O batedor de carteiras Skip McCoy (Richard Widmark), inadvertidamente, rouba um microfilme contendo fórmula ultra-secreta e se torna alvo de agentes de espionagem. Filme robusto, brutal e bem feito, com excelentes desempenhos do cínico Widmark, da sensual Jean Peters, e, especialmente, da indicada ao Oscar Thelma Ritter como vendedora ambulante de gravatas (e informações). A criatividade estilística de Samuel Fuller evidenciada sobretudo na inteligente movimentação da câmera e nos clôses intimistas dão o tom ideal à história de Dwight Taylor. Um dos melhores exemplares de Fuller, que também o roteirizou, e do gênero Noir.
Muito bom e envolvente thriller noir sobre um policial de rádio patrulha (Heflin) que fica obcecado e seduz a casada Evelyn Keyes. O filme possui quase todos os elementos que caracterizam o gênero, com desenrolar surpreendente num cenário desolador que engrandece ainda mais seu final. Dos 3 filmes de Losey que assisti até aqui, este é sem dúvidas o melhor. Excelente fotografia soturna de Arthur Miller, o mestre do preto-e-branco.
Tocante, envolvente e ricamente texturizado drama sobre um grupo de aldeões da Toscana durante a Segunda Guerra Mundial, nos últimos dias antes da libertação pelos americanos. Com imagens líricas simples, os cineastas desvendam esta história de esperança, sobrevivência e afirmação da vida diante dos absurdos da guerra.
Os bastidores e horrores da 1ª Guerra, sob perspectiva dos franceses, num magistral, comovente e minucioso estudo dirigido por Raymond Bernard, com seqüências de batalhas incrivelmente intensas e realistas até para os dias atuais. A representação nas trincheiras é vívida. Sentimos sob nossa pele a miséria dos soldados, suas breves alegrias, suas angústias diante de algo grande demais para ser compreendido. Também há espaço para sublimes passagens como a missa celebrada na Igreja que servia ao mesmo tempo de hospital e abrigo aos feridos. Tal como Bernard, o romancista Roland Dorgelès era um veterano cujo objetivo foi retratar a própria experiência. Tais características aliadas à fotografia precisa e técnicas inovadoras fazem de "Cruzes de Madeira" um clássico absoluto e, provavelmente, o melhor filme de guerra francês já realizado.
O primeiro filme falado de Georg Wilhelm Pabst é um relato arrepiante, implacavelmente sombrio - e finalmente pacifista - de soldados alemães lutando contra seus colegas franceses nas trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial. Sem o benefício dos efeitos especiais modernos, Pabst cria uma visão vividamente realista e horripilante do conflito e contrasta efetivamente o tédio e o repentino tumulto universalmente vivenciado pelos envolvidos. Uma declaração antimilitarista quase tão poderosa quanto o vencedor do Oscar, lançado no mesmo ano, "Sem Novidades no Front" (1930), de Lewis Milestone.
Um chocante e claustrofóbico tratado anti-guerra vividamente atuado por um forte elenco de apoio. Bogarde destaca-se como o capitão e advogado do Exército designado para defender o suposto desertor Courtenay durante a Primeira Guerra Mundial. Trilha sonora modesta composta pelo virtuose da harmônica Larry Adler.
Um conto de amor e fé como poucos vistos nas telas. Fez sucesso considerável na Espanha à época de seu lançamento. O ator mirim Nino del Arco iniciou sua carreira atuando com Clint Easwood em "Por um Punhado de Dólares" (1964), de Sergio Leone, interpretando, coincidentemente, um garoto chamado Jesus. Foi lançado em VHS no Brasil pela Editora Paulinas. Trilha sonora tocante de Bruno Nicolai. Filmado em belas locações costeiras das Astúrias. Baseado numa história de Anatole France.
Um dos melhores filmes de guerra de todos os tempos. Gilbert, de cara limpa, é um herói maravilhoso e a adorada Adorée uma heroína inesquecível. Preenchido com humor, seqüências memoráveis e algumas das cenas de batalha mais angustiantemente realistas já filmadas. King Vidor sabia que teria que mostrar os horrores da guerra e, para compensar isso, fez várias inserções cômicas e incluiu um romance em sua primeira obra-prima, o que resultou numa história com um grande componente humano, coroada por um final glorioso para compensar todas as angústias e adversidades. Uma jóia.
Luxuosa adaptação do livro de Hemingway sobre o malfadado romance da Primeira Guerra Mundial entre o soldado americano e a enfermeira britânica. Filme bem feito, com uma bela composição de imagens intimistas do diretor Borzage que confere o tom ideal à história. A Cinematografia requintada de Charles Lang ganhou um Oscar, assim como a Mixagem de Som de Franklin Hansen.
Buster (em seu primeiro longa-metragem) é enfiado num enredo agradável, mas convencional, sobre um bobo rico cujo casamento iminente é ameaçado quando ele é vitimado por uma trapaça do cunhado. Keaton atuou bem, mas não tinha ainda liberdade para expressar a personalidade cômica única que o consagraria. Baseado numa peça da Broadway estrelada por Douglas Fairbanks que já havia sido filmada como "The Lamb" (1915), com o próprio. Fairbanks estava envolvido em outro projeto quando foi abordado para refazer seu papel de palco, neste filme. Em vez disso, Fairbanks recomendou Keaton para o papel, assegurando que o comediante seria apropriado. O vilão Irving Cummings mais tarde se tornou um dos diretores da 20th Century-Fox.
Não é um primor de roteiro, mas vale pela presença de alguns dos atores mais carismáticos da TV atuando em locações reais, ou seja, fora dos estúdios de TV. Disponível em HD no Youtube, com dublagem clássica MAGA. https://www.youtube.com/watch?v=mydwr7qkNqk&t=16s
Keaton impressiona novamente neste média-metragem com brilhante e hilária história de um frustrado projecionista que entra direto na telona e participa do drama imaginário de detetive e seus desdobramentos. Soberbo estudo do cinema e da fantasia representado por uma variedade incrível de truques visuais e acrobacias que sem dúvida influenciou inúmeros cineastas do alto escalão como Woody Allen, Jacques Rivette, Wes Craven, Jackie Chan, Steven Spielberg, Chuck Jones, etc...
Buster vai para o sul para reivindicar uma herança familiar e se apaixona pela filha de um antigo clã rival. Comédia muda sublime, a primeira obra-prima do homem que nunca ri, com um final genuinamente arrepiante ao retratar uma das mais heróicas cenas de todo o cinema. O filme, uma sátira aos costumes sulistas e às folclóricas famílias rurais Hatfields & McCoys, é o único em que estrelam quatro membros da família Keaton: Buster Keaton; sua esposa, Natalie Talmadge; seu pai, Joe Keaton; e seu filho, Buster Keaton Jr. Um show de inventividades e situações impossíveis com espaço para lições de vida. A maravilhosa trilha sonora realizada em 1984 é assinada pelo especialista Carl Davis.
A última parte da Trilogia de Tolkien termina de forma apoteótica quando Sam e Frodo se aproximam de seu destino no Monte Doom e as forças do bem se preparam para a batalha final contra os asseclas de Sauron. Longo, certamente, porém uma conquista arrebatadora - sozinho e em sintonia com os 2 filmes anteriores. Elenco, produção e direção são esplêndidos e os impressionantes efeitos visuais nos espetaculares confrontos épicos estão sempre a serviço de uma história com valores heróicos e muito humanos. Apesar da grandiosidade pintada por Jackson, a essência da obra são as pessoas, seus relacionamentos e as decisões que precisam tomar. A amizade, a lealdade e o auto-sacrifício estão fortemente presentes, especialmente na figura de Sam (Astin), o real herói desta saga. Vencedor de 11 Oscars, igualando-se a "Ben-Hur" (1959) e "Titanic" (1997).
Uma obrigação para espectadores de todas as idades por conter algumas das melhores comédias mudas de todos os tempos. Imagens interessantes de atuações solo de Laurel & Hardy, antes de se tornarem "O Gordo e o Magro"; os grandes momentos do clássico "Sete Oportunidades" (1925), de Buster Keaton; seqüências hilariantes com o subestimado Charley Chase, incluindo seu melhor curta, "Limousine Love" (1928). Trilha sonora super cômica feita exclusivamente para o documentário, um dos melhores e último do compilador Robert Youngson.
O nome de um artista dos efeitos especiais não é algo que se espera ver acima do título de um filme, mas para os fãs do gênero, Ray Harryhausen tem sido, há 70 anos, uma máxima na animação quadro-a-quadro (stop motion) de fantasia e imaginação. Embora tenha trabalhado em outros 15 longas-metragens ("Fúria de Titãs", "Mil Séculos Antes de Cristo", os filmes de Sinbad, etc...), Harryhausen considera "Jasão e o Velo de Ouro" o auge de sua técnica e carreira, e não por acaso. Dos tantos encontros com monstros míticos e deuses, o confronto dos argonautas com o gigante de bronze Talos, inspirado no Colosso de Rodes, está entre as seqüências mais arrebatadoras que o cinema de aventura já produziu.
Aventura fantástica top de linha colocando o herói Sinbad (Kerwin Mathews) contra um mágico inescrupuloso (Torin Thatcher) que reduziu a Princesa Parisa (Kathryn Grant) ao tamanho de miniatura. Bom ritmo, efeitos especiais de arregalar os olhos de Ray Harryhausen (incluindo o famoso duelo com o esqueleto) em seu primeiro filme colorido e trilha envolvente de Bernard Herrmann. Um vencedor em todos os sentidos.
Três animais de estimação, separados de seus jovens mestres, embarcam numa jornada quase impossível em selvagens terrenos montanhosos para reencontrá-los. Diferente do clássico de 1963, que dispõe de uma narração, este remake nos permite ouvir os animais conversando e em espirituosos diálogos à moda dos anos 90. A aventura é convincente e as performances vocais excelentes, especialmente a do veterano Don Ameche, em sua penúltima participação no cinema, como Shadow, o velho fiel Golden Retriever. Michale J. Fox é o Bulldog Chance e Sally Field empresta sua voz à gata mimada Sassy. Um infalível entretenimento familiar Disney que nos permite contemplar as deslumbrantes paisagens do Oregon (apesar de a história se passar na Califórnia). Dedicado ao produtor Franklin R. Levy, que falecera durante as filmagens.
Espetacular continuação da trilogia de J. R. R. Tolkien, com Frodo e um extenso grupo de guerreiros à frente na tentativa de impedir que o maligno Lord Sauron destruísse a Terra-média. Mais sombrio, mais focado, mais profundamente emocional e mais empolgante do que o primeiro, com uma impressionante variedade de magia técnica e um elenco ideal. Destacado pela presença de Gollum, uma incrível mistura de CGI com a performance de Andy Serkis. Rhy-Davies também fornece a voz do personagem Barbárvore. Vencedor dos Óscars de Efeitos Visuais (Jim Rygiel, Joe Letteri, Randall William Cook e Alex Funke) e Edição de Som (Ethan Van der Ryn e Mike Hopkins).
Espantosa adaptação épica da primeira parte da Trilogia de J. R. R. Tolkien sobre o Hobbit Frodo Bolseiro (Elijah Wood) em sua jornada para destruir um poderoso anel que ameaça a Terra Média. A história desenvolve-se aos trancos e barrancos, mas inteligente e lindamente executada pelo diretor / co-roteirista Jackson, com valores fenomenais de produção e um excelente elenco liderado por Ian McKellen, perfeito como o mago Gandalf. Ganhou Óscars de Maquiagem (Peter Owen e Richard Taylor), Efeitos Visuais (Jim Rygiel, Randall William Cook, Richard Taylor e Mark Stetson), Cinematografia (Andrew Lesnie) e Trilha Sonora Original (Howard Shore).
Bom thriller de mistério criminal com um atrativo a mais: os perfeitos disfarces em Kirk Douglas, Burt Lancaster, Tony Curtis, Bob Mitchum e Frank Sinatra. Mas a trama por si só já vale a sessão. O filho do diretor, Tony (Walter Antony Huston), interpreta o filho de Lady Jocelyn Bruttenholm (Dana Wynter).
Spaghetti intenso que mescla momentos de violência acima da média com passagens de poesia e humanidade. As agradáveis músicas do "Cook and Benjamin Franklin Band" conferem o tom lírico à fita. Inclusive, a canção "Movin' On" fez parte da trilha internacional da novela "Locomotivas" (1977). É lamentável o fato da bela atriz que interpretou Bunny, Lynne Frederick, ter falecido com apenas 39 anos.
Envolvente musical "Americana" com o saudável Pat Boone, em sua 2ª incursão pelo cinema, visitando a fazenda dos tios no Kentucky onde vive peripécias automobilísticas, eqüinas e amorosas com a adorável vizinha Shirley Jones. Pat obteve sucesso com a canção-título. "Grease" certamente bebeu da fonte deste e de "State Fair". Realizado 13 anos antes por Henry Hathaway como AMOR JUVENIL (Home in Indiana). Filmado em CinemaScope.
Único filme sobrevivente da primeira grande estrela mirim das telas e, provavelmente, o primeiro a condenar de forma veemente o alcoolismo e a abordar o tema da adoção. Também é um raro filme onde podemos ver o então jovem iniciante diretor Henry King simultaneamente como ator coprotagonista. A forma carismática com que os personagens centrais se interagem pode até ter servido de inspiração para "O Garoto" (1921), de Charles Chaplin. Destaque para as cenas em que a garotinha se diverte com um urso de verdade. Marie Osborne atuou como atriz infantil até 1919. Quando mais velha, se tornou figurinista, realizando vários trabalhos no cinema, dentre os mais conhecidos estão "A Volta ao Mundo em 80 Dias" (1956), "Cleópatra" (1963) e "O Poderoso Chefão II" (1974). Faleceu em 2010, aos 99 anos.
Anjo do Mal
3.9 61 Assista AgoraO batedor de carteiras Skip McCoy (Richard Widmark), inadvertidamente, rouba um microfilme contendo fórmula ultra-secreta e se torna alvo de agentes de espionagem. Filme robusto, brutal e bem feito, com excelentes desempenhos do cínico Widmark, da sensual Jean Peters, e, especialmente, da indicada ao Oscar Thelma Ritter como vendedora ambulante de gravatas (e informações). A criatividade estilística de Samuel Fuller evidenciada sobretudo na inteligente movimentação da câmera e nos clôses intimistas dão o tom ideal à história de Dwight Taylor. Um dos melhores exemplares de Fuller, que também o roteirizou, e do gênero Noir.
O Cúmplice das Sombras
3.9 25Muito bom e envolvente thriller noir sobre um policial de rádio patrulha (Heflin) que fica obcecado e seduz a casada Evelyn Keyes. O filme possui quase todos os elementos que caracterizam o gênero, com desenrolar surpreendente num cenário desolador que engrandece ainda mais seu final. Dos 3 filmes de Losey que assisti até aqui, este é sem dúvidas o melhor. Excelente fotografia soturna de Arthur Miller, o mestre do preto-e-branco.
A Noite de São Lourenço
3.6 24Tocante, envolvente e ricamente texturizado drama sobre um grupo de aldeões da Toscana durante a Segunda Guerra Mundial, nos últimos dias antes da libertação pelos americanos. Com imagens líricas simples, os cineastas desvendam esta história de esperança, sobrevivência e afirmação da vida diante dos absurdos da guerra.
Cruzes de Madeira
4.2 5Os bastidores e horrores da 1ª Guerra, sob perspectiva dos franceses, num magistral, comovente e minucioso estudo dirigido por Raymond Bernard, com seqüências de batalhas incrivelmente intensas e realistas até para os dias atuais. A representação nas trincheiras é vívida. Sentimos sob nossa pele a miséria dos soldados, suas breves alegrias, suas angústias diante de algo grande demais para ser compreendido. Também há espaço para sublimes passagens como a missa celebrada na Igreja que servia ao mesmo tempo de hospital e abrigo aos feridos. Tal como Bernard, o romancista Roland Dorgelès era um veterano cujo objetivo foi retratar a própria experiência. Tais características aliadas à fotografia precisa e técnicas inovadoras fazem de "Cruzes de Madeira" um clássico absoluto e, provavelmente, o melhor filme de guerra francês já realizado.
Guerra, Flagelo de Deus
4.0 6O primeiro filme falado de Georg Wilhelm Pabst é um relato arrepiante, implacavelmente sombrio - e finalmente pacifista - de soldados alemães lutando contra seus colegas franceses nas trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial. Sem o benefício dos efeitos especiais modernos, Pabst cria uma visão vividamente realista e horripilante do conflito e contrasta efetivamente o tédio e o repentino tumulto universalmente vivenciado pelos envolvidos. Uma declaração antimilitarista quase tão poderosa quanto o vencedor do Oscar, lançado no mesmo ano, "Sem Novidades no Front" (1930), de Lewis Milestone.
Pelo Rei e pela Pátria
4.2 5 Assista AgoraUm chocante e claustrofóbico tratado anti-guerra vividamente atuado por um forte elenco de apoio. Bogarde destaca-se como o capitão e advogado do Exército designado para defender o suposto desertor Courtenay durante a Primeira Guerra Mundial. Trilha sonora modesta composta pelo virtuose da harmônica Larry Adler.
O Cristo do Oceano
4.0 2Um conto de amor e fé como poucos vistos nas telas. Fez sucesso considerável na Espanha à época de seu lançamento. O ator mirim Nino del Arco iniciou sua carreira atuando com Clint Easwood em "Por um Punhado de Dólares" (1964), de Sergio Leone, interpretando, coincidentemente, um garoto chamado Jesus. Foi lançado em VHS no Brasil pela Editora Paulinas. Trilha sonora tocante de Bruno Nicolai. Filmado em belas locações costeiras das Astúrias. Baseado numa história de Anatole France.
O Grande Desfile
3.9 24 Assista AgoraUm dos melhores filmes de guerra de todos os tempos. Gilbert, de cara limpa, é um herói maravilhoso e a adorada Adorée uma heroína inesquecível. Preenchido com humor, seqüências memoráveis e algumas das cenas de batalha mais angustiantemente realistas já filmadas. King Vidor sabia que teria que mostrar os horrores da guerra e, para compensar isso, fez várias inserções cômicas e incluiu um romance em sua primeira obra-prima, o que resultou numa história com um grande componente humano, coroada por um final glorioso para compensar todas as angústias e adversidades. Uma jóia.
Adeus às Armas
3.5 17 Assista AgoraLuxuosa adaptação do livro de Hemingway sobre o malfadado romance da Primeira Guerra Mundial entre o soldado americano e a enfermeira britânica. Filme bem feito, com uma bela composição de imagens intimistas do diretor Borzage que confere o tom ideal à história. A Cinematografia requintada de Charles Lang ganhou um Oscar, assim como a Mixagem de Som de Franklin Hansen.
O Pesado
3.5 11Buster (em seu primeiro longa-metragem) é enfiado num enredo agradável, mas convencional, sobre um bobo rico cujo casamento iminente é ameaçado quando ele é vitimado por uma trapaça do cunhado. Keaton atuou bem, mas não tinha ainda liberdade para expressar a personalidade cômica única que o consagraria. Baseado numa peça da Broadway estrelada por Douglas Fairbanks que já havia sido filmada como "The Lamb" (1915), com o próprio. Fairbanks estava envolvido em outro projeto quando foi abordado para refazer seu papel de palco, neste filme. Em vez disso, Fairbanks recomendou Keaton para o papel, assegurando que o comediante seria apropriado. O vilão Irving Cummings mais tarde se tornou um dos diretores da 20th Century-Fox.
Charrito, Um Herói Mexicano
3.5 15Não é um primor de roteiro, mas vale pela presença de alguns dos atores mais carismáticos da TV atuando em locações reais, ou seja, fora dos estúdios de TV. Disponível em HD no Youtube, com dublagem clássica MAGA. https://www.youtube.com/watch?v=mydwr7qkNqk&t=16s
Bancando o Águia
4.5 135 Assista AgoraKeaton impressiona novamente neste média-metragem com brilhante e hilária história de um frustrado projecionista que entra direto na telona e participa do drama imaginário de detetive e seus desdobramentos. Soberbo estudo do cinema e da fantasia representado por uma variedade incrível de truques visuais e acrobacias que sem dúvida influenciou inúmeros cineastas do alto escalão como Woody Allen, Jacques Rivette, Wes Craven, Jackie Chan, Steven Spielberg, Chuck Jones, etc...
Nossa Hospitalidade
4.2 53 Assista AgoraBuster vai para o sul para reivindicar uma herança familiar e se apaixona pela filha de um antigo clã rival. Comédia muda sublime, a primeira obra-prima do homem que nunca ri, com um final genuinamente arrepiante ao retratar uma das mais heróicas cenas de todo o cinema. O filme, uma sátira aos costumes sulistas e às folclóricas famílias rurais Hatfields & McCoys, é o único em que estrelam quatro membros da família Keaton: Buster Keaton; sua esposa, Natalie Talmadge; seu pai, Joe Keaton; e seu filho, Buster Keaton Jr. Um show de inventividades e situações impossíveis com espaço para lições de vida. A maravilhosa trilha sonora realizada em 1984 é assinada pelo especialista Carl Davis.
O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei
4.5 1,8K Assista AgoraA última parte da Trilogia de Tolkien termina de forma apoteótica quando Sam e Frodo se aproximam de seu destino no Monte Doom e as forças do bem se preparam para a batalha final contra os asseclas de Sauron. Longo, certamente, porém uma conquista arrebatadora - sozinho e em sintonia com os 2 filmes anteriores. Elenco, produção e direção são esplêndidos e os impressionantes efeitos visuais nos espetaculares confrontos épicos estão sempre a serviço de uma história com valores heróicos e muito humanos. Apesar da grandiosidade pintada por Jackson, a essência da obra são as pessoas, seus relacionamentos e as decisões que precisam tomar. A amizade, a lealdade e o auto-sacrifício estão fortemente presentes, especialmente na figura de Sam (Astin), o real herói desta saga. Vencedor de 11 Oscars, igualando-se a "Ben-Hur" (1959) e "Titanic" (1997).
4 Palhaços
4.2 5Uma obrigação para espectadores de todas as idades por conter algumas das melhores comédias mudas de todos os tempos. Imagens interessantes de atuações solo de Laurel & Hardy, antes de se tornarem "O Gordo e o Magro"; os grandes momentos do clássico "Sete Oportunidades" (1925), de Buster Keaton; seqüências hilariantes com o subestimado Charley Chase, incluindo seu melhor curta, "Limousine Love" (1928). Trilha sonora super cômica feita exclusivamente para o documentário, um dos melhores e último do compilador Robert Youngson.
Jasão e o Velo de Ouro
3.6 115O nome de um artista dos efeitos especiais não é algo que se espera ver acima do título de um filme, mas para os fãs do gênero, Ray Harryhausen tem sido, há 70 anos, uma máxima na animação quadro-a-quadro (stop motion) de fantasia e imaginação. Embora tenha trabalhado em outros 15 longas-metragens ("Fúria de Titãs", "Mil Séculos Antes de Cristo", os filmes de Sinbad, etc...), Harryhausen considera "Jasão e o Velo de Ouro" o auge de sua técnica e carreira, e não por acaso. Dos tantos encontros com monstros míticos e deuses, o confronto dos argonautas com o gigante de bronze Talos, inspirado no Colosso de Rodes, está entre as seqüências mais arrebatadoras que o cinema de aventura já produziu.
Simbad e a Princesa
3.6 52 Assista AgoraAventura fantástica top de linha colocando o herói Sinbad (Kerwin Mathews) contra um mágico inescrupuloso (Torin Thatcher) que reduziu a Princesa Parisa (Kathryn Grant) ao tamanho de miniatura. Bom ritmo, efeitos especiais de arregalar os olhos de Ray Harryhausen (incluindo o famoso duelo com o esqueleto) em seu primeiro filme colorido e trilha envolvente de Bernard Herrmann. Um vencedor em todos os sentidos.
A Incrível Jornada
3.3 281 Assista AgoraTrês animais de estimação, separados de seus jovens mestres, embarcam numa jornada quase impossível em selvagens terrenos montanhosos para reencontrá-los. Diferente do clássico de 1963, que dispõe de uma narração, este remake nos permite ouvir os animais conversando e em espirituosos diálogos à moda dos anos 90. A aventura é convincente e as performances vocais excelentes, especialmente a do veterano Don Ameche, em sua penúltima participação no cinema, como Shadow, o velho fiel Golden Retriever. Michale J. Fox é o Bulldog Chance e Sally Field empresta sua voz à gata mimada Sassy. Um infalível entretenimento familiar Disney que nos permite contemplar as deslumbrantes paisagens do Oregon (apesar de a história se passar na Califórnia). Dedicado ao produtor Franklin R. Levy, que falecera durante as filmagens.
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres
4.4 1,1K Assista AgoraEspetacular continuação da trilogia de J. R. R. Tolkien, com Frodo e um extenso grupo de guerreiros à frente na tentativa de impedir que o maligno Lord Sauron destruísse a Terra-média. Mais sombrio, mais focado, mais profundamente emocional e mais empolgante do que o primeiro, com uma impressionante variedade de magia técnica e um elenco ideal. Destacado pela presença de Gollum, uma incrível mistura de CGI com a performance de Andy Serkis. Rhy-Davies também fornece a voz do personagem Barbárvore. Vencedor dos Óscars de Efeitos Visuais (Jim Rygiel, Joe Letteri, Randall William Cook e Alex Funke) e Edição de Som (Ethan Van der Ryn e Mike Hopkins).
O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel
4.4 1,8K Assista AgoraEspantosa adaptação épica da primeira parte da Trilogia de J. R. R. Tolkien sobre o Hobbit Frodo Bolseiro (Elijah Wood) em sua jornada para destruir um poderoso anel que ameaça a Terra Média. A história desenvolve-se aos trancos e barrancos, mas inteligente e lindamente executada pelo diretor / co-roteirista Jackson, com valores fenomenais de produção e um excelente elenco liderado por Ian McKellen, perfeito como o mago Gandalf. Ganhou Óscars de Maquiagem (Peter Owen e Richard Taylor), Efeitos Visuais (Jim Rygiel, Randall William Cook, Richard Taylor e Mark Stetson), Cinematografia (Andrew Lesnie) e Trilha Sonora Original (Howard Shore).
A Lista de Adrian Messenger
3.5 30Bom thriller de mistério criminal com um atrativo a mais: os perfeitos disfarces em Kirk Douglas, Burt Lancaster, Tony Curtis, Bob Mitchum e Frank Sinatra. Mas a trama por si só já vale a sessão. O filho do diretor, Tony (Walter Antony Huston), interpreta o filho de Lady Jocelyn Bruttenholm (Dana Wynter).
Os Quatro do Apocalipse
3.7 33 Assista AgoraSpaghetti intenso que mescla momentos de violência acima da média com passagens de poesia e humanidade. As agradáveis músicas do "Cook and Benjamin Franklin Band" conferem o tom lírico à fita. Inclusive, a canção "Movin' On" fez parte da trilha internacional da novela "Locomotivas" (1977). É lamentável o fato da bela atriz que interpretou Bunny, Lynne Frederick, ter falecido com apenas 39 anos.
Primavera do Amor
3.9 3Envolvente musical "Americana" com o saudável Pat Boone, em sua 2ª incursão pelo cinema, visitando a fazenda dos tios no Kentucky onde vive peripécias automobilísticas, eqüinas e amorosas com a adorável vizinha Shirley Jones. Pat obteve sucesso com a canção-título. "Grease" certamente bebeu da fonte deste e de "State Fair". Realizado 13 anos antes por Henry Hathaway como AMOR JUVENIL (Home in Indiana). Filmado em CinemaScope.
Pequena Mary Sunshine
3.5 1Único filme sobrevivente da primeira grande estrela mirim das telas e, provavelmente, o primeiro a condenar de forma veemente o alcoolismo e a abordar o tema da adoção. Também é um raro filme onde podemos ver o então jovem iniciante diretor Henry King simultaneamente como ator coprotagonista. A forma carismática com que os personagens centrais se interagem pode até ter servido de inspiração para "O Garoto" (1921), de Charles Chaplin. Destaque para as cenas em que a garotinha se diverte com um urso de verdade. Marie Osborne atuou como atriz infantil até 1919. Quando mais velha, se tornou figurinista, realizando vários trabalhos no cinema, dentre os mais conhecidos estão "A Volta ao Mundo em 80 Dias" (1956), "Cleópatra" (1963) e "O Poderoso Chefão II" (1974). Faleceu em 2010, aos 99 anos.