É interessante as pessoas julgarem o Daly sem enxergarem o quanto de ajuda psicológica ele precisa. Todos nós, volta e meia, colocamos nossa nossas decepções em algum tipo de válvula de escape. É que nem muitas vezes em esportes como o boxe, onde você pode encontrar diálogos muito comuns do tipo: "Pense que aquela manopla é a cara de alguém que você não gosta. Isso vai melhorar seu desempenho". E geralmente alguém vai lá e diz o nome do chefe, da sogra e etc sempre acompanhado de risos.O vídeo-game também é uma dessas válvulas de escape. E atire a primeira pedra aqui quem nunca jogou GTA e foi extremamente maldoso naquelas jogatinas rápidas na qual você violenta, atropela, mata e xinga pessoas? Então é você, que nunca teve empatia com NPC's nenhum de videogame (NPC é um personagem virtual não jogável) quer ter agora com aqueles NPC's do jogo do episódio? Eu não sei em que mundo vocês vivem, mas vocês sabem que os personagens de jogos como GTA entre outros de mundo aberto são inspirados (ou até mesmo atuados, como visto no jogo Until Dawn e The Last of Us) por pessoas reais? Nem que seja pela semelhança física. E ai o episódio tocou justamente nisso, obviamente, elevando isso a vigésima quinta potência, como Black Mirror gosta de fazer.Além disso, é aquela velha repetição da ideia do criado enfrentando o criador. Uma coisa que pode acontecer, bem comum, inclusive, visto no episódio Playtest, da terceira temporada, é uma falha de sistema. Por mais que o episódio não tenha sido tão claro quanto a isso, a partir do momento que a personagem Nanette mexe com a ordem instaurada naquele jogo, que volto a dizer, é realizado por diversos seres humanos envolvidos com procedimentos técnicos-artísticos de linguagem computadorizada, pode-se inferir que ela foi corrompida por algum tipo de falha ou até mesmo vírus. Vírus? Sim. A partir do momento que ela manda um email para a própria versão dela da vida real, e o Daly fala que pode ser spam, a hipótese de vírus pode ser real. Ou seja, esse episódio de Black pode inclusive passear por questões envolvendo tomada de decisões próprias por um vírus que também é criado por um ser humano. Pra mim, esse episódio vai muito além desse senso comum de um cara que se mostra extremamente diferente em um mundo virtual sem regras. Westworld já mexe um pouco com isso.
1 - Shut Up and Dance (E03) 10/10 2 - Men against Fire (E05) 9,5/10 3 - Hated in the Nation (E06) 9/10 4 - Nosedive (E01) 9/10 5 - Playtest (E02) 8,5/10 6 - San Junipero (E04) 7,5/10
Mr. Mercedes é uma eficaz adaptação do ótimo livro homônimo de Stephen King.
Inicialmente, os pontos positivos vão para as atuações dos protagonistas, tanto de Bredan Gleeson (o "herói", Bill Hodges) quanto de Harry Treadway (o vilão, Brady Hartsfield). Ambos representam bem um detetive aposentado (Bill) traumatizado por não ter pego o assassino do seu grande último caso e um homem com transtorno de personalidade (Brady) que procura, como grande conquista, ver o suicídio desse ex-policial que liderou a investigação daquele que ele acredita ser sua maior conquista: a de assassinar 16 pessoas (8 no livro) com uma Mercedes prata roubada numa fila de empregos. O jogo de gato e rato entre eles, não tão bem desenvolvido como no livro (mas isso não entra no aspecto de análise dessa obra em si) também um grande trunfo da série. Ambos meticulosos e com constante preocupação a respeito de seus próprios planos: Bill esconde da polícia que ainda está atrás do intitulado "assassino da Mercedes"; Brady, com seu poder manipulativo, consegue tirar a mãe da própria sobriedade alcoólica somente para que ela não seja mais um problema para ele. Inclusive a relação dele com a mãe mostra o quão psicótica a mãe dele também era, numa relação que se aproxima muito do caso "Norma-Norman Bates" (de Bates Motel/Psicose). A trilha sonora consegue se encaixar bem na grande maioria dos momentos. Seja, inclusive, nas boas cenas de abertura da série (com Bill Hodges sempre acordando para mais um dia de aposentadoria) ou em momentos pontuais que proporcione ainda mais tensão no telespectador. Praticamente todas são voltados ao Rock Clássico de décadas passadas. Porém, vemos problemas quanto o ritmo: há mais arcos narrativos do que necessários nessa série. Isso muitas vezes tira o seu foco, que é a relação Bill-Brady. Algumas vezes, eles se tornaram novelescos e prologam aquilo que poderia se fechar em pelo menos, 8 episódios. Momentos como, por exemplo, a da mãe de Brady, Deborah Hartsfield (Kelly Lynch) procura empregos para possuir uma nova vida e o desenvolvimento da loja de eletrônicos que Brady trabalha, com seu exigente chefe (Robert Stanton), compulsivo por sucesso, naquele representação bem caricaturesca de "chefes-chatos-obssessivos". Além disso, ainda tem a figura de Ida (Holand Taylor) - personagem acrescentada à série, que não existia em seu material fonte - que em seu arco busca constantemente um relacionamento com Bill, não servindo para praticamente mais nada. Esses momentos poderiam muito bem ser otimizados. Acredito, inclusive, que Deborah e Brady poderiam ter seus passados melhores explorados na série, já que este é de grande significância para o desenvolvimento da personalidade dos dois. Porém, a série optou em mostrar apenas pequenos flash-backs o passado de ambos, que pra mim, ficou devendo. Porém o ritmo volta a ficar muito bom em seus três últimos episódios, imergindo o telespectador à trama, no qual ocorre uma série de acontecimentos surpreendentes e mortes inesperadas (para quem não leu o livro). Todas as cenas são bem produzidas, e uma em especial se mostra bastante impactante. A série também opta por não censurar grandes cenas de violência, que isso pra mim também é um ponto positivo.
A renovada "Mr. Mercedes" conseguiu explorar bem a história do material fonte, mudando em alguns pontos, mas sem perder o que tem de melhor: os personagens. Se mostrou bem competente e superior à outras adaptações do autor, como "Under The Dome" e "The Mist". É uma boa supresa, que, por mais que não esteja entre as melhores de 2017, pode cativar um público escasso de boas adaptações do célebre autor norte-americano e também para quem gosta de thrillers psicológicos e criminais.
Só a título de CURIOSIDADE (principalmente pra quem não leu o livro), algumas das principais diferenças entre o livro e o primeiro episódio, que, antes de mais nada, amei, inclusive achei interessantes as mudanças feitas:
- O massacre ocorre realmente em 2009, em abril, mas a história começa logo um ano depois, em abril de 2010 (livro), não em 2011 (série); O número de mortes no massacre no livro consta como 8, na série como 16; - Não existe o arco narrativo de Bill com a vizinha Ida no livro, foi colocado na série; - Bill recebe uma carta (livro) ao invés de dois emails (série); - Bill encontra seu parceiro Pete apenas uma vez no início do livro, assim como também não entra no carro do Mr. Mercedes pós a aposentadoria (naquele estágio da história). - Bill não possui nenhum animal de estimação no livro - Bill possuiu 40 anos de serviço prestado à polícia, não 31 como posto no episódio. - Bill não compra câmeras de vigilância para sua casa no livro.
- Poh, Steve tá tendo um desenvolvimento muito bom nessa temporada, calou minha boca. - "Ela não resistirá a esse sorriso" - Dustin - Sensacional esses guris como ghostbusters - Dustin, deixe de ser idiotaaaa meu filho tá vendo que isso não é certo, cuidar de um bicho desses em casa - Steve e Dustin, melhor dupla inesperada - Steve, o Negan do bem - Essa irmã do Lucas é sensacional, merece ser personagem regular na próxima temporada - Todo ano uma decoração nova na casa da Joyce - Episódio focado na Eleven, quase um filme de origem de x-men - Eleven, deixe de usar o ciúme com Max como motivador de sua raiva! - Mike, seu chato, deixe de criar richa desnecessária com Max, a menina é maior brother, ou, no caso, sister - Ah não boto fé... Mataram logo o Bob? PQP - Ué, os meninos quase morrendo e a mãe do Mike tomando banho numa banheira? E a mãe do Dustin, será que ainda tá procurando o gato? - Qual foi foi a função desse Ranger Vermelho (Billy) nessa temporada? - E essa homenagem a Supernatural com essa cena do bicho saindo do corpo de Will (com as "veias" pretas percorrendo o corpo)? - Não boto fé que Eleven não apertou a mão de Max! Aff, criou uma rivalidade desnecessária, esquece essas coisas do passado, o por já passou - Dustin, nenhuma daquelas meninas te merecem - Como assim a Nancy trocou Steve por Jonathan? (quem diria eu ia pensar nisso) - Every Breath You Take! Aff é pra partir o coração
E por fim: CARAMBA, NETFLIX, QUE TEMPORADA SENSACIONAL ME CHAMA PRA FAZER A TERCEIRA TEMPORADA PRECISO SER PARCEIRO DO DUSTIN
Episódio 18 e um dos melhores e mais engraçados momentos de Barney da temporada: "Oh my god can you just be cool? Once? Please? Just once? Can you just once be cool? Once? Please?" HAHAHAHAHAHAHA A série vai chegando ao fim e Barney continua se superando
No tutorial de hoje, aprenderemos com Game of Thrones em como transformar a série em puro heroísmo barato, diálogos amadores e roteiros forçados cheio de fã service e personagens imortais, com recorde de deus ex machina em um único episódio! tudo isso apenas na tentativa de se criar episódios impactantes e tentar tirar o foco desses probleminhas! Uhum, muito massa, bem divertida essa temporada! (O pior que tá, pra quem esperou 6 anos pra ver isso - agora longe de mim ser cego pra essas coisas). Finalizo com um dos próprios diálogos do episódio 06, que serviu como uma crítica irônica à própria temporada, sem essa intenção rs: - esse daí não parece ser muito inteligente. - Davos disse que ele é um lutador forte. - Bom, isso é mais importante do que ser inteligente. Pessoas inteligentes não vem pra cá procurando por mortos. Roteiros inteligentes não precisam forçar plots. Porém guerras e dragões voando é mais importante do que roteiros bem elaborados.
Qualidade da animação é muito boa! muito violenta, roteiro, que apesar de pecar em alguns pontos (como, para mim, focar muito mais sobre a questão dos oradores), consegue ser direto ao que se propõe. Achei a qualidade da dublagem sensacional!! E os diálogos de Trevor Belmont são muito bons, servem até de alívio cômico na série. Não é perfeita mas dá pra se divertir de boa!
Aquela série que toca apenas com uma trilha sonora, que faz você acreditar que aqueles personagens fictícios são reais e que possui um elenco irretocável. Termino minha jornada por The Leftovers hoje possuindo em mim um reflexão e sensibilidade maior a respeito de fé (e fé alheia), medo (e medo ao desconhecido futuro), escolhas e arrependimentos. Minuciosamente brilhante a forma como a série abordou esses temas além do eficaz desenvolvimento e estudo dos personagens ao longo desses 28 episódios. E no fim, a conformidade de aceitar que nem tudo na vida vai ter uma explicação (não só no sentido literal do entendimento da série, mas acerca dos dramas dos personagens também) e como ter esperança, desistir, morrer e renascer pra algo faz parte da natureza humana e que volta e meia nós iremos nos confrontar com isso - será o que estou fazendo é certo mesmo? Desistir agora pode fazer bem, ou pode fazer mal? o negócio é, como é cantado no tema de abertura do último episódio da terceira temporada (e também tema de abertura da segunda temporada), deixar o mistério apenas ser. Me marcou definitivamente.
Queria muito que essa série tivesse o reconhecimento de público e premiações que ela realmente merece. Essa segunda temporada foi espetacular, foram sentimentos únicos sentidos ao fim de cada episódio. Reflexiva, alucinante, perturbadora, com uma trilha sonora magnífica, que encanta e encanta. E as atuações, produção? sem palavras. Misteriosa no ponto certo, não entrega mais do que propõe, não mastiga nada. The leftovers conseguiu ser uma das melhores coisas feitas na última década, com temas que realmente mexem com você: dos mais simples (mas não menos reflexivos ou complexos), como, por exemplo, as sensações de culpa, arrependimento e medo podem corroer o ser humano após uma tragédia inesperada (e como lidamos com a mesma), à assuntos oníricos e metafísicos (que realmente podem te fazer entender nada). É daquelas séries que irá te fazer ir além. Uma das coisas, por exemplo, que a série me tocou, foi levar a questão do quanto devemos valorizar as pessoas que gostamos e quanto devemos demonstrar para elas o quanto gostamos e o quanto queremos ela por perto. Nunca saberemos o dia de amanhã, nunca saberemos o quão tão próximo ela pode simplesmente partir. Todo episódio que terminava, eu ficava com esse pensamento: Se isso acontecesse comigo hoje, como eu lidaria? E essa season finale? Um absurdo de qualidade. Parabéns, HBO.
Interessante como em todos os episódios no geral ou em alguns de seus momentos me fizeram lembrar letras das canções da banda Engenheiros do Hawaii. Episódio 01:The Nacional Anthem - Trecho da música: “Somos quem podemos ser”.
"Quem ocupa o trono tem culpa, quem oculta o crime também, quem duvida da vida tem culpa, quem evita a dúvida também tem." Toda a situação exposta e toda a resolução da questão da trama foram fortemente ligadas aos seus diversos núcleos: População antipática estreitamente ligada à vontade de consumir a vergonha alheia; a mídia disposta a "lucrar" em cima disso; a esposa do primeiro ministro totalmente influenciada e pressionada por comentários de usuários das redes sociais, mostrando que até mesmo simples comentários podem causar diversos danos e uma reação em cadeia inimaginável; algumas pessoas que, apesar do espanto diante das cenas, não se moviam em prol de uma mudança de atitude em relação ao próximo. Ou seja, todos possuem uma parcela de culpa culminando no ato final escolhido pelo primeiro ministro e as consequências diante deste ato.
Episódios 02: 15 Million Merits - Trecho das músicas "3ª do plural" + "O papa é pop".
"Eles querem te vender, eles querem te comprar. Querem te matar (de rir), querem te fazer chorar. Quem são eles? Quem eles pensam que são? (...) Eles querem te vender, eles querem te comprar, querem te matar (a sede), eles querem te sedar. (...) Vender, comprar, vendar os olhos, jogar a rede... contra a parede, querem te deixar com sede não querem te deixar pensar... Quem são eles? Quem eles pensam que são? Quem são eles? Quem eles pensam que são?” Vemos um episódio de pessoas conformadas com o sistema, onde as próprias a sustentam. Os "detentores" do poder (no caso da música mídia e o sistema capitalista exacerbado) se apropriam de qualquer situação para promover lucro e prolongamento daquele sistema. Utilizam, inclusive, um discurso que os atacam para se promoverem em cima disso. "Todo mundo tá revendo o que nunca foi visto, todo mundo tá comprando os mais vendidos. (...) Qualquer coisa que se mova é um alvo. E ninguém tá salvo... É o pop que não poupa ninguém".
Episódio 03: The Entire History of You – Trecho da música “Pra ser Sincero”.
“Somos suspeitos de um crime perfeito, mas crimes perfeitos não deixam suspeitos.” O caso da traição da personagem Fi tinha sido feita até então de uma forma perfeita, já que depois de 18 meses não havia sinais de desconfiança do seu parceiro Liam quanto à sua fidelidade. De repente, o relacionamento harmônico que estavam vivendo foi destronado através de pequenos detalhes conferidos por Liam, na qual muitos destes passariam despercebidos sem o aparelho eletrônico “grão memorial” utilizado no episódio. Associado à ideia de possessividade de Liam, sua esposa Fi se tornou suspeita daquela situação que até então, como foi dito anteriormente, tinha sido um “crime” perfeito, ou seja, sem suspeitos nem vestígios. Claro, estou usando a traição no sentido de um crime moral pela forma que a nossa sociedade enxerga esse ato, crime contra um relacionamento conjugal monogâmico no caso. “Pra ser sincero não espero que você minta, não se sinta capaz de enganar quem não engana a si mesmo.” Liam poderia falar esse trecho inúmeras vezes para a Fi em relação ao caso extraconjugal dela com o Jonas. Esta muitas vezes só atrapalhava mais a resolução da situação e de seu entendimento com ele, pois a própria se atrapalhava em suas próprias mentiras, mesmo que para ela isso fosse uma forma de proteger seu relacionamento com ele. Neste sentido, insistia em mentir para si mesma a respeito do seu sentimento ou “queda” por Jonas, onde dizia que aquilo não passou de um simples “casinho” mas que no fundo não exatamente essa coisa simples que ela falava, ao ponto dela nem mesmo apagar as memórias dela com ele. Enfim, excelente episódio que geraria inúmeros temas e textos bem longos, mas resumi a uns trechos soltos da canção dos Engenheiros mesmo. Ah, este foi meu preferido.
E ao fim "A vida imita o vídeo". A nossa vida de fato é o reflexo das criticas desta série inglesa, mesmo que esta se passe muitas vezes em um futuro absurdamente mais tecnológico que o nosso presente. E é exatamente nesse paradoxo que o brilhantismo e a genialidade de Black Mirror se destaca: O futuro tecnológico (e muitas vezes distópico) como uma crítica para ao atual momento da nossa sociedade.
Penny Dreadful consegue fazer o terror psicológico dramático de maneira tão bonita e madura que é difícil você comparar com algo que você já viu. A atuação de Eva Green e a história de Vanessa Ives foi de encher os olhos em muitos momentos, uma das coisas mais memoráveis que terei a partir de hoje em minha mente. A sua luta, a sua delicadeza, a sua fé, suas tristezas e todas as suas dificuldades que culminaram naquela escolha no ato final me fez pensar o quanto ela foi uma das personagens mais sofreram em uma série, o quão a vida nem sempre nos reserva finais felizes, mesmo com muita luta. Pensei o quanto eu poderia fazer o mesmo que ela. Foram 27 episódios cheio de romantismo, de charme, de poesia, sem se tornar maçante e forçado em nenhum momento. E é nesse romantismo que Penny Dreadful teve uma das suas "armas" mais fortes, onde a faz ficar incomparável com alguma série. O ultrarromantismo que era vivenciado na época sendo transmitido de maneira tão tocante pela série. Pra quem não sabe, esse tipo romantismo aborda muito a questão da morte, do pessimismo, do isolamento. E todo o drama realmente toca, de maneira inteligentíssima, nesses temas e os abordam de maneira bem contemplativa. Analisando Penny Dreadful como uma série só, foi algo totalmente marcante pra mim. A direção de arte é maravilhosa, a ambientação, cenários, figurino e fotografia. É artisticamente linda, é como se cada episódio de fato nos oferecesse toda a subjetividade passada por uma grande obra de arte. Imersamente delicada e sensível. Você entra no mundo de Penny Dreaful, você entra na mente dos personagens, você acompanha e percebe seus diálogos como se estivesse lá, os admirando. A produção digna de cinema me encantou e me faz recomendar Penny Dreadful a qualquer um. É tocante, é sublime. Original. Vai deixar muita saudade, mesmo com todos os problemas e defeitos apresentados nela durante essa sua terceira e última temporada, que eu preferi não colocar nesse comentário pra ficar apenas com a imagem de quão bonita essa série foi.
Episódios passam e eu ainda não consigo entender o ódio que muita gente tem com o Wes. Se ele esteve assim entendiante, confuso, é pelo fato de querer descobrir os segredos do seu passado. O garoto desde cedo sofreu pela perda da mãe, cresceu em um lar problemático, sofria preconceito dos próprios ''colegas'' da turma no começo e ainda foi "abandonado" pela namorada, descobriu que a mãe foi estuprada e que ele é filho do homem que fez isso, depois foi atrás dele e o viu ele ser morto na frente dele. E mesmo assim o chamam de 'dramático' e chato. Pensa ai comigo: você seria diferente dele se passasse pelas mesmas situações? E ainda tem gente que achou feio o "casinho" dele com a Laurel... Mas o Frank, por ser o 'galã' da série, é admirado, lindo, maravilhoso, sendo que é um ser deplorável pelas suas atitudes. Mas não, ainda assim bonito mesmo é ele e Laurel. "Todo mundo" torce pra eles e querem a morte de Wes. Me poupe.
Ao falar dessa série, vamos iniciar a respeito de dois nomes: Vera Farmiga e Freddie Highmore. Pode até ser um assunto já batido, mas não existe a mínima possibilidade de esquecer as atuações de ambos nessa série até aqui. É de encher os olhos de admiração quando se ver a entrega de corpo e alma que eles fazem pelos seus respectivos papéis, e o resultado magnífico que sai disso. O entrosamento dos dois é fantástico. Golden Globe e Emmy, não sejam injustos com os dois no próximo ano. Eles merecem muito reconhecimento. Um dos pontos mais fortes dessa série, retificado aqui nessa temporada, é a relação mãe-filho, Norman e Norma Bates. Um relação possessiva, protetora e meio incestuosa, que apesar de não ter rolado nenhum selinho como foi na segunda temporada, foi intensificada aqui, mais pelo lado de Norman, com sua "síndrome de Édipo". O Norman se aproximando cada vez mais do Norman de Psicose. A temporada que mais desenvolveu e mostrou seu Transtorno dissociativo de identidade, e que nesses foram os melhores momentos da série. Cenas de te deixar boquiaberto. Confesso, contudo, que o que mais me irrita nessa série são seus plots. As histórias paralelas são fracas. Nisso, o roteiro meio que peca.
Nessa temporada, por exemplo, começou bem com a morte das acompanhantes de luxo, o que me fez pensar em muita coisa, e a própria série criou em eu seus telespectadores uma grande expectativa, mas foi tendo resoluções muito fracas e decepcionantes para o que se podia imaginar.
Esperava muito mais, uma história que realmente te prendesse. Mas aqui o que prende mesmo são os personagens - e que por incrível que pareça - todos têm a sua importância, possuem as suas próprias cargas dramáticas. E o elenco é todo bom. Amo o filme original "Psicose", amo temas relacionados à Psicologia, Psiquiatria, Neurologia. E isso que me faz acompanhar a série desde o início. E o que me deixa feliz é que como eles estão bem em relação à isso, seguindo o caminho do filme - fazendo até uma referência nesse último episódio - desenvolvendo bem os personagens e a personalidade do Norman. Isso tá me dando gosto de ver, creio que todo episódio que assisto torço muito para que ele seja todo focado nos dramas dos personagens, da relação mãe e filho e não de histórias paralelas aleatórias, que são importantes claro, mas poderiam ser melhor trabalhadas. Não vou mentir que muitas vezes estava parecendo uma novela. Espero que a quarta e quinta temporadas mantenham o mesmo nível. E que o fim dela seja muito marcante para todos àqueles que acompanham e que amam o filme do Hitchcock, deixando-nos perplexados, como a Bradley ficou ao ver o Norman falar para ela: ''my mother would like to talk to you...".
E esse final hein? Minha cabeça girou mais do que a cheerleader que aparecia nos flashfowards. Nessa série, todo detalhe é importante... Nada é por acaso, impressionante. No fim foi tanta coisa imprevisível acontecendo, que eu só sei que não sei mais de nada, é tanta teoria que eu tô lendo por ai, que não sei mais quem tá vivo, quem tá morto, quem matou quem, quem é inocente – se existe alguém inocente – se eles estão vivendo num mundo paralelo, se isso tudo é o sonho do Wes, mas que no fim ele tá no High School ainda, se no inicio ele fumou alguma coisa que a Rebeca deu... Eu não duvido mais de nada. Só sei que o roteiro me fez deu vários tapas na cara durante essa temporada, e eu lerdo ainda achando que poderia prever alguma coisa no final.
“Não há verdade no tribunal. Só sua versão dos fatos contra a deles. É assim que a justiça funciona. Não é o que é certo e justo. É quem conta a história mais convincente.” Essa temporada merece palmas.
Confesso que comecei a assistir a essa temporada de Penny Dreadful sem muitas pretensões. A primeira temporada já tinha sido ótima, então o primeiro episódio dessa segunda temporada já dá o recado de que esta temporada vai ser melhor e está sendo! Incrível o nível da qualidade dessa série, está sempre surpreendendo. É terror, é literatura, é goticismo, é poesia, é Eva Green arrasando, é Londres, é fotografia maravilhosa. Penny Dreadful fazendo com extrema notabilidade o que muito filme e série do gênero não conseguiu fazer. Quando a vejo, só me vem algo em mente: Nunca trate como Penny Dreadful alguém que te trata como American Horror Story.
Creio que os 15 minutos finais do último episódio dessa temporada vão ficar marcantes pra mim. Se existisse alguma opção de favoritar ''cenas marcantes'' de filmes ou séries, com certeza eles estariam lá. Valeu muitas vezes por aqueles episódios mornos - com grandes diálogos, não tem como negar. Esse final comprovou o quanto a atuação de Aaron Paul está brilhante. A temporada toda está boa, mas tive que focar nesse último episódio. A adrenalina e o ritmo dela, com aquelas cenas finais... É de emocionar.
Black Mirror (4ª Temporada)
3.8 1,3K Assista Agora06 Black Museum - 9,0
01 USS Callister - 9,0
04 Hang the DJ - 8,5
03 Crocodile - 8,0
02 Arkangel - 7,0
05 Metalhead - 6,0
Média: 7,9
Black Mirror (4ª Temporada)
3.8 1,3K Assista AgoraSobre "USS Callister":
É interessante as pessoas julgarem o Daly sem enxergarem o quanto de ajuda psicológica ele precisa. Todos nós, volta e meia, colocamos nossa nossas decepções em algum tipo de válvula de escape. É que nem muitas vezes em esportes como o boxe, onde você pode encontrar diálogos muito comuns do tipo: "Pense que aquela manopla é a cara de alguém que você não gosta. Isso vai melhorar seu desempenho". E geralmente alguém vai lá e diz o nome do chefe, da sogra e etc sempre acompanhado de risos.O vídeo-game também é uma dessas válvulas de escape. E atire a primeira pedra aqui quem nunca jogou GTA e foi extremamente maldoso naquelas jogatinas rápidas na qual você violenta, atropela, mata e xinga pessoas? Então é você, que nunca teve empatia com NPC's nenhum de videogame (NPC é um personagem virtual não jogável) quer ter agora com aqueles NPC's do jogo do episódio? Eu não sei em que mundo vocês vivem, mas vocês sabem que os personagens de jogos como GTA entre outros de mundo aberto são inspirados (ou até mesmo atuados, como visto no jogo Until Dawn e The Last of Us) por pessoas reais? Nem que seja pela semelhança física. E ai o episódio tocou justamente nisso, obviamente, elevando isso a vigésima quinta potência, como Black Mirror gosta de fazer.Além disso, é aquela velha repetição da ideia do criado enfrentando o criador. Uma coisa que pode acontecer, bem comum, inclusive, visto no episódio Playtest, da terceira temporada, é uma falha de sistema. Por mais que o episódio não tenha sido tão claro quanto a isso, a partir do momento que a personagem Nanette mexe com a ordem instaurada naquele jogo, que volto a dizer, é realizado por diversos seres humanos envolvidos com procedimentos técnicos-artísticos de linguagem computadorizada, pode-se inferir que ela foi corrompida por algum tipo de falha ou até mesmo vírus. Vírus? Sim. A partir do momento que ela manda um email para a própria versão dela da vida real, e o Daly fala que pode ser spam, a hipótese de vírus pode ser real. Ou seja, esse episódio de Black pode inclusive passear por questões envolvendo tomada de decisões próprias por um vírus que também é criado por um ser humano. Pra mim, esse episódio vai muito além desse senso comum de um cara que se mostra extremamente diferente em um mundo virtual sem regras. Westworld já mexe um pouco com isso.
Black Mirror (3ª Temporada)
4.5 1,3K Assista Agora1 - Shut Up and Dance (E03) 10/10
2 - Men against Fire (E05) 9,5/10
3 - Hated in the Nation (E06) 9/10
4 - Nosedive (E01) 9/10
5 - Playtest (E02) 8,5/10
6 - San Junipero (E04) 7,5/10
Mr. Mercedes (1ª Temporada)
4.1 81 Assista AgoraMr. Mercedes é uma eficaz adaptação do ótimo livro homônimo de Stephen King.
Inicialmente, os pontos positivos vão para as atuações dos protagonistas, tanto de Bredan Gleeson (o "herói", Bill Hodges) quanto de Harry Treadway (o vilão, Brady Hartsfield). Ambos representam bem um detetive aposentado (Bill) traumatizado por não ter pego o assassino do seu grande último caso e um homem com transtorno de personalidade (Brady) que procura, como grande conquista, ver o suicídio desse ex-policial que liderou a investigação daquele que ele acredita ser sua maior conquista: a de assassinar 16 pessoas (8 no livro) com uma Mercedes prata roubada numa fila de empregos.
O jogo de gato e rato entre eles, não tão bem desenvolvido como no livro (mas isso não entra no aspecto de análise dessa obra em si) também um grande trunfo da série. Ambos meticulosos e com constante preocupação a respeito de seus próprios planos: Bill esconde da polícia que ainda está atrás do intitulado "assassino da Mercedes"; Brady, com seu poder manipulativo, consegue tirar a mãe da própria sobriedade alcoólica somente para que ela não seja mais um problema para ele. Inclusive a relação dele com a mãe mostra o quão psicótica a mãe dele também era, numa relação que se aproxima muito do caso "Norma-Norman Bates" (de Bates Motel/Psicose).
A trilha sonora consegue se encaixar bem na grande maioria dos momentos. Seja, inclusive, nas boas cenas de abertura da série (com Bill Hodges sempre acordando para mais um dia de aposentadoria) ou em momentos pontuais que proporcione ainda mais tensão no telespectador. Praticamente todas são voltados ao Rock Clássico de décadas passadas.
Porém, vemos problemas quanto o ritmo: há mais arcos narrativos do que necessários nessa série. Isso muitas vezes tira o seu foco, que é a relação Bill-Brady. Algumas vezes, eles se tornaram novelescos e prologam aquilo que poderia se fechar em pelo menos, 8 episódios. Momentos como, por exemplo, a da mãe de Brady, Deborah Hartsfield (Kelly Lynch) procura empregos para possuir uma nova vida e o desenvolvimento da loja de eletrônicos que Brady trabalha, com seu exigente chefe (Robert Stanton), compulsivo por sucesso, naquele representação bem caricaturesca de "chefes-chatos-obssessivos". Além disso, ainda tem a figura de Ida (Holand Taylor) - personagem acrescentada à série, que não existia em seu material fonte - que em seu arco busca constantemente um relacionamento com Bill, não servindo para praticamente mais nada. Esses momentos poderiam muito bem ser otimizados. Acredito, inclusive, que Deborah e Brady poderiam ter seus passados melhores explorados na série, já que este é de grande significância para o desenvolvimento da personalidade dos dois. Porém, a série optou em mostrar apenas pequenos flash-backs o passado de ambos, que pra mim, ficou devendo.
Porém o ritmo volta a ficar muito bom em seus três últimos episódios, imergindo o telespectador à trama, no qual ocorre uma série de acontecimentos surpreendentes e mortes inesperadas (para quem não leu o livro). Todas as cenas são bem produzidas, e uma em especial se mostra bastante impactante. A série também opta por não censurar grandes cenas de violência, que isso pra mim também é um ponto positivo.
A renovada "Mr. Mercedes" conseguiu explorar bem a história do material fonte, mudando em alguns pontos, mas sem perder o que tem de melhor: os personagens. Se mostrou bem competente e superior à outras adaptações do autor, como "Under The Dome" e "The Mist". É uma boa supresa, que, por mais que não esteja entre as melhores de 2017, pode cativar um público escasso de boas adaptações do célebre autor norte-americano e também para quem gosta de thrillers psicológicos e criminais.
O Exorcista (1ª Temporada)
4.0 347 Assista AgoraUm Supernatural católico, com padres no lugar de caçadores rs
Mr. Mercedes (1ª Temporada)
4.1 81 Assista AgoraSó a título de CURIOSIDADE (principalmente pra quem não leu o livro), algumas das principais diferenças entre o livro e o primeiro episódio, que, antes de mais nada, amei, inclusive achei interessantes as mudanças feitas:
- O massacre ocorre realmente em 2009, em abril, mas a história começa logo um ano depois, em abril de 2010 (livro), não em 2011 (série); O número de mortes no massacre no livro consta como 8, na série como 16;
- Não existe o arco narrativo de Bill com a vizinha Ida no livro, foi colocado na série;
- Bill recebe uma carta (livro) ao invés de dois emails (série);
- Bill encontra seu parceiro Pete apenas uma vez no início do livro, assim como também não entra no carro do Mr. Mercedes pós a aposentadoria (naquele estágio da história).
- Bill não possui nenhum animal de estimação no livro
- Bill possuiu 40 anos de serviço prestado à polícia, não 31 como posto no episódio.
- Bill não compra câmeras de vigilância para sua casa no livro.
Stranger Things (2ª Temporada)
4.3 1,6KAlgumas reações ao ver Stranger Things Season 2:
- Poh, Steve tá tendo um desenvolvimento muito bom nessa temporada, calou minha boca.
- "Ela não resistirá a esse sorriso" - Dustin
- Sensacional esses guris como ghostbusters
- Dustin, deixe de ser idiotaaaa meu filho tá vendo que isso não é certo, cuidar de um bicho desses em casa
- Steve e Dustin, melhor dupla inesperada
- Steve, o Negan do bem
- Essa irmã do Lucas é sensacional, merece ser personagem regular na próxima temporada
- Todo ano uma decoração nova na casa da Joyce
- Episódio focado na Eleven, quase um filme de origem de x-men
- Eleven, deixe de usar o ciúme com Max como motivador de sua raiva!
- Mike, seu chato, deixe de criar richa desnecessária com Max, a menina é maior brother, ou, no caso, sister
- Ah não boto fé... Mataram logo o Bob? PQP
- Ué, os meninos quase morrendo e a mãe do Mike tomando banho numa banheira? E a mãe do Dustin, será que ainda tá procurando o gato?
- Qual foi foi a função desse Ranger Vermelho (Billy) nessa temporada?
- E essa homenagem a Supernatural com essa cena do bicho saindo do corpo de Will (com as "veias" pretas percorrendo o corpo)?
- Não boto fé que Eleven não apertou a mão de Max! Aff, criou uma rivalidade desnecessária, esquece essas coisas do passado, o por já passou
- Dustin, nenhuma daquelas meninas te merecem
- Como assim a Nancy trocou Steve por Jonathan? (quem diria eu ia pensar nisso)
- Every Breath You Take! Aff é pra partir o coração
Como Eu Conheci Sua Mãe (8ª Temporada)
4.4 507 Assista AgoraEpisódio 18 e um dos melhores e mais engraçados momentos de Barney da temporada:
"Oh my god can you just be cool? Once? Please? Just once? Can you just once be cool? Once? Please?"
HAHAHAHAHAHAHA A série vai chegando ao fim e Barney continua se superando
Game of Thrones (7ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraGot, Season 7, resumo: "roteiramente" fraca, visualmente esplêndida, metodicamente divertida.
Game of Thrones (7ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraNo tutorial de hoje, aprenderemos com Game of Thrones em como transformar a série em puro heroísmo barato, diálogos amadores e roteiros forçados cheio de fã service e personagens imortais, com recorde de deus ex machina em um único episódio! tudo isso apenas na tentativa de se criar episódios impactantes e tentar tirar o foco desses probleminhas! Uhum, muito massa, bem divertida essa temporada! (O pior que tá, pra quem esperou 6 anos pra ver isso - agora longe de mim ser cego pra essas coisas).
Finalizo com um dos próprios diálogos do episódio 06, que serviu como uma crítica irônica à própria temporada, sem essa intenção rs:
- esse daí não parece ser muito inteligente.
- Davos disse que ele é um lutador forte.
- Bom, isso é mais importante do que ser inteligente. Pessoas inteligentes não vem pra cá procurando por mortos.
Roteiros inteligentes não precisam forçar plots. Porém guerras e dragões voando é mais importante do que roteiros bem elaborados.
Castlevania (1ª Temporada)
4.1 575 Assista AgoraQualidade da animação é muito boa! muito violenta, roteiro, que apesar de pecar em alguns pontos (como, para mim, focar muito mais sobre a questão dos oradores), consegue ser direto ao que se propõe. Achei a qualidade da dublagem sensacional!! E os diálogos de Trevor Belmont são muito bons, servem até de alívio cômico na série. Não é perfeita mas dá pra se divertir de boa!
The Leftovers (3ª Temporada)
4.5 427 Assista AgoraAquela série que toca apenas com uma trilha sonora, que faz você acreditar que aqueles personagens fictícios são reais e que possui um elenco irretocável. Termino minha jornada por The Leftovers hoje possuindo em mim um reflexão e sensibilidade maior a respeito de fé (e fé alheia), medo (e medo ao desconhecido futuro), escolhas e arrependimentos. Minuciosamente brilhante a forma como a série abordou esses temas além do eficaz desenvolvimento e estudo dos personagens ao longo desses 28 episódios. E no fim, a conformidade de aceitar que nem tudo na vida vai ter uma explicação (não só no sentido literal do entendimento da série, mas acerca dos dramas dos personagens também) e como ter esperança, desistir, morrer e renascer pra algo faz parte da natureza humana e que volta e meia nós iremos nos confrontar com isso - será o que estou fazendo é certo mesmo? Desistir agora pode fazer bem, ou pode fazer mal? o negócio é, como é cantado no tema de abertura do último episódio da terceira temporada (e também tema de abertura da segunda temporada), deixar o mistério apenas ser.
Me marcou definitivamente.
The Leftovers (2ª Temporada)
4.5 422 Assista AgoraQueria muito que essa série tivesse o reconhecimento de público e premiações que ela realmente merece. Essa segunda temporada foi espetacular, foram sentimentos únicos sentidos ao fim de cada episódio. Reflexiva, alucinante, perturbadora, com uma trilha sonora magnífica, que encanta e encanta. E as atuações, produção? sem palavras. Misteriosa no ponto certo, não entrega mais do que propõe, não mastiga nada. The leftovers conseguiu ser uma das melhores coisas feitas na última década, com temas que realmente mexem com você: dos mais simples (mas não menos reflexivos ou complexos), como, por exemplo, as sensações de culpa, arrependimento e medo podem corroer o ser humano após uma tragédia inesperada (e como lidamos com a mesma), à assuntos oníricos e metafísicos (que realmente podem te fazer entender nada). É daquelas séries que irá te fazer ir além.
Uma das coisas, por exemplo, que a série me tocou, foi levar a questão do quanto devemos valorizar as pessoas que gostamos e quanto devemos demonstrar para elas o quanto gostamos e o quanto queremos ela por perto. Nunca saberemos o dia de amanhã, nunca saberemos o quão tão próximo ela pode simplesmente partir.
Todo episódio que terminava, eu ficava com esse pensamento: Se isso acontecesse comigo hoje, como eu lidaria?
E essa season finale? Um absurdo de qualidade.
Parabéns, HBO.
Black Mirror (1ª Temporada)
4.4 1,3K Assista AgoraInteressante como em todos os episódios no geral ou em alguns de seus momentos me fizeram lembrar letras das canções da banda Engenheiros do Hawaii.
Episódio 01:The Nacional Anthem - Trecho da música: “Somos quem podemos ser”.
"Quem ocupa o trono tem culpa, quem oculta o crime também, quem duvida da vida tem culpa, quem evita a dúvida também tem."
Toda a situação exposta e toda a resolução da questão da trama foram fortemente ligadas aos seus diversos núcleos: População antipática estreitamente ligada à vontade de consumir a vergonha alheia; a mídia disposta a "lucrar" em cima disso; a esposa do primeiro ministro totalmente influenciada e pressionada por comentários de usuários das redes sociais, mostrando que até mesmo simples comentários podem causar diversos danos e uma reação em cadeia inimaginável; algumas pessoas que, apesar do espanto diante das cenas, não se moviam em prol de uma mudança de atitude em relação ao próximo. Ou seja, todos possuem uma parcela de culpa culminando no ato final escolhido pelo primeiro ministro e as consequências diante deste ato.
Episódios 02: 15 Million Merits - Trecho das músicas "3ª do plural" + "O papa é pop".
"Eles querem te vender, eles querem te comprar. Querem te matar (de rir), querem te fazer chorar. Quem são eles? Quem eles pensam que são? (...) Eles querem te vender, eles querem te comprar, querem te matar (a sede), eles querem te sedar. (...) Vender, comprar, vendar os olhos, jogar a rede... contra a parede, querem te deixar com sede não querem te deixar pensar... Quem são eles? Quem eles pensam que são? Quem são eles? Quem eles pensam que são?”
Vemos um episódio de pessoas conformadas com o sistema, onde as próprias a sustentam. Os "detentores" do poder (no caso da música mídia e o sistema capitalista exacerbado) se apropriam de qualquer situação para promover lucro e prolongamento daquele sistema. Utilizam, inclusive, um discurso que os atacam para se promoverem em cima disso.
"Todo mundo tá revendo o que nunca foi visto, todo mundo tá comprando os mais vendidos. (...) Qualquer coisa que se mova é um alvo. E ninguém tá salvo... É o pop que não poupa ninguém".
Episódio 03: The Entire History of You – Trecho da música “Pra ser Sincero”.
“Somos suspeitos de um crime perfeito, mas crimes perfeitos não deixam suspeitos.”
O caso da traição da personagem Fi tinha sido feita até então de uma forma perfeita, já que depois de 18 meses não havia sinais de desconfiança do seu parceiro Liam quanto à sua fidelidade. De repente, o relacionamento harmônico que estavam vivendo foi destronado através de pequenos detalhes conferidos por Liam, na qual muitos destes passariam despercebidos sem o aparelho eletrônico “grão memorial” utilizado no episódio. Associado à ideia de possessividade de Liam, sua esposa Fi se tornou suspeita daquela situação que até então, como foi dito anteriormente, tinha sido um “crime” perfeito, ou seja, sem suspeitos nem vestígios. Claro, estou usando a traição no sentido de um crime moral pela forma que a nossa sociedade enxerga esse ato, crime contra um relacionamento conjugal monogâmico no caso.
“Pra ser sincero não espero que você minta, não se sinta capaz de enganar quem não engana a si mesmo.”
Liam poderia falar esse trecho inúmeras vezes para a Fi em relação ao caso extraconjugal dela com o Jonas. Esta muitas vezes só atrapalhava mais a resolução da situação e de seu entendimento com ele, pois a própria se atrapalhava em suas próprias mentiras, mesmo que para ela isso fosse uma forma de proteger seu relacionamento com ele. Neste sentido, insistia em mentir para si mesma a respeito do seu sentimento ou “queda” por Jonas, onde dizia que aquilo não passou de um simples “casinho” mas que no fundo não exatamente essa coisa simples que ela falava, ao ponto dela nem mesmo apagar as memórias dela com ele.
Enfim, excelente episódio que geraria inúmeros temas e textos bem longos, mas resumi a uns trechos soltos da canção dos Engenheiros mesmo. Ah, este foi meu preferido.
E ao fim "A vida imita o vídeo". A nossa vida de fato é o reflexo das criticas desta série inglesa, mesmo que esta se passe muitas vezes em um futuro absurdamente mais tecnológico que o nosso presente. E é exatamente nesse paradoxo que o brilhantismo e a genialidade de Black Mirror se destaca: O futuro tecnológico (e muitas vezes distópico) como uma crítica para ao atual momento da nossa sociedade.
Penny Dreadful (3ª Temporada)
4.2 646 Assista AgoraPenny Dreadful consegue fazer o terror psicológico dramático de maneira tão bonita e madura que é difícil você comparar com algo que você já viu. A atuação de Eva Green e a história de Vanessa Ives foi de encher os olhos em muitos momentos, uma das coisas mais memoráveis que terei a partir de hoje em minha mente. A sua luta, a sua delicadeza, a sua fé, suas tristezas e todas as suas dificuldades que culminaram naquela escolha no ato final me fez pensar o quanto ela foi uma das personagens mais sofreram em uma série, o quão a vida nem sempre nos reserva finais felizes, mesmo com muita luta. Pensei o quanto eu poderia fazer o mesmo que ela.
Foram 27 episódios cheio de romantismo, de charme, de poesia, sem se tornar maçante e forçado em nenhum momento. E é nesse romantismo que Penny Dreadful teve uma das suas "armas" mais fortes, onde a faz ficar incomparável com alguma série. O ultrarromantismo que era vivenciado na época sendo transmitido de maneira tão tocante pela série. Pra quem não sabe, esse tipo romantismo aborda muito a questão da morte, do pessimismo, do isolamento. E todo o drama realmente toca, de maneira inteligentíssima, nesses temas e os abordam de maneira bem contemplativa.
Analisando Penny Dreadful como uma série só, foi algo totalmente marcante pra mim. A direção de arte é maravilhosa, a ambientação, cenários, figurino e fotografia. É artisticamente linda, é como se cada episódio de fato nos oferecesse toda a subjetividade passada por uma grande obra de arte. Imersamente delicada e sensível. Você entra no mundo de Penny Dreaful, você entra na mente dos personagens, você acompanha e percebe seus diálogos como se estivesse lá, os admirando. A produção digna de cinema me encantou e me faz recomendar Penny Dreadful a qualquer um. É tocante, é sublime. Original. Vai deixar muita saudade, mesmo com todos os problemas e defeitos apresentados nela durante essa sua terceira e última temporada, que eu preferi não colocar nesse comentário pra ficar apenas com a imagem de quão bonita essa série foi.
The Walking Dead (6ª Temporada)
4.1 1,3K Assista AgoraEm toda minha vida nunca um uni, duni, tê, salamê, mingüê me deixou tão angustiado e surtado.
Como Defender um Assassino (2ª Temporada)
4.4 854 Assista AgoraTem uma coisa que me incomoda muito e que me questionei muito, principalmente nessa temporada:
Episódios passam e eu ainda não consigo entender o ódio que muita gente tem com o Wes. Se ele esteve assim entendiante, confuso, é pelo fato de querer descobrir os segredos do seu passado. O garoto desde cedo sofreu pela perda da mãe, cresceu em um lar problemático, sofria preconceito dos próprios ''colegas'' da turma no começo e ainda foi "abandonado" pela namorada, descobriu que a mãe foi estuprada e que ele é filho do homem que fez isso, depois foi atrás dele e o viu ele ser morto na frente dele. E mesmo assim o chamam de 'dramático' e chato. Pensa ai comigo: você seria diferente dele se passasse pelas mesmas situações? E ainda tem gente que achou feio o "casinho" dele com a Laurel... Mas o Frank, por ser o 'galã' da série, é admirado, lindo, maravilhoso, sendo que é um ser deplorável pelas suas atitudes. Mas não, ainda assim bonito mesmo é ele e Laurel. "Todo mundo" torce pra eles e querem a morte de Wes. Me poupe.
Bates Motel (3ª Temporada)
4.3 607Ao falar dessa série, vamos iniciar a respeito de dois nomes: Vera Farmiga e Freddie Highmore. Pode até ser um assunto já batido, mas não existe a mínima possibilidade de esquecer as atuações de ambos nessa série até aqui. É de encher os olhos de admiração quando se ver a entrega de corpo e alma que eles fazem pelos seus respectivos papéis, e o resultado magnífico que sai disso. O entrosamento dos dois é fantástico. Golden Globe e Emmy, não sejam injustos com os dois no próximo ano. Eles merecem muito reconhecimento.
Um dos pontos mais fortes dessa série, retificado aqui nessa temporada, é a relação mãe-filho, Norman e Norma Bates. Um relação possessiva, protetora e meio incestuosa, que apesar de não ter rolado nenhum selinho como foi na segunda temporada, foi intensificada aqui, mais pelo lado de Norman, com sua "síndrome de Édipo". O Norman se aproximando cada vez mais do Norman de Psicose. A temporada que mais desenvolveu e mostrou seu Transtorno dissociativo de identidade, e que nesses foram os melhores momentos da série. Cenas de te deixar boquiaberto.
Confesso, contudo, que o que mais me irrita nessa série são seus plots. As histórias paralelas são fracas. Nisso, o roteiro meio que peca.
Nessa temporada, por exemplo, começou bem com a morte das acompanhantes de luxo, o que me fez pensar em muita coisa, e a própria série criou em eu seus telespectadores uma grande expectativa, mas foi tendo resoluções muito fracas e decepcionantes para o que se podia imaginar.
Amo o filme original "Psicose", amo temas relacionados à Psicologia, Psiquiatria, Neurologia. E isso que me faz acompanhar a série desde o início. E o que me deixa feliz é que como eles estão bem em relação à isso, seguindo o caminho do filme - fazendo até uma referência nesse último episódio - desenvolvendo bem os personagens e a personalidade do Norman. Isso tá me dando gosto de ver, creio que todo episódio que assisto torço muito para que ele seja todo focado nos dramas dos personagens, da relação mãe e filho e não de histórias paralelas aleatórias, que são importantes claro, mas poderiam ser melhor trabalhadas. Não vou mentir que muitas vezes estava parecendo uma novela.
Espero que a quarta e quinta temporadas mantenham o mesmo nível. E que o fim dela seja muito marcante para todos àqueles que acompanham e que amam o filme do Hitchcock, deixando-nos perplexados, como a Bradley ficou ao ver o Norman falar para ela: ''my mother would like to talk to you...".
Como Defender um Assassino (1ª Temporada)
4.5 1,3K Assista AgoraConfesso que tô perplexo.
E esse final hein? Minha cabeça girou mais do que a cheerleader que aparecia nos flashfowards. Nessa série, todo detalhe é importante... Nada é por acaso, impressionante. No fim foi tanta coisa imprevisível acontecendo, que eu só sei que não sei mais de nada, é tanta teoria que eu tô lendo por ai, que não sei mais quem tá vivo, quem tá morto, quem matou quem, quem é inocente – se existe alguém inocente – se eles estão vivendo num mundo paralelo, se isso tudo é o sonho do Wes, mas que no fim ele tá no High School ainda, se no inicio ele fumou alguma coisa que a Rebeca deu... Eu não duvido mais de nada. Só sei que o roteiro me fez deu vários tapas na cara durante essa temporada, e eu lerdo ainda achando que poderia prever alguma coisa no final.
“Não há verdade no tribunal. Só sua versão dos fatos contra a deles. É assim que a justiça funciona. Não é o que é certo e justo. É quem conta a história mais convincente.”
Essa temporada merece palmas.
Penny Dreadful (2ª Temporada)
4.5 620 Assista AgoraConfesso que comecei a assistir a essa temporada de Penny Dreadful sem muitas pretensões. A primeira temporada já tinha sido ótima, então o primeiro episódio dessa segunda temporada já dá o recado de que esta temporada vai ser melhor e está sendo! Incrível o nível da qualidade dessa série, está sempre surpreendendo. É terror, é literatura, é goticismo, é poesia, é Eva Green arrasando, é Londres, é fotografia maravilhosa. Penny Dreadful fazendo com extrema notabilidade o que muito filme e série do gênero não conseguiu fazer.
Quando a vejo, só me vem algo em mente: Nunca trate como Penny Dreadful alguém que te trata como American Horror Story.
Breaking Bad (3ª Temporada)
4.6 839Creio que os 15 minutos finais do último episódio dessa temporada vão ficar marcantes pra mim. Se existisse alguma opção de favoritar ''cenas marcantes'' de filmes ou séries, com certeza eles estariam lá. Valeu muitas vezes por aqueles episódios mornos - com grandes diálogos, não tem como negar. Esse final comprovou o quanto a atuação de Aaron Paul está brilhante. A temporada toda está boa, mas tive que focar nesse último episódio. A adrenalina e o ritmo dela, com aquelas cenas finais... É de emocionar.
The Walking Dead (5ª Temporada)
4.2 1,4K Assista AgoraA melhor premiere de todas as temporadas.