Genial. Méliès era muito ousado. Só achei que o Gulliver deveria apagar o fogo no castelo da rainha com o próprio mijo, como é no livro. Queria que ele tivesse filmado a viagem dele a LaPuta e também o encontro com os Houyhnhnms, acho que o ponto alto da sátira do Swift. .
Melhor coisa dos filmes da Lucrecia Martel é que eles dão o que pensar. Tem sempre muito detalhe que você só vai pegar assistindo uma segunda vez; uma pequena estória, um conto, uma lenda ou algo do tipo que cria uma atmosfera maravilhosa e sempre diz alguma coisa sobre a estória do filme (como a "rata africana" do La ciénaga e os "Fantasmas" desse aqui). De modo que fica difícil dar um único sentido para a estória do filme.
Só senti um pouco de falta daquelas reflexões filosóficas profundas do Jonas Mekas. Aparecem algumas no Walden (como na parte em que ele diz que o cinema é frame depois de frame, e depois que o cinema está entre os frames), mas quase sempre curtas ou sobre o que ele estava fazendo naquele período. Por outro lado, os registros não deixam a desejar:
primeira apresentação do Velvet Underground; Allen Ginsberg e a passeata dos Hare Krishna pela paz; os ponies e a família do Brakhage; encontros com Hans Richter, Marie Menken, Yoko Ono, John Lennon...
E, sem sombras de dúvida, a parte que eu mais gostei foi a do circo. É uma imagem muito bonita a da mulher no trapézio.
Quem fez essa sinopse tá de parabéns, depois de contar o filme todo poderia aproveitar e contar o final também, já que foi só isso que faltou, o que, diga-se de passagem, não é nenhuma novidade, porque se tem uma coisa que o Filmow não sabe fazer é uma sinopse.
Não achei arrastado, nem tedioso. O filme é dividido em capítulos, e cada capítulo tem um ritmo de construção diferente pra no final fazerem valer todo o sofrimento da estória: uns começam mais agitados e terminam mais calmos; outros começam calmos e terminam mais agitados. Só isso. E o filme mais arrastado e tedioso do Denis Villeneuve, pra mim, é sem sombra de dúvidas o novo Blade Runner.
Tem um bom enredo, com algumas cenas ruins. Não usa muito clichê dos slashers, não tem aquelas perseguições frenéticas de dez minutos, gente caindo o tempo todo ou apelo para o sobrenatural - o que faz de Curtains um filme bem melhor, pra mim, que Halloween.
não sei o que é, mas parece que todo mundo no filme tem uma mania de tropeçar nas coisas; o policial parece que foi tirado do Police Academy, e a mãe do Andy só pode ser surda, porque o bruxo, amigo do Chucky, cansou de dizer pra ela que pra matar o boneco precisava acertar ele no coração e ela deu vários tiros nele, exceto no coração! E mesmo quando o boneco já não se mexia mais! rs
No geral, tem um começo meia boca, que dura mais do que o necessário, e que é compensado com um final cada vez mais bizarro e perturbador. Depois que eles encontram a casa, o filme toma um rumo sem volta, afundando cada vez mais no terror. É um slasher clássico (um dos primeiros), que deu forma para muitos filmes do mesmo gênero, mas não tão bons quanto ele. É só dar uma olhada nessa merda de trailer de uma das continuações: uma serra elétrica que sai da água do nada e liga com um raio de um dia ensolarado rs https://www.youtube.com/watch?v=nY7n9IKerag
A Agnès Varda tem um filme cem vezes melhor que esse, Sans toit ni loi (1985), que não faz com que a gente só sinta pena e compaixão pela personagem protagonista, mas consegue fazer com que a gente pense, com riqueza de situações, na decisão que essa personagem tomou pra própria vida. E eu detesto quando isso não é possível num filme, porque daqui a pouco muitas pessoas vão começar a assistir filmes em que o protagonista é um estuprador, ou coisa do tipo, e vão aprender a sentir pena e compaixão por ele, impossibilitados de pensar, de refletir melhor sobre as ações dessa personagem. E é só olhar pra baixo, aqui nos comentários, pra ver que não tem quase ninguém que conseguiu pensar de fato sobre a ação que ele tomou.
Gostava muito desse filme quando eu era mais novo e vi ele quando foi lançado, cheio de jumpscares. Mas hoje em dia me dói o ouvido ficar ouvindo essas músicas de suspense toda hora nos filmes de terror, sem contar que sempre deixam a gente preparado pra alguma coisa, sendo que na maioria das vezes mais quebram o suspense do que o provocam. Nesse último Halloween, por exemplo, eu peguei um filme do Carpenter pra ver, Someone's watching me (1978). O filme todo eu achei muito ruim, uma perda de tempo. No entanto, tem uma cena que eu achei muito bem feita, excelente, e é mais ou menos assim: a protagonista (que está sendo stalkeada) volta pra casa e recebe um telefonema, daí no meio dele, enquanto conversa, lá no fundo, do nada, passa alguém correndo pra fora do apartamento, dando a entender que ela não estava sozinha. O melhor dessa cena é que não há música que prepare a gente para o que vai acontecer. É um susto é inevitável.
O Pareja era doido, dono de uma imaginação sem limites. Mas é legal a imagem dele tocando Vida de Gado em cima da caixa d'água em plena rebelião. E certo é que o Brasil tem uma das polícias, se não a mais, das mais corruptas do mundo. O Brasil tinha até um diretor da polícia chamado "Hitler Mussolini" rs.
Veja – E como se faz para contar quem é Mazzaropi e o que ele pretende fazer daqui para a frente? Mazzaropi – Conte minha verdadeira história, a história de um cara que sempre acreditou no cinema nacional e que, mais cedo do que todos pensam, pôde construir a indústria do cinema no Brasil. A história de um ator bom ou mau que sempre manteve cheios os cinemas. Que nunca dependeu do INC – Instituto Nacional do Cinema – pra fazer um filme. Que nunca recebeu uma crítica construtiva da crítica cinematográfica especializada – crítica que se diz intelectual. Crítica que aplaude um cinema cheio de símbolos, enrolado, complicado, pretensioso, mas sem público.
Um filmaço, como disseram abaixo. Baseado num conto da Agatha Christie, com direção do Billy Wilder, famoso por seus roteiros, e um elenco de peso: Charles Laughton, Marlene Dietrich, Elsa Lanchester...
"Que amável e colorida multidão. Uma festa. Dancem! Braços e pernas, cinturas e ombros trabalhando em perfeita harmonia! O jeito que falam, movimentos, vislumbres que elevam o dançarino sobre os problemas terrenos. A juventude é tão encantadora! Acredite em mim, não há nada como encontrar um ao outro quando há música que esquenta o coração. Duas mãos juntas, um pé pressente onde o outro vai pisar e o segue, não importa onde o outro pisa, porque acredita que irão voar daí em diante, em cada balanço e giro. Quem sabe? Talvez... estão voando".
A Marie Menken é sem dúvida uma das maiores cineastas que eu já vi. Ela é a prova de que o cinema feito só com imagens pode dizer muito mais do que a gente espera ou imagina. Ela também é uma das raras diretoras que partem diretamente da imagem pra fazer um filme, e não do texto, como é a maior parte do cinema: um texto filmado.
As Viagens de Gulliver
3.9 17Genial. Méliès era muito ousado. Só achei que o Gulliver deveria apagar o fogo no castelo da rainha com o próprio mijo, como é no livro. Queria que ele tivesse filmado a viagem dele a LaPuta e também o encontro com os Houyhnhnms, acho que o ponto alto da sátira do Swift. .
A Lei do Desejo
3.8 317 Assista Agora¡Castidad, no! (rs)
A Mulher Sem Cabeça
3.5 63Melhor coisa dos filmes da Lucrecia Martel é que eles dão o que pensar. Tem sempre muito detalhe que você só vai pegar assistindo uma segunda vez; uma pequena estória, um conto, uma lenda ou algo do tipo que cria uma atmosfera maravilhosa e sempre diz alguma coisa sobre a estória do filme (como a "rata africana" do La ciénaga e os "Fantasmas" desse aqui). De modo que fica difícil dar um único sentido para a estória do filme.
L’Immortelle
3.7 4Muito bom. Acho que segue a linha de O Ano Passado em Marienbad (1961), misturando a memória e a imaginação com a realidade.
Walden - Diaries Notes and Sketches
4.3 9Só senti um pouco de falta daquelas reflexões filosóficas profundas do Jonas Mekas. Aparecem algumas no Walden (como na parte em que ele diz que o cinema é frame depois de frame, e depois que o cinema está entre os frames), mas quase sempre curtas ou sobre o que ele estava fazendo naquele período. Por outro lado, os registros não deixam a desejar:
primeira apresentação do Velvet Underground; Allen Ginsberg e a passeata dos Hare Krishna pela paz; os ponies e a família do Brakhage; encontros com Hans Richter, Marie Menken, Yoko Ono, John Lennon...
E, sem sombras de dúvida, a parte que eu mais gostei foi a do circo. É uma imagem muito bonita a da mulher no trapézio.
Genealogias de um Crime
3.7 8Quem fez essa sinopse tá de parabéns, depois de contar o filme todo poderia aproveitar e contar o final também, já que foi só isso que faltou, o que, diga-se de passagem, não é nenhuma novidade, porque se tem uma coisa que o Filmow não sabe fazer é uma sinopse.
O Pântano
3.8 94 Assista AgoraLa ciénaga é cheio de detalhes. Achei legal a história da "rata africana" rs
Incêndios
4.5 1,9KNão achei arrastado, nem tedioso. O filme é dividido em capítulos, e cada capítulo tem um ritmo de construção diferente pra no final fazerem valer todo o sofrimento da estória: uns começam mais agitados e terminam mais calmos; outros começam calmos e terminam mais agitados. Só isso. E o filme mais arrastado e tedioso do Denis Villeneuve, pra mim, é sem sombra de dúvidas o novo Blade Runner.
O Último Pesadelo
2.9 37Tem um bom enredo, com algumas cenas ruins. Não usa muito clichê dos slashers, não tem aquelas perseguições frenéticas de dez minutos, gente caindo o tempo todo ou apelo para o sobrenatural - o que faz de Curtains um filme bem melhor, pra mim, que Halloween.
Burroughs
3.9 2Melhor que o "A Man Within".
Brinquedo Assassino
3.3 1,0K Assista AgoraEu gosto do Child's Play, a animação do Chucky é muito boa e tem uma história até que bem montada. O problema é que forçaram demais em alguns pontos:
não sei o que é, mas parece que todo mundo no filme tem uma mania de tropeçar nas coisas; o policial parece que foi tirado do Police Academy, e a mãe do Andy só pode ser surda, porque o bruxo, amigo do Chucky, cansou de dizer pra ela que pra matar o boneco precisava acertar ele no coração e ela deu vários tiros nele, exceto no coração! E mesmo quando o boneco já não se mexia mais! rs
O Massacre da Serra Elétrica
3.7 1K Assista AgoraNo geral, tem um começo meia boca, que dura mais do que o necessário, e que é compensado com um final cada vez mais bizarro e perturbador. Depois que eles encontram a casa, o filme toma um rumo sem volta, afundando cada vez mais no terror. É um slasher clássico (um dos primeiros), que deu forma para muitos filmes do mesmo gênero, mas não tão bons quanto ele. É só dar uma olhada nessa merda de trailer de uma das continuações: uma serra elétrica que sai da água do nada e liga com um raio de um dia ensolarado rs
https://www.youtube.com/watch?v=nY7n9IKerag
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraA Agnès Varda tem um filme cem vezes melhor que esse, Sans toit ni loi (1985), que não faz com que a gente só sinta pena e compaixão pela personagem protagonista, mas consegue fazer com que a gente pense, com riqueza de situações, na decisão que essa personagem tomou pra própria vida. E eu detesto quando isso não é possível num filme, porque daqui a pouco muitas pessoas vão começar a assistir filmes em que o protagonista é um estuprador, ou coisa do tipo, e vão aprender a sentir pena e compaixão por ele, impossibilitados de pensar, de refletir melhor sobre as ações dessa personagem. E é só olhar pra baixo, aqui nos comentários, pra ver que não tem quase ninguém que conseguiu pensar de fato sobre a ação que ele tomou.
Trailer para os Amantes do Proibido
3.6 22"Soy ese vicio de tu piel, que ya no puedes desprender. Soy lo prohibido..."
Submissão
3.9 15O islamismo é nojento, como qualquer outra religião. E Alá é o que faz mais jus ao deus como imagem e semelhança do homem.
Tudo Vai Bem
3.9 15A cena no Carrefour:
https://www.youtube.com/watch?v=qc4upl8C96Q
O Dia do Terror
2.6 406 Assista AgoraGostava muito desse filme quando eu era mais novo e vi ele quando foi lançado, cheio de jumpscares. Mas hoje em dia me dói o ouvido ficar ouvindo essas músicas de suspense toda hora nos filmes de terror, sem contar que sempre deixam a gente preparado pra alguma coisa, sendo que na maioria das vezes mais quebram o suspense do que o provocam. Nesse último Halloween, por exemplo, eu peguei um filme do Carpenter pra ver, Someone's watching me (1978). O filme todo eu achei muito ruim, uma perda de tempo. No entanto, tem uma cena que eu achei muito bem feita, excelente, e é mais ou menos assim: a protagonista (que está sendo stalkeada) volta pra casa e recebe um telefonema, daí no meio dele, enquanto conversa, lá no fundo, do nada, passa alguém correndo pra fora do apartamento, dando a entender que ela não estava sozinha. O melhor dessa cena é que não há música que prepare a gente para o que vai acontecer. É um susto é inevitável.
Vida Bandida - Leonardo Pareja
3.9 7O Pareja era doido, dono de uma imaginação sem limites. Mas é legal a imagem dele tocando Vida de Gado em cima da caixa d'água em plena rebelião. E certo é que o Brasil tem uma das polícias, se não a mais, das mais corruptas do mundo. O Brasil tinha até um diretor da polícia chamado "Hitler Mussolini" rs.
Mazzaropi - O Cineasta das Platéias
3.6 6Veja – E como se faz para contar quem é Mazzaropi e o que ele pretende fazer daqui para a frente?
Mazzaropi – Conte minha verdadeira história, a história de um cara que sempre acreditou no cinema nacional e que, mais cedo do que todos pensam, pôde construir a indústria do cinema no Brasil. A história de um ator bom ou mau que sempre manteve cheios os cinemas. Que nunca dependeu do INC – Instituto Nacional do Cinema – pra fazer um filme. Que nunca recebeu uma crítica construtiva da crítica cinematográfica especializada – crítica que se diz intelectual. Crítica que aplaude um cinema cheio de símbolos, enrolado, complicado, pretensioso, mas sem público.
Testemunha de Acusação
4.5 355 Assista AgoraUm filmaço, como disseram abaixo. Baseado num conto da Agatha Christie, com direção do Billy Wilder, famoso por seus roteiros, e um elenco de peso: Charles Laughton, Marlene Dietrich, Elsa Lanchester...
Danação
4.1 51"Que amável e colorida multidão. Uma festa. Dancem! Braços e pernas, cinturas e ombros trabalhando em perfeita harmonia! O jeito que falam, movimentos, vislumbres que elevam o dançarino sobre os problemas terrenos. A juventude é tão encantadora! Acredite em mim, não há nada como encontrar um ao outro quando há música que esquenta o coração. Duas mãos juntas, um pé pressente onde o outro vai pisar e o segue, não importa onde o outro pisa, porque acredita que irão voar daí em diante, em cada balanço e giro. Quem sabe? Talvez... estão voando".
Go! Go! Go!
3.9 3A Marie Menken é sem dúvida uma das maiores cineastas que eu já vi. Ela é a prova de que o cinema feito só com imagens pode dizer muito mais do que a gente espera ou imagina. Ela também é uma das raras diretoras que partem diretamente da imagem pra fazer um filme, e não do texto, como é a maior parte do cinema: um texto filmado.
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraUma estrela, que é pro pessoal do Filmescult que tiveram o trampo de fazer o upload do filme.
Maioria Absoluta
4.4 29 Assista AgoraBrutal