Carros 3 era o único da trilogia que eu ainda não havia visto e, como havia lido coisas boas a seu respeito, estava com uma expectativa de redenção desse universo - o que não aconteceu.
O filme, como o primeiro, tem um bom ato inicial e uma boa ideia, mas se perde muito em seu andamento. Ele tenta ser o Toy Story 3 da franquia Carros, visando fechar um ciclo na carreira de McQueen e causar comoção nos fãs. Porém, o roteiro não se sustenta, o desenvolvimento tropeça e o resultado é um longa entediante e sem ritmo.
A obra, além disso, falha em estabelecer a passagem do tempo, tão necessária em um filme que aborda suas consequências e o contraste entre o velho e o novo. Excetuando-se McQueen (que precisa de um desenvolvimento para o longa funcionar, já que deve encarar seus medos e aceitar o fim de sua carreira), todos parecem iguais ao primeiro filme, seja na aparência ou na personalidade, não existindo desenvolvimento da grande maioria das personagens: Mater e todos os coadjuvantes em Radiator Springs estão idênticos; Sally aparece somente para lançar uma frase de efeito e chamar Lightning de "Stickers". Se fecharmos os olhos para o plot da aposentadoria, esse longa poderia facilmente se passar um minuto após o final do segundo filme.
(E por falar nele, existe uma tentativa de apagar a todo custo sua má repercussão, não há menção ou reconhecimento de sua existência; todos parecem querer esquecê-lo.)
Sendo assim, Carros 3 fecha o arco de McQueen como corredor de maneira agridoce, entretanto eu tenho plena consciência de que este filme, nostálgico para os fãs, não foi feito para mim - uma audiência que sempre torceu o nariz para toda a franquia.
Lá fui eu reassistir a este filme por conta do meu projeto de zerar a Pixar (link abaixo), este que na minha opinião é o pior longa do estúdio.
Primeiro de tudo, eu realmente acredito que só deram o green light para o filme por causa do Lasseter, o bam-bam-bam da Pixar, criador da franquia Carros e diretor desta sequência. Fico imaginando os envolvidos olhando para o lado e tapando os ouvidos propositalmente para realizar este longa. Ou isso, ou eles realmente só estavam atrás do dinheiro de uma possível continuação e Lasseter entrou no projeto para evitar maiores catástrofes (seria possível?). A pergunta que fica é: o que este filme, como sequência, acrescenta para a franquia? Quase nada. É verdade que ele aprofunda a relação de McQueen e Mater, e a relação deste último consigo mesmo, mas o faz de uma maneira tão simplista que talvez tivesse sido melhor deixar como estava.
O roteiro é mirabolante demais, megalomaníaco demais, pretencioso demais. Se eu já tinha dificuldade em "suspender a descrença" no primeiro, imagine aqui. Um filme de espionagem que toma proporção internacional e tem uma aparição até mesmo da Rainha Rolls-Royce Elizabeth, expandindo o universo até sua maior potência, e automaticamente ampliando o problema que eu já tinha no primeiro: a falta de crença naquilo tudo.
Para piorar, acho o vilão sem carisma algum, com um motivo muito fraco e um plano inverossímil sobre combustível alternativo que poderia ser explorado de uma forma totalmente melhor pelo roteiro. Os coadjuvantes também estão apagadíssimos, a namorada do McQueen, já tão sem graça no primeiro, aqui tem umas cinco falas, acredito eu. E, para finalizar, a lição final sobre amizade entre Lightning e Mater é muito superficial e chega a ser constrangedora.
Já disse que não é segredo eu não gostar da franquia, entretanto acredito que até os maiores fãs e os próprios envolvidos sabem que temos neste longa o pior trabalho realizado pelo estúdio até hoje. (Lightyear quase roubou o posto, hein...)
Nunca fui fã do universo Carros e reassistir a este filme me confirmou novamente o porquê.
Verdade seja dita: o trabalho de animação é excelente, o roteiro tem seus bons momentos (principalmente o primeiro ato), o ritmo é competente (não acho que há uma cena dispensável, por exemplo) e a montagem é bem trabalhada. Mas é na argumentação que ele me perde.
A Pixar já era famosa por dar vida humanoide a brinquedos, insetos, monstros, peixes e por que não... carros?! Eu realmente não entendo exatamente o motivo, entretanto nesse específico caso eu não consigo "suspender a descrença", não funciona para mim. Eu passo o filme todo pensando: "Como um carro conseguiria fazer isso? Como isso é possível em um mundo de... carros?". E isso não me acontece nos outros filmes do estúdio.
Para além disso, o filme também conta com personagens secundários mal desenvolvidos. Hudson talvez seja a personagem mais interessante de todo o longa, pois até mesmo Mater (o carro que mais rouba a cena no filme) não está tão bem aqui - para não falar do péssimo romance entre McQueen e Sally, que não convence.
Portanto, não acho que o filme seja ruim, não o é. No entanto, acredito que tem seus problemas e, particularmente, não me agrada muito. Fico em dúvida entre 2.5 e 3.0 =/
Mais um documentário da Pixar sobre bastidores e montagem de um filme animado. Muito válido para quem curte o gênero, Domee e sua equipe são cativantes demais! =)
O SparkShorts é a decisão da Pixar mais acertada nos últimos tempos. Este documentário procura evidenciar o discurso da empresa de que "seus sonhos podem se tornar realidade", dando uma ideia de oportunidade de ascensão profissional dentro do estúdio. É sempre no mínimo interessante acompanhar esses processos criativos...
Muito válido para quem curte saber dos bastidores da indústria cinematográfica; inspirador para quem é empreendedor ou envolvido com animação. Só achei que algumas partes poderiam ter um aprofundamento maior, como a venda da empresa para a Disney, por exemplo. No mais, um bom documentário :)
O que salva é o shipp Jumkley, rs... De resto, o pior da franquia, na minha opinião. É a series finale de um show que não vi, então não sei se perdi algo, mas... as pessoas convivem com os aliens diariamente (cortando o cabelo, por ex) e mesmo assim a colega da Lilo não acredita que eles existem? Não sei, achei tudo muito corrido, muito bagunçado, sem qualidade narrativa... só não é pior porque as personagens conhecidas sustentam o mínimo.
Esta sequência, um alívio depois do regular “Stitch! O filme” (2003), traz traços mais refinados e um roteiro com mais sustentação, apesar de continuar fraco se comparado ao material de base (que tem muito mais tempero). Uma decisão acertada foi darem novamente um foco ao Elvis e a sua trilha sonora que dispensa comentários. As coadjuvantes têm histórias interessantes, Pleakley continua um ícone drag queen e Stitch com aquela fofura extrema que rouba o filme. Gostei =)
Roteiro fraco que subverte parcialmente a ideia estabelecida de forma tão bela no primeiro filme da franquia: a noção da família de Stitch e de seu laço com Lilo. No final, no entanto, a ideia dos "primos" se amplia e, para falar a verdade, até funciona. A animação, por outro lado, está bem inferior e deixa muito a desejar (mesmo sendo lançamento direto para TV), contando com um final aberto claramente para servir de piloto para a série de TV. Apesar de um vilão meia-boca e de as personagens secundárias que conhecemos terem papeis bem menores, a fofura dos dois protagonistas ainda funciona e salva o longa.
Tecnicamente formidável, com uma fotografia, direção de arte, montagem e efeitos especiais impressionantes, tudo do melhor! As cenas de ação e luta talvez sejam as mais bem coreografadas que eu já vi, com destaque para:
O roteiro é mais bem estruturado e com um ritmo melhor do que o primeiro, na minha opinião. Essa segunda parte tem algumas mudanças consideráveis em relação ao livro e, apesar de eu estar esperando ansiosamente como iriam adaptar a Alia, por exemplo, as decisões tomadas dificilmente me desagradaram. Acho que o único ponto negativo que prejudica o roteiro foi a alteração da passagem do tempo, pois no livro passam-se dois anos entre o encontro Paul/fremen e aquela batalha final, tornando muito mais verossímil que o filme a sua conquista de respeito e poder. Ainda assim, ambas as partes são aulas de como se adaptar uma obra (ainda mais uma tão difícil como Duna).
Nas atuações, todos estão muito bem dirigidos. Lady Jessica é a minha personagem favorita do livro, então creio que exista um viés no tanto que eu gostei de ver Rebecca Ferguson em tela - que presença magnética! Os destaques, além dela, são Butler e Chalamet, os quais parecem ter entendido muito bem suas personagens.
Reassisti e me surpreendi ainda mais com a história. A animação é muito bem feita, tem um ótimo roteiro que combina sci-fi com drama familiar, refrescando as histórias do estúdio, além de uma boa trilha sonora (ideia espetacular invocar o Elvis aqui) e personagens carismáticas... Uma das joias da Disney! :)
Creio ser a segunda vez que eu vejo este filme, me lembrava de pouca coisa e acabei gostando mais do que recordava. Ainda em dúvida se 3.5 ou 4 estrelas…
O roteiro tem suas falhas e obviedades, não chega nem perto da sensação do material original, mas a animação se sustenta, os cenários são detalhados, as personagens são coerentes e verossimilhantes, os novos coadjuvantes são carismáticos, os easter-eggs na tela são bem-vindos e a narrativa prende até o final. Na minha opinião, há o X-Factor Pixar aqui.
Uma dessas obviedades do roteiro (que acontece muito em prequels) é já sabermos o futuro: Mike não será um Assustador. No entanto, continua sendo interessante acompanharmos a construção de sua frustração e posterior aceitação de seu destino. Gostei muito de como essa resolução foi apresentada, seguindo a boa linha anticlímax com que Monstros S.A. também termina sua história.
A mensagem já batida "não desista de seus sonhos" aqui é invertida para a possibilidade de suas ressignificações, para a conclusão de que não somos apenas uma faceta nem nos preenchemos apenas de uma constante.
A Pixar parte (ou partia, pelo menos) de uma premissa muito simples: seja insetos, peixes, monstros, brinquedos ou humanos, todos compartilham sentimentos basais que ressoam no expectador ao nos identificarmos em tais bonecos humanoides. E esse, creio eu, é o seu segredo, a identificação do que nos une como espécie e como seres paradoxais em razão e emoção. Por isso ficamos com uma lágrima no canto dos olhos em todos os seus (melhores) filmes; por isso suas animações são tão incríveis.
Monstros S.A. não é diferente. Reassisti ao longa e confirmo mais uma vez que é um dos meus favoritos da vida por diversos motivos: roteiro espetacular, animação cativante, construção de mundo formidável, trilha sonora marcante (que concorreu ao Oscar em Trilha Sonora e Canção Original, vencendo esta última) e um final anticlímax que torna tudo ainda mais especial.
Uma aula, um exemplo de maestria da Pixar, um dos melhores do estúdio. =D
Animação com uma qualidade bem inferior (nada de novidade considerando as sequências direto para home video) e um roteiro horroroso que apresenta três histórias maçantes com somente as personagens em comum. Tudo parece mal feito, mal montado, mal exposto, mal executado... sinto que não vale nem para os fãs, porque aqui não temos aprofundamento de nada nem de nenhuma personagem. Desnecessário demais!
Atlantis sempre foi uma animação que eu tinha muita expectativa, seja porque tem muitos fãs e admiradores, seja porque era um dos poucos da Walt Disney Animation Studios (dos considerados principais) que eu ainda não havia visto. Parece até que guardei este filme para ter ainda uma experiência estreante...
Não sei se foram essas altas expectativas, mas me decepcionei um pouco com a história. Achei sim a animação bem feita, com características singulares que dão ao filme uma personalidade própria, além das personagens carismáticas (como o protagonista e seus amigos). Porém, sinto que faltou algo... O filme peca na verossimilhança (também necessária mesmo nas animações), peca no estabelecimento do vilão e do perigo apresentado e cai em um grande clichê, sem nenhuma surpresa no roteiro.
No entanto, é fácil ver o porquê existe uma comunidade que o adora. A animação traz consigo uma sensação de novidade, um respiro de novos ares e um tempero de ficção científica, dando um sabor diferente aos velhos métodos e temas desenvolvidos pela Disney até então.
Uma sequência de episódios amarrados de forma mais ou menos em uma história central (outro exemplo de um filme especial de uma série animada da companhia). Repito o que disse no anterior: creio que eu teria apreciado muito mais se tivesse tido contato com a série de TV... (assisti porque estou maratonando os filmes animados da Disney/Pixar.)
Filme sutil, delicado e poderoso, com um roteiro caprichado que trata principalmente do isolamento pessoal que uma rejeição (ou algumas) pode alimentar. A atuação magistral de Paul Giamatti me surpreendeu muito, ele está ótimo no papel e realizou um trabalho fenomenal, se tornou com toda a certeza o meu favorito dentre os indicados ao Oscar de Melhor Ator. Sua personagem é um homem desagradável em vários níveis, e adorei como Giamatti monta os trejeitos e dá vida ao papel, evidenciando com detalhismo suas diversas e profundas camadas. Já Da'Vine Randolph não fica para trás e entrega uma interpretação verdadeira e tênue, que também se tornou minha favorita nas premiações. Além disso, curti muito também a montagem e a direção, achei tudo muito bem contado e muito bem filmado. =)
Gostaria de finalizar registrando um pouquinho do Oscar, que será hoje mais tarde. Nas categorias "principais" (e levando em conta que não vi The Color Purple, indicado para atriz coadjuvante) os melhores foram, na minha opinião:
- Atriz Coadjuvante: Da'vine Joy Randolph. - Ator Coadjuvante: Ryan Gosling. - Atriz: Emma Stone (e Sandra Hüller quase empatada, rs). - Ator: Paul Giamatti - Roteiro Original: Anatomia de uma Queda. - Roteiro Adaptado: Oppenheimer (e A Zona de Interesse quase empatado). - Direção: Christopher Nolan. - Melhor Filme: Oppenheimer.
Sei que Cillian Murphy e Robert Downey Jr. muito provavelmente ganharão, e realmente acho que foram atuações maravilhosas, mas a lista acima é pessoal e tem as minhas preferências. Acho Oppenheimer o longa da temporada, a melhor execução e o melhor filme como produto final, no entanto se tratando de atuações, fico com outros. Tentei ao máximo assistir aos filmes indicados às principais categorias porque gosto de acompanhar o Oscar, e acho que esse ano foi um dos que eu mais consegui assistir aos longas antes da premiação. Feliz =D
Roteiro interessante, inteligente e com um timing de comédia irônica incrível, mereceu a indicação ao Oscar. Apesar da ideia do argumento ser realmente muito boa, o desenvolvimento precisava de um pouco mais de atenção, ao meu ver. A resolução parece perdida e sem saber onde quer chegar, mesmo utilizando a metalinguagem para justificar tais defeitos. Esse recurso é usado aqui de forma avulsa e mal-ajambrada, porém honestamente não interferiu de forma negativa na minha experiência (sou muito fã de meta)!
Já as atuações são boas e os atores, muito bem escalados, mas sinceramente não vi nada que justificasse as indicações aos prêmios... fiquei esperando a "grande cena" do Sterling K. Brown e do Jeffrey Wright, no entanto elas não vieram, na minha opinião.
Um ótimo texto; uma regular execução... esperava mais!
Apesar de ter achado as atuações da Annette Bening e da Jodie Foster incríveis e com uma química impagável, não sei se minhas quintas indicações para o Oscar seriam para elas. O filme tem um roteiro interessante sobre uma figura e um feito controversos, e confesso que fiquei imerso o tempo todo, torcendo pela Nyad.
Dito isso, é inegável o bando de clichês não só no desenvolvimento do longa, como também nos diálogos, nos flashbacks e na montagem. Achei também que as cenas submersas e as do passado poderiam ter sido melhor exploradas… a obra peca na execução.
Grande atuação de Colman Domingo em um filme que objetifica o resgaste de um herói que ficou nas sombras. O longa apresenta de forma satisfatória a biografia de Rustin, curti bastante o roteiro na exposição das questões sexuais e políticas, e na organização da Marcha em si; há a construção emocional e narrativa para o grande dia... mas essa expectativa criada não se concretiza.
Sinto que a produção não queria o enfoque na marcha ou em King, mas isso se torna inevitável devido o desenvolvimento proposto, nos empolgamos com o sentimento de clímax que o movimento deveria trazer. Porém, é ali que o longa perde força, tudo pareceu rápido, sem grandes tomadas ou grandes momentos. O final, que exemplifica a humildade do homem, deixa um sentimento quase de insatisfação como um todo. =/
Apesar de não ter crescido vendo a série de TV nem ter memórias afetivas com este universo, eu lembrava vagamente das personagens e de algumas cenas deste filme (acho que assisti com o meu primo anos atrás?). O filme não tem nada de memorável, a animação não tem grande qualidade e o roteiro tropeça para caramba. Ainda assim, é um bom longa do gênero porque diverte e realmente parece capturar os sentimentos das crianças que fomos…
A continuação segue com o bom uso da metalinguagem (aqui menos orgânica, mas não menos interessante) e principalmente com o relevante timing de comédia, o qual dá uma personalidade única a toda a franquia.
O meu único ponto negativo é o desenvolvimento do roteiro; a qualidade do texto do anterior me agradou muito mais.
Esta continuação conta com duas histórias que parecem quase distintas: a de como Kronk conquistou e perdeu a casa dos sonhos, e a de como ele conquistou e perdeu a mulher dos sonhos… No final temos uma costura de todos os pontos que deixa o resultado final fragmentado, na minha opinião. Por exemplo: a vilã Yzma, personagem central na primeira parte, é esquecida totalmente na metade final do filme.
Entretanto, o longa tem grandes momentos! “Don’t cry for me Marge and Tina” é uma das melhores falas da Disney. Ponto Final. Além dessa, a sequência conta com diversas outras referências, algumas sutis e outras escancaradas, como O Senhor dos Anéis, Titanic, Michael Jackson, etc… :)
Carros 3
3.6 315 Assista AgoraCarros 3 era o único da trilogia que eu ainda não havia visto e, como havia lido coisas boas a seu respeito, estava com uma expectativa de redenção desse universo - o que não aconteceu.
O filme, como o primeiro, tem um bom ato inicial e uma boa ideia, mas se perde muito em seu andamento. Ele tenta ser o Toy Story 3 da franquia Carros, visando fechar um ciclo na carreira de McQueen e causar comoção nos fãs. Porém, o roteiro não se sustenta, o desenvolvimento tropeça e o resultado é um longa entediante e sem ritmo.
A obra, além disso, falha em estabelecer a passagem do tempo, tão necessária em um filme que aborda suas consequências e o contraste entre o velho e o novo. Excetuando-se McQueen (que precisa de um desenvolvimento para o longa funcionar, já que deve encarar seus medos e aceitar o fim de sua carreira), todos parecem iguais ao primeiro filme, seja na aparência ou na personalidade, não existindo desenvolvimento da grande maioria das personagens: Mater e todos os coadjuvantes em Radiator Springs estão idênticos; Sally aparece somente para lançar uma frase de efeito e chamar Lightning de "Stickers". Se fecharmos os olhos para o plot da aposentadoria, esse longa poderia facilmente se passar um minuto após o final do segundo filme.
(E por falar nele, existe uma tentativa de apagar a todo custo sua má repercussão, não há menção ou reconhecimento de sua existência; todos parecem querer esquecê-lo.)
Sendo assim, Carros 3 fecha o arco de McQueen como corredor de maneira agridoce, entretanto eu tenho plena consciência de que este filme, nostálgico para os fãs, não foi feito para mim - uma audiência que sempre torceu o nariz para toda a franquia.
Carros 2
3.1 855 Assista AgoraLá fui eu reassistir a este filme por conta do meu projeto de zerar a Pixar (link abaixo), este que na minha opinião é o pior longa do estúdio.
Primeiro de tudo, eu realmente acredito que só deram o green light para o filme por causa do Lasseter, o bam-bam-bam da Pixar, criador da franquia Carros e diretor desta sequência. Fico imaginando os envolvidos olhando para o lado e tapando os ouvidos propositalmente para realizar este longa. Ou isso, ou eles realmente só estavam atrás do dinheiro de uma possível continuação e Lasseter entrou no projeto para evitar maiores catástrofes (seria possível?). A pergunta que fica é: o que este filme, como sequência, acrescenta para a franquia? Quase nada. É verdade que ele aprofunda a relação de McQueen e Mater, e a relação deste último consigo mesmo, mas o faz de uma maneira tão simplista que talvez tivesse sido melhor deixar como estava.
O roteiro é mirabolante demais, megalomaníaco demais, pretencioso demais. Se eu já tinha dificuldade em "suspender a descrença" no primeiro, imagine aqui. Um filme de espionagem que toma proporção internacional e tem uma aparição até mesmo da Rainha Rolls-Royce Elizabeth, expandindo o universo até sua maior potência, e automaticamente ampliando o problema que eu já tinha no primeiro: a falta de crença naquilo tudo.
Para piorar, acho o vilão sem carisma algum, com um motivo muito fraco e um plano inverossímil sobre combustível alternativo que poderia ser explorado de uma forma totalmente melhor pelo roteiro. Os coadjuvantes também estão apagadíssimos, a namorada do McQueen, já tão sem graça no primeiro, aqui tem umas cinco falas, acredito eu. E, para finalizar, a lição final sobre amizade entre Lightning e Mater é muito superficial e chega a ser constrangedora.
Já disse que não é segredo eu não gostar da franquia, entretanto acredito que até os maiores fãs e os próprios envolvidos sabem que temos neste longa o pior trabalho realizado pelo estúdio até hoje. (Lightyear quase roubou o posto, hein...)
https://filmow.com/listas/pixar-lista-completa-l242236/
Carros
3.4 727 Assista AgoraNunca fui fã do universo Carros e reassistir a este filme me confirmou novamente o porquê.
Verdade seja dita: o trabalho de animação é excelente, o roteiro tem seus bons momentos (principalmente o primeiro ato), o ritmo é competente (não acho que há uma cena dispensável, por exemplo) e a montagem é bem trabalhada. Mas é na argumentação que ele me perde.
A Pixar já era famosa por dar vida humanoide a brinquedos, insetos, monstros, peixes e por que não... carros?! Eu realmente não entendo exatamente o motivo, entretanto nesse específico caso eu não consigo "suspender a descrença", não funciona para mim. Eu passo o filme todo pensando: "Como um carro conseguiria fazer isso? Como isso é possível em um mundo de... carros?". E isso não me acontece nos outros filmes do estúdio.
Para além disso, o filme também conta com personagens secundários mal desenvolvidos. Hudson talvez seja a personagem mais interessante de todo o longa, pois até mesmo Mater (o carro que mais rouba a cena no filme) não está tão bem aqui - para não falar do péssimo romance entre McQueen e Sally, que não convence.
Portanto, não acho que o filme seja ruim, não o é. No entanto, acredito que tem seus problemas e, particularmente, não me agrada muito. Fico em dúvida entre 2.5 e 3.0 =/
O Abraço do Panda: A Fera Vermelha
4.2 2Mais um documentário da Pixar sobre bastidores e montagem de um filme animado. Muito válido para quem curte o gênero, Domee e sua equipe são cativantes demais! =)
Spark Story: Tudo Começa com uma Ideia
4.1 3 Assista AgoraO SparkShorts é a decisão da Pixar mais acertada nos últimos tempos. Este documentário procura evidenciar o discurso da empresa de que "seus sonhos podem se tornar realidade", dando uma ideia de oportunidade de ascensão profissional dentro do estúdio. É sempre no mínimo interessante acompanhar esses processos criativos...
A História da Pixar
4.2 57 Assista AgoraMuito válido para quem curte saber dos bastidores da indústria cinematográfica; inspirador para quem é empreendedor ou envolvido com animação. Só achei que algumas partes poderiam ter um aprofundamento maior, como a venda da empresa para a Disney, por exemplo. No mais, um bom documentário :)
Leroy & Stitch
3.3 42 Assista AgoraO que salva é o shipp Jumkley, rs... De resto, o pior da franquia, na minha opinião. É a series finale de um show que não vi, então não sei se perdi algo, mas... as pessoas convivem com os aliens diariamente (cortando o cabelo, por ex) e mesmo assim a colega da Lilo não acredita que eles existem? Não sei, achei tudo muito corrido, muito bagunçado, sem qualidade narrativa... só não é pior porque as personagens conhecidas sustentam o mínimo.
Lilo & Stitch 2: Stitch Deu Defeito
3.4 126 Assista AgoraEsta sequência, um alívio depois do regular “Stitch! O filme” (2003), traz traços mais refinados e um roteiro com mais sustentação, apesar de continuar fraco se comparado ao material de base (que tem muito mais tempero). Uma decisão acertada foi darem novamente um foco ao Elvis e a sua trilha sonora que dispensa comentários. As coadjuvantes têm histórias interessantes, Pleakley continua um ícone drag queen e Stitch com aquela fofura extrema que rouba o filme. Gostei =)
Stitch! O Filme
3.4 66 Assista AgoraRoteiro fraco que subverte parcialmente a ideia estabelecida de forma tão bela no primeiro filme da franquia: a noção da família de Stitch e de seu laço com Lilo. No final, no entanto, a ideia dos "primos" se amplia e, para falar a verdade, até funciona. A animação, por outro lado, está bem inferior e deixa muito a desejar (mesmo sendo lançamento direto para TV), contando com um final aberto claramente para servir de piloto para a série de TV. Apesar de um vilão meia-boca e de as personagens secundárias que conhecemos terem papeis bem menores, a fofura dos dois protagonistas ainda funciona e salva o longa.
Duna: Parte 2
4.4 585Tecnicamente formidável, com uma fotografia, direção de arte, montagem e efeitos especiais impressionantes, tudo do melhor! As cenas de ação e luta talvez sejam as mais bem coreografadas que eu já vi, com destaque para:
o embate final entre Feyd-Rautha e Muad'Dib.
O roteiro é mais bem estruturado e com um ritmo melhor do que o primeiro, na minha opinião. Essa segunda parte tem algumas mudanças consideráveis em relação ao livro e, apesar de eu estar esperando ansiosamente como iriam adaptar a Alia, por exemplo, as decisões tomadas dificilmente me desagradaram. Acho que o único ponto negativo que prejudica o roteiro foi a alteração da passagem do tempo, pois no livro passam-se dois anos entre o encontro Paul/fremen e aquela batalha final, tornando muito mais verossímil que o filme a sua conquista de respeito e poder. Ainda assim, ambas as partes são aulas de como se adaptar uma obra (ainda mais uma tão difícil como Duna).
Nas atuações, todos estão muito bem dirigidos. Lady Jessica é a minha personagem favorita do livro, então creio que exista um viés no tanto que eu gostei de ver Rebecca Ferguson em tela - que presença magnética! Os destaques, além dela, são Butler e Chalamet, os quais parecem ter entendido muito bem suas personagens.
Um espetáculo!
Lilo & Stitch
3.9 590 Assista AgoraReassisti e me surpreendi ainda mais com a história. A animação é muito bem feita, tem um ótimo roteiro que combina sci-fi com drama familiar, refrescando as histórias do estúdio, além de uma boa trilha sonora (ideia espetacular invocar o Elvis aqui) e personagens carismáticas... Uma das joias da Disney! :)
Universidade Monstros
3.9 1,8K Assista AgoraCreio ser a segunda vez que eu vejo este filme, me lembrava de pouca coisa e acabei gostando mais do que recordava. Ainda em dúvida se 3.5 ou 4 estrelas…
O roteiro tem suas falhas e obviedades, não chega nem perto da sensação do material original, mas a animação se sustenta, os cenários são detalhados, as personagens são coerentes e verossimilhantes, os novos coadjuvantes são carismáticos, os easter-eggs na tela são bem-vindos e a narrativa prende até o final. Na minha opinião, há o X-Factor Pixar aqui.
Uma dessas obviedades do roteiro (que acontece muito em prequels) é já sabermos o futuro: Mike não será um Assustador. No entanto, continua sendo interessante acompanharmos a construção de sua frustração e posterior aceitação de seu destino. Gostei muito de como essa resolução foi apresentada, seguindo a boa linha anticlímax com que Monstros S.A. também termina sua história.
A mensagem já batida "não desista de seus sonhos" aqui é invertida para a possibilidade de suas ressignificações, para a conclusão de que não somos apenas uma faceta nem nos preenchemos apenas de uma constante.
Monstros S.A.
4.2 1,5K Assista AgoraA Pixar parte (ou partia, pelo menos) de uma premissa muito simples: seja insetos, peixes, monstros, brinquedos ou humanos, todos compartilham sentimentos basais que ressoam no expectador ao nos identificarmos em tais bonecos humanoides. E esse, creio eu, é o seu segredo, a identificação do que nos une como espécie e como seres paradoxais em razão e emoção. Por isso ficamos com uma lágrima no canto dos olhos em todos os seus (melhores) filmes; por isso suas animações são tão incríveis.
Monstros S.A. não é diferente. Reassisti ao longa e confirmo mais uma vez que é um dos meus favoritos da vida por diversos motivos: roteiro espetacular, animação cativante, construção de mundo formidável, trilha sonora marcante (que concorreu ao Oscar em Trilha Sonora e Canção Original, vencendo esta última) e um final anticlímax que torna tudo ainda mais especial.
Uma aula, um exemplo de maestria da Pixar, um dos melhores do estúdio. =D
Atlantis 2: O Retorno de Milo
2.9 42 Assista AgoraAnimação com uma qualidade bem inferior (nada de novidade considerando as sequências direto para home video) e um roteiro horroroso que apresenta três histórias maçantes com somente as personagens em comum. Tudo parece mal feito, mal montado, mal exposto, mal executado... sinto que não vale nem para os fãs, porque aqui não temos aprofundamento de nada nem de nenhuma personagem. Desnecessário demais!
Atlantis: O Reino Perdido
3.5 252 Assista AgoraAtlantis sempre foi uma animação que eu tinha muita expectativa, seja porque tem muitos fãs e admiradores, seja porque era um dos poucos da Walt Disney Animation Studios (dos considerados principais) que eu ainda não havia visto. Parece até que guardei este filme para ter ainda uma experiência estreante...
Não sei se foram essas altas expectativas, mas me decepcionei um pouco com a história. Achei sim a animação bem feita, com características singulares que dão ao filme uma personalidade própria, além das personagens carismáticas (como o protagonista e seus amigos). Porém, sinto que faltou algo... O filme peca na verossimilhança (também necessária mesmo nas animações), peca no estabelecimento do vilão e do perigo apresentado e cai em um grande clichê, sem nenhuma surpresa no roteiro.
No entanto, é fácil ver o porquê existe uma comunidade que o adora. A animação traz consigo uma sensação de novidade, um respiro de novos ares e um tempero de ficção científica, dando um sabor diferente aos velhos métodos e temas desenvolvidos pela Disney até então.
A Hora do Recreio: Novas Aventuras na Quinta Série
3.5 6Uma sequência de episódios amarrados de forma mais ou menos em uma história central (outro exemplo de um filme especial de uma série animada da companhia). Repito o que disse no anterior: creio que eu teria apreciado muito mais se tivesse tido contato com a série de TV... (assisti porque estou maratonando os filmes animados da Disney/Pixar.)
O Mundo Depois de Nós
3.2 880 Assista AgoraTema interessante... e só. Com um péssimo roteiro, desenvolvimento e montagem, o filme tenta se sustentar nos ótimos atores, mas não consegue...
... pelo menos ela viu o final de Friends, ne?
Os Rejeitados
4.0 316Filme sutil, delicado e poderoso, com um roteiro caprichado que trata principalmente do isolamento pessoal que uma rejeição (ou algumas) pode alimentar. A atuação magistral de Paul Giamatti me surpreendeu muito, ele está ótimo no papel e realizou um trabalho fenomenal, se tornou com toda a certeza o meu favorito dentre os indicados ao Oscar de Melhor Ator. Sua personagem é um homem desagradável em vários níveis, e adorei como Giamatti monta os trejeitos e dá vida ao papel, evidenciando com detalhismo suas diversas e profundas camadas. Já Da'Vine Randolph não fica para trás e entrega uma interpretação verdadeira e tênue, que também se tornou minha favorita nas premiações. Além disso, curti muito também a montagem e a direção, achei tudo muito bem contado e muito bem filmado. =)
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Gostaria de finalizar registrando um pouquinho do Oscar, que será hoje mais tarde. Nas categorias "principais" (e levando em conta que não vi The Color Purple, indicado para atriz coadjuvante) os melhores foram, na minha opinião:
- Atriz Coadjuvante: Da'vine Joy Randolph.
- Ator Coadjuvante: Ryan Gosling.
- Atriz: Emma Stone (e Sandra Hüller quase empatada, rs).
- Ator: Paul Giamatti
- Roteiro Original: Anatomia de uma Queda.
- Roteiro Adaptado: Oppenheimer (e A Zona de Interesse quase empatado).
- Direção: Christopher Nolan.
- Melhor Filme: Oppenheimer.
Sei que Cillian Murphy e Robert Downey Jr. muito provavelmente ganharão, e realmente acho que foram atuações maravilhosas, mas a lista acima é pessoal e tem as minhas preferências. Acho Oppenheimer o longa da temporada, a melhor execução e o melhor filme como produto final, no entanto se tratando de atuações, fico com outros. Tentei ao máximo assistir aos filmes indicados às principais categorias porque gosto de acompanhar o Oscar, e acho que esse ano foi um dos que eu mais consegui assistir aos longas antes da premiação. Feliz =D
Ficção Americana
3.8 361 Assista AgoraRoteiro interessante, inteligente e com um timing de comédia irônica incrível, mereceu a indicação ao Oscar. Apesar da ideia do argumento ser realmente muito boa, o desenvolvimento precisava de um pouco mais de atenção, ao meu ver. A resolução parece perdida e sem saber onde quer chegar, mesmo utilizando a metalinguagem para justificar tais defeitos. Esse recurso é usado aqui de forma avulsa e mal-ajambrada, porém honestamente não interferiu de forma negativa na minha experiência (sou muito fã de meta)!
Já as atuações são boas e os atores, muito bem escalados, mas sinceramente não vi nada que justificasse as indicações aos prêmios... fiquei esperando a "grande cena" do Sterling K. Brown e do Jeffrey Wright, no entanto elas não vieram, na minha opinião.
Um ótimo texto; uma regular execução... esperava mais!
Hora do Recreio: O Inicio de Tudo
3.5 5Creio que eu teria apreciado muito mais se tivesse tido contato com a série de TV... achei bem meia boca. =/
NYAD
3.7 152Apesar de ter achado as atuações da Annette Bening e da Jodie Foster incríveis e com uma química impagável, não sei se minhas quintas indicações para o Oscar seriam para elas. O filme tem um roteiro interessante sobre uma figura e um feito controversos, e confesso que fiquei imerso o tempo todo, torcendo pela Nyad.
Dito isso, é inegável o bando de clichês não só no desenvolvimento do longa, como também nos diálogos, nos flashbacks e na montagem. Achei também que as cenas submersas e as do passado poderiam ter sido melhor exploradas… a obra peca na execução.
Rustin
3.3 80 Assista AgoraGrande atuação de Colman Domingo em um filme que objetifica o resgaste de um herói que ficou nas sombras. O longa apresenta de forma satisfatória a biografia de Rustin, curti bastante o roteiro na exposição das questões sexuais e políticas, e na organização da Marcha em si; há a construção emocional e narrativa para o grande dia... mas essa expectativa criada não se concretiza.
Sinto que a produção não queria o enfoque na marcha ou em King, mas isso se torna inevitável devido o desenvolvimento proposto, nos empolgamos com o sentimento de clímax que o movimento deveria trazer. Porém, é ali que o longa perde força, tudo pareceu rápido, sem grandes tomadas ou grandes momentos. O final, que exemplifica a humildade do homem, deixa um sentimento quase de insatisfação como um todo. =/
A Hora do Recreio: Salvando O Mundo
3.4 96 Assista AgoraApesar de não ter crescido vendo a série de TV nem ter memórias afetivas com este universo, eu lembrava vagamente das personagens e de algumas cenas deste filme (acho que assisti com o meu primo anos atrás?). O filme não tem nada de memorável, a animação não tem grande qualidade e o roteiro tropeça para caramba. Ainda assim, é um bom longa do gênero porque diverte e realmente parece capturar os sentimentos das crianças que fomos…
A Nova Onda do Kronk
3.3 96 Assista AgoraA continuação segue com o bom uso da metalinguagem (aqui menos orgânica, mas não menos interessante) e principalmente com o relevante timing de comédia, o qual dá uma personalidade única a toda a franquia.
O meu único ponto negativo é o desenvolvimento do roteiro; a qualidade do texto do anterior me agradou muito mais.
Esta continuação conta com duas histórias que parecem quase distintas: a de como Kronk conquistou e perdeu a casa dos sonhos, e a de como ele conquistou e perdeu a mulher dos sonhos… No final temos uma costura de todos os pontos que deixa o resultado final fragmentado, na minha opinião. Por exemplo: a vilã Yzma, personagem central na primeira parte, é esquecida totalmente na metade final do filme.
Entretanto, o longa tem grandes momentos! “Don’t cry for me Marge and Tina” é uma das melhores falas da Disney. Ponto Final. Além dessa, a sequência conta com diversas outras referências, algumas sutis e outras escancaradas, como O Senhor dos Anéis, Titanic, Michael Jackson, etc… :)