Uma obra inquietante e autoral de uma diretora incrivelmente subjetiva, que dilacera a alma de suas personagens femininas com tanta intensidade que não ousamos julgá-las, tamanho o respeito que passamos a nutrir por suas profundidades de alma. Dorota kedzierzawska em seus trabalhos soa como um grito oprimido e sufocado clamando por atenção.
Um clássico sem precedentes. Absolutamente necessário na filmografia de qualquer cinéfilo que se preze. O que Henri-Georges Clouzot conseguiu em 1953 foi ir muito além de simplesmente criar um clássico e uma referência cinematograficamente atemporal, ele retratou uma época em um épico arrematador e humano. Soube ser dramático e construir um suspense impecável com um dos finais mais inescrupulosos da história do cinema. Sem sombra de dúvida uma obra de arte.
Um filme delicado e singular. Uma super produção finlandesa cheia de ternura e profunda ao tratar o relacionamento conturbado de um garoto e suas duas mães. Com uma trilha sonora épica e fotografia exemplares o filme é um convite a reflexão sobre os horrores da segunda grande guerra para as crianças que sobreviviam sendo enviadas para outras famílias em vilas pela Suécia. Inegável que os males de uma guerra se estendem para muito além dos campos de batalha.
Ainda sem palavras para expressar os sentimentos que este filme evocou. Maravilhoso, mas tão essencialmente dramático que me deixou emotivo por horas após o término da projeção. Os momentos finais são o drama em seu ápice mais atemporal. Pelo teor da guerra, este é um filme tão necessário, quanto perfeito em sua execução.
Uma poesia lapidada em conceitos de amor, vida, morte, natureza e religião. Sublime e singelo, mas que por vezes flerta com o bruto em conceitos existenciais filosoficamente relevantes. Uma obra marcante e definitivamente o que de melhor vi no cinema japonês desde "Nobody Knows" de Hirokazu Koreeda.
Um bom filme infantil. A garotinha é apaixonante e o menino convincente. Me lembrou bastante "Tão Forte, Tão Perto" outro bom filme do gênero, sendo este "Jeremy Fink" uma versão bem mais leve do que o supracitado - indicado para a família. Uma boa diversão, inteligente e sobretudo honesto.
"Boyhood" é maravilhoso, fato! Um épico sobre mudanças sutis da vida, sobre o desabrochar da juventude e em última instância sobre jornadas, encontros e desencontros. Por ter sido filmado ao longo de 12 anos, ver a evolução tanto física quanto intelectual dos personagens é realmente o grande diferencial e triunfo da obra. Mason e Samantha são apaixonantes quando crianças e espirituosos e passionais enquanto jovens mentes pensantes aspirando vida adulta, mas uma coisa me incomodou, e mesmo a sutileza da obra sendo o grande foco de Richard Linklater, gostaria de ver mais filosofia do que vi, talvez uma grande tese que não a vida por si só sendo defendida. Mas não me levem a mal, as filosofias existem, e as encontramos aqui e ali como na ótima passagem de Mason e sua namorada dirigindo até Houston (um interessante ensaio sobre vida virtual), na tentativa frustrada de Ethan Hawke em se conectar com seus pequenos antes do boliche em um humor um tanto especial sobre arte abstrata e mesmo no monólogo de Patricia Arquete sobre os ciclos da vida e porque vivemos por eles... Sim, vemos estas pitadas tão deliciosas de Richard Linklater ao longo do roteiro, mas quem espera aquelas grandes inquietações "Linklaterianas" pode ficar um pouco desamparado. A trilha sonora é maravilhosa. Há menções a grandes e maravilhosas bandas que quem cresceu nos anos noventa e foi introduzido ao bom rock com certeza não deixou escapar; de The Doors a Pink Floyd, mais adiante Coldplay e Arcade Fire (na ótima abertura e desfecho respectivamente) e uma referência singela a Bright Eyes que me deixou radiante. A obra é especial e, para quem é sensível a ela, se torna nostálgica com o tempo fazendo e trazendo os personagens de volta a ela já envelhecidos pelos doze anos de produção em lindas licenças poéticas - como a cena da formatura de Sam ou o skype na escada com Ethan nos mostrando o pequeno bebê deste já como uma linda criaturazinha. Enfim, as cenas finais quando a arte da fotografia protagonizada por Mason encontra sua tribo, neste ritual que finaliza o épico nos entregando o menino adulto que não mais assistiremos, mas que ao longo de quase três horas aprendemos a torcer tanto por, é genial e consolida a obra como o marco do cinema que é. Valeu a espera e a deliciosa tarde na companhia deste épico acolhedor e singelo. Mais ou menos como a vida o é.
Que viagem! Uma ótima história, surreal e original de uma forma tão obscura e solitária que é quase uma dissertação sobre não enxergar seus maiores fantasmas.
A tragédia celebrada pela arte. Comovente e revoltante pela vida, célebre pela direção, atuações e principalmente pelo roteiro. Os instantes finais são o que de melhor o cinema pode produzir.
Ainda estou boquiaberto com este filme. O suspense que a obra esconde nas entrelinhas é tão fascinante quanto perturbador; me lembrou "A Fita Branca" - um clássico de Michael Haneke - em diversos momentos. O terror de se mensurar o que pode ter havido, assumindo que a montanha não fosse mágica, é algo pavoroso. O filme é de uma sensibilidade sobre-humana. Todas as garotas são convincentes e líricas e o desenrolar da trama, com a trilha sonora que desfila clássicos como ninguém e a câmera que conversa com a sonoplastia contracenando e interagindo com o longa quase como se fossem personagens vivos e sobrevividos da montanha é lírico por demais. Sem sombra de dúvida o ápice deste diretor se deu aqui e para sempre se escondeu em Hanging Rock.
"O que pode, o que deve ser feito com todo o tempo que temos pela frente? Em aberto e disforme, leve como o ar na sua liberdade e pesado como chumbo na sua incerteza? É um desejo, um simples nostálgico sonho, voltar a determinado ponto da nossa vida e poder tomar um rumo completamente diferente daquele que fez de nós quem somos?" Um belíssimo trabalho de Billie August! O diretor de grandes e premiadíssimos épicos como "A Casa dos Espíritos" e "Pelle, o conquistador" aqui está intimista e poético como nunca dantes visto. Há aqueles que defendem que a adaptação deixou a desejar. Falo por mim, não li o original, mas me envolvi por deveras e a história soou-me cativante do início ao fim. E a última cena apenas coroa com lirismo a bela projeção.
O filme desenha-se como a um épico cuja grande batalha se dá dentro do personagem. Um filme introspectivo, que desde a primeira sequencia no metrô (maravilhosa), já se mostra para paladares mais refinados. Um ótimo longa!
Nú, indigesto, experimental. Os temas são jogados em takes pessoais e a narrativa é quase que inteiramente silenciosa. Impossível se identificar com qualquer coisa aqui, é um filme sobre o sentimento de rejeição e a premissa básica do amor incondicional.
"Acordei com a certeza de que tudo tinha acontecido daquela forma. Então, fui ao cemitério. Eu queria encontrar algo. Não sabia o que... Talvez, a mim mesma."
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraPuta que pariu que filme do caralho!
Foi só o que consegui exprimir de crítica para este filme.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraAlejandro González Iñárritu é foda!
Sem mais...
Operação Big Hero
4.2 1,9K Assista AgoraEncantador...
Nic
3.9 14Uma obra inquietante e autoral de uma diretora incrivelmente subjetiva, que dilacera a alma de suas personagens femininas com tanta intensidade que não ousamos julgá-las, tamanho o respeito que passamos a nutrir por suas profundidades de alma.
Dorota kedzierzawska em seus trabalhos soa como um grito oprimido e sufocado clamando por atenção.
O Salário do Medo
4.3 104 Assista AgoraUm clássico sem precedentes. Absolutamente necessário na filmografia de qualquer cinéfilo que se preze.
O que Henri-Georges Clouzot conseguiu em 1953 foi ir muito além de simplesmente criar um clássico e uma referência cinematograficamente atemporal, ele retratou uma época em um épico arrematador e humano.
Soube ser dramático e construir um suspense impecável com um dos finais mais inescrupulosos da história do cinema.
Sem sombra de dúvida uma obra de arte.
Minha Vida Sem Minhas Mães
4.1 22Um filme delicado e singular.
Uma super produção finlandesa cheia de ternura e profunda ao tratar o relacionamento conturbado de um garoto e suas duas mães.
Com uma trilha sonora épica e fotografia exemplares o filme é um convite a reflexão sobre os horrores da segunda grande guerra para as crianças que sobreviviam sendo enviadas para outras famílias em vilas pela Suécia.
Inegável que os males de uma guerra se estendem para muito além dos campos de batalha.
Sem Segurança Nenhuma
3.4 254 Assista AgoraOs loucos são os melhores!!!
Les Adoptés
4.0 81Existe na tristeza uma beleza que filmes como este captam muito bem.
Nosso Dia Chegará
3.3 67Uma projeção niilista e uma crítica a tudo e a nada ao mesmo tempo.
Meninos Prodígio
4.0 4Ainda sem palavras para expressar os sentimentos que este filme evocou.
Maravilhoso, mas tão essencialmente dramático que me deixou emotivo por horas após o término da projeção.
Os momentos finais são o drama em seu ápice mais atemporal.
Pelo teor da guerra, este é um filme tão necessário, quanto perfeito em sua execução.
O Segredo das Águas
3.8 64 Assista AgoraUma poesia lapidada em conceitos de amor, vida, morte, natureza e religião.
Sublime e singelo, mas que por vezes flerta com o bruto em conceitos existenciais filosoficamente relevantes.
Uma obra marcante e definitivamente o que de melhor vi no cinema japonês desde "Nobody Knows" de Hirokazu Koreeda.
Jeremy Fink e o Sentido da Vida
3.0 1Um bom filme infantil. A garotinha é apaixonante e o menino convincente.
Me lembrou bastante "Tão Forte, Tão Perto" outro bom filme do gênero, sendo este "Jeremy Fink" uma versão bem mais leve do que o supracitado - indicado para a família.
Uma boa diversão, inteligente e sobretudo honesto.
A Grande Beleza
3.9 463 Assista AgoraAinda na busca por adjetivos para expressar esta obra.
Por enquanto somente magnífico me vem a cabeça.
The Normal Heart
4.3 1,0K Assista AgoraUm ótimo drama... Sem mais palavras.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista Agora"Boyhood" é maravilhoso, fato!
Um épico sobre mudanças sutis da vida, sobre o desabrochar da juventude e em última instância sobre jornadas, encontros e desencontros. Por ter sido filmado ao longo de 12 anos, ver a evolução tanto física quanto intelectual dos personagens é realmente o grande diferencial e triunfo da obra.
Mason e Samantha são apaixonantes quando crianças e espirituosos e passionais enquanto jovens mentes pensantes aspirando vida adulta, mas uma coisa me incomodou, e mesmo a sutileza da obra sendo o grande foco de Richard Linklater, gostaria de ver mais filosofia do que vi, talvez uma grande tese que não a vida por si só sendo defendida.
Mas não me levem a mal, as filosofias existem, e as encontramos aqui e ali como na ótima passagem de Mason e sua namorada dirigindo até Houston (um interessante ensaio sobre vida virtual), na tentativa frustrada de Ethan Hawke em se conectar com seus pequenos antes do boliche em um humor um tanto especial sobre arte abstrata e mesmo no monólogo de Patricia Arquete sobre os ciclos da vida e porque vivemos por eles... Sim, vemos estas pitadas tão deliciosas de Richard Linklater ao longo do roteiro, mas quem espera aquelas grandes inquietações "Linklaterianas" pode ficar um pouco desamparado.
A trilha sonora é maravilhosa. Há menções a grandes e maravilhosas bandas que quem cresceu nos anos noventa e foi introduzido ao bom rock com certeza não deixou escapar; de The Doors a Pink Floyd, mais adiante Coldplay e Arcade Fire (na ótima abertura e desfecho respectivamente) e uma referência singela a Bright Eyes que me deixou radiante.
A obra é especial e, para quem é sensível a ela, se torna nostálgica com o tempo fazendo e trazendo os personagens de volta a ela já envelhecidos pelos doze anos de produção em lindas licenças poéticas - como a cena da formatura de Sam ou o skype na escada com Ethan nos mostrando o pequeno bebê deste já como uma linda criaturazinha.
Enfim, as cenas finais quando a arte da fotografia protagonizada por Mason encontra sua tribo, neste ritual que finaliza o épico nos entregando o menino adulto que não mais assistiremos, mas que ao longo de quase três horas aprendemos a torcer tanto por, é genial e consolida a obra como o marco do cinema que é.
Valeu a espera e a deliciosa tarde na companhia deste épico acolhedor e singelo.
Mais ou menos como a vida o é.
Blind
3.7 123 Assista AgoraQue viagem! Uma ótima história, surreal e original de uma forma tão obscura e solitária que é quase uma dissertação sobre não enxergar seus maiores fantasmas.
Fruitvale Station - A Última Parada
3.9 333 Assista AgoraA tragédia celebrada pela arte.
Comovente e revoltante pela vida, célebre pela direção, atuações e principalmente pelo roteiro.
Os instantes finais são o que de melhor o cinema pode produzir.
C.R.A.Z.Y. - Loucos de Amor
4.2 712E a trilha sonora? Poxa vida!
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraMais um filme acima da média com um roteiro tremendamente viciante e um suspense digno do sempre genial David Fincher. Sem mais!
Picnic na Montanha Misteriosa
3.8 176 Assista AgoraAinda estou boquiaberto com este filme.
O suspense que a obra esconde nas entrelinhas é tão fascinante quanto perturbador; me lembrou "A Fita Branca" - um clássico de Michael Haneke - em diversos momentos. O terror de se mensurar o que pode ter havido, assumindo que a montanha não fosse mágica, é algo pavoroso.
O filme é de uma sensibilidade sobre-humana. Todas as garotas são convincentes e líricas e o desenrolar da trama, com a trilha sonora que desfila clássicos como ninguém e a câmera que conversa com a sonoplastia contracenando e interagindo com o longa quase como se fossem personagens vivos e sobrevividos da montanha é lírico por demais.
Sem sombra de dúvida o ápice deste diretor se deu aqui e para sempre se escondeu em Hanging Rock.
Trem Noturno para Lisboa
3.7 259 Assista Agora"O que pode, o que deve ser feito com todo o tempo que temos pela frente? Em aberto e disforme, leve como o ar na sua liberdade e pesado como chumbo na sua incerteza? É um desejo, um simples nostálgico sonho, voltar a determinado ponto da nossa vida e poder tomar um rumo completamente diferente daquele que fez de nós quem somos?"
Um belíssimo trabalho de Billie August!
O diretor de grandes e premiadíssimos épicos como "A Casa dos Espíritos" e "Pelle, o conquistador" aqui está intimista e poético como nunca dantes visto.
Há aqueles que defendem que a adaptação deixou a desejar. Falo por mim, não li o original, mas me envolvi por deveras e a história soou-me cativante do início ao fim.
E a última cena apenas coroa com lirismo a bela projeção.
Shame
3.6 2,0K Assista AgoraO filme desenha-se como a um épico cuja grande batalha se dá dentro do personagem. Um filme introspectivo, que desde a primeira sequencia no metrô (maravilhosa), já se mostra para paladares mais refinados.
Um ótimo longa!
No Limite do Amanhã
3.8 1,5K Assista AgoraQue filme interessante, caralho!
Lobo
3.9 21Nú, indigesto, experimental.
Os temas são jogados em takes pessoais e a narrativa é quase que inteiramente silenciosa.
Impossível se identificar com qualquer coisa aqui, é um filme sobre o sentimento de rejeição e a premissa básica do amor incondicional.
"Acordei com a certeza de que tudo tinha acontecido daquela forma. Então, fui ao cemitério. Eu queria encontrar algo. Não sabia o que... Talvez, a mim mesma."