Acho que todo fã de terror tem um pouco do Mark Lewis. A diferença é que no filme ele leva o seu gosto para a vida real, fazendo vítimas reais. Ele tem problemas. O filme coloca uma lente de aumento no medo e no prazer em ver alguém morrendo. Sabemos que o que ele faz é errado, mas por mais estranho que possa parecer, estamos ali assistindo ao filme, optamos por dar o play sabendo o que iríamos ver. Também somos observadores do medo e do horror, assim como Mark. Excelente metalinguagem e metáfora sobre o interesse que o gênero do terror desperta nos fãs, abordando tudo isso de forma poética e inteligente.
Mesmo com humor, o drama e os sonhos dos personagens são mantidos de uma forma extremamente verdadeira, e de forma que lembra um documentário observativo. Uma história que borda uma realidade que muitas vezes fingimos não existir, além de uma bonita história sobre amizade.
Cru e direto. Tão perturbador que às vezes a câmera opta por não mostrar o rosto do pai e da mãe, ou algumas situações. É como se ela representasse o olhar do espectador diante de tamanha barbaridade.
Pode se diferenciar nas questões em que ele aborda, conseguindo ser melhor que vários blockbusters, além de muito bem realizado. O visual é espetacular. Mas achei meio cansativo ver tanto carro batendo e explodindo rs
Estranhei tanto quanto Jack, depois que chegou no "mundo", pareceu outro filme. Entendo que a história é assim, e que esse momento quer mostrar como mãe e filho se adaptam depois do trauma sofrido. Mas senti que a história deveria explorar mais os personagens no quarto, pra depois encerrar com a liberdade do menino, e a descoberta do mundo fora do quarto. Não sei, teria sido mais interessante.Também concordo com alguns que disseram que não entenderam a indicação de Brie Larson. Não foi pra tanto.
Esses personagens do Fassbinder que sempre carregam essa melancolia em suas vidas. Mas uma melancolia que não remete ao dramalhão barato, mas algo que faz parte da vida de um ser sem sorte na vida. Humano, verdadeiro e com defeitos e sonhos.
Kate e Geoff dançando com quela luz azul no final, pareciam dois fantasmas. Como uma representação do que se tornou o casamento para Kate: um fantasma, algo gélido. Interessante como a câmera costuma ficar sempre em Charlotte. É o seu casamento que está esfriando, e a câmera faz questão de registrar isso, seu semblante dispensa diálogos. A fotografia e o som do vento só reforçam tudo isso.
Porém algumas atitudes dos personagem, principalmente a de Jenn, não combinaram muito com a atitude dela tão precavida no início do filme. Ela já deixou o spray preso na cintura dela, mas só usou na cabana depois que o namorado a lembrou de usá-lo. Fora que o urso já tinha mordido ele. Só acho que ela deveria estar com esse spray nas mãos antes do urso invadir a cabana. Fora o próprio Alex que ficava perto da entrada da cabana abrindo e fechando o zíper na espera do urso ter ido embora. Ele parecia ter noção de sobrevivência na floresta, achei uma atitude estranha.
Lindo visualmente, poético, erótico, sensual e elegante ao mesmo tempo. Premissa boa, mas fiquei a todo momento esperando algo mais relevante acontecer. Entendi então que ele é mais contemplativo, e consigo entender isso. Mesmo assim, não me tocou.
Que interessante metáfora para se refletir sobre a questão do homem no controle da tecnologia, ou até que ponto ele passa a ser controlado por essa tecnologia. Um exemplo bobo até, são os smartphones. Tanta gente hoje se vê dependente dos celulares, que eles parecem (mesmo que indiretamente) controlarem nossas vidas.
Gostei do vermelho já indicando o perigo em que os personagens estão expostos. Nem podemos pensar em Ava como uma vilã, pois ela é uma criação do homem. De certa forma tudo nela foi projetado, e ela só quer ter suas experiências.
Também notei esse "desenvolvimento" ao contrário da personagem. Ela não é 100% ingênua, mas em alguns momentos ela ficou frágil demais. O visual não tem nem o que dizer, maravilhoso. A história é bem simples, mas como curto o terror gótico, ele faz uma grande homenagem a esse tipo de terror. É válido.
Mais do que a história central com sua surpresa no final, é possível notar diversos aspectos da vida dos personagens, alguns pessoais, outros que refletem a sociedade como um todo. É um filme que não é pra ser apreciado por uma grande história cheia de reviravoltas e acontecimentos, mas sim contemplado através de um interessante exercício de observação. E o som, claro ajuda mais ainda nesse ótimo exercício com momentos que lembram beiram ao cinema experimental.
Não há como negar que o filme tem um roteiro muito bem construído. Logo no primeiro e segundo atos já acontecem reviravoltas que poderiam facilmente acontecer somente no final de qualquer filme. E quando elas terminam, você percebe que o filme ainda vai demorar um pouco pra acabar. Isso presenteia o espectador com uma boa dose de mistério e expectativa. Só não dei 5 estrelas pela violência excessiva, que nunca foi do meu agrado nos filmes de terror. E por não ter comprado muito a justificativa por trás da tortura. Mas entendo que ela está em contexto com a história, mas às vezes chega a ser irritante. Porém é como se o espectador também estivesse sendo testado junto com a personagem. O final deixa para cada um interpretar como quiser, mostrando que há um certo grau de reflexão e inteligência por trás do filme.
Tão singelo e bonito como a personagem principal tem seu momento especial na fonte (mesmo que através da sandice), ainda que em meio a uma situação tão lamentável, como a qual a filha a submeteu. Infelizmente casos assim são tão comuns, que acho que uma lembrança da infância, com uma dose de insanidade, nos faz sofrer menos. "Já não estou aqui".
Como fã de terror, sempre acho interessante as cenas bizarras e bem elaboradas. O filme consegue isso, e como já foi dito, tudo isso está justificado sem cair (mais uma vez) no sobrenatural, o que já pode se dizer ser um diferencial em "A Visita". Quanto a parte mais dramática, ela não parece vazia como em muitos filmes de terror hoje em dia, que não trabalham isso muito bem. Ela está lá e tem sua importância. Me pergunto se o filme não teria se saído um pouco melhor na crítica, se tivesse sido feito por um diretor pouco conhecido. Não vou negar que esperava um desfecho mais impactante, por ser um filme de M. Night Shyamalan.
Esqueça grandes acontecimentos e foque nesse pedaço de vida de todos os personagem. Um exercício interessante de observação, que remete ao documentário. Lembrando o diretor Chico Teixeira já dirigiu três documentários, o que explica muito sobre o estilo do filme.
A Tortura do Medo
3.9 149Acho que todo fã de terror tem um pouco do Mark Lewis. A diferença é que no filme ele leva o seu gosto para a vida real, fazendo vítimas reais. Ele tem problemas.
O filme coloca uma lente de aumento no medo e no prazer em ver alguém morrendo. Sabemos que o que ele faz é errado, mas por mais estranho que possa parecer, estamos ali assistindo ao filme, optamos por dar o play sabendo o que iríamos ver. Também somos observadores do medo e do horror, assim como Mark. Excelente metalinguagem e metáfora sobre o interesse que o gênero do terror desperta nos fãs, abordando tudo isso de forma poética e inteligente.
O Fim de Um Longo Dia
3.6 16Uma celebração das lembranças.
Tangerina
4.0 278 Assista AgoraMesmo com humor, o drama e os sonhos dos personagens são mantidos de uma forma extremamente verdadeira, e de forma que lembra um documentário observativo. Uma história que borda uma realidade que muitas vezes fingimos não existir, além de uma bonita história sobre amizade.
Miss Violence
3.9 1,0K Assista AgoraCru e direto. Tão perturbador que às vezes a câmera opta por não mostrar o rosto do pai e da mãe, ou algumas situações. É como se ela representasse o olhar do espectador diante de tamanha barbaridade.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraPode se diferenciar nas questões em que ele aborda, conseguindo ser melhor que vários blockbusters, além de muito bem realizado. O visual é espetacular. Mas achei meio cansativo ver tanto carro batendo e explodindo rs
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraSó não consegui comprar muito bem a segunda parte do filme.
Estranhei tanto quanto Jack, depois que chegou no "mundo", pareceu outro filme. Entendo que a história é assim, e que esse momento quer mostrar como mãe e filho se adaptam depois do trauma sofrido. Mas senti que a história deveria explorar mais os personagens no quarto, pra depois encerrar com a liberdade do menino, e a descoberta do mundo fora do quarto. Não sei, teria sido mais interessante.Também concordo com alguns que disseram que não entenderam a indicação de Brie Larson. Não foi pra tanto.
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraSutil e elegante.
As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant
4.2 103Um estudo de personagens, sentimentos e relações.
Os manequins sempre representando o superficial, o artificial das relações.
Respire
3.8 290 Assista AgoraConsegue incomodar bastante, mas mantendo a sutileza.
Impossível não ficarmos sem ar junto com a personagem, na cena final.
O Direito do Mais Forte é a Liberdade
4.0 43Esses personagens do Fassbinder que sempre carregam essa melancolia em suas vidas. Mas uma melancolia que não remete ao dramalhão barato, mas algo que faz parte da vida de um ser sem sorte na vida. Humano, verdadeiro e com defeitos e sonhos.
45 Anos
3.7 254 Assista AgoraSutil e amargo ao mesmo tempo.
Kate e Geoff dançando com quela luz azul no final, pareciam dois fantasmas. Como uma representação do que se tornou o casamento para Kate: um fantasma, algo gélido.
Interessante como a câmera costuma ficar sempre em Charlotte. É o seu casamento que está esfriando, e a câmera faz questão de registrar isso, seu semblante dispensa diálogos. A fotografia e o som do vento só reforçam tudo isso.
Sobreviventes
2.6 203 Assista AgoraBoa atmosfera de tensão. Um filme simples de sobrevivência, que tem mais peso como um drama.
Porém algumas atitudes dos personagem, principalmente a de Jenn, não combinaram muito com a atitude dela tão precavida no início do filme.
Ela já deixou o spray preso na cintura dela, mas só usou na cabana depois que o namorado a lembrou de usá-lo. Fora que o urso já tinha mordido ele. Só acho que ela deveria estar com esse spray nas mãos antes do urso invadir a cabana. Fora o próprio Alex que ficava perto da entrada da cabana abrindo e fechando o zíper na espera do urso ter ido embora. Ele parecia ter noção de sobrevivência na floresta, achei uma atitude estranha.
Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer
4.0 888 Assista AgoraComo fazer um filme bom, sobre um assunto triste, e sem ser piegas. Tudo muito honesto.
O Duque de Burgundy
3.3 80Lindo visualmente, poético, erótico, sensual e elegante ao mesmo tempo. Premissa boa, mas fiquei a todo momento esperando algo mais relevante acontecer. Entendi então que ele é mais contemplativo, e consigo entender isso. Mesmo assim, não me tocou.
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraQue interessante metáfora para se refletir sobre a questão do homem no controle da tecnologia, ou até que ponto ele passa a ser controlado por essa tecnologia. Um exemplo bobo até, são os smartphones. Tanta gente hoje se vê dependente dos celulares, que eles parecem (mesmo que indiretamente) controlarem nossas vidas.
Gostei do vermelho já indicando o perigo em que os personagens estão expostos. Nem podemos pensar em Ava como uma vilã, pois ela é uma criação do homem. De certa forma tudo nela foi projetado, e ela só quer ter suas experiências.
Senhoritas em Uniforme
3.9 38 Assista AgoraO final deixa um ar de reflexão bem bacana sobre a importância da liberdade.
Os Rapazes da Banda
4.1 71Mais honesto impossível.
A Colina Escarlate
3.3 1,3K Assista AgoraTambém notei esse "desenvolvimento" ao contrário da personagem. Ela não é 100% ingênua, mas em alguns momentos ela ficou frágil demais. O visual não tem nem o que dizer, maravilhoso. A história é bem simples, mas como curto o terror gótico, ele faz uma grande homenagem a esse tipo de terror. É válido.
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraMais do que a história central com sua surpresa no final, é possível notar diversos aspectos da vida dos personagens, alguns pessoais, outros que refletem a sociedade como um todo. É um filme que não é pra ser apreciado por uma grande história cheia de reviravoltas e acontecimentos, mas sim contemplado através de um interessante exercício de observação. E o som, claro ajuda mais ainda nesse ótimo exercício com momentos que lembram beiram ao cinema experimental.
Mártires
3.9 1,6KNão há como negar que o filme tem um roteiro muito bem construído. Logo no primeiro e segundo atos já acontecem reviravoltas que poderiam facilmente acontecer somente no final de qualquer filme. E quando elas terminam, você percebe que o filme ainda vai demorar um pouco pra acabar. Isso presenteia o espectador com uma boa dose de mistério e expectativa.
Só não dei 5 estrelas pela violência excessiva, que nunca foi do meu agrado nos filmes de terror. E por não ter comprado muito a justificativa por trás da tortura. Mas entendo que ela está em contexto com a história, mas às vezes chega a ser irritante. Porém é como se o espectador também estivesse sendo testado junto com a personagem.
O final deixa para cada um interpretar como quiser, mostrando que há um certo grau de reflexão e inteligência por trás do filme.
Reflexões de um Liquidificador
3.8 583 Assista AgoraHumor negro, com um toque de fantasia mostrando um simples cotidiano de uma mulher em SP. Como não amar?
Gatos Velhos
3.9 37 Assista AgoraTão singelo e bonito como a personagem principal tem seu momento especial na fonte (mesmo que através da sandice), ainda que em meio a uma situação tão lamentável, como a qual a filha a submeteu. Infelizmente casos assim são tão comuns, que acho que uma lembrança da infância, com uma dose de insanidade, nos faz sofrer menos. "Já não estou aqui".
A Visita
3.3 1,6K Assista AgoraComo fã de terror, sempre acho interessante as cenas bizarras e bem elaboradas. O filme consegue isso, e como já foi dito, tudo isso está justificado sem cair (mais uma vez) no sobrenatural, o que já pode se dizer ser um diferencial em "A Visita".
Quanto a parte mais dramática, ela não parece vazia como em muitos filmes de terror hoje em dia, que não trabalham isso muito bem. Ela está lá e tem sua importância.
Me pergunto se o filme não teria se saído um pouco melhor na crítica, se tivesse sido feito por um diretor pouco conhecido. Não vou negar que esperava um desfecho mais impactante, por ser um filme de M. Night Shyamalan.
A Casa de Alice
3.7 139 Assista AgoraEsqueça grandes acontecimentos e foque nesse pedaço de vida de todos os personagem. Um exercício interessante de observação, que remete ao documentário. Lembrando o diretor Chico Teixeira já dirigiu três documentários, o que explica muito sobre o estilo do filme.