Olha, que filminho gostoso de assistir, pena que é pouco divulgado. Tá certo que um filme norte-americano se passar na URSS prestes a desabar sempre deixa a gente com um pé atrás. Mas por ser baseado em fatos reais e os personagens terem participado da produção tem mais chance de ser real tudo o que rolou ali. E que história mirabolante! Do tipo que supera a ficção. Super recomendo.
Emma Thompson é uma das melhores atrizes da atualidade. A prova é que num filme com apenas dois personagens, em que está em 100% das cenas, ela consegue ir do drama ao tragicômico alternando com serenidade e ironia com uma desenvoltura tal, parece que nem faz força. Parece um dom natural, mas também é técnica. Grata surpresa, muito além das minhas expectativas. Se vc espera uma comédia romântica, este filme não é pra vc.
Não costumo fazer crítica negativa, mas me senti no dever de avisar aos que podem ser atraídos pela Mia Goth no pôster e o nome Cronenberg na direção. Fujam dessa bomba! O roteiro é sem pé nem cabeça, os personagens rasos, a direção (do filho do cineasta do body horror) pífia e o enredo tão pretensioso qto mambembe. Um acinte à nossa inteligência. Péssimo!
Eu já estava com saudade de assistir a um daqueles filmes coreanos que deixa a gente desconsertada com as soluções do roteirista para driblar a lógica e ainda assim mostrar um desfecho verossímil a uma trama aparentemente clichê. Melhor ainda quando não tem merchãs que quebram o clima, carrões, lutas enche-linguiça, ninjas e personagens engomadinhos dos doramas que enriquecem a Netflix. Vida longa ao cinema roots!
Alice Carvalho (Dinorá) e Thainá Duarte (Dilvania) dominam o filme, sob as bençãos da pioneira Marcélia Cartaxo. Perto delas, o protagonista não consegue brilhar, nem quando o personagem se torna o líder do grupo. Achei ele muito inexpressivo, ao contrário das mulheres que expressam seus sentimento no gestual, no olhar, na veia saltando no pescoço, na baba que umedece os lábios . Acho que a vida no sul deixa a gente meio mole visse. PS: Bem que elas poderiam viver as irmãs do romance Torto Arado se fosse adaptado para o cinema, né?
Até agora tentando entender a fúria dos reaças com o filme, nem teve beijo gay. Primeiro: eles não são o público alvo. Segundo: é uma comédia despretensiosa com toque moderno para atender as demandas contemporâneas. Terceiro: os caras veem maldade em tudo. Pelo jeito ficaram ofendidos de terem trocado de papel na fábula em que as mulheres dominam os cargos de comando. Bem que a Janja podia levar o Lula ao cinema antes de mandar mais um cara branco pro STF, né? O destaque, aliás, foi o papel do Ryan, nem sabia que ele tinha timing para comédia. E a autocrítica da Mattel.
O filme é tão trash, os atores tão ruins, os efeitos tão bosta, os coadjuvantes tão inexpressivos, que só nos resta se embevecer com a little Drew Barrymore e suas ventas de fogo. Nem ter baixo orçamento justifica esse desastre. A gente se pega pensando como seria se o Steve Spielberg estivesse a frente do projeto. "Poltergeist", da mesma época, é uma obra-prima.
Faz pouco tempo descobri como assistir filmes fora do circuito e que surpresa é esta pérola de 1969, com Jane Fonda no esplendor dos seus 30 anos. O filme mostra a via crucis de participantes de torneio comum nos EUA, um ancestral dos realities shows, com pessoas chegando ao limite da dor e desespero para ganhar o prêmio. Assim como em "Round 6", pessoas que não tem nada a perder, despidas de qualquer traço de dignidade a medida que a tarefa se mostra cada vez mais impossível. Prática que permanece, sempre repaginada, para deleite dos apreciadores do sofrimento alheio. Pollack visionário!
Fazia tempo que eu não assistia uma série coreana pq, depois de um tempo, a gente percebe que tem uma receitinha de bolo com os mesmos temas, personagens, enredos. E felizmente cliquei neste dorama ousado, dinâmico, forte, até cruel por vezes, mas nunca incoerente. O roteiro inova ao alternar os protagonistas deixando todos em pé de igualdade qto às suas motivações, crenças, traumas. E acerta muito em redirecionar o foco para os excluídos de um sistema que almeja uma beleza inatingível, que é a grande maioria de nós. Excelente.
Este é o tipo de filme que gostaria de "desver". O besteirol teve sua importância nos anos 80 e 90, o muro de Berlim tinha caído e o Brasil tinha se livrado dos militares, então, zoeira pouca era bobagem. Mas filmes como "Qto mais idiota melhor" (que eu amei) não me desce bem hj, sabendo que uma juventude alienada acaba virando proto-fascista. É possível fazer besteirol com cérebro, como "Idiocracy", que antecipou os anos Trump e seus clones. Essa paródia sobre cinebiografias é boa conceitualmente, mas virou um amontoado de bobagens. E vamos combinar? Na época ele já era mala pra caray!
Uma série de adolescentes bem fora da curva, com um elenco adulto formidável e trilha sonora hardcore absurdamente boa misturando Prodigy, Madonna, Alanis, Cranberries, Smashing Pumpins, PJ, Peachy, Florence, Nirvana, Massive Attack, pura nostalgia dos rebeldes anos 90. Amei.
O que me deixou mais estupefata é que os caras sobreviveram! O estilo de vida de quebrar hotéis, tomar e cheirar todas e viver no limite do sexo sem proteção (numa época em que compartilhar seringas era a morte) nunca foi tão bem retratado. Quatro anos depois, revi e me soou meio datado, mas clichês existem pq tem base na realidade. O mesmo estilo sexo, drogas e rock'n roll hj é até careta de tão sexista, burro e suicida. Mas o filme é um ótimo retrato da porraloquice dos anos 80, após a poliana geração hippie e o desalento punk. Era preciso se destacar da multidão de "white trash" gringo, que colocavam a diversão acima de tudo, e a estética over foi a solução. Fuck yeah
Nossa, começou tão bem que na metade da temporada achei que daria 5 estrelas. Casos de deserção do exército contundentes, dramáticos, uma obra claramente anti-belicista e contra o alistamento obrigatório, expondo os horrores que os soldados são submetidos num ambiente em que o bullying e a hierarquia imperam. E incluindo personagens LGBT que ainda é tabu nas produções coreanas. Mas aí começaram os clichês, reviravoltas incoerentes, soluções inverossímeis, prejudicando totalmente a experiência. Que pena.
Uma decepção. Tanto tempo para fazer uma continuação à altura da obra prima de 1997, com aquela trilha sonora arrebatadora, que embalou a juventude nos anos clubbers, e fizeram isso?! Uma colagem de imagens antigas com a amargura de junkies de meia idade, um excesso de nostalgia deprimente, que até poderia ser bacana, mas foi muito mal construído. Eu li "Porn", a continuação de Transpotting, mas não senti a obra na tela. Uma pena, pois sei o qto os próprios atores estavam ansiosos para atuarem juntos de novo, e que só atrasou por causa da agenda apertadíssima do Ewan McGregor.
Tá aí a prova de que não é preciso esguichar sangue a esmo na tela para termos a real dimensão do horror que é não ter controle sobre o próprio corpo e a própria história. O filme tem uma atmosfera de fábula e aborda assuntos bem espinhosos com sutiliza, sem deixar de ser visceral, literalmente. Assisti sem muita expectativa e foi uma ótima surpresa!
Clássico impecável e precursor dos filmes sobre paranormalidade que volta e meia aparecem para nos assombrar com seus excessivos jumpcares para agradar a geração Z. Tem efeitos visuais muito bons para a época analógica e é super fiel ao livro, que é ótimo também. E pensar que é baseado em fatos reais, meda!
Como bem disse um comentário aqui, o Ethan Hawke tá se tornando o novo Nicolas Gage, pegando qualquer trabalho, mesmo que seu personagem esteja muito aquém de sua capacidade dramática. O vilão sempre é um dos meus personagens favoritos por ser mais complexo do que os mocinhos e geralmente tem um passado complicado, como no caso do Coringa. Aqui se resume a uma máscara. Roteiro preguiçoso demais. Só se salva a ambientação anos 70.
Sob a aparente estética de um filme de zumbi, "Sadness" tem um subtexto construído para ilustrar com muito gore o efeito nocivo das fake news nas redes sociais. Na tela, e em ano eleitoral, um vírus estimula a raiva e perversão em quem é contaminado e o efeito é devastador. Bela analogia ao discurso de ódio que se dissemina mais rapidamente do que a gripe e contamina as disputas políticas onde o que menos interessa é resolver os problemas estruturais de um país, mas apenas criar hordas de gente espumando de ódio.
Que filmaço! Tão bom que nem vi o tempo passar, apesar das 2h30 de duração. Uma construção de atmosfera que beira a perfeição. O começo meio trágico, meio cômico, como só os coreanos são capazes de fazer. E ao longo da narrativa, a trama intrigante te prende na tela como um mosquito num para-brisas. E aquela chuvarada permanente aumenta a sensação de desolação e impotência diante daquilo que não tem explicação e te põe numa encruzilhada impossível de escapar. 10 com louvor.
Assistir a "Chernobyl" é um ótimo complemento para quem maratonou "The days", minissérie sobre o desastre na usina nuclear de Fukushima. Neste último, a gente acompanha o desespero dos engenheiros asiáticos em evitar que a tragédia tivesse as mesmas proporções de Chernobyl. E a diferença de abordagem para conter a radiação, já que os meticulosos japoneses tinham uma referência anterior do que não fazer. Lembro que "Chernobyl" se tornou até uma gíria na época do lançamento da série para tudo que fosse funesto, de boy lixo a sanduba de origem duvidosa. A série merece todos os louros e acredito que a participação de russos na realização fez toda a diferença.
É impossível não se render ao fenômeno que arrebatou não só sua geração, mas cada roqueiro que veio depois dele. No especial para TV de 1968, disponível no youtube, Elvis volta aos palcos para mostrar que ainda tinha muito café naquele bule, se tornando referência para os acústicos que virariam moda nos anos 90. Qdo ele faleceu eu tinha 7 anos e sua triste figura vendia muita revista de fofocas, enquanto seus filmes passavam na sessão da tarde. Só na adolescência conheci sua obra e comprei minha primeira jaqueta de couro usada, inspirada no ícone que peitava os caretas com sua dança lasciva. E qdo se pensava que este legado tinha ficado no passado, uma mente abençoada ousa contar sua saga de outro ponto de vista. Valeu, sétima arte :)
O evento poderia ter acontecido num café da tarde da bancada do PL de SC, liderada por aquela deputada com tiara de Oktoberfest, fantoche da bancada da bala, que votou contra a equiparação salarial entre homens e mulheres. Amei a premissa fofinha por fora e podre por dentro e o jeito que a coisa escalonou, mostrando, graças aos deuses e deusas, como os reacionários são burros e limitados. Ainda bem que estamos nos livrando da desgraça que reinou o Brasil nos últimos anos. O problema é que a serpente pariu vários ovinhos...
Demorei anos para conseguir assistir a esta obra e ainda bem que não me decepcionou. O roteiro é singular e já começa com uma sequência de fatos tão WTF que te deixa cabreiro sobre o que teremos pela frente, mas o devir não vem de pronto e daí a nos deixar tão agoniados. O fato do filme ser de terror e se passar totalmente de dia já desconstrói a estética do gênero e conta pontos para quem está cansado de tanto filme de casa abandonada, possessão, serial killer, etc. A protagonista está ótima, tão jovem e tão talentosa. Nunca mais vou conseguir assistir aos cultos pagãos sem ficar com um pé atrás. Valeu, Ari Aster!
Tetris
3.8 179 Assista AgoraOlha, que filminho gostoso de assistir, pena que é pouco divulgado. Tá certo que um filme norte-americano se passar na URSS prestes a desabar sempre deixa a gente com um pé atrás. Mas por ser baseado em fatos reais e os personagens terem participado da produção tem mais chance de ser real tudo o que rolou ali. E que história mirabolante! Do tipo que supera a ficção. Super recomendo.
Boa Sorte, Leo Grande
3.8 117 Assista AgoraEmma Thompson é uma das melhores atrizes da atualidade. A prova é que num filme com apenas dois personagens, em que está em 100% das cenas, ela consegue ir do drama ao tragicômico alternando com serenidade e ironia com uma desenvoltura tal, parece que nem faz força. Parece um dom natural, mas também é técnica. Grata surpresa, muito além das minhas expectativas. Se vc espera uma comédia romântica, este filme não é pra vc.
Piscina Infinita
3.0 365 Assista AgoraNão costumo fazer crítica negativa, mas me senti no dever de avisar aos que podem ser atraídos pela Mia Goth no pôster e o nome Cronenberg na direção. Fujam dessa bomba! O roteiro é sem pé nem cabeça, os personagens rasos, a direção (do filho do cineasta do body horror) pífia e o enredo tão pretensioso qto mambembe. Um acinte à nossa inteligência. Péssimo!
Montage
4.0 54Eu já estava com saudade de assistir a um daqueles filmes coreanos que deixa a gente desconsertada com as soluções do roteirista para driblar a lógica e ainda assim mostrar um desfecho verossímil a uma trama aparentemente clichê. Melhor ainda quando não tem merchãs que quebram o clima, carrões, lutas enche-linguiça, ninjas e personagens engomadinhos dos doramas que enriquecem a Netflix. Vida longa ao cinema roots!
Cangaço Novo (1ª Temporada)
4.4 208 Assista AgoraAlice Carvalho (Dinorá) e Thainá Duarte (Dilvania) dominam o filme, sob as bençãos da pioneira Marcélia Cartaxo. Perto delas, o protagonista não consegue brilhar, nem quando o personagem se torna o líder do grupo. Achei ele muito inexpressivo, ao contrário das mulheres que expressam seus sentimento no gestual, no olhar, na veia saltando no pescoço, na baba que umedece os lábios . Acho que a vida no sul deixa a gente meio mole visse. PS: Bem que elas poderiam viver as irmãs do romance Torto Arado se fosse adaptado para o cinema, né?
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraAté agora tentando entender a fúria dos reaças com o filme, nem teve beijo gay. Primeiro: eles não são o público alvo. Segundo: é uma comédia despretensiosa com toque moderno para atender as demandas contemporâneas. Terceiro: os caras veem maldade em tudo. Pelo jeito ficaram ofendidos de terem trocado de papel na fábula em que as mulheres dominam os cargos de comando. Bem que a Janja podia levar o Lula ao cinema antes de mandar mais um cara branco pro STF, né? O destaque, aliás, foi o papel do Ryan, nem sabia que ele tinha timing para comédia. E a autocrítica da Mattel.
Chamas da Vingança
3.2 114O filme é tão trash, os atores tão ruins, os efeitos tão bosta, os coadjuvantes tão inexpressivos, que só nos resta se embevecer com a little Drew Barrymore e suas ventas de fogo. Nem ter baixo orçamento justifica esse desastre. A gente se pega pensando como seria se o Steve Spielberg estivesse a frente do projeto. "Poltergeist", da mesma época, é uma obra-prima.
A Noite dos Desesperados
4.2 112 Assista AgoraFaz pouco tempo descobri como assistir filmes fora do circuito e que surpresa é esta pérola de 1969, com Jane Fonda no esplendor dos seus 30 anos. O filme mostra a via crucis de participantes de torneio comum nos EUA, um ancestral dos realities shows, com pessoas chegando ao limite da dor e desespero para ganhar o prêmio. Assim como em "Round 6", pessoas que não tem nada a perder, despidas de qualquer traço de dignidade a medida que a tarefa se mostra cada vez mais impossível. Prática que permanece, sempre repaginada, para deleite dos apreciadores do sofrimento alheio. Pollack visionário!
Mask Girl
3.9 48 Assista AgoraFazia tempo que eu não assistia uma série coreana pq, depois de um tempo, a gente percebe que tem uma receitinha de bolo com os mesmos temas, personagens, enredos. E felizmente cliquei neste dorama ousado, dinâmico, forte, até cruel por vezes, mas nunca incoerente. O roteiro inova ao alternar os protagonistas deixando todos em pé de igualdade qto às suas motivações, crenças, traumas. E acerta muito em redirecionar o foco para os excluídos de um sistema que almeja uma beleza inatingível, que é a grande maioria de nós. Excelente.
Weird: The Al Yankovic Story
3.4 41Este é o tipo de filme que gostaria de "desver". O besteirol teve sua importância nos anos 80 e 90, o muro de Berlim tinha caído e o Brasil tinha se livrado dos militares, então, zoeira pouca era bobagem. Mas filmes como "Qto mais idiota melhor" (que eu amei) não me desce bem hj, sabendo que uma juventude alienada acaba virando proto-fascista. É possível fazer besteirol com cérebro, como "Idiocracy", que antecipou os anos Trump e seus clones. Essa paródia sobre cinebiografias é boa conceitualmente, mas virou um amontoado de bobagens. E vamos combinar? Na época ele já era mala pra caray!
Ilha dos Cachorros
4.2 655 Assista AgoraNão sou muito fã do Wes Anderson, mas qdo ele faz animação, oh boy, é irresistível!
Yellowjackets (1ª Temporada)
3.8 217 Assista AgoraUma série de adolescentes bem fora da curva, com um elenco adulto formidável e trilha sonora hardcore absurdamente boa misturando Prodigy, Madonna, Alanis, Cranberries, Smashing Pumpins, PJ, Peachy, Florence, Nirvana, Massive Attack, pura nostalgia dos rebeldes anos 90. Amei.
The Dirt - Confissões do Mötley Crue
3.8 286 Assista AgoraO que me deixou mais estupefata é que os caras sobreviveram! O estilo de vida de quebrar hotéis, tomar e cheirar todas e viver no limite do sexo sem proteção (numa época em que compartilhar seringas era a morte) nunca foi tão bem retratado. Quatro anos depois, revi e me soou meio datado, mas clichês existem pq tem base na realidade. O mesmo estilo sexo, drogas e rock'n roll hj é até careta de tão sexista, burro e suicida. Mas o filme é um ótimo retrato da porraloquice dos anos 80, após a poliana geração hippie e o desalento punk. Era preciso se destacar da multidão de "white trash" gringo, que colocavam a diversão acima de tudo, e a estética over foi a solução. Fuck yeah
D.P Dog Day (2ª Temporada)
3.8 6 Assista AgoraNossa, começou tão bem que na metade da temporada achei que daria 5 estrelas. Casos de deserção do exército contundentes, dramáticos, uma obra claramente anti-belicista e contra o alistamento obrigatório, expondo os horrores que os soldados são submetidos num ambiente em que o bullying e a hierarquia imperam. E incluindo personagens LGBT que ainda é tabu nas produções coreanas. Mas aí começaram os clichês, reviravoltas incoerentes, soluções inverossímeis, prejudicando totalmente a experiência. Que pena.
T2: Trainspotting
4.0 695 Assista AgoraUma decepção. Tanto tempo para fazer uma continuação à altura da obra prima de 1997, com aquela trilha sonora arrebatadora, que embalou a juventude nos anos clubbers, e fizeram isso?! Uma colagem de imagens antigas com a amargura de junkies de meia idade, um excesso de nostalgia deprimente, que até poderia ser bacana, mas foi muito mal construído. Eu li "Porn", a continuação de Transpotting, mas não senti a obra na tela. Uma pena, pois sei o qto os próprios atores estavam ansiosos para atuarem juntos de novo, e que só atrasou por causa da agenda apertadíssima do Ewan McGregor.
Devorar
3.7 369 Assista AgoraTá aí a prova de que não é preciso esguichar sangue a esmo na tela para termos a real dimensão do horror que é não ter controle sobre o próprio corpo e a própria história. O filme tem uma atmosfera de fábula e aborda assuntos bem espinhosos com sutiliza, sem deixar de ser visceral, literalmente. Assisti sem muita expectativa e foi uma ótima surpresa!
O Enigma do Mal
3.4 126Clássico impecável e precursor dos filmes sobre paranormalidade que volta e meia aparecem para nos assombrar com seus excessivos jumpcares para agradar a geração Z. Tem efeitos visuais muito bons para a época analógica e é super fiel ao livro, que é ótimo também. E pensar que é baseado em fatos reais, meda!
O Telefone Preto
3.5 1,0K Assista AgoraComo bem disse um comentário aqui, o Ethan Hawke tá se tornando o novo Nicolas Gage, pegando qualquer trabalho, mesmo que seu personagem esteja muito aquém de sua capacidade dramática. O vilão sempre é um dos meus personagens favoritos por ser mais complexo do que os mocinhos e geralmente tem um passado complicado, como no caso do Coringa. Aqui se resume a uma máscara. Roteiro preguiçoso demais. Só se salva a ambientação anos 70.
A Tristeza
3.4 230Sob a aparente estética de um filme de zumbi, "Sadness" tem um subtexto construído para ilustrar com muito gore o efeito nocivo das fake news nas redes sociais. Na tela, e em ano eleitoral, um vírus estimula a raiva e perversão em quem é contaminado e o efeito é devastador. Bela analogia ao discurso de ódio que se dissemina mais rapidamente do que a gripe e contamina as disputas políticas onde o que menos interessa é resolver os problemas estruturais de um país, mas apenas criar hordas de gente espumando de ódio.
O Lamento
3.9 433 Assista AgoraQue filmaço! Tão bom que nem vi o tempo passar, apesar das 2h30 de duração. Uma construção de atmosfera que beira a perfeição. O começo meio trágico, meio cômico, como só os coreanos são capazes de fazer. E ao longo da narrativa, a trama intrigante te prende na tela como um mosquito num para-brisas. E aquela chuvarada permanente aumenta a sensação de desolação e impotência diante daquilo que não tem explicação e te põe numa encruzilhada impossível de escapar. 10 com louvor.
Chernobyl
4.7 1,4K Assista AgoraAssistir a "Chernobyl" é um ótimo complemento para quem maratonou "The days", minissérie sobre o desastre na usina nuclear de Fukushima. Neste último, a gente acompanha o desespero dos engenheiros asiáticos em evitar que a tragédia tivesse as mesmas proporções de Chernobyl. E a diferença de abordagem para conter a radiação, já que os meticulosos japoneses tinham uma referência anterior do que não fazer. Lembro que "Chernobyl" se tornou até uma gíria na época do lançamento da série para tudo que fosse funesto, de boy lixo a sanduba de origem duvidosa. A série merece todos os louros e acredito que a participação de russos na realização fez toda a diferença.
Elvis
3.8 760É impossível não se render ao fenômeno que arrebatou não só sua geração, mas cada roqueiro que veio depois dele. No especial para TV de 1968, disponível no youtube, Elvis volta aos palcos para mostrar que ainda tinha muito café naquele bule, se tornando referência para os acústicos que virariam moda nos anos 90. Qdo ele faleceu eu tinha 7 anos e sua triste figura vendia muita revista de fofocas, enquanto seus filmes passavam na sessão da tarde. Só na adolescência conheci sua obra e comprei minha primeira jaqueta de couro usada, inspirada no ícone que peitava os caretas com sua dança lasciva. E qdo se pensava que este legado tinha ficado no passado, uma mente abençoada ousa contar sua saga de outro ponto de vista. Valeu, sétima arte :)
Soft & Quiet
3.5 244O evento poderia ter acontecido num café da tarde da bancada do PL de SC, liderada por aquela deputada com tiara de Oktoberfest, fantoche da bancada da bala, que votou contra a equiparação salarial entre homens e mulheres. Amei a premissa fofinha por fora e podre por dentro e o jeito que a coisa escalonou, mostrando, graças aos deuses e deusas, como os reacionários são burros e limitados. Ainda bem que estamos nos livrando da desgraça que reinou o Brasil nos últimos anos. O problema é que a serpente pariu vários ovinhos...
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraDemorei anos para conseguir assistir a esta obra e ainda bem que não me decepcionou. O roteiro é singular e já começa com uma sequência de fatos tão WTF que te deixa cabreiro sobre o que teremos pela frente, mas o devir não vem de pronto e daí a nos deixar tão agoniados. O fato do filme ser de terror e se passar totalmente de dia já desconstrói a estética do gênero e conta pontos para quem está cansado de tanto filme de casa abandonada, possessão, serial killer, etc. A protagonista está ótima, tão jovem e tão talentosa. Nunca mais vou conseguir assistir aos cultos pagãos sem ficar com um pé atrás. Valeu, Ari Aster!