Dente Canino - 🎥Direção: Yorgos Lanthimos - 2009 - Grécia - visto no dia 05.06.22 Filme muito criativo pela sua temática abordada. Aqui uma família de 5 pessoas que tem um convívio tanto peculiar: Os pais tem regras rigorosas para os filhos seguirem vivendo as suas vidas no dia a dia. Eles impõem essas regras, e os filhos devem obedecer sem questionamentos. Eles são pessoas totalmente desconectadas do mundo exterior. Falo em si os filhos do casal que o único mundo que conhece é o mundo inventado pelo pai e a mãe. A manipulação dos pais é muito bem arquitetada para não surgir questões posteriormente:
todas as palavras e seus significados reais são adulterados por outros significados. Igual zumbi: significa flor. E além dos jogos que eles tem entre si abordando
resistência de cada um para ver qual que se sai melhor que o outro
. É uma competitividade dura e até às vezes nada saudável. Os três filhos deles são totalmente ignorantes em relação a tudo. Outras atitudes dos pais para mantê-los preservados do mundo exterior:
cortar o rótulo de embalagem dos produtos, falar que o mundo exterior tem tipo um apocalipse, uma infecção generalizada cheia de monstros e perigos para a família, eles são treinados e preparados para tudo.
Os filhos são tratados como objetos pelos pais, como se eles fossem donos das suas marionetes ignorantes. Os três dá para perceber que são adolescentes e nunca tiveram
contato social como nunca ir a escola, conhecer pessoas externas.
É mundo ilusório criado pelos pais ignorantes e estúpidos que pensam que é melhor para os filhos. Aqui tem outras cenas que provam como os pais são falsos moralistas onde pela surdina
mente, use-os para seus desejos nojentos, igual quando eles obrigam seus filhos a terem relação sexual (incesto) e além de verem a pornografia pois de acordo com o senso comum, é algo imoral e errado para eles mas eles assistam e ainda querem impor moral?
um avião passa com as turbinas bem no alto, e as crianças querendo pegar o avião, a mãe joga um aviãozinho que cai no quintal e eles correm desesperados para pegar o avião.
Tudo é muito bem manipulado. Então falando das características dos adolescentes (crianças), que são totalmente ingênuos, inocentes referente a tudo, que acreditam cegamente nos pais. A parte do filme onde
uma fita de uma garota que faz serviços sexuais para o rapaz, com o filme Rocky Balboa e a irmã mais velha começa a mudar o comportamento profundamente (ela imita o personagem principal do filme), mudar a sua forma de falar, de se comportar, principalmente ela fica mais agitada e em situações onde fica mais descontrolada.
ela falando as falas dos personagens do filme no meio da sua rotina diária, uma hora os seus pais iriam descobrir, quando descobrem, realmente sentimos pena da garota, pois leva um tabefe que doeu até mim (que pai nojento), e quando ele bate na moça que disponibilizou a fita para a filha mais velha dele? Aquilo ali doeu até mim com certeza. O equipamento bem na cabeça.
até o dente canino cair, tem que continuar se preparando e quando cair, teoricamente estarão preparados para conhecer o mundo exterior. Quando o pai vai para a cidade com a filha escondida no porta malas, o filme acaba-se e trago uma associação pertinente a caverna de Platão
Será que ela terá coragem de sair do seu mundo onde vivia? Será que ela terá coragem de ver realmente como o mundo funciona lá fora? Ou ela vai ter medo e continuará vivendo na sua zona de conforto? Ela vai continuar escondida sem ter coragem?
O filme acaba nessa incógnita e em aberto. Outra coisa muito bem construída é a crítica do filme sobre associação entre gato e cachorro. Os filhos do casal são educados para serem cães pois: são mais dependentes dos seus donos, não tem muita liberdade, são mais submissos. Ao contrário do gato, que tem mais liberdade, independência, autonomia que o cãozinho. O que fazemos com aquele que tem muita liberdade na história do filme?
Mata. Precisamos controlar, manipular, mentir, até chegar no momento de matar.
Apesar de ser um tema muito interessante, com cenas e tópicos bem abordados, teve outras cenas que deixou o filme no puro marasmo, cansativo em algumas partes, sem objetividade, chato de acompanhar em questão de ritmo, sem importância da cena vazia. Outro ponto é que os personagens não tem carisma nenhum, são chatos e eu particularmente não gostei de nenhum personagem, todos um puro tédio e meio mortos como seria esse ambiente da história. Os atores tirando os pais, os mais jovens são muito fracos. Sem carisma, atuações fracas. Por isso o filme fica cansativo em algumas partes. Mas no geral recomendo pois o assunto é importante para ser visto por todos, principalmente pelos pais. O filme não é pesado, é leve, só que é totalmente diferente do cinema comercial, convencional que a maioria das pessoas estão acostumadas a acompanhar do cinema americano principalmente. Ele é diferente e é uma abordagem peculiar e por isso recomendo mesmo com as falhas. Se fosse escolhido melhores atores, colocasse outras cenas mais criativas e com mais embasamento seria um filme nota 10. Nota: 7,0
Hereditário - 🎥Direção: Ari Aster - USA - 2018 - visto no dia 04.06.2022 Filme de terror bom. O estúdio A24 vem se destacando na galera jovem (nova geração que está acompanhando cinema atualmente) como um estúdio que vem fazendo filmes de destaque no âmbito do terror. Midsommar é deles, por exemplo, que fez muito sucesso. Aqui a obra tem um grande elenco que fizeram grandes papéis com bastante dramaticidade, principalmente a matriarca da família e a sua estranha filha que tinha inconscientemente uma obsessão pela morte. Ela tem atitudes estranhas, comportamento muito esquisito, e cada vez mais tempo que passa, a sua situação vai piorando. Há um espírito maligno na família e que
O filme trabalha com os mesmos elementos já vistos anteriormente em filmes de terror e tem bastante cenas clichês, tem jump scares. Não é nada inovador, mas a abordagem e adaptação foi bem feita, certas partes criativas. Mas teve seus furos de roteiro como não explicar direito a
(como a tentativa de comunicação com os mortos que foi feita na casa da vizinha)
, e que isso trouxe consequências gravíssimas. Aqui caracterizo um filme mais como suspense do que terror. Terror genuíno funciona pouco: muito efeito visual, especial, não teve muita naturalidade, estratégias para assustar que não funcionam, tem cenas exageradas que tentam impactar, não impacta em nada. Poucas (algumas) cenas realmente funcionam. As partes de
e o mistério em torno do sobrenatural foram bem conduzidos. O filme nos prende a atenção, nos deixa curiosos para saber o que vai acontecer em seguida na história. Uma pena que tem partes que soterram o filme e estraga seu andamento, desenvolvimento e um desfecho também para mim insatisfatório. Realmente acabando com arcos em aberto. Mas comparado a muitos filmes de terror hoje em dia, esse se destaca por fazer algo um pouco melhor. Nos últimos anos, o cinema americano no gênero terror está deprimente com tanto filme ruim. É isso. Nota: 6,5
Mulher de Areia - 🎥Direção: Hiroshi Teshigahara - JPN - 1964 - visto no dia 22.05.22 Filme incrível. Primeiramente o filme começa de forma bem lenta, que mostra o universo da história, você pode demorar a acostumar nos primeiros 15 minutos, mas depois você mergulha na história e você começa a se adentrar em um grande longa japonês dos anos 60. Primeiro preciso elogiar a fotografia que é magnífica: tudo é registrado com muita nitidez, cheio de detalhes, belíssimo de se ver a naturalidade das filmagens em si. As partes da areia são magníficas, os insetos mostrados, os personagens cobertos pela montanha de areia. Dá para reparar em cada detalhe. Outro ponto principal é a história em si que vai engrenando de forma devagar mas magistral. O protagonista é um professor de epistemologia e está pesquisando espécies de insetos raras para seu trabalho, para seu catálogo, captura-as ao longo do deserto. O lugar parece que fica em vilarejos remotos e distantes da capital no Japão, que lugar belo mas confuso, fácil de se perder se não tiver um mapa. Ao longo do seu trabalho naquele lugar gigante de areia, ele se depara
com alguns moradores da região, do vilarejo que indicam um lugar para ele descansar a noite, tipo uma hospedagem. Ele aceita prontamente sem saber que caiu em uma armadilha mortal e sem saída
. Aqui o povo do vilarejo se mostra muito simpáticos, gentis perante ao professor
(sendo obviamente tudo uma estratégia, máscara para enganação)
, vi depois que é uma esquema muito estruturado que demanda muita gente para aquilo funcionar. Enfim, o professor chega no lugar, aquilo no começo lhe pareceu estranho:
a casa rodeada de areia e fica no fundo onde poderia ser coberto a qualquer momento da tempestade de areia, e tinha que descer de escada?
Desconfiado, ele foi. No meu caso já acharia estranho aí nesse ponto da localização da casa que é realmente um lugar vulnerável a tragédias. Chegando ao local, ele se depara com uma mulher que é
de forma carinhosa pelos moradores do vilarejo, e primeira impressão que fica é que ela é uma mulher excêntrica, esquisita, aí daqui para frente o filme se desenrola muito bem mostrando cada nuance, interação entre o professor e a mulher da areia. Ela se mostrou bem simpática, fazendo de tudo para o hóspede se sentir feliz, confortável, mas o lugar de acordo com o protagonista, é imundo e em colapso, marcado pela presença constante da areia na casa. Tudo é improvisado para que a areia não domine aquele lugar, mas logo ele cede aos poucos a pressão da areia que chega de um modo e de outro. Cada dia que passa o desespero, tensão aumenta, o professor
mostra o comodismo da mulher em meio aquele caos com um homem tentando de qualquer modo sair daquele cativeiro.
Nunca caiu tão bem a frase: o homem se acostuma com tudo, ele se acomoda. Destaco outros dois pontos para o filme que se torna tão tenso, trazendo a apreensão para o telespectador: 1 - Trilha sonora: que trilha maravilhoso, todo desastre ela antecede, traz uma apreensão genuína, retrata bem o momento em que o personagem está em desespero para
se defendendo, ameaçando a mulher e a tentativa de fuga onde os diálogos são inteligentes, trazendo muita naturalidade em cena.
Filme essencialmente precisa ser visto no idioma original. Cada diálogo trazia uma reflexão, uma ação bem encadeada no contexto. Os atores estão ótimos em seu respectivo papel. 99% do filme ocorre em uma velha casa com dois personagens enfurnados, é um trabalho difícil mantém as boas atuações em um ambiente claustrofóbico, os atores entregaram o melhor de si e foi um show de interpretação. Verei a sua filmografia igual do diretor que fez um trabalho firme e de muito profissionalismo e criatividade. Ao longo da tensão, dos acontecimentos, você não sente o tempo passar, a história te prende muito bem. Analisando melhor o final, achei coerente: Mostrando realmente que o protagonista
teve o poder de escolher, liberdade de decidir o que queria que era ficar ali naquele momento para promover e estudar a sua atual descoberta. Ele tem um objetivo naquele inospito local e isolado, um significado de vida por ali. Por isso que ele fica.
ninguém quer ser esquecido, todos querem ser lembrados por ter contribuído em algo, ou não apenas caírem no esquecimento e morrerem sozinhos sem importância. Isso desde o professor e a mulher da areia viúva.
Aqui tem outras cenas impactantes que mostram o instinto humano se prevalecendo sobre racional como:
moradores dos vilarejos exploram a mulher da areia e entre outros prisioneiros para lucrarem em cima deles, explorando-os, transformando-os em escravos e vivendo aquela vida miserável que eles acostumaram viver na mediocridade, se acomodaram naquela situação deprimente..
crítica bem construída sobre capitalismo, as pessoas sendo tratadas como mercadorias, sendo usadas como objetos para lucro próprio do vilarejo. Ótima experiência cinematográfica, contada de forma gradual, lenta de jeito que também gosto. Recomendo fortemente. Um dos melhores exemplares japoneses que vi, dos anos 60 também. Nota: 9,5
A Turba (The Crowd) - 🎥Direção: King Vidor - USA - Ano: 1928 - visto no dia 22.05.22 Uma grata surpresa do cinema mudo americano na qual gostei bastante, pois me identifiquei bastante com a história. Aqui o maior mérito do longa é retratar a história de forma bem real, sucinta do que realmente acontece com bilhões de pessoas no planeta que sonham ser alguém importante na vida. E me identifico sendo um desses que já foi muito sonhador, jovem, que quer desbravar o mundo daquela forma mais ingênua e juvenil possível. Ainda tenho sonhos obviamente. Aqui retrata a história de vida do John Sims, um homem sonhador como os 7 milhões de jovens da sua idade em Nova York que tem o mesmo objetivo
Ele teve do bom e do melhor, teve aula de música, canto, boa estrutura familiar e financeira mas cresceu e fez como muitos jovens fazem na sua idade: abandonam a música, abandonam a possível habilidade musical, vão fazer uma faculdade e vão em busca de uma carreira que traga uma estabilidade, segurança financeira onde possam ficar a vida toda na empresa,
crescendo e criando carreira lá dentro. Muitos almejavam isso na época, onde era mais comum. O retrato de Nova York é bastante realista: uma multidão retratada da forma mais comum possível. Aqui o diretor não quis colocar figurantes nas cenas da multidão, pois gostaria de retratar de forma mais natural possível NY e deu certo, mostrou os arranha céus sufocantes, a vida corrida, agitada de uma das maiores metrópoles do mundo. E é nesse local que o John almeja ser alguém na vida. Mostra o seu colega, o
seu primeiro interesse romântico, a descoberta de estar apaixonado
, pois é algo comum onde as pessoas naquela época casavam rapidamente, depois constituia família e assim passava essa tradição para os filhos, vão passar seus ensinamentos, a roda vai girando sem parar, nesse padrão de vida de geração para geração. Mas a vida não é assim tão simples, fácil: no meio do caminho há pedras como o grande Drummond disse sabiamente. No meio do caminho tem brigas, desentendimentos, dificuldades financeiras e necessidades que atinge a maioria dos casais jovens: conviver juntos em um relacionamento é muito difícil, lidar com pessoas é difícil, ainda mais sendo marido e esposa. Despesas, aluguel, trabalho que demanda muito das pessoas, desapontamento que temos ao longo do caminho em relação as coisas que fazem parte da nossa vida e nos afeta diariamente, mas a falta de dinheiro é um dos maiores desapontamentos, o filme retrata de forma bem real:
chegada dos filhos aumenta cada vez mais a pressão
do jovem casal em ter renda, estabilidade e aumenta as preocupações. Aqui outro ponto que retrata de forma bem real e pessoal é o ambiente de trabalho. Diretor soube de forma inteligente retratar o que a empresa considera o funcionário: número. Cada um é um número, todos são peças substituíveis, descartáveis. Aqui retrata o
padrão de roupa, de conduta profissional onde todos os trabalhadores parecem meras cópias uns dos outros. Rotina é até a mesma. Mesmo lado das mulheres trabalhadores.
Tudo cópia. Aqui retrata a falta de valorização, reconhecimento que um profissional não tem. A falta de oportunidade, falta de crescimento profissional, quem cresce e sobe de cargo geralmente é aquele puxa saco do chefe, que faz tudo para agradá-lo. É até hoje isso não mudou, nas empresas isso é muito evidente. E muitas pessoas não crescem no trabalho pelo próprio esforço, a injustiça impera nesses detalhes. Até que a desmotivação, desânimo começa a aparecer, cansaço, desgaste físico, mental é muito evidente. Passei por isso e continuo passando também. Outra fase bem retratada do personagem é quando
com filho para sustentar, esposa preocupada, o John fica desolado: muda de emprego a cada semana, onde em cada trabalho, ele não consegue se firmar, não se dá bem
, a melancolia toma conta, depressão é uma das consequências. O jeito era a
e isso deixa o John cada vez mais triste e se sentindo um inútil. Você ver a relação entre o homem x trabalho se tornou, ainda mais na imagem social que vivemos: se você não tem trabalho, você é taxado de preguiçoso, vagabundo, perdedor, onde o diretor
nenhum pingo de empatia com o cunhado, julgando-o e condenando-o
ao fracasso. Sei bem como é isso. Na maioria das vezes, a própria família te julga como tal. Aqui tem uma das cenas mais marcantes do filme todo que me trouxe uma grande reflexão:
zombam do rapaz vestido de palhaço dizendo que o pai deste sonhava em que ele se tornasse presidente e depois rindo? No fim o que o John se tornou?
Por isso que também falo: Não fica falando, cuspindo que uma hora cai na testa. O mundo dá voltas, não sabemos o dia de amanhã. Tudo pode mudar. Um dia você despreza alguém, um dia você será desprezado etc. O fim achei que poderia ter sido trabalhado melhor, mas é o fim original do diretor e que teve maior sucesso. Mas ele acaba em aberto, cabe a nós interpretar o que pode ocorrer daqui para frente. Falando que a fotografia é muito bem trabalhada retratando de forma real NY, atores entregaram aquilo que foi proposto principalmente o protagonista. Roteiro bem contado, bem amarrado, tirando o final mais ou menos para mim, foi bem conduzido. A associação entre o dia da independência com protagonista foi uma boa sacada. Porém não dou 10 para o filme, pois aqui a segunda protagonista é muito mal trabalhada, a Mary e os coadjuvantes. Eles são meros figurantes na história, mas era comum naquela época, a mulher não ter nenhum tipo de protagonismo, desenvolvimento dos seus personagens infelizmente. Mary é muito rasa, servindo apenas como suporte do marido, os seus pseudo-amigos que só aparecem no 'oba,oba', também descartáveis demais, pelo final. Mas no geral é um ótimo filme que se tornou um dos maiores sucessos da MGM que foi indicado a 2 Oscar na primeira edição da cerimônia da premiação (bons tempos que o Oscar prestava), foi um sucesso de crítica, bilheteria. Um filme atemporal, muito bem real, atual, feito de forma magistral em um período que o cinema estava se desenvolvendo e meio a recursos limitados. Mesmo assim, é um filme que dá de 10 a 0 nos filmes popularescos cheio de efeitos visuais e sem conteúdo nenhum da grande maioria dos filmes de hoje em dia. Vale muito a pena. Não é atoa que é um exemplar da vida comum da maioria das pessoas Nota: 9,0
V/H/S/94 - USA - 2021 - 🎥direção: Chloe Okuno, Jennifer Reeder, Ryan Prows, Simon Barrett (I), Steven Kostanski, Timo Tjahjanto - visto no dia 15.05.22 Filme bem mediano. Esperava mais pelo marketing pesado e também pela franquia VHS, pois os dois primeiros filmes são muito bons, apesar que esse aqui é melhor que Vírus, onde não deve-se ter orgulho em relação a isso. Vírus é um filme fraquíssimo, para quererem manter a franquia viva, foi necessário fazer uma obra melhor para atrair o público e saiu um pouco melhor agora. Mas essa obra aqui é regular, pois não é todos os curtas são bons. Analisando por curta - Storm Drain - é um curta mediano, assim a sua estrutura é interessante mas esperava mais. Bem comum. Mas a lenda do Raatma foi algo sombrio, tenebroso e destruidor
é tbm interessante, trazendo aquele ar macabro e de mistério. Mas o desenrolar esperava mais, a parte apocalíptica foi exagerada, sem sentido. Mas dá para curtir de boa, bom curta. 7/10. Meu curta favorito do filme é o 'The Wake' do
na agência funerária. Simples, mas aterrorizante do começo ao fim. Tenso e você se sente na pele da agente funerária e como aquele clima mórbido pode trazer uma caixinha de surpresas, consequências fatais e horríveis para a protagonista. E quando
é aterrorizante e o lugar assustador. Melhor conto do filme. Só o fim foi confuso 9/10 O terceiro conto foi mais ou menos, mais para menos pois ele é longo demais e cansativo. O curta é 'The Subject' mostra o padrão do cientista louco que faz experimentos malucos e mostra as suas vítimas e as consequências disso. Partes humanas e tecnológicas. As partes brutais e de violência são de primeiro nível, mortes são criativas e bem sangrentas do jeito que eu gosto. A parte
a criatura se desperta e vai matando vários policiais e eles ficam presos no esconderijo do cientista.
Penso que alonga demais, fica cansativo, o fim foi mais ou menos, não evolui tanto. Mas bom curta. 7/10. Esse curta chamado 'Terror' já foi um lixo. Confuso, chato, entediante e chato de aguentar
mas no geral o curta continua uma porcaria. 2/10. O último curta na verdade faz parte da história principal do longa com o encerramento da antologia que também foi fraco, desinteressante. Não achei tão legal esse lugar que guarda o que parece
, mas na prática foi nada assustador, nada bem construído, bem desenvolvido, na verdade foi patético. 2/10. No geral é um filme bom para mediano com alguns curtas bons e um outro mediano, outro ruim e história principal ruim. Partes técnicas estão de parabéns, filmagem, trilha sonora mas parabenizo principalmente a maquiagem que foi muito eficaz e competente nesses todos curtas apresentados. Muito bom mesmo. Elenco apesar que alguns são fracos, se esforçaram para entregar um papel com credibilidade. Mesmo assim recomendo ver e ter paciência com as partes ruins e curtas ruins do filme. Nota: 6,5
Settlers - ING - 2021 - 🎥direção: Wyatt Rockefeller - visto no dia 02/09/2021 O filme bem mediano. Nem de tudo é ruim: Os efeitos visuais bem retratado no filme, a fotografia do lugar, os cenários são belíssimos, gosto das cores do filme (cores quentes, sol escaldando, areia desértica, isolamento dos personagens em meio ao planeta vermelho). Mas o filme se destaca basicamente em só isso mesmo, pois o restante dos tópicos são bem fracos (mediano para ruim), como por exemplo: roteiro (uma história confusa, maçante), o elenco aqui é muito fraco, tirando a Brooklynn Prince como Remmy que fez o melhor trabalho, o restante do elenco foi muito apagado, esquecível. Inclusive tem um ator aqui da série famosa da amazon prime video como o Ismael Cruz Córdova interpretando o Jerry. Que ator horrível. Sem expressão, sem nada. Aqui interpretou uma das poucas cenas que presta do longa metragem:
cena dele tentando violentar a menina foi algo forte, deu para impactar um pouco.
Mas poucas cenas são boas, a história não desenvolve quase nada, tem cenas confusas, e foi algo decepcionante, pois tinha um potencial incrível em explorar marte e todo seu potencial, mas foi desperdiçado. Foi um fiapo de história. Faltou criatividade. Aqui imagino que o diretor quis mostrar sobre relações humanas, conflito humano em um lugar onde não há leis, sim por apenas no foco na sobrevivência do mais apto. Mas faltou uma maior construção aí até nesse ponto (teve uma cena ou outra aproveitável) mas é só. Filme bem regular. Uma pena. Vi ele em 2021, e recuperei o nome do mesmo, mas não pretendo ver de novo. Nota: 5,0
Cloverfield: Monster - 2008 - USA - 🎥Direção: Matt Reeves - visto no dia 12.05.22 Gosto da estrutura desse filme, gostei da proposta. Penso que é um bom found footage e a história tem tensão, apreensão perante ao que vai acontecer com os personagens. O começo é a apresentação do cenário da história onde mostra a vida comum de pessoas de classe média alta fazendo uma festa de despedida. E
quando cai a energia no prédio, a cidade começa em entrar em profundo caos, desorientação e
bagunça. Igual quando mostra os prédios sendo destroçados, tendo destruição em todo lugar, pessoas desorientadas, nervosas e cada vez mais desesperadas. Esse cenário de caos o filme sintetizou muito bem, gostei bastante.
foi interessante de ver, pois mostra a grande magnitude do problema. É um filme legal, tem um conceito bom, porém penso que os personagens aqui são insuportáveis, todos eles, a parte humana foi chata de aguentar e os personagens não tem carisma não. A ideia é mostrar o impacto da criatura e nisso o filme foi eficaz. Outro ponto ruim é que não focou em como a criatura surgiu, o seu desenvolvimento e nada disso (Também não gostaria que tudo fosse mastigado, pois é necessário ter certas coisas em aberto para manter o mistério, mas poderiam ter mostrado pelo menos mais da criatura em si, mas resumindo: mostrou nada), isso deixa um vácuo, pois seria interessante mostrar mais como a criatura surgiu e como vive, não só ficando na teoria. O filme é curto, gosto muito do clima da obra, ambientação, e as
acaba em aberto, o pior: o grupo de sobreviventes foi dividido em duas equipes, divididas em dois helicópteros diferentes. Um foi abatido pela criatura pois pelo azar de Robert e companhia, o helicóptero caiu, teve mais um pouco de vida antes do derradeiro
Simplesmente não mostrou nada. Lily sobreviveu?, será que chegou a salvo?
Não mostrou nada e para mim isso é um grande furo de roteiro. Mas a película compensa ver, pois é um contexto que vale a pena, a tensão do filme e as poucas cenas de ação motivado mais pela filmagem de câmera na mão que traz mais autenticidade nos eventos. É muito bom. Ideia simples com furos que decaíram a qualidade do filme, mas vale a pena no geral assistir sim. Nota: 6,5
Melancholie Der Angel - GER - 2009 - 🎥Direção: Marian Dora - visto no dia 08.05.22 É difícil falar dessa obra. Uma obra complexa, com referências escatológicas e uma visão muito pessoal do Marian Dora sobre a humanidade, atitudes, ações e vida. Penso que essa obra retrata a visão animalesca, podre, de onde o ser humano pode chegar em nível de crueldade, sadismo e brutalidade. Aqui tem cenas non sense, malucas, bizarras, nojentas mas que enfatiza a condição de ser humano ser cada vez mais irracional, egoísta. Um filme para provocar, causar e também refletir. Tem cenas de impacto e ficamos nos perguntando: como isso é possível? Cenas referente a sexo de forma insana, com maldade e uso do corpo de forma bruta, grotesca. Tem nojos como coprofagia, agressões físicas muito violentas, caracterizadas pelo sadismo e desejo de uma pessoa ver a outra sofrer e sentir prazer fazendo isso. O filme tem um cenário apocalíptico mesmo, parece o fim da humanidade como ser humano em si, onde não resta sentimento e nada e só resta destruição, egoísmo, sadismo e isso sendo retratado nos cenários e nas cenas aleatórias que aparecem no filme:
que do nada aparece, cenas que são desconexas com o suposto contexto principal, mas que traz aquele clima sombrio, de devastação, horror, que incomoda o telespectador, tira ele da zona de conforto. Tirando isso, o estado de desolação no filme todo, ele é emaranhado de coisas sem sentido mesmo, cenas sem sequência lógica mas tudo isso para explicitar a maldade humana, destruição e a falta de humanidade que existe naquelas pessoas e como outras são destruídas e ficam dependentes e se acostumam com essa situação horrenda, algo humilhante e se sujeitam a tudo isso, principalmente as mulheres no filme. Síndrome de Estocolmo me lembrou essas partes. Quer ver gore? É aqui. Quer ver coisas inimagináveis? Aqui tem. Quer ver coisas grotescas? Aqui tem. Quer ver a pura brutalidade? Aqui tem. O elenco é fraco, pois o filme em si também não tem roteiro. Mesmo sendo retratado a maldade humana ou tentativa do retrato do mesmo, o filme não tem um sentido de uma história, tudo é sem pé e nem cabeça, cenas desconexas. A qualidade de áudio é horrível, captação foi muito abaixo do ideal, qualidade de filmagem muito ruim, tudo muito escuro e tem cenas que foi uma dificuldade em identificar algo (Penso que foi algo proposital do diretor que já queria chocar o telespectador, fez o filme assim para trazer aquela devastação, desconforto mesmo). Foi difícil acompanhar certas partes pela dificuldade de entender o que ocorre. Tem certos absurdos brutais como uma
parque onde os dois velhos amigos vão atrás das mulheres para seu lazer na casa isolada.
As cenas envolvendo vermes, carcaças animais e insetos eu gostei apesar de não ter lógica nenhuma. Tudo destacando a podridão, desolação daquele lugar. Um lugar realmente que parece o fim do mundo. O filme foi feito também para chocar e te tirar totalmente da zona de conforto. Ele também é absurdamente longo, desnecessariamente longo. Para que 2h40 m para retratar isso? Algo sem roteiro, sem contexto e apenas cenas aleatórias? Por isso que a experiência se prejudica, pois tem partes que o filme é um puro tédio, cenas se arrastam sem ter uma objetividade específica. E mal filmadas. Pelo que foi falado nos bastidores, os atores não se sentiram confortáveis em realizar o filme, inclusive um deles não fala com o diretor e o Marian mantém sigilo de sua identidade pessoal. Ele não se identifica publicamente e o filme foi banido em vários países, gerou muitas polêmicas e controvérsias. Enfim no fundo recomendo esse filme se você quer ter uma experiência totalmente diferente, impactante em assistir um filme que muita gente não está acostumada. Mas no geral não vendo, você não perde nada, afinal, ele é um amontoado de cenas aleatórias pesadas apenas querendo sintetizar como essa parte da humanidade é podre mas grande parte das cenas são mal feitas, mal produzidas, com poucas cenas se destacando. Sem um roteiro estruturado. Mas precisa-se ter estômago forte para aguentar as cenas. Se você não gosta de terror, é sensível e não gosta de sangue ou algo mais violento e cru, passa longe. Não é tipo de filme para você. Recomendo para quem gosta de cinema de terror extremo, mesmo que a obra seja um amontoado de doideira, ele tenta ver um sentido na obra, como vi aqui que a ideia é até interessante, mas mal executada em grande parte geral. Se não fosse certas cenas, com certeza classificaria esse filme como lixo total. Enfim foi uma experiência ao mesmo tempo angustiante, sufocante e diferente. Não impactado, mas surpreso. Valeu mesmo assim por conhecimento pessoal. Tire as suas próprias conclusões. Nota: 3,5
Home Vídeo (Filme caseiro) - USA - 2008 - 🎥Direção: Christopher Denham - visto no dia 08.05.22. Esse foi um dos filmes mais fracos de found footage que já vi. Realmente o primeiro de tudo: É irritante, patético, muito raso. Nada é aprofundado, tudo é superficial. O começo tinha um potencial onde mostrava a fórmula clássica de found footage: conta a rotina da família, do cotidiano entre elas, do dia a dia mesmo, vai mostrando os primeiros sinais de que realmente as coisas estão diferentes
um pai que agia como criança, uma mãe igualmente chata
, pais mau feitos, insuportáveis. Eles eram cegos demais e não enxergavam a verdade no nariz deles, mas tudo era mal desenvolvido , mal construído até no tom do filme que não tinha tensão. Não teve um bom background para chegar nos terríveis acontecimentos, quando chegou, foi nada demais. O filme enrola tanto com cenas inúteis, que no fim não deram em nada, não agregaram em nada na história. Filme chato de acompanhar, enche muita linguiça, no fim foi algo maçante de ver, a história não andava, não caminhava. Falar do dia a dia para do nada
Mas por que eram estranhas? Qual justificativa disso?
Então o filme realmente não se aprofunda em nada. Os ataques das crianças não teve tanto impacto, foi bem comum e decepcionante. Foi legal o começo como falei, quando mostrou o cotidiano da família, um pouco da apresentação dos personagens e entre outros detalhes como as
que estavam agindo com o comportamento estranho, mas no decorrer da obra, isso foi pouco abordado, no fim agregou pouquissima coisa. Enfim, no geral não vale a pena. Se tirassem as cenas inúteis, desenvolvesse melhor os personagens, o roteiro em si, tivesse cenas que agregassem mais, tivesse um senso de continuidade, seria um filme muito melhor. Só o final que trouxe uma pequena cena e outra que quis impactar mas como no decorrer do filme não teve uma boa história, ficou bem ruim. Nota: 2,0
Bruxa de Blair - USA - 1999 - 🎥Direção: Daniel Myrick, Eduardo Sánchez - visto no dia 07.05.22 Bruxa de Blair foi um filme de muito impacto e que trouxe uma popularidade, desenvolvimento para o found footage que é um gênero de filme de câmera na mão em primeira pessoa. Adoro esse gênero de filme e tem várias obras marcantes que ajudaram a popularizar o gênero e trouxe muita qualidade. Aqui é um exemplo claro disso, um filme atemporal e único em sua proposta. Um terror psicológico de alto nível, com muita tensão depois de ter passado mais de 30 minutos de longa. Aí a tensão só aumenta. O ritmo do filme e tensão psicológica só aumenta com o tempo. Tenso, aterrorizante desde dos pequenos momentos e até o aumento e intensidade dos acontecimentos que as coisas vão se esclarecendo aos poucos. Preciso destacar as entrevistas feitas com a população local da história do filme, igual: tudo foi bem esquematizado com a população local pelos diretores, que os atores nem sabiam desse detalhe, por isso a cena pareceu bem realista, bem filmada, bem convincente pois parece bem realista todas essas partes do filme. Os atores agiram com a naturalidade como todos os outros personagens. O local é aterrorizante, tenebroso que tem um clima de mistério e de algo ruim no ar. Quando os personagens se perdem, o filme fica cada vez melhor. A procura por uma saída, uma luta pela sobrevivência nessas áreas remotas, a lenda da região bem sintetizada e aterrorizante. O marketing em torno do filme foi muito bem feito: se uma pessoa desavisada sobre os bastidores do filme ou da proposta do longa, pensaria que isso seria um documentário ou uma matéria sobre um caso real que realmente aconteceu, isso pelo clima que a obra traz. Realismo parecendo um documentário mesmo. Muito bem dirigido, produzido, roteirizado. Um pseudo documentário eficiente. O fim pode ter se tornado decepcionante, pois
não explicou muito bem a origem dos acontecimentos e sim só mostrou a casa assombrada por um espírito e como eles foram afetados por isso, deixando aquele clima de mistério no ar, onde não tem resposta, não tem solução para o caso.
Mas o filme, a sua jornada, duração, o ambiente na floresta onde os próprios produtores da obra, diretor faziam as assombrações com os barulhos na floresta para aterrorizar os protagonistas, você ver que foi um filme de baixo orçamento, feito de forma independente que conseguiu um sucesso estrondoso. O andamento do filme e sua história foi ótimo acompanhar e é um tipo de terror psicológico de qualidade. Elenco em geral entregou bem em cena. Recomendo. Um dos meu found footage favorito. Nota: 9,0
Eu vi o Diabo (Ang-Ma-Reul Bo-At-Da) 🎥Direção: Kim Jee-woon - Ano: 2010. - visto no dia 17.04.22 Primeiro pelo título pensei que seria algo sobrenatural, mas fui surpreendido com o tema e resolvi dá uma chance ao filme, ainda mais por ser coreano, pois os poucos filmes que vi desse país sempre foram marcantes. O começo foi muito bom, introduzindo bem a história e os personagens, também os primeiros assassinatos. Até a parte do protagonista do
agente policial investigando e indo atrás do assassino responsável foi muito interessante
, caracterizou bem a sua raiva, odio, tristeza. O filme é bastante sangrento, mostra bem a brutalidade, crueldade do assassino perante as suas vítimas que tem um padrão:
mulheres de 20 - 30 anos. Ele martelando a cabeça das vítimas, esquartejando
.. Surpreendi com o longa nesse aspecto, mostrou mesmo as cenas fortes sem frescura do jeito que eu gosto. Pois se você vai falar de um serial killer, não ter essa abordagem, fica faltando um item principal, (Claro depende da proposta do filme). Esse ator que fez o serial killer caracterizou muito bem a maldade e método de matança do serial killer. Atores muito bons. Só achei que o agente policial
serial killer conhece o cara canibal foi mal feito e não explicou nada direito: eles são amigos? Como se conhecem? Do nada o cara brotou na casa do outro, enquanto o agente com muito tempo livre, ficou vigiando-o.
expôs a vida de várias pessoas só para completar a sua vingança pessoal.
Não seria mais fácil manter o assassino em cativeiro fechado e torturá-lo? O cara nunca iria mudar independente do quanto de sofrimento, dor causaria nele, gente ruim geralmente não muda. E daí nessas partes se alongou desnecessariamente, estava cansado já de acompanhar essa trajetória. Outro ponto é que os personagens não são carismáticos, apesar dos atores serem bons, mas dificilmente nós identificamos com os personagens em tela. No meu caso, só queria ver o sangue jorrar e um roteiro criativo. Só tive o primeiro requisito que foi sensacional:
tem uma cena na mansão do canibal que com um pedaço de madeira, ou taco de basebol (mais ou menos isso, não lembro direito) que o policial só bateu, bateu na cabeça e nas costas do cara até o negócio quebrar em pedaços.
O cara parecia um super homem, e depois estava de pé já atacando de novo. A ideia do filme foi bem pensado mas mal executado. Essas longas viagens, protagonista brincando de gato e rato foi uma longa caminhada. O final foi bom, impactante:
nada melhor para sacramentar o fim do psicopata do que matá-lo em frente a sua família. Isso deixou como significado que ele morreu de vergonha, desonrado em frente a sua família. Um sujeito que desprezou a família
e que agregou merda nenhuma na sociedade e sim só maldade. Um sujeito desprezível que sim mereceu o que teve, mas a forma de condução do filme não foi o ideal. Bom filme, preciso ver mais o cinema coreano. As partes técnicas como trilha sonora são boas, como a fotografia também e o retrato da região isolada das cidades coreanas que deu até vontade de conhecer. Recomendo mas precisa ter paciência pela sua enrolação, mas a sanguinolencia, brutalidade, valeu a pena ver. Foram 2h24 minutos de filme, penso que uma hora e 50 minutos estaria de bom tamanho. Nota: 6,5
Má Educação - SPA - 2004 - 🎥 Direção: Pedro Almodóvar - visto no dia 02.03.22 Gostei do filme ele retrata vários arcos mas o principal é que este é um desenvolvimento bem construído da vida de uma pessoa LGBT+, um filme autobiográfico. É erótico, romântico no contexto da infância e até na vida adulta há aquele resquício de sentimentos, esses são sempre reprimidos. Do Ignácio que tem
ter feito uma atrocidade mas amava o mlk mesmo de forma distorcida
. Os personagens principais são bem construídos, tem uma complexidade bem colocada em tela. O filme tem vários gêneros mas o que mais destaco é o drama, mistério em torno dos personagens. Além de merecidamente homenagear o cinema. É um filme que gera bastante reflexão, é profundo, muito bem contado, com belíssimas composições de cor e fotografia. Os outros temas do longa como do
e os adultos controlando a vida das crianças, oferece um tom sério para pelicula. Apesar de toda essa questão, nunca foi a intenção de Almodóvar atingir profundamente a igreja (talvez alfinetar). A intenção do filme é falar, debater, mostrar todos os tipos de relacionamento e quão profundo isso pode chegar. O filme é magnético, não deixa o telespectador respirar, deixa-o atento a cada detalhe. Almodóvar explica várias histórias simultâneas ao mesmo tempo. Você pode ficar um pouco confuso, mas a história do longa é bem esclarecida ao decorrer da sua duração. Plot Twist e as reviravoltas são surpreendentes igual envolvendo o padre e o personagem Juan referente ao Ignácio. Elenco muito bom tbm. Mas o tema central foi bem explorado: mostra como
alguém pode ter uma vida destruída por um abuso infantil e o pior em um lugar que deveria respeitar mais a intimidade das pessoas: a igreja.
Exemplo claro da hipocrisia da igreja. E claro o sentimento reprimido. Imagine padre gay como é tratado dentro da igreja? Então há um medo constante em viver no local e reparar os olhares julgadores, aqui foi
Filme muito bom. Reflexivo, bem atual, cenários e cores, produção 10. Como já citado roteiro, diretor e elenco. Claro que faltou uma coisa ou outra para cobrir certos questionamentos, mas no geral é um filme de qualidade, foco nos detalhes e com muito conteúdo. Recomendo. Nota: 8,0
A Convocação - The Calling - Canadá - 2014 - 🎥 direção: Jason Stone - visto no dia 19.03.22 Esse filme eu vi dublado, e ainda pior: vi na TV aberta onde geralmente picotam o filme em muitas partes, ver dublado ainda é um saco. Mas mesmo assim terminei de ver tudo, e nem revi para formentar melhor a minha opinião, mas no momento sinceramente não tenho muito interesse. Primeiramente pelo que me lembro (não lembro muitos detalhes) é um filme esquecível, fraco. Aqui na teoria o tema é bacana mas na prática foi decepcionante. Um serial killer motivado por motivos religiosos. Tinha muito potencial mas uma pena que não foi bem explorado pois falar de um fanático religioso pode render uma grande obra, como aqui não rendeu. Roteiro muito frágil, mau desenvolvimento desencadeia em uma obra maçante, entendiante, rasa. Os personagens são chatos e vazios, o personagem de Donald Sutherland é mal aproveitado como muitos outros personagens nesse filme. A melhor atriz que desenvolveu melhor o seu trabalho foi Susan Sarandon mas o restante do elenco foi mau aproveitado. Tem seus pequenos méritos, pelo que me lembro é as partes técnicas como fotografia, a Susan do elenco que em suma maioria foi mau aproveitado, além da fé católica ter sido questionada no longa, sobre seu sistema de crenças, seus membros e seu funcionamento etc. Poderia ter melhorado nesse aspecto na adaptação, pois teria mais potencial ainda e foi explorado pouco no meu ver. A obra é baseado em livro do autor Michael Redhill. Enfim, como falei, tinha potencial. Um filme com belas locações no Canadá, uma pena mesmo. Melhor rever, pois a "Tela Quente" geralmente passa filmes cortados no qual isso é horrível como experiência em uma obra, pois você estraga detalhes da história cortando-a e também para o público entender a narrativa. Comentando um detalhe: o serial killer aqui tinha muito potencial, mas um pouco que mostrou dele, realmente tinha cara de um psicopata, sujeito cruel. Pena que não foi bem desenvolvido. Isso que me lembro vagamente. Nota: 3,0
Desterro - Rússia - 2007 - 🎥 direção: Andrey Zvyagintsev - visto no dia 20.03.22 Primeiro vou ser sincero, o nome em si da obra não me cativou em nada para vê-la, nem por ser drama mas amo dramas. Mas vi que seria um filme russo, então fiquei animado, mas quando comecei, vi tudo e terminei em 3 dias (vendo em partes), não superou todas as minhas expectativas. Achei mais do mesmo. Primeiro: tem umas cenas desnecessárias que nada agregaram na trama, tipo o começo da filmagem (bela filmagem, fotografia) inclusive mas sem significado, do
carro passeando nas estradas limpas e isoladas da cidade.
Agregou o que aquilo ali? Nada. Tem a cena da água que é simbólica, do riacho, algo assim, que significa tempo, aí eu vi a ideia desse diretor que não foi nada original: tentou fazer um Ctrl C + Ctrl V das obras do Andrei Tarkovski e nisso em todos os detalhes. A cena do
, tem no filme Stalker por exemplo. Ele tentou copiar o seu ídolo nos mínimos detalhes. Tarkovski nunca gostava dessas coisas, ele vendo similaridade do seu filme com o do outro diretor, ele mudava e refazia o filme. Claro que o Andrey deve ter pensado em uma homenagem mas não vi nada de toque pessoal dele na obra, sim só cópias de cenas que nada agregaram. O assunto do filme é bem comum, mas a forma da abordagem é o destaque: um filme melancólico, bucólico, triste, frio, muito realista e que gostei dessa abordagem, um filme contemplativo que preza os mínimos detalhes. Os atores (alguns foram ótimos - igual o Konstantin, Maria Bonnevie e agora o resto dos personagens, nem desenvolvido é direito, apagados). O tema é bem batido mas a abordagem em como isso
foi muito bem retratado, bem parecendo cenas do nosso cotidiano, o simbolismo da casa, do Mark e sua história, o poder da escolha que pode afetar a vida para sempre. O Caso da Vera foi muito bom em abordar depressão, crise existencial, foi a melhor parte. Solidão que o filme retrata. O lugar que é uma solidão pura da civilização. Um lugar entediante. A
que gerou todas as consequências. Uma típica família certinha na visão social mas ninguém sabe o que acontece entre quatro paredes. Fotografia é linda de todo ambiente parecendo uma exposição de arte do lugar, da casa. Os diálogos são reflexivos, gosto muito de filme nesse ritmo e aqui tirando cenas inúteis, foi interessante na maioria geral. Não gostei do final em alguns aspectos, igual das
Então é um filme mediano por ser uma nada original, tem as suas cenas nada de agregadores, mas no geral dá para assistir sim. Esperava mais pois elogiavam tanto esse diretor e não vi nada de diferente aqui com o que já foi feito de forma magistral por Tarkovski. Falou que esse filme tem conexão com um outro mas não lembro. Fiquei curioso com a
The Batman - EUA - 2022 - visto no dia 15.03.22. Gostei da adaptação do Batman com o ator Robert Pattinson que é um bom ator, conhecido infelizmente mais por ter feito a saga Crepúsculo do vampiro que brilha na luz do sol. (Coisa horrorosa). Mas um dos meus filmes favoritos dele é o Água para Elefantes. Voltando ao Batman, gostei da adaptação pois mostra um personagem mais quebrado emocionalmente, deprimido, sombrio, angustiado e atormentado com demônios do passado. E o Robert Pattinson é ótimo para filmes com maior carga dramática. Aqui não foi diferente. Gostei do charada que penso que merecia mais espaço apenas. Bem interpretado pelo ator (Paul Dano). É um vilão inteligente, fora do convencional que gosto muito que é o charada, além de ser um psicopata doido. Aqui no filme, a mulher gato rouba a cena sempre que entra. Que sensualidade e interpretação da (Zöe Kravitz). Que mulher gato sensacional em vários aspectos. Foi uma das melhores mulheres gato do cinema. Atriz a vontade no papel, bem convincente e toda cheia de personalidade. Mulher gato agregou muito na história. Gostei do pinguim apesar de ter tido uma participação menor mas de importância também na história. Mostrou um pouco da amiga da mulher gato (Selina Kyle), da sua amiga
envolvida com a máfia de Gotham tendo os Falcone, Marcone na jogada, também tendo envolvimento com a morte de um dos familiares da mulher gato.
Esse comissário Gordon achei meio estranho e não agregou muito na história, prefiro o anterior dos cinemas apesar do ator ser muito bom (Jeffrey Wright). Aqui mostra o caos em que Gotham se tornou com muita destruição, violência, instabilidade social e política como já sabemos. Aqui há o questionamento do herói: será que o Batman consegue ser o herói que Gotham precisa? Será que ele conseguirá salvar a cidade do caos? Tem uma cena bem emblemática onde
foi bem bolado, pois como é muito comum nessas histórias envolvendo super heróis, os vilões irão tentar destruir a cidade e o herói tentará para-lo e salvar a cidade de qualquer maneira. Trilha sonora muito boa, casou bem principalmente com a caracterização de um Batman depressivo, com temática do filme. A música 'Something in The Way' do Nirvana, conseguiu um grande sucesso temporário nas paradas após a música tocar no filme. Gostei da citação do passado dos pais de Bruce Wayne e também do mordomo Alfred. Bom ator e um bom personagem de muita utilidade para o herói e o universo do Batman. Fotografia linda, com tonalidade escura, sombria do jeito que eu gosto. As cenas de luta poderiam ser melhores, mas teve até bastante pancadaria no filme com boas cenas desde o começo nas
Mas as coreografias de luta deveriam ser melhores. O Batman ele sabe várias artes marciais e teve contato com a liga dos assassinos, com o Ra's Al Ghul. Ele deveria ser mais rápido, envolver golpes mais dinâmicos. Como muitas lutas no cinema, TV, ficou no previsível, convencional. Cenários, enigma do charada muito bom, a
marcante. Assim, mas os coadjuvantes deveriam ter recebido uma melhor adaptação, foram meio rasos, tirando a mulher gato e o charada, o resto foi dispensável. O elenco foi bem dentro do proposto, mas o roteiro que ficou bem no convencional e no comum que usou o que já foi muito usado no universo do Batman em outras adaptações e que algumas foram até melhores. O filme ganhará uma continuação em breve, gostei da notícia, pois essa é uma adaptação decente, bem feita do Batman comparado aos filmes anteriores que deixaram a desejar com o Ben Affleck e aqui veremos mais uma história ou histórias do maior herói do planeta. Robert Pattinson fez um grande trabalho. Recomendo. Nota: 7,5
Era uma Vez no Oeste_(Once Upon a Time in The West)_* 🎥direção: Sergio Leone - visto no dia 04.03.22 -- Ano: 1968. Primeiramente sempre gostei de filmes do gênero Western. Filmes de John Wayne, Clint Eastwood e entre outros me cativaram e aqui não foi diferente. E aqui me surpreendeu positivamente demais. É uma abordagem mais contemplativa do universo do faroeste, mostrando a construção da ferrovia e a questão do avanço da região e da modernidade. Mas o filme se destaca pelos seus grandes atores (Henry Fonda - pai de Jane e Peter Fonda) - que é um ator de 1,86 de altura, fantástico, ganhador de Oscar que fez o vilão Frank, Charles Bronson como o misterioso Harmônica, o nemesis do Frank, Jason Robards como Cheyenne ( esse ator inclusive ganhou o Emmy, Oscar e o prêmio Tony Award), claro, a maior estrela feminina do filme, a belíssima e excelente atriz Cláudia Cardinale que inclusive a vi em 'Rocco e seus irmãos'). Inclusive ela é da Tunísia, foi considerada uma das 50 atrizes mais lindas da história do cinema. Enfim todos os atores, incluindo os figurantes, fizeram um grande trabalho, mesmo só no olhar, na expressão. O filme é muito expressivo, pois cada olhar diz mais que mil palavras. Não tem muito diálogo o filme todo, mas as expressões, o olhar, simplicidade das cenas já dizem tudo, e claro que acompanhada de uma trilha sonora fantástica do Ennio Morricone, que trouxe muita vida, emoção para a história e ajudou a contar a história. Tem uma cena da despedida que foi muito emocionante e o filme tem muitas outras cenas de arrepiar. Igual quando aparece pela primeira vez a
Jill Mcbain e depois a câmera abre como um 'plano geral' mostrando toda a estação e a cidade.
Achei essa cena magnífica. Igual a parte do confronto entre os cowboys e principalmente entre os protagonistas. Sensacional. Igual as cenas de tiroteio e confronto. Tudo muito bem filmado, dirigido. Confronto dos personagens muito bem retratado também. Vou ser sincero, no começo que estava assistindo, foi um pouco estranho em acompanhar o ritmo do filme, mas ao passar do tempo, você mergulha na história e se aventura no velho oeste. Fotografia sublime, esse filme é uma aula de dirigir filme. Mas só não gostei de um detalhe da narrativa que para mim ficou meio vago. Mas no geral ótimo e marcante filme. Ah outro ponto: A gaita aqui é um dos elementos vitais do filme, do Harmônica. Sempre que toca esse ritmo é arrepiante. Adoro gaita. E tem gente inclusive no Filmow falando que o filme é arrastado. Claro que por um público que está acostumado a ver só ação, Marvel ou Velozes Furiosos não vai gostar do filme, mas para quem contempla, ver cinema de verdade, a arte cinematográfica através do olhar, no som, do natural, do simples que diz muito, vai adorar. Valeu pela indicação. Adorei. Nota: 9,5
O Psicopata Americano (American Psycho) - 2000 - EUA - visto no dia 12.02.22 Primeiramente preciso ressaltar o trabalho do Christian Bale. Um grande ator que aqui brilhou como a principal estrela do filme merecidamente. Ele encarnou o personagem de forma assustadoramente convincente. Fiquei sabendo que o filme é baseado no livro homônimo, a história fala do Patrick Bateman. Já de primeira impressão, mostra um protagonista extremamente preocupado com a estética e cuida de forma profunda da aparência com muita meticulosidade, de forma cronometrada e rígida. Cada ação tem uma sequência preparada para cuidar de todo seu corpo, cada produto específico para área específica do seu corpo, tudo muito bem esquematizado, sistemático. Ele segue essa rotina diariamente sem nada contrapor ou mudar isso. No seu trabalho, ele vive ao redor de futilidades, só está no seu emprego por conveniência de estar lá, fofoca e sempre está no telefone no trabalho marcando um jantar, algum ambiente para poder ver as mesmas pessoas do mesmo círculo social que frequenta. Sempre as mesmas pessoas da mesma classe, situação social, financeira que ele. Geralmente colegas de trabalho, ou pessoas que frequentam os mesmos lugares que ele. Todos tem o mesmo papo, mesma rotina, mesmos assuntos, veste as mesmas roupas, tem os mesmos estilos, interesses. Todo mundo parece clone do outro. O nível de competitividade entre eles da área financeira é absurdo. A todo momento um quer ser melhor do que o outro em todos os aspectos, incluindo até coisas fúteis como o
estilo do cartão de visita onde um quer ser melhor que o outro, ficaram se comparando entre si onde cada um mostra o seu cartão de visitas. Quando um se sente inferiorizado, se sente ressentido por seu colega ter um cartão melhor que o seu, então ele arranja tempo para ir na gráfica fazer o cartão melhor.
Essa cena é o símbolo do filme. Tem outras cenas que reforçam toda a rotina desses personagens, mas como o foco é o protagonista, ele realmente é obcecado na aparência. Além dos produtos de estética, ele cuida muito da aparência em outros aspectos:
atividade física no seu apartamento de forma constante, roupas da melhor grife, alimentação extremamente bem pensada nos seus restaurantes comuns.
Então resumindo, a vida é de aparências. Nenhuma relação é aprofundada, nada é aprofundado, tudo é superficial, raso. No fundo mesmo todo mundo se odeia, ninguém se suporta, ninguém liga um para o outro. Eles só se reúnem para manter a imagem social, status social. Veja o exemplo da
Patrick fica com várias mulheres e a sua namorada fica com outro cara, ele e ela agem com naturalidade em relação ao assunto. Um não suporta o outro, o relacionamento é de fachada.
Outro ponto que o filme destaca: a maravilhosa trilha sonora do longa com referências a vários artistas de grande estirpe como Genesis, Phil Collins, Whitney Houston, o protagonista fazendo a sua análise inteligente sobre as obras desses artistas. A trilha sonora é incrível no filme, é um grande destaque. Gosto bastante. Outra coisa que curtir muito no filme foi sua estética, crítica ao consumismo, crítica a sociedade rasa, ao narcisismo exacerbado do protagonista, e à banalização da violência de forma sangrenta retratada no filme. Mas a história principal do filme é sobre o protagonista que tem uma vida que é sonhada por muitos, mas que a leva de forma entediante no trabalho, na vida social e pessoal, assim ele busca novas emoções ou choques de adrenalina para se sentir vivo novamente. Por essa razão, é uma coisa mental do protagonista e que o fim do longa justifica o real sentimento do personagem em relação ao seu mundo social que criou, vive: desprezo.
Ele tem vontade de matar, usar as pessoas, desejos pessoais sombrios que deseja tanto colocar essas ações em prática mas nunca consegue por ser considerado um covarde, fica se imaginando fazendo certas coisas em meio a sua vida medíocre, rasa e sem novidades. Então fica imaginando, esquematizando na sua mente planos que nunca irão se
concretizar. A cena da explosões em geral ( que por sinal é uma cena ridícula) e a do prédio onde
ninguém sai dos quartos em uma perseguição e no meio de um barulho de motoserra em ação
, mostra que são elucidações de uma mente rasa e inquieta, que leva uma vida sem novidades, sem objetivos e sem propósito. O ódio o consome perante ao seu redor, pois as pessoas do seu círculo social são iguais ou piores do que eles. Uma sociedade que só pensa em ostentar. No fim eu me surpreendi pois não imaginava esse fim mas faz todo o sentido. Um ponto negativo do filme penso é que nenhum personagem coadjuvante é desenvolvido. Todos são rasos, meros figurantes. Personagens da Reese, Jared Leto teve papéis dispensáveis, de apenas suporte de figurante praticamente na trama como os outros personagens. Poderiam ter desenvolvido melhor os outros personagens também. Tem cenas meio rasas, sem objetividade. O fim poderia ser melhor trabalhado mesmo tendo um sentido, mas foi curto e faltou maior construção para esse contexto. Recomendo. Filme com uma boa ideia, em grande parte bem executada, com um ator que é uma estrela que carrega a obra nas costas, com cenas marcantes, trilha sonora incrível. Recomendo. Nota: 7,0
Pulp Fiction - EUA - 1994 - visto no dia 15.01.22. Esse me surpreendeu positivamente. Sendo sincero, nunca tive tanto interesse em ver anteriormente e por essa razão fui postergando em assistir esse filme. Nunca foi minha meta, sempre tive interesse em conhecer outras obras. Hiper popularidade desse filme onde tem muita gente que se considera cinéfilo, cult por ver esse filme, isso me repeliu. Ficou muito modinha, mas o filme tem seus méritos e realmente merece a popularidade, após vê-lo tive essa percepção: diálogos ricos, muito bem construídos, inteligentes e reflexivos, profundos. Elenco de primeira com Ulma Thurman, John Travolta, Samuel L. Jackson. Atores se entregaram em cena, papéis convincentes, elenco muito bom. Aqui tem cenas icônicas como
com cenários incríveis, clássicos e com música de qualidade e o John Travolta com Thurman fazendo uma cena antológica e clássica, que caiu até como meme pela repercussão popular onde
cômodo e fica procurando em dúvida a pessoa no lugar.
Outra cena que é usada em todo lugar (até em processo seletivo em empresa para relatar algo perdido ou se precisa de ajuda em alguma informação) É incrível como isso proliferou. O filme conta a história dos personagens Vincent Vega, Jules, que Vincent se
apaixona pela esposa de seu chefe quando a acompanha e por isso ocorre a cena da dança. Ele passa por certos perrengues, como a quase morte de overdose da mulher, a mistura de bebida e drogas que ocorreu, Vega desesperado, procurando ajuda em alguns desconhecidos com a mulher desacordada.
História muito boa. O filme tem outras histórias paralelas como o do Butch,
o homem é interpretado por Tim Roth, conhecido também por Cães de Aluguel e outras obras. Aqui tem umas das melhores cenas do filme, também o diálogo, e todo seu contexto. Com um ótimo discurso de Jules que inclui a
que é considerada uma das maiores falas do cinema, a quarta maior fala do cinema através de um estudo de jornalistas, críticos cinematográficas onde reuniram as melhores falas (diálogos) do cinema mundial. Os seus diálogos trazem um ótimo tom analítico de toda a situação, de todo contexto. Interessante. Ele com seu discurso, diálogo apaziguador, deu uma ótima lição que deixou
os bandidos nervosos,quietos e controlou a situação ao seu favor.
Criminoso experiente é outra coisa. Vincent Vega e Jules fazem uma ótima dupla: diálogos com senso cômico, irônicos, mostrando a convivência deles, seus métodos de trabalho, sendo de ironia que permeia a obra. E claro que a violência muito bem retratada, mostrando a criminalidade crescente e destruidora envolvendo gangues, máfias, então a violência gráfica é muito bem retratada, é uma característica das obras do Tarantino. Outra característica é o filme sendo montado e distribuído de forma não linear, que o telespectador precisa montar o quebra cabeça para entendê-lo na ordem cronológica, na sequência correta. As cenas no encaixe cronológico faz todo o sentido, realmente é um roteiro bem criativo, bem adaptado, com diálogos poderosíssimos. O título do filme também é algo bem pensado, onde se refere às revistas Pulp que foram bastante populares no século XX. O filme ganhou o Oscar como melhor roteiro original. John Travolta teve uma ascenção em sua carreira e teve popularidade novamente nos anos 90 e até hoje é lembrado também graças a esse filme. Samuel L. Jackson e Uma Thurman, os 3 protagonistas foram indicados ao Oscar como melhores atores coadjuvantes e Travolta protagonista. O elenco fez um trabalho sensacional, marcante. Um ótimo filme. O único ponto que não gostei tanto, foi a parte do Butch que poderia ter focado um
, e a violência que isso gera, é realmente impactante e cenas bem dirigidas e montadas como grande parte do contexto da história do roteiro do filme. Longa metragem que recomendo e realmente é um marco na história do cinema dos anos 90. Nota: 9,0
Homem Aranha - Sem volta para casa - EUA - 2021 - visto no dia 08.01.22 O alvoroço em torno desse filme foi estrondoso onde tem gente com audácia falando que é o maior, ou um dos maiores filmes de todos os tempos. Olha que meus olhos sangraram ao ler essas barbaridades. Primeiro o filme usou o recurso do fan service no talo. Fizeram e fazem de tudo de forma apelativa para atrair a audiência em um filme com mesmo formato Marvel e desgastado de antes. Mas claro que esse filme tem as suas qualidades e tem seus pontos positivos e considero nesse anom um grande filme da Marvel, o melhor desse ano. Também a Marvel não tem aquele avalanche de filmes excelentes, são só alguns que considero bons. Outro ponto é que a maioria das pessoas que conheço enalteceram esse filme como maravilhoso mas não vi nada demais. Primeiro é um filme divertido, leve, descontraído como o personagem de Peter Parker é em sua personalidade e contexto. Até que o trabalho de Tom Holland vem melhorando ao interpretar o aracnídeo. Mas considero o Toby Maguire até hoje o melhor homem aranha disparado em todos os aspectos. Enfim, além de ser um filme divertido, o filme faz belíssimas homenagens que ganhou meu respeito, afinal, sempre temos que lembrar o começo, história das coisas, aqui enalteceram o passado, isso foi ótimo. Alguns dos maiores vilões participaram aqui como: Duende Verde do ótimo ator Willem Dafoe do Homem aranha 1 de 2002 do Sam Raimi. Como também participou o grande personagem Dr. Otto Octavius, do Alfred Molina, grandes personagens e atores da primeira adaptação cinematográfica. A trilogia, os dois primeiros filmes do Sam Raimi são incríveis. Mas vamos lá: essa homenagem também englobou ao Andrew Garfield que fez um bom homem aranha mas que depois que lançou "Ameaça Electro" foi cancelada a participação do ator em uma possível sequência. Enfim, Andrew Garfield fez dois filmes e teve sua homenagem merecida. O contexto do
também foi muito legal, divertido, mas acabou descambando nas piadas infantis, rasas, repetitivas que é característica da Marvel. Sem graça, a Marvel deveria ser mais séria e focar mais na sua história ao invés de focar em piadas sem graça. A comédia tem que ser usada de forma pontual. Mas é aquela: o público alvo da Marvel é crianças e adolescentes. Aqui o contexto principal cita as
consequências da identidade dele ser descoberta, e ele vai enfrentando esses vilões e enfrenta as consequências de fazer o mundo esquecer sua verdadeira identidade.
Aqui tem a participação de gala e de calibre do grande Doutor estranho: um mago supremo que fez crescer o filme do homem aranha. Benedict Cumberbatch ótimo como doutor estranho. Aqui ele é um personagem importante e participa do arco principal da história como também um agente influenciador. E começa a surgir as outras versões e foi aí a sacada dos
três homens aranhas onde cada um em enfrentar os seus vilões em seus respectivos universos. Essas são as versões do multiverso da loucura
que continuará a exploração desse conteúdo no próximo filme solo de Doutor estranho que ainda verei e foi lançado. Aqui exigirá mais do Peter em tomar decisões e lidar com as consequências na vida. Gostei mais do amadurecimento do Peter Parker. Tanto o personagem em si como o ator Tom Holland. Eu o considerava antes um ator fraco, mas vejo evolução em seu trabalho, só espero que continue crescendo como ator. E faça grandes papéis. Mas mesmo em todo esse contexto, o roteiro do filme é frágil:
como um mago supremo tentaria fazer os desejos de um adolescente quando irá colocar toda a humanidades em risco? Ele nem pensou muito que isso resultaria em uma catástrofe mas resolveu atender o pedido de um moleque ainda imaturo? Para voltar no tempo? Com feitiço com chance de dar errado?.
Realmente foi forçado, sem criatividade nenhuma no roteiro. É um filme que trabalha com a nostalgia e tenho certeza que muita gente foi ao cinema para ver os antigos homem aranha que são melhores que Tom Holland. Por isso pega um pouco a emoção dos telespectadores. Destaco os efeitos visuais do homem aranha. Um filme com belíssimo trabalho de computação gráfica, provavelmente nessa parte técnica provavelmente irá concorrer ao Oscar. Trabalho primoroso, como a fotografia e todo o foco na estética do longa metragem. Trabalho do elenco muito bom, com ressalva a Tom Holland, que eu o acho um ator fraco. Efeitos visuais, sonoro é o maior destaque da obra. Esse homem aranha é bem moderno, tecnológico e senti que isso tirou um pouco o homem aranha raiz mais simples. Um filme que trabalha com nostalgia, se torna uma bela homenagem aos antigos fãs da franquia, das primeiras adaptações. Aqui tem um drama maior, um tema mais duro e reflexivo e por isso que até aqui se tornou o melhor homem aranha do Tom Holland. Eu senti Andrew, Toby bem confortável no filme, pois imagino que para eles deve ter sido uma grande emoção reviver o passado e para Toby reviver um grande momento de glória e além dos atores dos vilões bem famosos. Enfim um bom filme Marvel, um dos que salva dessa enorme franquia de muitos baixos. Nota: 7,5
Um Sonho de Liberdade - USA - 1995 - visto no dia 08.01.22 Filme potente, uma das melhores adaptações literárias que já tive o prazer de conhecer até o momento. Outra adaptação de qualidade da obra do mestre Stephen King, onde escreveu o livro, 'Sonho de Liberdade'. Uma belíssima, chocante e profunda história. Aqui o diretor responsável pela empreitada foi o Frank Darabont, o diretor que conseguiu absorver e colocar essência do livro de King nessa obra. O próprio escritor lhe deu esse reconhecimento elogiando seu trabalho de adaptação. Diálogos, cenas, o Stephen King disse que o Frank adaptou mantendo a originalidade da obra original. A história em si é bastante reflexiva, real, dolorida: Conta primeiramente a história de Andy
que foi condenado a duas prisões perpétuas pela morte da esposa e do seu amante. Ele é condenado injustamente, e assim vai narrando o dia a dia dele na
prisão, sua experiência, e sua amizade com o Red que se desenvolve de forma profunda ao longo do tempo. O começo difícil do novato, da gozação, da adaptação de vivência em dentro dos muros e dos colegas da prisão que levam uma vida corriqueira, monótona e que buscavam fazer de tudo para manter a mente ocupada. O sofrimento do Andy perante a uma realidade dura, cruel, injusta, ele fica sem chão e sem esperanças após o
julgamento que o colocou como culpado antes mesmo do veredicto. Aqui o advogado de acusação
muito bem interpretado por Jeffrey Demunn que é um ator veterano e que participou de muitas adaptações de Stephen King com Darabont sendo ator Coadjuvante ou com pequeno papel como aqui. Então mostrando esse convívio diário de Andy nesse novo ambiente hostil, somos apresentados a vários núcleos de dentro da prisão e de como é a filosofia de vida do lugar, trabalho rígido dos guardas e rotina rígida dos prisioneiros. Tendo o foco em cada guarda onde sempre tem um que se aproveita da situação, gosta de ver o sofrimento alheio,
infringe dor, crueldade a certos prisioneiros que não respeitam as regras como também aos 'mais frágeis emocionalmente falando' onde tem certos prisioneiros que se desesperam ao chegar na situação onde se encontram.
espanca um prisioneiro que estava abalado emocionalmente, esse o espanca tanto que o prisioneiro fica em estado gravíssimo e vai direto para enfermaria.
que abusa e quer usar os outros presos, principalmente os novatos.
Cenas de cara valentão e com gosto duvidoso. Ótimo ator que é bastante conhecido nos EUA. Outras cenas que me marcou são como Andy consegue se adaptar, criar confiança, manipular a situação ao seu favor para a conquista e desejo final:
área financeira, ele consegue influenciar o diretor e tem conquistas dentro da estrutura da prisão tornando a vida dos prisioneiros mais humana e com mais valor.
sendo preso de forma inocente, o seu plano de forma engenhosa, lenta conseguiu concretizar em 19 anos.
A paciência, passo a passo, a necessidade de esconder de todos o andamento do plano foi muito inteligente. Destaco a atuação dos dois protagonistas: Tim Robbins e Morgan Freeman. Grandes atores que souberam conduzir muito bem a história do começo ao fim. A narração de Red conduziu muito bem o andamento da obra. Destaco o poder dos diálogos desse filme: poderoso, bem escrito, história muito bem contada, coerente, precisa. Roteiro bem amarrado, emocionante. Outra cena que me marcou bastante foi a cena do
prisioneiro bibliotecário (que cuidava da biblioteca) quando ele consegue a liberdade após décadas vivendo dentro dos muros, dependendo deles. A história dele em liberdade é dura, melancólica, reflexiva: Ele não ver sentido na vida quando está fora da cadeia, em reconstruir a sua vida comum em uma pensão, em um emprego comum livre. Ele depende tanto da prisão, onde ele tinha um significado, uma serventia, uma ocupação na sua vida, ele sentia que fazia a diferença cuidando dos livros da biblioteca, quando ele perdeu isso, não viu lógica em viver. E se mata de uma forma bem triste.
Isso nos traz muita reflexão sobre o significado da vida, da liberdade em si, como cada pessoa entende sobre ela, de como podemos refletir sobre a vida de uma pessoa dentro da cadeia, sem liberdade e sem aproveitá-la em sua plenitude, tendo uma vida limitada. Todas as nossas ações tem consequências na vida e essas consequências podem levar a vida inteira. Red também teve quase o mesmo destino: após
40 anos preso, ele consegue a sua liberdade onde Andy já conquistou antes denunciando inteligentemente o diretor corrupto da prisão, como também ele pega o seu dinheiro por direito, afinal, ele fez muito trabalho para o diretor de graça, desse cara se aproveitando dele, trabalho sujo em lavagem de dinheiro.
Fora da cadeia tem as cenas mais emocionantes do filme todo:
Zihuatanejo como um lugar místico que é de pura paz, esperança, luz. Ali seria um refúgio do paraíso onde Red encontra a sua salvação e Andy sua redenção.
Minha interpretação seria essa. Mas na interpretação concreta, o Red
fio de esperança onde Andy descreveu na carta para ele.
O final é bem emocionante. Cada pessoa pode tirar a sua interpretação em relação a obra e seu significado, pois cada um pode extrair algo, um pouco diferente proposto pela obra, mas no geral todos concordamos que o Red
teve a sua salvação mística ou real, Andy sua redenção após 19 anos
e que é um filme completo, belíssimo, profundo e muito reflexivo. Que ótima adaptação do Frank e o trabalho primoroso de roteiro, direção e do elenco. É um clássico atemporal, indicado a sete Oscars, e tenha a maior nota no site do IMDB (isso já é exagero). Mostra muito a nossa realidade de pessoas inocentes sendo presas. Recomendo. Para quê oscar não é? Ele premia quem ele quer, se o filme ganhar ou não oscar, não diminui e nem aumenta a qualidade da obra audiovisual. Nota: 10,00
À Espera de um Milagre - EUA - 1999 - revisto em 05.01.22 originalidade revisto anos atrás. Um grande filme adaptado da obra de Stephen King dos anos 90, onde o próprio Stephen King chamou Frank Darabont e falou da sua nova obra literária que se passa em uma prisão e de um homem que vai ser executado. Frank primeiro ficou receoso se adaptaria uma nova obra que se passa de novo em uma prisão, afinal, ele adaptou outra obra muito conhecida do Stephen King chamada 'Um sonho de liberdade' que é maior obra prima do Frank Darabont, uma adaptação fantástica com Morgan Freeman. Enfim, Frank leu 'Green Mile' e comprou os direitos, fez a adaptação. Ainda bem que a fez, pois o filme em si é uma obra prima do cinema. Frank é um dos poucos diretores que sintetizou muito bem o ambiente, contexto das histórias de King para o cinema. Do livro para adaptação, pois o filme é bastante fiel ao livro como o próprio King comentou. Esse filme é muito lembrado hoje em dia, sempre será lembrado por gerações. Foi um tremendo sucesso onde foi indicado a 3 Oscars, mas perdeu todos para 'Beleza Americana' de Sam Mendes. Penso que foi injusto pois pelo menos um Oscar deveria ter levado como em ator Coadjuvante pelo menos. Voltando a história, o Stephen King pegou como referência o caso polêmico onde um menino negro foi condenado a cadeira elétrica aos 14 anos. A pessoa mais jovem a ser condenada na cadeira elétrica no mundo, ele era inocente. Uma das maiores injustiças. Como o júri era composto majoritariamente por homens brancos, de classe média e alta, era muito mais fácil jogar a culpa em qualquer pessoa, melhor ainda em uma época muito mais racista que hoje, que jogar a culpa em um negro onde ninguém questionaria a justiça, essa condenação. Isso influenciou King e fez certos conceitos baseados na realidade, readaptou para a sua obra. Primeiro, o filme é muito bem ambientado, mostrando muito bem o contexto da prisão, filosofia dos guardas, filosofia de trabalho, organização do local, muito bem detalhado, mostra a personalidade de cada guarda, alguns muito receptivos, outros nem tanto, outros maus e que gosta de humilhar os prisioneiros com muito sarcasmo como Percy, excelentemente interpretado por (Doug Hutchison). David Morse, ator veterano que fez Brutus Howell interpretação simples mas personagem bem presente e convincente, mesma coisa com Tom Hanks (Paul Edgecomb) que fez uma interpretação simples mas marcante, como chefe de polícia e Jeffrey Demunn como Harry Terwilliger participando menos mas agregando ao longa com eficácia na história. Além de outros atores veteranos como James Cromwell, Gary Sinise, Bonnie Hunt etc. Exemplificou bem o dia a dia da prisão, mas claro o maior destaque fica para os prisioneiros que conduzem a história, aqui a maior estrela é Michael Clarke Duncan, o Big Guy que infelizmente o ator já morreu em 2012. Ele foi um ator excelente com muito brilho, entrega, dedicação, habilidade entregou um personagem carismático, inocente, simples, de uma bondade rara e simpática. Um personagem que o telespectador e seus personagens ao seu redor criam um laço, um carinho pela pessoa que ele é. Ele é tão convincente no seu papel que chega a assustar. Interpretação estonteante, magistral. Ele merecia o Oscar sem dúvidas..tem cenas que ele entregou tão de corpo e alma que tem cenas mais impactantes e emocionantes onde ele lembrou da infância dele, da ausência do pai, trazendo uma emoção real e fidedigna na hora da sua interpretação. A história em si de Green Mile é simples: todos serão condenados a morte sem exceção, pena de morte na cadeira elétrica, o filme vai mostrando cada criminoso não de forma brutal, mas de forma humana, como que aquele lugar fosse uma clínica de reabilitação, onde todos repousam para o golpe final. Cada prisioneiro com as suas características: um com sarcasmo e risos perto de morrer, outro com dor
lembrando do passado que foi o melhor momento da sua vida com a sua mulher
, mas serve como destaque também o personagem Dell (Eduard Delacroix) que mostra que no meio da prisão há um pouco de humanidade que sobra e que tem gente que merece a segunda chance. Aqui Dell sempre foi sincero, expressivo e amargurado, profundamente arrependido com que fez no passado, e encontra no ratinho (Mr Jingles) uma companhia sincera, fiel, uma salvação em meio aquele ambiente pesado na qual todos estão sendo condicionados. Interação, amizade profunda de Delacroix com o rato é algo lindo de se ver, o ator dá um show de interpretação. Um dos melhores do elenco. O Ratinho em si foi o show a parte. Para adaptação foram usados mais de 30 ratos diferentes com habilidades e características únicas. Mr Jingles, o ratinho de circo roubou as cenas que participou. E amizade entre Dell e o rato é algo puro e verdadeiro que mostra o forte laço emocional entre os dois. A cena do
traz muita tristeza, amargura e muita revolta. A cena posteriormente é simples e marcante mostrando toda a bondade de J. Coffey em ação. A parte do filme
que diz a verdade por de trás da morte das meninas traz uma revolta
e um velho recado: Nunca confie em ninguém 100% mesmo se essa pessoa é tipo considerada da família. Isso mostra o cinismo, o grande enganador que é o Bill. Um cara cruel, sem escrúpulos. Muito bem interpretado por (Sam Rockwell). Ao longo da história, John coffey faz
milagres que a todo momento faz questionar: ele é um milagre de Deus? Ele é um anjo? Ele ser condenado a morte, traz impactos profundos em Paul, que fica abalado com toda aquela situação, sabendo da sua inocência mas mesmo tentando procurar por provas que ele era inocente, mas como vai provar?
Em umas das cenas mais bonitas de todo filme mostra que o
Paul quer salvar o John pois fica afetado por ter que matar um milagre de Deus e seguir as leis dos homens, esse (John) diz em um desabafo emocionante:
foi uma das coisas mais tristes que já vi. Assustador também estilo Stephen King. Realmente que cena bem montada, executada, destruidora. Impactante. Traz um misto de sentimentos: revolta, tristeza, tem um impacto no espectador e principalmente para o público que presenciou aquelas cenas. Os diálogos dele, de Dell, o seu momento no filme foi deveras sensacional, que ator de alto calibre. Percy tendo
uma reflexão sobre a humanidade, seus relacionamentos, de como a sociedade é deprimente e que precisa de uma salvação, uma cura, uma mão que o John extendeu. A
foi bem emocionante até nas pequenas falas, mas aqui destaca o olhar de cada personagem que diz mais que mil palavras. Cada olhar, uma tristeza, uma ação, despedida. E no fim,
todos os guardas choram, o John Coffey quando fala que tem medo do escuro, difícil não se emocionar. E o restante das cenas da despedida onde Paul e John dão as mãos para último cumprimento, e cadeira elétrica mata o John, e mostrando o semblante dos guardas, de cada guarda após impor a morte para John, foi uma das melhores cenas já filmadas, de cortar a alma.
Daí para frente volta para o começo onde mostrava o
rato e o próprio Paul viverão juntos até a morte deles, em meio a velhice
. Tem um último detalhe que também é importante, foi que o grande público comparou a trajetória do John Coffey com Jesus Cristo. Penso que é uma comparação bem válida, pois primeiro: Stephen King é cristão, provavelmente você ver uma semelhança pelas características de ambos personagens, aquele semelhança:
Jesus morreu pelos pecados da humanidade e o John pelo contexto, também morreu. Os guardas da prisão seriam os romanos, as curas seriam os milagres do Jesus, bondade entra tbm, morrer inocente tbm entra, todo contexto sobrenatural, humanitário, filosófico é comparado a Jesus.
Interessante essa abordagem mas ao mesmo tempo irrelevante, pois sempre tento manter religião longe de tudo. Enfim uma grande obra atemporal que merece todo prestígio que tem. Nota: 10,00.
A Montanha Sagrada - 1973 - México - USA - visto no dia 26.12.21 Vendo esse filme, tive sensações únicas. Uma grande obra do cinema alternativo e surrealista. Realmente a obra é tão complexa com tanta referência, detalhe que é difícil você sintetizar o filme de forma perfeita, pois sempre tem algo a mais que você pode discutir, acrescentar. Excelente filme, me surpreendeu positivamente. Penso que o filme também é uma crítica ao militarismo, ao exército e a polícia, pois por exemplo, o
Axon é uma divindade, ele é idolatrado por fanáticos religiosos onde o consideram um deus supremo, fazem um sacrifício para ele, para entrar na seita, ele é chefe de polícia.
Para mim foi uma alusão a realidade, uma referência, pois as pessoas consideram a polícia uma autoridade suprema, inquestionável e pela ditadura militar no Chile (que foi uma referência para o diretor na sua obra), também e por cometerem muitos abusos de poder, penso que foi uma crítica aí também nesse aspecto. Crítica também como as crianças são condicionadas desde cedo a odiar seu semelhante por conta do estado que precisa de soldados e assassinos para exterminar o inimigo caso ocorra guerra. Plantando ódio, lavagem cerebral, manipulação e criando no futuro umas bestas assassinas e sanguinárias. Igual o
fiscal financeiro ou econômico do prefeito ou presidente
(não lembro especificamente) o que ele manda é lei, nem se importando com as condições de vida da população, se eles morrendo ou não não faz diferença. O personagem, o ladrão penso também é símbolo da inocência: vc ver como ele age como criança? Ele é meio que
inocente naquele mundo corrupto, ruim, imoral, ele nem sabe direito o que fazia, era manipulado de acordo com as pessoas, o ambiente onde estava passando, ele fazia sem entender o que estava fazendo as coisas.
Ele sendo corrompido. O final foi genial na minha opinião. Filmaço. A crítica à religião é muito forte, principalmente ao cristianismo materialista e comercial. A
é uma crítica clara ao imperialismo. Penso que além do mundo da moda, há uma crítica também a morte, uma análise sobre a morte, a pessoa nem pode morrer em paz, que ela
mesmo morta tem que estar bem apresentável antes de ser enterrada no chão
. Fanatismo e obsessão pela beleza, modifica o nosso corpo, nosso rosto e identidade que quando morrermos, nada se sobra. Adorei como o Alejandro Jodorowsky trabalhou com as cores bem vivas, tudo muito simétrico, criativo. Penso que o filme significa a busca por algo, busca de um sentido de vida para todos aqueles que acham que conquistaram tudo na vida mas sentem um vazio ou uma crise existencial, por essa razão, buscam na imortalidade a resposta ou pistas para prosseguir com a vida deles. Penso que o chimpanzé é o estado natural do animal inocente que não foi corrompido pela sociedade imoral mas podendo ser a teoria da evolução onde saímos do macaco, analisando a sociedade do filme, não evoluímos em nada na vida. Pelo turismo no México, penso que pode tirar disso de que os turistas tem uma visão muito erotizada, exótico do México. Tipo pensa que é um lugar excitante, divertido, erótico, diferente que pode trazer muito prazer carnal, liberdade. Um lugar de pessoas exóticas que precisam ser vistas e prestigiadas igual animais no zoológico. Interessante. Fala da repressão policial, abuso de poder enfim... Grande obra. Pena que no final, certas resoluções, foram meio aquém do esperado mas uma grande obra cheia de camadas. Recomendo por ser um filme diferente, estiloso, criativo e totalmente fora do convencional. Nota: 9,0
August Underground - 2001 - EUA - visto no dia 22.12.21 Que found footage de qualidade. Gostei muito do seu contexto realista, brutal e sanguinário. Achei um ótimo exemplar que retrata a podridão e a crueldade humana. Filme cru, violento, sangrento, destruidor e mostra de forma clara onde o masoquismo, sadismo impera no meio de tudo isso. Dois serial killers que aparentemente tem muito tempo livre, começa a realizar vários tipos de matanças, crueldade, tortura perante a pessoas (homens, mulheres) que eles
que são bem vulneráveis a esse tipo de indivíduos doentios e nojentos. A risada, palavra fuck são bem característicos desse longa onde falam disso o momento inteiro. A cena na
também é bastante icônica, mostra claramente que esses dois sujeitos realmente não tem nada para fazer, pois devem ser filhinhos de papai que são sustentados a vida inteira, nunca tiveram a necessidade de se esforçar na vida. Enfim, um ótimo exemplar de terror psicológico, brutal, sangrento que me marcou positivamente pelo seu realismo e violência gráfica e retrato fiel da crueldade. O fim é bastante tenso após cenas longas de exibicionismo das
Será que no segundo filme terá uma continuidade disso? Esse pequeno fim foi bastante tenso para os personagens e para o espectador que acompanhou esse filme. Outro ponto: o diretor (Fred Vogel), ele também atua no filme, é o ator principal onde faz as várias torturas para seu amigo registrar. Ele teve grandes influências de diretores e pessoas influentes da produção de filmes de terror em geral. O cara com esse filme óbvio que tem muito futuro no terror extremo. Esse longa me deixa bastante surpreso, pois foi muito impactante o quão real, cru ele é. Parece realmente um 'Snuff' movies. Só um aviso: é um longa para um público mais maduro e adulto, que está acostumado a ver podridão e destruição na tela. Outro ponto: é incrível o poder de manipulação dos amigos em atrair a confiança e matar as suas vítimas. Igual da cena da
senhora de idade: ela aceitou a ajuda e eles fizeram isso com a senhora matando- a sangue frio.
Nível altíssimo de crueldade. Outro ponto: roteiro do filme é bem simples mas bem elaborado, criativo - um fiapo de história que rendeu grandes cenas marcantes. Resumindo: veja o filme mais rápido possível, pois pode te surpreender. Recomendo. Nota: 8,0
Lake Mungo - 2005 - Austrália - visto no dia 21.12.21 Grande filme. Pela primeira vez que vi foi uma grata surpresa, pois ele é diferente de outros found footage que conheço como VHS, August Underground, REC por exemplo. Primeiramente é muito realista, tem elementos jornalísticos, de documentário com bastante credibilidade. Se uma pessoa desavisada que nunca ouviu falar em found footage com certeza ela pensaria que esse filme era um documentário de uma morte real, que ali estava tendo entrevista, reportagem real com muita veracidade. O tema do filme é bem simples: uma
mulher tem muitos segredos que escondia até dos próprios pais que não sabiam nem 30% do que ela fazia escondida.
Todos os atores muito bem em cena trazendo muita naturalidade na história, e parte da descoberta dos pais em relação a Alice foi um choque obviamente para todos. Isso só trouxe mais mistério e perguntas para uma história complexa e cheia de possibilidades. Criativo. A história te prende do começo ao fim, tem um bom suspense, tem um bom elenco australiano desconhecido e tem o elemento de terror que paira no ar, além de ser um filme frio, acinzentado mostrando a melancolia do lugar. Um terror com um ambiente pesado, macabro e que pode acontecer de tudo. Realmente o filme tem algo de assustador, aterrorizante. O elemento sobrenatural ficou com um destaque simples, marcante. Igual uma coisa ficou vaga: a
assombração em si não teve propósito e no fim resumiu de que ela sabia que iria morrer antes como uma premonição, seu espírito que apareceu na imagem na fita foi aterrorizante.
Filmagens únicas e ao mesmo tempo simples mas que deixou um grande marco na história. Muitos lembram dessa cena. O fim foi mais como
realmente estava na cara de que estava envolvido e era muito suspeito. Levanta certas perguntas óbvias: Porque ele fez aquilo? O que ganharia com aquilo e ainda mais prejudicando a imagem da irmã e da família?
pegar a imagem da irmã e modificar as imagens assim após ela morrer foi ridículo
, muito imaturo. Amei a fotografia, cenário do filme. Simples, mórbido e o lugar traz uma sensação de isolamento, solidão, parece afastado de tudo. Senti dessa forma. Direção firme e competente. Claro que teve coisas que ficaram vagas como assombração que não teve propósito, uma ou outra sem explicação como a questão do irmão com atitudes estranhas. Mas enfim, grande longa. Recomendo. Um bom exemplar de found footage. Nota: 7,0
Dente Canino
3.8 1,2K Assista AgoraDente Canino - 🎥Direção: Yorgos Lanthimos - 2009 - Grécia - visto no dia 05.06.22
Filme muito criativo pela sua temática abordada. Aqui uma família de 5 pessoas que tem um convívio tanto peculiar: Os pais tem regras rigorosas para os filhos seguirem vivendo as suas vidas no dia a dia. Eles impõem essas regras, e os filhos devem obedecer sem questionamentos. Eles são pessoas totalmente desconectadas do mundo exterior. Falo em si os filhos do casal que o único mundo que conhece é o mundo inventado pelo pai e a mãe. A manipulação dos pais é muito bem arquitetada para não surgir questões posteriormente:
todas as palavras e seus significados reais são adulterados por outros significados. Igual zumbi: significa flor. E além dos jogos que eles tem entre si abordando
resistência de cada um para ver qual que se sai melhor que o outro
cortar o rótulo de embalagem dos produtos, falar que o mundo exterior tem tipo um apocalipse, uma infecção generalizada cheia de monstros e perigos para a família, eles são treinados e preparados para tudo.
contato social como nunca ir a escola, conhecer pessoas externas.
maltrata seus filhos,
mente, use-os para seus desejos nojentos, igual quando eles obrigam seus filhos a terem relação sexual (incesto) e além de verem a pornografia pois de acordo com o senso comum, é algo imoral e errado para eles mas eles assistam e ainda querem impor moral?
mas a maioria das pessoas pensam isso da pornografia, impõe seu falso moralismo)
um avião passa com as turbinas bem no alto, e as crianças querendo pegar o avião, a mãe joga um aviãozinho que cai no quintal e eles correm desesperados para pegar o avião.
toca uma música no vinil em inglês, os pais traduzem para os filhos de forma totalmente errada e manipulavel.
uma fita de uma garota que faz serviços sexuais para o rapaz, com o filme Rocky Balboa e a irmã mais velha começa a mudar o comportamento profundamente (ela imita o personagem principal do filme), mudar a sua forma de falar, de se comportar, principalmente ela fica mais agitada e em situações onde fica mais descontrolada.
ela falando as falas dos personagens do filme no meio da sua rotina diária, uma hora os seus pais iriam descobrir, quando descobrem, realmente sentimos pena da garota, pois leva um tabefe que doeu até mim (que pai nojento), e quando ele bate na moça que disponibilizou a fita para a filha mais velha dele? Aquilo ali doeu até mim com certeza. O equipamento bem na cabeça.
começa arrumar um jeito de sair dali, no fim arranca o seu dente canino e se esconde no porta malas do carro.
até o dente canino cair, tem que continuar se preparando e quando cair, teoricamente estarão preparados para conhecer o mundo exterior. Quando o pai vai para a cidade com a filha escondida no porta malas, o filme acaba-se e trago uma associação pertinente a caverna de Platão
Será que ela terá coragem de sair do seu mundo onde vivia? Será que ela terá coragem de ver realmente como o mundo funciona lá fora? Ou ela vai ter medo e continuará vivendo na sua zona de conforto? Ela vai continuar escondida sem ter coragem?
Mata. Precisamos controlar, manipular, mentir, até chegar no momento de matar.
Nota: 7,0
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraHereditário - 🎥Direção: Ari Aster - USA - 2018 - visto no dia 04.06.2022
Filme de terror bom. O estúdio A24 vem se destacando na galera jovem (nova geração que está acompanhando cinema atualmente) como um estúdio que vem fazendo filmes de destaque no âmbito do terror. Midsommar é deles, por exemplo, que fez muito sucesso. Aqui a obra tem um grande elenco que fizeram grandes papéis com bastante dramaticidade, principalmente a matriarca da família e a sua estranha filha que tinha inconscientemente uma obsessão pela morte. Ela tem atitudes estranhas, comportamento muito esquisito, e cada vez mais tempo que passa, a sua situação vai piorando. Há um espírito maligno na família e que
quer alma de todos.
origem daquele culto, dos espíritos ruins que se apossaram da família,
(como a tentativa de comunicação com os mortos que foi feita na casa da vizinha)
possessão, das mortes
Nota: 6,5
A Mulher da Areia
4.5 96Mulher de Areia - 🎥Direção: Hiroshi Teshigahara - JPN - 1964 - visto no dia 22.05.22
Filme incrível. Primeiramente o filme começa de forma bem lenta, que mostra o universo da história, você pode demorar a acostumar nos primeiros 15 minutos, mas depois você mergulha na história e você começa a se adentrar em um grande longa japonês dos anos 60.
Primeiro preciso elogiar a fotografia que é magnífica: tudo é registrado com muita nitidez, cheio de detalhes, belíssimo de se ver a naturalidade das filmagens em si. As partes da areia são magníficas, os insetos mostrados, os personagens cobertos pela montanha de areia. Dá para reparar em cada detalhe.
Outro ponto principal é a história em si que vai engrenando de forma devagar mas magistral. O protagonista é um professor de epistemologia e está pesquisando espécies de insetos raras para seu trabalho, para seu catálogo, captura-as ao longo do deserto. O lugar parece que fica em vilarejos remotos e distantes da capital no Japão, que lugar belo mas confuso, fácil de se perder se não tiver um mapa. Ao longo do seu trabalho naquele lugar gigante de areia, ele se depara
com alguns moradores da região, do vilarejo que indicam um lugar para ele descansar a noite, tipo uma hospedagem. Ele aceita prontamente sem saber que caiu em uma armadilha mortal e sem saída
(sendo obviamente tudo uma estratégia, máscara para enganação)
a casa rodeada de areia e fica no fundo onde poderia ser coberto a qualquer momento da tempestade de areia, e tinha que descer de escada?
chamada de Bruxa
quando ver a escada recolhida, se desespera procurando uma saída que não tem.
mostra o comodismo da mulher em meio aquele caos com um homem tentando de qualquer modo sair daquele cativeiro.
1 - Trilha sonora: que trilha maravilhoso, todo desastre ela antecede, traz uma apreensão genuína, retrata bem o momento em que o personagem está em desespero para
escapar daquele círculo da areia
cavando e a areia caindo em torrencial impossibilitando a sua possível fuga.
2 - Diálogos: ele retrata bem a situação que os personagens se encontram, os seus temores, escolhas. Aqui o professor
se defendendo, ameaçando a mulher e a tentativa de fuga onde os diálogos são inteligentes, trazendo muita naturalidade em cena.
Os atores estão ótimos em seu respectivo papel. 99% do filme ocorre em uma velha casa com dois personagens enfurnados, é um trabalho difícil mantém as boas atuações em um ambiente claustrofóbico, os atores entregaram o melhor de si e foi um show de interpretação. Verei a sua filmografia igual do diretor que fez um trabalho firme e de muito profissionalismo e criatividade. Ao longo da tensão, dos acontecimentos, você não sente o tempo passar, a história te prende muito bem. Analisando melhor o final, achei coerente:
Mostrando realmente que o protagonista
teve o poder de escolher, liberdade de decidir o que queria que era ficar ali naquele momento para promover e estudar a sua atual descoberta. Ele tem um objetivo naquele inospito local e isolado, um significado de vida por ali. Por isso que ele fica.
ninguém quer ser esquecido, todos querem ser lembrados por ter contribuído em algo, ou não apenas caírem no esquecimento e morrerem sozinhos sem importância. Isso desde o professor e a mulher da areia viúva.
Na cena onde ambos se esfregam no chão
Igual também as cenas envolvendo o
possível espetáculo do estupro que estava prestes a acontecer promovido pelo pessoal do vilarejo. O protagonista falando
O que quê tem? Somos animais mesmo.
Mas a maior crítica do filme mesmo é contra o capitalismo e seu funcionamento. Só ver como os
moradores dos vilarejos exploram a mulher da areia e entre outros prisioneiros para lucrarem em cima deles, explorando-os, transformando-os em escravos e vivendo aquela vida miserável que eles acostumaram viver na mediocridade, se acomodaram naquela situação deprimente..
Ótima experiência cinematográfica, contada de forma gradual, lenta de jeito que também gosto. Recomendo fortemente. Um dos melhores exemplares japoneses que vi, dos anos 60 também.
Nota: 9,5
A Turba
4.3 24A Turba (The Crowd) - 🎥Direção: King Vidor - USA - Ano: 1928 - visto no dia 22.05.22
Uma grata surpresa do cinema mudo americano na qual gostei bastante, pois me identifiquei bastante com a história. Aqui o maior mérito do longa é retratar a história de forma bem real, sucinta do que realmente acontece com bilhões de pessoas no planeta que sonham ser alguém importante na vida. E me identifico sendo um desses que já foi muito sonhador, jovem, que quer desbravar o mundo daquela forma mais ingênua e juvenil possível. Ainda tenho sonhos obviamente. Aqui retrata a história de vida do John Sims, um homem sonhador como os 7 milhões de jovens da sua idade em Nova York que tem o mesmo objetivo
: uma oportunidade para se tornar importante
Ele teve do bom e do melhor, teve aula de música, canto, boa estrutura familiar e financeira mas cresceu e fez como muitos jovens fazem na sua idade: abandonam a música, abandonam a possível habilidade musical, vão fazer uma faculdade e vão em busca de uma carreira que traga uma estabilidade, segurança financeira onde possam ficar a vida toda na empresa,
seu primeiro interesse romântico, a descoberta de estar apaixonado
a casa que falta arrumar isso e aquilo, comida, barulho
problemas, cansaço, desapontamento chega
chegada dos filhos aumenta cada vez mais a pressão
padrão de roupa, de conduta profissional onde todos os trabalhadores parecem meras cópias uns dos outros. Rotina é até a mesma. Mesmo lado das mulheres trabalhadores.
ele está desempregado,
com filho para sustentar, esposa preocupada, o John fica desolado: muda de emprego a cada semana, onde em cada trabalho, ele não consegue se firmar, não se dá bem
esposa trabalhar na costura
retratou esse ponto com os irmãos da Mary
nenhum pingo de empatia com o cunhado, julgando-o e condenando-o
tentativa de suicídio do personagem.
anda desolado, vendo que tudo aquilo que ele sonhou, esforçou em ter, no fim, acabou rendendo em nada
quase se joga na ponte, mas o filho lhe deu um fio de esperança em meio ao triste fim.
zombam do rapaz vestido de palhaço dizendo que o pai deste sonhava em que ele se tornasse presidente e depois rindo? No fim o que o John se tornou?
Nota: 9,0
V/H/S/94
2.8 144 Assista AgoraV/H/S/94 - USA - 2021 - 🎥direção: Chloe Okuno, Jennifer Reeder, Ryan Prows, Simon Barrett (I), Steven Kostanski, Timo Tjahjanto - visto no dia 15.05.22
Filme bem mediano. Esperava mais pelo marketing pesado e também pela franquia VHS, pois os dois primeiros filmes são muito bons, apesar que esse aqui é melhor que Vírus, onde não deve-se ter orgulho em relação a isso. Vírus é um filme fraquíssimo, para quererem manter a franquia viva, foi necessário fazer uma obra melhor para atrair o público e saiu um pouco melhor agora. Mas essa obra aqui é regular, pois não é todos os curtas são bons. Analisando por curta - Storm Drain - é um curta mediano, assim a sua estrutura é interessante mas esperava mais. Bem comum. Mas a lenda do Raatma foi algo sombrio, tenebroso e destruidor
. A cena da jornalista cuspindo na cara do seu âncora de jornal, colega de jornal,
infectada e afetada por causa daquele ritual específico. A criatura é assustadora
investigação da repórter
Meu curta favorito do filme é o 'The Wake' do
morto
a criatura a encontra
zumbi
O terceiro conto foi mais ou menos, mais para menos pois ele é longo demais e cansativo. O curta é 'The Subject' mostra o padrão do cientista louco que faz experimentos malucos e mostra as suas vítimas e as consequências disso. Partes humanas e tecnológicas. As partes brutais e de violência são de primeiro nível, mortes são criativas e bem sangrentas do jeito que eu gosto. A parte
quando os policiais chegam
a criatura se desperta e vai matando vários policiais e eles ficam presos no esconderijo do cientista.
Esse curta chamado 'Terror' já foi um lixo. Confuso, chato, entediante e chato de aguentar
esse grupelho de direito idiota e bobão explodindo coisas e fazendo treinamentos em prol prazer.
matando esses inúteis e imbecis,
O último curta na verdade faz parte da história principal do longa com o encerramento da antologia que também foi fraco, desinteressante. Não achei tão legal esse lugar que guarda o que parece
cultos assustadores
No geral é um filme bom para mediano com alguns curtas bons e um outro mediano, outro ruim e história principal ruim. Partes técnicas estão de parabéns, filmagem, trilha sonora mas parabenizo principalmente a maquiagem que foi muito eficaz e competente nesses todos curtas apresentados. Muito bom mesmo. Elenco apesar que alguns são fracos, se esforçaram para entregar um papel com credibilidade. Mesmo assim recomendo ver e ter paciência com as partes ruins e curtas ruins do filme.
Nota: 6,5
Settlers
2.6 23Settlers - ING - 2021 - 🎥direção: Wyatt Rockefeller - visto no dia 02/09/2021
O filme bem mediano. Nem de tudo é ruim: Os efeitos visuais bem retratado no filme, a fotografia do lugar, os cenários são belíssimos, gosto das cores do filme (cores quentes, sol escaldando, areia desértica, isolamento dos personagens em meio ao planeta vermelho). Mas o filme se destaca basicamente em só isso mesmo, pois o restante dos tópicos são bem fracos (mediano para ruim), como por exemplo: roteiro (uma história confusa, maçante), o elenco aqui é muito fraco, tirando a Brooklynn Prince como Remmy que fez o melhor trabalho, o restante do elenco foi muito apagado, esquecível. Inclusive tem um ator aqui da série famosa da amazon prime video como o Ismael Cruz Córdova interpretando o Jerry. Que ator horrível. Sem expressão, sem nada. Aqui interpretou uma das poucas cenas que presta do longa metragem:
cena dele tentando violentar a menina foi algo forte, deu para impactar um pouco.
Nota: 5,0
Cloverfield: Monstro
3.2 1,4K Assista AgoraCloverfield: Monster - 2008 - USA - 🎥Direção: Matt Reeves - visto no dia 12.05.22
Gosto da estrutura desse filme, gostei da proposta. Penso que é um bom found footage e a história tem tensão, apreensão perante ao que vai acontecer com os personagens. O começo é a apresentação do cenário da história onde mostra a vida comum de pessoas de classe média alta fazendo uma festa de despedida. E
quando cai a energia no prédio, a cidade começa em entrar em profundo caos, desorientação e
O monstro que aparece de repente vai sendo mostrado aos poucos
cidade em pura destruicao como também com o causador dessa destruição que é o monstro que parece um ser alienígena marítimo
confronto entre o exército e a criatura
cenas da cidade sendo destruída
acaba em aberto, o pior: o grupo de sobreviventes foi dividido em duas equipes, divididas em dois helicópteros diferentes. Um foi abatido pela criatura pois pelo azar de Robert e companhia, o helicóptero caiu, teve mais um pouco de vida antes do derradeiro
Simplesmente não mostrou nada. Lily sobreviveu?, será que chegou a salvo?
Nota: 6,5
The Angel’s Melancholia
2.0 64Melancholie Der Angel - GER - 2009 - 🎥Direção: Marian Dora - visto no dia 08.05.22
É difícil falar dessa obra. Uma obra complexa, com referências escatológicas e uma visão muito pessoal do Marian Dora sobre a humanidade, atitudes, ações e vida. Penso que essa obra retrata a visão animalesca, podre, de onde o ser humano pode chegar em nível de crueldade, sadismo e brutalidade. Aqui tem cenas non sense, malucas, bizarras, nojentas mas que enfatiza a condição de ser humano ser cada vez mais irracional, egoísta. Um filme para provocar, causar e também refletir. Tem cenas de impacto e ficamos nos perguntando: como isso é possível? Cenas referente a sexo de forma insana, com maldade e uso do corpo de forma bruta, grotesca. Tem nojos como coprofagia, agressões físicas muito violentas, caracterizadas pelo sadismo e desejo de uma pessoa ver a outra sofrer e sentir prazer fazendo isso. O filme tem um cenário apocalíptico mesmo, parece o fim da humanidade como ser humano em si, onde não resta sentimento e nada e só resta destruição, egoísmo, sadismo e isso sendo retratado nos cenários e nas cenas aleatórias que aparecem no filme:
bonecas destruídas, locais destruídos
violência sendo praticada contra uma pessoa deficiente
bonecas destruídas, sem olho, quebradas
parque onde os dois velhos amigos vão atrás das mulheres para seu lazer na casa isolada.
Nota: 3,5
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Filme Caseiro
2.7 49Home Vídeo (Filme caseiro) - USA - 2008 - 🎥Direção: Christopher Denham - visto no dia 08.05.22.
Esse foi um dos filmes mais fracos de found footage que já vi. Realmente o primeiro de tudo: É irritante, patético, muito raso. Nada é aprofundado, tudo é superficial. O começo tinha um potencial onde mostrava a fórmula clássica de found footage: conta a rotina da família, do cotidiano entre elas, do dia a dia mesmo, vai mostrando os primeiros sinais de que realmente as coisas estão diferentes
entre as crianças
um pai que agia como criança, uma mãe igualmente chata
mostrar as crianças atacando
Mas por que eram estranhas? Qual justificativa disso?
comemorações das festas que ocorrem ao longo do ano como halloween, natal, páscoa etc.
estavam tentando tratar as crianças
Nota: 2,0
A Bruxa de Blair
3.1 1,6KBruxa de Blair - USA - 1999 - 🎥Direção: Daniel Myrick, Eduardo Sánchez - visto no dia 07.05.22
Bruxa de Blair foi um filme de muito impacto e que trouxe uma popularidade, desenvolvimento para o found footage que é um gênero de filme de câmera na mão em primeira pessoa. Adoro esse gênero de filme e tem várias obras marcantes que ajudaram a popularizar o gênero e trouxe muita qualidade. Aqui é um exemplo claro disso, um filme atemporal e único em sua proposta. Um terror psicológico de alto nível, com muita tensão depois de ter passado mais de 30 minutos de longa. Aí a tensão só aumenta. O ritmo do filme e tensão psicológica só aumenta com o tempo. Tenso, aterrorizante desde dos pequenos momentos e até o aumento e intensidade dos acontecimentos que as coisas vão se esclarecendo aos poucos. Preciso destacar as entrevistas feitas com a população local da história do filme, igual: tudo foi bem esquematizado com a população local pelos diretores, que os atores nem sabiam desse detalhe, por isso a cena pareceu bem realista, bem filmada, bem convincente pois parece bem realista todas essas partes do filme. Os atores agiram com a naturalidade como todos os outros personagens. O local é aterrorizante, tenebroso que tem um clima de mistério e de algo ruim no ar. Quando os personagens se perdem, o filme fica cada vez melhor. A procura por uma saída, uma luta pela sobrevivência nessas áreas remotas, a lenda da região bem sintetizada e aterrorizante. O marketing em torno do filme foi muito bem feito: se uma pessoa desavisada sobre os bastidores do filme ou da proposta do longa, pensaria que isso seria um documentário ou uma matéria sobre um caso real que realmente aconteceu, isso pelo clima que a obra traz. Realismo parecendo um documentário mesmo. Muito bem dirigido, produzido, roteirizado. Um pseudo documentário eficiente. O fim pode ter se tornado decepcionante, pois
não explicou muito bem a origem dos acontecimentos e sim só mostrou a casa assombrada por um espírito e como eles foram afetados por isso, deixando aquele clima de mistério no ar, onde não tem resposta, não tem solução para o caso.
Nota: 9,0
Eu Vi o Diabo
4.1 1,1KEu vi o Diabo (Ang-Ma-Reul Bo-At-Da) 🎥Direção: Kim Jee-woon - Ano: 2010. - visto no dia 17.04.22
Primeiro pelo título pensei que seria algo sobrenatural, mas fui surpreendido com o tema e resolvi dá uma chance ao filme, ainda mais por ser coreano, pois os poucos filmes que vi desse país sempre foram marcantes. O começo foi muito bom, introduzindo bem a história e os personagens, também os primeiros assassinatos. Até a parte do protagonista do
agente policial investigando e indo atrás do assassino responsável foi muito interessante
mulheres de 20 - 30 anos. Ele martelando a cabeça das vítimas, esquartejando
descobriu-o como potencial assassino de forma muito rápida, descobriu seu esconderijo de uma forma muito fácil.
até ele fazer a descoberta do assassino e do esconderijo
agente fazer o criminoso sofrer até desejar a própria morte, sofrer até não aguentar mais,
serial killer conhece o cara canibal foi mal feito e não explicou nada direito: eles são amigos? Como se conhecem? Do nada o cara brotou na casa do outro, enquanto o agente com muito tempo livre, ficou vigiando-o.
expôs a vida de várias pessoas só para completar a sua vingança pessoal.
tem uma cena na mansão do canibal que com um pedaço de madeira, ou taco de basebol (mais ou menos isso, não lembro direito) que o policial só bateu, bateu na cabeça e nas costas do cara até o negócio quebrar em pedaços.
o cara sobreviver a tanta pancada.
nada melhor para sacramentar o fim do psicopata do que matá-lo em frente a sua família. Isso deixou como significado que ele morreu de vergonha, desonrado em frente a sua família. Um sujeito que desprezou a família
Nota: 6,5
Má Educação
4.2 1,1K Assista AgoraMá Educação - SPA - 2004 - 🎥 Direção: Pedro Almodóvar - visto no dia 02.03.22
Gostei do filme ele retrata vários arcos mas o principal é que este é um desenvolvimento bem construído da vida de uma pessoa LGBT+, um filme autobiográfico. É erótico, romântico no contexto da infância e até na vida adulta há aquele resquício de sentimentos, esses são sempre reprimidos. Do Ignácio que tem
sentimento reprimido, o próprio padre que sempre amou Ignácio.
ter feito uma atrocidade mas amava o mlk mesmo de forma distorcida
abuso infantil
O filme é magnético, não deixa o telespectador respirar, deixa-o atento a cada detalhe. Almodóvar explica várias histórias simultâneas ao mesmo tempo. Você pode ficar um pouco confuso, mas a história do longa é bem esclarecida ao decorrer da sua duração. Plot Twist e as reviravoltas são surpreendentes igual envolvendo o padre e o personagem Juan referente ao Ignácio. Elenco muito bom tbm. Mas o tema central foi bem explorado: mostra como
alguém pode ter uma vida destruída por um abuso infantil e o pior em um lugar que deveria respeitar mais a intimidade das pessoas: a igreja.
retratado no padre.
Nota: 8,0
A Convocação
2.9 103 Assista AgoraA Convocação - The Calling - Canadá - 2014 - 🎥 direção: Jason Stone - visto no dia 19.03.22
Esse filme eu vi dublado, e ainda pior: vi na TV aberta onde geralmente picotam o filme em muitas partes, ver dublado ainda é um saco. Mas mesmo assim terminei de ver tudo, e nem revi para formentar melhor a minha opinião, mas no momento sinceramente não tenho muito interesse. Primeiramente pelo que me lembro (não lembro muitos detalhes) é um filme esquecível, fraco. Aqui na teoria o tema é bacana mas na prática foi decepcionante. Um serial killer motivado por motivos religiosos. Tinha muito potencial mas uma pena que não foi bem explorado pois falar de um fanático religioso pode render uma grande obra, como aqui não rendeu. Roteiro muito frágil, mau desenvolvimento desencadeia em uma obra maçante, entendiante, rasa. Os personagens são chatos e vazios, o personagem de Donald Sutherland é mal aproveitado como muitos outros personagens nesse filme. A melhor atriz que desenvolveu melhor o seu trabalho foi Susan Sarandon mas o restante do elenco foi mau aproveitado. Tem seus pequenos méritos, pelo que me lembro é as partes técnicas como fotografia, a Susan do elenco que em suma maioria foi mau aproveitado, além da fé católica ter sido questionada no longa, sobre seu sistema de crenças, seus membros e seu funcionamento etc. Poderia ter melhorado nesse aspecto na adaptação, pois teria mais potencial ainda e foi explorado pouco no meu ver. A obra é baseado em livro do autor Michael Redhill. Enfim, como falei, tinha potencial. Um filme com belas locações no Canadá, uma pena mesmo. Melhor rever, pois a "Tela Quente" geralmente passa filmes cortados no qual isso é horrível como experiência em uma obra, pois você estraga detalhes da história cortando-a e também para o público entender a narrativa. Comentando um detalhe: o serial killer aqui tinha muito potencial, mas um pouco que mostrou dele, realmente tinha cara de um psicopata, sujeito cruel. Pena que não foi bem desenvolvido. Isso que me lembro vagamente.
Nota: 3,0
O Desterro
3.9 25Desterro - Rússia - 2007 - 🎥 direção: Andrey Zvyagintsev - visto no dia 20.03.22
Primeiro vou ser sincero, o nome em si da obra não me cativou em nada para vê-la, nem por ser drama mas amo dramas. Mas vi que seria um filme russo, então fiquei animado, mas quando comecei, vi tudo e terminei em 3 dias (vendo em partes), não superou todas as minhas expectativas. Achei mais do mesmo. Primeiro: tem umas cenas desnecessárias que nada agregaram na trama, tipo o começo da filmagem (bela filmagem, fotografia) inclusive mas sem significado, do
carro passeando nas estradas limpas e isoladas da cidade.
carro passeando
corrói um casal sobre a traição
falta de comunicação entre o casal
crianças que não foram notificadas sobre.
carta
Nota: 7,0
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraThe Batman - EUA - 2022 - visto no dia 15.03.22.
Gostei da adaptação do Batman com o ator Robert Pattinson que é um bom ator, conhecido infelizmente mais por ter feito a saga Crepúsculo do vampiro que brilha na luz do sol. (Coisa horrorosa). Mas um dos meus filmes favoritos dele é o Água para Elefantes. Voltando ao Batman, gostei da adaptação pois mostra um personagem mais quebrado emocionalmente, deprimido, sombrio, angustiado e atormentado com demônios do passado. E o Robert Pattinson é ótimo para filmes com maior carga dramática. Aqui não foi diferente. Gostei do charada que penso que merecia mais espaço apenas. Bem interpretado pelo ator (Paul Dano). É um vilão inteligente, fora do convencional que gosto muito que é o charada, além de ser um psicopata doido. Aqui no filme, a mulher gato rouba a cena sempre que entra. Que sensualidade e interpretação da (Zöe Kravitz). Que mulher gato sensacional em vários aspectos. Foi uma das melhores mulheres gato do cinema. Atriz a vontade no papel, bem convincente e toda cheia de personalidade. Mulher gato agregou muito na história. Gostei do pinguim apesar de ter tido uma participação menor mas de importância também na história. Mostrou um pouco da amiga da mulher gato (Selina Kyle), da sua amiga
envolvida com a máfia de Gotham tendo os Falcone, Marcone na jogada, também tendo envolvimento com a morte de um dos familiares da mulher gato.
mostra o próprio Batman guiando a população para um lugar seguro e protegido da cidade.
destruição da cidade onde seria inundada
estações de metrô.
cena da igreja
Nota: 7,5
Era uma Vez no Oeste
4.4 730 Assista AgoraEra uma Vez no Oeste_(Once Upon a Time in The West)_* 🎥direção: Sergio Leone - visto no dia 04.03.22 -- Ano: 1968.
Primeiramente sempre gostei de filmes do gênero Western. Filmes de John Wayne, Clint Eastwood e entre outros me cativaram e aqui não foi diferente. E aqui me surpreendeu positivamente demais. É uma abordagem mais contemplativa do universo do faroeste, mostrando a construção da ferrovia e a questão do avanço da região e da modernidade. Mas o filme se destaca pelos seus grandes atores (Henry Fonda - pai de Jane e Peter Fonda) - que é um ator de 1,86 de altura, fantástico, ganhador de Oscar que fez o vilão Frank, Charles Bronson como o misterioso Harmônica, o nemesis do Frank, Jason Robards como Cheyenne ( esse ator inclusive ganhou o Emmy, Oscar e o prêmio Tony Award), claro, a maior estrela feminina do filme, a belíssima e excelente atriz Cláudia Cardinale que inclusive a vi em 'Rocco e seus irmãos'). Inclusive ela é da Tunísia, foi considerada uma das 50 atrizes mais lindas da história do cinema. Enfim todos os atores, incluindo os figurantes, fizeram um grande trabalho, mesmo só no olhar, na expressão. O filme é muito expressivo, pois cada olhar diz mais que mil palavras. Não tem muito diálogo o filme todo, mas as expressões, o olhar, simplicidade das cenas já dizem tudo, e claro que acompanhada de uma trilha sonora fantástica do Ennio Morricone, que trouxe muita vida, emoção para a história e ajudou a contar a história. Tem uma cena da despedida que foi muito emocionante e o filme tem muitas outras cenas de arrepiar. Igual quando aparece pela primeira vez a
Jill Mcbain e depois a câmera abre como um 'plano geral' mostrando toda a estação e a cidade.
do confronto entre os cowboys e principalmente entre os protagonistas. Sensacional. Igual as cenas de tiroteio e confronto. Tudo muito bem filmado, dirigido. Confronto dos personagens muito bem retratado também. Vou ser sincero, no começo que estava assistindo, foi um pouco estranho em acompanhar o ritmo do filme, mas ao passar do tempo, você mergulha na história e se aventura no velho oeste. Fotografia sublime, esse filme é uma aula de dirigir filme. Mas só não gostei de um detalhe da narrativa que para mim ficou meio vago. Mas no geral ótimo e marcante filme. Ah outro ponto: A gaita aqui é um dos elementos vitais do filme, do Harmônica. Sempre que toca esse ritmo é arrepiante. Adoro gaita.
E tem gente inclusive no Filmow falando que o filme é arrastado. Claro que por um público que está acostumado a ver só ação, Marvel ou Velozes Furiosos não vai gostar do filme, mas para quem contempla, ver cinema de verdade, a arte cinematográfica através do olhar, no som, do natural, do simples que diz muito, vai adorar. Valeu pela indicação. Adorei.
Nota: 9,5
Psicopata Americano
3.7 1,9K Assista AgoraO Psicopata Americano (American Psycho) - 2000 - EUA - visto no dia 12.02.22
Primeiramente preciso ressaltar o trabalho do Christian Bale. Um grande ator que aqui brilhou como a principal estrela do filme merecidamente. Ele encarnou o personagem de forma assustadoramente convincente. Fiquei sabendo que o filme é baseado no livro homônimo, a história fala do Patrick Bateman. Já de primeira impressão, mostra um protagonista extremamente preocupado com a estética e cuida de forma profunda da aparência com muita meticulosidade, de forma cronometrada e rígida. Cada ação tem uma sequência preparada para cuidar de todo seu corpo, cada produto específico para área específica do seu corpo, tudo muito bem esquematizado, sistemático. Ele segue essa rotina diariamente sem nada contrapor ou mudar isso. No seu trabalho, ele vive ao redor de futilidades, só está no seu emprego por conveniência de estar lá, fofoca e sempre está no telefone no trabalho marcando um jantar, algum ambiente para poder ver as mesmas pessoas do mesmo círculo social que frequenta. Sempre as mesmas pessoas da mesma classe, situação social, financeira que ele. Geralmente colegas de trabalho, ou pessoas que frequentam os mesmos lugares que ele. Todos tem o mesmo papo, mesma rotina, mesmos assuntos, veste as mesmas roupas, tem os mesmos estilos, interesses. Todo mundo parece clone do outro. O nível de competitividade entre eles da área financeira é absurdo. A todo momento um quer ser melhor do que o outro em todos os aspectos, incluindo até coisas fúteis como o
estilo do cartão de visita onde um quer ser melhor que o outro, ficaram se comparando entre si onde cada um mostra o seu cartão de visitas. Quando um se sente inferiorizado, se sente ressentido por seu colega ter um cartão melhor que o seu, então ele arranja tempo para ir na gráfica fazer o cartão melhor.
atividade física no seu apartamento de forma constante, roupas da melhor grife, alimentação extremamente bem pensada nos seus restaurantes comuns.
namorada do Patrick, Evelyn bem interpretada pela ótima Reese Witherspoon
Patrick fica com várias mulheres e a sua namorada fica com outro cara, ele e ela agem com naturalidade em relação ao assunto. Um não suporta o outro, o relacionamento é de fachada.
Por essa razão, é uma coisa mental do protagonista e que o fim do longa justifica o real sentimento do personagem em relação ao seu mundo social que criou, vive: desprezo.
Ele tem vontade de matar, usar as pessoas, desejos pessoais sombrios que deseja tanto colocar essas ações em prática mas nunca consegue por ser considerado um covarde, fica se imaginando fazendo certas coisas em meio a sua vida medíocre, rasa e sem novidades. Então fica imaginando, esquematizando na sua mente planos que nunca irão se
ninguém sai dos quartos em uma perseguição e no meio de um barulho de motoserra em ação
Nota: 7,0
Pulp Fiction: Tempo de Violência
4.4 3,7K Assista AgoraPulp Fiction - EUA - 1994 - visto no dia 15.01.22.
Esse me surpreendeu positivamente. Sendo sincero, nunca tive tanto interesse em ver anteriormente e por essa razão fui postergando em assistir esse filme. Nunca foi minha meta, sempre tive interesse em conhecer outras obras. Hiper popularidade desse filme onde tem muita gente que se considera cinéfilo, cult por ver esse filme, isso me repeliu. Ficou muito modinha, mas o filme tem seus méritos e realmente merece a popularidade, após vê-lo tive essa percepção: diálogos ricos, muito bem construídos, inteligentes e reflexivos, profundos. Elenco de primeira com Ulma Thurman, John Travolta, Samuel L. Jackson. Atores se entregaram em cena, papéis convincentes, elenco muito bom. Aqui tem cenas icônicas como
no bar nostálgico dos anos 50,
eles dançam juntos ao som da música no bar.
cômodo e fica procurando em dúvida a pessoa no lugar.
apaixona pela esposa de seu chefe quando a acompanha e por isso ocorre a cena da dança. Ele passa por certos perrengues, como a quase morte de overdose da mulher, a mistura de bebida e drogas que ocorreu, Vega desesperado, procurando ajuda em alguns desconhecidos com a mulher desacordada.
o boxeador envolvido também com o crime, onde ele foi pago para perder uma luta e tem citação do seu relacionamento amoroso.
um assalto no restaurante cometido por um casal,
citação bíblica de Ezequiel 25:17
os bandidos nervosos,quietos e controlou a situação ao seu favor.
O elenco fez um trabalho sensacional, marcante. Um ótimo filme. O único ponto que não gostei tanto, foi a parte do Butch que poderia ter focado um
pouco mais nessa aposta e como ela foi realizada, e também a sua relação com a mulher.
policial estuprando o chefão
Nota: 9,0
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
4.2 1,8K Assista AgoraHomem Aranha - Sem volta para casa - EUA - 2021 - visto no dia 08.01.22
O alvoroço em torno desse filme foi estrondoso onde tem gente com audácia falando que é o maior, ou um dos maiores filmes de todos os tempos. Olha que meus olhos sangraram ao ler essas barbaridades. Primeiro o filme usou o recurso do fan service no talo. Fizeram e fazem de tudo de forma apelativa para atrair a audiência em um filme com mesmo formato Marvel e desgastado de antes. Mas claro que esse filme tem as suas qualidades e tem seus pontos positivos e considero nesse anom um grande filme da Marvel, o melhor desse ano. Também a Marvel não tem aquele avalanche de filmes excelentes, são só alguns que considero bons. Outro ponto é que a maioria das pessoas que conheço enalteceram esse filme como maravilhoso mas não vi nada demais. Primeiro é um filme divertido, leve, descontraído como o personagem de Peter Parker é em sua personalidade e contexto. Até que o trabalho de Tom Holland vem melhorando ao interpretar o aracnídeo. Mas considero o Toby Maguire até hoje o melhor homem aranha disparado em todos os aspectos. Enfim, além de ser um filme divertido, o filme faz belíssimas homenagens que ganhou meu respeito, afinal, sempre temos que lembrar o começo, história das coisas, aqui enalteceram o passado, isso foi ótimo. Alguns dos maiores vilões participaram aqui como: Duende Verde do ótimo ator Willem Dafoe do Homem aranha 1 de 2002 do Sam Raimi. Como também participou o grande personagem Dr. Otto Octavius, do Alfred Molina, grandes personagens e atores da primeira adaptação cinematográfica. A trilogia, os dois primeiros filmes do Sam Raimi são incríveis. Mas vamos lá: essa homenagem também englobou ao Andrew Garfield que fez um bom homem aranha mas que depois que lançou "Ameaça Electro" foi cancelada a participação do ator em uma possível sequência. Enfim, Andrew Garfield fez dois filmes e teve sua homenagem merecida. O contexto do
universo paralelo dos Miranhas
três homens aranha
consequências da identidade dele ser descoberta, e ele vai enfrentando esses vilões e enfrenta as consequências de fazer o mundo esquecer sua verdadeira identidade.
três homens aranhas onde cada um em enfrentar os seus vilões em seus respectivos universos. Essas são as versões do multiverso da loucura
como um mago supremo tentaria fazer os desejos de um adolescente quando irá colocar toda a humanidades em risco? Ele nem pensou muito que isso resultaria em uma catástrofe mas resolveu atender o pedido de um moleque ainda imaturo? Para voltar no tempo? Com feitiço com chance de dar errado?.
Nota: 7,5
Um Sonho de Liberdade
4.6 2,4K Assista AgoraUm Sonho de Liberdade - USA - 1995 - visto no dia 08.01.22
Filme potente, uma das melhores adaptações literárias que já tive o prazer de conhecer até o momento. Outra adaptação de qualidade da obra do mestre Stephen King, onde escreveu o livro, 'Sonho de Liberdade'. Uma belíssima, chocante e profunda história. Aqui o diretor responsável pela empreitada foi o Frank Darabont, o diretor que conseguiu absorver e colocar essência do livro de King nessa obra. O próprio escritor lhe deu esse reconhecimento elogiando seu trabalho de adaptação. Diálogos, cenas, o Stephen King disse que o Frank adaptou mantendo a originalidade da obra original. A história em si é bastante reflexiva, real, dolorida: Conta primeiramente a história de Andy
que foi condenado a duas prisões perpétuas pela morte da esposa e do seu amante. Ele é condenado injustamente, e assim vai narrando o dia a dia dele na
julgamento que o colocou como culpado antes mesmo do veredicto. Aqui o advogado de acusação
infringe dor, crueldade a certos prisioneiros que não respeitam as regras como também aos 'mais frágeis emocionalmente falando' onde tem certos prisioneiros que se desesperam ao chegar na situação onde se encontram.
espanca um prisioneiro que estava abalado emocionalmente, esse o espanca tanto que o prisioneiro fica em estado gravíssimo e vai direto para enfermaria.
crueldade de um daqueles guardas ainda mais pelo
que abusa e quer usar os outros presos, principalmente os novatos.
o sonho de liberdade.
área financeira, ele consegue influenciar o diretor e tem conquistas dentro da estrutura da prisão tornando a vida dos prisioneiros mais humana e com mais valor.
jogada para punir e se vingar com justiça do diretor corrupto da prisão que foi uma reviravolta
sendo preso de forma inocente, o seu plano de forma engenhosa, lenta conseguiu concretizar em 19 anos.
prisioneiro bibliotecário (que cuidava da biblioteca) quando ele consegue a liberdade após décadas vivendo dentro dos muros, dependendo deles. A história dele em liberdade é dura, melancólica, reflexiva: Ele não ver sentido na vida quando está fora da cadeia, em reconstruir a sua vida comum em uma pensão, em um emprego comum livre. Ele depende tanto da prisão, onde ele tinha um significado, uma serventia, uma ocupação na sua vida, ele sentia que fazia a diferença cuidando dos livros da biblioteca, quando ele perdeu isso, não viu lógica em viver. E se mata de uma forma bem triste.
40 anos preso, ele consegue a sua liberdade onde Andy já conquistou antes denunciando inteligentemente o diretor corrupto da prisão, como também ele pega o seu dinheiro por direito, afinal, ele fez muito trabalho para o diretor de graça, desse cara se aproveitando dele, trabalho sujo em lavagem de dinheiro.
Ele quase teve o mesmo destino do senhor bibliotecário em suicidar-se.
Andy
Zihuatanejo como um lugar místico que é de pura paz, esperança, luz. Ali seria um refúgio do paraíso onde Red encontra a sua salvação e Andy sua redenção.
conseguiu sua liberdade e viu essa oportunidade de vida com o Andy, um significado, uma salvação em meio a sua vida que estava sem rumo.
fio de esperança onde Andy descreveu na carta para ele.
teve a sua salvação mística ou real, Andy sua redenção após 19 anos
Nota: 10,00
À Espera de Um Milagre
4.4 2,1K Assista AgoraÀ Espera de um Milagre - EUA - 1999 - revisto em 05.01.22 originalidade revisto anos atrás.
Um grande filme adaptado da obra de Stephen King dos anos 90, onde o próprio Stephen King chamou Frank Darabont e falou da sua nova obra literária que se passa em uma prisão e de um homem que vai ser executado. Frank primeiro ficou receoso se adaptaria uma nova obra que se passa de novo em uma prisão, afinal, ele adaptou outra obra muito conhecida do Stephen King chamada 'Um sonho de liberdade' que é maior obra prima do Frank Darabont, uma adaptação fantástica com Morgan Freeman. Enfim, Frank leu 'Green Mile' e comprou os direitos, fez a adaptação. Ainda bem que a fez, pois o filme em si é uma obra prima do cinema. Frank é um dos poucos diretores que sintetizou muito bem o ambiente, contexto das histórias de King para o cinema. Do livro para adaptação, pois o filme é bastante fiel ao livro como o próprio King comentou. Esse filme é muito lembrado hoje em dia, sempre será lembrado por gerações. Foi um tremendo sucesso onde foi indicado a 3 Oscars, mas perdeu todos para 'Beleza Americana' de Sam Mendes. Penso que foi injusto pois pelo menos um Oscar deveria ter levado como em ator Coadjuvante pelo menos. Voltando a história, o Stephen King pegou como referência o caso polêmico onde um menino negro foi condenado a cadeira elétrica aos 14 anos. A pessoa mais jovem a ser condenada na cadeira elétrica no mundo, ele era inocente. Uma das maiores injustiças. Como o júri era composto majoritariamente por homens brancos, de classe média e alta, era muito mais fácil jogar a culpa em qualquer pessoa, melhor ainda em uma época muito mais racista que hoje, que jogar a culpa em um negro onde ninguém questionaria a justiça, essa condenação. Isso influenciou King e fez certos conceitos baseados na realidade, readaptou para a sua obra. Primeiro, o filme é muito bem ambientado, mostrando muito bem o contexto da prisão, filosofia dos guardas, filosofia de trabalho, organização do local, muito bem detalhado, mostra a personalidade de cada guarda, alguns muito receptivos, outros nem tanto, outros maus e que gosta de humilhar os prisioneiros com muito sarcasmo como Percy, excelentemente interpretado por (Doug Hutchison). David Morse, ator veterano que fez Brutus Howell interpretação simples mas personagem bem presente e convincente, mesma coisa com Tom Hanks (Paul Edgecomb) que fez uma interpretação simples mas marcante, como chefe de polícia e Jeffrey Demunn como Harry Terwilliger participando menos mas agregando ao longa com eficácia na história. Além de outros atores veteranos como James Cromwell, Gary Sinise, Bonnie Hunt etc. Exemplificou bem o dia a dia da prisão, mas claro o maior destaque fica para os prisioneiros que conduzem a história, aqui a maior estrela é Michael Clarke Duncan, o Big Guy que infelizmente o ator já morreu em 2012. Ele foi um ator excelente com muito brilho, entrega, dedicação, habilidade entregou um personagem carismático, inocente, simples, de uma bondade rara e simpática. Um personagem que o telespectador e seus personagens ao seu redor criam um laço, um carinho pela pessoa que ele é. Ele é tão convincente no seu papel que chega a assustar. Interpretação estonteante, magistral. Ele merecia o Oscar sem dúvidas..tem cenas que ele entregou tão de corpo e alma que tem cenas mais impactantes e emocionantes onde ele lembrou da infância dele, da ausência do pai, trazendo uma emoção real e fidedigna na hora da sua interpretação. A história em si de Green Mile é simples: todos serão condenados a morte sem exceção, pena de morte na cadeira elétrica, o filme vai mostrando cada criminoso não de forma brutal, mas de forma humana, como que aquele lugar fosse uma clínica de reabilitação, onde todos repousam para o golpe final. Cada prisioneiro com as suas características: um com sarcasmo e risos perto de morrer, outro com dor
lembrando do passado que foi o melhor momento da sua vida com a sua mulher
Percy pisando no rato
que diz a verdade por de trás da morte das meninas traz uma revolta
Nunca confie em ninguém 100% mesmo se essa pessoa é tipo considerada da família. Isso mostra o cinismo, o grande enganador que é o Bill. Um cara cruel, sem escrúpulos. Muito bem interpretado por (Sam Rockwell). Ao longo da história, John coffey faz
milagres que a todo momento faz questionar: ele é um milagre de Deus? Ele é um anjo? Ele ser condenado a morte, traz impactos profundos em Paul, que fica abalado com toda aquela situação, sabendo da sua inocência mas mesmo tentando procurar por provas que ele era inocente, mas como vai provar?
Paul quer salvar o John pois fica afetado por ter que matar um milagre de Deus e seguir as leis dos homens, esse (John) diz em um desabafo emocionante:
Estou cansado das pessoas serem feias umas com as outras. Estou cansado de ficar sozinho...
dos velhinhos no asilo)
JC assistindo
morte de Delacroix
aquele fim
cenas
seu poder, trama da mulher com câncer
propriedade de curar os enfermos,
poderes atribuídos ao John,
despedida final do personagem foi de arrancar as lágrimas
Mas a cena de
despedida de John Coffey
todos os guardas choram, o John Coffey quando fala que tem medo do escuro, difícil não se emocionar. E o restante das cenas da despedida onde Paul e John dão as mãos para último cumprimento, e cadeira elétrica mata o John, e mostrando o semblante dos guardas, de cada guarda após impor a morte para John, foi uma das melhores cenas já filmadas, de cortar a alma.
senhorzinho interpretando Paul
adquiriu a maldição da vida eterna e ele acredita que está sendo punido por ter matado o milagre.
todas as pessoas que ama morrerem.
amigos morrerem, ele ali vivendo e colhendo todo o sofrimento...
uma maldição
rato e o próprio Paul viverão juntos até a morte deles, em meio a velhice
Jesus morreu pelos pecados da humanidade e o John pelo contexto, também morreu. Os guardas da prisão seriam os romanos, as curas seriam os milagres do Jesus, bondade entra tbm, morrer inocente tbm entra, todo contexto sobrenatural, humanitário, filosófico é comparado a Jesus.
Nota: 10,00.
A Montanha Sagrada
4.3 467A Montanha Sagrada - 1973 - México - USA - visto no dia 26.12.21
Vendo esse filme, tive sensações únicas. Uma grande obra do cinema alternativo e surrealista. Realmente a obra é tão complexa com tanta referência, detalhe que é difícil você sintetizar o filme de forma perfeita, pois sempre tem algo a mais que você pode discutir, acrescentar. Excelente filme, me surpreendeu positivamente. Penso que o filme também é uma crítica ao militarismo, ao exército e a polícia, pois por exemplo, o
Axon é uma divindade, ele é idolatrado por fanáticos religiosos onde o consideram um deus supremo, fazem um sacrifício para ele, para entrar na seita, ele é chefe de polícia.
fiscal financeiro ou econômico do prefeito ou presidente
O personagem, o ladrão penso também é símbolo da inocência: vc ver como ele age como criança? Ele é meio que
inocente naquele mundo corrupto, ruim, imoral, ele nem sabe direito o que fazia, era manipulado de acordo com as pessoas, o ambiente onde estava passando, ele fazia sem entender o que estava fazendo as coisas.
cena dos sapos e lagartos
mesmo morta tem que estar bem apresentável antes de ser enterrada no chão
Nota: 9,0
August Underground
2.5 27August Underground - 2001 - EUA - visto no dia 22.12.21
Que found footage de qualidade. Gostei muito do seu contexto realista, brutal e sanguinário. Achei um ótimo exemplar que retrata a podridão e a crueldade humana. Filme cru, violento, sangrento, destruidor e mostra de forma clara onde o masoquismo, sadismo impera no meio de tudo isso. Dois serial killers que aparentemente tem muito tempo livre, começa a realizar vários tipos de matanças, crueldade, tortura perante a pessoas (homens, mulheres) que eles
raptam e os mantém escondidos em cativeiro privado no porão deles
agridem, batem, a pessoa fica coberta de mijo, merda e eles obrigam as pessoas a ingerir os próprios dejetos, agressões, abuso sexual
Esquartejamento
corpo são cortadas como carne no açougue, eles cometem até canibalismo
garotas de programa
loja de conveniência
garotas de programa
ele martela a cabeça da garota e a penetra é realmente aterrorizante.
outra moça fugindo a todo vapor?
senhora de idade: ela aceitou a ajuda e eles fizeram isso com a senhora matando- a sangue frio.
Nota: 8,0
Lake Mungo
3.2 290Lake Mungo - 2005 - Austrália - visto no dia 21.12.21
Grande filme. Pela primeira vez que vi foi uma grata surpresa, pois ele é diferente de outros found footage que conheço como VHS, August Underground, REC por exemplo. Primeiramente é muito realista, tem elementos jornalísticos, de documentário com bastante credibilidade. Se uma pessoa desavisada que nunca ouviu falar em found footage com certeza ela pensaria que esse filme era um documentário de uma morte real, que ali estava tendo entrevista, reportagem real com muita veracidade. O tema do filme é bem simples: uma
menina é morta no lago em frente de casa e aí que ronda o mistério: quem a matou? Como ela morreu?
mulher tem muitos segredos que escondia até dos próprios pais que não sabiam nem 30% do que ela fazia escondida.
assombração em si não teve propósito e no fim resumiu de que ela sabia que iria morrer antes como uma premonição, seu espírito que apareceu na imagem na fita foi aterrorizante.
seguir em frente em meio a tragédia,
vizinhos da família são tão falsos e você ver que tem certas pessoas que são nojentas em tudo que é lugar, inclusive aqueles que vc considerava como
realmente estava na cara de que estava envolvido e era muito suspeito. Levanta certas perguntas óbvias: Porque ele fez aquilo? O que ganharia com aquilo e ainda mais prejudicando a imagem da irmã e da família?
caso popular
pegar a imagem da irmã e modificar as imagens assim após ela morrer foi ridículo
Nota: 7,0