O que para uns é defeito, pra mim é qualidade: contar uma história complexa e real em detalhe, mostrando o sofrimento e a incerteza de pessoas responsáveis por milhares de vidas, num episódio único que marcou a vida de um país pra sempre. Cada pingo de suor vertido para evitar que o colapso elevasse para milhões o número de vítimas é mostrado com toda sua dramaticidade, mas sem pirotecnia, só a vida real que já é por si só bastante dramática. A ótima atuação do protagonista conduz muito bem a trama e pra mim só ficou devendo por não mostrar o caos que reinava também do lado de fora da usina.
A gente percebe que está assistindo um filme de arte qdo nota em cada take, diálogo, sequência e linha de raciocínio o cérebro por trás daquele conjunto de elementos que unidos se transformam numa obra com a personalidade do autor. Nem sempre Jordan Peele acerta, mas qdo acerta é uma beleza de assistir. Vejo nele o potencial para ser um novo Quentin Tarantino, tal seu amor pelo cinema e compromisso com suas bandeiras.
Concordo com a Isabela Boscov: a Mia Goth é realmente a nova cara do cinema de terror, com seu jeito blasé e equivocadamente ingênuo. Já tinha chamado a atenção no remake de "Suspiria" e em parceria com o diretor Ti West protagoniza cenas que já entraram para os anais da sétima arte, como a cena final de Pearl, tentando desesperadamente parecer normal. "X" também é maneiro, mas "Pearl" dá um upgrade na trilogia com um toque de surrealismo sobre a saga da garota caipira meia bolada das ideias que, embevecida pelo cinema, sonha em sair do inferno que vive. Apesar de todo colorido da fotografia, o clima de terror é palpável e de uma fofura bizarra. Amei.
Eu sou fã do Dogma 95, um manifesto feito por jovens cineastas da Dinamarca nos anos 90, desde que assisti "Festa de Família", do mesmo diretor de "Druk". Depois veio "Dançando no Escuro" do Lars Von Trier com a fenomenal Bjork. A premissa é fazer cinema intimista centrado nas relações humanas, sem pirotecnia, nem iluminação de efeito. O resultado são obras tão simples qto profundas e extremamente sensíveis. "Druk" aborda a questão do álcool sem falso moralismo, mas sem ignorar os riscos e tragédias que causam; e me emocionou particularmente por também estar passando pela crise da meia idade, qdo as amizades são fundamentais pra gente não cair no abismo .
Pra mim foi uma decepção pq adoro a Rachel Weiz e o filme original do Cronenberg. Começa bem, mas cai no clichê da irmãzinha boazinha sem sal e a outra pirada e maligna, lembrando a Raquel e Ruth da novela Mulheres de Areia. A troca de gênero das protagonistas não foi o problema, o desenvolvimento da trama que ficou capenga, apesar de cenas fortes, não chegam a chocar como preconiza o estilo "body horror". A melhor definição para a versão mee too seria 'pretensioso'.
Muito boa a série, altamente maratonável, com episódios de 23 minutos. Dá pra assistir tudo num dia de feriado brincando. Gosto de comparar os estilos entre os países asiáticos e percebo que os japoneses são, muitas vezes, mais ousados ao expor o mal estar da sociedade capitalista, que ao mesmo tempo que segrega os idosos espreme os jovens incapazes de atingir as expectativas de sucesso um mercado de mercado saturado e desumanizado. A série também desmistifica o mito da sociedade pacífica, há uma tensão social permanente no subterrâneo, que pode eclodir quando menos se espera.
Gente, essa série me despertou os piores sentimentos. É um caso mais escabroso que outro. Milhares caindo no golpe do falso messias, aceitando ser abusado, extorquido, torturado. Lavagem cerebral extrema. Só imagino o qto deve acontecer o mesmo por aqui em algumas dessas igrejas neopentec que fazem dos fiéis reféns de mitologias absurdas e deixando a maioria na miséria. Pesquisei um pouco sobre pq a Coreia ter tantas seitas e se deve a instabilidade política e financeira durante o século 20. Pessoas desesperadas são presas fáceis. Assistir esse doc é meio-caminho para o ateísmo.
Uma grata surpresa! Roteiro consistente, os acontecimentos se sucedem de forma lógica, sem ofender a inteligência do espectador, com boas reviravoltas, sem dar cavalinho de pau. O protagonista estava ótimo, uma atuação contida e sóbria, bem diferente de seu personagem em "Identidade fragmentada" que, aliás, nem reconheci. E o melhor, sem correria nem cenas de lutas em profusão, tampouco aquela trilha sonora clichê tocada a exaustão, tão comum nas séries coreanas que as japonesas começaram a copiar. Excelente, Taiwan!
Ninguém reparou que a atriz que faz a protagonista adolescente não tem NADA A VER com a personagem adulta?! Uma é loira e alta e a outra baixa e morena, um mínimo de coerência na escolha do casting deixaria as cenas do passado menos risíveis.
Impossível ficar impassível diante de genocídios. A experiência já é traumática para quem assiste uma parte da história, imagina para quem viveu na China durante o período da lei do filho único, quando pais e mães tinham que matar suas bebês para não terem a casa destruída. Ninguém que ainda seja humano sai ileso deste filme. Ninguém.
O casal mais insípido da história dos doramas. E em termos de vingança, também já vi tramas melhor elaboradas, com personagens menos estereotipados e maniqueístas. Esse lance dos coreanos juntarem vários gêneros, nem sempre a dramaturgia ganha. Aquele romance não acrescenta muita coisa à trama.
Eu adorei, tem tudo que eu gosto: mete o pau no capitalismo, suas contradições e criação de personagens perdulários, inúteis e vazios, a superficialidade dos relacionamentos mediados por likes, a banalidade do mal, a consciência de classe que brota da necessidade e a inversão de papéis onde ter dinheiro se torna irrelevante.
Levei 4 anos para assistir e foi além das minhas expectativas. Christian Bale praticamente some, não só pela maquiagem sutil e naturalista, como pelo excelente estudo do personagem real que ele encarnou, de poucas palavras e ações com consequências muito além do território yankee. Só fico imaginando, do jeito que é obsessivo, qtas horas de entrevista do cara ele assistiu. O roteiro é irreverente sem passar da conta, o teor crítico e sarcástico conduz muito bem a história e o plot twist me ganhou de vez.
É uma pena que não pude assistir na tela grande, elevaria a experiência a um outro nível, bem mais imersivo. O roteiro é deliciosamente bizarro, me fazia rir de nervoso toda hora, com algumas pitadas de escatologia, teatro do absurdo, recheado de referências a filmes como Matrix, Simpson, Ratatouille e Karatê Kid. Um caleidoscópio ultracolorido e muito divertido. O único senão foi a duração, um pouco longo, mas vc não consegue piscar sem perder alguma coisa. Só fico pensando na loucura que foi editar e quantidade de croquis e storyboard para tanto figurino e roteiros alternativos. Excelente.
Fui dormir angustiada, indignada com este processo judicial que se arrasta por 10 anos sem a responsabilização dos assassinos. Como defendem os pais, vai desde o chefe dos bombeiros que não fiscalizou, os agentes públicos que fizeram vista grossa em relação a falta de alvará e os executores. Como o ataque à Esplanada dos Ministérios, a culpa não é apenas de quem causou o dano in loco, há toda uma rede corrompida que precisa ser punida para coibir coisa semelhante de acontecer de novo. Destroçaram 242 famílias. Como vão deixar por isso mesmo?! Destaque para as atuações do Paulo Gorgulho e Thelmo Fernandes. O elenco gaúcho também foi bem, assim como o roteiro. E a música-tema do Milton Nascimento é de uma beleza ímpar! Ela não para de tocar em minha cabeça até dar um nó na garganta.
Gente, que bomba! Um amontoado de clichês, histórias mal contadas, protagonista que não convence, roteiro preguiçoso, falas previsíveis, plot twist incoerente, enfim, pura perda de tempo. E eu que fui assistir depois de uma crítica favorável da Isabela...pô diva aí não
Quem disse que todo dorama é água com açúcar? Rapaz, que ousadia de roteiro. Começou sendo mais do mesmo, mas o desenvolvimento foi uma beleza. Conseguiu ser original, caliente e delicado ao mesmo tempo. Muito bom ver os coreanos saindo da caixinha e abordando outras sexualidades, para além daquela heteronormatvidade. Não me admira a nota baixa no imdb. A caretice ainda impera na península. PS: a atriz que faz a xamã é muito gata!
Não se deixem influenciar pela nota baixa. A proposta do roteiro é mostrar a angústia de quem não está vendo os acontecimentos, e para isso funcionar, precisa de uma atriz visceral, como é o caso da Naomi Watts. Aliás, é preciso ter preparo pra viver esse personagem, viu! Só quem já foi refém do King Kong e saiu ilesa de um tsunami possui essas credenciais. Lembra aquele filme canadense sobre uma epidemia zumbi, onde a ação é mais sonora do que visual, Pontypool, que faz referência ao pânico gerado por Orson Welles numa estação de rádio, ao narrar uma invasão alienígena.
Não aguento mais ver comentários do tipo "achei o filme arrastado". Pô, será que tudo deve virar um triller de ação coreano? Uma história bem contada, uma direção de atores delicada, tom sóbrio como o assunto exige e interpretações precisas tem o seu lugar na dramaturgia. Ainda mais num drama baseado num horrendo caso real. A vida não é um videogame.
Esta é uma daquelas séries que, de tão simples e objetiva, acaba se tornando essencial, num universo em que melodramas açucarados se tornaram o novo normal. Por ter oito episódios, não tem encheção de linguiça nem desvio de foco. O tema é os limites do jornalismo, os podres poderes que interferem nas notícias, a distorção promovida pelas redes sociais. Qdo acontece um lance pessoal, não carrega nas tintas nem no sentimentalismo barato. E com o coração pesado, soube que o protagonista Kim Ju-hyuk morreu no mesmo ano do lançamento e deixou dois filmes póstumos, aos 45 anos. Dê uma chance a este dorama, em ano de eleições, a verdade precisa prevalecer.
Gostei muito. Ótimo para assistir numa tarde chuvosa, lembrando dos contos de Edgard Allan Poe que eu lia na faculdade, nos anos 80, numa época em que as redes sociais não absorviam todo o nosso tempo e ainda era possível contemplar. Quem tem a alma melancólica se identifica com a narrativa mais lenta, os silêncios, como cada momento é sentido em profundidade. O ator que faz o protagonista é muito bom também. Vale a pena conferir.
Três Dias Que Mudaram Tudo
3.5 31 Assista AgoraO que para uns é defeito, pra mim é qualidade: contar uma história complexa e real em detalhe, mostrando o sofrimento e a incerteza de pessoas responsáveis por milhares de vidas, num episódio único que marcou a vida de um país pra sempre. Cada pingo de suor vertido para evitar que o colapso elevasse para milhões o número de vítimas é mostrado com toda sua dramaticidade, mas sem pirotecnia, só a vida real que já é por si só bastante dramática. A ótima atuação do protagonista conduz muito bem a trama e pra mim só ficou devendo por não mostrar o caos que reinava também do lado de fora da usina.
Não! Não Olhe!
3.5 1,3K Assista AgoraA gente percebe que está assistindo um filme de arte qdo nota em cada take, diálogo, sequência e linha de raciocínio o cérebro por trás daquele conjunto de elementos que unidos se transformam numa obra com a personalidade do autor. Nem sempre Jordan Peele acerta, mas qdo acerta é uma beleza de assistir. Vejo nele o potencial para ser um novo Quentin Tarantino, tal seu amor pelo cinema e compromisso com suas bandeiras.
Pearl
3.9 999Concordo com a Isabela Boscov: a Mia Goth é realmente a nova cara do cinema de terror, com seu jeito blasé e equivocadamente ingênuo. Já tinha chamado a atenção no remake de "Suspiria" e em parceria com o diretor Ti West protagoniza cenas que já entraram para os anais da sétima arte, como a cena final de Pearl, tentando desesperadamente parecer normal. "X" também é maneiro, mas "Pearl" dá um upgrade na trilogia com um toque de surrealismo sobre a saga da garota caipira meia bolada das ideias que, embevecida pelo cinema, sonha em sair do inferno que vive. Apesar de todo colorido da fotografia, o clima de terror é palpável e de uma fofura bizarra. Amei.
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 798 Assista AgoraEu sou fã do Dogma 95, um manifesto feito por jovens cineastas da Dinamarca nos anos 90, desde que assisti "Festa de Família", do mesmo diretor de "Druk". Depois veio "Dançando no Escuro" do Lars Von Trier com a fenomenal Bjork. A premissa é fazer cinema intimista centrado nas relações humanas, sem pirotecnia, nem iluminação de efeito. O resultado são obras tão simples qto profundas e extremamente sensíveis. "Druk" aborda a questão do álcool sem falso moralismo, mas sem ignorar os riscos e tragédias que causam; e me emocionou particularmente por também estar passando pela crise da meia idade, qdo as amizades são fundamentais pra gente não cair no abismo .
Ondas do Destino
4.2 335 Assista AgoraLars von trier nos tempos em que era fofo. E que trilha sonora! Simplesmente Irresistível.
Gêmeas: Mórbida Semelhança
3.5 42 Assista AgoraPra mim foi uma decepção pq adoro a Rachel Weiz e o filme original do Cronenberg. Começa bem, mas cai no clichê da irmãzinha boazinha sem sal e a outra pirada e maligna, lembrando a Raquel e Ruth da novela Mulheres de Areia. A troca de gênero das protagonistas não foi o problema, o desenvolvimento da trama que ficou capenga, apesar de cenas fortes, não chegam a chocar como preconiza o estilo "body horror". A melhor definição para a versão mee too seria 'pretensioso'.
Scams (1ª Temporada)
3.4 3 Assista AgoraMuito boa a série, altamente maratonável, com episódios de 23 minutos. Dá pra assistir tudo num dia de feriado brincando. Gosto de comparar os estilos entre os países asiáticos e percebo que os japoneses são, muitas vezes, mais ousados ao expor o mal estar da sociedade capitalista, que ao mesmo tempo que segrega os idosos espreme os jovens incapazes de atingir as expectativas de sucesso um mercado de mercado saturado e desumanizado. A série também desmistifica o mito da sociedade pacífica, há uma tensão social permanente no subterrâneo, que pode eclodir quando menos se espera.
Em Nome da Fé: Uma Traição Sagrada
3.8 14 Assista AgoraGente, essa série me despertou os piores sentimentos. É um caso mais escabroso que outro. Milhares caindo no golpe do falso messias, aceitando ser abusado, extorquido, torturado. Lavagem cerebral extrema. Só imagino o qto deve acontecer o mesmo por aqui em algumas dessas igrejas neopentec que fazem dos fiéis reféns de mitologias absurdas e deixando a maioria na miséria. Pesquisei um pouco sobre pq a Coreia ter tantas seitas e se deve a instabilidade política e financeira durante o século 20. Pessoas desesperadas são presas fáceis. Assistir esse doc é meio-caminho para o ateísmo.
Copycat Killer
3.8 14 Assista AgoraUma grata surpresa! Roteiro consistente, os acontecimentos se sucedem de forma lógica, sem ofender a inteligência do espectador, com boas reviravoltas, sem dar cavalinho de pau. O protagonista estava ótimo, uma atuação contida e sóbria, bem diferente de seu personagem em "Identidade fragmentada" que, aliás, nem reconheci. E o melhor, sem correria nem cenas de lutas em profusão, tampouco aquela trilha sonora clichê tocada a exaustão, tão comum nas séries coreanas que as japonesas começaram a copiar. Excelente, Taiwan!
O Diabo em Ohio
2.8 92 Assista AgoraNinguém reparou que a atriz que faz a protagonista adolescente não tem NADA A VER com a personagem adulta?! Uma é loira e alta e a outra baixa e morena, um mínimo de coerência na escolha do casting deixaria as cenas do passado menos risíveis.
One Child Nation
4.1 75Impossível ficar impassível diante de genocídios. A experiência já é traumática para quem assiste uma parte da história, imagina para quem viveu na China durante o período da lei do filho único, quando pais e mães tinham que matar suas bebês para não terem a casa destruída. Ninguém que ainda seja humano sai ileso deste filme. Ninguém.
A Lição: Parte 2
4.3 46 Assista AgoraO casal mais insípido da história dos doramas. E em termos de vingança, também já vi tramas melhor elaboradas, com personagens menos estereotipados e maniqueístas. Esse lance dos coreanos juntarem vários gêneros, nem sempre a dramaturgia ganha. Aquele romance não acrescenta muita coisa à trama.
Triângulo da Tristeza
3.6 731 Assista AgoraEu adorei, tem tudo que eu gosto: mete o pau no capitalismo, suas contradições e criação de personagens perdulários, inúteis e vazios, a superficialidade dos relacionamentos mediados por likes, a banalidade do mal, a consciência de classe que brota da necessidade e a inversão de papéis onde ter dinheiro se torna irrelevante.
Vice
3.5 488 Assista AgoraLevei 4 anos para assistir e foi além das minhas expectativas. Christian Bale praticamente some, não só pela maquiagem sutil e naturalista, como pelo excelente estudo do personagem real que ele encarnou, de poucas palavras e ações com consequências muito além do território yankee. Só fico imaginando, do jeito que é obsessivo, qtas horas de entrevista do cara ele assistiu. O roteiro é irreverente sem passar da conta, o teor crítico e sarcástico conduz muito bem a história e o plot twist me ganhou de vez.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraÉ uma pena que não pude assistir na tela grande, elevaria a experiência a um outro nível, bem mais imersivo. O roteiro é deliciosamente bizarro, me fazia rir de nervoso toda hora, com algumas pitadas de escatologia, teatro do absurdo, recheado de referências a filmes como Matrix, Simpson, Ratatouille e Karatê Kid. Um caleidoscópio ultracolorido e muito divertido. O único senão foi a duração, um pouco longo, mas vc não consegue piscar sem perder alguma coisa. Só fico pensando na loucura que foi editar e quantidade de croquis e storyboard para tanto figurino e roteiros alternativos. Excelente.
Todo Dia a Mesma Noite
4.0 288 Assista AgoraFui dormir angustiada, indignada com este processo judicial que se arrasta por 10 anos sem a responsabilização dos assassinos. Como defendem os pais, vai desde o chefe dos bombeiros que não fiscalizou, os agentes públicos que fizeram vista grossa em relação a falta de alvará e os executores. Como o ataque à Esplanada dos Ministérios, a culpa não é apenas de quem causou o dano in loco, há toda uma rede corrompida que precisa ser punida para coibir coisa semelhante de acontecer de novo. Destroçaram 242 famílias. Como vão deixar por isso mesmo?! Destaque para as atuações do Paulo Gorgulho e Thelmo Fernandes. O elenco gaúcho também foi bem, assim como o roteiro. E a música-tema do Milton Nascimento é de uma beleza ímpar! Ela não para de tocar em minha cabeça até dar um nó na garganta.
Órfã 2: A Origem
2.7 773 Assista AgoraGente, que bomba! Um amontoado de clichês, histórias mal contadas, protagonista que não convence, roteiro preguiçoso, falas previsíveis, plot twist incoerente, enfim, pura perda de tempo. E eu que fui assistir depois de uma crítica favorável da Isabela...pô diva aí não
Somebody
3.1 33Quem disse que todo dorama é água com açúcar? Rapaz, que ousadia de roteiro. Começou sendo mais do mesmo, mas o desenvolvimento foi uma beleza. Conseguiu ser original, caliente e delicado ao mesmo tempo. Muito bom ver os coreanos saindo da caixinha e abordando outras sexualidades, para além daquela heteronormatvidade. Não me admira a nota baixa no imdb. A caretice ainda impera na península. PS: a atriz que faz a xamã é muito gata!
A Hora do Desespero
2.7 105 Assista AgoraNão se deixem influenciar pela nota baixa. A proposta do roteiro é mostrar a angústia de quem não está vendo os acontecimentos, e para isso funcionar, precisa de uma atriz visceral, como é o caso da Naomi Watts. Aliás, é preciso ter preparo pra viver esse personagem, viu! Só quem já foi refém do King Kong e saiu ilesa de um tsunami possui essas credenciais. Lembra aquele filme canadense sobre uma epidemia zumbi, onde a ação é mais sonora do que visual, Pontypool, que faz referência ao pânico gerado por Orson Welles numa estação de rádio, ao narrar uma invasão alienígena.
O Enfermeiro da Noite
3.4 402 Assista AgoraNão aguento mais ver comentários do tipo "achei o filme arrastado". Pô, será que tudo deve virar um triller de ação coreano? Uma história bem contada, uma direção de atores delicada, tom sóbrio como o assunto exige e interpretações precisas tem o seu lugar na dramaturgia. Ainda mais num drama baseado num horrendo caso real. A vida não é um videogame.
Argentina, 1985
4.3 336Nazifascismo, nunca mais!
Argon
3.9 3Esta é uma daquelas séries que, de tão simples e objetiva, acaba se tornando essencial, num universo em que melodramas açucarados se tornaram o novo normal. Por ter oito episódios, não tem encheção de linguiça nem desvio de foco. O tema é os limites do jornalismo, os podres poderes que interferem nas notícias, a distorção promovida pelas redes sociais. Qdo acontece um lance pessoal, não carrega nas tintas nem no sentimentalismo barato. E com o coração pesado, soube que o protagonista Kim Ju-hyuk morreu no mesmo ano do lançamento e deixou dois filmes póstumos, aos 45 anos. Dê uma chance a este dorama, em ano de eleições, a verdade precisa prevalecer.
Home of the Brave: A Film by Laurie Anderson
4.1 2Clássico de minha juventude de cinéfila de cinema cult dos anos 80! Laurie Anderson é diva demais!
O Telefone do Sr. Harrigan
2.8 217 Assista AgoraGostei muito. Ótimo para assistir numa tarde chuvosa, lembrando dos contos de Edgard Allan Poe que eu lia na faculdade, nos anos 80, numa época em que as redes sociais não absorviam todo o nosso tempo e ainda era possível contemplar. Quem tem a alma melancólica se identifica com a narrativa mais lenta, os silêncios, como cada momento é sentido em profundidade. O ator que faz o protagonista é muito bom também. Vale a pena conferir.