Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Bicho, esse filme é sério? Esse filme é uma queimação de filme do Raul de 2 horas de duração. É só história de dogrinha no início, no meio e no fim, e de velhos e velhas se vangloriando de terem abusado de entorpecentes junto do cara. Resumiram a carreira do cara à carreira. Tem até cena grotesca do Raul decepando a cabeça de um bode! Qual a necessidade disso? Música mesmo, só trechos. Eu ainda estou tentando entender essa coisa do DOCUMENTARISTAZINHO BRASILEIRO que vai fazer filme sobre músico e não coloca música, só um trecho aqui e outro ali. Muito ruim! Nota 3 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Uma das coisas que mais me dá raiva no CINEMINHA NACIONAL é que eles pegam uns títulos impactantes e colocam nuns filmes bem fuem-fuem-fuem. NERVOS DE AÇO pressupõe um filme de ação, mas na verdade são 1h20min de assédio no ambiente de trabalho. Esse tipo de relação no emprego é horrível, de viver e testemunhar. Outra situação bem desagradável é trabalhar com casal que vive tendo DR. É vergonha alheia diária na certa. E nem te pagam adicional por insalubridade para tanto. Também dá agonia, quando você conhece uma pessoa por quem sente carinho e admiração presa num relacionamento tóxico. Pois bem, o filme é um arremedo de tudo isso aí. Tem todos esses elementos. Mas, se eu quisesse assistir a tudo isso, preferia que fosse sendo pago e com a minha carteira assinada. Num filme é só perda de tempo mesmo. Nota 2 de 10. Como esta foi a última ficção inédita que assiste naquela Mostra, vou falar um pouco do evento. Bom, pois expôs filmes que dificilmente seriam vistos em qualquer outro lugar. Mas a curadoria deixou um pouco a desejar. Muito filme muito ruim. Por outro lado, descobri algo sobre mim que desconhecia. Não me considero um assíduo espectador do cinema brasileiro, mas curiosamente boa parte dos filmes exibidos eu já havia assistido, justamente os melhores da mostra. Alguns até revi! Talvez por isso a minha impressão de ter tanto filme ruim, pois dei preferência aos inéditos para mim, que era a rapa do tacho. TOP 3 MELHORES FILMES (entre os inéditos para mim): MEMÓRIAS DO CÁRCERE (1984), O PALHAÇO (2011), e A REVOLTA DOS MALÊS (2021). TOP 3 PIORES FILMES (entre os inéditos para mim): AMARELO MANGA (2002), O CINEMA É MINHA VIDA (2021), e BERENICE (2017).
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Quando lançado no cinema, lembro das piadinhas com seu título, que o mudavam para "O Cheiro do RABO". Não sei se a direção já previa as piadas, não sei se é algo que já estava presente no livro original, mas o filme começa com a câmera seguindo uma bunda, durante os créditos iniciais. Tentando analisar esta abertura sob os olhos de quando a produção foi feita, e fico na dúvida se aquilo foi uma sacada genial. De qualquer forma, no seu decorrer há diversas boas sacadas e momentos engraçadíssimos, mas todos dispersos e perdidos num filme de quase 2 horas, que não só não consegue manter seu ritmo, como também nunca consegue ser claro quanto a trama que ele quer mostrar. No final, parece um monte de cenas aleatórias jogadas uma atrás da outra, cuja única coisa que as amarra é a necessidade do personagem de Selton Mello - cuja atuação é a melhor coisa aqui - de ver uma bundinha pelada. O Lourenço de Selton, aliás, é exatamente como no meu imaginário vejo o CINEASTINHA BRASILEIRO. Um filme que talvez funcionasse mais como uma série do que como um longa metragem. Nota 3 de 10.
Assisti na plataforma IFCINÉMA À LA CARTE, onde esteve disponível gratuitamente de 10 de maio até 10 de junho de 2021. O filme é muito confuso. A passagem de tempo é confusa. E até mesmo a localização temporal dos eventos do filme é confusa. E tudo isso se agrava por causa da péssima legenda disponibilizada. Mas existe uma história ali, interessante e, mesmo no meio de toda confusão, é possível entender a trama que se quis contar. No final de tudo, a única coisa realmente boa neste filme é a Gladys. Eu poderia ser completamente devorado pela Gladys. 😋 Nota 4 de 10.
Assisti na plataforma PONTE NÓRDICA, onde esteve disponível gratuitamente entre os dias 7 de maio e 3 de junho de 2021. O filme até começa bem, mas daí vai escalando uma montanha de bosta tão rápido, que rola um deslizamento de cocô e espalha merda pra todo canto. O relacionamento entre o casal de irmãos é completamente artificial. Nada justifica a atração que rola entre eles da maneira como se desenvolve. Talvez se ambos fossem adolescentes daria pra engolir, mas como adultos foi completamente irreal. Nota 1 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Isso é MALHAÇÃO feita pro cinema. O que já não é bom como novela, dificilmente seria bom como filme. Mas acho que isso aqui é ainda pior que a novelinha da Globo. A montagem do filme é toda zoada, com uns cortes abruptos nas cenas. As situações são muito forçadas e a atuação ruim só piora ainda mais. Parece até que o filme não tem direção, ou preparação de elenco, pois tem cenas que os atores ficam improvisando esperando que algo aconteça ou que alguém lhes diga "corta". Exemplo disso é a cena em que o irmão do protagonista é arrastado com o braço preso pra dentro do carro, que a sogra dele dirigia, onde pela câmera do banco de trás parece que a atriz na direção do veículo está com dificuldades de pará-lo, enquanto a outra no banco do carona, que faz o papel da filha, fica gritando coisas aleatórias e repetitivas. Essa cena por exemplo, ao final dela tem um corte esquisitíssimo e não é dito o que ocorreu com o menino, que aparece bem mais adiante. Conforme o filme avança há uma sucessão de cenas que parecem completamente sem sentido na trama. Surgem uns personagens nada a ver que passam a ganhar arco só pra desembocar numa cena de violência estúpida, que não precisava contextualizar tanto aqueles personagens para que ela ocorresse. E o filme simplesmente não tem final. Rola algumas cenas confusas e desconexas e não dá pra saber ao certo o que está aconteceu ali. O filme parece ser bem amador. Nota 2 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. A pandemia de COVID-19 me apresentou este senhor: Cavi Borges. Dele assisti: VIDA DE BALCONISTA (2009), UM FILME FRANCÊS (2015), FADO TROPICAL (2020), O CINEMA É MINHA VIDA Vida (2021), e agora SONHO DE RUI (2019). O sujeito é bastante prolixo. São 64 créditos de direção constados no IMDB - enquanto escrevo -, dando uma média de 3 filmes por ano. Média essa enganosa, pois a maioria se concentra nos últimos 10 anos. Fora isso são mais de 160 créditos de produção. Assim, não tem como se dedicar a tantos projetos ao mesmo tempo e produzir coisas minimamente boas. E a prova disso está na qualidade dos seus filmes. São ruins. Não dá pra passar pano pra eles. A VIDA DE BALCONISTA é o tosco que se salva pelas referências, e FADO TROPICAL é apenas assistível, mas O CINEMA É MINHA VIDA é uma das piores coisas que já vi. SONHO DE RUI contudo é diferente. Tem uma tremenda sacada legal de enredo. Sangra pela falta de recursos, e tem um humor que lembra o humor britânico, que não agrada todo mundo, mas como é bom ver um filme nacional que não faz passar raiva e ainda te faz rir. Quando começou referenciando BRADDOCK: O SUPER COMANDO (MISSING IN ACTION, 1984), torci o nariz, mas ele vai bem onde VIDA DE BALCONISTA falha, fazendo das referências algo pontual e restringindo a apenas um nicho, e não atirando pra tudo quanto é lado. Os pontos baixos da produção estão no relacionamento do personagem principal com a professora de inglês, que é bem chato e artificial. E talvez a insistência nas piadas com o meme datado do Chuck Norris, da época da internet à lenha, tenha sido exagerada. Mas a soma é positiva. É fácil agradar quando se tem uma história boa nas mãos. Afinal quem quer rir, tem que fazer rir. E a epopeia de Rui contra o preconceito aos ruivos me fez rir. O que acabou sendo determinante para a minha avaliação foi seu péssimo final. Nota 4 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. PISADA DE ELEFANTE. Quem foi que escutou uma música do Jorge Ben Jor e imaginou ali uma história de homicídio? Mó cara de que o roteiro disso aí estava jogado lá num canto, faltou 30 minutos de filme, então pegaram e meteram a música do Jorge Ben Jor ali. Nota 1 de 10. DRÃO. Pedro Cardoso interpretado o Agustinho desde 1832. Que DR chata do Carille! Pelo menos tem o Pedro Cardoso interpretando o Agustinho. Único dos curtas que usa a música na sua trama. Nota 3 de 10. VOCÊ É LINDA. E, aí, fera!? Descobri o chroma key. Não sei usar o chroma key. Vou lançar o filme mesmo assim. A música do Caetano? Está ali só por estar. Nota: 2 de 10. SAMBA DO GRANDE AMOR. O único dos curtas realmente bom, com uma história realmente interessante. Dava até para fazer um longa disso. Só esse curta é melhor que a maioria dos filmes disponíveis pela Mostra. Infelizmente o final deixa bastante a desejar. Nota 4 de 10. Média (arredondada pra baixo): 2 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. O filme não traz uma única trama ou personagem interessante. E, se não bastasse esse vazio de conteúdo, ainda exibe grotesca cena de um boi sendo morto com requintes de crueldade. NÃO SE SACRIFICA ANIMAL EM PROL DE ENTRETENIMENTO!!! É uma vergonha a curadoria do evento selecionar esse tipo de conteúdo. A montoeira de filmes de mau gosto passa, mas violência animal não tem perdão. Nota 1 de 10. E uma pena que não dê para dar ZERO.
Assisti na plataforma IFCINÉMA À LA CARTE, onde esteve disponível gratuitamente de 10 de maio até 10 de junho de 2021. Que filme confuso! Não dá pra saber quando a personagem principal do filme está sendo ela mesma, ou quando está atuando no filme dentro do filme. E, se esse fosse o único problema, lá vá, mas em cada cena a personagem parece apresentar personalidade diferente. E como fala! Fala, fala, fala, ... E tome legenda, legenda, legenda, ... Chega uma hora que dá vontade de mandar o elenco calar a boca. A única parte boa são as músicas, mas até pra isso vai precisar que o espectador goste daquele tipo de canções. Nota 2 de 10.
Assisti durante a pandemia de COVID-19 no projeto ENCONTRO VIRTUAL DO CINEMATÓGRAFO. Eugène Green é simplesmente uma das piores coisas às quais fui apresentado durante à pandemia de COVID-19. Acho que é o terceiro ou quarto filme que vejo dele. É tudo a mesma coisa, com aquele estilo de interpretação ridículo e constrangedor, que faz o Dolph Lundgren parece um ator shakespeariano. Horrível! Nem merece qualquer tipo de análise específica isso aqui. O pior é que, durante esse período, também fui apresentado a outros diretores que emulam seu estilo. É tipo uma rede onde rola praticamente uma CENTOPÉIA HUMANA da retroalimentação da bosta artística. Nota 1 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Desculpa, mas isso aqui é mais um exemplo do CINEMINHA BRASILEIRO! A única coisa de excepcional aqui é que os caras descolaram uma grana de europeu, que deve ter sido usada pra pagar aquele filtro neon tosco. Por que, assim, qual era a intenção aqui? Denunciar a real influência de fanáticos neopentecostais em repartições públicas que prestam desserviço ao povo? Porque essas pessoas de fato existem, e estão cada vez se proliferando mais. Vai do atendente ao juiz. Dificultando não só divórcio, mas também pessoas trans de trocarem o nome, o público lgbt de ter acesso à união civil, mulheres de terem acesso ao aborto mesmo nos casos previstos por lei, etc, etc, etc. Se a intenção era essa - e esse seria um enredo muito da hora -, por que não fazer isso de maneira escancarada? Já usaram aquele símbolo da pomba, então metia logo um nome que fazia referência a qualquer uma dessas igrejas e retratava elas como de fato são. Porque do jeito que foi feito me parece uma crítica difusa, onde o cara começou referenciando à igreja evangélica, aí, enquanto escrevia o roteiro, viu alguma denuncia de práticas sexuais em certos cultos religiosos - tipo Prem Baba da vida - e precisou forçar isso no filme. Cara, sério isso? Evangélicos fazendo troca de casal pra fortalecer os laços do matrimônio? Ah, cara, como diria o Alborghetti, vá à merda! Qual a necessidade disso? "Uhu, vamos mostra um sexuzinho! Olha como meu filme é adulto! Como eu sou transgressor!". Será que o Cineastinha Brasileiro não consegue fazer filme sem explorar seus atores sexualmente? E, aí, um filme que poderia ser uma denúncia foda, acaba por não passar de uma trama vazia e desinteressante, com uma crítica que não se decide qual é o destinatário, e que parece existir apenas pra expor a Dira Paes peladinha transando. "Uhu, meu filminho tem a Dira Paes peladinha fazendo sé-qui-çu!". E punhetou-se. Soma-se a tudo isso aquela narração em off chatérrima e uma cena grotesca de cesariana. Nota 2 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. MEU DEUS, que milgre! Um filme do Cavi Borges e da Patricia Niedermeier que tem uma história coerente e interpretação descente, e não aquele histerismo teatralesco sem sentido de costume. E uma boa e simples história! Por que não é sempre assim, Cineastinha Brasileiro? Por que você tem que dar ouvido pra aquele bando de punheteiro do cinema marginal que te deu aula no cursinho de cinema? Mas, se por um lado a história é boa, também não chega a ser um açaí com morango, chocolate em pó, granola, biscoito, M&M, e tudo mais que você goste de colocar no seu açaí. Dá pra assistir numa boa sem passar raiva. O ponto alto do filme são as belas imagens da costa portuguesa. Nota 3 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Vamos tirar algo do caminho? A maioria dos filmes com mais de 2 horas de duração não tem história suficiente para ocupar todo seu tempo de tela e tem muita enrolação. E LAVOURA ARCAICA só de ler a sinopse já se vê que não será exceção. Mal o filme começa e se tem a confirmação: uma desnecessária cena de CINCO MINUTOS com o personagem do Selton Mello tocando punheta. É assim que o Cineastinha Brasileiro abre o seu filme: numa bronha. Falando sobre a história do filme em si, incesto é um tema recorrente nas artes de uma maneira geral. Talvez seja o primeiro tabu extensamente explorado artisticamente. A transgressão dos moldes estabelecidos pela sociedade parece conceder, desde sempre, ao artista pontos que o distingue positivamente dos demais, ainda que seu material apresentado não seja tão bom assim. Hoje em dia, o mesmo segue ocorrendo com outros temas que ainda são tabu no mundo em que vivemos. Apesar de se manter como algo profano, o incesto parece ter deixado de despertar interesse no mundo das artes, com exceção do Brasil. Nenhum outro país do mundo parece explorar tanto o tema do incesto como o nosso. Parece que os produtores, diretores e roteiristas brasileiros tem algum complexo de édipo, que se estende para todos os membros da família, muito mal resolvido. Claro que este filme é do início do século, e 20 anos já se passaram desde lá, mas ontem mesmo assisti ao filme FADO TROPICAL (2020) que tem como protagonistas um casal de gêmeos incestuosos. Um exemplo pode parecer pouco, mas é só parar pra pensar alguns minutos e se perguntar quantas produções audiovisuais nacionais com o tema incesto você conhece e quantas estrangeiras? Se só considerar o incesto entre irmão e irmã, o filme desta ficha e o outro aqui mencionado neste comentário, talvez já supere, em uma rápida puxada pela memória, o número de filmes estrangeiros com a mesma temática. Claro que estou exagerando, mas conforme vou pensando, o placar vai virando uma goleada para os brasileiros. Isso é ruim? Não. Histórias boas são histórias boas. Se um determinado país culturalmente tem preferências por um determinado tema ou outro, é apenas uma constatação. Mas talvez, no caso do Cineastinha Brasileiro, fosse preferível tratar certas coisas no divã de uma terapia, e não deixar por aí os vestígios das suas fantasias frustradas. Porque, bicho, TRÊS HORAS DE DURAÇÃO! Mas nem que o cara escrevesse um roteiro em que o Faraó Ramsés II tivesse um relacionamento incestuoso com todos seus mais de 90 filhos e filhas teria história para tanto. Não dá! Isso aí revela uma certa arrogância do diretor que acha tudo que filmou de tão importância que não pode cortar aquele tanto de cenas inúteis que não acrescentam em nada à trama que ele quer contar. E não sei de onde alguns tiram que a duração de seu filme está relacionada com a qualidade do mesmo. Qualquer mínimo problema em um filme com mais de 2 horas de duração se torna um problemão, e, em seguida, insuportável conforme o tempo avança. A atuação teatralesca, com monólogos chatos e intermináveis, já incomodaria num curta-metragem, com 3 horas de duração a vontade que dá é de cegar os olhos e perfurar os tímpanos. Não é possível que várias pessoas no set assistiram ao Selton Mello atuar de maneira histérica e exagerada daquele jeito e não teve um para dizer: "Está, ó, uma bosta, fiel!". Mas temos aqui algo de bom? Algo que possa se apontar e dizer que por causa daquilo dá pra conferir o filme? Se você for assistir no fone e tiver alguma fantasia com o Selton Mello sussurrando no seu ouvido, então você terá ao longo das 3 horas alguns momentos agradáveis, antes de ele recuperar o fôlego e começar a gritar de novo. E aí está outro problema: boa parte do filme é contada com narração em off na voz do ator global. E não é uma narração necessária. Não é como se estivesse contextualizando algo que com imagens não seria suficiente, ele está usando do recurso pra contar algo sem precisar filmar. Em vários momentos, em sua narração ou em monólogos, Selton revela coisas mais importantes sobre a trama, do que nos é mostrado. Mas, ora, isto por acaso é teatro? Audiolivro? Ou isso é um filme? Isto na verdade é uma minissérie. Prática que hoje até deu uma reduzida, depois de muitas denúncias, onde o cineasta brasileiro produz um filme já pensando em dividi-lo em capítulos para passar na Rede Globo como tapa buraco de programação de início de ano, começou a ser feita por volta da época em que este filme foi feito. E nada me tira da cabeça que algo com tão pouco de cinema não tenha sido pensado para tal. Mas, aí, vou pesquisar no Google e não encontro nenhuma referência à conversão do filme em série. Por outro lado encontro escárnios disparatosos como: "[...] o filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos"; "[...] foi homenageado [...] por ser considerado como um dos mais importantes filmes do cinema brasileiro de todos os tempos [...]". É a prova que o abismo do cinema nacional é muito mais profundo do que parece. É uma bolha de retro-bajulação que se mantém distante do gosto do público apenas para se apresentar num pedestal de injustiçado intelectual. Como pode um filme que basicamente é constituído de monólogos e narração em off, não passando de um teatrinho filmado, figurar numa lista de melhores FIL-MES de todos os tempos. Isso é ridículo! O filme é tão bom, mas tão bom, que nem considerado como candidato brasileiro à indicação ao Oscar em seu ano foi. Em seu lugar, sabiamente escolheram o ótimo ABRIL DESPEDAÇADO (2001), filme que concorreu ao GLOBO DE OURO - mas que acabou de fora da lista final do "careca dourado" - e que ajudou a alavancar a carreira internacional do Rodrigo Santoro. E onde está a carreira do Selton Mello graças ao "um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempo" LAVOURA ARCAICA? Isso pode parecer provocação boba, mas não é. Convenhamos, Selton Mello é um ator muito melhor que Rodrigo Santoro, e poderia ter uma carreira internacional se assim o quisesse, mas quem ganhou a oportunidade foi aquele que, quando estava sendo visto, atuou num filme de verdade e não em uma peça teatral encenada para câmeras. E até como teatro LAVOURA ARCAICA é ruim. Qual é o público teatral de uma produção onde o cara passaria 3 horas no palco gritando ou sussurrando - porque aqui é 8 ou 80 - coisas sem sentido, rolando pelo chão e tocando punheta a cada meia hora? Não dá bicho! É ruim! É muito ruim! O engraçado disso tudo é que, há anos, tenho o DVD deste filme aqui em casa e nunca tinha parado pra assistir justamente por conta da sua duração. Não fosse a pandemia de coronavírus, eu provavelmente teria permanecido com a falsa ilusão das exageradas aspas elogiosas que se encontram na capa do produto ainda por muito mais tempo. Há males... que vem para males. Mas, tudo bem, aproveito que ainda está lacrado no saquinho plástico e, daqui há 30 anos, quando DVD se tornar cult que nem o vinil, eu vendo isso pra algum otário. Queria dizer que teria sido melhor ter ido ver o depoimento do corrupto criminoso do Pazuello na CPI do Genocídio, mas parece que aquilo lá também foi um teatrinho caricato de bosta. Nota 2 de 10.
Assisti na MOSTRA 10 OLHARES que ocorreu on-line entre os dias 22 e 30 de abril de 2021. Isso aqui é pornografia! Fim. Não tem mais o que falar. Eu não vou entrar na temática do filme, porque o próprio filme não está nem aí pra esta temática. Ele quer mostrar sexo explícito pra chocar, só que quem se chocaria com essas cenas não vai ver esse filme. O filme sequer tem uma trama, são cenas de sexo explícito e outras com relatos bizarros costuradas com outras cenas que sequer fazem sentido. Até cena de estupro tem no filme. É simplesmente ridículo! E quer prova maior de tudo isso que o filme até um tempo atrás ser hospedado no pornhub? É esse tipo de conteúdo que a curadora achou relevante para representar o cinema nacional da última década. Essa sem sombra de dúvidas foi a pior Mostra que aconteceu online durante a pandemia de coronavírus. Não só os filmes foram muito ruins em sua maioria, mas porque eles não cumprem com o que se propõe, que é fazer uma retrospectiva da última década do cinema nacional. Na última década, o cinema brasileiro evolui muito, nunca antes se explorou tanto o cinema de gênero e os caras simplesmente perderam tempo com CINEMINHA de festival. Nota 1 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Mais um filme com cena de esbofeteamento por personagem que quer exigir respeito. Até quando o cinema - principalmente o CINEMINHA BRASILEIRO - vai normatizar violência familiar em prol de dramaticidade escrota? Se é pra normatizar isso, normatize também a devida reação, vamos mostrar e encorajar as pessoas a reagirem à opressão baseada em fajuta hierarquia familiar. Se aquela cena de esbofeteamento tivesse seguido da personagem Suely quebrando a cara daquela velha escrota no soco e arrancado fora sua dentadura, pelo menos esse filme teria apresentado algo de inovador, como a personagem ficou lá parada chorando, pedindo desculpa - sem motivos - e em posição submissa, não passa de mais um cineminha chato, uma tremenda enrolação, onde não acontece absolutamente nada. Mas pelo menos há uma história ali que não ofende. Já é melhor que a norma do Cineminha Nacional. Nota 2 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Um casal desinteressante, levando uma vida desinteressante, dentro de um galpão desinteressante, fazendo coisas desinteressantes, com amigos desinteressantes, num filme desinteressante, cheio de diálogos desinteressantes, e que de vez enquanto apela pra cenas de sexo explicito desinteressantes. DE-SIN-TE-RES-SAN-TE! A única coisa que não dá pra chamar de desinteressante nesse filme é tudo que se refere à dança contemporânea, porque seria um pleonasmo. Mas há algo de revolucionário aqui: é o primeiro filme da história com cheiro. É um filme que fede a chulé. Quentin Tarantino se o assistisse seria encontrado no dia seguinte infartado numa geladeira de necrotério, depois de varar a madruga batendo punheta. Nota 1 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Mais uma peça de teatro que encenam como filme sem qualquer adaptação. Ou seja, mais um filme ruim desse tipo. Quem quer ir ao teatro, vai ao teatro. Se ainda fosse uma gravação da peça em si sendo encenada, ainda vai, mas não é isso. Liga-se uma câmera e os atores encenam a peça na frente dela. Teatro sem plateia não faz sentido algum. Se é pra fazer um filme, adapta isso, gente. Neste filme pelo menos o bom elenco manda bem demais na atuação, diferente da maioria desse tipo de filme, onde, não basta ser um misto tosco de teatro e cinema, tem que ter uma atuação ruim e caricata - como nas péssimas produções assinadas pelo Cavi Borges e atuadas pela Patrícia Niedermeier, que estão simplesmente entre as piores coisas às quais fui apresentado nessa pandemia de COVID-19. Mas de que adianta boas atuação pra um texto de autoria do nojento e doentio Nelson Rodrigues? E, olha, Lucélia Santos e Matheus Nachtergaele estão mandando muito bem aqui, mereciam um texto muito melhor, e um filme de verdade. A estética preto e branco novamente é usada pra camuflar um filme ruim com um verniz artístico, contudo, involuntariamente, consegue enaltecer ainda mais a atuação dos protagonistas. Nota 2 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Quando assisti SERPARAÇÕES (2002), na semana passada, o que mais me irritou foi o personagem principal interpretado pelo ator-diretor daquele filme, Domingos de Oliveira, porque simplesmente mal dava pra entender o que ele falava. Uma fala embolada, acelerada e atravessada, típica de bêbado, mas também de um tipo de malandro vindo da burguesia carioca que vive de golpe em golpe. Dentro da minha irritação tentei normalizar aquilo como um viés ruim de interpretação, mas eis que assisto mais uma bomba assinada pelo mesmo sujeito - esta auto-cine-biografia - e o Caio Blat, que interpreta o próprio diretor do filme, está falando daquele mesmo jeito. Tipo, o cara naquele SEPARAÇÕES não estava atuando, ele é daquele jeito. hahahaha... O cineminha nacional e suas pitoresquices! BR761 começa com uma narração em off do próprio diretor - mas pode ser do Caio Blat interpretando o diretor - falando que teve dificuldades pra escrever o roteiro do filme, porque não se lembrava das coisas por estar sempre bêbado. Agora, fez sentido aquele jeito de falar. hahahaha... O cara atua bêbado, escreve bêbado e dirige bêbado. O resultado não poderia ser outro: um serviço de bêbado. Ruim, escroto, e sem sentido. O interessante que, tanto naquele filme de 2002 quanto aqui, o cara se retrata como O COMEDOR. Quem tem um sujeitinho desses na família, boêmio, malandro, trambiqueiro, de fala embolada, sabe bem como é o esquema: festa de final de ano, o sujeito aborda todo mundo pra mostra uma foto de uma novinha nua na carteira - hoje em dia, no celular - pra se gabar de quem está comendo, e você com aquela cara de paisagem com vontade de explanar que na verdade ele está é pagando, mas a "política da boa vizinhança" não permite. E este filme aqui é o suprassumo da essência desse tipinho: um velho nojento se vangloriando de seu passado glorioso, pelo qual ele pagou pra ter, em um filme que não passa de um golpe pra quem gosta de fingir que entende de cinema. E aquelas atuações olhando direto pra câmera, que troço ruim e cafona! Nota 1 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Assisti no engano, porque o evento colocou junto com as demais ficções. É um daqueles filmes que caem na armadilha do hibridismo entre ficção e documentário de acabar com dois filmes ruins na mão. Não desenvolve a parte ficcional, e a documental nada tem a acrescentar. E a este adiciona-se um problema a mais: não dá pra saber o que é ficção e o que é documentário. Isso até seria uma qualidade, se as duas frentes do filme fossem boas, mas, sendo as duas ruins, deixa tudo zoado. Tem um monte de cena nada a ver, por exemplo: os dois jantando e falando do cotidiano, um deles consertando o chuveiro, outro estendendo roupa, etc. Nada disso atende a uma trama e não tem nenhum interesse documental. Parece até um falso documentário muito ruim sobre algo desinteressante. Cineastinha brasileiro? Cineastinha brasileiro? Pensa na tua história primeiro! O cara mandou o recado: "Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça". Hoje, qualquer um tem acesso a uma câmera, mas vocês tema nada na cabeça, bicho! Parece até que filma qualquer coisa, só porque o projeto passou no edital. Quer dizer, é claro que é isso, mas, se for pra fingir que não é, capricha mais aí. De bom só o carisma do casal e a cena de dança que ilustra o pôster. Nota 2 de 10.
Olha, juro que tentei gostar do filme, mas fica difícil quando o roteiro desconsidera as próprias regras pré-estabelecidas por ele mesmo por pura conveniência, ou seja lá porque ele resolve desconsiderá-la. A desculpa de ser só entretenimento não cola. Uma história pra entreter precisa fazer sentido. Mas fico feliz que o Brasil siga experimentando gêneros. Essas iniciativas são sempre bem vindas, só estão faltando boas iniciativas mesmo. Nota 2 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Esse comentário é menos sobre a qualidade do filme e mais como me sinti com relação a ele. EU NÃO AGUENTO MAIS ESSE TIPINHO DE PERSONAGEM! Já perdi a paciência! Não é um tipo exclusivo do cinema nacional, mas aqui parece haver adoração mais que excessiva a ele. E não tem corte de classe aqui! Ele não era daquele jeito por ser um sujeito pobre, ignorante ou amargurado. Esse tipo de escroto está presente em todas as classes sociais, oprimindo e torturando física e psicologicamente os filhos, pois ser pai nunca foi um desejo. Ser pai pra esse tipo de escroto nojento é uma extensão da sua masculinidade. É como eles mostram pros outros que transam. "Olha, eu faço filhos! Eu transo com MU-LI-E-RES". Esse tipinho tem que ser extirpado da sociedade. São indivíduos com essa mentalidade, mas que diferente do personagem tem poder nas mãos que está ferrando com o mundo todo. É o desgraçado que quer oprimir os outros pra se sentir poderoso. E, quando pobre e miserável, oprime os filhos, porque são os únicos que conseguem oprimir. Daí as crianças crescem com a cabeça zoada, que será um obstáculo a mais dentre os muitos que a desigualdade social os condenará. E falo isso de um lugar de fala, pois todos os homens da minha família são assim, sem exceção. Uns ferraram a existência dos filhos e filhas mais que outros, mas todos aqueles da mesma geração que a minha tem dificuldades pra ter uma vida minimamente normal. Eu queria que a ficção me entregasse outra coisa. Me entregassem pessoas que reagem a esse tipo de opressão. Que qualquer coisa é melhor que viver oprimido e violentado. Que não precisa ter medo desse tipo, porque não passam de covardes, que, quando se engrossa pra cima deles, eles afinam. Uma das coisas mais libertadoras da minha vida, foi quando virei um soco na cara do meu tio que mora aqui em casa. Ele passou uns 15 dias no quarto dele com vergonha de sair na rua por causa da marca que ficou no rosto e porque mancava devido à queda. E, quando saiu, foi direto no dentista pra repor os dois dentes que perdeu. Imaginem o ódio que estava a pessoa que nunca brigou com ninguém na vida, pra acertar um soco em alguém e ainda lhe arrancar dentes. É isso que esse sujeito faz com as pessoas: as transformar em bichos acuados. Então que sejamos bichos acuados que atacam. Nunca mais ele tentou nada comigo: nunca mais me tocou e nunca mais me torturou psicologicamente. Quando olha pra mim abaixa a cabeça. Eu só queria voltar uns 10 anos antes daquele dia e dizer pra mim mesmo enfrentá-lo. Hoje, eu levaria uma vida muito melhor que a que tenho. Que esses vermes malditos sangrem! Quanto ao filme, sei lá! Me perdeu nesse personagem de porcaria! Ele ainda estupra a própria filha, antes desse lixo terminar. Que filme nojento! Nota 1 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Bicho, que troço chato!!! CHATO!!! DUAS HORAS aturando esse cara falando embolado como se tivesse bêbado! Que insuportável! Com menos de 10 minutos a minha vontade era dar um soco no sujeito. Esse tipinho que fala assim já é insuportável na vida real - quase sempre o sujeito é um desses enrolões metidos a malandros, vide que tem um monte de políticos que falam assim -, porque isso seria bom na ficção? O Agostinho Carrara, de A GRANDE FAMÍLIA, era uma sátira a esses sujeitinhos. Ninguém gosta desse tipo. Só na minha família tem uns três dele, e são o estorvo dos encontros de família, os chatos de quem todo mundo fica fugindo. Mas o filme faz dele seu grande protagonista. Mas não é o único: o personagem do diretor de teatro, é outro chatérrimo, o maluco parece que caiu num pote de cocaína, quando criança. Não tem um único personagem bom nesse filme. E os diálogos... meu Deus... como pode tanto papo bosta? Que ódio desse meu toc de ter que assistir até o final todo filme que começo! E a montagem zoada, com direito a sobreposição de um plano com o mesmo plano pra cobrir corte? hahahaha... Tem youtuber fuleiro, hoje em dia, que não faz isso. E toma-lhe narração em off explicando o que está acontecendo na cena, ou até mesmo os próprios atores olhando pra câmera e explicando o que está se passando com seus personagens. E, pra terminar, como é nojento esse velho se pegando com alguém que tem idade pra ser bisneta dele. Nota 1 de 10.
Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Gravaram a reunião de leitura de roteiro e a de preparação de elenco, e esqueceram de fazer um filme. Nota 1 de 10.
Raul - O Início, o Fim e o Meio
4.1 707Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Bicho, esse filme é sério? Esse filme é uma queimação de filme do Raul de 2 horas de duração. É só história de dogrinha no início, no meio e no fim, e de velhos e velhas se vangloriando de terem abusado de entorpecentes junto do cara. Resumiram a carreira do cara à carreira. Tem até cena grotesca do Raul decepando a cabeça de um bode! Qual a necessidade disso? Música mesmo, só trechos. Eu ainda estou tentando entender essa coisa do DOCUMENTARISTAZINHO BRASILEIRO que vai fazer filme sobre músico e não coloca música, só um trecho aqui e outro ali. Muito ruim! Nota 3 de 10.
Nervos de Aço
2.3 2Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Uma das coisas que mais me dá raiva no CINEMINHA NACIONAL é que eles pegam uns títulos impactantes e colocam nuns filmes bem fuem-fuem-fuem. NERVOS DE AÇO pressupõe um filme de ação, mas na verdade são 1h20min de assédio no ambiente de trabalho. Esse tipo de relação no emprego é horrível, de viver e testemunhar. Outra situação bem desagradável é trabalhar com casal que vive tendo DR. É vergonha alheia diária na certa. E nem te pagam adicional por insalubridade para tanto. Também dá agonia, quando você conhece uma pessoa por quem sente carinho e admiração presa num relacionamento tóxico. Pois bem, o filme é um arremedo de tudo isso aí. Tem todos esses elementos. Mas, se eu quisesse assistir a tudo isso, preferia que fosse sendo pago e com a minha carteira assinada. Num filme é só perda de tempo mesmo. Nota 2 de 10. Como esta foi a última ficção inédita que assiste naquela Mostra, vou falar um pouco do evento. Bom, pois expôs filmes que dificilmente seriam vistos em qualquer outro lugar. Mas a curadoria deixou um pouco a desejar. Muito filme muito ruim. Por outro lado, descobri algo sobre mim que desconhecia. Não me considero um assíduo espectador do cinema brasileiro, mas curiosamente boa parte dos filmes exibidos eu já havia assistido, justamente os melhores da mostra. Alguns até revi! Talvez por isso a minha impressão de ter tanto filme ruim, pois dei preferência aos inéditos para mim, que era a rapa do tacho. TOP 3 MELHORES FILMES (entre os inéditos para mim): MEMÓRIAS DO CÁRCERE (1984), O PALHAÇO (2011), e A REVOLTA DOS MALÊS (2021). TOP 3 PIORES FILMES (entre os inéditos para mim): AMARELO MANGA (2002), O CINEMA É MINHA VIDA (2021), e BERENICE (2017).
O Cheiro do Ralo
3.7 1,1K Assista AgoraAssisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Quando lançado no cinema, lembro das piadinhas com seu título, que o mudavam para "O Cheiro do RABO". Não sei se a direção já previa as piadas, não sei se é algo que já estava presente no livro original, mas o filme começa com a câmera seguindo uma bunda, durante os créditos iniciais. Tentando analisar esta abertura sob os olhos de quando a produção foi feita, e fico na dúvida se aquilo foi uma sacada genial. De qualquer forma, no seu decorrer há diversas boas sacadas e momentos engraçadíssimos, mas todos dispersos e perdidos num filme de quase 2 horas, que não só não consegue manter seu ritmo, como também nunca consegue ser claro quanto a trama que ele quer mostrar. No final, parece um monte de cenas aleatórias jogadas uma atrás da outra, cuja única coisa que as amarra é a necessidade do personagem de Selton Mello - cuja atuação é a melhor coisa aqui - de ver uma bundinha pelada. O Lourenço de Selton, aliás, é exatamente como no meu imaginário vejo o CINEASTINHA BRASILEIRO. Um filme que talvez funcionasse mais como uma série do que como um longa metragem. Nota 3 de 10.
Run
2.9 1Assisti na plataforma IFCINÉMA À LA CARTE, onde esteve disponível gratuitamente de 10 de maio até 10 de junho de 2021. O filme é muito confuso. A passagem de tempo é confusa. E até mesmo a localização temporal dos eventos do filme é confusa. E tudo isso se agrava por causa da péssima legenda disponibilizada. Mas existe uma história ali, interessante e, mesmo no meio de toda confusão, é possível entender a trama que se quis contar. No final de tudo, a única coisa realmente boa neste filme é a Gladys. Eu poderia ser completamente devorado pela Gladys. 😋 Nota 4 de 10.
Homesick
3.2 15Assisti na plataforma PONTE NÓRDICA, onde esteve disponível gratuitamente entre os dias 7 de maio e 3 de junho de 2021. O filme até começa bem, mas daí vai escalando uma montanha de bosta tão rápido, que rola um deslizamento de cocô e espalha merda pra todo canto. O relacionamento entre o casal de irmãos é completamente artificial. Nada justifica a atração que rola entre eles da maneira como se desenvolve. Talvez se ambos fossem adolescentes daria pra engolir, mas como adultos foi completamente irreal. Nota 1 de 10.
Cafuné
2.6 8Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Isso é MALHAÇÃO feita pro cinema. O que já não é bom como novela, dificilmente seria bom como filme. Mas acho que isso aqui é ainda pior que a novelinha da Globo. A montagem do filme é toda zoada, com uns cortes abruptos nas cenas. As situações são muito forçadas e a atuação ruim só piora ainda mais. Parece até que o filme não tem direção, ou preparação de elenco, pois tem cenas que os atores ficam improvisando esperando que algo aconteça ou que alguém lhes diga "corta". Exemplo disso é a cena em que o irmão do protagonista é arrastado com o braço preso pra dentro do carro, que a sogra dele dirigia, onde pela câmera do banco de trás parece que a atriz na direção do veículo está com dificuldades de pará-lo, enquanto a outra no banco do carona, que faz o papel da filha, fica gritando coisas aleatórias e repetitivas. Essa cena por exemplo, ao final dela tem um corte esquisitíssimo e não é dito o que ocorreu com o menino, que aparece bem mais adiante. Conforme o filme avança há uma sucessão de cenas que parecem completamente sem sentido na trama. Surgem uns personagens nada a ver que passam a ganhar arco só pra desembocar numa cena de violência estúpida, que não precisava contextualizar tanto aqueles personagens para que ela ocorresse. E o filme simplesmente não tem final. Rola algumas cenas confusas e desconexas e não dá pra saber ao certo o que está aconteceu ali. O filme parece ser bem amador. Nota 2 de 10.
Sonho de Rui
2.6 1Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. A pandemia de COVID-19 me apresentou este senhor: Cavi Borges. Dele assisti: VIDA DE BALCONISTA (2009), UM FILME FRANCÊS (2015), FADO TROPICAL (2020), O CINEMA É MINHA VIDA Vida (2021), e agora SONHO DE RUI (2019). O sujeito é bastante prolixo. São 64 créditos de direção constados no IMDB - enquanto escrevo -, dando uma média de 3 filmes por ano. Média essa enganosa, pois a maioria se concentra nos últimos 10 anos. Fora isso são mais de 160 créditos de produção. Assim, não tem como se dedicar a tantos projetos ao mesmo tempo e produzir coisas minimamente boas. E a prova disso está na qualidade dos seus filmes. São ruins. Não dá pra passar pano pra eles. A VIDA DE BALCONISTA é o tosco que se salva pelas referências, e FADO TROPICAL é apenas assistível, mas O CINEMA É MINHA VIDA é uma das piores coisas que já vi. SONHO DE RUI contudo é diferente. Tem uma tremenda sacada legal de enredo. Sangra pela falta de recursos, e tem um humor que lembra o humor britânico, que não agrada todo mundo, mas como é bom ver um filme nacional que não faz passar raiva e ainda te faz rir. Quando começou referenciando BRADDOCK: O SUPER COMANDO (MISSING IN ACTION, 1984), torci o nariz, mas ele vai bem onde VIDA DE BALCONISTA falha, fazendo das referências algo pontual e restringindo a apenas um nicho, e não atirando pra tudo quanto é lado. Os pontos baixos da produção estão no relacionamento do personagem principal com a professora de inglês, que é bem chato e artificial. E talvez a insistência nas piadas com o meme datado do Chuck Norris, da época da internet à lenha, tenha sido exagerada. Mas a soma é positiva. É fácil agradar quando se tem uma história boa nas mãos. Afinal quem quer rir, tem que fazer rir. E a epopeia de Rui contra o preconceito aos ruivos me fez rir. O que acabou sendo determinante para a minha avaliação foi seu péssimo final. Nota 4 de 10.
Veja Esta Canção
3.2 19Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. PISADA DE ELEFANTE. Quem foi que escutou uma música do Jorge Ben Jor e imaginou ali uma história de homicídio? Mó cara de que o roteiro disso aí estava jogado lá num canto, faltou 30 minutos de filme, então pegaram e meteram a música do Jorge Ben Jor ali. Nota 1 de 10. DRÃO. Pedro Cardoso interpretado o Agustinho desde 1832. Que DR chata do Carille! Pelo menos tem o Pedro Cardoso interpretando o Agustinho. Único dos curtas que usa a música na sua trama. Nota 3 de 10. VOCÊ É LINDA. E, aí, fera!? Descobri o chroma key. Não sei usar o chroma key. Vou lançar o filme mesmo assim. A música do Caetano? Está ali só por estar. Nota: 2 de 10. SAMBA DO GRANDE AMOR. O único dos curtas realmente bom, com uma história realmente interessante. Dava até para fazer um longa disso. Só esse curta é melhor que a maioria dos filmes disponíveis pela Mostra. Infelizmente o final deixa bastante a desejar. Nota 4 de 10. Média (arredondada pra baixo): 2 de 10.
Amarelo Manga
3.8 543 Assista AgoraAssisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. O filme não traz uma única trama ou personagem interessante. E, se não bastasse esse vazio de conteúdo, ainda exibe grotesca cena de um boi sendo morto com requintes de crueldade. NÃO SE SACRIFICA ANIMAL EM PROL DE ENTRETENIMENTO!!! É uma vergonha a curadoria do evento selecionar esse tipo de conteúdo. A montoeira de filmes de mau gosto passa, mas violência animal não tem perdão. Nota 1 de 10. E uma pena que não dê para dar ZERO.
Barbara
3.1 6Assisti na plataforma IFCINÉMA À LA CARTE, onde esteve disponível gratuitamente de 10 de maio até 10 de junho de 2021. Que filme confuso! Não dá pra saber quando a personagem principal do filme está sendo ela mesma, ou quando está atuando no filme dentro do filme. E, se esse fosse o único problema, lá vá, mas em cada cena a personagem parece apresentar personalidade diferente. E como fala! Fala, fala, fala, ... E tome legenda, legenda, legenda, ... Chega uma hora que dá vontade de mandar o elenco calar a boca. A única parte boa são as músicas, mas até pra isso vai precisar que o espectador goste daquele tipo de canções. Nota 2 de 10.
A Ponte das Artes
4.0 39Assisti durante a pandemia de COVID-19 no projeto ENCONTRO VIRTUAL DO CINEMATÓGRAFO. Eugène Green é simplesmente uma das piores coisas às quais fui apresentado durante à pandemia de COVID-19. Acho que é o terceiro ou quarto filme que vejo dele. É tudo a mesma coisa, com aquele estilo de interpretação ridículo e constrangedor, que faz o Dolph Lundgren parece um ator shakespeariano. Horrível! Nem merece qualquer tipo de análise específica isso aqui. O pior é que, durante esse período, também fui apresentado a outros diretores que emulam seu estilo. É tipo uma rede onde rola praticamente uma CENTOPÉIA HUMANA da retroalimentação da bosta artística. Nota 1 de 10.
Divino Amor
3.4 241Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Desculpa, mas isso aqui é mais um exemplo do CINEMINHA BRASILEIRO! A única coisa de excepcional aqui é que os caras descolaram uma grana de europeu, que deve ter sido usada pra pagar aquele filtro neon tosco. Por que, assim, qual era a intenção aqui? Denunciar a real influência de fanáticos neopentecostais em repartições públicas que prestam desserviço ao povo? Porque essas pessoas de fato existem, e estão cada vez se proliferando mais. Vai do atendente ao juiz. Dificultando não só divórcio, mas também pessoas trans de trocarem o nome, o público lgbt de ter acesso à união civil, mulheres de terem acesso ao aborto mesmo nos casos previstos por lei, etc, etc, etc. Se a intenção era essa - e esse seria um enredo muito da hora -, por que não fazer isso de maneira escancarada? Já usaram aquele símbolo da pomba, então metia logo um nome que fazia referência a qualquer uma dessas igrejas e retratava elas como de fato são. Porque do jeito que foi feito me parece uma crítica difusa, onde o cara começou referenciando à igreja evangélica, aí, enquanto escrevia o roteiro, viu alguma denuncia de práticas sexuais em certos cultos religiosos - tipo Prem Baba da vida - e precisou forçar isso no filme. Cara, sério isso? Evangélicos fazendo troca de casal pra fortalecer os laços do matrimônio? Ah, cara, como diria o Alborghetti, vá à merda! Qual a necessidade disso? "Uhu, vamos mostra um sexuzinho! Olha como meu filme é adulto! Como eu sou transgressor!". Será que o Cineastinha Brasileiro não consegue fazer filme sem explorar seus atores sexualmente? E, aí, um filme que poderia ser uma denúncia foda, acaba por não passar de uma trama vazia e desinteressante, com uma crítica que não se decide qual é o destinatário, e que parece existir apenas pra expor a Dira Paes peladinha transando. "Uhu, meu filminho tem a Dira Paes peladinha fazendo sé-qui-çu!". E punhetou-se. Soma-se a tudo isso aquela narração em off chatérrima e uma cena grotesca de cesariana. Nota 2 de 10.
Fado Tropical
2.8 1Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. MEU DEUS, que milgre! Um filme do Cavi Borges e da Patricia Niedermeier que tem uma história coerente e interpretação descente, e não aquele histerismo teatralesco sem sentido de costume. E uma boa e simples história! Por que não é sempre assim, Cineastinha Brasileiro? Por que você tem que dar ouvido pra aquele bando de punheteiro do cinema marginal que te deu aula no cursinho de cinema? Mas, se por um lado a história é boa, também não chega a ser um açaí com morango, chocolate em pó, granola, biscoito, M&M, e tudo mais que você goste de colocar no seu açaí. Dá pra assistir numa boa sem passar raiva. O ponto alto do filme são as belas imagens da costa portuguesa. Nota 3 de 10.
Lavoura Arcaica
4.2 381 Assista AgoraAssisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Vamos tirar algo do caminho? A maioria dos filmes com mais de 2 horas de duração não tem história suficiente para ocupar todo seu tempo de tela e tem muita enrolação. E LAVOURA ARCAICA só de ler a sinopse já se vê que não será exceção. Mal o filme começa e se tem a confirmação: uma desnecessária cena de CINCO MINUTOS com o personagem do Selton Mello tocando punheta. É assim que o Cineastinha Brasileiro abre o seu filme: numa bronha. Falando sobre a história do filme em si, incesto é um tema recorrente nas artes de uma maneira geral. Talvez seja o primeiro tabu extensamente explorado artisticamente. A transgressão dos moldes estabelecidos pela sociedade parece conceder, desde sempre, ao artista pontos que o distingue positivamente dos demais, ainda que seu material apresentado não seja tão bom assim. Hoje em dia, o mesmo segue ocorrendo com outros temas que ainda são tabu no mundo em que vivemos. Apesar de se manter como algo profano, o incesto parece ter deixado de despertar interesse no mundo das artes, com exceção do Brasil. Nenhum outro país do mundo parece explorar tanto o tema do incesto como o nosso. Parece que os produtores, diretores e roteiristas brasileiros tem algum complexo de édipo, que se estende para todos os membros da família, muito mal resolvido. Claro que este filme é do início do século, e 20 anos já se passaram desde lá, mas ontem mesmo assisti ao filme FADO TROPICAL (2020) que tem como protagonistas um casal de gêmeos incestuosos. Um exemplo pode parecer pouco, mas é só parar pra pensar alguns minutos e se perguntar quantas produções audiovisuais nacionais com o tema incesto você conhece e quantas estrangeiras? Se só considerar o incesto entre irmão e irmã, o filme desta ficha e o outro aqui mencionado neste comentário, talvez já supere, em uma rápida puxada pela memória, o número de filmes estrangeiros com a mesma temática. Claro que estou exagerando, mas conforme vou pensando, o placar vai virando uma goleada para os brasileiros. Isso é ruim? Não. Histórias boas são histórias boas. Se um determinado país culturalmente tem preferências por um determinado tema ou outro, é apenas uma constatação. Mas talvez, no caso do Cineastinha Brasileiro, fosse preferível tratar certas coisas no divã de uma terapia, e não deixar por aí os vestígios das suas fantasias frustradas. Porque, bicho, TRÊS HORAS DE DURAÇÃO! Mas nem que o cara escrevesse um roteiro em que o Faraó Ramsés II tivesse um relacionamento incestuoso com todos seus mais de 90 filhos e filhas teria história para tanto. Não dá! Isso aí revela uma certa arrogância do diretor que acha tudo que filmou de tão importância que não pode cortar aquele tanto de cenas inúteis que não acrescentam em nada à trama que ele quer contar. E não sei de onde alguns tiram que a duração de seu filme está relacionada com a qualidade do mesmo. Qualquer mínimo problema em um filme com mais de 2 horas de duração se torna um problemão, e, em seguida, insuportável conforme o tempo avança. A atuação teatralesca, com monólogos chatos e intermináveis, já incomodaria num curta-metragem, com 3 horas de duração a vontade que dá é de cegar os olhos e perfurar os tímpanos. Não é possível que várias pessoas no set assistiram ao Selton Mello atuar de maneira histérica e exagerada daquele jeito e não teve um para dizer: "Está, ó, uma bosta, fiel!". Mas temos aqui algo de bom? Algo que possa se apontar e dizer que por causa daquilo dá pra conferir o filme? Se você for assistir no fone e tiver alguma fantasia com o Selton Mello sussurrando no seu ouvido, então você terá ao longo das 3 horas alguns momentos agradáveis, antes de ele recuperar o fôlego e começar a gritar de novo. E aí está outro problema: boa parte do filme é contada com narração em off na voz do ator global. E não é uma narração necessária. Não é como se estivesse contextualizando algo que com imagens não seria suficiente, ele está usando do recurso pra contar algo sem precisar filmar. Em vários momentos, em sua narração ou em monólogos, Selton revela coisas mais importantes sobre a trama, do que nos é mostrado. Mas, ora, isto por acaso é teatro? Audiolivro? Ou isso é um filme? Isto na verdade é uma minissérie. Prática que hoje até deu uma reduzida, depois de muitas denúncias, onde o cineasta brasileiro produz um filme já pensando em dividi-lo em capítulos para passar na Rede Globo como tapa buraco de programação de início de ano, começou a ser feita por volta da época em que este filme foi feito. E nada me tira da cabeça que algo com tão pouco de cinema não tenha sido pensado para tal. Mas, aí, vou pesquisar no Google e não encontro nenhuma referência à conversão do filme em série. Por outro lado encontro escárnios disparatosos como: "[...] o filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos"; "[...] foi homenageado [...] por ser considerado como um dos mais importantes filmes do cinema brasileiro de todos os tempos [...]". É a prova que o abismo do cinema nacional é muito mais profundo do que parece. É uma bolha de retro-bajulação que se mantém distante do gosto do público apenas para se apresentar num pedestal de injustiçado intelectual. Como pode um filme que basicamente é constituído de monólogos e narração em off, não passando de um teatrinho filmado, figurar numa lista de melhores FIL-MES de todos os tempos. Isso é ridículo! O filme é tão bom, mas tão bom, que nem considerado como candidato brasileiro à indicação ao Oscar em seu ano foi. Em seu lugar, sabiamente escolheram o ótimo ABRIL DESPEDAÇADO (2001), filme que concorreu ao GLOBO DE OURO - mas que acabou de fora da lista final do "careca dourado" - e que ajudou a alavancar a carreira internacional do Rodrigo Santoro. E onde está a carreira do Selton Mello graças ao "um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempo" LAVOURA ARCAICA? Isso pode parecer provocação boba, mas não é. Convenhamos, Selton Mello é um ator muito melhor que Rodrigo Santoro, e poderia ter uma carreira internacional se assim o quisesse, mas quem ganhou a oportunidade foi aquele que, quando estava sendo visto, atuou num filme de verdade e não em uma peça teatral encenada para câmeras. E até como teatro LAVOURA ARCAICA é ruim. Qual é o público teatral de uma produção onde o cara passaria 3 horas no palco gritando ou sussurrando - porque aqui é 8 ou 80 - coisas sem sentido, rolando pelo chão e tocando punheta a cada meia hora? Não dá bicho! É ruim! É muito ruim! O engraçado disso tudo é que, há anos, tenho o DVD deste filme aqui em casa e nunca tinha parado pra assistir justamente por conta da sua duração. Não fosse a pandemia de coronavírus, eu provavelmente teria permanecido com a falsa ilusão das exageradas aspas elogiosas que se encontram na capa do produto ainda por muito mais tempo. Há males... que vem para males. Mas, tudo bem, aproveito que ainda está lacrado no saquinho plástico e, daqui há 30 anos, quando DVD se tornar cult que nem o vinil, eu vendo isso pra algum otário. Queria dizer que teria sido melhor ter ido ver o depoimento do corrupto criminoso do Pazuello na CPI do Genocídio, mas parece que aquilo lá também foi um teatrinho caricato de bosta. Nota 2 de 10.
Nova Dubai
3.0 16Assisti na MOSTRA 10 OLHARES que ocorreu on-line entre os dias 22 e 30 de abril de 2021. Isso aqui é pornografia! Fim. Não tem mais o que falar. Eu não vou entrar na temática do filme, porque o próprio filme não está nem aí pra esta temática. Ele quer mostrar sexo explícito pra chocar, só que quem se chocaria com essas cenas não vai ver esse filme. O filme sequer tem uma trama, são cenas de sexo explícito e outras com relatos bizarros costuradas com outras cenas que sequer fazem sentido. Até cena de estupro tem no filme. É simplesmente ridículo! E quer prova maior de tudo isso que o filme até um tempo atrás ser hospedado no pornhub? É esse tipo de conteúdo que a curadora achou relevante para representar o cinema nacional da última década. Essa sem sombra de dúvidas foi a pior Mostra que aconteceu online durante a pandemia de coronavírus. Não só os filmes foram muito ruins em sua maioria, mas porque eles não cumprem com o que se propõe, que é fazer uma retrospectiva da última década do cinema nacional. Na última década, o cinema brasileiro evolui muito, nunca antes se explorou tanto o cinema de gênero e os caras simplesmente perderam tempo com CINEMINHA de festival. Nota 1 de 10.
O Céu de Suely
3.9 464 Assista AgoraAssisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Mais um filme com cena de esbofeteamento por personagem que quer exigir respeito. Até quando o cinema - principalmente o CINEMINHA BRASILEIRO - vai normatizar violência familiar em prol de dramaticidade escrota? Se é pra normatizar isso, normatize também a devida reação, vamos mostrar e encorajar as pessoas a reagirem à opressão baseada em fajuta hierarquia familiar. Se aquela cena de esbofeteamento tivesse seguido da personagem Suely quebrando a cara daquela velha escrota no soco e arrancado fora sua dentadura, pelo menos esse filme teria apresentado algo de inovador, como a personagem ficou lá parada chorando, pedindo desculpa - sem motivos - e em posição submissa, não passa de mais um cineminha chato, uma tremenda enrolação, onde não acontece absolutamente nada. Mas pelo menos há uma história ali que não ofende. Já é melhor que a norma do Cineminha Nacional. Nota 2 de 10.
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3.6 54Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Um casal desinteressante, levando uma vida desinteressante, dentro de um galpão desinteressante, fazendo coisas desinteressantes, com amigos desinteressantes, num filme desinteressante, cheio de diálogos desinteressantes, e que de vez enquanto apela pra cenas de sexo explicito desinteressantes. DE-SIN-TE-RES-SAN-TE! A única coisa que não dá pra chamar de desinteressante nesse filme é tudo que se refere à dança contemporânea, porque seria um pleonasmo. Mas há algo de revolucionário aqui: é o primeiro filme da história com cheiro. É um filme que fede a chulé. Quentin Tarantino se o assistisse seria encontrado no dia seguinte infartado numa geladeira de necrotério, depois de varar a madruga batendo punheta. Nota 1 de 10.
A Serpente
3.3 4Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Mais uma peça de teatro que encenam como filme sem qualquer adaptação. Ou seja, mais um filme ruim desse tipo. Quem quer ir ao teatro, vai ao teatro. Se ainda fosse uma gravação da peça em si sendo encenada, ainda vai, mas não é isso. Liga-se uma câmera e os atores encenam a peça na frente dela. Teatro sem plateia não faz sentido algum. Se é pra fazer um filme, adapta isso, gente. Neste filme pelo menos o bom elenco manda bem demais na atuação, diferente da maioria desse tipo de filme, onde, não basta ser um misto tosco de teatro e cinema, tem que ter uma atuação ruim e caricata - como nas péssimas produções assinadas pelo Cavi Borges e atuadas pela Patrícia Niedermeier, que estão simplesmente entre as piores coisas às quais fui apresentado nessa pandemia de COVID-19. Mas de que adianta boas atuação pra um texto de autoria do nojento e doentio Nelson Rodrigues? E, olha, Lucélia Santos e Matheus Nachtergaele estão mandando muito bem aqui, mereciam um texto muito melhor, e um filme de verdade. A estética preto e branco novamente é usada pra camuflar um filme ruim com um verniz artístico, contudo, involuntariamente, consegue enaltecer ainda mais a atuação dos protagonistas. Nota 2 de 10.
Barata Ribeiro, 716
3.4 35Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Quando assisti SERPARAÇÕES (2002), na semana passada, o que mais me irritou foi o personagem principal interpretado pelo ator-diretor daquele filme, Domingos de Oliveira, porque simplesmente mal dava pra entender o que ele falava. Uma fala embolada, acelerada e atravessada, típica de bêbado, mas também de um tipo de malandro vindo da burguesia carioca que vive de golpe em golpe. Dentro da minha irritação tentei normalizar aquilo como um viés ruim de interpretação, mas eis que assisto mais uma bomba assinada pelo mesmo sujeito - esta auto-cine-biografia - e o Caio Blat, que interpreta o próprio diretor do filme, está falando daquele mesmo jeito. Tipo, o cara naquele SEPARAÇÕES não estava atuando, ele é daquele jeito. hahahaha... O cineminha nacional e suas pitoresquices! BR761 começa com uma narração em off do próprio diretor - mas pode ser do Caio Blat interpretando o diretor - falando que teve dificuldades pra escrever o roteiro do filme, porque não se lembrava das coisas por estar sempre bêbado. Agora, fez sentido aquele jeito de falar. hahahaha... O cara atua bêbado, escreve bêbado e dirige bêbado. O resultado não poderia ser outro: um serviço de bêbado. Ruim, escroto, e sem sentido. O interessante que, tanto naquele filme de 2002 quanto aqui, o cara se retrata como O COMEDOR. Quem tem um sujeitinho desses na família, boêmio, malandro, trambiqueiro, de fala embolada, sabe bem como é o esquema: festa de final de ano, o sujeito aborda todo mundo pra mostra uma foto de uma novinha nua na carteira - hoje em dia, no celular - pra se gabar de quem está comendo, e você com aquela cara de paisagem com vontade de explanar que na verdade ele está é pagando, mas a "política da boa vizinhança" não permite. E este filme aqui é o suprassumo da essência desse tipinho: um velho nojento se vangloriando de seu passado glorioso, pelo qual ele pagou pra ter, em um filme que não passa de um golpe pra quem gosta de fingir que entende de cinema. E aquelas atuações olhando direto pra câmera, que troço ruim e cafona! Nota 1 de 10.
Esse Amor Que Nos Consome
3.5 30Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Assisti no engano, porque o evento colocou junto com as demais ficções. É um daqueles filmes que caem na armadilha do hibridismo entre ficção e documentário de acabar com dois filmes ruins na mão. Não desenvolve a parte ficcional, e a documental nada tem a acrescentar. E a este adiciona-se um problema a mais: não dá pra saber o que é ficção e o que é documentário. Isso até seria uma qualidade, se as duas frentes do filme fossem boas, mas, sendo as duas ruins, deixa tudo zoado. Tem um monte de cena nada a ver, por exemplo: os dois jantando e falando do cotidiano, um deles consertando o chuveiro, outro estendendo roupa, etc. Nada disso atende a uma trama e não tem nenhum interesse documental. Parece até um falso documentário muito ruim sobre algo desinteressante. Cineastinha brasileiro? Cineastinha brasileiro? Pensa na tua história primeiro! O cara mandou o recado: "Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça". Hoje, qualquer um tem acesso a uma câmera, mas vocês tema nada na cabeça, bicho! Parece até que filma qualquer coisa, só porque o projeto passou no edital. Quer dizer, é claro que é isso, mas, se for pra fingir que não é, capricha mais aí. De bom só o carisma do casal e a cena de dança que ilustra o pôster. Nota 2 de 10.
A Repartição do Tempo
3.1 15 Assista AgoraOlha, juro que tentei gostar do filme, mas fica difícil quando o roteiro desconsidera as próprias regras pré-estabelecidas por ele mesmo por pura conveniência, ou seja lá porque ele resolve desconsiderá-la. A desculpa de ser só entretenimento não cola. Uma história pra entreter precisa fazer sentido. Mas fico feliz que o Brasil siga experimentando gêneros. Essas iniciativas são sempre bem vindas, só estão faltando boas iniciativas mesmo. Nota 2 de 10.
O Exercício do Caos
3.0 14Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Esse comentário é menos sobre a qualidade do filme e mais como me sinti com relação a ele. EU NÃO AGUENTO MAIS ESSE TIPINHO DE PERSONAGEM! Já perdi a paciência! Não é um tipo exclusivo do cinema nacional, mas aqui parece haver adoração mais que excessiva a ele. E não tem corte de classe aqui! Ele não era daquele jeito por ser um sujeito pobre, ignorante ou amargurado. Esse tipo de escroto está presente em todas as classes sociais, oprimindo e torturando física e psicologicamente os filhos, pois ser pai nunca foi um desejo. Ser pai pra esse tipo de escroto nojento é uma extensão da sua masculinidade. É como eles mostram pros outros que transam. "Olha, eu faço filhos! Eu transo com MU-LI-E-RES". Esse tipinho tem que ser extirpado da sociedade. São indivíduos com essa mentalidade, mas que diferente do personagem tem poder nas mãos que está ferrando com o mundo todo. É o desgraçado que quer oprimir os outros pra se sentir poderoso. E, quando pobre e miserável, oprime os filhos, porque são os únicos que conseguem oprimir. Daí as crianças crescem com a cabeça zoada, que será um obstáculo a mais dentre os muitos que a desigualdade social os condenará. E falo isso de um lugar de fala, pois todos os homens da minha família são assim, sem exceção. Uns ferraram a existência dos filhos e filhas mais que outros, mas todos aqueles da mesma geração que a minha tem dificuldades pra ter uma vida minimamente normal. Eu queria que a ficção me entregasse outra coisa. Me entregassem pessoas que reagem a esse tipo de opressão. Que qualquer coisa é melhor que viver oprimido e violentado. Que não precisa ter medo desse tipo, porque não passam de covardes, que, quando se engrossa pra cima deles, eles afinam. Uma das coisas mais libertadoras da minha vida, foi quando virei um soco na cara do meu tio que mora aqui em casa. Ele passou uns 15 dias no quarto dele com vergonha de sair na rua por causa da marca que ficou no rosto e porque mancava devido à queda. E, quando saiu, foi direto no dentista pra repor os dois dentes que perdeu. Imaginem o ódio que estava a pessoa que nunca brigou com ninguém na vida, pra acertar um soco em alguém e ainda lhe arrancar dentes. É isso que esse sujeito faz com as pessoas: as transformar em bichos acuados. Então que sejamos bichos acuados que atacam. Nunca mais ele tentou nada comigo: nunca mais me tocou e nunca mais me torturou psicologicamente. Quando olha pra mim abaixa a cabeça. Eu só queria voltar uns 10 anos antes daquele dia e dizer pra mim mesmo enfrentá-lo. Hoje, eu levaria uma vida muito melhor que a que tenho. Que esses vermes malditos sangrem! Quanto ao filme, sei lá! Me perdeu nesse personagem de porcaria! Ele ainda estupra a própria filha, antes desse lixo terminar. Que filme nojento! Nota 1 de 10.
Separações
3.7 15Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Bicho, que troço chato!!! CHATO!!! DUAS HORAS aturando esse cara falando embolado como se tivesse bêbado! Que insuportável! Com menos de 10 minutos a minha vontade era dar um soco no sujeito. Esse tipinho que fala assim já é insuportável na vida real - quase sempre o sujeito é um desses enrolões metidos a malandros, vide que tem um monte de políticos que falam assim -, porque isso seria bom na ficção? O Agostinho Carrara, de A GRANDE FAMÍLIA, era uma sátira a esses sujeitinhos. Ninguém gosta desse tipo. Só na minha família tem uns três dele, e são o estorvo dos encontros de família, os chatos de quem todo mundo fica fugindo. Mas o filme faz dele seu grande protagonista. Mas não é o único: o personagem do diretor de teatro, é outro chatérrimo, o maluco parece que caiu num pote de cocaína, quando criança. Não tem um único personagem bom nesse filme. E os diálogos... meu Deus... como pode tanto papo bosta? Que ódio desse meu toc de ter que assistir até o final todo filme que começo! E a montagem zoada, com direito a sobreposição de um plano com o mesmo plano pra cobrir corte? hahahaha... Tem youtuber fuleiro, hoje em dia, que não faz isso. E toma-lhe narração em off explicando o que está acontecendo na cena, ou até mesmo os próprios atores olhando pra câmera e explicando o que está se passando com seus personagens. E, pra terminar, como é nojento esse velho se pegando com alguém que tem idade pra ser bisneta dele. Nota 1 de 10.
Eu Sei Que Vou Te Amar
3.6 140Assisti no FESTIVAL ESTAÇÃO VIRTUAL: 35 ANOS DE CINEMA BRASILEIRO que rolou on-line entre os das 6 e 31 de maio de 2021. Gravaram a reunião de leitura de roteiro e a de preparação de elenco, e esqueceram de fazer um filme. Nota 1 de 10.