Eu tô amando as produções do Yorgos, e sabe aquele tipo de filme pra você assistir em um momento "certo"? Assim tem sido minha relação com o cinema dele, apesar dessa grandeza que o filme teve, com atores reconhecidos, ele conseguiu me conquistar além das atuações, para o climax muito particular e das personagens. É como a sensação de se apaixonar, mas assistindo ao filme, uma hora você desapaixona e tudo fica frio, aí depois tem aquela esperança, daí frio de novo. É exatamente dessa forma mesmo que representativamente cínica que o diretor propôs que absorvo para a nossa sociedade e para as relações humanas, me incluindo no meio. "Amor" é uma coisa tão complexa, que o capitalismo o enquadra em um suporte familiar, já o movimento contrário ao sistema, também é um sistema. No mesmo nível rígido com regras e desestimulantes, de que você não precisa de ninguém pra ser feliz. E quando você fica livre dessas duas imposições e começa a viver a vida, você pode se enganar, tropeçar no mínimo digamos sobre seu próprio coração. O final me deixa atordoado. Mas não...
consigo imaginar pro lado negativo, espero que ele não tenha sido tão covarde a ponto de deixa-la sozinha lá ao ventos. Mas de no mínimo por ser um homem que digamos 'sensato', ter voltado e dizer que não conseguiu ter tirado sua própria visão, e que consiga entender e conviver com a parceria dela. Pois ele fugiu com ela. Isso pode significar que ele goste dela da sua companhia, mas com o lance de ela ficar cega foi uma analogia sobre a própria expressão de o amor ser cego, ela não estava, mas ele sim. Como ela disse, suas outras percepções que o fazem ter certeza sobre você e ao que você sente. Ele conseguiu enxergar depois da sua cegueira de "paixão". Mas mesmo assim ficaria muito puto, pq ele que quis tudo com ela. E ela tava na dela só curtindo o momento.
Fotografia sensacional, trilha sonora incrível com Britney Spears e Glitch sujo eletrônico. Eu ousaria dizer que tem uma pegada de Tarantino, mas mais moderno, fashion e slin. Referências da cultura pop como My Little Poney, Barbie e da cultura hustler americana misturadas que elevam o conceito visual e estético do filme, tem algumas cenas tão bonitas e equilibradas em cores que dá pra perceber que não é só um blockbuster barato, mas é cult com certeza. Os diálogos que deram pro James Franco são geniais, assim como as das garotas, é tudo bem cínico, proposital. É de ficar encantado com esse filme 'girl power'.
A introdução se estende até o meio do filme, um ritmo lento e sonolento é ocasionado devido a falta de ambição e empatia dos "protagonistas". Um trabalho muito fraco de atuação por sinal dos atores masculinos. Destaque de figurino e arte, e pras que sustentaram o filme devido a sua experiência: Amanda Abbington e Glenn Close.
Cagou mole na boca de 'Ao cair da noite', trouxe arte, técnica e envolvimento e respeito com o público. Mixagem de som incrível, atuações bem dedicadas, roteiro bem construído. A única coisa que eu acho que deveria dar uma concluída era o desfecho. O filme passa por tantas coisas, que nesse processo de catarse, aceitamos até o que já era esperado sem problemas, mas com o sentimento de coração na mão deixado pelos personagens.
Revendo e analisando esse clássico de locadora... Eu amo o Urban Legends, o primeiro é sem dúvida muito mais bem finalizado e bem feito. O segundo foi visando o lucro sequencial que acontece nas sagas em filmes de terror que fazem muito sucesso. Mas se utilizar de uma crítica e não aplicar ela é meio contraditório. Por isso acho o filme todo mal feito. Roteiro furado. Deixas não bem acabadas e concluídas pra que o telespectador se aprofunde mais. O começo é incrível mas depois da primeira morte pelo assassino desanda. Parece que são dois filmes diferentes. O lance da metalinguagem e o humor no final achei massa, mas mesmo assim não salva o filme, é uma pena por que a direção de arte é incrível. É uma confusão que deixa na nossa cabeça, aglomerado de referências. Desde Hitchcock até a Tortura do Medo.
Queria ter assistido esse filme em 3d. Seria uma experiência ultra sensorial. Sem a tridimensionalidade já provoca um certo transe; Por causa do ritmo da narrativa e do cenário enquanto as personagens estão dentro da "Cintilação". Natalie Portman nos dá uma personagem determinada, assim como as outras. Todas mulheres, percebo um filme feminista, até na analogia de que os grupos anteriores que passaram por lá eram militares e homens. E neste grupo, são todas cientistas. Personalidades bem definidas e boas de serem trabalhadas. Eu gosto desse novo ar que Alex Garlad tá trazendo pro sci-fi contemporâneo, algo nada mastigado e muito filosófico, talvez até simbólico dentro desse próprio mundo entre a ficção e a realidade desde Ex-Machina que é uma obra-prima. Aqui em Aniquilação, nós temos tantas referências dentro da reprodução biológica de seres vivos, natureza, relações físicas e emocionais dentro da própria humanidade com a criação divina que a gente até fica perdido ou tentando absorver e atribuir significado as coisas, talvez esse seja o meu único problema com o filme, é um filme complexo mas de maestria visual memorável. Alex propõe cenas, cenários e instalações que são obras de arte e biologia, munidos de uma mutação tecnológica da própria natureza. Um ambiente a ser recriado, ou melhorado para algo que está além.
Filme extremante simbólico. Pra quem assistiu Mother! sabe que este filme aqui serviu como grande referência, acredito até que o Darren Aronofsky plagiou descaradamente em certos momentos. Lembrando que este é um remake americano do original Uruguaio. Mas voltando ao filme... Do início aos poucos vai ganhando graus de intensidade não só claustrofóbica mas emocional. O incomodo estético da fotografia é intencional para que também em único take nos introduza à uma atmosfera sensorial daquele acontecimento em tempo real, e para a mente da personagem Sarah (incrivelmente interpretada por Elisabeth Olsen), a intensão é de uma catarse. Mas no começo não totalmente revelada talvez sultilmente (acompanhe o pensamento a seguir); A casa ali é a história esquecida na própria mente de Sara, mas que vai sendo descoberta por ela mesma através do corpo. O corpo presente naquele lugar. Eu fico até meio envergonhado com certos comentários de pessoas que não entenderam nada, ou não perceberam que não é um filme apenas para esbancar sustos ou jampscares. Mas todo o lance é psicológico. Vamos perceber os detalhes...
No inicio o tio diz logo "como ela cresceu", "você costumava brincar comigo assim", e depois termina a conversa meio que com uma deixa e um vazio. Logo após sobe com o pai, eles reencontram as fotos, o tio vai embora estressado. Sarah sobe, o pai começa a se comportar meio rude, com ela. Acho que a partir da "visita" da amiga de infância, uma parte de Sarah começa a se lembrar, de certa forma essa "amiga" na verdade é a representação de segurança de Sarah num papel de uma companheira que lhe veio fazer uma visita. Em cima ela encontra a maleta e não consegue abrir, ou consegue abrir (o outro lado seguro de Sarah). Que não é revelado pra nós, pois estamos vendo a Sarah que precisamos ainda conhecer. Ela agride o pai, aparece a imagem do Homem, que na verdade é uma figura do que é o mal, do que é violento, que é uma figura paterna. Ali é o seu demônio que nos é apresentado, ela foge dele, da casa... mas reencontra o tio, e ela retorna a casa e tudo ali se dissolve aos poucos pra gente. O tio encontra algumas fotos jogadas e as esconde. São as fotos que a Sarah conseguiu ver. Não existe ninguém a não ser a própria casa que seja testemunha de tudo que Sarah passou. Ela pede pra ele subir lá em cima, ele ainda meio em dúvida vai conferir, pois sabe que tem alguma coisa de estranho ali. Aí o momento do surto, onde ela fere o tio e ela vai pra de baixo da mesa, esse ato de ir pra baixo da mesa, tem relação com a sua infância, com um trauma no seu crescimento. Daí tudo se esclarece pra gente, a criança que na verdade é ela. Do sangue na banheira com as garrafas de bebidas do tio e do pai, da câmera fotográfica, dos buracos nas paredes que foram feitos pois lá estavam escondidos as fotos do passado de Sarah, e se eles quisessem vender a casa com aquilo ali seria um desastre. Enfim, o sangue do estupro vaginal escorrendo sem parar no banheiro. Enfim...
Filme maravilhoso, bem concluído. Roteiro fechadíssimo. Atuação impecável da Sandra Escacena. Com um direcionamento bem comum aos filmes da linha ouija e invocação, Verónica tem um diferencial, uma tensão sutil e delicada, uma riqueza na fotografia que não deixa nada superficial, mas aproxima mais o público a perceber bem de perto cada detalhe. Eu tive que pausar por um momento, pois eu senti medo do que poderia acontecer. Dificilmente me envolvo assim com os personagens, rs.
Atuação de Emma Roberts deslumbrante, com uma fotografia fúnebre, fria e vazia o filme transmite uma tensão leve, mas de espera de como aquilo pode sair do controle. Muito interessante a linha no qual vai se construindo a história. Foi produzido no mesmo período de outros filmes de horror, mais conceituais, como 'A Bruxa'.
Deixou seu recado, fotografia linda que deixa o ambiente e atmosfera bem fria nos deixando um ar de nostalgia aos anos 90. A tensão se contrapõe com a frieza e vão ganhando ritmo conforme a ansiedade do personagem principal.
Tem uma coisa peculiar que me incomoda muito em alguns filmes do cinema brasileiro contemporâneo. Irei chamá-la aqui de síndrome do desfecho. Acho que tem muito haver com a narrativa que os filmes acabam desenvolvendo para uma expansão que não tenha fim conclusivo, ok, as vezes isso acaba sendo interessante. Mas em demasiado, é frustrante e nem por isso é desculpa para esta síndrome que acaba sendo ocasionada talvez por uma forte influencia dos filmes alternativos "franceses". Mas existe uma diferença a nível de qualidade, os franceses conseguem prender o espectador no roteiro, e na força do dialogo. Corpo elétrico, não prende nem pelo dialogo, nem pela atmosfera que acaba algumas vezes sendo plástica demais, mesmo querendo chegar ao conteúdo. O filme acaba demonstrando realmente essa passagem da fase da juventude para adulta, mas sem história, só fluidez. Talvez a forma singela da personalidade de alguns personagens seja o vivaz do filme. Interpretação maravilhosa da Ana Flávia Cavalcanti e um belo trabalho como entrada no cinema do Kelner Macedo.
Me recordo de ter um episódio na 1ª temporada de Twilight Zone na mesma época que se chama "A morte pede carona", praticamente é o mesmo roteiro mas com adaptações, o filme vai pra outro caminho até mais amplo, mas ambos tentam adentrar a profundidade na psique da personagem, na figura isolada e solitária da mente feminina no mundo. Belo filme, muito bem feito e 'desenhado', sem dúvida um clássico que ganhou notoriedade muito depois de seu lançamento.
Meu deus, ainda tá com essa nota tão baixa? Pra um dos mais interessantes de se destacar no nicho de filmes de horror gore contemporâneos? Logo em tempos de militância e crise política em diversas áreas e ideologias.
Foi baseado no incrível Holocausto Canibal, mas redesenhado pra tempos atuais. A ironia e humor que Eli Roth joga no filme através de alguns símbolos é muito massa e na media certa (e sem precisar matar nenhum animal, sorry Holocausto). Não digo que é um filme péssimo como muitos críticozinhos formados de 2 anos pra cá que entraram no filmow pensam. Mas é um filme que tem uma montagem que deixa a desejar. Não diria que o erro seja o roteiro, que foi construído moderadamente. Enfim, é um bom filme e vale ser destacado, além de estar entre o cult e o popular, acho que o problema é como ele é vendido. Ai me lembro quando os textos ultrapassavam 15 linhas. Enfim, preguiça contemporânea de discutir com essa galera já formada em frases feitas nos comentários pra estragar com um filme no filmow.
The Shape of Water, assim como o poema descrito no término de sua película. Se expande no conceito do que é o universo do "amor", ou do encontro dele. Do amor em seu estado líquido e de expansão, para consigo mesmo, para com os outros (amizade), e a paixão e a necessidade de se ter alguém, a solidão não é justa para um ser humano. E talvez seja a única coisa dentro de nós pelo qual nós tememos.
O filme nos põe a luta de sermos o que somos; apaixonados ou inocentes demais. Podemos analisar suavemente, através das nuances dos diálogos, da fotografia, da ambientação que nos traz e que nos coloca naquela época, onde o filme mostra de uma forma bastante ilustrativa como era difícil ser solitário nos Estados Unidos (ou como continua sendo lá ou em qualquer lugar do mundo).
A personagem Elisa, uma mulher muda fora dos padrões de beleza nunca teve alguém para si romanticamente, mas tem os seus amigos...
Dalila (Octavia Spencer), uma mulher negra casada com um marido que é uma sola no sapato. E seu vizinho, um artista desempregado e solitário homossexual. Ambos os três de idades já consideradas "experientes" nos põe em encantamento como cada um tem um papel fundamental para nos acrescentar neste conto ou fábula de que não se tem idade para lutar. Digo fábula, por que em sua origem uma fábula nos põe em um encontro de algum ensinamento ou do que é considerado uma moral a ser aprendida na nossa vida. Guilhermo nos põe isso de uma forma esverdeada, como dentro de um lago ou um rio. Entre o verde e o azul. A impressão do cheio. É lindo ver como Dalila deposita sua vontade de ser escutada em Elisa, que a escuta, sabe escuta-la de uma forma doce. Assim tal como seu vizinho, e que a convida para assistir TV, filmes e músicas em seu apartamento, Elisa aceita sua sexualidade, ela conhece o seu mundo de perto e não estranha a forma dele de sentir atraído e apaixonado. As falas de Doug James são sensacionais e nos revelam muito sobre como é a solidão gay. Elisa merece apaixonar-se pelo menos uma vez na vida e é mágica a forma como acontece isso, ao mesmo tempo que louca pra nós. Ela não se apaixona por um ser humano. Mas por algo superior!
Obrigado Guilhermo, e obrigado Sally Hawkings que soube transpor toda (perdi a conta de como eu repito esse nome) "forma" que Elisa nos faz mergulhar.
O Lagosta
3.8 1,4K Assista AgoraEu tô amando as produções do Yorgos, e sabe aquele tipo de filme pra você assistir em um momento "certo"? Assim tem sido minha relação com o cinema dele, apesar dessa grandeza que o filme teve, com atores reconhecidos, ele conseguiu me conquistar além das atuações, para o climax muito particular e das personagens. É como a sensação de se apaixonar, mas assistindo ao filme, uma hora você desapaixona e tudo fica frio, aí depois tem aquela esperança, daí frio de novo. É exatamente dessa forma mesmo que representativamente cínica que o diretor propôs que absorvo para a nossa sociedade e para as relações humanas, me incluindo no meio. "Amor" é uma coisa tão complexa, que o capitalismo o enquadra em um suporte familiar, já o movimento contrário ao sistema, também é um sistema. No mesmo nível rígido com regras e desestimulantes, de que você não precisa de ninguém pra ser feliz. E quando você fica livre dessas duas imposições e começa a viver a vida, você pode se enganar, tropeçar no mínimo digamos sobre seu próprio coração. O final me deixa atordoado. Mas não...
consigo imaginar pro lado negativo, espero que ele não tenha sido tão covarde a ponto de deixa-la sozinha lá ao ventos. Mas de no mínimo por ser um homem que digamos 'sensato', ter voltado e dizer que não conseguiu ter tirado sua própria visão, e que consiga entender e conviver com a parceria dela. Pois ele fugiu com ela. Isso pode significar que ele goste dela da sua companhia, mas com o lance de ela ficar cega foi uma analogia sobre a própria expressão de o amor ser cego, ela não estava, mas ele sim. Como ela disse, suas outras percepções que o fazem ter certeza sobre você e ao que você sente. Ele conseguiu enxergar depois da sua cegueira de "paixão". Mas mesmo assim ficaria muito puto, pq ele que quis tudo com ela. E ela tava na dela só curtindo o momento.
Louca Obsessão
4.1 1,3K Assista AgoraA Kathy Bates tornou a Annie Wilkes uma personagem tão viva. Eu não sabia se eu sentia pena, raiva ou amor por ela. Um nível de atuação incrível.
Spring Breakers: Garotas Perigosas
2.4 2,0K Assista AgoraFotografia sensacional, trilha sonora incrível com Britney Spears e Glitch sujo eletrônico. Eu ousaria dizer que tem uma pegada de Tarantino, mas mais moderno, fashion e slin. Referências da cultura pop como My Little Poney, Barbie e da cultura hustler americana misturadas que elevam o conceito visual e estético do filme, tem algumas cenas tão bonitas e equilibradas em cores que dá pra perceber que não é só um blockbuster barato, mas é cult com certeza. Os diálogos que deram pro James Franco são geniais, assim como as das garotas, é tudo bem cínico, proposital. É de ficar encantado com esse filme 'girl power'.
Harry Potter e a Pedra Filosofal
4.1 1,7K Assista Agora"O homem mais feliz do mundo iria olhar para o espelho e ver a si próprio, exatamente como ele é".
Harry Potter e a Câmara Secreta
4.1 1,2K Assista Agora"Não são nossas habilidades que revelam quem somos, são as nossas escolhas". <3
A Casa Torta
3.3 70 Assista AgoraA introdução se estende até o meio do filme, um ritmo lento e sonolento é ocasionado devido a falta de ambição e empatia dos "protagonistas". Um trabalho muito fraco de atuação por sinal dos atores masculinos. Destaque de figurino e arte, e pras que sustentaram o filme devido a sua experiência: Amanda Abbington e Glenn Close.
127 Horas
3.8 3,1K Assista AgoraMe surpreendeu.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraCagou mole na boca de 'Ao cair da noite', trouxe arte, técnica e envolvimento e respeito com o público. Mixagem de som incrível, atuações bem dedicadas, roteiro bem construído. A única coisa que eu acho que deveria dar uma concluída era o desfecho. O filme passa por tantas coisas, que nesse processo de catarse, aceitamos até o que já era esperado sem problemas, mas com o sentimento de coração na mão deixado pelos personagens.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista Agora"Todos aqueles momentos serão perdidos no tempo... como lágrimas na chuva".
Sexta-Feira 13
3.4 778 Assista AgoraA trilha sonora é um personagem do filme!
Lenda Urbana 2
2.4 328 Assista AgoraRevendo e analisando esse clássico de locadora... Eu amo o Urban Legends, o primeiro é sem dúvida muito mais bem finalizado e bem feito. O segundo foi visando o lucro sequencial que acontece nas sagas em filmes de terror que fazem muito sucesso. Mas se utilizar de uma crítica e não aplicar ela é meio contraditório. Por isso acho o filme todo mal feito. Roteiro furado. Deixas não bem acabadas e concluídas pra que o telespectador se aprofunde mais. O começo é incrível mas depois da primeira morte pelo assassino desanda. Parece que são dois filmes diferentes. O lance da metalinguagem e o humor no final achei massa, mas mesmo assim não salva o filme, é uma pena por que a direção de arte é incrível. É uma confusão que deixa na nossa cabeça, aglomerado de referências. Desde Hitchcock até a Tortura do Medo.
Megan is Missing
2.7 303Um momento de reflexão profunda depois do final...
Aniquilação
3.4 1,6K Assista AgoraQueria ter assistido esse filme em 3d. Seria uma experiência ultra sensorial. Sem a tridimensionalidade já provoca um certo transe; Por causa do ritmo da narrativa e do cenário enquanto as personagens estão dentro da "Cintilação".
Natalie Portman nos dá uma personagem determinada, assim como as outras. Todas mulheres, percebo um filme feminista, até na analogia de que os grupos anteriores que passaram por lá eram militares e homens. E neste grupo, são todas cientistas. Personalidades bem definidas e boas de serem trabalhadas.
Eu gosto desse novo ar que Alex Garlad tá trazendo pro sci-fi contemporâneo, algo nada mastigado e muito filosófico, talvez até simbólico dentro desse próprio mundo entre a ficção e a realidade desde Ex-Machina que é uma obra-prima. Aqui em Aniquilação, nós temos tantas referências dentro da reprodução biológica de seres vivos, natureza, relações físicas e emocionais dentro da própria humanidade com a criação divina que a gente até fica perdido ou tentando absorver e atribuir significado as coisas, talvez esse seja o meu único problema com o filme, é um filme complexo mas de maestria visual memorável. Alex propõe cenas, cenários e instalações que são obras de arte e biologia, munidos de uma mutação tecnológica da própria natureza. Um ambiente a ser recriado, ou melhorado para algo que está além.
A Casa Silenciosa
2.5 718 Assista AgoraUma catarse silenciosa
Filme extremante simbólico. Pra quem assistiu Mother! sabe que este filme aqui serviu como grande referência, acredito até que o Darren Aronofsky plagiou descaradamente em certos momentos. Lembrando que este é um remake americano do original Uruguaio. Mas voltando ao filme... Do início aos poucos vai ganhando graus de intensidade não só claustrofóbica mas emocional. O incomodo estético da fotografia é intencional para que também em único take nos introduza à uma atmosfera sensorial daquele acontecimento em tempo real, e para a mente da personagem Sarah (incrivelmente interpretada por Elisabeth Olsen), a intensão é de uma catarse. Mas no começo não totalmente revelada talvez sultilmente (acompanhe o pensamento a seguir); A casa ali é a história esquecida na própria mente de Sara, mas que vai sendo descoberta por ela mesma através do corpo. O corpo presente naquele lugar. Eu fico até meio envergonhado com certos comentários de pessoas que não entenderam nada, ou não perceberam que não é um filme apenas para esbancar sustos ou jampscares. Mas todo o lance é psicológico. Vamos perceber os detalhes...
No inicio o tio diz logo "como ela cresceu", "você costumava brincar comigo assim", e depois termina a conversa meio que com uma deixa e um vazio. Logo após sobe com o pai, eles reencontram as fotos, o tio vai embora estressado. Sarah sobe, o pai começa a se comportar meio rude, com ela. Acho que a partir da "visita" da amiga de infância, uma parte de Sarah começa a se lembrar, de certa forma essa "amiga" na verdade é a representação de segurança de Sarah num papel de uma companheira que lhe veio fazer uma visita. Em cima ela encontra a maleta e não consegue abrir, ou consegue abrir (o outro lado seguro de Sarah). Que não é revelado pra nós, pois estamos vendo a Sarah que precisamos ainda conhecer. Ela agride o pai, aparece a imagem do Homem, que na verdade é uma figura do que é o mal, do que é violento, que é uma figura paterna. Ali é o seu demônio que nos é apresentado, ela foge dele, da casa... mas reencontra o tio, e ela retorna a casa e tudo ali se dissolve aos poucos pra gente. O tio encontra algumas fotos jogadas e as esconde. São as fotos que a Sarah conseguiu ver. Não existe ninguém a não ser a própria casa que seja testemunha de tudo que Sarah passou. Ela pede pra ele subir lá em cima, ele ainda meio em dúvida vai conferir, pois sabe que tem alguma coisa de estranho ali. Aí o momento do surto, onde ela fere o tio e ela vai pra de baixo da mesa, esse ato de ir pra baixo da mesa, tem relação com a sua infância, com um trauma no seu crescimento. Daí tudo se esclarece pra gente, a criança que na verdade é ela. Do sangue na banheira com as garrafas de bebidas do tio e do pai, da câmera fotográfica, dos buracos nas paredes que foram feitos pois lá estavam escondidos as fotos do passado de Sarah, e se eles quisessem vender a casa com aquilo ali seria um desastre. Enfim, o sangue do estupro vaginal escorrendo sem parar no banheiro. Enfim...
Verônica: Jogo Sobrenatural
3.1 545 Assista AgoraFilme maravilhoso, bem concluído. Roteiro fechadíssimo. Atuação impecável da Sandra Escacena. Com um direcionamento bem comum aos filmes da linha ouija e invocação, Verónica tem um diferencial, uma tensão sutil e delicada, uma riqueza na fotografia que não deixa nada superficial, mas aproxima mais o público a perceber bem de perto cada detalhe. Eu tive que pausar por um momento, pois eu senti medo do que poderia acontecer. Dificilmente me envolvo assim com os personagens, rs.
O Bar
3.2 568Uma mistura de Anjo Exterminador de Luis Buñuel, com um humor sarcástico sul-americano de Relatos Selvagens e o terror espanhol Rec.
A Enviada do Mal
3.0 284 Assista AgoraAtuação de Emma Roberts deslumbrante, com uma fotografia fúnebre, fria e vazia o filme transmite uma tensão leve, mas de espera de como aquilo pode sair do controle. Muito interessante a linha no qual vai se construindo a história. Foi produzido no mesmo período de outros filmes de horror, mais conceituais, como 'A Bruxa'.
Tempos Obscuros
3.3 266Deixou seu recado, fotografia linda que deixa o ambiente e atmosfera bem fria nos deixando um ar de nostalgia aos anos 90. A tensão se contrapõe com a frieza e vão ganhando ritmo conforme a ansiedade do personagem principal.
Corpo Elétrico
3.5 216Tem uma coisa peculiar que me incomoda muito em alguns filmes do cinema brasileiro contemporâneo. Irei chamá-la aqui de síndrome do desfecho. Acho que tem muito haver com a narrativa que os filmes acabam desenvolvendo para uma expansão que não tenha fim conclusivo, ok, as vezes isso acaba sendo interessante. Mas em demasiado, é frustrante e nem por isso é desculpa para esta síndrome que acaba sendo ocasionada talvez por uma forte influencia dos filmes alternativos "franceses". Mas existe uma diferença a nível de qualidade, os franceses conseguem prender o espectador no roteiro, e na força do dialogo. Corpo elétrico, não prende nem pelo dialogo, nem pela atmosfera que acaba algumas vezes sendo plástica demais, mesmo querendo chegar ao conteúdo. O filme acaba demonstrando realmente essa passagem da fase da juventude para adulta, mas sem história, só fluidez. Talvez a forma singela da personalidade de alguns personagens seja o vivaz do filme. Interpretação maravilhosa da Ana Flávia Cavalcanti e um belo trabalho como entrada no cinema do Kelner Macedo.
O Parque Macabro
3.8 142 Assista AgoraMe recordo de ter um episódio na 1ª temporada de Twilight Zone na mesma época que se chama "A morte pede carona", praticamente é o mesmo roteiro mas com adaptações, o filme vai pra outro caminho até mais amplo, mas ambos tentam adentrar a profundidade na psique da personagem, na figura isolada e solitária da mente feminina no mundo. Belo filme, muito bem feito e 'desenhado', sem dúvida um clássico que ganhou notoriedade muito depois de seu lançamento.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraEu chorei rios
Maze Runner: Correr ou Morrer
3.6 2,1K Assista AgoraÉ pra fingir? Só consegui imaginar como esses boys vivem juntinhos há mais de 3 anos em plena puberdade e tensão sexual.
Canibais
2.6 518 Assista AgoraMeu deus, ainda tá com essa nota tão baixa? Pra um dos mais interessantes de se destacar no nicho de filmes de horror gore contemporâneos? Logo em tempos de militância e crise política em diversas áreas e ideologias.
Foi baseado no incrível Holocausto Canibal, mas redesenhado pra tempos atuais. A ironia e humor que Eli Roth joga no filme através de alguns símbolos é muito massa e na media certa (e sem precisar matar nenhum animal, sorry Holocausto). Não digo que é um filme péssimo como muitos críticozinhos formados de 2 anos pra cá que entraram no filmow pensam. Mas é um filme que tem uma montagem que deixa a desejar. Não diria que o erro seja o roteiro, que foi construído moderadamente. Enfim, é um bom filme e vale ser destacado, além de estar entre o cult e o popular, acho que o problema é como ele é vendido. Ai me lembro quando os textos ultrapassavam 15 linhas. Enfim, preguiça contemporânea de discutir com essa galera já formada em frases feitas nos comentários pra estragar com um filme no filmow.
A Forma da Água
3.9 2,7KUma Fábula para Adultos
The Shape of Water, assim como o poema descrito no término de sua película. Se expande no conceito do que é o universo do "amor", ou do encontro dele. Do amor em seu estado líquido e de expansão, para consigo mesmo, para com os outros (amizade), e a paixão e a necessidade de se ter alguém, a solidão não é justa para um ser humano. E talvez seja a única coisa dentro de nós pelo qual nós tememos.
O filme nos põe a luta de sermos o que somos; apaixonados ou inocentes demais. Podemos analisar suavemente, através das nuances dos diálogos, da fotografia, da ambientação que nos traz e que nos coloca naquela época, onde o filme mostra de uma forma bastante ilustrativa como era difícil ser solitário nos Estados Unidos (ou como continua sendo lá ou em qualquer lugar do mundo).
A personagem Elisa, uma mulher muda fora dos padrões de beleza nunca teve alguém para si romanticamente, mas tem os seus amigos...
Dalila (Octavia Spencer), uma mulher negra casada com um marido que é uma sola no sapato. E seu vizinho, um artista desempregado e solitário homossexual. Ambos os três de idades já consideradas "experientes" nos põe em encantamento como cada um tem um papel fundamental para nos acrescentar neste conto ou fábula de que não se tem idade para lutar. Digo fábula, por que em sua origem uma fábula nos põe em um encontro de algum ensinamento ou do que é considerado uma moral a ser aprendida na nossa vida. Guilhermo nos põe isso de uma forma esverdeada, como dentro de um lago ou um rio. Entre o verde e o azul. A impressão do cheio. É lindo ver como Dalila deposita sua vontade de ser escutada em Elisa, que a escuta, sabe escuta-la de uma forma doce. Assim tal como seu vizinho, e que a convida para assistir TV, filmes e músicas em seu apartamento, Elisa aceita sua sexualidade, ela conhece o seu mundo de perto e não estranha a forma dele de sentir atraído e apaixonado. As falas de Doug James são sensacionais e nos revelam muito sobre como é a solidão gay. Elisa merece apaixonar-se pelo menos uma vez na vida e é mágica a forma como acontece isso, ao mesmo tempo que louca pra nós. Ela não se apaixona por um ser humano. Mas por algo superior!
Obrigado Guilhermo, e obrigado Sally Hawkings que soube transpor toda (perdi a conta de como eu repito esse nome) "forma" que Elisa nos faz mergulhar.