Tenho várias ressalvas em relação à história e prefiro correr de uma leitura feminista, já que realmente não envelheceu bem nesse sentido. Mas, analisando como um retrato da própria contracultura do início dos anos 70, acho realmente muito bom. Uma animação musical japonesa baseada em um livro francês não ficcional e abordando opressão e violência sexual na Europa medieval com trilha sonora em rock progressivo e psicodélico e influências estéticas do Art Nouveau, Simbolismo e psicodelia é uma combinação que acho que só seria possível nesse exato contexto cultural.
Senti falta de uma vingança verdadeira no final, uma catarse, mas compreendi quando li interpretações em que não existiria nada de sobrenatural na história, apenas alucinações como efeito do uso da belladonna e dos próprios traumas de Jeanne. No fim, ela não seria uma bruxa real, mas sim apenas uma mulher martirizada.
Tem uma energia excessiva de "feito sob medida para o Oscar" para meu gosto. Mas não deixa de ser uma super produção. Gostei especialmente do trabalho sonoro, aplicando efeitos e camadas de áudio para transmitir os conflitos de seu protagonista. Acaba sendo bastante necessário ao vermos como a ideia de uma bomba para encerrar todas as guerras foi ingênua (considerando, claro, que alguém alguma vez realmente acreditou nisso)
Tem filmes recaps que conseguem fazer um bom trabalho de síntese e levar a história a um público que não viu o anime na TV. Mas não é o caso desse. Ignora apresentações de personagens e foca na partida, sendo feito só para os fãs revisitarem o momento mesmo.
A direção frenética e criativa faz um trabalho muito bom de transpor o estado mental dos personagens. Bizarro, cru e escatológico, como uma história dessas tem que ser.
A cronologia confunde um pouco, a direção confia na atenção do público em reparar detalhes como roupas, cenários e fotografia para perceber em que momento da vida das personagens cada cena se passa. Ficou um pouco confuso no início, mas dá metade para o final acompanhei melhor. Fiquei curioso para ler o livro também.
Depois da decepção proporcional ao hype que foi Esquadrão Suicida, fiquei com bastante medo de filmes muito aguardados. Felizmente, ele atende todas as expectativas altíssimas. Uma enorme paródia da Mattel, patriarcado e da própria Barbie, não desperdiça um minuto sem usar ironia e acidez. Me lembrou Tudo em Todo o Lugar.. no sentido em que não tem medo de ser tosco e caricato e não se leva tão a sério, mas, ao mesmo tempo, consegue discutir temas importantes (mesmo que com didatismo demais pro meu gosto) e, como podem ver aqui mesmo, incomodar.
É sim uma #publi e é preciso ser muito ingênuo para achar que a Mattel não deseja colher ricos frutos com esse filme. Mas diverte, inspira e leva discussões importantes ao grande público.
Família é tão complicado.... Ao mesmo tempo que é uma das nossas relações mais preciosas, tão comumente proporcionam traumas que se perpetuam por gerações.
Gostei de como aborda a crise entre todos os integrantes da família, mesmo que foque na figura da mãe (e sua crise pessoal). Maria Ribeiro ótima no papel. Por algum motivo consigo vê-la perfeitamente em um filme do Almodovar.
Assim como o anterior, dá mais ênfase nas cenas de ação que nos personagens e seus relacionamentos. O que acaba prejudicando muito, já que vários momentos perdem o impacto pelo tempo inexistente dedicado a isso.
Biografia bem tradicional, mas conta uma história importante. Chega a indignar a incapacidade do tradicionalismo cristão de enxergar além do próprio umbigo. Al Pacino realmente ótimo no papel. Tive a impressão de que o filme poderia iniciar em algum momento anterior, mostrando com mais calma como ele se envolveu com essa prática.
Uma produção belíssima, mas senti que é melhor aproveitado quando se tem alguns conhecimentos prévios sobre a história e a cultura chinesa. Não que o filme tenha alguma obrigação de didatismo, mas é algo importante para se ter em mente. Principalmente quando o foco parece mais estar no retrato das transformações políticas, sociais e culturais na China do século XX que no desenvolvimento de um triângulo amoroso propriamente dito.
Dava nada e me surpreendi. Além de ser uma produção visualmente excelente, funciona muito bem como filme de ação sem deixar de lado seu importante retrato cultural.
Engraçado que acabei estragando para mim mesmo a revelação da maternidade de Nawi. Achei a atriz tão parecida com Viola que nas primeiras cenas fiquei pensando se não seria algum flashback da juventude de Nanisca. Acabou que a história explicou a semelhança kkkk
Assim como o filme anterior, privilegia as cenas de ação em detrimento do desenvolvimento da relação entre os personagens. O que é um erro, considerando que acaba afetando o impacto de cenas do desfecho, já que os personagens envolvidos mal tiveram tempo de tela e sequer conseguimos ver o vínculo que existia entre eles.
Sabendo de antemão que o final era aberto, assisti sem esperar explicações e acabei curtindo. É um suspense legal e que nos coloca bem na pele de pessoas comuns se deparando com o inexplicável. Sinto que havia uma intenção de construir uma metáfora com tudo aquilo, mas o filme acaba sendo raso demais para interpretações nesse sentido.
Ainda só vi a primeira parte. As 2h30 passam rápido, acho que resistiu bem ao teste do tempo. Mas, com exceção do Dr. Mabuse, senti um pouco de dificuldade de memorizar as feições dos personagens, o que acabou deixando a história um pouco confusa. Talvez o excesso de personagens combinado à minha pouca experiência com cinema mudo pode ter influenciado nisso.
Uma baita surpresa. Filme intenso e bem produzido. Vi algumas pessoas se incomodando com a estética inspirada nos filmes dos Estados Unidos, mas vejo problema nenhum nisso. Se funciona para a proposta, então tudo certo. Também não achei que ele tenta humanizar os militares no sentido de atenuar a imagem deles, mas sim de mostrar que eles eram pessoas comuns e que mesmo pessoas comuns podem virar monstros caso recebam poder para isso.
Que curioso perceber que quase todo o elenco hoje é conhecido pela carreira em comédias.
Revendo após reassistir o anime, acabo tendo uma opinião parecida com a que tive sobre a série original. Tudo aquilo do primeiro amor é fofinho mas tão chatinho (e o filme foca bastante nisso ou seja....). No fim acaba sendo tudo muito rápido, inclusive o confronto com a carta.
Uma boa surpresa. Gostei bastante das cenas mostrando a produção e a montagem de um filme, até mais que as partes investigativas. Sobre a atuação da Nancy, fiquei pensando se não foi proposital já que ela faz uma personagem tão burra que chega a ser caricata.
Duvidei quando vi o tamanho da repercussão positiva, mas realmente, é merecido. Um dos melhores do MCU. Só me incomodou o uso excessivo de músicas e a irrelevância de Warlock.
Algo me diz que o diretor/roteirista deu uma lida nas discussões psicanalíticas sobre falo e castração e pensou que uma interpretação literal ao extremo daria um filme interessante. Até poderia ter sido o caso, se o ritmo não fosse tão desbalanceado (excesso de cortes, início apressado e desenvolvimento arrastado) e as situações tão repetitivas. Sobra um experimento curioso com a ausência de diálogos e animalização das relações sociais, românticas, sexuais e familiares.
É, como falaram, o áudio realmente atrapalha a experiência. Entendia pouco do que era falado, especialmente pelas crianças. Isso acaba prejudicando o envolvimento com a história, o que é uma pena, já que o áudio também faz um bom trabalho atmosférico com os sons ambientes e a ideia de ressaltar a fala dessa população é boa, mesmo que não tenha sido tão bem aplicada.
Comentando como alguém que ainda não viu o anime, eu gostei. É bem intenso e tem um universo misterioso e instigante. Consigo entender porque é tão querido. Só achei que o ritmo pareceu corrido em certo ponto. Senti que o filme focou muito em pular de uma cena de ação para outra. Senti falta de respiros.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraÉ muito bom ser lembrado de que é possível existir filmes de ação divertidos e bem dirigidos.
A Tragédia de Belladonna
4.1 97Tenho várias ressalvas em relação à história e prefiro correr de uma leitura feminista, já que realmente não envelheceu bem nesse sentido. Mas, analisando como um retrato da própria contracultura do início dos anos 70, acho realmente muito bom. Uma animação musical japonesa baseada em um livro francês não ficcional e abordando opressão e violência sexual na Europa medieval com trilha sonora em rock progressivo e psicodélico e influências estéticas do Art Nouveau, Simbolismo e psicodelia é uma combinação que acho que só seria possível nesse exato contexto cultural.
Senti falta de uma vingança verdadeira no final, uma catarse, mas compreendi quando li interpretações em que não existiria nada de sobrenatural na história, apenas alucinações como efeito do uso da belladonna e dos próprios traumas de Jeanne. No fim, ela não seria uma bruxa real, mas sim apenas uma mulher martirizada.
Luzes da Cidade
4.6 624 Assista AgoraChaplin sempre um mestre em entrelaçar a crônica social com o riso.
Oppenheimer
4.0 1,1KTem uma energia excessiva de "feito sob medida para o Oscar" para meu gosto. Mas não deixa de ser uma super produção. Gostei especialmente do trabalho sonoro, aplicando efeitos e camadas de áudio para transmitir os conflitos de seu protagonista. Acaba sendo bastante necessário ao vermos como a ideia de uma bomba para encerrar todas as guerras foi ingênua (considerando, claro, que alguém alguma vez realmente acreditou nisso)
Kuroko no Basket Movie 1: Winter Cup Soushuuhen - Kage …
4.0 3Tem filmes recaps que conseguem fazer um bom trabalho de síntese e levar a história a um público que não viu o anime na TV. Mas não é o caso desse. Ignora apresentações de personagens e foca na partida, sendo feito só para os fãs revisitarem o momento mesmo.
Trainspotting: Sem Limites
4.2 1,9K Assista AgoraA direção frenética e criativa faz um trabalho muito bom de transpor o estado mental dos personagens. Bizarro, cru e escatológico, como uma história dessas tem que ser.
Adoráveis Mulheres
4.0 975 Assista AgoraA cronologia confunde um pouco, a direção confia na atenção do público em reparar detalhes como roupas, cenários e fotografia para perceber em que momento da vida das personagens cada cena se passa. Ficou um pouco confuso no início, mas dá metade para o final acompanhei melhor. Fiquei curioso para ler o livro também.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraDepois da decepção proporcional ao hype que foi Esquadrão Suicida, fiquei com bastante medo de filmes muito aguardados. Felizmente, ele atende todas as expectativas altíssimas. Uma enorme paródia da Mattel, patriarcado e da própria Barbie, não desperdiça um minuto sem usar ironia e acidez. Me lembrou Tudo em Todo o Lugar.. no sentido em que não tem medo de ser tosco e caricato e não se leva tão a sério, mas, ao mesmo tempo, consegue discutir temas importantes (mesmo que com didatismo demais pro meu gosto) e, como podem ver aqui mesmo, incomodar.
É sim uma #publi e é preciso ser muito ingênuo para achar que a Mattel não deseja colher ricos frutos com esse filme. Mas diverte, inspira e leva discussões importantes ao grande público.
Como Nossos Pais
3.8 444Família é tão complicado.... Ao mesmo tempo que é uma das nossas relações mais preciosas, tão comumente proporcionam traumas que se perpetuam por gerações.
Gostei de como aborda a crise entre todos os integrantes da família, mesmo que foque na figura da mãe (e sua crise pessoal). Maria Ribeiro ótima no papel. Por algum motivo consigo vê-la perfeitamente em um filme do Almodovar.
Attack on Titan: O Rugido do Despertar
4.1 1Comentando como alguém que não viu o anime.
Assim como o anterior, dá mais ênfase nas cenas de ação que nos personagens e seus relacionamentos. O que acaba prejudicando muito, já que vários momentos perdem o impacto pelo tempo inexistente dedicado a isso.
Você Não Conhece o Jack
4.1 414 Assista AgoraBiografia bem tradicional, mas conta uma história importante. Chega a indignar a incapacidade do tradicionalismo cristão de enxergar além do próprio umbigo. Al Pacino realmente ótimo no papel. Tive a impressão de que o filme poderia iniciar em algum momento anterior, mostrando com mais calma como ele se envolveu com essa prática.
Adeus, Minha Concubina
4.2 98Uma produção belíssima, mas senti que é melhor aproveitado quando se tem alguns conhecimentos prévios sobre a história e a cultura chinesa. Não que o filme tenha alguma obrigação de didatismo, mas é algo importante para se ter em mente. Principalmente quando o foco parece mais estar no retrato das transformações políticas, sociais e culturais na China do século XX que no desenvolvimento de um triângulo amoroso propriamente dito.
A Mulher Rei
4.1 486 Assista AgoraDava nada e me surpreendi. Além de ser uma produção visualmente excelente, funciona muito bem como filme de ação sem deixar de lado seu importante retrato cultural.
Engraçado que acabei estragando para mim mesmo a revelação da maternidade de Nawi. Achei a atriz tão parecida com Viola que nas primeiras cenas fiquei pensando se não seria algum flashback da juventude de Nanisca. Acabou que a história explicou a semelhança kkkk
Shingeki no kyojin Kouhen Movie 2: Jiyuu no tsubasa
4.2 4 Assista AgoraAssim como o filme anterior, privilegia as cenas de ação em detrimento do desenvolvimento da relação entre os personagens. O que é um erro, considerando que acaba afetando o impacto de cenas do desfecho, já que os personagens envolvidos mal tiveram tempo de tela e sequer conseguimos ver o vínculo que existia entre eles.
Don't Blink
2.5 94Sabendo de antemão que o final era aberto, assisti sem esperar explicações e acabei curtindo. É um suspense legal e que nos coloca bem na pele de pessoas comuns se deparando com o inexplicável. Sinto que havia uma intenção de construir uma metáfora com tudo aquilo, mas o filme acaba sendo raso demais para interpretações nesse sentido.
Dr. Mabuse, o Jogador
4.0 42Ainda só vi a primeira parte. As 2h30 passam rápido, acho que resistiu bem ao teste do tempo. Mas, com exceção do Dr. Mabuse, senti um pouco de dificuldade de memorizar as feições dos personagens, o que acabou deixando a história um pouco confusa. Talvez o excesso de personagens combinado à minha pouca experiência com cinema mudo pode ter influenciado nisso.
O Que é Isso, Companheiro?
3.8 339 Assista AgoraUma baita surpresa. Filme intenso e bem produzido. Vi algumas pessoas se incomodando com a estética inspirada nos filmes dos Estados Unidos, mas vejo problema nenhum nisso. Se funciona para a proposta, então tudo certo. Também não achei que ele tenta humanizar os militares no sentido de atenuar a imagem deles, mas sim de mostrar que eles eram pessoas comuns e que mesmo pessoas comuns podem virar monstros caso recebam poder para isso.
Que curioso perceber que quase todo o elenco hoje é conhecido pela carreira em comédias.
Sakura Card Captors 2: A Carta Selada
4.2 95Revendo após reassistir o anime, acabo tendo uma opinião parecida com a que tive sobre a série original. Tudo aquilo do primeiro amor é fofinho mas tão chatinho (e o filme foca bastante nisso ou seja....). No fim acaba sendo tudo muito rápido, inclusive o confronto com a carta.
Um Tiro na Noite
3.9 236 Assista AgoraUma boa surpresa. Gostei bastante das cenas mostrando a produção e a montagem de um filme, até mais que as partes investigativas. Sobre a atuação da Nancy, fiquei pensando se não foi proposital já que ela faz uma personagem tão burra que chega a ser caricata.
Guardiões da Galáxia: Vol. 3
4.2 800 Assista AgoraDuvidei quando vi o tamanho da repercussão positiva, mas realmente, é merecido. Um dos melhores do MCU. Só me incomodou o uso excessivo de músicas e a irrelevância de Warlock.
Moebius
3.3 100Algo me diz que o diretor/roteirista deu uma lida nas discussões psicanalíticas sobre falo e castração e pensou que uma interpretação literal ao extremo daria um filme interessante. Até poderia ter sido o caso, se o ritmo não fosse tão desbalanceado (excesso de cortes, início apressado e desenvolvimento arrastado) e as situações tão repetitivas. Sobra um experimento curioso com a ausência de diálogos e animalização das relações sociais, românticas, sexuais e familiares.
Mutum
3.8 70 Assista AgoraÉ, como falaram, o áudio realmente atrapalha a experiência. Entendia pouco do que era falado, especialmente pelas crianças. Isso acaba prejudicando o envolvimento com a história, o que é uma pena, já que o áudio também faz um bom trabalho atmosférico com os sons ambientes e a ideia de ressaltar a fala dessa população é boa, mesmo que não tenha sido tão bem aplicada.
Shingeki no Kyojin Movie 1: Guren no Yumiya
3.8 3Comentando como alguém que ainda não viu o anime, eu gostei. É bem intenso e tem um universo misterioso e instigante. Consigo entender porque é tão querido. Só achei que o ritmo pareceu corrido em certo ponto. Senti que o filme focou muito em pular de uma cena de ação para outra. Senti falta de respiros.
Rastros de um Sequestro
3.8 563 Assista AgoraSuspense bacana e imprevisível, cheio de reviravoltas.