4:44: O fim do mundo - 2011 - USA - 🎥Direção: Abel Ferrara - visto no dia 02.01.2023 >> Willem Defoe é um sinônimo de grande ator, mesmo que algumas das suas obras sejam ruins, ele consegue se destacar. Aqui nesse filme muito fraco ele é o único que se salva. O resto nem focar, focou e quando focou foi com cenas desconexas, aleatórias e vazias em todo seu sentido. >> O filme nos quis mostrar a sensação de fim de mundo e para mim foi um fracasso total. Muito fraco, muito raso e o tema tem tanto potencial mas que aqui foi muito desperdiçado. >> O filme é muito parado em cenas desconexas no casal artista, onde tenta mostrar o sentimento, o pensamento deles referente ao fim do mundo, mas foi muito mal explorado. >> No fim, tudo é entediante e maçante. Do nada aparece pessoas, depois somem rapidamente, a TV interminável falando da notícia do fim do mundo, e uma parte de um
monge budista refletindo sobre a vida e seu contexto
. E só. Só isso realmente prestou ou serviu para alguma coisa, na verdade muito pouco porque o restante foi totalmente descartável. >> Ambientação no apartamento foi horrível, pois seria bom mostrar um pouco da reação das pessoas no bairro e nem isso mostrou. >> Como o foco foi na personagem de Willem Defoe e Shanyn Leigh que é uma atriz linda, mas aqui nesse filme foi totalmente desperdiçada: personagem vazia, rasa e saímos da sessão sem saber dela nada direito. Ok, ela é artista plástica mas e o resto? O filme tem uma longa cena de ela
mais nada de importante foi mostrado da personagem. >> O personagem de Willem Defoe foi totalmente superficial. O ator se esforçava em trazer desespero, caos no cotidiano do seu protagonista e também no ambiente do filme mas com um roteiro porcaria desse tudo foi em vão. O diálogo que ele teve com a filha biológica foi também uma das poucas cenas que prestaram pela construção da conversa em si. >> Nem vou falar do contexto do fim do mundo pois o que diretor quis mostrar, foi totalmente desconexo e sem criatividade e um fracasso. Um tema com tanto potencial, pois se tivesse melhor construção com um bom drama, seria um filme melhor. >> Não entendi a duração: para que ser tão curto? Em duas horas e meia poderia fazer um grande filme. Enfim, desperdício de tempo infelizmente. Pontos para o Willem, diálogo com a filha, e a TV. Realmente muitíssimo pouco. Decepção. Nota: 1,5.
Eternamente Jovem - USA - 1992 - 🎥Direção: Steve Miner - visto no dia 01.01.23 >> Mel Gibson em boa forma, em alta onde fez muito sucesso nos anos 80 e 90 com inúmeros filmes: Mad Max, Máquina Mortífera, Coração Valente e aqui ele estreia em um filme que imagino ficou meio no esquecimento. >> Não que o filme seja de todo ruim mas tem muitos furos de roteiro. Arcos mal adaptados. Igual: a
condição de ele ficar entubado na geladeira, na máquina e depois acordar jovem por mais de 50 anos e depois envelhecer rapidamente?
O filme não explicou direito como funciona esse processo, tudo ficou vago e sem resposta. Só imaginamos que tenha um estudo científico, mas deixaram tudo de lado essa questão no desenvolvimento da história O resto é como se fosse um filme sessão da tarde. >> Conveniências de roteiro são cheias, e o final foi meio forçado para realçar um final feliz para os protagonistas. >> Gostei do começo onde retrata décadas passadas nos anos 1939 (todo o contexto dessa época, inclusive vestimenta, características em geral) são interessantes. Além do retrato do mundo da aviação que algo que sou apaixonado, gosto muito. >> Aqui destaco o elenco que tem grande sintonia entre eles: Mel Gibson, Elijah Wood, Jamie Lee Curtis ( aqui linda, diva, tendo maior destaque na carreira na franquia slasher Halloween, e filmes de comédia). Aqui está bem a vontade, no seu auge, fazendo uma personagem feminina forte, firme e com péssimo histórico de
rs. >> Mel Gibson faz um personagem carismático, onde nos identificamos com a sua dor, Elijah Wood fazendo um personagem infantil encantador, inteligente mostrando que o destaque na atuação é desde de pequeno no começo da carreira. >> O filme mostra uma ótima química entre os personagens de Mel Gibson e Elijah Wood. >> A história em si tem esses atrativos como também mostra o choque cultural de ele estar em um mundo totalmente diferente da sua época, poderia ter explorado mais isso, pois foi pouco. Tenta desvendar o que houve
com a sua namorada, coletar informações sobre seus amigos
também. O filme se resume a isso, mas tudo é bem simples e tem as cenas que envolve aventuras, que são engraçadas entre as crianças (mas que depois envolve o outro personagem mirim) que é largado no meio do caminho do nada, o Daniel. >> As investigações ao longo do tempo nos deixa curiosos com o que vai acontecer. Resumindo: mesmo o filme sendo mediano, mas é muito divertido, leve e com belas cenas onde o
Daniel ensina o Nat como funciona e como faz para ligar uma aeronave
e uma das cenas mais criativas que vi: Você ver que com imaginação, vontade, podemos ir longe e essa cena foi um grande destaque. >> Pena que teve partes mal desenvolvidas e cortadas do nada sem um contexto bem feito senão seria um filme melhor sem dúvidas. Nota: 6,5
Platoon - 1986 - USA - 🎥Direção: Oliver Stone - visto no dia 27.12.22 >> Adorei o filme de Oliver Stone. Filme realista, mostra as mazelas da guerra como realmente são: sem heróis, sem patriotismo, sem aquele sensacionalismo que estamos acostumados. Aqui a guerra do Vietnã foi retratado de forma nua e crua, onde toda pessoa pode tomar péssimas atitudes e boas atitudes dependendo da circunstância. >> Aqui há o confronto ideológico entre os dois sargentos: Barnes e Elias, onde são pessoas totalmente diferentes: um é brutal, sanguinário e o outro é idealista, pacifista. Dois sujeitos que há um confronto de mentes e ideias. >> Gostei das cenas impactantes e cruas onde mostra o verdadeiro horror da guerra: a crueldade, destruição, violência sanguinária e profunda. >> Charlie Sheen fez um grande trabalho como soldado Chris que é um idealizador, sonhador e deseja seguir uma tradição de família ao servir seu país no exército como pai e o avô. Willem Defoe fez um grande trabalho como o restante do elenco. >> Trilha sonora e fotografia impactante e são registros que marcam a história que retrata. Penso que foi o filme mais fidedigno que vi sobre o Vietnã, claro que preciso ver outros. >> Aqui fala dos sonhos dos soldados, suas vidas e seus lemas e sua esperança. Um retrato fiel, real dos soldados onde não há heróis e nem nada. Nota: 9,0
A Farsa - França - 2022 - 🎥Direção: Nicolas Bedos - visto no dia 15.12.22 >> A Grande Riviera é um lugar ensolarado cheio de pessoas sombrias. Essa frase sintetiza muito bem o clima do filme em que nos mostra personagens que vivem em um lugar luxuoso, em um ponto turístico por ter uma paisagem deslumbrante da natureza aliada à arquitetura urbana, habitado apenas pela elite. >> Aqui a história gira principalmente em quatro personagens que estão envolvidos em uma trama cheia de consequências e surpresas para todos. Martha (Isabelle Adjani), uma atriz conceituada e reconhecida na sua área, que tem renome. Porém está muito tempo sem pisar nos palcos e está vivendo uma nova vida de divorciada após descobrir uma traição do seu ex-marido. Ela vive no conforto tentando se conformar com a separação. Mas isso tem sido um martírio para Martha, pois ela
se sente mal, frustrada e fica colecionando gigolôs na tentativa de esquecer o seu casamento.
>> Sendo assim, em paralelo há também Simon, herdeiro da corretora de imóveis da sua família e que tem muitos problemas em lidar com seus colegas de trabalho e com o empreendimento. Os dois são alvos de Adrien e Margot.
. Depois disso, tudo é história, é claro. Uma boa estratégia para fisgar o espectador logo de início e prendê-lo em todo quebra-cabeça da trama, tudo é bem planejado. >> No filme, Margot se aproxima de
Simon fingindo ser uma compradora do apartamento, tudo isso com a ajuda da Júlia, que é uma outra mulher frustrada pois foi expulsa do próprio empreendimento que construiu. Ela usa as suas artimanhas para conquistar Simon e ganhar a sua confiança e dar o xeque-mate, um divórcio milionário. O mesmo acontece com o gigolô Adrien que dedica seus dotes sedutores à Martha tentando se aproveitar de sua fragilidade.
>> O longa apresenta um painel de personagens muito claro, dois são vulneráveis e os outros dois aproveitadores. Martha e Simon são colocados como vítimas, alvos fáceis para uma escalada social, mas isso é tão marcado que chega a ser clichê. Usam todos os elementos possíveis, a femme fatale, sedução, planos mirabolantes para personagens ingênuos. >> A falta de manejo com tais recursos impediu um pouco a identificação com o público, pois são caricatos, parte de uma satirização sem humor e sem nenhum fio de empatia. Simon, por exemplo, poderia ter seu backstory e relação familiar mais explorado, já que é essa a razão de todo seu problema, já Martha, que tinha um enorme potencial de sobressair em meio sua fraqueza, nessa configuração, torna-se apenas uma mulher histérica cheia de birras. >> Talvez o que seja o maior acerto é a estrutura do filme que vai sendo montada como um quebra-cabeças. Ou seja, não muito difícil, a partir dos depoimentos no julgamento, investigação do caso em andamento e ponto de vista das testemunhas e dos advogados. Além dos artifícios técnicos como a trilha sonora e fotografia que montam uma atmosfera incrivelmente viva, contrastando com o clima pesado dos personagens. >> Outro ponto interessante é como a juventude é trabalhada no filme. A busca pela vitalidade é a grande tônica do longa que explora isso muito bem com as lembranças de Martha e vigor de Simon em ser desejado por uma mulher jovem. É mais que sexual, é um entusiasmo que ficou no passado, mas que é acionado o tempo todo por essas pessoas através da memória de forma melancólica. >> Em suma, o que me leva a outro (e último) ponto não tão interessante é que não há comédia nesse filme. Há uma tentativa frustrada em tirar risadas do público, mas não há nada que possa ser texto de humor inteligente, mas sim um melodrama tal qual ele é: mediano. Nota: 6,5 Crítica postada no site de cinema: Pipocando Notícias. Minha crítica. Orgulho.
As Pontes de Madison - 1995 - 🎥Direção: Clint Eastwood - USA - visto no dia 09.12.22 >> Primeiramente eu nunca fui muito fã de filme de romance, mas esse me surpreendeu de forma muito positiva, fiquei dias refletindo sobre a obra, os seus personagens e todo seu contexto. >> Foi um impacto profundo em mim, nenhum filme de romance havia me causado isso. Até chorei, pois é uma coisa rara de acontecer comigo, pois a conexão com os personagens foi muito profunda, senti na pele o que eles passaram. Quem nunca se apaixonou alguma vez na vida, teve momentos mágicos com essa pessoa? Momentos passageiros curtos mas que foi fantástico? Tive algumas vezes e foi muito impactante por conta disso, o filme me fez relembrar essas doces e passadas lembranças, que eu vendo hoje, foram bons momentos, mesmo que a gente se decepcione algumas vezes. >> Mas não só por isso que eu gostei muito do filme, mas também de toda a sua construção. >> Quando assisto filmes de romance sempre sentia falta de algo, algo que não ficava bom e assim a qualidade da obra também decaía junto: um casal sem sal, atores fracos, um romance sem química, sem construção, ou um roteiro sem inspiração, sem criatividade, simples demais, previsível demais, igual uma receita de bolo que já sabemos o seu andamento. >> Tudo bem usar as mesmas fórmulas, mas tenta se diferenciar um pouco, saia do comum, tenta trazer algum elemento diferente. E foi o que essa obra aqui fez. >> Eu entendo o romance americano como um poço de previsibilidade, clichê, chato, nada empolgante, mas aqui nessa obra, tudo me surpreendeu positivamente e a sua história pode acontecer com qualquer pessoa, já aconteceu e acontecerá outras vezes. >> Aqui Clint Eastwood e Meryl Streep fizeram personagens marcantes, únicos e bem carismáticos. Meryl Streep na flor da idade, jovem, simpática, carismática. Sua rotina no dia a dia é muito bem retratada. A vida simples, rural. O fotógrafo trouxe um elemento que foge do comum, o inusitado, o novo, diferente do seu marido, fiel, mas muito tedioso, chato. Nós as vezes se trombamos com pessoas que impactam a nossa vida profundamente, foi o que aconteceu com a personagem de Meryl Streep, (Francesca Johnson). A curta vivência dos dois sintetizou a grande química entre eles, paixão acalorada, fuga da rotina comum, sensualidade de Meryl Streep, a postura confiante do personagem de Eastwood, todo esse cenário. >> Isso é um romance de verdade, muito bem construído do começo ao fim, elenco muito bem, inclusive os filhos da (Francesca), os coadjuvantes. Os filhos também aprendem sobre a história da mãe, isso é uma oportunidade para reanalisar as suas vidas, os seus casamentos para ver se realmente fizeram a escolha certa na vida deles. >> Espero isso de um filme: que me surpreenda, conta uma boa história, independente do tema, mas mesmo não sendo muito chegado a romance, esse filme foi além do que espero no romance. Foi além das minhas expectativas. >> Que bela fotografia, que belo lugar simples mas cheio de significado, poesia do campo. Ótimo cenário para um belo romance. No fim ficarão as nossas histórias, memórias para os descendentes, como aconteceu aqui. >> A narração através do diário trouxe mais emoção a história, sobre o passado dela, das suas experiências transmitidas na narração, no diário com muito sentimento. >> O fim é triste, sutil, reflexivo.. grande encerramento que mostra que a vida segue em frente. >> Direção excelente de Clint e isso mostra a sua versatilidade e da Meryl em trabalhar gêneros diferentes no cinema. A cena da
Sacrifício do Cervo Sagrado - Irlanda/Reino Unido/EUA - 2017 - 🎥Direção: Yorgos Lanthimos - visto no dia 05.12.22 >> Vou fazer minha simples interpretação da obra, mas primeiro, sempre gostei da forma como Lanthimos dirige seus filmes: personagens fora do convencional, alguns desprezíveis, outros estranhos, distantes como nesse filme. Personagens cheio de mistérios, fraquezas. >> Além dos personagens, clima, ambiente da história, é mórbido, estranho e macabro também, esquisito. Esse ar o Lanthimos traz muito bem. A composição, as cores enquadramentos de câmera que aqui mostra como os personagens estão sufocados, vulneráveis naquele ambiente, principalmente o doutor Steven Murphy. Além do arco principal que é o convívio familiar da família Murphy, uma família estranha, fria, distante e não tem abertura direito para a simpatia, sentimentos. >> E de repente entra em cena o Martin, um garoto estranho também, que tem diálogos e atitudes estranhas que aqui se torna o deus grego do destino, pois a obra ela é aberta a várias interpretações, gostei disso aqui, mas Lanthimos pegou como referência a peça teatral grega "Ifigênia em Áulide" de Eurípides, e imaginei o seguinte: tragédia grega, pois é característica da tragédia ter muita tensão ao longo da trajetória dos personagens (como ocorre no filme), final trágico ( como ocorre no filme), e aqui manipulado pelos deuses, o seu destino estava traçado e não tinha escapatória (como no filme). Então a obra segue essa estrutura narrativa. E curti muito essa referência da mitologia grega. >> Mas como muitas obras, ela aqui tem seus defeitos: tem cenas que agregaram nada, a duração do filme é longa, tem algumas cenas que se tornam arrastadas. >> Não explicou um detalhe que senti falta: como
Martin fez os personagens perderem os movimentos das pernas? Pode um poder do Martin que foi jogado nos personagens, não foi mostrado?
Não temos certeza. >> O final foi excelente: perturbador, impactante, uma tragédia mortal. Ótima finalização, só solidificou sobre o destino, tragédia grega. >> Recomendo o filme, mas ele não é indicado para o público comum de cinema. tem que ter sensibilidade, está aberto ao diferente, ter paciência mesmo com partes arrastadas, pensar de forma mais profunda, esse filme ficou em aberto para cada pessoa ter a sua análise, sua concepção sobre a obra. Vale a pena. Nota: 8,0
A Baia (The Bay) - USA - 2012 - 🎥Direção: Barry Levinson - visto no dia 04.12.22 >> Um found footage muito bom: todo o contexto da história bem desenvolvido, bem contado, bem bolado, criativo, mesmo o assunto já ter sido abordado várias vezes: uma infecção generalizada que afetou uma população em geral de uma cidade americana em Claridge, Maryland, suas consequências disso foram bem arquitetadas. >> Aqui quando o caos é instaurado, a correria para lá e para cá ocorre, é muito real, tenso. O tom de documentário no filme dá muito certo: o estilo de câmera na mão, trouxe um realismo que brinca com o público se isso não passa de ficção ou realidade. >> Tem o estudo dos parasitas, a conexão com a água (mesmo essa parte soando meio forçada, pela questão
etc). Mas gostei de outros tópicos principais como: a crítica à mídia, a política, pois os governantes tentam fazer de tudo para esconder da população os podres que vem acontecendo na cidade. >> Também mostra que imprevistos podem ocorrer, e vírus podem surgir a qualquer momento, que estamos sujeitos a várias variáveis que pode nos levar a morte. >> Aqui o cenário da cidade em caos, com quase todos transformados, o silêncio, todo ambiente é aterrador. Só não explicou direito o
, de onde veio a origem do vírus, mas no geral compensa muito ver a obra. >> Elenco esforçado, o contexto da jornalista ficou bem encaixado, fez sentido, deu um bom ar de mockumentary. >> Grande achado. Tem muitos filmes desconhecidos do grande público que são ótimos, esse é o exemplo. Nota: 8,0
Noites Brancas - ITA - 1957 - 🎥Direção: Luchino Visconti - visto no dia 03.12.2022 >> Gostei muito do filme de Lucchino Visconti. É uma adaptação de uma obra de um grande escritor russo: Fiodor Dostoievsky, uma obra literária na qual não li ainda e dizem que é impactante e a obra de Lucchino recebe críticas mistas em nível de adaptação, mas no geral a adaptação é boa. >> Aqui é impressionante a influência do neorrealismo italiano na obra cinematográfica, uma obra que retrata o realismo social como se insere esse movimento artístico italiano que surgiu pós segunda guerra mundial que retratava além do realismo social, retratava também a representação das dificuldades econômicas, aqui tem esses elementos no filme, na cidade de Livorno. >> Mas a história principal é simples: uma novela de Dostoievsky que fala de amor não compreendido, não correspondido, de sonhos, desejos, ingenuidade da moça Natália perante a vida, perante ao sonho inocente sobre o casamento. Mario que também tem um desejo ingênuo, repentino nessa moça que conheceu na ponte de Livorno. >> Aqui mostra o lado emocional, irracional de Mário, pois a paixão cobre a razão, perdemos o senso de realidade. Estava na
cara que ele não ficaria com a moça, mas o caminho até o fim da obra é ao mesmo tempo sonhador, apaixonante, imaginativo e cheio de desejos
e sonhos mas o final serve como abrir os olhos para a realidade. >> Um realismo que não podemos esquecer, que pode acontecer com qualquer um. Natália se
manteve leal a promessa mesmo tendo nada como garantia, Mario se iludiu por uma mulher que viu na esquina
. O apego, a paixão lhe trouxe consequências ruins, mesmo ele tentando mudar o destino, mas não teve como mudá-lo. >> Filme com andamento lento mas importante para a construção simples da história da obra, além de cenários realistas e muito bem construídos. >> Marcello Mastroianni teve uma atuação forte, marcante como Mario, mas uma pena que não sabe uma lei que todo homem deveria aprender: mulher sabe mentir, mente bem. E aqui ele
se iludiu, se enganou, foi enganado e ficou sozinho largado.
>> Atriz Maria Schell faz uma típica personagem da época só que essa daqui tem características insuportáveis: muito chata, sonsa, ingênua demais, e além de manipuladora e mentirosa, aproveitadora. Ela não
sabe o que quer em muitas partes do filme, não sabe expressar seus sentimentos muito bem, e ela é um mar de confusões e de esperança para se ter um casamento em um futuro próximo. Ela não foi clara com o Mário sobre seus sentimentos, deixou o cara se iludir ainda mais, mesmo ele sendo meio tapado
que já é. Aqui cada um tinha seu sonho, seu objetivo e sempre alguém sai feliz e outro triste. >> As cenas de
dança na danceteria (no bar) são sensacionais onde tinha vários ritmos diferentes incluindo Rockabilly anos 50 e música romântica
. Essa é a melhor parte do filme, como os diálogos inocentes e até profundos sobre amor, relacionamento, desejo, sonho, casamento, paixão, esses temas abordados na trama. >> Gostei tbm da estética, direção de Visconti que é um dos maiores diretores italianos dos anos 50 para frente. >> Ele é um dos diretores italiano que mais gosto. >> Recomendo esse sensível filme, muito reflexivo, muito interessante. Isso é cinema de verdade também. Nota: 8,0
Retrato de Dorian Grey - 🎥Direção: Oliver Parker - 2009 - USA - visto no dia 03.12.22 >> Filme bom, mas esperava mais pelo seu contexto, pelo conteúdo e sua abordagem. Teve cenas que foram rasas, não agregaram nada na trama, faltou um desenvolvimento melhor. >> a temática do filme não foi tão bem aproveitada, teve cenas mal aproveitadas, mas no geral teve momentos que renderam bem, a moral e a mensagem, a crítica principal do filme funcionou bem: A pintura era apenas um 'espelho' ou um 'reflexo' do tipo que pessoa era Dorian, no que se tornava: um ser mesquinho, raso, corrupto, um ser desprezível. E com o tempo, sua situação piorava,
se agravava e ele sofria as consequências pela assombração do quadro e o envelhecimento.
>> Então o filme questiona vários pontos: a corrupção na nobreza, da elite, narcicismo de Dorian em manter a sua imagem eternizada, a juventude, medo e horror ao envelhecimento, a personalidade do protagonista, manipulação estridente que nele é evidente, e outras características humanas como a vaidade, sede pelo poder, orgulho. Tudo isso vemos no Dorian Gray mas uma pena que o seu histórico, da maldição como dito, não foram aprofundados, bem construídos. Penso que o protagonista salva o filme, a sua personalidade muito bem interpretada por Ben Barnes, um pouco da maldição que teve seu mistério, umas coisas surpreendentes no caminho referente a isso. >> Adorei o final do filme, bem interessante e foi uma boa reviravolta na história, boa finalização. >> Os efeitos visuais do filme é o destaque, como as partes técnicas, elenco entregou bons papéis, mas penso que os personagens coadjuvantes não foram tão bem aproveitados, tirando o protagonista e um ou outro personagem, a maioria dos personagens menores foram descartáveis. >> Mesmo assim recomendo ver. Tem cenas interessantes, tem partes reflexivas e bem atuais. A ideia foi criativa, fora do comum ao associar uma pintura como espelho da personalidade e o reflexo da decadência do protagonista. Bacana. Imagino que o livro seja mais detalhista, se aprofunde melhor no universo de Dorian. Nota: 6,5
Creep - USA - 🎥Direção: Patrick Brice - 2014 - visto no dia 01.12.22 >> Uma grata surpresa que descobri: um found footage tenso, eficaz, muito bem feito do começo ao fim, carga dramática, preocupação no filme todo, pois ele deixa apreensivo para a próxima cena a seguir. >> O protagonista segue o molde dos personagens de filme de terror: ele é burro, lento, ingênuo. Aqui o personagem tem até carisma, mas ele é raso, mas ele cumpre o que promete dentro desse tipo de terror: uma vítima em potencial, faz todos tipos de atitudes negativas, muito vulnerável, ingênuo. >> A isca do serial killer louco foi bem bolada: nada como o dinheiro para atrair uma pessoa em potencial, e elogio muito o trabalho de Mark Duplas, ele é um grande ator aqui, interpreta um cara perturbado, louco, psicopata, cruel, bom mentiroso compulsivo que faz de tudo para manipular e conseguir o que quer, deixar as vítimas vulneráveis e em estado de choque, pois o conforto,e a gentileza que ele oferece é apenas uma máscara de bom moço para manipular e realizar suas verdadeiras intenções. Um personagem complexo, incrível, perigoso. A gente não tem a mínima ideia dos seus passos seguintes, ele é imprevisível, aterrorizante. Uma pena que o filme não desenvolveu muito seu histórico mas sem dúvidas é um grande vilão. >> Fiquei sabendo que o Mark Duplass também é produtor executivo, trabalhou na série Room 104 como produtor e é o resultado da produção ficou muito bom, mesmo com os percalços. Aqui no filme, contexto foi muito bem abordado. Até o coadjuvante fez um bom papel dentro do proposto. >> Adorei a ambientação do local do filme, ele aparenta ser confortável, aconchegante, convidativo mas no fundo ele esconde um mistério, se transforma em um lugar assustador, sufocante, labirinto mesmo. >> O final foi cru, visceral, mostrou realmente a ingenuidade e brutalidade dos personagens. Enfim, tensão, por ser found footage, trouxe um maior realismo nas cenas. Gostei bastante. Recomendo. Nota: 9,0
Vida de Inseto - USA - 🎥Direção: Andrew Stanton, John Lasseter - 1998 - revisto no dia 01.12.22 >> Adoro essa animação, ela marcou minha infância, pois quando vi pela primeira vez, foi impactante: na infância, vendo insetos em geral na tela, carismáticos, simpáticos, é bem legal e divertido. >> Gostei da adaptação de vários insetos, da sua caracterização, da concepção dos insetos, da sintonia entre eles, da simpatia e a história entre eles. >> Muito legal as formigas, aqui simpáticas, muito organizadas em seu trabalho, bem adaptadas em tela, são super interessantes, e a interação entre elas é muito dinâmico, pura fofura, simpatia. >> Tem os vilões, suas características clichês mas super divertidos, e suas ações em cima das formiguinhas são engraçadas, ficam furiosos, aproveitadores em cima deles. Marcantes. >> Claro que é um dos filmes mais marcantes da Pixar, é legal mas não fez tanto sucesso quanto os outros da mesma produtora, infelizmente é uma pena, pois o filme é muito bom. Mas infelizmente ficou meio esquecido pelo público, a geração atuou não conhece essa animação infelizmente, pois a sua mensagem social, o seu contexto é bem contado, animação divertida, bem produzida, mas penso que tem certos pontos que tinha que melhorar. >> Rever foi uma nostalgia incrível, adorei. E destaco a dublagem brasileira, que foi excelente no filme inteiro, ótima dublagem. Filme que compensa muito. Nota: 8,0
Siccita (Seca) - Itália - 2021 - 🎥Direção: Paolo Virzì - visto no dia 26.11.22 >> Primeiro, gostei do filme: tem uma temática muito interessante, importante e muito atual, que pode acontecer no mundo todo: falta de água. >> Aqui fala da seca e suas consequências na vida social, política, econômica em um país de tão expressão no continente europeu. O filme imagina como seria a seca nos dias atuais, quão caótico seria na Itália e imaginando isso em outros países, seria caótico da mesma forma. >> Você ver as consequências da falta da chuva, afeta todo mundo na cidade. Aqui fala das restrições, das proibições, da rigidez por estar em uma situação de muita emergência que vive o país: controle de água para cada pessoa, multa por uso impróprio etc. Fala também de pessoas que agem como donas da água etc... >> Legal que o filme fala de vários personagens, pessoas distintas que são afetadas pelo mesmo problema: jovens, idosos, crianças, como cada pessoa vive a sua situação distinta, preocupante. >> Gostei em como abordou o uso das redes sociais em um senhor, de forma totalmente desproporcional, exagerada, pois o mesmo vivia em uma realidade paralela. E aliás o filme trabalha bem a comédia na maioria das cenas. Foi uma comédia, sátira inteligente e com um tema bem atual. >> Gostei esteticamente do filme... >> O único ponto negativo do filme são os próprios personagens: são rasos. Alguns tem carisma, mas são rasos. Mas tirando isso, bom filme sem dúvidas. Simples, longo em duração, mas um contexto importante, muito válido para reflexão e análise. >> Foi uma grata surpresa do festival de cinema Italiano. Nota: 7,0
Coração de Caçador - 1990 - USA - 🎥Direção: Clint Eastwood - visto no dia 24.11.22 >> Difícil falar desse filme, fico em conflito. Mas na minha humilde percepção, eu achei o filme mais chato, mais fraco do Clint Eastwood. >> Protagonista é chato, egocêntrico, rabugento, tornando a experiência com filme, chato e difícil de terminar. >> Roteiro é desinteressante, fraco, não me cativou, a história é simples, mas é um simples mal feito, forçado, raso: o cara fica encantado com o continente africano, só pensar em matar elefantes do que rodar o filme, fazer as filmagens em um lugar peculiar. Algumas cenas chatas de aguentar. >> Clint deu show atuando, até nos diálogos parecidos com o jeito de falar do diretor John Huston, pois o filme é sobre o diretor e suas experiências na África. Mas o que falhou foi o roteiro mesmo, andamento do filme, chatice do protagonista em algumas ocasiões, cenas rasas que nada agregaram no contexto geral. O restante do elenco foi bom suporte mas apagados. >> Fotografia exuberante, um lugar diferente e incrível, e gostei das referências a Katharine Hepburn, à Humphrey Bogart, ao diretor, alguns diálogos e só. >> Gostei do diálogo do começo apenas sobre fazer cinema, questão autoral, comercial, que teve essa reflexão mas no geral foi maçante, decepcionante por ser do Clint pois ele tem excelentes obras, fiquei na expectativa. Mas não é possível acertar sempre e é natural. >> Filme foi fracasso em bilheteria nos anos 90. Nota: 5,0
Annabelle - USA - 🎥Direção: John R. Leonetti - 2014 - visto no dia 20.11.22 >> Filme fraco. Não tem quase referência da boneca original, não gostei da caracterização dessa boneca, ela é feia, esquisita mas nada assustadora, comparada a boneca de pano original. >> A história tem algumas referências na realidade mas no gerou impactou pouco, rendeu pouco, foi decepcionante, problema que fui com expectativa, pois conheço a história real da boneca e estava ansioso para ver esse universo no cinema, uma pena que a adaptação foi medíocre e não faz jus a lenda, ao aterrorizante terror que a história real, sua lenda criada, se tornou famosa. >> O roteiro é fraco, não aproveitou a potência que a história real poderia proporcionar. Elenco fraco sub aproveitado. >> Tentei gostar, gostei de algumas referências na realidade mas ao longo do tempo a história foi decaindo, ficou fraco demais. >> As cenas de terror é muito previsível, sem graça. Mais um terror genérico dessa remessa de filmes fracos americanos. Hollywood desaprendeu a fazer terror há um bom tempo. >> Partes técnicas foram bem, fotografia bem feita. Mas o principal não funcionou infelizmente. Nota: 3,0
Vida e morte de uma gangue Pornô - 2009 - Servia - 🎥Direção: Mladen Djordjevic - visto no dia 17.11.22 >> Fiquei sabendo desse filme nos vídeos do Getro, no quadro: Os filmes mais perturbadores do Planeta, resolvi assistir, pois fiquei muito curioso em saber se realmente o filme diz ser o que é ou era apenas marketing para fisgar o público. >> Mas pelo que vi, realmente é um filme totalmente fora do convencional, tem cenas perturbadoras, impactantes, com ótimas críticas explícitas, fortes sobre vários assuntos: indústria pornográfica e seus meandros, o mundo sombrio do ser humano, quão longe ele pode chegar em sua loucura para conseguir o que quer. >> Além da crueldade humana muito bem citada, aqui a questão sexual é bem evidente, falando do instinto humano, a nossa versão mais animalesca, em busca pelo prazer carnal. >> Cita como o ser humano se sujeita, se humilha, se entrega pelo dinheiro, pelo desespero:
as pessoas se matando, cometendo suicídio para deixar um pouco de dinheiro para família ou alguém e querer morrer para deixar a miséria de lado.
Aqui fala da produção dos Snuff Movies. Pesado, perturbador, muito realista. Do jeito que eu gosto. O público comum não tem estômago para ver esse tipo de filme. >> Gostei da citação, desenvolvimento da história por trás de um diretor que busca fazer seu primeiro longa metragem, de repente ele entra em um experimento diferente. >> O diretor do filme disse que é uma crítica política forte, mas o filme compensa: muito bem feito, dirigido, seu conteúdo é bem estrutura, todas as cenas fortes tem um bom contexto por trás, enfim, para quem é fã do gênero, vale muito a pena. Só os personagens, alguns, são rasos e desinteressantes mas no geral é um filme muito bom, ótimo achado. Servia tem ótimos filmes dentro do cinema extremo europeu. Nota: 8,0
Misterioso assassinato de uma família - 🎥Direção: Fernando Barreda Luna - México/Espanha - 2010 - visto no dia 16.11.22 >> Gostei muito do filme, pois o found footage é o meu estilo favorito do subgênero de terror. >> Esse filme tem uma temática muito interessante, pois tem um ar de sobrenatural, mistério, tensão, principalmente prende a atenção, perto do final foram as melhores cenas do filme, uma reviravolta muito bem construída e surpreendente. >> Mas penso que quem esperava algo mais sobrenatural, meio que se decepcionou um pouco. Mas o seu final foi algo bem construído, faz sentido. >> A primeira hora do filme, segue a estrutura da história comum do found footage: vai mostrando dia a dia comum dos personagens, coisas corriqueiras, rotina para adentrarmos na vida dos personagens. >> Gostei quando abordaram a Lenda da Garota na Floresta Garraf, seu suposto local de assombração: lugar assustador, caótico, fácil de se perder, clima mórbido. >> Os atores entregaram boas atuações: a mãe entregando uma personagem esquizofrênica e maluca, totalmente fora de si. E teve mortes violentas, sangrentas, marcantes. >> O problema é que o filme demora para ficar bom, enrola no relato, nas filmagens cotidianas onde teve algumas cenas que nada agregaram. >> Estética realista do found footage traz maior tensão, qualidade na obra, mesmo com a sua instabilidade, é uma obra legal, que tem grandes elementos, história com um ambiente bem criado, tem terror com elementos bem postos em tela. Gostei mesmo, recomendo. Nota: 7,0
O Garoto Escondido (Il Bambino Nascosto) - Itália - 🎥Direção: Roberto Andò - 2021 - visto no dia 13.11.22 >> Um filme que tem uma ideia parecida com o longa (O Profissional) de Jean Reno, mas claro que tem uma história, um contexto dos personagem diferente, só assemelhando por ser a relação de um adulto com uma criança. >> Enfim, gostei bastante do filme, da história e da sua proposta: um garoto querendo se esconder e se refugia na casa de um senhor de idade, solitário, que vive uma vida simples, pacata. >> O Choque cultural dos dois é interessante, a diferença de idade entre eles, foi algo legal de acompanhar. >> Mostra que o respeito, a interação entre os dois vai crescendo, se tornando uma maior intimidade e amizade ao longo do tempo. >> Tem as intrigas com os vizinhos do prédio, com os familiares (conhecidos) do menino, e também cita a estrutura da região, dos prédios, da estrutura do local que precisa ser melhorado, fala das condições dos moradores da região, do local onde o senhor vive que é simples, uma região com dificuldades de viver. Gostei dessa citação. >> Filme com uma temática comum mas com uma boa abordagem, um tema que é interessante pela diversidade de opiniões, visões de vida entre os dois protagonistas com idades diferentes. Legal essa experiência e vivência entre eles. Uma história simples mas bem contada. O final da obra foi coerente com o contexto, acabou em aberto para mostrar que a vida continua apesar dos percalços. >> Foi uma grata surpresa do festival de cinema italiano sem dúvidas. Nota: 8,0
Strange Circus - Japão - 2005 - 🎥Direção: Sion Sono -visto no dia 11.11.22 >> Ótimo filme japonês. Sempre gostei de todo tipo de horror que esse país produz, tem muito filme de horror muito bom no Japão. >> Aqui é um filme perturbador, sangrento, brutal sobre uma família que na aparência é uma família padrão social, mas já dentro das quatro paredes... >> Aqui conta a história de um pai de família que a trata com rispidez, violência: agressões, a violência doméstica destacada, muitos abusos psicológicos, os traumas que ficam. Uma família disfuncional com um pai violento. >> Aqui fala de
.. Cenas bem abordadas, de forma madura, brutal como deve ser. >> Gostei do elenco que conseguiu transmitir bem toda a atmosfera pesada do longa, dos traumas, da depressão. >> Mais perto do final
de forma brutal, seu corpo todo dilacerado, sangue para todo lado, é tratado pior que o animal castrado... Tratado como ser insignificante, nojento (como realmente é)
. Que lição brutal, dilaceradora. >> Os japoneses sabem fazer um cinema diferente em muitos aspectos, conseguem aqui impactar seu público visualmente falando, e psicologicamente também. >> Os seus personagens rodeados de violência, destruição, traumas, o desejo de pura vingança contra os opressores. >> Filme para quem tem estômago forte, pois tem algumas cenas explícitas, pesadas mas que fazem todo sentido no contexto apresentado. Grande filme. Uma outra grata surpresa do cinema japonês. Nota: 9,0
Spartacus - 1960 - 🎥Direção: Stanley Kubrick - USA - visto no dia 07.11.22 >> Gostei muito dessa versão de Spartacus. Direção competente, firme e o retrato de Spartacus de um filme de quase 3h30 se tornando um grande épico sobre o grande Espartaco do diretor Kubrick. >> O elenco foi incrível mas destaco o trabalho de Kirk Douglas (apesar de eu achá-lo meio velho interpretando o Spartacus), além da bela e competente atriz Jean Simmons, além de Charles Laughton, Peter Ustinov, grande Laurence Olivier como Crassus que também foi um grande destaque na obra. >> O filme tem uma adaptação de grande magnitude, uma grande produção, e orçamento deve ter sido caríssimo para realizar essa obra cinematográfica. As filmagens em plano geral, aberto, mostrando a magnitude do exército romano, do exército dos escravos, o quanto de pessoas que o Spartacus conseguiu recrutar para a sua importante causa. Foram grandes dimensões que forjou uma força colossal para o exército. >> A narrativa adaptou vários pontos que realmente aconteceram: o
treinamento dos futuros gladiadores em Cápua, que o local era gerenciado por Batiatus, além de ter dito o ataque e a pequena revolução dos escravos
ali, mas diferente no filme, que parece que muita gente escapou, mas na realidade pouca gente conseguiu escapar. >> O ruim do filme é que ele não retrata muito bem a construção de Spartacus como líder do exército, simplesmente depois mostra ele liderando seu exército e só se aprofunda nos seus ideais depois. Poderia ter mostrado mais detalhes de seu plano de rebelião e aliança dos escravos, só mostrou mesmo a rebelião em ação e aí mostrou a capacidade de liderança de Spartacus e pelo grande gladiador que ele foi, se destacando desde do tempo de treinamento. >> Os diálogos do filme são ricos, bem feitos, fortes mostrando a lealdade, fidelidade entre os escravos que lutaram juntos até o fim. Mesmo que tenham sido
e de como é a composição política de Roma. Mostrando geralmente a falsidade, jogo de interesses dos líderes políticos. >> Cada um querendo se sobressair pelo poder. Aqui cita Júlio Cesar como comandante de uma guarnição do exército romano. >> Gostei do desenvolvimento da história, citou o plano de Spartacus em sair pelo mar para seus lugares de origem. Mas o exército romano como corrupto, que subornava a todos inclusive com os inimigos para conseguir o que quer. >> O fim foi emocionante mostrando realmente um fato que aconteceu:
foi bem marcante. >> A fotografia, produção do filme fez um grande trabalho. Penso também que as cenas de batalha foram poucas em nível de tempo no filme. Pois essa era para ser um dos momentos mais importantes da obra e durou muito pouco a batalha do exército romano vs escravos de Capua. Cenas de batalha claro que tiveram suas limitações mas a duração foi o que mais prejudicou. Gostei dos cenários, dos locais onde ocorreram a história, o elenco de peso, roteiro mesmo com pequenas falhas, não apaga o grande filme que é o Spartacus..valeu muito a pena. >> Tem a série de TV produzida pela Starz sobre Spartacus que também recomendo ver. Nota: 8,5
Maldição (An American Haunting) - USA - 2005 - 🎥Direção: Courtney Solomon - visto no dia 27/10/22. >> Filme bem mediano para regular. Já ouvi falar antes desse caso dos Bells, pois dizem que é um caso real assustador, sobrenatural que realmente aconteceu. Um caso ocorrido no século XIX, especificamente entre os anos 1818 e 1820. >> Tenho as minhas ressalvas sobre o caso, mas fala que a família foi assombrada por uma presença maligna principalmente após a devida 'ameaça' ou
'maldição' que o senhor Bell recebeu de uma fazendeira e que esse caso foi tratado até na justiça na época pois essa mulher
se sentiu prejudicada. Após as suas palavras fortes, a maldição da família teve início. >> Desde um começo mais leve como muitos filmes do gênero, depois a assombração vai piorando e chegando em um nível descontrolável. >> E a
é o alvo predileto da assombração. Mas mesmo com um contexto que é interessante, cheio de mistérios e além de ser baseado em fatos reais, o filme em grande parte deixou a desejar. A história é rasa, confusa, tem reviravoltas mal feitas, e forçadas demais onde:
a caçula transcendeu um espírito de vingança por ter sofrido estupro? Eu entendo que pode ter uma metáfora, uma simbologia mas não deixa de ser forçado a forma como foi construído. Não tem isso de estupro na história real
que eu saiba, pois essa história é uma lenda famosa do sul dos EUA que sim tem várias versões. Mas essa do
faz sentido na história do filme, mas penso que tem nada ver com a realidade. >> Foi uma versão criada pelo diretor, roteiristas pois afinal o 'baseado em fatos reais' não precisa também ser verídico 100% com a realidade. Mas a versão que mais acredito, faz sentido com a história é a Kate Batts que foi retratada no
começo do filme que tinha ódio profundo contra o John, ela pode ter jogado a maldição em cima dos Bells (mais provável) e depois ocorreu o que ocorreu por ser uma vingança dela contra o patriarca da família
as cenas em que eles falavam com os fantasmas, realmente na lenda isso é bem evidente, destaco os atores que fizeram um grande trabalho mostrando o impacto
de todas essas cenas. A fisionomia de assustados, exaustos e em alerta o tempo todo, foi muito bom. >> Os cenários, locações bem fidedignas mas o maior problema do filme é que o elemento terror, assombração é trabalhado de forma clichê e rasa. Tirando essas cenas que deu certo, o resto foi de regular para fraco. Decepcionante. Não tem tensão o suficiente, aquele clima mórbido é soterrado com coisas que vivem caindo direto e sem parar, das repetições das assombrações que cansa, o pior: o filme é muito arrastado, isso acaba com o ritmo do filme. Tem partes que são muito cansativas e que não leva a nada, tem partes rápidas demais sem o devido preparo. Mas foi difícil chegar até o final, pois é cansativo. >> No final você sente que não rendeu muito ( rendeu é pouco). O tempo de duração é bom, mas foi mal aproveitado, pois parecia uma eternidade. Tedioso diria. O elenco tentou salvar essa obra mas sem sucesso. Bem regular. É uma pena pois potencial tinha. Mas gostei da referência com a história real. Nota: 5,0
Livrai-nos do Mal (Deliver Us From Evil) - 2014 - USA - -🎥Direção: Scott Derrickson - visto no dia 24.10.22 >> Filme muito legal, não entendi a nota baixa de certos sites de avaliação de cinema, pois o filme tem suspense, terror e um clima assustador e de investigação policial bem interessante de acompanhar. >> A história tem um ritmo legal de acompanhar, trouxe uma dinâmica interessante entre os personagens, tem um tom misterioso e um terror bacana. Os protagonistas são carismáticos, um personagem tem o drama citado da sua vida pessoal, mesmo breve, mas que foi interessante mostrando mais humanidade da pessoa e de seu contexto de vida. >> Tem o clima sobrenatural e meio que assustador sim, apesar da história clichê e cheio de falhas narrativas (furos da história), mas o longa tem as suas qualidades e pontos positivos. Bem melhor que muitos outros filmes ditos como terror atualmente que são muito fracos. >> Terror atual bem ruim, enfim esse filme se sobressai sobre estes. Fala de monstros, espíritos (demônios) bem peculiares, um clima mórbido e assustador. Gostei dessa caracterização dos seres sobrenaturais, e o perigo que eles significam, mostram. O ponto negativo é o padre, o método e as técnicas de exorcismo que foram bem clichês, ruins, fracos. Um personagem que não tinha cara de padre, bem previsível e meio que sem carisma e chato. Exorcismo e seus andamentos foram bem exagerados em efeitos visuais, contexto e bem inverossímil ( bem fantasioso). Achei essas partes do exorcismo bem divertidas, mas obviamente que os efeitos especiais são artificiais e contexto raso e muito previsível mas o que não é previsível nesses filmes de terror de hoje em dia americano? A maioria em suma segue a mesma fórmula. >> Na obra tem um clima sombrio que foi legal, as locações também, partes da história são boas mas como falei, também já tem partes previsíveis, chatas e muito rasas ao longo do filme tem certas cenas assim. >> Um filme mediano, com altos e baixos. A duração é um pouco longa mas dá para acompanhar tranquilamente, o filme te prende mesmo assim. >> Se melhorasse a abordagem do exorcismo, tivesse mais criatividade, seria um maior destaque e o nível de qualidade seria outro. Enfim recomendo. Gostei da história em grande parte do geral. Recomendo ver. >> Como falei, comparado a muitos filmes mais atuais, é uma obra que se destaca e mesmo cheio de previsibilidade gostei. Tem coisas bem legais, bem feitas. Nota: 7,0
Caso 39 (39' Case) - 2010 - EUA - 🎥Direção: Christian Alvart - 2009 - visto no dia 23.10.22 >> Esse filme é legal apesar de ser mediano, pois as reviravoltas são muito forçadas, o contexto da história tem muitos furos de roteiro. >> Mas primeiramente enalteço a atuação da Renée Zellweger e Ian Mcshane, mas principalmente a atuação marcante, magistral da menina Jodelle como Lilith Sullivan. A menina com o olhar conta mil palavras, um olhar penetrante e dilacerante, assustador. A Jodelle Ferland rouba as cenas do filme. >> Mas apesar das boas atuações, no restante, o filme falha muito inclusive na narrativa, no roteiro cheio de furos na história. Igual a reviravolta que foi rasa, forçada e com muitos furos que não foram explicados, igual:
como a menina adquiriu seus poderes? Foi como algo hereditário passando de geração e geração? Algo genético, ou ela adquiriu o dom sobrenatural foi adquirido com o tempo? Como ela controlava os poderes? Como ela percebia a pessoa em um lugar específico de tão longe e de forma tão objetiva, precisa?
Nada explicado. >> Mas penso que deveria ter desenvolvido melhor sobre os poderes mas nada foi aprofundado. Outro ponto que me incomodei: A
não teriam um apoio sórdido, pois ninguém iria acreditar na história deles, do que a menina é capaz, eles ficaram a mercê da garota e considerados lunáticos para sempre, loucos.
Cada um tem o seu destino definido, trágico. >> Gosto da participação pequena mas marcante do grande ator Ian Mc Shane, como policial que ajuda no caso. >> Enfim, o
). O final do longa tem duas versões: um oficial do diretor, o outro alternativo. O final oficial penso que é o melhor pela justiça no contexto todo. O alternativo só se justifica pelo andamento do
ciclo que vai continuar pois indo para outra família, todo martírio, destruição irá continuar.
>> Um filme mediano como foi dito, cheio de furos e faltando explicações mas que é divertido de acompanhar, pois nos deixa ansiosos pelo que vai acontecer. Dá para acompanhar o filme e desligar o cérebro para assistir e ignorar os furos narrativos. >> No geral, foi legal de acompanhar, é a ideia é criativa, pena que não foi tão bem executado. Nota: 6,5.
Orfanato (El Orfanato) - 2007 - Espanha - 🎥Direção: J.A.Bayona - visto no dia 23.10.22 >> Um grande exemplar espanhol que envolve uma amizade imaginária. Amigo imaginário. Claro que pensamos primeiramente em ser brincadeira de crianças que imaginam, sonham muito ou que são solitárias. Mas nesse caso é mais do que isso: é um contexto assustador na qual todos estão envolvidos e tudo tem culpa de um
que pode ocorrer com qualquer um. >> Mas o suspense do filme espanhol é muito bem conduzido, prende atenção, uma história simples mas bem feita. >> Tem um furo ou outro mas no geral foi uma obra de qualidade. A atriz mãe do menino protagonista foi a melhor personagem do elenco, demonstrou emoção, multifacetada e com carisma, onde torcia pelo sucesso do personagem. Diferente do seu marido que é antipático, chato. >> Gostei da fotografia, das locações, do tom do lugar que era de destaque em meio a uma ilha que significava um bom refúgio. Lugar fortalecia para um bom ambiente para um orfanato. Gostei das citações do passado. Só poderia ter sido mais mostrado, construído. >> O final foi emocionante que pode confundir o público, mas não custa nada rever para entender. O seu significado para o
espírito das crianças ali, a investigação paranormal ( que aqui foi um ponto positivo) que mostrou a essência do que realmente aconteceu, acontecia coisas estranhas como barulhos, sinais de crianças espalhadas na casa. Um significado das infestações, manifestações sobrenaturais.
>> Adorei a participação de Edgar Vivar, uma lenda mexicana que fez o famoso Chaves e Chespirito. >> No geral, muito bom exemplar espanhol que teve pequenas falhas na condução de certos personagens, poderia focar um pouco mais no sobrenatural. Mas grande filme espanhol disponível na Netflix. Me surpreendi positivamente. Nota: 8,0.
See You (A Espreita do Mal) - 2019 - USA - 🎥Direção: Adam Randall - visto no dia 21.10.22 >> Gostei muito do filme. Ele é suspense de qualidade da Netflix. >> Incrível que pareça, a Netflix fez um filme bom (brincadeira a parte), de suspense, onde nos deixa tensos com o que vai acontecer em seguida, em cada acontecimento, no andamento do filme. >> Ficamos curiosos, ansiosos pelo que vai acontecer em seguida e isso o filme acertou em cheio. >> Igual na questão dos jovens atores que entregaram uma grande performance igual: Owen Teague que teve uma das melhores atuações com um personagem que não é maniqueísta, onde no começo
nós não gostamos das suas atitudes e do que ele faz na casa do policial,
mas após uma grande reviravolta bem construída e surpreendente, nós começamos a entender o personagem, ter empatia e simpatia pelo mesmo, começa a torcer por ele por todo aquele contexto que o filme nos apresenta. É uma mudança brusca e bem feita entre o conceito dos personagens entre vilão x bonzinho (mocinho) daquela análise: pessoas boas e aquelas que são realmente perturbadoras da história. >> Após a reviravolta, temos um final meio morno, mas que a trajetória do filme compensa bastante pela história e seus desdobramentos que ocorrem durante o período. >> Aqui cita o
que no começamos pensamos que seria uma coisa mas na verdade é outra. Afinal, faz pensar: uma cidade interiorana, pequena que não tem muita violência e é tranquila, pode-se ampliar a lista de suspeitos para até a família, mas aqui faz sentido o
>> Pois é aquele que sabe tudo da investigação e sabe esconder melhor as pistas que poderiam surgir ao longo do caminho. >> Gostei dessa narrativa pois atiça a imaginação do telespectador perante ao que acontece no decorrer da história. >> O restante do elenco também foi muito bem como a veterana atriz a Helen Hunt. Claro que seu filho foi o personagem mais apagado, mais sem graça. Gostei da Libe Barer onde mostrava uma pessoa lúcida, consciente, inteligente diferente do seu amigo. >> Outro ponto: o termo phrogging foi bem explorado e não tinha conhecimento desse assunto antes de ver o filme. Nunca tinha ouvido falar. Imagine uma pessoa estranha vivendo na sua casa às escondidas e você nem sabe e isso ocorre frequentemente no dia a dia da sua casa. Bizarro demais. O filme mostra isso de forma até natural: mostrando uma filmagem feita em câmera na mão deles na casa, mostrando
descobrem o lado podre do patriarca mas alguém tinha que pagar o preço, pela burrice da personagem Mindy e a impactante resolução.
>> O filme tem um clima mórbido, cheio de suspense, mistério misturado com um ar sombrio que é envolvido em toda obra. >> >> Gostei bastante desse exemplar do Netflix e recomendo. Só penso que poderia ter explorado mais os planos de
4:44: O Fim Do Mundo
2.6 99 Assista Agora4:44: O fim do mundo - 2011 - USA - 🎥Direção: Abel Ferrara - visto no dia 02.01.2023
>> Willem Defoe é um sinônimo de grande ator, mesmo que algumas das suas obras sejam ruins, ele consegue se destacar. Aqui nesse filme muito fraco ele é o único que se salva. O resto nem focar, focou e quando focou foi com cenas desconexas, aleatórias e vazias em todo seu sentido.
>> O filme nos quis mostrar a sensação de fim de mundo e para mim foi um fracasso total. Muito fraco, muito raso e o tema tem tanto potencial mas que aqui foi muito desperdiçado.
>> O filme é muito parado em cenas desconexas no casal artista, onde tenta mostrar o sentimento, o pensamento deles referente ao fim do mundo, mas foi muito mal explorado.
>> No fim, tudo é entediante e maçante. Do nada aparece pessoas, depois somem rapidamente, a TV interminável falando da notícia do fim do mundo, e uma parte de um
monge budista refletindo sobre a vida e seu contexto
>> Ambientação no apartamento foi horrível, pois seria bom mostrar um pouco da reação das pessoas no bairro e nem isso mostrou.
>> Como o foco foi na personagem de Willem Defoe e Shanyn Leigh que é uma atriz linda, mas aqui nesse filme foi totalmente desperdiçada: personagem vazia, rasa e saímos da sessão sem saber dela nada direito. Ok, ela é artista plástica mas e o resto? O filme tem uma longa cena de ela
transando com o marido, e ela pintando e falando,
>> O personagem de Willem Defoe foi totalmente superficial. O ator se esforçava em trazer desespero, caos no cotidiano do seu protagonista e também no ambiente do filme mas com um roteiro porcaria desse tudo foi em vão. O diálogo que ele teve com a filha biológica foi também uma das poucas cenas que prestaram pela construção da conversa em si.
>> Nem vou falar do contexto do fim do mundo pois o que diretor quis mostrar, foi totalmente desconexo e sem criatividade e um fracasso. Um tema com tanto potencial, pois se tivesse melhor construção com um bom drama, seria um filme melhor.
>> Não entendi a duração: para que ser tão curto? Em duas horas e meia poderia fazer um grande filme. Enfim, desperdício de tempo infelizmente. Pontos para o Willem, diálogo com a filha, e a TV. Realmente muitíssimo pouco. Decepção.
Nota: 1,5.
Eternamente Jovem
3.5 166 Assista AgoraEternamente Jovem - USA - 1992 - 🎥Direção: Steve Miner - visto no dia 01.01.23
>> Mel Gibson em boa forma, em alta onde fez muito sucesso nos anos 80 e 90 com inúmeros filmes: Mad Max, Máquina Mortífera, Coração Valente e aqui ele estreia em um filme que imagino ficou meio no esquecimento.
>> Não que o filme seja de todo ruim mas tem muitos furos de roteiro. Arcos mal adaptados. Igual: a
condição de ele ficar entubado na geladeira, na máquina e depois acordar jovem por mais de 50 anos e depois envelhecer rapidamente?
>> Conveniências de roteiro são cheias, e o final foi meio forçado para realçar um final feliz para os protagonistas. >> Gostei do começo onde retrata décadas passadas nos anos 1939 (todo o contexto dessa época, inclusive vestimenta, características em geral) são interessantes. Além do retrato do mundo da aviação que algo que sou apaixonado, gosto muito.
>> Aqui destaco o elenco que tem grande sintonia entre eles: Mel Gibson, Elijah Wood, Jamie Lee Curtis ( aqui linda, diva, tendo maior destaque na carreira na franquia slasher Halloween, e filmes de comédia). Aqui está bem a vontade, no seu auge, fazendo uma personagem feminina forte, firme e com péssimo histórico de
namorados
>> Mel Gibson faz um personagem carismático, onde nos identificamos com a sua dor, Elijah Wood fazendo um personagem infantil encantador, inteligente mostrando que o destaque na atuação é desde de pequeno no começo da carreira.
>> O filme mostra uma ótima química entre os personagens de Mel Gibson e Elijah Wood.
>> A história em si tem esses atrativos como também mostra o choque cultural de ele estar em um mundo totalmente diferente da sua época, poderia ter explorado mais isso, pois foi pouco. Tenta desvendar o que houve
com a sua namorada, coletar informações sobre seus amigos
>> As investigações ao longo do tempo nos deixa curiosos com o que vai acontecer. Resumindo: mesmo o filme sendo mediano, mas é muito divertido, leve e com belas cenas onde o
Daniel ensina o Nat como funciona e como faz para ligar uma aeronave
>> Pena que teve partes mal desenvolvidas e cortadas do nada sem um contexto bem feito senão seria um filme melhor sem dúvidas.
Nota: 6,5
Platoon
4.0 624 Assista AgoraPlatoon - 1986 - USA - 🎥Direção: Oliver Stone - visto no dia 27.12.22
>> Adorei o filme de Oliver Stone. Filme realista, mostra as mazelas da guerra como realmente são: sem heróis, sem patriotismo, sem aquele sensacionalismo que estamos acostumados. Aqui a guerra do Vietnã foi retratado de forma nua e crua, onde toda pessoa pode tomar péssimas atitudes e boas atitudes dependendo da circunstância.
>> Aqui há o confronto ideológico entre os dois sargentos: Barnes e Elias, onde são pessoas totalmente diferentes: um é brutal, sanguinário e o outro é idealista, pacifista. Dois sujeitos que há um confronto de mentes e ideias.
>> Gostei das cenas impactantes e cruas onde mostra o verdadeiro horror da guerra: a crueldade, destruição, violência sanguinária e profunda.
>> Charlie Sheen fez um grande trabalho como soldado Chris que é um idealizador, sonhador e deseja seguir uma tradição de família ao servir seu país no exército como pai e o avô. Willem Defoe fez um grande trabalho como o restante do elenco.
>> Trilha sonora e fotografia impactante e são registros que marcam a história que retrata. Penso que foi o filme mais fidedigno que vi sobre o Vietnã, claro que preciso ver outros.
>> Aqui fala dos sonhos dos soldados, suas vidas e seus lemas e sua esperança. Um retrato fiel, real dos soldados onde não há heróis e nem nada.
Nota: 9,0
A Farsa
3.3 11A Farsa - França - 2022 - 🎥Direção: Nicolas Bedos - visto no dia 15.12.22
>> A Grande Riviera é um lugar ensolarado cheio de pessoas sombrias. Essa frase sintetiza muito bem o clima do filme em que nos mostra personagens que vivem em um lugar luxuoso, em um ponto turístico por ter uma paisagem deslumbrante da natureza aliada à arquitetura urbana, habitado apenas pela elite.
>> Aqui a história gira principalmente em quatro personagens que estão envolvidos em uma trama cheia de consequências e surpresas para todos. Martha (Isabelle Adjani), uma atriz conceituada e reconhecida na sua área, que tem renome. Porém está muito tempo sem pisar nos palcos e está vivendo uma nova vida de divorciada após descobrir uma traição do seu ex-marido. Ela vive no conforto tentando se conformar com a separação. Mas isso tem sido um martírio para Martha, pois ela
se sente mal, frustrada e fica colecionando gigolôs na tentativa de esquecer o seu casamento.
>> Sendo assim, em paralelo há também Simon, herdeiro da corretora de imóveis da sua família e que tem muitos problemas em lidar com seus colegas de trabalho e com o empreendimento. Os dois são alvos de Adrien e Margot.
Um casal que vive uma paixão acalorada e que tem como objetivo dar o golpe do baú em Simon e Martha.
>> “A Farsa” começa com um recurso interessante, logo de cara somos expostos a um acontecimento impactante, Margot
levando um tiro no ombro
>> No filme, Margot se aproxima de
Simon fingindo ser uma compradora do apartamento, tudo isso com a ajuda da Júlia, que é uma outra mulher frustrada pois foi expulsa do próprio empreendimento que construiu. Ela usa as suas artimanhas para conquistar Simon e ganhar a sua confiança e dar o xeque-mate, um divórcio milionário. O mesmo acontece com o gigolô Adrien que dedica seus dotes sedutores à Martha tentando se aproveitar de sua fragilidade.
>> O longa apresenta um painel de personagens muito claro, dois são vulneráveis e os outros dois aproveitadores. Martha e Simon são colocados como vítimas, alvos fáceis para uma escalada social, mas isso é tão marcado que chega a ser clichê. Usam todos os elementos possíveis, a femme fatale, sedução, planos mirabolantes para personagens ingênuos.
>> A falta de manejo com tais recursos impediu um pouco a identificação com o público, pois são caricatos, parte de uma satirização sem humor e sem nenhum fio de empatia. Simon, por exemplo, poderia ter seu backstory e relação familiar mais explorado, já que é essa a razão de todo seu problema, já Martha, que tinha um enorme potencial de sobressair em meio sua fraqueza, nessa configuração, torna-se apenas uma mulher histérica cheia de birras.
>> Talvez o que seja o maior acerto é a estrutura do filme que vai sendo montada como um quebra-cabeças. Ou seja, não muito difícil, a partir dos depoimentos no julgamento, investigação do caso em andamento e ponto de vista das testemunhas e dos advogados. Além dos artifícios técnicos como a trilha sonora e fotografia que montam uma atmosfera incrivelmente viva, contrastando com o clima pesado dos personagens.
>> Outro ponto interessante é como a juventude é trabalhada no filme. A busca pela vitalidade é a grande tônica do longa que explora isso muito bem com as lembranças de Martha e vigor de Simon em ser desejado por uma mulher jovem. É mais que sexual, é um entusiasmo que ficou no passado, mas que é acionado o tempo todo por essas pessoas através da memória de forma melancólica.
>> Em suma, o que me leva a outro (e último) ponto não tão interessante é que não há comédia nesse filme. Há uma tentativa frustrada em tirar risadas do público, mas não há nada que possa ser texto de humor inteligente, mas sim um melodrama tal qual ele é: mediano.
Nota: 6,5
Crítica postada no site de cinema: Pipocando Notícias. Minha crítica. Orgulho.
As Pontes de Madison
4.2 840 Assista AgoraAs Pontes de Madison - 1995 - 🎥Direção: Clint Eastwood - USA - visto no dia 09.12.22
>> Primeiramente eu nunca fui muito fã de filme de romance, mas esse me surpreendeu de forma muito positiva, fiquei dias refletindo sobre a obra, os seus personagens e todo seu contexto.
>> Foi um impacto profundo em mim, nenhum filme de romance havia me causado isso. Até chorei, pois é uma coisa rara de acontecer comigo, pois a conexão com os personagens foi muito profunda, senti na pele o que eles passaram. Quem nunca se apaixonou alguma vez na vida, teve momentos mágicos com essa pessoa? Momentos passageiros curtos mas que foi fantástico? Tive algumas vezes e foi muito impactante por conta disso, o filme me fez relembrar essas doces e passadas lembranças, que eu vendo hoje, foram bons momentos, mesmo que a gente se decepcione algumas vezes.
>> Mas não só por isso que eu gostei muito do filme, mas também de toda a sua construção.
>> Quando assisto filmes de romance sempre sentia falta de algo, algo que não ficava bom e assim a qualidade da obra também decaía junto: um casal sem sal, atores fracos, um romance sem química, sem construção, ou um roteiro sem inspiração, sem criatividade, simples demais, previsível demais, igual uma receita de bolo que já sabemos o seu andamento. >> Tudo bem usar as mesmas fórmulas, mas tenta se diferenciar um pouco, saia do comum, tenta trazer algum elemento diferente. E foi o que essa obra aqui fez.
>> Eu entendo o romance americano como um poço de previsibilidade, clichê, chato, nada empolgante, mas aqui nessa obra, tudo me surpreendeu positivamente e a sua história pode acontecer com qualquer pessoa, já aconteceu e acontecerá outras vezes.
>> Aqui Clint Eastwood e Meryl Streep fizeram personagens marcantes, únicos e bem carismáticos. Meryl Streep na flor da idade, jovem, simpática, carismática. Sua rotina no dia a dia é muito bem retratada. A vida simples, rural. O fotógrafo trouxe um elemento que foge do comum, o inusitado, o novo, diferente do seu marido, fiel, mas muito tedioso, chato. Nós as vezes se trombamos com pessoas que impactam a nossa vida profundamente, foi o que aconteceu com a personagem de Meryl Streep, (Francesca Johnson). A curta vivência dos dois sintetizou a grande química entre eles, paixão acalorada, fuga da rotina comum, sensualidade de Meryl Streep, a postura confiante do personagem de Eastwood, todo esse cenário.
>> Isso é um romance de verdade, muito bem construído do começo ao fim, elenco muito bem, inclusive os filhos da (Francesca), os coadjuvantes. Os filhos também aprendem sobre a história da mãe, isso é uma oportunidade para reanalisar as suas vidas, os seus casamentos para ver se realmente fizeram a escolha certa na vida deles.
>> Espero isso de um filme: que me surpreenda, conta uma boa história, independente do tema, mas mesmo não sendo muito chegado a romance, esse filme foi além do que espero no romance. Foi além das minhas expectativas.
>> Que bela fotografia, que belo lugar simples mas cheio de significado, poesia do campo. Ótimo cenário para um belo romance. No fim ficarão as nossas histórias, memórias para os descendentes, como aconteceu aqui. >> A narração através do diário trouxe mais emoção a história, sobre o passado dela, das suas experiências transmitidas na narração, no diário com muito sentimento.
>> O fim é triste, sutil, reflexivo.. grande encerramento que mostra que a vida segue em frente.
>> Direção excelente de Clint e isso mostra a sua versatilidade e da Meryl em trabalhar gêneros diferentes no cinema. A cena da
maçaneta
Nota: 10,00
O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraSacrifício do Cervo Sagrado - Irlanda/Reino Unido/EUA - 2017 - 🎥Direção: Yorgos Lanthimos - visto no dia 05.12.22
>> Vou fazer minha simples interpretação da obra, mas primeiro, sempre gostei da forma como Lanthimos dirige seus filmes: personagens fora do convencional, alguns desprezíveis, outros estranhos, distantes como nesse filme. Personagens cheio de mistérios, fraquezas.
>> Além dos personagens, clima, ambiente da história, é mórbido, estranho e macabro também, esquisito. Esse ar o Lanthimos traz muito bem. A composição, as cores enquadramentos de câmera que aqui mostra como os personagens estão sufocados, vulneráveis naquele ambiente, principalmente o doutor Steven Murphy. Além do arco principal que é o convívio familiar da família Murphy, uma família estranha, fria, distante e não tem abertura direito para a simpatia, sentimentos.
>> E de repente entra em cena o Martin, um garoto estranho também, que tem diálogos e atitudes estranhas que aqui se torna o deus grego do destino, pois a obra ela é aberta a várias interpretações, gostei disso aqui, mas Lanthimos pegou como referência a peça teatral grega "Ifigênia em Áulide" de Eurípides, e imaginei o seguinte: tragédia grega, pois é característica da tragédia ter muita tensão ao longo da trajetória dos personagens (como ocorre no filme), final trágico ( como ocorre no filme), e aqui manipulado pelos deuses, o seu destino estava traçado e não tinha escapatória (como no filme). Então a obra segue essa estrutura narrativa. E curti muito essa referência da mitologia grega.
>> Mas como muitas obras, ela aqui tem seus defeitos: tem cenas que agregaram nada, a duração do filme é longa, tem algumas cenas que se tornam arrastadas.
>> Não explicou um detalhe que senti falta: como
Martin fez os personagens perderem os movimentos das pernas? Pode um poder do Martin que foi jogado nos personagens, não foi mostrado?
>> O final foi excelente: perturbador, impactante, uma tragédia mortal. Ótima finalização, só solidificou sobre o destino, tragédia grega.
>> Recomendo o filme, mas ele não é indicado para o público comum de cinema. tem que ter sensibilidade, está aberto ao diferente, ter paciência mesmo com partes arrastadas, pensar de forma mais profunda, esse filme ficou em aberto para cada pessoa ter a sua análise, sua concepção sobre a obra. Vale a pena.
Nota: 8,0
The Bay
2.8 174A Baia (The Bay) - USA - 2012 - 🎥Direção: Barry Levinson - visto no dia 04.12.22
>> Um found footage muito bom: todo o contexto da história bem desenvolvido, bem contado, bem bolado, criativo, mesmo o assunto já ter sido abordado várias vezes: uma infecção generalizada que afetou uma população em geral de uma cidade americana em Claridge, Maryland, suas consequências disso foram bem arquitetadas.
>> Aqui quando o caos é instaurado, a correria para lá e para cá ocorre, é muito real, tenso. O tom de documentário no filme dá muito certo: o estilo de câmera na mão, trouxe um realismo que brinca com o público se isso não passa de ficção ou realidade.
>> Tem o estudo dos parasitas, a conexão com a água (mesmo essa parte soando meio forçada, pela questão
das fezes do frango
>> Também mostra que imprevistos podem ocorrer, e vírus podem surgir a qualquer momento, que estamos sujeitos a várias variáveis que pode nos levar a morte.
>> Aqui o cenário da cidade em caos, com quase todos transformados, o silêncio, todo ambiente é aterrador. Só não explicou direito o
porque algumas pessoas sobrevivem
>> Elenco esforçado, o contexto da jornalista ficou bem encaixado, fez sentido, deu um bom ar de mockumentary.
>> Grande achado. Tem muitos filmes desconhecidos do grande público que são ótimos, esse é o exemplo.
Nota: 8,0
Noites Brancas
4.1 61Noites Brancas - ITA - 1957 - 🎥Direção: Luchino Visconti - visto no dia 03.12.2022
>> Gostei muito do filme de Lucchino Visconti. É uma adaptação de uma obra de um grande escritor russo: Fiodor Dostoievsky, uma obra literária na qual não li ainda e dizem que é impactante e a obra de Lucchino recebe críticas mistas em nível de adaptação, mas no geral a adaptação é boa.
>> Aqui é impressionante a influência do neorrealismo italiano na obra cinematográfica, uma obra que retrata o realismo social como se insere esse movimento artístico italiano que surgiu pós segunda guerra mundial que retratava além do realismo social, retratava também a representação das dificuldades econômicas, aqui tem esses elementos no filme, na cidade de Livorno.
>> Mas a história principal é simples: uma novela de Dostoievsky que fala de amor não compreendido, não correspondido, de sonhos, desejos, ingenuidade da moça Natália perante a vida, perante ao sonho inocente sobre o casamento. Mario que também tem um desejo ingênuo, repentino nessa moça que conheceu na ponte de Livorno.
>> Aqui mostra o lado emocional, irracional de Mário, pois a paixão cobre a razão, perdemos o senso de realidade. Estava na
cara que ele não ficaria com a moça, mas o caminho até o fim da obra é ao mesmo tempo sonhador, apaixonante, imaginativo e cheio de desejos
>> Um realismo que não podemos esquecer, que pode acontecer com qualquer um. Natália se
manteve leal a promessa mesmo tendo nada como garantia, Mario se iludiu por uma mulher que viu na esquina
>> Filme com andamento lento mas importante para a construção simples da história da obra, além de cenários realistas e muito bem construídos.
>> Marcello Mastroianni teve uma atuação forte, marcante como Mario, mas uma pena que não sabe uma lei que todo homem deveria aprender: mulher sabe mentir, mente bem. E aqui ele
se iludiu, se enganou, foi enganado e ficou sozinho largado.
>> Atriz Maria Schell faz uma típica personagem da época só que essa daqui tem características insuportáveis: muito chata, sonsa, ingênua demais, e além de manipuladora e mentirosa, aproveitadora. Ela não
sabe o que quer em muitas partes do filme, não sabe expressar seus sentimentos muito bem, e ela é um mar de confusões e de esperança para se ter um casamento em um futuro próximo. Ela não foi clara com o Mário sobre seus sentimentos, deixou o cara se iludir ainda mais, mesmo ele sendo meio tapado
>> As cenas de
dança na danceteria (no bar) são sensacionais onde tinha vários ritmos diferentes incluindo Rockabilly anos 50 e música romântica
>> Gostei tbm da estética, direção de Visconti que é um dos maiores diretores italianos dos anos 50 para frente. >> Ele é um dos diretores italiano que mais gosto.
>> Recomendo esse sensível filme, muito reflexivo, muito interessante. Isso é cinema de verdade também.
Nota: 8,0
O Retrato de Dorian Gray
3.2 1,5K Assista AgoraRetrato de Dorian Grey - 🎥Direção: Oliver Parker - 2009 - USA - visto no dia 03.12.22
>> Filme bom, mas esperava mais pelo seu contexto, pelo conteúdo e sua abordagem. Teve cenas que foram rasas, não agregaram nada na trama, faltou um desenvolvimento melhor.
>> a temática do filme não foi tão bem aproveitada, teve cenas mal aproveitadas, mas no geral teve momentos que renderam bem, a moral e a mensagem, a crítica principal do filme funcionou bem: A pintura era apenas um 'espelho' ou um 'reflexo' do tipo que pessoa era Dorian, no que se tornava: um ser mesquinho, raso, corrupto, um ser desprezível. E com o tempo, sua situação piorava,
se agravava e ele sofria as consequências pela assombração do quadro e o envelhecimento.
>> Então o filme questiona vários pontos: a corrupção na nobreza, da elite, narcicismo de Dorian em manter a sua imagem eternizada, a juventude, medo e horror ao envelhecimento, a personalidade do protagonista, manipulação estridente que nele é evidente, e outras características humanas como a vaidade, sede pelo poder, orgulho. Tudo isso vemos no Dorian Gray mas uma pena que o seu histórico, da maldição como dito, não foram aprofundados, bem construídos. Penso que o protagonista salva o filme, a sua personalidade muito bem interpretada por Ben Barnes, um pouco da maldição que teve seu mistério, umas coisas surpreendentes no caminho referente a isso.
>> Adorei o final do filme, bem interessante e foi uma boa reviravolta na história, boa finalização.
>> Os efeitos visuais do filme é o destaque, como as partes técnicas, elenco entregou bons papéis, mas penso que os personagens coadjuvantes não foram tão bem aproveitados, tirando o protagonista e um ou outro personagem, a maioria dos personagens menores foram descartáveis.
>> Mesmo assim recomendo ver. Tem cenas interessantes, tem partes reflexivas e bem atuais. A ideia foi criativa, fora do comum ao associar uma pintura como espelho da personalidade e o reflexo da decadência do protagonista. Bacana. Imagino que o livro seja mais detalhista, se aprofunde melhor no universo de Dorian.
Nota: 6,5
Creep
3.1 505 Assista AgoraCreep - USA - 🎥Direção: Patrick Brice - 2014 - visto no dia 01.12.22
>> Uma grata surpresa que descobri: um found footage tenso, eficaz, muito bem feito do começo ao fim, carga dramática, preocupação no filme todo, pois ele deixa apreensivo para a próxima cena a seguir.
>> O protagonista segue o molde dos personagens de filme de terror: ele é burro, lento, ingênuo. Aqui o personagem tem até carisma, mas ele é raso, mas ele cumpre o que promete dentro desse tipo de terror: uma vítima em potencial, faz todos tipos de atitudes negativas, muito vulnerável, ingênuo.
>> A isca do serial killer louco foi bem bolada: nada como o dinheiro para atrair uma pessoa em potencial, e elogio muito o trabalho de Mark Duplas, ele é um grande ator aqui, interpreta um cara perturbado, louco, psicopata, cruel, bom mentiroso compulsivo que faz de tudo para manipular e conseguir o que quer, deixar as vítimas vulneráveis e em estado de choque, pois o conforto,e a gentileza que ele oferece é apenas uma máscara de bom moço para manipular e realizar suas verdadeiras intenções. Um personagem complexo, incrível, perigoso. A gente não tem a mínima ideia dos seus passos seguintes, ele é imprevisível, aterrorizante. Uma pena que o filme não desenvolveu muito seu histórico mas sem dúvidas é um grande vilão.
>> Fiquei sabendo que o Mark Duplass também é produtor executivo, trabalhou na série Room 104 como produtor e é o resultado da produção ficou muito bom, mesmo com os percalços. Aqui no filme, contexto foi muito bem abordado. Até o coadjuvante fez um bom papel dentro do proposto.
>> Adorei a ambientação do local do filme, ele aparenta ser confortável, aconchegante, convidativo mas no fundo ele esconde um mistério, se transforma em um lugar assustador, sufocante, labirinto mesmo.
>> O final foi cru, visceral, mostrou realmente a ingenuidade e brutalidade dos personagens. Enfim, tensão, por ser found footage, trouxe um maior realismo nas cenas. Gostei bastante. Recomendo.
Nota: 9,0
Vida de Inseto
3.8 990 Assista AgoraVida de Inseto - USA - 🎥Direção: Andrew Stanton, John Lasseter - 1998 - revisto no dia 01.12.22
>> Adoro essa animação, ela marcou minha infância, pois quando vi pela primeira vez, foi impactante: na infância, vendo insetos em geral na tela, carismáticos, simpáticos, é bem legal e divertido.
>> Gostei da adaptação de vários insetos, da sua caracterização, da concepção dos insetos, da sintonia entre eles, da simpatia e a história entre eles.
>> Muito legal as formigas, aqui simpáticas, muito organizadas em seu trabalho, bem adaptadas em tela, são super interessantes, e a interação entre elas é muito dinâmico, pura fofura, simpatia.
>> Tem os vilões, suas características clichês mas super divertidos, e suas ações em cima das formiguinhas são engraçadas, ficam furiosos, aproveitadores em cima deles. Marcantes.
>> Claro que é um dos filmes mais marcantes da Pixar, é legal mas não fez tanto sucesso quanto os outros da mesma produtora, infelizmente é uma pena, pois o filme é muito bom. Mas infelizmente ficou meio esquecido pelo público, a geração atuou não conhece essa animação infelizmente, pois a sua mensagem social, o seu contexto é bem contado, animação divertida, bem produzida, mas penso que tem certos pontos que tinha que melhorar.
>> Rever foi uma nostalgia incrível, adorei. E destaco a dublagem brasileira, que foi excelente no filme inteiro, ótima dublagem. Filme que compensa muito.
Nota: 8,0
Seca
3.3 3Siccita (Seca) - Itália - 2021 - 🎥Direção: Paolo Virzì - visto no dia 26.11.22
>> Primeiro, gostei do filme: tem uma temática muito interessante, importante e muito atual, que pode acontecer no mundo todo: falta de água.
>> Aqui fala da seca e suas consequências na vida social, política, econômica em um país de tão expressão no continente europeu. O filme imagina como seria a seca nos dias atuais, quão caótico seria na Itália e imaginando isso em outros países, seria caótico da mesma forma.
>> Você ver as consequências da falta da chuva, afeta todo mundo na cidade. Aqui fala das restrições, das proibições, da rigidez por estar em uma situação de muita emergência que vive o país: controle de água para cada pessoa, multa por uso impróprio etc. Fala também de pessoas que agem como donas da água etc...
>> Legal que o filme fala de vários personagens, pessoas distintas que são afetadas pelo mesmo problema: jovens, idosos, crianças, como cada pessoa vive a sua situação distinta, preocupante.
>> Gostei em como abordou o uso das redes sociais em um senhor, de forma totalmente desproporcional, exagerada, pois o mesmo vivia em uma realidade paralela. E aliás o filme trabalha bem a comédia na maioria das cenas. Foi uma comédia, sátira inteligente e com um tema bem atual.
>> Gostei esteticamente do filme...
>> O único ponto negativo do filme são os próprios personagens: são rasos. Alguns tem carisma, mas são rasos. Mas tirando isso, bom filme sem dúvidas. Simples, longo em duração, mas um contexto importante, muito válido para reflexão e análise.
>> Foi uma grata surpresa do festival de cinema Italiano.
Nota: 7,0
Coração de Caçador
3.4 42 Assista AgoraCoração de Caçador - 1990 - USA - 🎥Direção: Clint Eastwood - visto no dia 24.11.22
>> Difícil falar desse filme, fico em conflito. Mas na minha humilde percepção, eu achei o filme mais chato, mais fraco do Clint Eastwood.
>> Protagonista é chato, egocêntrico, rabugento, tornando a experiência com filme, chato e difícil de terminar.
>> Roteiro é desinteressante, fraco, não me cativou, a história é simples, mas é um simples mal feito, forçado, raso: o cara fica encantado com o continente africano, só pensar em matar elefantes do que rodar o filme, fazer as filmagens em um lugar peculiar. Algumas cenas chatas de aguentar.
>> Clint deu show atuando, até nos diálogos parecidos com o jeito de falar do diretor John Huston, pois o filme é sobre o diretor e suas experiências na África. Mas o que falhou foi o roteiro mesmo, andamento do filme, chatice do protagonista em algumas ocasiões, cenas rasas que nada agregaram no contexto geral. O restante do elenco foi bom suporte mas apagados.
>> Fotografia exuberante, um lugar diferente e incrível, e gostei das referências a Katharine Hepburn, à Humphrey Bogart, ao diretor, alguns diálogos e só.
>> Gostei do diálogo do começo apenas sobre fazer cinema, questão autoral, comercial, que teve essa reflexão mas no geral foi maçante, decepcionante por ser do Clint pois ele tem excelentes obras, fiquei na expectativa. Mas não é possível acertar sempre e é natural.
>> Filme foi fracasso em bilheteria nos anos 90.
Nota: 5,0
Annabelle
2.7 2,7K Assista AgoraAnnabelle - USA - 🎥Direção: John R. Leonetti - 2014 - visto no dia 20.11.22
>> Filme fraco. Não tem quase referência da boneca original, não gostei da caracterização dessa boneca, ela é feia, esquisita mas nada assustadora, comparada a boneca de pano original.
>> A história tem algumas referências na realidade mas no gerou impactou pouco, rendeu pouco, foi decepcionante, problema que fui com expectativa, pois conheço a história real da boneca e estava ansioso para ver esse universo no cinema, uma pena que a adaptação foi medíocre e não faz jus a lenda, ao aterrorizante terror que a história real, sua lenda criada, se tornou famosa.
>> O roteiro é fraco, não aproveitou a potência que a história real poderia proporcionar. Elenco fraco sub aproveitado.
>> Tentei gostar, gostei de algumas referências na realidade mas ao longo do tempo a história foi decaindo, ficou fraco demais.
>> As cenas de terror é muito previsível, sem graça. Mais um terror genérico dessa remessa de filmes fracos americanos. Hollywood desaprendeu a fazer terror há um bom tempo.
>> Partes técnicas foram bem, fotografia bem feita. Mas o principal não funcionou infelizmente.
Nota: 3,0
Vida e Morte de uma Gangue Pornô
3.4 38Vida e morte de uma gangue Pornô - 2009 - Servia - 🎥Direção: Mladen Djordjevic - visto no dia 17.11.22
>> Fiquei sabendo desse filme nos vídeos do Getro, no quadro: Os filmes mais perturbadores do Planeta, resolvi assistir, pois fiquei muito curioso em saber se realmente o filme diz ser o que é ou era apenas marketing para fisgar o público.
>> Mas pelo que vi, realmente é um filme totalmente fora do convencional, tem cenas perturbadoras, impactantes, com ótimas críticas explícitas, fortes sobre vários assuntos: indústria pornográfica e seus meandros, o mundo sombrio do ser humano, quão longe ele pode chegar em sua loucura para conseguir o que quer.
>> Além da crueldade humana muito bem citada, aqui a questão sexual é bem evidente, falando do instinto humano, a nossa versão mais animalesca, em busca pelo prazer carnal.
>> Cita como o ser humano se sujeita, se humilha, se entrega pelo dinheiro, pelo desespero:
as pessoas se matando, cometendo suicídio para deixar um pouco de dinheiro para família ou alguém e querer morrer para deixar a miséria de lado.
>> Gostei da citação, desenvolvimento da história por trás de um diretor que busca fazer seu primeiro longa metragem, de repente ele entra em um experimento diferente.
>> O diretor do filme disse que é uma crítica política forte, mas o filme compensa: muito bem feito, dirigido, seu conteúdo é bem estrutura, todas as cenas fortes tem um bom contexto por trás, enfim, para quem é fã do gênero, vale muito a pena. Só os personagens, alguns, são rasos e desinteressantes mas no geral é um filme muito bom, ótimo achado. Servia tem ótimos filmes dentro do cinema extremo europeu.
Nota: 8,0
O Misterioso Assassinato de Uma Família
2.9 187 Assista AgoraMisterioso assassinato de uma família - 🎥Direção: Fernando Barreda Luna - México/Espanha - 2010 - visto no dia 16.11.22
>> Gostei muito do filme, pois o found footage é o meu estilo favorito do subgênero de terror.
>> Esse filme tem uma temática muito interessante, pois tem um ar de sobrenatural, mistério, tensão, principalmente prende a atenção, perto do final foram as melhores cenas do filme, uma reviravolta muito bem construída e surpreendente.
>> Mas penso que quem esperava algo mais sobrenatural, meio que se decepcionou um pouco. Mas o seu final foi algo bem construído, faz sentido.
>> A primeira hora do filme, segue a estrutura da história comum do found footage: vai mostrando dia a dia comum dos personagens, coisas corriqueiras, rotina para adentrarmos na vida dos personagens.
>> Gostei quando abordaram a Lenda da Garota na Floresta Garraf, seu suposto local de assombração: lugar assustador, caótico, fácil de se perder, clima mórbido.
>> Os atores entregaram boas atuações: a mãe entregando uma personagem esquizofrênica e maluca, totalmente fora de si. E teve mortes violentas, sangrentas, marcantes.
>> O problema é que o filme demora para ficar bom, enrola no relato, nas filmagens cotidianas onde teve algumas cenas que nada agregaram.
>> Estética realista do found footage traz maior tensão, qualidade na obra, mesmo com a sua instabilidade, é uma obra legal, que tem grandes elementos, história com um ambiente bem criado, tem terror com elementos bem postos em tela. Gostei mesmo, recomendo.
Nota: 7,0
O Garoto Escondido
3.9 2O Garoto Escondido (Il Bambino Nascosto) - Itália - 🎥Direção: Roberto Andò - 2021 - visto no dia 13.11.22
>> Um filme que tem uma ideia parecida com o longa (O Profissional) de Jean Reno, mas claro que tem uma história, um contexto dos personagem diferente, só assemelhando por ser a relação de um adulto com uma criança.
>> Enfim, gostei bastante do filme, da história e da sua proposta: um garoto querendo se esconder e se refugia na casa de um senhor de idade, solitário, que vive uma vida simples, pacata.
>> O Choque cultural dos dois é interessante, a diferença de idade entre eles, foi algo legal de acompanhar.
>> Mostra que o respeito, a interação entre os dois vai crescendo, se tornando uma maior intimidade e amizade ao longo do tempo.
>> Tem as intrigas com os vizinhos do prédio, com os familiares (conhecidos) do menino, e também cita a estrutura da região, dos prédios, da estrutura do local que precisa ser melhorado, fala das condições dos moradores da região, do local onde o senhor vive que é simples, uma região com dificuldades de viver. Gostei dessa citação.
>> Filme com uma temática comum mas com uma boa abordagem, um tema que é interessante pela diversidade de opiniões, visões de vida entre os dois protagonistas com idades diferentes. Legal essa experiência e vivência entre eles. Uma história simples mas bem contada. O final da obra foi coerente com o contexto, acabou em aberto para mostrar que a vida continua apesar dos percalços.
>> Foi uma grata surpresa do festival de cinema italiano sem dúvidas.
Nota: 8,0
Strange Circus
3.8 73Strange Circus - Japão - 2005 - 🎥Direção: Sion Sono -visto no dia 11.11.22
>> Ótimo filme japonês. Sempre gostei de todo tipo de horror que esse país produz, tem muito filme de horror muito bom no Japão.
>> Aqui é um filme perturbador, sangrento, brutal sobre uma família que na aparência é uma família padrão social, mas já dentro das quatro paredes...
>> Aqui conta a história de um pai de família que a trata com rispidez, violência: agressões, a violência doméstica destacada, muitos abusos psicológicos, os traumas que ficam. Uma família disfuncional com um pai violento.
>> Aqui fala de
abusos sexuais que o nojento comete com a filha, cita a perda da inocência da garota
A menina é induzida, usada, violada e manipulada pelo pai de uma maneira visceral, muito triste, o trauma fica na sua mente
sexo, como aquilo aconteceu, representou para ela
>> Gostei do elenco que conseguiu transmitir bem toda a atmosfera pesada do longa, dos traumas, da depressão.
>> Mais perto do final
mostra as consequências que o pai
>> Ele foi
morto
implorando por um pouco de comida para sobreviver
>> Os japoneses sabem fazer um cinema diferente em muitos aspectos, conseguem aqui impactar seu público visualmente falando, e psicologicamente também.
>> Os seus personagens rodeados de violência, destruição, traumas, o desejo de pura vingança contra os opressores.
>> Filme para quem tem estômago forte, pois tem algumas cenas explícitas, pesadas mas que fazem todo sentido no contexto apresentado. Grande filme. Uma outra grata surpresa do cinema japonês.
Nota: 9,0
Spartacus
4.0 344 Assista AgoraSpartacus - 1960 - 🎥Direção: Stanley Kubrick - USA - visto no dia 07.11.22
>> Gostei muito dessa versão de Spartacus. Direção competente, firme e o retrato de Spartacus de um filme de quase 3h30 se tornando um grande épico sobre o grande Espartaco do diretor Kubrick.
>> O elenco foi incrível mas destaco o trabalho de Kirk Douglas (apesar de eu achá-lo meio velho interpretando o Spartacus), além da bela e competente atriz Jean Simmons, além de Charles Laughton, Peter Ustinov, grande Laurence Olivier como Crassus que também foi um grande destaque na obra.
>> O filme tem uma adaptação de grande magnitude, uma grande produção, e orçamento deve ter sido caríssimo para realizar essa obra cinematográfica. As filmagens em plano geral, aberto, mostrando a magnitude do exército romano, do exército dos escravos, o quanto de pessoas que o Spartacus conseguiu recrutar para a sua importante causa. Foram grandes dimensões que forjou uma força colossal para o exército.
>> A narrativa adaptou vários pontos que realmente aconteceram: o
treinamento dos futuros gladiadores em Cápua, que o local era gerenciado por Batiatus, além de ter dito o ataque e a pequena revolução dos escravos
>> O ruim do filme é que ele não retrata muito bem a construção de Spartacus como líder do exército, simplesmente depois mostra ele liderando seu exército e só se aprofunda nos seus ideais depois. Poderia ter mostrado mais detalhes de seu plano de rebelião e aliança dos escravos, só mostrou mesmo a rebelião em ação e aí mostrou a capacidade de liderança de Spartacus e pelo grande gladiador que ele foi, se destacando desde do tempo de treinamento.
>> Os diálogos do filme são ricos, bem feitos, fortes mostrando a lealdade, fidelidade entre os escravos que lutaram juntos até o fim. Mesmo que tenham sido
mortos
>> Aqui cita o
senado romano
>> Cada um querendo se sobressair pelo poder. Aqui cita Júlio Cesar como comandante de uma guarnição do exército romano.
>> Gostei do desenvolvimento da história, citou o plano de Spartacus em sair pelo mar para seus lugares de origem. Mas o exército romano como corrupto, que subornava a todos inclusive com os inimigos para conseguir o que quer.
>> O fim foi emocionante mostrando realmente um fato que aconteceu:
aprox 6000 mil escravos foram crucificados
queda de Spartacus
>> A fotografia, produção do filme fez um grande trabalho. Penso também que as cenas de batalha foram poucas em nível de tempo no filme. Pois essa era para ser um dos momentos mais importantes da obra e durou muito pouco a batalha do exército romano vs escravos de Capua. Cenas de batalha claro que tiveram suas limitações mas a duração foi o que mais prejudicou. Gostei dos cenários, dos locais onde ocorreram a história, o elenco de peso, roteiro mesmo com pequenas falhas, não apaga o grande filme que é o Spartacus..valeu muito a pena.
>> Tem a série de TV produzida pela Starz sobre Spartacus que também recomendo ver.
Nota: 8,5
Maldição
2.8 226 Assista AgoraMaldição (An American Haunting) - USA - 2005 - 🎥Direção: Courtney Solomon - visto no dia 27/10/22.
>> Filme bem mediano para regular. Já ouvi falar antes desse caso dos Bells, pois dizem que é um caso real assustador, sobrenatural que realmente aconteceu. Um caso ocorrido no século XIX, especificamente entre os anos 1818 e 1820.
>> Tenho as minhas ressalvas sobre o caso, mas fala que a família foi assombrada por uma presença maligna principalmente após a devida 'ameaça' ou
'maldição' que o senhor Bell recebeu de uma fazendeira e que esse caso foi tratado até na justiça na época pois essa mulher
>> Desde um começo mais leve como muitos filmes do gênero, depois a assombração vai piorando e chegando em um nível descontrolável.
>> E a
caçula da família
a caçula transcendeu um espírito de vingança por ter sofrido estupro? Eu entendo que pode ter uma metáfora, uma simbologia mas não deixa de ser forçado a forma como foi construído. Não tem isso de estupro na história real
estupro
>> Foi uma versão criada pelo diretor, roteiristas pois afinal o 'baseado em fatos reais' não precisa também ser verídico 100% com a realidade.
Mas a versão que mais acredito, faz sentido com a história é a Kate Batts que foi retratada no
começo do filme que tinha ódio profundo contra o John, ela pode ter jogado a maldição em cima dos Bells (mais provável) e depois ocorreu o que ocorreu por ser uma vingança dela contra o patriarca da família
bruxa que até o John pediu perdão
menina espelhou o fantasma vingativo contra o pai e atormentando a própria família,
>> Aqui tem todos os sinais que pode ter ocorrido na realidade, partes que foram bem feitas:
as cenas em que eles falavam com os fantasmas, realmente na lenda isso é bem evidente, destaco os atores que fizeram um grande trabalho mostrando o impacto
>> Os cenários, locações bem fidedignas mas o maior problema do filme é que o elemento terror, assombração é trabalhado de forma clichê e rasa. Tirando essas cenas que deu certo, o resto foi de regular para fraco. Decepcionante. Não tem tensão o suficiente, aquele clima mórbido é soterrado com coisas que vivem caindo direto e sem parar, das repetições das assombrações que cansa, o pior: o filme é muito arrastado, isso acaba com o ritmo do filme. Tem partes que são muito cansativas e que não leva a nada, tem partes rápidas demais sem o devido preparo. Mas foi difícil chegar até o final, pois é cansativo.
>> No final você sente que não rendeu muito ( rendeu é pouco). O tempo de duração é bom, mas foi mal aproveitado, pois parecia uma eternidade. Tedioso diria. O elenco tentou salvar essa obra mas sem sucesso. Bem regular. É uma pena pois potencial tinha. Mas gostei da referência com a história real.
Nota: 5,0
Livrai-nos do Mal
2.8 1,0K Assista AgoraLivrai-nos do Mal (Deliver Us From Evil) - 2014 - USA - -🎥Direção: Scott Derrickson - visto no dia 24.10.22
>> Filme muito legal, não entendi a nota baixa de certos sites de avaliação de cinema, pois o filme tem suspense, terror e um clima assustador e de investigação policial bem interessante de acompanhar.
>> A história tem um ritmo legal de acompanhar, trouxe uma dinâmica interessante entre os personagens, tem um tom misterioso e um terror bacana. Os protagonistas são carismáticos, um personagem tem o drama citado da sua vida pessoal, mesmo breve, mas que foi interessante mostrando mais humanidade da pessoa e de seu contexto de vida.
>> Tem o clima sobrenatural e meio que assustador sim, apesar da história clichê e cheio de falhas narrativas (furos da história), mas o longa tem as suas qualidades e pontos positivos. Bem melhor que muitos outros filmes ditos como terror atualmente que são muito fracos.
>> Terror atual bem ruim, enfim esse filme se sobressai sobre estes. Fala de monstros, espíritos (demônios) bem peculiares, um clima mórbido e assustador. Gostei dessa caracterização dos seres sobrenaturais, e o perigo que eles significam, mostram. O ponto negativo é o padre, o método e as técnicas de exorcismo que foram bem clichês, ruins, fracos. Um personagem que não tinha cara de padre, bem previsível e meio que sem carisma e chato. Exorcismo e seus andamentos foram bem exagerados em efeitos visuais, contexto e bem inverossímil ( bem fantasioso). Achei essas partes do exorcismo bem divertidas, mas obviamente que os efeitos especiais são artificiais e contexto raso e muito previsível mas o que não é previsível nesses filmes de terror de hoje em dia americano? A maioria em suma segue a mesma fórmula.
>> Na obra tem um clima sombrio que foi legal, as locações também, partes da história são boas mas como falei, também já tem partes previsíveis, chatas e muito rasas ao longo do filme tem certas cenas assim.
>> Um filme mediano, com altos e baixos. A duração é um pouco longa mas dá para acompanhar tranquilamente, o filme te prende mesmo assim.
>> Se melhorasse a abordagem do exorcismo, tivesse mais criatividade, seria um maior destaque e o nível de qualidade seria outro. Enfim recomendo. Gostei da história em grande parte do geral. Recomendo ver.
>> Como falei, comparado a muitos filmes mais atuais, é uma obra que se destaca e mesmo cheio de previsibilidade gostei. Tem coisas bem legais, bem feitas.
Nota: 7,0
Caso 39
3.1 1,9K Assista AgoraCaso 39 (39' Case) - 2010 - EUA - 🎥Direção: Christian Alvart - 2009 - visto no dia 23.10.22
>> Esse filme é legal apesar de ser mediano, pois as reviravoltas são muito forçadas, o contexto da história tem muitos furos de roteiro.
>> Mas primeiramente enalteço a atuação da Renée Zellweger e Ian Mcshane, mas principalmente a atuação marcante, magistral da menina Jodelle como Lilith Sullivan. A menina com o olhar conta mil palavras, um olhar penetrante e dilacerante, assustador. A Jodelle Ferland rouba as cenas do filme.
>> Mas apesar das boas atuações, no restante, o filme falha muito inclusive na narrativa, no roteiro cheio de furos na história. Igual a reviravolta que foi rasa, forçada e com muitos furos que não foram explicados, igual:
como a menina adquiriu seus poderes? Foi como algo hereditário passando de geração e geração? Algo genético, ou ela adquiriu o dom sobrenatural foi adquirido com o tempo? Como ela controlava os poderes? Como ela percebia a pessoa em um lugar específico de tão longe e de forma tão objetiva, precisa?
>> Mas penso que deveria ter desenvolvido melhor sobre os poderes mas nada foi aprofundado. Outro ponto que me incomodei: A
personagem de Renée como Emily Jenkins é muito confusa, ambígua e foi mal construída em várias atitudes
desconfia muito da menina, de forma muito rápida, e de repente desconfiando da menina já toma rápido uma outra atitude para estudá-la e contê-la.
mãe adotiva da menina, ela cria uma maior confiança na garota, nisso, nessa mudança de confiança, ela mudou da água para vinho
>> Ao longo do filme é obviamente que os pais da menina
não teriam um apoio sórdido, pois ninguém iria acreditar na história deles, do que a menina é capaz, eles ficaram a mercê da garota e considerados lunáticos para sempre, loucos.
>> Gosto da participação pequena mas marcante do grande ator Ian Mc Shane, como policial que ajuda no caso.
>> Enfim, o
monstro
sereia, ou ghoul enfim, sabemos que é um monstro inominável mas que é feio e poderoso, é assim mesmo.
>> Os efeitos especiais também foram bem fracos, ruins (principalmente da caracterização da
criatura
ciclo que vai continuar pois indo para outra família, todo martírio, destruição irá continuar.
>> Um filme mediano como foi dito, cheio de furos e faltando explicações mas que é divertido de acompanhar, pois nos deixa ansiosos pelo que vai acontecer. Dá para acompanhar o filme e desligar o cérebro para assistir e ignorar os furos narrativos.
>> No geral, foi legal de acompanhar, é a ideia é criativa, pena que não foi tão bem executado.
Nota: 6,5.
O Orfanato
3.7 1,3KOrfanato (El Orfanato) - 2007 - Espanha - 🎥Direção: J.A.Bayona - visto no dia 23.10.22
>> Um grande exemplar espanhol que envolve uma amizade imaginária. Amigo imaginário. Claro que pensamos primeiramente em ser brincadeira de crianças que imaginam, sonham muito ou que são solitárias. Mas nesse caso é mais do que isso: é um contexto assustador na qual todos estão envolvidos e tudo tem culpa de um
bullying a outra criança e como ambiente da casa era pesado, ruim
menino
Garoto sai da casa, todos procuram o menino desesperadamente
são os espíritos
menino acaba morrendo
um acidente
>> Mas o suspense do filme espanhol é muito bem conduzido, prende atenção, uma história simples mas bem feita.
>> Tem um furo ou outro mas no geral foi uma obra de qualidade. A atriz mãe do menino protagonista foi a melhor personagem do elenco, demonstrou emoção, multifacetada e com carisma, onde torcia pelo sucesso do personagem. Diferente do seu marido que é antipático, chato.
>> Gostei da fotografia, das locações, do tom do lugar que era de destaque em meio a uma ilha que significava um bom refúgio. Lugar fortalecia para um bom ambiente para um orfanato. Gostei das citações do passado. Só poderia ter sido mais mostrado, construído.
>> O final foi emocionante que pode confundir o público, mas não custa nada rever para entender. O seu significado para o
espírito das crianças ali, a investigação paranormal ( que aqui foi um ponto positivo) que mostrou a essência do que realmente aconteceu, acontecia coisas estranhas como barulhos, sinais de crianças espalhadas na casa. Um significado das infestações, manifestações sobrenaturais.
>> Adorei a participação de Edgar Vivar, uma lenda mexicana que fez o famoso Chaves e Chespirito.
>> No geral, muito bom exemplar espanhol que teve pequenas falhas na condução de certos personagens, poderia focar um pouco mais no sobrenatural. Mas grande filme espanhol disponível na Netflix. Me surpreendi positivamente.
Nota: 8,0.
À Espreita do Mal
3.6 898See You (A Espreita do Mal) - 2019 - USA - 🎥Direção: Adam Randall - visto no dia 21.10.22
>> Gostei muito do filme. Ele é suspense de qualidade da Netflix.
>> Incrível que pareça, a Netflix fez um filme bom (brincadeira a parte), de suspense, onde nos deixa tensos com o que vai acontecer em seguida, em cada acontecimento, no andamento do filme.
>> Ficamos curiosos, ansiosos pelo que vai acontecer em seguida e isso o filme acertou em cheio.
>> Igual na questão dos jovens atores que entregaram uma grande performance igual: Owen Teague que teve uma das melhores atuações com um personagem que não é maniqueísta, onde no começo
nós não gostamos das suas atitudes e do que ele faz na casa do policial,
>> Após a reviravolta, temos um final meio morno, mas que a trajetória do filme compensa bastante pela história e seus desdobramentos que ocorrem durante o período. >> Aqui cita o
policial
policial envolvido.
>> Pois é aquele que sabe tudo da investigação e sabe esconder melhor as pistas que poderiam surgir ao longo do caminho.
>> Gostei dessa narrativa pois atiça a imaginação do telespectador perante ao que acontece no decorrer da história.
>> O restante do elenco também foi muito bem como a veterana atriz a Helen Hunt. Claro que seu filho foi o personagem mais apagado, mais sem graça. Gostei da Libe Barer onde mostrava uma pessoa lúcida, consciente, inteligente diferente do seu amigo.
>> Outro ponto: o termo phrogging foi bem explorado e não tinha conhecimento desse assunto antes de ver o filme. Nunca tinha ouvido falar. Imagine uma pessoa estranha vivendo na sua casa às escondidas e você nem sabe e isso ocorre frequentemente no dia a dia da sua casa. Bizarro demais. O filme mostra isso de forma até natural: mostrando uma filmagem feita em câmera na mão deles na casa, mostrando
toda a casa e seus cômodos escondidos e largos
>> Tem um pouco de terror no clima do filme, mas considero como um bom exemplar de suspense com um
pai de família
descobrem o lado podre do patriarca mas alguém tinha que pagar o preço, pela burrice da personagem Mindy e a impactante resolução.
>> O filme tem um clima mórbido, cheio de suspense, mistério misturado com um ar sombrio que é envolvido em toda obra.
>>
>> Gostei bastante desse exemplar do Netflix e recomendo. Só penso que poderia ter explorado mais os planos de
Greg Harper, o pai criminoso
Nota: 8,0