Maneiro, o Greg Rucka devia ver muito aquela série do Highlander dos anos 90. Charlize Theron excelente em papéis de ação sempre, porém o resto do elenco não convence tanto. Os personagens são interessantes, a relação entre os imortais é a parte mais original e bem construída do filme ( de novo nada diferente de Highlander) mas a história parece incompleta, como se estivesse já contando com um segundo filme ou franquia, a ameaça desse primeiro filme acaba parecendo fácil demais, introdutória demais.
O elenco extremamente talentoso não consegue salvar a montagem apressada e confusa, sem tensão, que não sabe focar nos subplots de cada núcleo de personagens e não expressa de qual lado fica, a crítica não se mostra nem aos EUA nem a Cuba, acabando por ficar em cima do muro. A dita dificuldade de viver em Cuba é pouco explorada assim como a vígilia e a opressão dos EUA também. Devemos nos chocar com as deserções constantes e os atos terroristas? O filme não dá tempo para as cenas respirarem e não cria um clima de tensão. No fim fiquei com vontade de ler o livro, pois o filme ilustra muito mal os fatos ocorridos.
A história é realmente terrível, tão chocante que beira o inimaginável que uma criança pode sofrer e é o peso da história que carrega o fillme, o genocídio do camboja nas mãos do khmer vermelho precisa ser lembrado, mas as escolhas estéticas da diretora deixam a desejar na minha opinião, o aspecto digital do filme, a iluminação artificial demais dos acampamentos, algumas cenas clichê (personagens passando a mão na relva em câmera lenta, flashbacks em slow motion) e o uso de drones acabam quebrando a imersão e pasteurizando o filme que se valeria de um estilo mais cru. As atuações em contrapartida são impressionantes, a atriz que interpreta Loung Ung é excelente, a direção de atores no geral é muito boa, apesar de que ironicamente a criança menos expressiva ser o filho da diretora. Talvez uma diretora ou diretor natural do Camboja num filme apenas produzido pela Angelina Jolie tivesse criado uma obra menos hollywoodiana, menos pasteurizada. História incrível e importante, de qualquer forma.
Se a letra da música complementa a cena de uma maneira MUITO óbvia, tipo a cena final, não use. Fica muito piegas. Fora isso, excelentes atuações, o uso das máscaras de animais é bem interessante, fala muito do puritanismo britânico no geral e da masculinidade tóxica mas tudo meio brando demais pra um filme que se chama Filth. Não choca ou cria uma sensação de verdadeiro desconforto em momento algum, principalmente se comparado a outra adaptação do mesmo autor, Trainspotting, a cena do bebê e a da privada, por exemplo, vão ficar pra sempre gravadas na minha mente e na de quem assistiu. Exceto pela maravilhosa atuação do James McAvoy (como sempre), um filme bem pouco marcante. Muita escolha de música clichê, pouca transgressão e degeneração.
Começou tão bem, mas bom, copiando O Iluminado e O bebe de Rosemary fica fácil. A fotografia e a ambientação são muito boas, mas o mistério não se sustenta. Final fraquíssimo, digno de videogame. O jogo Outlast tem uma história menos clichê e previsível.
Vamos copiar MAS MUITO NA CARA DE PAU MESMO o conceito do filme Cubo (sem as dinâmicas maneiras de puzzle e sem se aprofundar nos personagens, forçar ainda mais os estereótipos e não gastar dinheiro com cenário) ? Vamos. Como vamos chamar? O Círculo. Perfeito, ninguém vai notar. Mas o outro filme deixa o final em aberto, vamos dar um desfecho jogado e preguiçoso então? Vamos.
Se não fosse a péssima direção de atores e os péssimos atores (péssimos mesmo, nível de propaganda de concessíonária no caso do assassino profissional Charles "interpretado" por Ricardo Casella) seria um filme íncrivel pros padrões nacionais de terror. Roteiro interessante, referências ao giallo, maquiagem e efeitos muito bons. Os diálogos não soam nada naturais e as atuações extremamente robóticas não ajudam, o único ator que se salva, talvez com um diretor mais competente mostraria um trabalho melhor, é o ator principal Ademir Esteves.
Fazia tempo que não conseguia ver defeito algum num filme. Mesmo amando de paixão Memórias de um assassino, esse realmente, por enquanto, é a obra-primado Bong. As vezes o burburinho é real.
Interessante, mas nada que eu não tenha visto melhor em Snatch ou Punch Drunk Love. Adam Sandler tem grande potencial pra papel dramático mas isso não é novidade alguma, não entendi os comentários em torno do filme. Hermético e caótico, retrato de um loser frenético com um final inesperado mas meio raso. Sofreu do mal da alta expectativa pra mim.
Podia ser uma boa sátira ao espírito fantástico das artes marciais dos anos 80, o culto aos líderes que existe em muitos dojos e o lado ridículo dos senseis charlatões que surgiram nessa era, mas o tom é confuso e o humor datado (nossa, o homoerotismo implícito de um vestiário de artes marciais, nunca vi essa piada antes), o tom da sátira se perde no exagero. A cena do cotovelo quebrado deu um tom de absurdo sem consequências muitos mais próximos de um sketch do Monty Python ou Mr. Bean do que o humor seco, patético e trágico, a partir da descontrução do que é extremamente masculino e "badass" a lá Jeremy Saulnier que o filme parece querer alcançar.
Queria ter gostado mais desse filme, mas não deu. A atuação fantástica do Joaquin Phoenix poderia carregar o filme (e é sempre bom ver o Robert De Niro atuando com vontade) se não fosse pela direção confusa e roteiro raso do Todd Phillips. O filme faz alusões demais a Taxi Driver deixando alguns pequenos plot twists muito transparentes e previsíveis, o gesto da arma na cabeça, seguido de uma sequência que não se sabe se aconteceu na realidade do filme ou somente na imaginação do personagem, o personagem sem motivos específicos causando algum tipo de impacto na sociedade através da violência, sendo que em Taxi Driver o valor desse ato é subjetivo e em Joker é extremamente glorificado.
É coincidência que exista um claro tema racista em Taxi Driver e o Travis Bickle tenha uma clara visão pejorativa dos homens negros no filme e em Joker as duas figuras omissas de autoridade e conforto, as psicólogas tambem sejas ambas mulheres negras? Assim como a mãe no ônibus, não parece ser tratada na cena como alguém no direito de não querer que um homem estranho interaja com seu filho pequeno mas sim como uma pessoa bruta, hostil frente ao singelo portador de um transtorno mental. Pelo fato dele sentir atração e um afeto imaginário pela personagem da Zazie Beetz, o tema do racismo parece ser completamente acidental, mas a violência implícita da cena final deixa a mensagem confusa.
O filme se perde por tentar ser realista e tentar tratar de temas realistas numa cidade exagerada e cartunesca (pois literalmente veio de um quadrinho) sem um pingo de humanidade, onde todos são despreziveis ou apáticos ao sofrimento alheio, e o personagem principal acaba não parecendo um maníaco stalker assassino mas sim alguem iluminado, alguém que enxerga fora da curva das normas da sociedade e representa o homem de bem injustiçado. Glorificando um personagem que é claramente um assassino e demonizando ainda mais a imagem do portador de transtornos mentais. Porra, é impossível fazer um filme sobre um vilão hoje em dia? Ninguém viu Breaking Bad ou Maniac? Esse filme era pra ser um Thriller violento que nem Silêncio dos Inocentes ou Henry- Retrato de um assassino.
Cenas demais do personagem dançando em slow-motion com uma música gloriosa acacam diminuindo a carga dramática do gesto por conta da repetição e deixando as cenas extremamente pretensiosas, muitas coincidências convenientes para neutralizar as consequências dos atos do personagem e muito empréstimo desnecessário de outros filmes, principalmente do Scorcese, mostram a total inabilidade do diretor de Se Beber Não Case para dirigir uma obra sobre o maior e mais icônico vilão de toda uma outra forma de mídia protagonizado por um dos melhores atores da atualidade. Desculpa Joaquin Phoenix, você realmente merecia um diretor melhor.
O filme mais sobre o Almodovar mas com pouca cara de Almodovar. O personagem do Banderas não podia ser mais explícito, a não ser que se chamasse Pedro. Os conflitos do filme podiam ser mais tensos, mais sofridos, mais amarrados, o tema principal da dor física e psicológica é muito brando para o que se espera do diretor, mas a metalinguagem do próprio filme comenta isso. Salvador ironicamente evita e condena o melodrama e isso se reflete no filme. Almodovar ao invés de comentar sua própria obra e suas marcas mais características de forma crítica ou as subvertendo, acaba por apresentar as mesmas de forma contida, o drama das relações humanas, relação com a mãe, o sofrimento, a relação com a cozinha e as cores supersaturadas estão todas lá, mas apagadas, amortecidas, quase dopadas. O reencontro com Federico poderia ser um ponto alto com uma carga dramática muito forte, mas tudo se resolve muito fácil, de uma forma muito madura, mas insatisfatória. O ponto final que motiva Salvador a escrever El Primer Deseo, a descoberta da sexualidade é extremamente interessante e uma cena belissíma, que não é explorado. No fim das contas é um filme extremamente intimista, do diretor conversando com sua própria vida e obra mas de maneira distante. Ironicamente o filme vale muito pelas atuações do Banderas, Etxeandia, de Leonardo Sbaraglia e da Penélope Cruz.
Bela adaptação. Da turma no geral, pois da hq laços passa um pouco longe. Boa direção de arte, boa caracterização. As personalidades do Cascão e da Magali ficaram bem apagadas em relação aos quadrinhos, mas as atuações da Mônica e principalmente do Rodrigo Santoro como Louco já valem o ingresso. Menino Maluquinho do Ratton ainda é o melhor filme baseado em hq brasileira mas esse não fica tão atrás.
Comparando, esse filme é melhor executado e atuado, mas Get Out tem um roteiro melhor. Lupita Nyong´o carrega o filme muito bem, a tensão é muito bem executada no primeiro ato, mas se perde num high concept no segundo ato que explica até demais(cena de exposition no quadro negro), nem metafórico ou psicológico mas muito impossível pra ser considerado realista, ficando num meio termo. O plot twist do final é um pouco previsível pra esse tipo de história de duplos, mas funciona. No geral um filme muito bem dirigido e produzido que se beneficiaria de um roteiro mais "fechado" e menos humor. O humor de Jordan Peele funciona bem até demais, quebrando a tensão em horas inadequadas( vide a cena do Fuck The Police), se eu estou rindo, provavelmente vai ficar tudo bem na cena e infelizmente é o que acontece. Sem riscos para os personagens, sem traumas para fãs de terror já calejados, nada aos níves de Funny Games do Haneke ou Audition do Miike por exemplo, um pouco de tensão e cenas creepy mas sem gore. No geral excelente filme-filme, mas um filme de horror mediano.
O filme não respira, set up-corta-pay off, todas as decisões da personagem acabam dando certinho demais, o que é comum em feel good movie mas mesmo as pequenas coisas dando certo para a personagem não podem ser aproveitadas por quem assiste pelo andamento do filme, tudo rápido demais. A Alfre Woodard é excelente e traz uma personagem cativante mas o filme não deixa o público conhecê-la bem. O final é recompensador mas seria muito mais com mais tempo pra respirar, se a jornada fosse mais longa.
Lixo. Vale pelo Mads Mikkelsen que não consegue decepcionar nunca, mas as cenas de ação são uma cópia mal-feita e preguiçosa de John Wick com uma estética imitando Esquadrão Suicida e todos os clichês possíveis e imagináveis do subgênero "grande assassino/espião escondido/aposentado tendo que cumprir a última missão e encontrando redenção no caminho", vide Shane, Marcas da Violência, Logan, Os Imperdoáveis, O Homem de Lugar Nenhum, The Equalizer e etc. Se bebesse da fonte seria uma mistura de James Bond com Sin CIty, algo mais original. O plot twist é completamente previsível e o vilão não apresenta ameaça alguma para o protagonista. Ação sem a noção de risco para o protagonista, destituída de tensão é simplesmente um monte de mortes acontecendo na tela, como num video game.
Quer um filme de terror com alegorias dos problemas de maternidade/paternidade parecido mas muito melhor e com um final MUITO mais marcante? Assista O Nevoeiro do Frank Darabont. Ou The Babadook da Jennifer Kent.
O filme devia ser centrado no personagem do Paul Rudd, muito mais complexo e interessante que o mudo, o plot do skarsgard deveria ser o secundário, mas de qualquer forma é só uma tentativa vazia de criar uma mistura jogada de Blade Runner com O Profissional. O fato do personagem ser mudo ou Amish não faz diferença NENHUMA pra história, que depois de 15 minutos cansa e não vai pra nenhum lugar inesperado. Bobo demais pra ser um sci-fi dramático introspectivo como Blade Runner, tedioso demais pra ser cyberpunk de ação como O Quinto Elemento, no final só uma desculpa pra o diretor mostrar que consegue fazer um cenário cyberpunk em CGI, coisa que já fizeram de modo muito melhor em 1982. (com efeitos práticos ainda por cima)
Cresci lendo Aquaman nos anos 90 e fazia muito tempo que não via um filme de hq com tanta coragem de parecer quadrinho, sem medo de usar as cores ridículas dos uniformes, verde e dourado, roxo e prateado, nada apagado ou escurecido que nem uniforme de motoqueiro dos x-men do bryan singer, é isso aí, o cara fala com peixes mesmo e essa é a história. É leve e divertido, até bobo, como pede o personagem, nem todo filme precisa ser Dark Knight do Nolan. O casting é perfeito e os personagens secundários cumprem o papel muito bem, a coreografia é acima da média pra filmes de super-herói e as cenas de ação em live-action são bastante inventivas. A trilha sonora é um ponto negativo, com faixas que não casam com as cenas e dizem o óbvio ao invés de complementar (sério Africa do Toto quando eles vão pra África?) se tivesse mais uma cena de desenvolvimento de personagem como a do buquê de flores e uma batalha de CGI a menos eu também não ia reclamar, mas enfim, James Wan fez um EXCELENTE trabalho com um personagem muito pouco amado ou sequer conhecido do público. *ps. James Wan é um diretor de terror e as cenas que fazem homenagem ao Lovecraft são incríveis.
Normal, nada demais, boas atuações, sem muito suspense. Não dá pra comparar com nenhum do David Fincher por exemplo, em nenhum momento senti medo pelos adolescentes, como senti pelo Jake Gyllenhall em Zodíaco, o filme é dramático mas muito pouco tenso.
Predador nunca foi um filme de ação, o primeiro filme usa a ação over the top tipo Comando para Matar no começo justamente como contraste, os soldados americanos marombados e invencíveis são derrotados de forma patética, transformando o filme num slasher aos moldes de Sexta Feira 13, o arrogante ser humano vira uma presa, esse é o tema do filme. Shane Black claramente não se importa com a história ou a franquia, fazendo de tudo para desconstruir tudo que havia de bom sobre ela, tudo que havia de misterioso e fascinante sobre o Predador é jogado fora pra criar um plot reciclado de filme de super-herói de quinta categoria. Autismo e Síndrome de Tourette são não somente plot-points imbecis como motivo de piada (estamos nos anos 90?), praticamente nada nos predadores é feito com efeitos práticos e qualquer efeito de ameaça real é perdido ou ignorado. Temos a mesma síndrome imbecil de "duh, nosso predador dá mais medo que o original por ser maior e mais forte, duh" do filme Predadores. Idéias recicladas, cenas de ação genéricas, monstro com poderes e capacidades inconsistentes conforme é conveniente pro roteiro, protagonista completamente sem carisma, humor preso nos anos 90, diálogos dignos de episódios de power rangers, basicamente o Alien 4 da franquia Predador. Shane Black, não quer fazer, não avacalha.
Dois e meio pela fotografia e pelos efeitos práticos. Primeira vez que o Saulnier decepciona, usando a desculpa de não definir a motivação dos personagens pra justificar um roteiro jogado, simbolismos bem fracos e óbvios, muito aleatório pra gerar efeito de terror e muito desconexo pra gerar efeito de suspense. A cena do tiroteio é uma cena de ação muito bem executada mas que não faz diferença alguma para a história e dilui a tensão. Imagina O silêncio dos inocentes com uma cena de tiroteio tipo Rambo e vê se funciona. A violência nos filmes do Saulnier sempre foi muito gráfica e bem utilizada, cada morte, cada cena de gore servia pra alavancar a trama ou o arco dos personagens e nesse parece apenas pra encher tempo de filme ou justificar a classificação indicativa. Fiquem com Blue Ruin e Green Room, esses valem a pena.
The Old Guard
3.5 662 Assista AgoraManeiro, o Greg Rucka devia ver muito aquela série do Highlander dos anos 90. Charlize Theron excelente em papéis de ação sempre, porém o resto do elenco não convence tanto. Os personagens são interessantes, a relação entre os imortais é a parte mais original e bem construída do filme ( de novo nada diferente de Highlander) mas a história parece incompleta, como se estivesse já contando com um segundo filme ou franquia, a ameaça desse primeiro filme acaba parecendo fácil demais, introdutória demais.
Wasp Network: Rede de Espiões
3.1 116 Assista AgoraO elenco extremamente talentoso não consegue salvar a montagem apressada e confusa, sem tensão, que não sabe focar nos subplots de cada núcleo de personagens e não expressa de qual lado fica, a crítica não se mostra nem aos EUA nem a Cuba, acabando por ficar em cima do muro. A dita dificuldade de viver em Cuba é pouco explorada assim como a vígilia e a opressão dos EUA também. Devemos nos chocar com as deserções constantes e os atos terroristas? O filme não dá tempo para as cenas respirarem e não cria um clima de tensão. No fim fiquei com vontade de ler o livro, pois o filme ilustra muito mal os fatos ocorridos.
Primeiro, Mataram o Meu Pai
3.8 238 Assista AgoraA história é realmente terrível, tão chocante que beira o inimaginável que uma criança pode sofrer e é o peso da história que carrega o fillme, o genocídio do camboja nas mãos do khmer vermelho precisa ser lembrado, mas as escolhas estéticas da diretora deixam a desejar na minha opinião, o aspecto digital do filme, a iluminação artificial demais dos acampamentos, algumas cenas clichê (personagens passando a mão na relva em câmera lenta, flashbacks em slow motion) e o uso de drones acabam quebrando a imersão e pasteurizando o filme que se valeria de um estilo mais cru. As atuações em contrapartida são impressionantes, a atriz que interpreta Loung Ung é excelente, a direção de atores no geral é muito boa, apesar de que ironicamente a criança menos expressiva ser o filho da diretora. Talvez uma diretora ou diretor natural do Camboja num filme apenas produzido pela Angelina Jolie tivesse criado uma obra menos hollywoodiana, menos pasteurizada. História incrível e importante, de qualquer forma.
Estranhos em Casa
2.7 202 Assista Agoraeu tva esperando algo muito mais tenso, no final é uma versão aguada de Straw Dogs
Filth: O Nome da Ambição
3.7 487 Assista AgoraSe a letra da música complementa a cena de uma maneira MUITO óbvia, tipo a cena final, não use. Fica muito piegas. Fora isso, excelentes atuações, o uso das máscaras de animais é bem interessante, fala muito do puritanismo britânico no geral e da masculinidade tóxica mas tudo meio brando demais pra um filme que se chama Filth. Não choca ou cria uma sensação de verdadeiro desconforto em momento algum, principalmente se comparado a outra adaptação do mesmo autor, Trainspotting, a cena do bebê e a da privada, por exemplo, vão ficar pra sempre gravadas na minha mente e na de quem assistiu. Exceto pela maravilhosa atuação do James McAvoy (como sempre), um filme bem pouco marcante. Muita escolha de música clichê, pouca transgressão e degeneração.
A Cura
3.0 707 Assista AgoraComeçou tão bem, mas bom, copiando O Iluminado e O bebe de Rosemary fica fácil. A fotografia e a ambientação são muito boas, mas o mistério não se sustenta. Final fraquíssimo, digno de videogame. O jogo Outlast tem uma história menos clichê e previsível.
Circle
3.0 681 Assista AgoraVamos copiar MAS MUITO NA CARA DE PAU MESMO o conceito do filme Cubo (sem as dinâmicas maneiras de puzzle e sem se aprofundar nos personagens, forçar ainda mais os estereótipos e não gastar dinheiro com cenário) ? Vamos. Como vamos chamar? O Círculo. Perfeito, ninguém vai notar. Mas o outro filme deixa o final em aberto, vamos dar um desfecho jogado e preguiçoso então? Vamos.
Mal Nosso
3.0 160Se não fosse a péssima direção de atores e os péssimos atores (péssimos mesmo, nível de propaganda de concessíonária no caso do assassino profissional Charles "interpretado" por Ricardo Casella) seria um filme íncrivel pros padrões nacionais de terror. Roteiro interessante, referências ao giallo, maquiagem e efeitos muito bons. Os diálogos não soam nada naturais e as atuações extremamente robóticas não ajudam, o único ator que se salva, talvez com um diretor mais competente mostraria um trabalho melhor, é o ator principal Ademir Esteves.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraFazia tempo que não conseguia ver defeito algum num filme. Mesmo amando de paixão Memórias de um assassino, esse realmente, por enquanto, é a obra-primado Bong. As vezes o burburinho é real.
Joias Brutas
3.7 1,1K Assista AgoraInteressante, mas nada que eu não tenha visto melhor em Snatch ou Punch Drunk Love. Adam Sandler tem grande potencial pra papel dramático mas isso não é novidade alguma, não entendi os comentários em torno do filme. Hermético e caótico, retrato de um loser frenético com um final inesperado mas meio raso. Sofreu do mal da alta expectativa pra mim.
A Arte da Autodefesa
3.3 97 Assista AgoraPodia ser uma boa sátira ao espírito fantástico das artes marciais dos anos 80, o culto aos líderes que existe em muitos dojos e o lado ridículo dos senseis charlatões que surgiram nessa era, mas o tom é confuso e o humor datado (nossa, o homoerotismo implícito de um vestiário de artes marciais, nunca vi essa piada antes), o tom da sátira se perde no exagero. A cena do cotovelo quebrado deu um tom de absurdo sem consequências muitos mais próximos de um sketch do Monty Python ou Mr. Bean do que o humor seco, patético e trágico, a partir da descontrução do que é extremamente masculino e "badass" a lá Jeremy Saulnier que o filme parece querer alcançar.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraQueria ter gostado mais desse filme, mas não deu. A atuação fantástica do Joaquin Phoenix poderia carregar o filme (e é sempre bom ver o Robert De Niro atuando com vontade) se não fosse pela direção confusa e roteiro raso do Todd Phillips. O filme faz alusões demais a Taxi Driver deixando alguns pequenos plot twists muito transparentes e previsíveis, o gesto da arma na cabeça, seguido de uma sequência que não se sabe se aconteceu na realidade do filme ou somente na imaginação do personagem, o personagem sem motivos específicos causando algum tipo de impacto na sociedade através da violência, sendo que em Taxi Driver o valor desse ato é subjetivo e em Joker é extremamente glorificado.
É coincidência que exista um claro tema racista em Taxi Driver e o Travis Bickle tenha uma clara visão pejorativa dos homens negros no filme e em Joker as duas figuras omissas de autoridade e conforto, as psicólogas tambem sejas ambas mulheres negras? Assim como a mãe no ônibus, não parece ser tratada na cena como alguém no direito de não querer que um homem estranho interaja com seu filho pequeno mas sim como uma pessoa bruta, hostil frente ao singelo portador de um transtorno mental. Pelo fato dele sentir atração e um afeto imaginário pela personagem da Zazie Beetz, o tema do racismo parece ser completamente acidental, mas a violência implícita da cena final deixa a mensagem confusa.
O filme se perde por tentar ser realista e tentar tratar de temas realistas numa cidade exagerada e cartunesca (pois literalmente veio de um quadrinho) sem um pingo de humanidade, onde todos são despreziveis ou apáticos ao sofrimento alheio, e o personagem principal acaba não parecendo um maníaco stalker assassino mas sim alguem iluminado, alguém que enxerga fora da curva das normas da sociedade e representa o homem de bem injustiçado. Glorificando um personagem que é claramente um assassino e demonizando ainda mais a imagem do portador de transtornos mentais.
Porra, é impossível fazer um filme sobre um vilão hoje em dia? Ninguém viu Breaking Bad ou Maniac? Esse filme era pra ser um Thriller violento que nem Silêncio dos Inocentes ou Henry- Retrato de um assassino.
Cenas demais do personagem dançando em slow-motion com uma música gloriosa acacam diminuindo a carga dramática do gesto por conta da repetição e deixando as cenas extremamente pretensiosas, muitas coincidências convenientes para neutralizar as consequências dos atos do personagem e muito empréstimo desnecessário de outros filmes, principalmente do Scorcese, mostram a total inabilidade do diretor de Se Beber Não Case para dirigir uma obra sobre o maior e mais icônico vilão de toda uma outra forma de mídia protagonizado por um dos melhores atores da atualidade. Desculpa Joaquin Phoenix, você realmente merecia um diretor melhor.
Dor e Glória
4.2 619 Assista AgoraO filme mais sobre o Almodovar mas com pouca cara de Almodovar. O personagem do Banderas não podia ser mais explícito, a não ser que se chamasse Pedro. Os conflitos do filme podiam ser mais tensos, mais sofridos, mais amarrados, o tema principal da dor física e psicológica é muito brando para o que se espera do diretor, mas a metalinguagem do próprio filme comenta isso. Salvador ironicamente evita e condena o melodrama e isso se reflete no filme. Almodovar ao invés de comentar sua própria obra e suas marcas mais características de forma crítica ou as subvertendo, acaba por apresentar as mesmas de forma contida, o drama das relações humanas, relação com a mãe, o sofrimento, a relação com a cozinha e as cores supersaturadas estão todas lá, mas apagadas, amortecidas, quase dopadas. O reencontro com Federico poderia ser um ponto alto com uma carga dramática muito forte, mas tudo se resolve muito fácil, de uma forma muito madura, mas insatisfatória. O ponto final que motiva Salvador a escrever El Primer Deseo, a descoberta da sexualidade é extremamente interessante e uma cena belissíma, que não é explorado. No fim das contas é um filme extremamente intimista, do diretor conversando com sua própria vida e obra mas de maneira distante. Ironicamente o filme vale muito pelas atuações do Banderas, Etxeandia, de Leonardo Sbaraglia e da Penélope Cruz.
[spoiler][/spoiler]
Turma da Mônica: Laços
3.6 607 Assista AgoraBela adaptação. Da turma no geral, pois da hq laços passa um pouco longe. Boa direção de arte, boa caracterização. As personalidades do Cascão e da Magali ficaram bem apagadas em relação aos quadrinhos, mas as atuações da Mônica e principalmente do Rodrigo Santoro como Louco já valem o ingresso. Menino Maluquinho do Ratton ainda é o melhor filme baseado em hq brasileira mas esse não fica tão atrás.
Nós
3.8 2,3K Assista AgoraComparando, esse filme é melhor executado e atuado, mas Get Out tem um roteiro melhor. Lupita Nyong´o carrega o filme muito bem, a tensão é muito bem executada no primeiro ato, mas se perde num high concept no segundo ato que explica até demais(cena de exposition no quadro negro), nem metafórico ou psicológico mas muito impossível pra ser considerado realista, ficando num meio termo. O plot twist do final é um pouco previsível pra esse tipo de história de duplos, mas funciona. No geral um filme muito bem dirigido e produzido que se beneficiaria de um roteiro mais "fechado" e menos humor. O humor de Jordan Peele funciona bem até demais, quebrando a tensão em horas inadequadas( vide a cena do Fuck The Police), se eu estou rindo, provavelmente vai ficar tudo bem na cena e infelizmente é o que acontece. Sem riscos para os personagens, sem traumas para fãs de terror já calejados, nada aos níves de Funny Games do Haneke ou Audition do Miike por exemplo, um pouco de tensão e cenas creepy mas sem gore. No geral excelente filme-filme, mas um filme de horror mediano.
Juanita
2.9 53 Assista AgoraO filme não respira, set up-corta-pay off, todas as decisões da personagem acabam dando certinho demais, o que é comum em feel good movie mas mesmo as pequenas coisas dando certo para a personagem não podem ser aproveitadas por quem assiste pelo andamento do filme, tudo rápido demais. A Alfre Woodard é excelente e traz uma personagem cativante mas o filme não deixa o público conhecê-la bem. O final é recompensador mas seria muito mais com mais tempo pra respirar, se a jornada fosse mais longa.
Polar
3.2 426 Assista AgoraLixo. Vale pelo Mads Mikkelsen que não consegue decepcionar nunca, mas as cenas de ação são uma cópia mal-feita e preguiçosa de John Wick com uma estética imitando Esquadrão Suicida e todos os clichês possíveis e imagináveis do subgênero "grande assassino/espião escondido/aposentado tendo que cumprir a última missão e encontrando redenção no caminho", vide Shane, Marcas da Violência, Logan, Os Imperdoáveis, O Homem de Lugar Nenhum, The Equalizer e etc. Se bebesse da fonte seria uma mistura de James Bond com Sin CIty, algo mais original. O plot twist é completamente previsível e o vilão não apresenta ameaça alguma para o protagonista. Ação sem a noção de risco para o protagonista, destituída de tensão é simplesmente um monte de mortes acontecendo na tela, como num video game.
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraVocê quer clichê? Tome clichê. Mais um " não é terror como os outros pois o monstro é uma metáfora para...". Nada de inovador, nada de inesperado e
ainda por cima com final feliz.
[spoiler][/spoiler]
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KNada demais, cheio das referências mas não passa disso. Colocar um postêr de Ubik na parede só me faz lembrar uma obra mais bem escrita.
Mudo
2.6 240O filme devia ser centrado no personagem do Paul Rudd, muito mais complexo e interessante que o mudo, o plot do skarsgard deveria ser o secundário, mas de qualquer forma é só uma tentativa vazia de criar uma mistura jogada de Blade Runner com O Profissional. O fato do personagem ser mudo ou Amish não faz diferença NENHUMA pra história, que depois de 15 minutos cansa e não vai pra nenhum lugar inesperado. Bobo demais pra ser um sci-fi dramático introspectivo como Blade Runner, tedioso demais pra ser cyberpunk de ação como O Quinto Elemento, no final só uma desculpa pra o diretor mostrar que consegue fazer um cenário cyberpunk em CGI, coisa que já fizeram de modo muito melhor em 1982. (com efeitos práticos ainda por cima)
Aquaman
3.7 1,7K Assista AgoraCresci lendo Aquaman nos anos 90 e fazia muito tempo que não via um filme de hq com tanta coragem de parecer quadrinho, sem medo de usar as cores ridículas dos uniformes, verde e dourado, roxo e prateado, nada apagado ou escurecido que nem uniforme de motoqueiro dos x-men do bryan singer, é isso aí, o cara fala com peixes mesmo e essa é a história. É leve e divertido, até bobo, como pede o personagem, nem todo filme precisa ser Dark Knight do Nolan. O casting é perfeito e os personagens secundários cumprem o papel muito bem, a coreografia é acima da média pra filmes de super-herói e as cenas de ação em live-action são bastante inventivas. A trilha sonora é um ponto negativo, com faixas que não casam com as cenas e dizem o óbvio ao invés de complementar (sério Africa do Toto quando eles vão pra África?) se tivesse mais uma cena de desenvolvimento de personagem como a do buquê de flores e uma batalha de CGI a menos eu também não ia reclamar, mas enfim, James Wan fez um EXCELENTE trabalho com um personagem muito pouco amado ou sequer conhecido do público. *ps. James Wan é um diretor de terror e as cenas que fazem homenagem ao Lovecraft são incríveis.
O Assassino de Clovehitch
3.2 264 Assista AgoraNormal, nada demais, boas atuações, sem muito suspense. Não dá pra comparar com nenhum do David Fincher por exemplo, em nenhum momento senti medo pelos adolescentes, como senti pelo Jake Gyllenhall em Zodíaco, o filme é dramático mas muito pouco tenso.
O Predador
2.5 649Predador nunca foi um filme de ação, o primeiro filme usa a ação over the top tipo Comando para Matar no começo justamente como contraste, os soldados americanos marombados e invencíveis são derrotados de forma patética, transformando o filme num slasher aos moldes de Sexta Feira 13, o arrogante ser humano vira uma presa, esse é o tema do filme.
Shane Black claramente não se importa com a história ou a franquia, fazendo de tudo para desconstruir tudo que havia de bom sobre ela, tudo que havia de misterioso e fascinante sobre o Predador é jogado fora pra criar um plot reciclado de filme de super-herói de quinta categoria. Autismo e Síndrome de Tourette são não somente plot-points imbecis como motivo de piada (estamos nos anos 90?), praticamente nada nos predadores é feito com efeitos práticos e qualquer efeito de ameaça real é perdido ou ignorado.
Temos a mesma síndrome imbecil de "duh, nosso predador dá mais medo que o original por ser maior e mais forte, duh" do filme Predadores. Idéias recicladas, cenas de ação genéricas, monstro com poderes e capacidades inconsistentes conforme é conveniente pro roteiro, protagonista completamente sem carisma, humor preso nos anos 90, diálogos dignos de episódios de power rangers, basicamente o Alien 4 da franquia Predador. Shane Black, não quer fazer, não avacalha.
Noite de Lobos
2.5 304 Assista AgoraDois e meio pela fotografia e pelos efeitos práticos. Primeira vez que o Saulnier decepciona, usando a desculpa de não definir a motivação dos personagens pra justificar um roteiro jogado, simbolismos bem fracos e óbvios, muito aleatório pra gerar efeito de terror e muito desconexo pra gerar efeito de suspense. A cena do tiroteio é uma cena de ação muito bem executada mas que não faz diferença alguma para a história e dilui a tensão. Imagina O silêncio dos inocentes com uma cena de tiroteio tipo Rambo e vê se funciona. A violência nos filmes do Saulnier sempre foi muito gráfica e bem utilizada, cada morte, cada cena de gore servia pra alavancar a trama ou o arco dos personagens e nesse parece apenas pra encher tempo de filme ou justificar a classificação indicativa. Fiquem com Blue Ruin e Green Room, esses valem a pena.