualquer outro lugar.
Eu sou fanático por musicais e quando anunciaram essa versão eu pensei ''mas como? Cats nem tem estrutura cinematográfica!''. O musical funciona no palco pela linguagem de ver seres humanos em uma coreografia elaborada vestido de gatos e cantando uma trilha, em boa parte, bem legal, mas no cinema introduzir personagem até o fim do filme não é uma opção quando eles só tem isso: introdução. Eles não tiveram coragem de estruturar de forma diferente pra não distanciar do produto original, ai resulta em um filme que, basicamente, não tem roteiro.
A escolha visual dos gatos nem é tão problemática, tem uma cara girando aqui e ali, mas é mais problemático a introdução de baratas e ratos, em uma cena asquerosa, ou o fato de haver locais como ''CATSINO'' mesmo sendo uma cidade de humanos do que isso. Hooper, um açougueiro do cinema, não sabe filmar seus belos cômodos e a coreografia, tão bela de Gillian Lynne, simplesmente não funciona nos corpos digitais ali inseridos. E para completar, os primeiros números musicais foram dados a atores como Rebel Wilson, James Corden e Jason Derulo, impossibilitando que seja algo minimamente tragável logo de cara.
E como quem não quer nada, DAME JUDI DENCH faz aquela cena final... ''a cat is not a dog'', espero que tenha sido muito bem paga minha senhora, porque que vexame.
Tem coisas boas? Até tem, Ian McKellen tá ótimo e o número do Skimbleshanks funciona demais pra animar a galera, mas nada é suficiente pra salvar essa triste película de uma mistura entre vergonhoso e o insuportável.
Não teve jeito, Dona Chica não admirou-se.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraAs vitórias no Globo de Ouro na noite de ontem foram certeiras ao filme de Todd Phillips, a força de ''Joker'' se concentra na trilha da islandesa Hildur e na performance estupenda de Joaquin Phoenix. O filme, que tem um discurso claro, nem sempre consegue trabalhar simbologias e alegorias da melhor forma, o que torna o mesmo cansativo, mas ancorado por um Phoenix totalmente imerso e entregue em um personagem tão complexo, acaba criando algum tipo de estofo que faz você pensar no que ele realmente quer dizer.
Se ''Joker'' não tem metade da inteligência que acredita ter (e metade da população que o viu também acha), ainda tem algo a falar sobre a devoção de ''mitos'' que a população sempre persiste em criar. E mais uma vez, Joaquin Phoenix, melhor ator de sua geração, torna isso tão palpável que é impossível ser indiferente a essa experiência.
Dois Papas
4.1 962 Assista AgoraAcredito que o Meirelles ainda filma como se tivesse fazendo filmes como ''Jardineiro Fiél'' e ''Cidade de Deus'', mas essas handcam e outras escolhas não são as melhores pra filmar uma clara peça de teatro. A utilização de flashbacks para ''dinamizar'' a trama e trabalhar a mise-en-scène de forma que torne a experiência ainda mais ''cinematográfica'' também quase nunca funciona. Sorte do diretor, ele tem um roteiro muito mais honesto do que o esperado e uma dupla de atores simplesmente sensacional em cena, não fosse Pryce e Hopkins, o filme não teria a mesma força.
Em Trânsito
3.8 48 Assista AgoraÉ uma história introspectiva, com uma linguagem quase moderna, que ainda dialoga e tem muita pungência mesmo que o tema não surpreenda. O elenco é um arraso e o Petzold sabe como filmar tudo de forma quase melancólica.
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista Agorasem brilho, esquecível e, consideravelmente, covarde, que desperdício de fim de saga.
Bixa Travesty
4.3 78 Assista AgoraAcho foda como a câmera está viciada no corpo da Linn e como ela consegue expressar isso ainda mais, um excelente documentário que fala sobre ser ou ''o ser'' de forma bem aberta.
Parasita
4.5 3,6K Assista Agora''Ainda bem que choveu ontem, estávamos precisando e hoje o dia amanheceu lindo''.
Essa frase sintetiza a força desse FILMAÇO! Obrigado, Mr. Bong!
As Golpistas
3.5 538 Assista AgoraMuito mais divertido e político do que eu jamais esperei, esse novo filme de Lorene Scafaria dialoga com um país que nunca superou a quebra financeira que sofreu pouco mais de uma década atrás.
A diretora, de forma muito inteligente, coloca mulheres (brancas, negras, latinas e asiáticas) para contar a história de forma fácil, mas sempre muito pungente. A relação que é estabelecida entre Destiny e Ramona (com duas performances deslumbrantes de Wu e Lopez) ajuda o filme em todos os seus âmbitos, do girl power necessário pra comprar a narrativa até a ligação de imigrantes lutando por um espaço em uma américa nada convidativa.
É filme pra todo mundo ver, alguns podem pegar apenas a aventura que é contada, mas existe todo um aspecto sócio-político que bate forte no filme, e o resultado é muito bom.
Entre Facas e Segredos
4.0 1,5K Assista AgoraDelicioso whodunit com um elenco, literalmente, estelar!
O novo filme do Rian Johnson não tenta reinventar nada, mas cria um longa de entretenimento que fala, nas entrelinhas e subtextos, sobre a xenofobia crescente no mundo, e especialmente no US.
O elenco brilha muito, com destaque para um Daniel Craig hilário e uma Ana de Armas maravilhosa no centro da coisa toda, o diálogo final entre Chris Evans e De Armas é tão foda pelo tanto que é explicitado que nem tenho palavras.
Recomendo forte.
A Vida Invisível
4.3 645Douglas Sirk está orgulhoso. E Montenegro é patrimônio mundial do cinema.
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraÉ meio inacreditável esse filme quando você pensa no quanto Scorsese já mergulhou tão profundamente nesses temas várias e várias vezes.
E é meio que um olhar muito de ''fim'' mesmo, a forma como a relação entre os personagens é construída, com um elenco simplesmente sem defeitos, como isso vai culminar em algo que dá um nó na garganta. É quase como se a gente fosse meio que a Anna Paquin o filme todo.
É muito foda, tem cenas hilárias e outras muito emblemáticas. É Scorsese mostrando pq é o maior diretor em atividade e ver isso no cinema, realmente não tem preço.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraUm pungente, vivo e, incrivelmente, real retrato sobre relacionamentos em uma época moderna. Os dois protagonistas estão estupendos em suas melhores atuações, ever, mas Laura Dern fazendo comédia é sempre delicioso. Obrigado pelos mimos, Baumbach. Amei tão forte que, talvez, eu volte pra fazer textão.
O Relatório
3.5 111 Assista AgoraO começo é insuportável, mas melhora. Porém, é esquecível e fico chocado como ainda fazem filmes assim sem nenhuma novidade enquanto exercício narrativo. Driver muito bom, Bening boa também.
Honeyland
4.1 153Achei hiper singelo, tocante e poderoso. Um achado na Mostra de SP!
Homem-Aranha: Longe de Casa
3.6 1,3K Assista AgoraO começo é muito sofrido, mas a cena que vocês sabem muito bem é uma das melhores de super herói no cinema. O final é maravilhoso, o Jake Gyllenhaal tá maravilhosamente over e Tom Holland IS A STAR!
Aladdin
3.9 1,3K Assista AgoraCampy, cômico e com um Will Smith GENIAL em cena. Delicia demais, adorei! O casal brilha também, a voz de Naomi Scott é um arraso!
Rocketman
4.0 922 Assista AgoraEu ADOREI de uma forma que nem sei explicar, eu tava zero empolgado com o filme porque estava com medo de ser uma biopic boring como sempre fazem, e como o Elton está vivo e em controle, santificasse a vida dele, graças a d-us não é nenhum e nem outro.
O que mais me deixou feliz é como o roteiro está mais interessado em mostrar quem o Elton foi (e ainda é!) do que os acontecimentos de sua vida como uma espécie de sketchs que normalmente circundam essas biopics. Claro que existe toda uma esquematização aqui e ali, mas só por ele lidar diretamente com o ''existencial'' do próprio Elton, já é um prato cheio. Dizem que nós somos o todo das 5 pessoas mais próximas em nossas vidas e acho que o filme representa bem isso. E quando eu achei que tava elevando o filme mais do que merecia, vem aquela cena final com a criança e ''bam!'', tudo realmente fez sentido.
O fato de ser um MUSICAL com sequências incríveis e despirocadas é essencial, o filme conseguiu pegar o espírito do artista em forma visual, e não são só os figurinos deslumbrantes e ''eye-popping'', mas é visualmente campy e entende muito bem isso, se entregando a ele sempre que pode, dando assim uma identidade totalmente singular ao filme, algo que só acrescenta aqui.
A cereja no bolo é a performance 100% carismática, energética e sincera de um Taron Egerton compreendendo não só a personagem que ele faz, mas a atmosfera de seu filme, fantástico! É o tipo de divertimento ousado e bem feito que eu gosto e fiquei muito feliz de ser surpreendido. Quero muito que faça sucesso!
A Grande Dama do Cinema
3.9 13Se você se permitir, dá pra aproveitar bastante. Roteiro mirabolante, mas o diálogo afiado e um elenco insynch ajudam demais o filme.