Por trás de uma série banal que mostra os desafios diários de três jovens autista existe uma profundidade difícil de traduzir. Vou tentar usar o ponto de vista literal dos personagens, sem malabarismos de linguagem. Comecei a assistir às 22h30 e qdo me dei conta, eram 3h da manhã. Nem um bocejo sequer soltei, muito menos parar e experimentar outra série. Me ater aquela rotina super focada de tentar se relacionar, trabalhar sem melindrar a chefia e vencer a rua para comprar o croissant preferido na cafeteria me fez um bem surpreendente. Percebi que as pessoas ditas normais complicam demais as coisas. Os neurodivergentes têm muito a nos ensinar.
Eu entendo pq muita gente nem chega ao fim da série de tão desconfortável é de forma nua e crua o horror vivido pelos afrodescendentes nas mãos dos colonizadores europeus, geração após geração. Mas o que a série explora não chega nem perto da tragédia épica que foram estes 500 de uma escravidão que não acaba, se reinventa em cada trabalho precarizado, imigrante africano q apanha até a morte ou empregadas domésticas que vivem num quartinho insalubre sem receber pq são tratadas como "família". E ainda tem a "ajuda" da religião para legitimar toda a tortura a que são submetidos. Quem leu o livro do Laurentino Gomes também leva um soco no estômago qdo conhece detalhes da rota dos navios atraídos pelos tubarões diante de tantos corpos jogados ao mar e os castigos dado a quem ousava fugir daquele inferno, muito através do suicídio. Se a gente não se horrorizar, quem sabe para de normalizar absurdos, como se sentir inferior por termos traços das vítimas da história, e não de seus abusadores. E apesar de achar que a série perde muito ao se estender por 10 capítulos, a abordagem é tão desconcertante que não consigo dar menos q 4 estrelas. Se fosse um filme, como "Nós", seria perfeita.
Raridade assistir a um remake que elevou a obra original. Não apenas é melhor do que a obra de Argento como teve êxito em trocar a estética trash expressionista por uma versão sofisticada e com belas atuações, sem deixar as cenas de horror de lado, aliás, que cenas! A sempre excelente Tilda Swinton tem três papéis fundamentais na trama. O diretor não é nem um pouco bobo.
Achei uma gracinha, uma fábula moderna sobre equidade de gêneros. Adorei o fato dos personagens ousarem fugir dos estereótipos mesmo antes da gravidez. Uma ousadia japonesa que os coreanos ainda estão devendo. Lembro a primeira vez que vi um homem trans grávido fiquei chocada. Mas, com o tempo, vamos nos costumando a ver cada vez mais as fronteiras de gênero ficarem fluidas. Apesar do berreiro dos fundamentalistas, é uma tendência que veio pra ficar.
A história não é lá muito original, mas a trilha sonora é tão boa que acabei vendo tudo de uma sentada. Também não canso de assistir a Natasha interpretando sempre ela mesma. Enfant terrible forever!
Devo admitir que poucos fazem filmes sobre os podres da mídia e política como os norte-americanos. O know-how adquirido por décadas de escândalos, show business e maestria em storytelling faz dos caras mestres no ritmo em contar uma boa história de bastidores da TV deixando no final aquele gostinho de quero mais.
"Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo". Sério?! Tem alguém dando gargalhada no inferno...
Vixe, mais um que entra pra minha lista de decepções de 2022. Ou será que a manjada forma de fazer filme de suspense made in USA se esgotou? Como bem disse alguém nos comentários, parece que o roteiro tinha duas páginas. Eu vou além: parece que tem dois parágrafos.
Chegou a minha hora de dizer: superestimado. Sou fã de obras com temática LGBT e achei esse bem fraquinho, já que ganhou o Oscar de melhor filme internacional. Parece que o Oscar virou um tribunal de reparação histórica e não uma competição com critério baseado em criatividade, inovação e excelência, para além da pura representatividade. Será que tudo já foi feito? É a questão que assombra a minha mente nos últimos dias ao conferir tantas obras medianas tão bem cotadas.
Bah, nunca mais vou dizer que finais felizes são forçados. Nunca vou me recuperar do rumo que essa história tomou. Como disse alguém aqui, eu tava num carrossel e acabei caindo num trem fantasma. Acho que o roteirista devia estar com muito mal humor, credo! Nem o alívio cômico que em certas horas me pareceu desnecessário, nos salva de final tão catastrófico. Até parece que a série foi escrita pelo vilão, praticamente um ser invencível! Dá pena dos protagonistas viu...aliás o Kang Pil Sung entrou para a galeria de melhores policiais atormentados. Como diria a Marília Mendonça, todos vão sofrer!
A produção brasileira ainda é muito amadora, mas valeu o esforço. A computação gráfica tava massa e a Marjorie sempre competente, assim como a Cida Moreira. Mas deu vergonha alheia as demais atuações. Sem falar na falta de ritmo imprescindível para um bom filme de suspense. A iluminação chapada também não faz a gente entrar no clima, muito menos a trilha sonora. Ainda será preciso investir muito pra atingir um patamar mínimo de excelência. Principalmente no elenco de apoio e produção cenográfica e de som.
Apesar de não ser um dos meus doramas favoritos, preciso registrar as cenas bárbaras reproduzindo rituais xamânicos da cultura ancestral coreana, rica em simbolismos e que já tinha me impressionado na ótima "The guest". Que figurino! Que coreografia! E que atriz estupenda a que faz a xamã antagonista. Pra variar, as vilãs sempre entregam as melhores performances.
As atrizes são boas, mas o roteiro é uó demais, muito infantilizado, beirando a caricatura. A versão coreana de "Killing Eve", pra mim, não funcionou. Até trilha sonora que é boa acaba cansando pq é tocada a exaustão. Gruda igual chiclete na mente.
Não sei o que me irritou mais nessa série. Esse lenga lenga fútil de "sonho americano" num timing pra lá de errado da história da humanidade ou a sensação de que eu tava assistindo um remake de 12h de "As patricinhas de Beverly Hill" (ou Sex and the City versão influencer). Não consegui ter empatia pela protagonista ou pela jornalista, nem o advogado ou as coadjuvantes, é muita forçação de barra para romantizar as alpinistas sociais e o próprio jornalismo de celebridades. Não adianta ter grana e ficar repetindo os mesmos formatos, Hollywood. Sta decadência viu.
O filme tem a marca de qualidade do diretor espanhol, que garante o prazer de assistir mesmo que não seja tão bom, o que muito se deve ao talento da Penélope Cruz. É uma pena que a resolução do drama tenha sido tão xoxo, faltou aquela pimenta dramática que eleva um filme mediano a uma experiência inesquecível. Nem a trilha sonora envolvente salvou a trama. Ponto positivo para a temática sempre oportuna dos desaparecidos da ditadura militar. Lembrar sempre para não repetir jamais.
Sabe, o que eu me deixa intrigada com a dramaturgia sul-coreana é a capacidade quase infinita de colocar um subtexto social em qualquer gênero, mesmo um aparentemente banal filme de zumbi. Esta série me fez pensar em como ignoramos tempo demais que o ressentimento é um combustível pernicioso de uma sociedade competitiva e desigual, que se volta contra nós qdo a pessoa frustrada ganha poder em alguma esfera. A semente do ódio pode ser plantada num pátio de colégio, nos exercícios humilhantes dentro de forças armadas, dentro de seminários e templos religiosos ou na política. O discurso do ódio nas redes sociais não é a causa, mas o sintoma de uma sociedade de frustrados.
Nossa, essa série dá muito o que pensar sobre nossas próprias ações e fragilidades, e acredito ser este uma das qualidades de um bom filme, vc não se desliga dele facilmente. Cada episódio traz uma fraqueza humana que Nanno explora de forma que beira a caricatura não fosse inspirado em fatos reais da Tailândia. Como não sou da geração que curte mangás, não conhecia este tipo personagem mítico vingador e foi uma bela introdução a este universo. Os episódios são irregulares, mas fora um ou dois que acho dispensáveis, os demais são incríveis. Também curti este formato fechado. A risada dela realmente é insuportável, mas será que não é este o objetivo?
Esta é a minha primeira vez assistindo um dorama que não seja de suspense ou policial e que estreia! Tocante, belo, suave, este drama revela mais uma faceta deste país que por tanto tempo esteve na sombra das mega potências China e Japão. Trata do preconceito com os velhos, com o próprio balé, sempre associado ao feminino, a pressão que os jovens sofrem para ter sucesso profissional e a dificuldade de relacionamento entre as gerações. Depois de assistir pesquisei a trama, que é baseada num desenho de sucesso da internet, uma webtoon. Muito bom conhecer um país através da dramaturgia. É um pouco meloso em alguns momentos, mas é o de menos diante do retrato agridoce desta sociedade ultra competitiva, que se equilibra entre o tradicional e o moderno, a expressão contida e a explosão sentimental.
Depois de tanto elogiar os coreanos, chegou a vez de puxar a orelha. O tema é ótimo, a produção primorosa, mas misturar gêneros tem limite. Na mesma trama tem ficção científica, suspense, policial, drama, romance, ou seja, a mitologia grega virou um samba do coreano doido. A parte do romance é a que mais estraga pq destoa com uma trilha sonora açucarada e como já foi falado aqui, falta de química entre os protagonistas. Nunca vi beijo tão insípido. E as cenas de ação são muito clichês e só enchem linguiça, sem falar em alguns dramalhões. Tivessem focado na ciência, suspense e drama, poderia ter sido excelente. Os antagonistas, pra variar, são os personagens mais complexos e interessantes. Uma boa edição, com uns 3 episódios menos, também fez falta.
Assisti no mesmo dia "O Mar de Tranquilidade" e este filme e definitivamente percebo que os EUA perderam a hegemonia não só econômica, mas também cultural. Acho válido fazer uma sátira sobre um assunto sério para capturar o espírito jocoso da geração formada por memes e til tok, mas não acredito que vá mudar a ideia de negacionistas, tratados ali como peões sem poder de raciocínio. A crítica se dilui se uma tal forma q vira mais um filme sobre o caos gerado pelas fake news, mas com a profundidade de um pires. Dei risada com algumas tiradas, mas achei fraco, até para os padrões de Hollywood.
Eu não queria comentar, de novo, q estou amando descobrir o cinema coreano, mas não dá! Principalmente depois que assisti às cenas de erros de gravação, onde dá pra perceber a quantidade de gente envolvida na produção, o que demonstra o nível de profissionalismo e da vigorosa indústria do entretenimento da Coreia. E sempre sendo crítico ao sistema corrupto do país. Outra coisa q chama a atenção é como esta sociedade, cuja metade do povo é ateu, consegue produzir cultos e misturar crenças, me lembrando, inclusive, o Brasil. Reverendo Moon que o diga! Ele tem uma porrada de terras por aqui.
Lá vou eu falar bem dos coreanos de novo. Mas, gente, sério, que talento esse povo tem para a dramaturgia? A cada série ou filme eu descubro mais um ator excelente, como o Shin Ha-Kyun. Só no olhar ele passa tanta emoção que é difícil descrever. Agora tô atrás de outros filmes em que ele atuou, pelo que pesquisei, ele é bastante premiado. E qto ao enredo, novamente põe o dedo na ferida da corrupção da polícia envolvendo o empresariado, prova de que corrupção não é só estatal. Faz parte da falha de caráter de yodo ser humano ganancioso. Excelente.
Queria que este filme não acabasse nunca! Eu amava demais as músicas do Elthon John qdo era criança nos anos 70 em sua fase performática, que é de longe a mais genial. O ator estava estupendo na caracterização e o figurino é notal mil. Pena que não mostraram a participação dele no Muppet Show no auge da fama. Não curto muito musical, mas esse foi fenomenal. Tomara que as novas gerações descubram seu repertório. Five Stars com louvor, my dear. You rock!
Nosso Jeito de Ser (1ª Temporada)
4.3 15Por trás de uma série banal que mostra os desafios diários de três jovens autista existe uma profundidade difícil de traduzir. Vou tentar usar o ponto de vista literal dos personagens, sem malabarismos de linguagem. Comecei a assistir às 22h30 e qdo me dei conta, eram 3h da manhã. Nem um bocejo sequer soltei, muito menos parar e experimentar outra série. Me ater aquela rotina super focada de tentar se relacionar, trabalhar sem melindrar a chefia e vencer a rua para comprar o croissant preferido na cafeteria me fez um bem surpreendente. Percebi que as pessoas ditas normais complicam demais as coisas. Os neurodivergentes têm muito a nos ensinar.
Eles (1ª Temporada)
4.1 553 Assista AgoraEu entendo pq muita gente nem chega ao fim da série de tão desconfortável é de forma nua e crua o horror vivido pelos afrodescendentes nas mãos dos colonizadores europeus, geração após geração. Mas o que a série explora não chega nem perto da tragédia épica que foram estes 500 de uma escravidão que não acaba, se reinventa em cada trabalho precarizado, imigrante africano q apanha até a morte ou empregadas domésticas que vivem num quartinho insalubre sem receber pq são tratadas como "família". E ainda tem a "ajuda" da religião para legitimar toda a tortura a que são submetidos. Quem leu o livro do Laurentino Gomes também leva um soco no estômago qdo conhece detalhes da rota dos navios atraídos pelos tubarões diante de tantos corpos jogados ao mar e os castigos dado a quem ousava fugir daquele inferno, muito através do suicídio. Se a gente não se horrorizar, quem sabe para de normalizar absurdos, como se sentir inferior por termos traços das vítimas da história, e não de seus abusadores. E apesar de achar que a série perde muito ao se estender por 10 capítulos, a abordagem é tão desconcertante que não consigo dar menos q 4 estrelas. Se fosse um filme, como "Nós", seria perfeita.
Suspíria: A Dança do Medo
3.7 1,2K Assista AgoraRaridade assistir a um remake que elevou a obra original. Não apenas é melhor do que a obra de Argento como teve êxito em trocar a estética trash expressionista por uma versão sofisticada e com belas atuações, sem deixar as cenas de horror de lado, aliás, que cenas! A sempre excelente Tilda Swinton tem três papéis fundamentais na trama. O diretor não é nem um pouco bobo.
Kentaro Hiyama: O Homem Que Engravidou
3.8 7 Assista AgoraAchei uma gracinha, uma fábula moderna sobre equidade de gêneros. Adorei o fato dos personagens ousarem fugir dos estereótipos mesmo antes da gravidez. Uma ousadia japonesa que os coreanos ainda estão devendo. Lembro a primeira vez que vi um homem trans grávido fiquei chocada. Mas, com o tempo, vamos nos costumando a ver cada vez mais as fronteiras de gênero ficarem fluidas. Apesar do berreiro dos fundamentalistas, é uma tendência que veio pra ficar.
Boneca Russa (2ª Temporada)
3.5 95A história não é lá muito original, mas a trilha sonora é tão boa que acabei vendo tudo de uma sentada. Também não canso de assistir a Natasha interpretando sempre ela mesma. Enfant terrible forever!
O Escândalo
3.6 460 Assista AgoraDevo admitir que poucos fazem filmes sobre os podres da mídia e política como os norte-americanos. O know-how adquirido por décadas de escândalos, show business e maestria em storytelling faz dos caras mestres no ritmo em contar uma boa história de bastidores da TV deixando no final aquele gostinho de quero mais.
Segredos e Crimes de Jimmy Savile
3.5 34"Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo". Sério?! Tem alguém dando gargalhada no inferno...
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista AgoraVixe, mais um que entra pra minha lista de decepções de 2022. Ou será que a manjada forma de fazer filme de suspense made in USA se esgotou? Como bem disse alguém nos comentários, parece que o roteiro tinha duas páginas. Eu vou além: parece que tem dois parágrafos.
Uma Mulher Fantástica
4.1 422 Assista AgoraChegou a minha hora de dizer: superestimado. Sou fã de obras com temática LGBT e achei esse bem fraquinho, já que ganhou o Oscar de melhor filme internacional. Parece que o Oscar virou um tribunal de reparação histórica e não uma competição com critério baseado em criatividade, inovação e excelência, para além da pura representatividade. Será que tudo já foi feito? É a questão que assombra a minha mente nos últimos dias ao conferir tantas obras medianas tão bem cotadas.
Possessed
3.5 14 Assista AgoraBah, nunca mais vou dizer que finais felizes são forçados. Nunca vou me recuperar do rumo que essa história tomou. Como disse alguém aqui, eu tava num carrossel e acabei caindo num trem fantasma. Acho que o roteirista devia estar com muito mal humor, credo! Nem o alívio cômico que em certas horas me pareceu desnecessário, nos salva de final tão catastrófico. Até parece que a série foi escrita pelo vilão, praticamente um ser invencível! Dá pena dos protagonistas viu...aliás o Kang Pil Sung entrou para a galeria de melhores policiais atormentados. Como diria a Marília Mendonça, todos vão sofrer!
As Boas Maneiras
3.5 649 Assista AgoraA produção brasileira ainda é muito amadora, mas valeu o esforço. A computação gráfica tava massa e a Marjorie sempre competente, assim como a Cida Moreira. Mas deu vergonha alheia as demais atuações. Sem falar na falta de ritmo imprescindível para um bom filme de suspense. A iluminação chapada também não faz a gente entrar no clima, muito menos a trilha sonora. Ainda será preciso investir muito pra atingir um patamar mínimo de excelência. Principalmente no elenco de apoio e produção cenográfica e de som.
The Cursed
3.5 11Apesar de não ser um dos meus doramas favoritos, preciso registrar as cenas bárbaras reproduzindo rituais xamânicos da cultura ancestral coreana, rica em simbolismos e que já tinha me impressionado na ótima "The guest". Que figurino! Que coreografia! E que atriz estupenda a que faz a xamã antagonista. Pra variar, as vilãs sempre entregam as melhores performances.
Inspector Koo
3.9 11 Assista AgoraAs atrizes são boas, mas o roteiro é uó demais, muito infantilizado, beirando a caricatura. A versão coreana de "Killing Eve", pra mim, não funcionou. Até trilha sonora que é boa acaba cansando pq é tocada a exaustão. Gruda igual chiclete na mente.
Fresh
3.5 525 Assista AgoraNossa as resenhas que assisti foram tão boas, mas pra mim pareceu um daqueles telefilmes que passa na Band na madruga, que decepção
Inventando Anna
3.4 173 Assista AgoraNão sei o que me irritou mais nessa série. Esse lenga lenga fútil de "sonho americano" num timing pra lá de errado da história da humanidade ou a sensação de que eu tava assistindo um remake de 12h de "As patricinhas de Beverly Hill" (ou Sex and the City versão influencer). Não consegui ter empatia pela protagonista ou pela jornalista, nem o advogado ou as coadjuvantes, é muita forçação de barra para romantizar as alpinistas sociais e o próprio jornalismo de celebridades. Não adianta ter grana e ficar repetindo os mesmos formatos, Hollywood. Sta decadência viu.
Mães Paralelas
3.7 411O filme tem a marca de qualidade do diretor espanhol, que garante o prazer de assistir mesmo que não seja tão bom, o que muito se deve ao talento da Penélope Cruz. É uma pena que a resolução do drama tenha sido tão xoxo, faltou aquela pimenta dramática que eleva um filme mediano a uma experiência inesquecível. Nem a trilha sonora envolvente salvou a trama. Ponto positivo para a temática sempre oportuna dos desaparecidos da ditadura militar. Lembrar sempre para não repetir jamais.
All Of Us Are Dead (1ª Temporada)
3.7 288 Assista AgoraSabe, o que eu me deixa intrigada com a dramaturgia sul-coreana é a capacidade quase infinita de colocar um subtexto social em qualquer gênero, mesmo um aparentemente banal filme de zumbi. Esta série me fez pensar em como ignoramos tempo demais que o ressentimento é um combustível pernicioso de uma sociedade competitiva e desigual, que se volta contra nós qdo a pessoa frustrada ganha poder em alguma esfera. A semente do ódio pode ser plantada num pátio de colégio, nos exercícios humilhantes dentro de forças armadas, dentro de seminários e templos religiosos ou na política. O discurso do ódio nas redes sociais não é a causa, mas o sintoma de uma sociedade de frustrados.
Garota de Fora (1ª Temporada)
3.8 92 Assista AgoraNossa, essa série dá muito o que pensar sobre nossas próprias ações e fragilidades, e acredito ser este uma das qualidades de um bom filme, vc não se desliga dele facilmente. Cada episódio traz uma fraqueza humana que Nanno explora de forma que beira a caricatura não fosse inspirado em fatos reais da Tailândia. Como não sou da geração que curte mangás, não conhecia este tipo personagem mítico vingador e foi uma bela introdução a este universo. Os episódios são irregulares, mas fora um ou dois que acho dispensáveis, os demais são incríveis. Também curti este formato fechado. A risada dela realmente é insuportável, mas será que não é este o objetivo?
Navillera
4.6 52 Assista AgoraEsta é a minha primeira vez assistindo um dorama que não seja de suspense ou policial e que estreia! Tocante, belo, suave, este drama revela mais uma faceta deste país que por tanto tempo esteve na sombra das mega potências China e Japão. Trata do preconceito com os velhos, com o próprio balé, sempre associado ao feminino, a pressão que os jovens sofrem para ter sucesso profissional e a dificuldade de relacionamento entre as gerações. Depois de assistir pesquisei a trama, que é baseada num desenho de sucesso da internet, uma webtoon. Muito bom conhecer um país através da dramaturgia. É um pouco meloso em alguns momentos, mas é o de menos diante do retrato agridoce desta sociedade ultra competitiva, que se equilibra entre o tradicional e o moderno, a expressão contida e a explosão sentimental.
O Mito de Sísifo
3.6 19 Assista AgoraDepois de tanto elogiar os coreanos, chegou a vez de puxar a orelha. O tema é ótimo, a produção primorosa, mas misturar gêneros tem limite. Na mesma trama tem ficção científica, suspense, policial, drama, romance, ou seja, a mitologia grega virou um samba do coreano doido. A parte do romance é a que mais estraga pq destoa com uma trilha sonora açucarada e como já foi falado aqui, falta de química entre os protagonistas. Nunca vi beijo tão insípido. E as cenas de ação são muito clichês e só enchem linguiça, sem falar em alguns dramalhões. Tivessem focado na ciência, suspense e drama, poderia ter sido excelente. Os antagonistas, pra variar, são os personagens mais complexos e interessantes. Uma boa edição, com uns 3 episódios menos, também fez falta.
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraAssisti no mesmo dia "O Mar de Tranquilidade" e este filme e definitivamente percebo que os EUA perderam a hegemonia não só econômica, mas também cultural. Acho válido fazer uma sátira sobre um assunto sério para capturar o espírito jocoso da geração formada por memes e til tok, mas não acredito que vá mudar a ideia de negacionistas, tratados ali como peões sem poder de raciocínio. A crítica se dilui se uma tal forma q vira mais um filme sobre o caos gerado pelas fake news, mas com a profundidade de um pires. Dei risada com algumas tiradas, mas achei fraco, até para os padrões de Hollywood.
The Guest
4.3 30Eu não queria comentar, de novo, q estou amando descobrir o cinema coreano, mas não dá! Principalmente depois que assisti às cenas de erros de gravação, onde dá pra perceber a quantidade de gente envolvida na produção, o que demonstra o nível de profissionalismo e da vigorosa indústria do entretenimento da Coreia. E sempre sendo crítico ao sistema corrupto do país. Outra coisa q chama a atenção é como esta sociedade, cuja metade do povo é ateu, consegue produzir cultos e misturar crenças, me lembrando, inclusive, o Brasil. Reverendo Moon que o diga! Ele tem uma porrada de terras por aqui.
Beyond Evil
4.2 22 Assista AgoraLá vou eu falar bem dos coreanos de novo. Mas, gente, sério, que talento esse povo tem para a dramaturgia? A cada série ou filme eu descubro mais um ator excelente, como o Shin Ha-Kyun. Só no olhar ele passa tanta emoção que é difícil descrever. Agora tô atrás de outros filmes em que ele atuou, pelo que pesquisei, ele é bastante premiado. E qto ao enredo, novamente põe o dedo na ferida da corrupção da polícia envolvendo o empresariado, prova de que corrupção não é só estatal. Faz parte da falha de caráter de yodo ser humano ganancioso. Excelente.
Rocketman
4.0 921 Assista AgoraQueria que este filme não acabasse nunca! Eu amava demais as músicas do Elthon John qdo era criança nos anos 70 em sua fase performática, que é de longe a mais genial. O ator estava estupendo na caracterização e o figurino é notal mil. Pena que não mostraram a participação dele no Muppet Show no auge da fama. Não curto muito musical, mas esse foi fenomenal. Tomara que as novas gerações descubram seu repertório. Five Stars com louvor, my dear. You rock!