Pelos comentários, esperava algo bem pior mas acabei gostando bem mais do que imaginava. Entendo muita gente ter se frustrado com a ausência de respostas ou com o desfecho abrupto. Mas, para mim, a proposta nunca foi ter alguma explicação sólida ou conclusiva. Foi a realização de um retrato da paranoia do (talvez cada vez mais próximo?) fim dos Estados Unidos como conhecemos e de como nos comportamos perante ameaças desconhecidas, podendo ir desde uma pessoa estranha (e de etnia estigmatizada, importante ressaltar) a animais, doenças e tecnologias de funcionamento inexplicáveis.
Para essa questão sim, o filme propõe algumas respostas. Vemos que, apesar de toda a inimizade e desconfiança, a união em torno de inimigos em comum, como a doença do filho mais velho ou os cervos ameaçando a riquinha chata, tem uma força que não deve ser ignorada. É como se, apesar de odiar outras pessoas, como a própria Amanda fala no início, a ameaça externa faz com que a preservação do outro surgisse como um instinto, e não apenas a preservação de si mesma ou dos familiares. Mas, há uma segunda resposta, dessa vez não tão positiva: em reação à ameaça do fim, permanecemos apáticos e recorremos a escapismos de conforto, como a filha mais nova. Se não há como escapar, melhor aguardar o fim aproveitando momentos de distração e leves prazeres.
Sei lá, uma IA me vigiando desde criança e obcecada por mim me deixaria preocupado e não feliz como esse filme tenta passar... É uma premissa que funcionaria melhor como terror kkk
Pesado, difícil não ficar com muita raiva. Com exceção da maior parte das atuações e do áudio, não achei um filme tão datado. Pelo contrário, tem uma direção criativa que surpreende, considerando a premissa "documental" do filme.
É, não foi dessa vez que aclamei Lynch... Mas respeito muito a habilidade dele em criar uma tensão tão sufocante que chega a ser palpável. E foi por esse mesmo motivo que adorei a primeira parte. Aquela casa silenciosa, cheia de sombras e corredores é quase um personagem por si só. Mas na segunda parte.... É, falhou em me despertar interesse.
Pesado como o tema exige. Não esconde e nem romantiza os horrores que os Estados Unidos infligiram no mundo. Curioso observar tantos atores famosos e premiados tão jovens.
É bem dirigido, mas dizer isso de um filme de David Fincher em pleno 2023 é chover no molhado. O problema é que há nada além disso que se sobressaia. Um tanto genérico.
História bonita, inspiradora e etc, mas em uma fórmula batida. Na verdade, senti falta de acompanhar o crescimento gradual deles enquanto atletas e estudantes e seus dilemas pessoais. No fim acaba sendo um filme bem raso, apesar de suja duração.
Entendo ele não ter sido tão bem recebido quanto os filmes anteriores de Hosoda. É mais infantil, sendo um coming of age do início da infância para... bom, uma infância um pouco mais amadurecida kkkk Também tem o detalhe de boa parte do filme ser birra e choros de criança, coisa que nem quem é pai e mãe aguenta ouvir. O roteiro segue uma estrutura bem formulaica também, sem grandes reviravoltas e ficando repetitivo com o passar dos minutos.
Mas gostei tanto do tema. É uma reflexão tão simples mas tão essencial sobre vida, família e crescimento, sobre como estamos todos conectados ao mesmo tempo que propagamos nossos próprios ramos e raízes. Isso não é exatamente novidade para Hosoda, uma das maiores marcas autorais dele é justamente a forma em que utiliza o fantástico para falar sobre temas humanos. Em Guerras de Verão, temos uma visão ampla sobre a complexidade das relações familiares. Em Crianças Lobo, temos os desafios da maternidade solo. Aqui, temos uma criança descobrindo sua própria família ao mesmo tempo que descobre a si mesmo.
Produção ótima e com um ritmo frenético que não deixa sua duração pesar. Mas senti que esteve demais em uma zona de conforto do Scorsese. E esperei um pouco mais de desenvolvimento para a personagem de Sharon Stone.
Nunca imaginei que o filme mais visualmente ousado de Mamoru Hosoda seria justamente um filme de One Piece. Em alguns momentos chega a lembrar o estilo de Masaaki Yuasa, mas de forma mais contida. O primor estético vem junto de uma história relativamente simples, mas que captura bem a premissa de One Piece e explora um potencial mais sombria desse universo.
O humor é um tanto bobinho pro meu gosto, mas é divertido. Tem visuais bem criativos na imaginação da pré-história e toca em temas importantes, como o desejo de descoberta da adolescência, conservadorismo, medo de mudanças, proteção parental...
Super produção e boas atuações. Mas senti que o roteiro precisava amadurecer um pouco mais. Investe tanto tempo no circo que a mudança de ambientação acaba soando abrupta. Já sua segunda metade soa corrida e pouco desenvolvida, não aproveitando tão bem seus interessantes personagens.
Entrega o básico do gênero. Não traz nada de realmente novo mas também cumpre o esperado com competência. O contexto gamer/streamer poderia ter sido uma oportunidade para um filme diferente, mas não foi o caso.
Tinha tentado assistir na infância e na adolescência e nenhuma das vezes me conquistou muito. Dei outra chance agora e gostei bastante. Realmente uma superprodução que envelheceu bem pouco, com exceção de alguns efeitos. Mas sinto que é vítima da própria fama. SdA é tão, mas tão influente, que acaba parecendo "básico" demais para quem já tem algumas referências de fantasia. O que é irônico, pq todas essas referências foram influenciadas por ele. Mas, mesmo para esse público, imagino que tenha uma sensação muito gostosa de ir reconhecendo as referências que deram a base de RPGs, como foi o meu caso.
Casal péssimo, com desenvolvimento nulo e pouco convincente. Já costumo achar Shinkai um péssimo escritor de romances, mas aqui ele se superou. Piegas, sem química e raso. A sorte é que o romance ganha foco apenas no final. Pena que por estar no final, acaba ofuscando o resto do filme, que estava gostando bastante. É engraçado sem ser forçado e tem temas importantes, como a inevitável tragédia do existir (tema forte no contexto japonês, mas ainda palpável por todo globo em um contexto pós-pandemia). Outro incômodo que tive foi como a road trip de Suzume foi permeada de coincidências. Ela sempre era ajudada por pessoas extremamente gentis que acolhiam essa perfeita estranha como se fosse uma amiga de infância. Forçado demais, mas não tanto quanto esse projeto de romance.
Comentando como cinema, já que não sou uma pessoa religiosa.
É realmente uma produção absurda. De modo algum parece ser um filme com mais de meio século. Se me dissessem que foi lançando 30 anos depois, eu facilmente acreditaria. Feito em uma época antes do CG, temos cenários imensos, inúmeros figurantes, mil figurinos... Um verdadeiro espetáculo um tanto brega sim, mas que não deixa de ter seu charme justamente por isso.
Agora em relação à história.... Bom...
Gostei bastante da primeira parte, mas a segunda não me desceu muito bem. A começar pela inserção repentina de elementos fantásticos em uma história que até então era relativamente realista. Os personagens falavam de deuses e etc, mas em nenhum momento o filme apresentou que aquele era um mundo em que sacerdotes conseguiam transformar cetros em serpentes com a maior naturalidade. Além disso, vão ocorrendo saltos temporais que deixam a história pouco coesa, o que é uma pena, porque o desenvolvimento de Moisés em sua juventude estava ótimo.
E, sendo sincero, a pregação dessa segunda parte acabou me dando uma preguiça... Pobres hebreus, podem nem comemorar a própria liberdade com um bacanauzinho. É aquilo né, livres, porém nem tanto...
Um comentário adicional, curioso como o contexto da Guerra Fria influenciou a produção do filme. O próprio diretor aparecer no início se dirigindo ao público sobre a atualidade do conflito entre a libertação de Deus e o controle do Estado me pareceu uma referência clara ao conflito com a União Soviética. Entretenimento e religião andando lado a lado com a propaganda política, nada de novo.
Tive minhas dúvidas quando diziam que as 4h passavam rápido, mas acabou sendo verdade (talvez com exceção da hora final, já estava sentindo certo cansaço). Apesar de ter minhas ressalvas com a abordagem cômica do assédio, o filme inteiro se estrutura como um enorme deboche em relação a todo moralismo e a falência das tradições. Sem vergonha de ser caricato ou tosco.
A primeira metade é composta basicamente por fragmentos de pensamentos de pessoas aleatórias. Não sabemos quem são e, após mal as conhecermos, nos despedimos. Com isso, ele vai construindo um panorama da população alemã de seu tempo que, infelizmente, não conversou comigo. É um argumento interessante para um curta, mas para um longa... Hmm não achei que funcionou tão bem. O filme tenta tão desesperadamente ser poético que acaba falhando em despertar uma reflexão realmente profunda. Os diálogos declamados, sem compromisso com interpretá-los de maneira realista, também não ajudam. Senti que foi uma experiência que funcionaria melhor comigo lendo que assistindo.
Sobre a segunda parte, nem tenho muita vontade de comentar sendo sincero. Não vejo algo mais manjado que a idealização do amor romântico entre uma mocinha bela, jovem e seu amado mais velho que obviamente é diferente de todos os outros homens e vai preencher sua vida.
O Daft Punk ser tão respeitado é por um bom motivo. Não sou fã deles, mas o filme é uma demonstração da qualidade de suas músicas. Impossível assistir parado. Mas, como filme, senti que cansa um pouco na segunda metade. Não tem uma história realmente interessante, por mais que a estética oitentista seja bacana e tenham feito um bom trabalho em contá-la sem diálogos.
O ritmo tem uns problemas, não consegue se manter durante o filme. Mas, no geral, gostei. Tem uma história interessante e irônica, prato cheio pra quem curte o estilo de Jordan Peele.
Convenhamos, péssima ideia a escalação desse elenco, né? Claro, todos ótimos atores, mas era difícil segurar o riso quando chamavam Antonio Banderas, um europeu branco e levemente bronzeado, de "índio".
Mas apesar disso, terminei gostando até mais do que esperava. Nunca deixa de me impressionar como a América Latina compartilha mazelas e uma história tão similar.
Demorei tanto pra ver que acabei me esquecendo. Apesar de às vezes parecer mais um filme sobre relações de gênero que sobre IA, é um suspense muito bacana. O tema hoje é ainda mais atual
O Mundo Depois de Nós
3.2 882 Assista AgoraPelos comentários, esperava algo bem pior mas acabei gostando bem mais do que imaginava. Entendo muita gente ter se frustrado com a ausência de respostas ou com o desfecho abrupto. Mas, para mim, a proposta nunca foi ter alguma explicação sólida ou conclusiva. Foi a realização de um retrato da paranoia do (talvez cada vez mais próximo?) fim dos Estados Unidos como conhecemos e de como nos comportamos perante ameaças desconhecidas, podendo ir desde uma pessoa estranha (e de etnia estigmatizada, importante ressaltar) a animais, doenças e tecnologias de funcionamento inexplicáveis.
Para essa questão sim, o filme propõe algumas respostas. Vemos que, apesar de toda a inimizade e desconfiança, a união em torno de inimigos em comum, como a doença do filho mais velho ou os cervos ameaçando a riquinha chata, tem uma força que não deve ser ignorada. É como se, apesar de odiar outras pessoas, como a própria Amanda fala no início, a ameaça externa faz com que a preservação do outro surgisse como um instinto, e não apenas a preservação de si mesma ou dos familiares. Mas, há uma segunda resposta, dessa vez não tão positiva: em reação à ameaça do fim, permanecemos apáticos e recorremos a escapismos de conforto, como a filha mais nova. Se não há como escapar, melhor aguardar o fim aproveitando momentos de distração e leves prazeres.
Sing a Bit of Harmony
2.8 2Sei lá, uma IA me vigiando desde criança e obcecada por mim me deixaria preocupado e não feliz como esse filme tenta passar... É uma premissa que funcionaria melhor como terror kkk
O Caso dos Irmãos Naves
4.2 87 Assista AgoraPesado, difícil não ficar com muita raiva. Com exceção da maior parte das atuações e do áudio, não achei um filme tão datado. Pelo contrário, tem uma direção criativa que surpreende, considerando a premissa "documental" do filme.
Estrada Perdida
4.1 469 Assista AgoraÉ, não foi dessa vez que aclamei Lynch...
Mas respeito muito a habilidade dele em criar uma tensão tão sufocante que chega a ser palpável. E foi por esse mesmo motivo que adorei a primeira parte. Aquela casa silenciosa, cheia de sombras e corredores é quase um personagem por si só.
Mas na segunda parte.... É, falhou em me despertar interesse.
Platoon
4.0 624 Assista AgoraPesado como o tema exige. Não esconde e nem romantiza os horrores que os Estados Unidos infligiram no mundo. Curioso observar tantos atores famosos e premiados tão jovens.
O Assassino
3.3 514É bem dirigido, mas dizer isso de um filme de David Fincher em pleno 2023 é chover no molhado. O problema é que há nada além disso que se sobressaia. Um tanto genérico.
Coach Carter: Treino para a Vida
4.0 381 Assista AgoraHistória bonita, inspiradora e etc, mas em uma fórmula batida. Na verdade, senti falta de acompanhar o crescimento gradual deles enquanto atletas e estudantes e seus dilemas pessoais. No fim acaba sendo um filme bem raso, apesar de suja duração.
Mirai
3.6 119Entendo ele não ter sido tão bem recebido quanto os filmes anteriores de Hosoda. É mais infantil, sendo um coming of age do início da infância para... bom, uma infância um pouco mais amadurecida kkkk Também tem o detalhe de boa parte do filme ser birra e choros de criança, coisa que nem quem é pai e mãe aguenta ouvir. O roteiro segue uma estrutura bem formulaica também, sem grandes reviravoltas e ficando repetitivo com o passar dos minutos.
Mas gostei tanto do tema. É uma reflexão tão simples mas tão essencial sobre vida, família e crescimento, sobre como estamos todos conectados ao mesmo tempo que propagamos nossos próprios ramos e raízes. Isso não é exatamente novidade para Hosoda, uma das maiores marcas autorais dele é justamente a forma em que utiliza o fantástico para falar sobre temas humanos. Em Guerras de Verão, temos uma visão ampla sobre a complexidade das relações familiares. Em Crianças Lobo, temos os desafios da maternidade solo. Aqui, temos uma criança descobrindo sua própria família ao mesmo tempo que descobre a si mesmo.
Cassino
4.2 649 Assista AgoraProdução ótima e com um ritmo frenético que não deixa sua duração pesar. Mas senti que esteve demais em uma zona de conforto do Scorsese. E esperei um pouco mais de desenvolvimento para a personagem de Sharon Stone.
One Piece 6 - O Barão Omatsuri e a Ilha …
3.8 13Nunca imaginei que o filme mais visualmente ousado de Mamoru Hosoda seria justamente um filme de One Piece. Em alguns momentos chega a lembrar o estilo de Masaaki Yuasa, mas de forma mais contida. O primor estético vem junto de uma história relativamente simples, mas que captura bem a premissa de One Piece e explora um potencial mais sombria desse universo.
Os Croods
3.7 1,1K Assista AgoraO humor é um tanto bobinho pro meu gosto, mas é divertido. Tem visuais bem criativos na imaginação da pré-história e toca em temas importantes, como o desejo de descoberta da adolescência, conservadorismo, medo de mudanças, proteção parental...
O Beco do Pesadelo
3.5 496 Assista AgoraSuper produção e boas atuações. Mas senti que o roteiro precisava amadurecer um pouco mais. Investe tanto tempo no circo que a mudança de ambientação acaba soando abrupta. Já sua segunda metade soa corrida e pouco desenvolvida, não aproveitando tão bem seus interessantes personagens.
#Alive
3.2 494 Assista AgoraEntrega o básico do gênero. Não traz nada de realmente novo mas também cumpre o esperado com competência. O contexto gamer/streamer poderia ter sido uma oportunidade para um filme diferente, mas não foi o caso.
O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel
4.4 1,8K Assista AgoraTinha tentado assistir na infância e na adolescência e nenhuma das vezes me conquistou muito. Dei outra chance agora e gostei bastante. Realmente uma superprodução que envelheceu bem pouco, com exceção de alguns efeitos. Mas sinto que é vítima da própria fama. SdA é tão, mas tão influente, que acaba parecendo "básico" demais para quem já tem algumas referências de fantasia. O que é irônico, pq todas essas referências foram influenciadas por ele. Mas, mesmo para esse público, imagino que tenha uma sensação muito gostosa de ir reconhecendo as referências que deram a base de RPGs, como foi o meu caso.
Suzume
3.9 101 Assista AgoraCasal péssimo, com desenvolvimento nulo e pouco convincente. Já costumo achar Shinkai um péssimo escritor de romances, mas aqui ele se superou. Piegas, sem química e raso. A sorte é que o romance ganha foco apenas no final. Pena que por estar no final, acaba ofuscando o resto do filme, que estava gostando bastante. É engraçado sem ser forçado e tem temas importantes, como a inevitável tragédia do existir (tema forte no contexto japonês, mas ainda palpável por todo globo em um contexto pós-pandemia). Outro incômodo que tive foi como a road trip de Suzume foi permeada de coincidências. Ela sempre era ajudada por pessoas extremamente gentis que acolhiam essa perfeita estranha como se fosse uma amiga de infância. Forçado demais, mas não tanto quanto esse projeto de romance.
Os Dez Mandamentos
4.1 263 Assista AgoraComentando como cinema, já que não sou uma pessoa religiosa.
É realmente uma produção absurda. De modo algum parece ser um filme com mais de meio século. Se me dissessem que foi lançando 30 anos depois, eu facilmente acreditaria. Feito em uma época antes do CG, temos cenários imensos, inúmeros figurantes, mil figurinos... Um verdadeiro espetáculo um tanto brega sim, mas que não deixa de ter seu charme justamente por isso.
Agora em relação à história.... Bom...
Gostei bastante da primeira parte, mas a segunda não me desceu muito bem. A começar pela inserção repentina de elementos fantásticos em uma história que até então era relativamente realista. Os personagens falavam de deuses e etc, mas em nenhum momento o filme apresentou que aquele era um mundo em que sacerdotes conseguiam transformar cetros em serpentes com a maior naturalidade. Além disso, vão ocorrendo saltos temporais que deixam a história pouco coesa, o que é uma pena, porque o desenvolvimento de Moisés em sua juventude estava ótimo.
E, sendo sincero, a pregação dessa segunda parte acabou me dando uma preguiça... Pobres hebreus, podem nem comemorar a própria liberdade com um bacanauzinho. É aquilo né, livres, porém nem tanto...
Um comentário adicional, curioso como o contexto da Guerra Fria influenciou a produção do filme. O próprio diretor aparecer no início se dirigindo ao público sobre a atualidade do conflito entre a libertação de Deus e o controle do Estado me pareceu uma referência clara ao conflito com a União Soviética. Entretenimento e religião andando lado a lado com a propaganda política, nada de novo.
Love Exposure
4.2 93Tive minhas dúvidas quando diziam que as 4h passavam rápido, mas acabou sendo verdade (talvez com exceção da hora final, já estava sentindo certo cansaço). Apesar de ter minhas ressalvas com a abordagem cômica do assédio, o filme inteiro se estrutura como um enorme deboche em relação a todo moralismo e a falência das tradições. Sem vergonha de ser caricato ou tosco.
Asas do Desejo
4.3 493 Assista AgoraA primeira metade é composta basicamente por fragmentos de pensamentos de pessoas aleatórias. Não sabemos quem são e, após mal as conhecermos, nos despedimos. Com isso, ele vai construindo um panorama da população alemã de seu tempo que, infelizmente, não conversou comigo. É um argumento interessante para um curta, mas para um longa... Hmm não achei que funcionou tão bem. O filme tenta tão desesperadamente ser poético que acaba falhando em despertar uma reflexão realmente profunda. Os diálogos declamados, sem compromisso com interpretá-los de maneira realista, também não ajudam. Senti que foi uma experiência que funcionaria melhor comigo lendo que assistindo.
Sobre a segunda parte, nem tenho muita vontade de comentar sendo sincero. Não vejo algo mais manjado que a idealização do amor romântico entre uma mocinha bela, jovem e seu amado mais velho que obviamente é diferente de todos os outros homens e vai preencher sua vida.
Interstella 5555
4.4 126O Daft Punk ser tão respeitado é por um bom motivo. Não sou fã deles, mas o filme é uma demonstração da qualidade de suas músicas. Impossível assistir parado. Mas, como filme, senti que cansa um pouco na segunda metade. Não tem uma história realmente interessante, por mais que a estética oitentista seja bacana e tenham feito um bom trabalho em contá-la sem diálogos.
Clonaram Tyrone!
3.4 82 Assista AgoraO ritmo tem uns problemas, não consegue se manter durante o filme. Mas, no geral, gostei. Tem uma história interessante e irônica, prato cheio pra quem curte o estilo de Jordan Peele.
A Casa dos Espíritos
3.9 449 Assista AgoraConvenhamos, péssima ideia a escalação desse elenco, né? Claro, todos ótimos atores, mas era difícil segurar o riso quando chamavam Antonio Banderas, um europeu branco e levemente bronzeado, de "índio".
Mas apesar disso, terminei gostando até mais do que esperava. Nunca deixa de me impressionar como a América Latina compartilha mazelas e uma história tão similar.
O Cristal Encantado
3.6 91 Assista AgoraOs bonecos e toda a estética são mesmo muito bons. Pena que a história não me conquistou tanto. É nitidamente algo feito nos anos 80.
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraDemorei tanto pra ver que acabei me esquecendo.
Apesar de às vezes parecer mais um filme sobre relações de gênero que sobre IA, é um suspense muito bacana. O tema hoje é ainda mais atual
Sailor Moon - Filme 2: Corações de Gelo
4.1 18 Assista AgoraMetade do plot é a gata chorando pq queria dar para um humano, pelo amor de deus, sabe?