Acho esse filme realmente muito técnico, talvez devido aos recursos pra realiza-lo. É inegável que é uma obra-prima devido a esse fator. Acredito que Godard quis realmente passar o que é uma mulher em uma mulher, tentando não estereotipar, mas acrescentar alguns detalhes que são bem notáveis no comportamento feminino. Como o desejo principal de Angela, que é ter um filho, onde depois de tanto insistir, brigar e brincar emocionalmente com Emile, consegue que ele a fecunde. Também há uma contradição muito interessante em Angela, que é a questão de ela ser uma stripper, uma profissão moderna, relacionando a questão da revolução feminina nos anos 60 e ao mesmo tempo Angela querer ser mãe, querer chorar, tentar usufruir de sua feminilidade, não quer ser uma mulher "moderna" que não chora, mesmo sendo de certa maneira uma. Anna Karina está deslumbrante, assim como Jean-Claude Brialy, Jean-Paul Belmondo. Mas acredito que não seja o melhor filme de sua carreira.
É um filme complicado, mas não pelos símbolos e sim pelo roteiro e montagem que é propositalmente deste modo para causar um certo questionamento no espectador. Acredito que é um filme alegórico, perfeccionista, e com um hermetismo poético de dar inveja. (Coisas de Glauber Rocha) A cena do senador, do padre, do conquistador português e do índio na praia são sublimes. Entre outras cenas como a festa do populista Felipe Vieira. E a discussão de Diaz com o Poeta na mansão. O próprio poeta que é um transe ambulante. Um personagem tão contraditório que se pode odia-lo e ama-lo. Tudo com uma critica fantástica sobre a relação entre politica e poder, que deixa a se mostrar quase a mesma coisa. Demonstrando assim, a faceta cruel da direita que demonstra um imperialismo e conservadorismo. E da esquerda, que também não são os "heróis" do filme, onde demonstram sede do poder e interesse da luta armada. Ofendendo até a incapacidade de o povo de eldorado estar no poder, pois é sempre preciso um líder. Salve o cinema novo e Glauber Rocha dando uma aula de cinema.
Ainda fico impressionado com a capacidade dos franceses criarem diálogos tão ridiculamente intelectuais e magníficos sem superficialidade. Ah, Nouvelle Vague...
Decepcionei. Talvez pela exuberância de palavras do "Poeta", que estava me tirando a paciência pela falta de diálogos "verdadeiros". Em contrapartida, a fotografia é extremamente linda assim como a presença feminina de Nanda Costa, Conceição Camarotti (sempre arrasando), Mariana Nunes e Tânia Granussi, deram juz a febre do rato. Ambas em cenas bem particulares e belas...
Como a Anja trepando na caixa d'água com o Zizo, a Eneida scanneando seu corpo e montando as impressões e Rosângela dançando pros 3 caras no casarão e Wanessa conversando na praia com Pazinho sobre qual o problema de ambos terem pênis.
Só tenho a amar estas novelas mexicanas coloridas comprimidas perfeitamente em forma de película na qual Almodóvar sabe fazer muito bem. Esse não é um dos meus favoritos dele, mas o filme em si é belo ainda mais pelas atuações do Gael Garcia, e dos atores mirins que foram belos.
Me arrependo... De não ter assistido antes este maravilhoso filme! Mas como diz as escrituras sagradas: "Há Tempo pra Tudo". Exactamente. e é muito demonstrativa essa utilização do tempo nessa obra de Honoré, da inconstância e da constância, do lento e do acelerado de cada personagem e da história que nos envolve delicada e deliciosamente...
Alice servindo como uma ponte sempre disposta a ajudar as pessoas atravessarem, no caso era o que ela fazia entre Julie e Ismael, e posteriormente com Ervaan e Ismael. Ismael, que caminha provavelmente sem destino aparente, mas caminha, em busca de braços e corpo que o atendam em seu temperamento. Ervaan o persistente e inquieto nas atitudes, Bretão apaixonado, aquele que se apaixona pelos gestos sem nem ao menos conhecer o mistério que há por trás dessa beleza. (No caso da que encontrou em Ismael). Jasmine, a dama do gelo, que vive de fantasmas, do passado e congelada no tempo desde a tragédia...
Enfim, vale ressaltar o principal ponto positivo no filme, que são as canções, muito bem introduzidas em cada cena. A cena da música "La Bastille", fiquei arrepiado com o coro e ambiente familiar que costurado na letra. "La distance", com o Garrel e o Gregoire nos celulares, e depois em "J'ai cru entendre", com a cena em que se beijam equilibrados fora do apartamento. "Au parc", pela melancolia de Alice Butaud pondo no personagem de irmã de Julie, onde se sente vazia e incompleta no frio. Entre outras. Só tenho a agradecer Honoré e Alex Beaupain por estas Canções de Amor.
Os diálogos dessa obra-prima são tão poéticos, mas tão realistas que nos fazem realmente não cansar de assistir, até ver onde o desenrolar da questão de conseguir relacionar-se com (mais de) um alguém vai chegar. Que no caso é sempre o desespero. Desespero tamanho que nos reconhecemos nele. Realmente a primeira obra-prima de Jean Eustache, com participação logo de Léaud... Aproveitem.
Esperei demais, e me decepcionei. Tenho que rever de novo para compreender os detalhes, pois ao que foi proposto de imediato foi muito difícil de me envolver e compreender as personagens.
E tudo se resume à fala da mulher que foi desejada e inseparada do intrépido explorador: "Por mais distâncias que corras, por mais dias que passem de teu coração não irás escapar."
um roteiro esplendorosamente trabalhado, Michelle Williams está de parabéns por se esforçar em atuar uma estrela que queria ser somente uma boa atriz. Vi Marilyn viva durante o filme.
A fotografia, o figurino, as atuações e o dialogo desse filme são muito boas. O Murilo está em um dos papéis mais agradáveis da sua carreira. Mas como quase sempre, o desfecho de alguns filmes nacionais deixam o filme incompleto. E esse foi assim.
A fotografia desse filme é linda. A cidade/trânsito de São Paulo exala como uma personagem sempre presente. A atuação do Lázaro Ramos está impecável ainda mais quando descobre violência em seu corpo, no qual nunca imaginaríamos conhecer comparando ao comportamento dele no inicio do filme. Nunca moraria em São Paulo, mas certamente estou encantado com a grande personagem que a cidade se torna no filme.
Já fiz meu comentário/crítica sobre o filme aqui nos comentários.Mas queria compartilhar essa maravilhosa crítica que li no CartaCapital: http://www.cartacapital.com.br/cultura/perigo-filme-gay-8793.html Onde Matheus Pichonelli interlaça com maestria o psicologico dos personagens de Karim, sempre em busca de algo. Desaparecer para poder existir.
É visualmente belo, esteticamente europeu, e com uma montagem experimental que me cativa, mas infelizmente a falta de diálogos me incomoda. Talvez, apenas seja dom dos franceses fazer um filme sem muitos diálogos, mas mesmo assim completo em todos os sentidos.
Uma Mulher é Uma Mulher
4.1 267Acho esse filme realmente muito técnico, talvez devido aos recursos pra realiza-lo. É inegável que é uma obra-prima devido a esse fator. Acredito que Godard quis realmente passar o que é uma mulher em uma mulher, tentando não estereotipar, mas acrescentar alguns detalhes que são bem notáveis no comportamento feminino. Como o desejo principal de Angela, que é ter um filho, onde depois de tanto insistir, brigar e brincar emocionalmente com Emile, consegue que ele a fecunde. Também há uma contradição muito interessante em Angela, que é a questão de ela ser uma stripper, uma profissão moderna, relacionando a questão da revolução feminina nos anos 60 e ao mesmo tempo Angela querer ser mãe, querer chorar, tentar usufruir de sua feminilidade, não quer ser uma mulher "moderna" que não chora, mesmo sendo de certa maneira uma. Anna Karina está deslumbrante, assim como Jean-Claude Brialy, Jean-Paul Belmondo. Mas acredito que não seja o melhor filme de sua carreira.
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4.1 1,1K Assista AgoraAlmodóvar + Penélope Cruz = Muito amor e latinidade cinematográfica.
Terra em Transe
4.1 286 Assista AgoraÉ um filme complicado, mas não pelos símbolos e sim pelo roteiro e montagem que é propositalmente deste modo para causar um certo questionamento no espectador. Acredito que é um filme alegórico, perfeccionista, e com um hermetismo poético de dar inveja. (Coisas de Glauber Rocha) A cena do senador, do padre, do conquistador português e do índio na praia são sublimes. Entre outras cenas como a festa do populista Felipe Vieira. E a discussão de Diaz com o Poeta na mansão. O próprio poeta que é um transe ambulante. Um personagem tão contraditório que se pode odia-lo e ama-lo. Tudo com uma critica fantástica sobre a relação entre politica e poder, que deixa a se mostrar quase a mesma coisa. Demonstrando assim, a faceta cruel da direita que demonstra um imperialismo e conservadorismo. E da esquerda, que também não são os "heróis" do filme, onde demonstram sede do poder e interesse da luta armada. Ofendendo até a incapacidade de o povo de eldorado estar no poder, pois é sempre preciso um líder. Salve o cinema novo e Glauber Rocha dando uma aula de cinema.
Masculino-Feminino
3.9 159 Assista AgoraAinda fico impressionado com a capacidade dos franceses criarem diálogos tão ridiculamente intelectuais e magníficos sem superficialidade. Ah, Nouvelle Vague...
A Bela Junie
3.7 826Junie é a personagem mais madura e sensata do filme.
Por isso seria impossível não admirar-se por sua beleza, mesmo que apática.
Febre do Rato
4.0 657Decepcionei. Talvez pela exuberância de palavras do "Poeta", que estava me tirando a paciência pela falta de diálogos "verdadeiros". Em contrapartida, a fotografia é extremamente linda assim como a presença feminina de Nanda Costa, Conceição Camarotti (sempre arrasando), Mariana Nunes e Tânia Granussi, deram juz a febre do rato. Ambas em cenas bem particulares e belas...
Como a Anja trepando na caixa d'água com o Zizo, a Eneida scanneando seu corpo e montando as impressões e Rosângela dançando pros 3 caras no casarão e Wanessa conversando na praia com Pazinho sobre qual o problema de ambos terem pênis.
Má Educação
4.2 1,1K Assista AgoraSó tenho a amar estas novelas mexicanas coloridas comprimidas perfeitamente em forma de película na qual Almodóvar sabe fazer muito bem. Esse não é um dos meus favoritos dele, mas o filme em si é belo ainda mais pelas atuações do Gael Garcia, e dos atores mirins que foram belos.
Canções de Amor
4.1 829 Assista AgoraMe arrependo... De não ter assistido antes este maravilhoso filme! Mas como diz as escrituras sagradas: "Há Tempo pra Tudo". Exactamente. e é muito demonstrativa essa utilização do tempo nessa obra de Honoré, da inconstância e da constância, do lento e do acelerado de cada personagem e da história que nos envolve delicada e deliciosamente...
Alice servindo como uma ponte sempre disposta a ajudar as pessoas atravessarem, no caso era o que ela fazia entre Julie e Ismael, e posteriormente com Ervaan e Ismael. Ismael, que caminha provavelmente sem destino aparente, mas caminha, em busca de braços e corpo que o atendam em seu temperamento. Ervaan o persistente e inquieto nas atitudes, Bretão apaixonado, aquele que se apaixona pelos gestos sem nem ao menos conhecer o mistério que há por trás dessa beleza. (No caso da que encontrou em Ismael). Jasmine, a dama do gelo, que vive de fantasmas, do passado e congelada no tempo desde a tragédia...
Enfim, vale ressaltar o principal ponto positivo no filme, que são as canções, muito bem introduzidas em cada cena. A cena da música "La Bastille", fiquei arrepiado com o coro e ambiente familiar que costurado na letra. "La distance", com o Garrel e o Gregoire nos celulares, e depois em "J'ai cru entendre", com a cena em que se beijam equilibrados fora do apartamento. "Au parc", pela melancolia de Alice Butaud pondo no personagem de irmã de Julie, onde se sente vazia e incompleta no frio. Entre outras. Só tenho a agradecer Honoré e Alex Beaupain por estas Canções de Amor.
A Mãe e a Puta
4.3 95"As pessoas não tem importância... Amo alguém durante um mês, dois, três, e logo deixo de amar"
A Mãe e a Puta
4.3 95Os diálogos dessa obra-prima são tão poéticos, mas tão realistas que nos fazem realmente não cansar de assistir, até ver onde o desenrolar da questão de conseguir relacionar-se com (mais de) um alguém vai chegar. Que no caso é sempre o desespero. Desespero tamanho que nos reconhecemos nele. Realmente a primeira obra-prima de Jean Eustache, com participação logo de Léaud... Aproveitem.
Lúcia e o Sexo
3.7 216Esperei demais, e me decepcionei. Tenho que rever de novo para compreender os detalhes, pois ao que foi proposto de imediato foi muito difícil de me envolver e compreender as personagens.
Tabu
4.1 110 Assista AgoraE tudo se resume à fala da mulher que foi desejada e inseparada do intrépido explorador: "Por mais distâncias que corras, por mais dias que passem de teu coração não irás escapar."
360
3.4 928 Assista AgoraTodo destaque à Maria Flor e Anthony Hopkins. Ah, e claro ao Fernando Meirelles. Com uns planos e diálogos maravilhosos.
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraCate Blanchett é amor e graça.
Amarelo Manga
3.8 542 Assista Agora"Eu quero um amarelo, amarelo manga."
Estômago
4.2 1,6K Assista AgoraUm roteiro do caralho! (Lembrando de tantos caralhos falados no filme).
Sete Dias com Marilyn
3.7 1,7K Assista Agoraum roteiro esplendorosamente trabalhado, Michelle Williams está de parabéns por se esforçar em atuar uma estrela que queria ser somente uma boa atriz. Vi Marilyn viva durante o filme.
O Céu de Suely
3.9 464 Assista AgoraEntre o céu e Suely
Há o tudo e também o nada
O sentido disso talvez seja
O enorme desejo
De fuga desenfreada
O Homem do Ano
3.5 255 Assista AgoraA fotografia, o figurino, as atuações e o dialogo desse filme são muito boas. O Murilo está em um dos papéis mais agradáveis da sua carreira. Mas como quase sempre, o desfecho de alguns filmes nacionais deixam o filme incompleto. E esse foi assim.
Na Solidão da Noite
3.9 73Um carregado de expressionismo alemão de arrepiar. Maravilhoso.
Amanhã Nunca Mais
2.8 166A fotografia desse filme é linda. A cidade/trânsito de São Paulo exala como uma personagem sempre presente. A atuação do Lázaro Ramos está impecável ainda mais quando descobre violência em seu corpo, no qual nunca imaginaríamos conhecer comparando ao comportamento dele no inicio do filme. Nunca moraria em São Paulo, mas certamente estou encantado com a grande personagem que a cidade se torna no filme.
Praia do Futuro
3.4 934 Assista AgoraJá fiz meu comentário/crítica sobre o filme aqui nos comentários.Mas queria compartilhar essa maravilhosa crítica que li no CartaCapital:
http://www.cartacapital.com.br/cultura/perigo-filme-gay-8793.html Onde Matheus Pichonelli interlaça com maestria o psicologico dos personagens de Karim, sempre em busca de algo. Desaparecer para poder existir.
Praia do Futuro
3.4 934 Assista AgoraÉ visualmente belo, esteticamente europeu, e com uma montagem experimental que me cativa, mas infelizmente a falta de diálogos me incomoda. Talvez, apenas seja dom dos franceses fazer um filme sem muitos diálogos, mas mesmo assim completo em todos os sentidos.
Nove Rainhas
4.2 463 Assista AgoraAinda não consigo explicar a capacidade que o cinema argentino tem de me envolver tanto, com diálogos e roteiro sensacionais.