O que eu mais adoro no filmow são os comentários e eu adoro comentar sobre eles. Vamos lá. A maioria absoluta das pessoas diz que essa temporada é pior porque é menos verossímil e mais fantasiosa. Eu acho esse argumento equivocadíssimo. A primeira temporada é puro Jason Bourne feminista e continuação seguiu a mesma premissa 007. Uma organização criminosa que criou um orfanato para treinar pessoas e colocá-las em posições chave da sociedade com o objetivo de dominá-la? Gente, isso é pura teoria da conspiração no melhor estilo estilo Iluminatti. Não tem como um organização dessas existir por décadas sem que o Ministério Público ou a polícia federal não desconfiem ou sem que ninguém da imprensa note algo estranho. Se fosse num rincão do Brasil até vai, mas em plena cidade de São Paulo? Esse enredo surreal já está lá na primeira temporada, que termina com o mega clichê da pessoa que forja a própria morte. Nada mais clichezão que isso. A única diferença de Bom dia, Verônica para outras séries do mesmo estilo é que ela conseguiu introduzir de modo convincente temas bem contemporâneos à sua história (como a violência contra a mulher), o que deu à trama um ar mais "realista". Mas o espírito 007 sempre esteve lá. Brasileiro tem problemas com a maioria dos gêneros de história que não são comuns no Brasil. Como Verônica é uma série policial, a galera quer ver Um Tropa de Elite, um Cidade de Deus, com críticas sociais e "realismo". Pra mim, essa nunca foi a proposta.
O ator que fez o protagonista da série, Beam Paphangkon infelizmente veio a falecer algumas horas atrás. A Tailândia está em choque. O rapaz tinha apenas 25 anos. A família chegou em casa e o Beam estava dormindo. Eles não conseguiram acordar o ator. Levaram ele para o hospital, mas não conseguiram salvá-lo. Uma notícia muito triste. Era um jovem talento promissor. Estava gravando outra série para a Netflix onde interpretaria o técnico do time de futebol dos meninos que ficaram presos na caverna no norte da Tailândia. Meus sentimentos à família.
Boas interpretações e bons personagens desperdiçados numa história arrastada. Daria até pra aturar se não fosse o que fizeram com o personagem do Conrad.
Cansado de histórias de gays que se apaixonam por héteros.
Sério!
PAREM DE FAZER HISTÓRIAS ASSIM!
Vcs não tem criatividade? Além de tudo, é tão ofensivo colocar sempre as gays como amarguradas que ficam sozinhas e só sabem correr atrás de héteros que não as querem.
É lenta e meio bagunçada, mas não achei isso um grande problema, uma vez que a história é envolvente e instigante. Discordo de quem disse que 5 capítulos seriam o suficiente. Achei o ritmo e a quantidade de episódios perfeitos.
Cássia Kiss e Cláudia Abreu se entregaram aos seus papéis. Ambas estão muito bem e são o ponto forte do elenco. Por outro lado, o elenco jovem está bem perdido aqui.
Sobre os diálogos e atuações, acho que melhoraria 50% só de cortar as Ênclises. Gente, brasileiro não usa ênclise. Custa fazer todos os diálogos com Próclise para que soem mais naturais? As pessoas nessa série falam como se estivessem num jogral estudantil ou declamando uma poesia num sarau. Isso prejudica muito a naturalidade das falas e, consequentemente, a atuação. A cena, por exemplo, em que um grupo de pessoas vai até a casa da Bruxa pedir ajuda para encontrar a menina desaparecida é um exemplo de diálogo e atuação ruins. A atriz que interpreta Iryna Burko se saiu tão mal quando ofende a personagem da Cássia Kiss que me fez sentir até vergonha.
Mas tem tantas séries americanas com atuações e diálogos meia boca que o povão ama, não é mesmo? Essa daqui não está nada mal.
Nunca tinha visto antes um documentário que vitimizava um psicopata. Dar o protagonismo de um documentário para alguém que cometeu um crime desses e, pior, comprar a narrativa do psicopata, é algo estarrecedor. Psicopatas podem ser sedutores, podem muitas das vezes saber o que falar para enganar as pessoas. A Suzane Von Richthofen tentou fazer o mesmo naquela entrevista para o fantástico. Sendo uma mulher branca e loira fica mais fácil ainda ganhar empatia das pessoas. E, esperta como ela é, Elize usa uma linguagem afinada com a luta identitarista para se colocar como vítima. Os investigadores do caso são machistas e falam da vida dela como prostituta com preconceito misógino. Sabendo disso, ela consegue imprimir a narrativa de mulher injustiçada com maestria. Segundo essa narrativa, Elize foi vítima de um marido cruel e machista, cuja tóxica relação terminou numa discussão seguida de morte, algo não premeditado por ela.
Elize justifica sua condenação e as críticas que recebe como expressões do patriarcado. Segundo a autora do crime, se ela fosse homem o tratamento por parte da mídia e da justiça seriam diferentes. Há verdade na afirmação sobre a misoginia da sociedade brasileira, mas muitos questionamentos dela não tem sustentação. Elize pergunta, por exemplo, se o caso teria a mesma repercussão se fosse o marido dela que a tivesse matado, dando a entender que só houve interesse no caso e julgamentos morais por ela ser mulher. Isso não é bem verdade. A sociedade é machista, mas a mídia não ignora casos de mulheres mortas pelo companheiro. Dá pra citar inúmeros casos que sofreram cobertura da mídia: goleiro Bruno, Doca Street e Angela Diniz, Elloá Pimentel, Daniella Perez, Sandra Gomide, entre outros. A justiça, a imprensa e a sociedade foram machistas em muitos desses casos, mas não dá pra dizer que caso fosse o herdeiro da Yoki a matar a Elize não haveria repercussão. O dono de uma empresa famosa como a Yoki ser preso por esquartejar a esposa não chamaria a atenção da mídia? O questionamento dela é risível.
Além disso, apesar de todo o machismo que sofreu durante a investigação e julgamento por ter sido garota de programa, ela ainda recebeu uma pena relativamente pequena para o seu crime. O goleiro Bruno, por exemplo, recebeu uma pena maior. Aliás, assim como muitos homens assassinos, ela recebeu o privilégio do regime semi-aberto. E isso já tem dois anos! Qual a diferença de tratamento que ela recebeu da justiça em relação ao goleiro Bruno? É verdade que muita gente continuou apoiando o Bruno depois dele sair da cadeia e poderiam dizer que isso só aconteceu por ele ser homem. Mas a Elize não tem nenhum apoio? Quantos assassinos ganharam documentário da Globo?
Acho, aliás, que esse é o ponto: ela conseguiu o documentário justamente por que sua cor e discurso alinhado ao feminismo lhe possibilitam angariar empatia que outros na mesma situação não conseguiriam.
As críticas que ela sofreu e sofre por ter sido garota de programa são deploráveis. Mas isso não a isenta de ser cobrada ou criticada por esquartejamento. O fato do marido assassinado ter sido um mau companheiro também não é relevante. Agora vamos aceitar justificativas pra assassinato? Me traiu tem que morrer? Vamos voltar a aceitar crimes "pela honra"? Podem argumentar que muitos homens heterossexuais ainda realizam esses crimes "pela honra", nome arcaico para feminicídio. Mas e daí? Por causa disso vamos aceitar que os outros também o façam?
Comentário meio aleatório mas que acho necessário:
Gostei muito do fato deles terem deixado a pele dos atores bem naturais, com as imperfeições típicas. Tem espinha, manchas, cicatrizes. Também achei que a escolha do elenco não visou atores e atrizes super lindos e modelos. São pessoas mais comuns, mas que não deixam de ser bonitas.
Gostei da naturalidade como a atração entre eles foi construída. Achei toda a questão física entre eles muito bonita e bem feita. A química realmente foi natural e convincente.
Geral dizendo que o Benji é chato. Eu achei o oposto. Odiei o Victor a temporada inteira! Só ficava defendendo a mãe chata dele. Aliás, que purgante que é aquela mulher. Adorei quando o pai dele disse que queria sair com outras pessoas. Você arranja coisa melhor, campeão. Vai fundo.
A verdade é que o Benji fez caridade a série toda. Eu odiaria ter um namorado que fica defendendo a família homofóbica. "Ah, mas vc tem que entender que eles são religiosos, blá blá, blá"... FODA-SE! Eu me identifiquei muito com o Benji pq eu namorei um rapaz cuja avó era racista e ficava fazendo comentários racistas na mesa do jantar bem na minha cara e quando eu pedia pro meu namorado dizer alguma coisa, ele vinha com esse mesmo papinho de que "Ah, mas vc tem que entender que ela é de outra geração, tem outra cultura". FODA-SE ela e a geração dela! Não sou obrigado a ouvir certas coisas e ficar calado! Agora tenho que ter paciência e ouvir calado coisas como "Você é escurinho, mas é boa pessoa"? Vai se ferrar!
E o pior é a justificativa colonialista que o Victor usa pra desqualificar o Benji. Ele diz que seu namorado não entende sua mãe pq ele é branco. Oi? Então o Victor acha que brancos são seres evoluídos e gay friendly, enquanto não-brancos são pessoas bárbaras, retrógradas e atrasadas cuja homofobia é explicável devido às dificuldades que enfrentaram na vida? Por que foi basicamente isso que a conversa dele com o Rahim significou. Como brasileiro e descendente de africanos e indígenas eu achei isso um insulto. Como se famílias brancas fossem super progressistas e como se o majoritariamente branco EUA fosse super progressista e a América Latina fosse o continente das trevas e do atraso mental. Victor basicamente disse: "Olha, vc tem que entender que minha família é latina, somos católicos, nossa cultura é homofóbica mesmo. Você está sendo culturalmente insensível por não compreender a homofobia latino americana. Nem todo mundo tem sorte de nascer numa família branca e gay friendly. Eu tive azar de nascer numa cultura homofóbica e diferente da sua. Na próxima reencarnação, espero nascer branco e protestante".
E o Victor ainda contou o segredo do Benji ter sido alcoólatra pro Rahim, alguém que ele mal conhecia? Além de ser falta de verossimilhança, ainda fizeram o Victor ficar parecendo ainda mais cuzão.
Outro problema são os personagens do Rahim e da Mia. Nenhum deles disse a que veio. O Rahim só está lá pra cumprir uma cota racial? Ele caiu de para-quedas na história. Não acrescentou nada. O que fizeram com a Mia? A história dela ficou desconectada do restante. O namoro dela ficou perdido no rolê, sem nenhum atrativo.
Felix, maravilhoso, roubou a cena. A história dele é a mais interessante. Personagem cativante, ator super entregue ao personagem. Sem defeitos.
Eu gostei de assistir a série, mas essas coisas me incomodaram. Deveriam se preocupar mais em desenvolver os personagens e suas relações invés de enfiarem personagens novos e situações forçadas.
A chatíssima Yuri estragou um pouco a segunda temporada. Se não tivesse ela, eu teria adorado. Amei o episódio da senhora lésbica que odiava homens por causa do aborto que resultou na morte de sua paixão de infância.
Palmas pra atriz principal, Kitty Chicha, e para o ator Aim Phumiphat que faz o episódio do trote universitário.
Para um país conservador e governado por militares como a Tailândia, acho incrível como uma série que debocha de várias instituições e tradições do país não foi censurada. Acho que os censores são burros e não entendem sarcasmo.
Há vários elementos tradicionais e reacionários bastante próprios da sociedade tailandesa que estão nas entrelinhas dessa história. Na verdade, sendo sincero, alguns não estão nem nas entrelinhas, estão explícitos. Tian era um menino rico e fútil que gostava de beber e organizar rachas, aquelas corridas de rua super perigosas. Pois então, o Tian organizou o racha que causou a morte da professora da vila nortista. Ele não dirigia o carro, mas ele organizou a corrida clandestina e ainda deu o carro dele para o atropelador. Tian não estava na corrida, pois passou mal antes dela acontecer e foi levado ao hospital. Lá, ficou entre a vida e a morte e foi salvo pelo coração da professora, a mesma que seu comparsa atropelou enquanto ele estava indo para o hospital. Como se não bastasse, a rica família do Tian usou de seu dinheiro e influência para furar a fila do transplante de órgãos, o que torna possível, desse modo, que o coração da moça seja entregue ao nosso protagonista. Em suma: ele ajudou a matar a professora e ainda roubou o coração dela. Literalmente. Depois de acordar e se recuperar, ele soube de tudo que aconteceu e se sentiu culpado. É por isso que ele (como um bom budista) decide pagar o seu carma e ir para o norte assumir a vaga que era da sua doadora. Uma vez no norte, Tian passa por todo tipo de necessidades: não tem energia elétrica e nem internet no local. Ele sofre com os mosquitos, sofre com a água fria para tomar banho, e sofre para conquistar a simpatia dos brutos e incultos aldeões. Os pobres moradores locais são burros e ignorantes. São enganados facilmente pelos compradores de chá que aparecem no local, uma vez que não sabem fazer cálculos simples na hora da pesagem das folhas. Nosso herói, Tian, se revolta contra o sistema opressor e enfrenta os enganadores. O que ele não sabe é que essas pessoas são ligadas aos traficantes de animais da região. Tian acaba atraindo a ira dos traficantes e leva a vila à uma guerra com os bandidos. Quem salva os aldeões (e Tian) da enrascada são os guardas florestais (que na verdade são parte do exército na história original contada no livro) que usam suas armas e táticas de guerrilha para atacar o assentamento dos traficantes e derrotá-los. Nada disso seria possível, é claro, se não fosse a liderança de Tian. Ele é o único que entende que a opressão deve acabar e que é necessário enfrentá-la. Os pobres aldeões são incapazes de fazer qualquer coisa por si mesmos, sendo o bando de tapados que são. Mas, no fim das contas, são os guardas/soldados que precisam usar a força (mas seguindo a liderança de Tian) para salvar o dia. Tanto o soldado Phupha quanto os humildes aldeões ficam muito tristes ao descobrirem que Tian está envolvido na morte da sua querida professora. Mas, com o tempo, eles o perdoam ao verem todo o sacrifício dele na luta contra os malignos traficantes. Afinal, ele é um menino rico que rejeitou toda a sua riqueza para estar ao lado deles, defendendo-os dos traficantes do mal. Entretanto, Phupha, o soldado musculoso por quem Tian está apaixonado, acha que a relação dele com Tian não tem futuro, pois ele quer que Tian volte pra Bangcoc para estudar. Ele acredita que o jovem terá um melhor futuro se deixar a vila e for construir uma carreira. Os dois se desentendem e Tian deixa a vila e volta para a universidade. Entretanto, ele larga a Engenharia e escolhe Pedagogia, pois quer ser professor. Ao fim, o pai de Tian, o mesmo político corrupto que encobriu os crimes do filho e que ainda roubou um coração da fila de transplante, aparece como o homem de bem que não só abençoa a relação homossexual de Phupha e Tian, como também é o promotor do reatamento entre os dois. Ele é um político corrupto, mas é gay-friendly. Aparentemente é isso que importa. Fim.
Agora vamos para a análise dos personagens principais. Tian representa a elite tailandesa de Bangcoc. Phupha representa as Forças Armadas. Os aldeões são o povo tailandês. O povo, sendo burro e idiota, não é protagonista de sua própria história. Eles precisariam de uma direção, pois sua ignorância os impediria de saber o que fazer. Essa direção é dada pela elite educada de Bangcoc. Os pobres aldeões não sabem que estão sendo explorados e precisam que Tian não só diga isso para eles, como também diga o que eles devem fazer. Mas não basta apenas ter a direção. É necessário a força para fazer o que for necessário. Se a elite é a cabeça, os soldados são os braços e pernas da nação. Eles tem o monopólio do uso da força e são capazes de defender os aldeões dos malignos traficantes, que representam a banda pobre da sociedade. Curiosamente, os traficantes são retratadas como malignos bandidos por seus crimes, enquanto os crimes de Tian e sua família são ignorados e até mesmo visto como redimidos pelo fato de Tian ser voluntário na vila e pelo pai abençoar a relação gay dos protagonistas. Aqui entra o (mau) uso que a elite faz do budismo. Você tem um carma ruim? Basta fazer umas boas ações que está tudo ótimo. A narrativa nacionalista é bem clara aqui: a nação só está de pé porque a elite de Bangcoc se sacrifica pelo povo. Mesmo o povo sendo inculto e incapaz, a elite não desiste, ela dá seu sangue para o bem comum. Nessa empreitada, a elite conta com o apoio corajoso e abnegado das Forças Armadas, sem o qual o país já teria sucumbido aos mal elementos. Esses mal elementos mudam de acordo com a época: já foram os comunistas, já foram os camisas vermelhas, já foram os estudantes, agora são os protestos pró-democracia. O povo, sendo inculto, não consegue enxergar o rumo que o país deve seguir, mas a elite de Bangcoc, graças ao seu sacrifício e consequente bom carma acumulado, tem a capacidade de ver além. Infelizmente, às vezes o povo não consegue enxergar a boa intenção da elite, mas quando um conflito aparece, as Forças Armadas surgem para salvar a todos.
Se você acha que essa minha análise está muito ampla, podemos ver a coisa de modo mais direto e objetivo. Vamos falar sobre mortes no trânsito. Assim como Tian, os jovens membros da elite tailandesa estão sempre enrolados com a justiça por causa de sua conduta assassina atrás do volante. Há vários casos de jovens ricos que mataram pessoas enquanto dirigiam, sem que nenhum deles tenha ido parar atrás das grades. Se está curioso para saber do que estou falando aqui, procure o caso de Orachorn “Praewa” Thephasadin. Aconteceu em 2010 e é um bom exemplo de como os jovens tailandeses ricos podem fazer o que quiserem e se safarem. Praewa matou nove pessoas ao bater seu carro numa van que transportava estudantes. Ela nunca foi presa e ninguém recebeu nenhuma indenização até hoje. Numa das sentenças de seu julgamento, o juiz em questão escreveu que a família dela fez muitas coisas boas pela Tailândia, por isso não poderia ser presa. Há também o caso do herdeiro da Red Bull. O neto do dono da empresa atropelou um policial e arrastou seu corpo por vários quilômetros. Não prestou socorro e tentou ocultar o crime, mas o rastro de sangue até a garagem da sua casa o denunciou. O sujeito está vivendo na Europa há anos e não sabemos se algum dia vai pagar pelo crime. Tanto no caso da Praewa quanto no caso da Red Bull, as famílias dos criminosos trataram de "limpar" a sua imagem pública através de caridade e doando dinheiro para projetos sociais que ajudam pessoas que moram em afastadas zonas rurais. Exatamente a mesma coisa que Tian fez na série. A elite pode fazer isso porque, supostamente, graças aos seus carmas acumulados, ela enxergaria melhor. Ela se sacrificaria pelos pobres, por isso seus eventuais erros devem ser perdoados. Se não ela, quem pode governar a Tailândia? Os militares, apesar de sua suposta fibra moral, não podem fazer isso sozinhos. Eles precisam da direção de quem entende, de quem tem a visão.
No final das contas, fica nítido aqui como a narrativa nacionalista pode se adaptar a qualquer gênero e contexto. Nessa série, a elite se coloca como apoiadora do casamento entre pessoas do mesmo sexo, ao mesmo tempo em que reitera a importância de sua participação, ao lado dos militares, na direção da nação. E sem pagar pelos seus crimes.
O verdadeiro objetivo dessa série longa e cansativa é mostrar muito homem pelado de maneira gratuita. Meninas hétero e meninos gays, podem se regozijar. A única coisa que presta são as bundas mesmo, pois a história é um sonífero. A protagonista e a chata da tal da Bette são insuportáveis! Tirando o Shane não tem nenhum personagem minimamente cativante.
Isso sem contar as inúmeras cenas completamente aleatórias em que o elenco todo aparece peladão conversando na sauna. Algo completamente gratuito e irrealista. O que eles tentaram fazer nessas cenas? Os personagens conversam sobre temas espinhosos tais como assassinatos e abuso sexual enquanto desfilam o pênis um na cara do outro em situações comicamente homoeróticas. "Você acha que eu sou o culpado?", fala o personagem peladão se levantando e mostrando o pênis para o interlocutor. "O culpado é você", responde o outro dando as costas para a câmera para que possa mostrar suas polpudas nádegas.
Como que fazem um diálogo desses mostrando um monte de bunda e piroca sem esperar que a gente não caia na gargalhada? Uma estrelinha pelas bundas. Outra pras danças de balé.
Diferente de comentários e críticas que li por aí, não achei que o documentário procura balancear duas narrativas opostas e deixa a conclusão para o telespectador. Achei o viés bastante inclinado à versão do complô contra o deputado Wallace. Os principais momentos dramáticos se dão nas ocasiões em que os defensores do deputado falam, em especial sua família e amigos próximos.
Não posso bater o martelo e dar um veredito pois não sou juiz e nem li os autos do processo. Mas, baseado no que vi nesse ótimo documentário, não acredito na inocência de quase ninguém. A Força-tarefa tinha um claro objetivo de condenar o Wallace e as provas que eles apontaram são um tanto frágeis. Isso me faz lembrar da Lava-Jato e da tal "convicção sem provas" do Dellagnol. A prisão da Vanessa foi uma arbitrariedade sem tamanho, exemplo de um país que vem falhando sitematicamente em estabelecer um verdadeiro Estado de Direito.
Por outro lado, não consigo acreditar na inocência do Deputado Wallace. Primeiro que aquele programa era um esgoto. Esse tipo de programa de baixaria sanguinolenta nem deveria existir. Exploram a violência em causa própria e se acham juízes absolutos da Moral. Mostrar corpos queimados e fuzilados na TV e ficar gritando frases demagógicas sobre como as autoridades não fazem nada é nojento. Não há nenhum tipo de respeito pelos seres humanos que estão ali mortos. A banalização da morte apresentada no programa aumenta a insensibilidade das pessoas em relação à vida. O programa era um horror! E é triste que tanta gente amasse aquela carnificina. É inegável também que os produtores do Canal Livre se achavam os donos do Bem e que todos os críticos eram o Mal encarnado. Ser crítico do programa era ser a favor do tráfico. É um típico maniqueísmo que é muito usado pelo atual governo.
Não acredito que Wallace fosse chefe de uma grande organização criminosa que matou tanta gente, mas ele parece ter sim se envolvido com o tráfico. Ele tem fotos constrangedoras e comprometedoras com dois traficantes: Moa e Frankinho 40. Qual a explicação para isso? O documentário livrou a barra do deputado ao não explorar esses dois pontos. Nenhum familiar, amigo e nem o advogado foram interrogados sobre porque o Wallace tem fotos com Moa na piscina de sua casa e nem porque ele foi se encontrar com o Frankinho 40 em local sigiloso. Se ele tinha horror ao tráfico e aos traficantes, por que manteve relação com esses dois sujeitos?
Se por um lado a Força-tarefa se atrapalhou toda e deu provas insuficientes, por outro os familiares do deputado não explicaram as contradições entre combater o tráfico e, ao mesmo tempo, ser tão próximo a ele. Por que o filho do deputado, Rafael, tinha tanta relação com traficantes? Por que eles tinham armas de guerra em casa? O dinheiro eu até acho que dá pra justificar se a gente tiver boa fé, mas e quanto a ter fuzis dentro de casa e munições deflagradas? Que pessoa normal tem isso no quarto?
Se eu fosse apostar numa resposta, acho que o programa participou sim de crimes forjados e premeditados. Pode não ter sido o principal líder das operações, mas era testemunha delas e se calou. Não por medo, mas por concordar com elas. O Canal Livre tinha uma retórica de fazer justiça com as próprias mãos, uma vez que o Estado seria ausente. Executar sumariamente é fazer justiça para essa gente. Ao participar dessas ações, eles deveriam acreditar que estavam contribuindo para a sociedade. Entretanto, quando o deputado cria muitos inimigos na política, usam os crimes do programa contra ele. Dessa forma, derrubam Wallace pelos motivos errados: ele cai em desgraça por causa das inimizades políticas e não pelos crimes do programa, visto que seus inimigos aparentemente cometem os mesmíssimos delitos.
Se eu fosse eleger um inocente na história, seria o filho mais novo, Willace. Tive dó. De coração. Era uma criança e parece ter sofrido muito. Acho natural que ele acredite e defenda o pai, mesmo que eu mesmo não tenha a mesma fé na inocência do Deputado.
Triste é o nosso Brasil. Manaus já teve outro massacre em presídios ano passado. E as coisas não parecem estar melhorando por lá.
Por fim, Manaus, a cidade que amava o Canal Livre, votou em massa no Bolsonaro. Não é nenhuma coincidência. Quem não viu semelhanças entre Bolsonaro e seus filhos, de um lado, e Wallace e Rafael, de outro, não prestou atenção o suficiente nesse documentário. Tanto Bolsonaro quanto Wallace tem uma retórica religiosa e belicosa. Ambos defendem a polícia e a violência. Ambos tem fotos com criminosos em situações de intimidade. Ambos tem filhos enrolados com a justiça. Por enquanto, a principal diferença entre os dois é o desfecho da história.
O personagem do médico é completamente idiota e dá vontade de dar um tiro nele! A obsessão dele em proteger a Meena tornou ele patético! Dava raiva! A mulher fez ele de gato e sapato e depois que ela já tinha virado louca e assassina como o Tom, ele simplesmente deixou os dois escaparem! O Tom matou a amiga dele, tentou matar a esposa e mesmo assim deixou ele livre pra agradar a doida varrida da Meena! (Famoso escravoceta!) Aquele avião tinha que ter caído no final pra levar os dois capetas pro inferno!
Que finalzinho mais Fanservice, hein? Só faltou a família Stark dar as mãos e fazer uma ciranda. Que clichê. Deram o trono pro rei bonzinho que foi eleito. Final feliz pro reino.
Forçaram uma independência do Norte completamente inverossímil (tá bom que os outros reinos iriam deixar só o Norte independente e não iriam querer independência tb...) só pra dar o trono pra Sansa...
Fanservice total pros Starks. Pra quem curte final de novela da Globo foi um prato cheio.
Lendo os comentários descobri que eu amei tudo que as pessoas mais odiaram (tirando o Luther e o Diego). Adorei os dramas familiares, adorei o estilo novela mexicana das interações entre eles. Gostei dos efeitos especiais. Não achei a história rasa. Não tive problemas com o "incesto". Não achei os personagens mal construídos (apesar de concordar que uns são bem melhores que outros, destaque pra Número 5 e Klaus). Achei os furos normais dentro do esperado (toda série desse tipo tem uns furos).
Enfim, tudo que reclamaram me satisfez. Pode levar meu dinheiro Netflix.
Prefiro coisas simples que me agradam do que tentar revolucionar a linguagem televisiva e entregar coisas meia boca (escutou, HBO?).
"Uau! Uau! Uau! Final feliz, mas sem ser conto de fadas! Um final tão perfeito para o Boo 1. Não foi magicamente curado, mas parece estar lidando com sua depressão com o apoio de seu pai e amigos! 2. Não ficou com a garota, mas aceitou a amizade dela! 3. Finalmente tem amigos na escola! 4. Percebeu que a vida deve ser vivida! Final perfeito para seu pai: 1. percebe que há pessoas boas que são mal avaliadas; 2. torna-se mais compreensivo; 3. realmente tenta entender seu filho! Pena que isso foram apenas 8 episódios. Este é um drama tailandês amadurecido! Espero que a série possa ajudar os adolescentes que estão deprimidos a realmente conseguirem ajuda e que eles entendam que ainda é uma batalha difícil e não há solução mágica, mas, como com Boo, ajuda é melhor do que uma má solução final!"
Só acrescento: Simon, melhor personagem! Toni, melhor ator! Uma das melhores séries da história da Tailândia!
Bem, 2018 é o ano em que as séries tailandesas se tornaram globalizadas. Temos muitas séries tailandesas na Netflix agora e a GMM, antes melhor conhecida por comédias românticas leves e cafonas, ousou tomar uma decisão audaciosa: investir em gêneros diversificados e tentar se abrir para a comunidade internacional. The Gifted é o melhor exemplo dos bons resultados que conseguiram até agora.
Em primeiro lugar, tenho que parabenizar os escritores e diretores. O enredo é inteligente, revigorante e elegante. As tensões e os personagens são lenta e progressivamente construídos, provocando o público e nos fazendo continuar assistindo. A temporada é dividida em duas partes. A primeira introduz os personagens e suas habilidades, enquanto a segunda parte se concentra no segredo da escola. Embora eu entenda as razões pelas quais eles fizeram essa divisão, eu senti que, com exceção de Pang, Wave e Nantaan, os outros personagens quase sumiram durante a segunda parte da temporada. Sabemos que todos eles estavam lá, mas parecia que tinham se tornado apenas personagens secundários. Provavelmente eles tinham a expectativa de fazer outra temporada e o desenvolvimento desses personagens acontecerá na segunda temporada. Falando sobre os personagens, eu tenho que dizer que eu adorei todos, especialmente Pang, Wave, Nantaan e Ohm. Pang é o clássico bom rapaz, o herói cujas qualidades incluem idealismo, coragem e ética; enquanto Wave é o encantador anti-herói que é solitário e procura amigos. Embora eu tenha amado ambos, sinto que foram mais eficazes na criação do personagem do Chimon. O episódio do Wave nos mostrou sua história antes da escola e nos fez simpatizar com ele. Saber sobre o que aquela professora fez com ele no passado o humanizou. Estranhamente, não temos um único momento nesta série em que possamos ver a vida do da escola ou fora dela. Por que ele é tão heróico? É um mistério que o desvendar pode desvendar na próxima temporada. É claro que sabemos que a escola fez Pang perder seu melhor amigo, o que é uma boa razão para fazê-lo odiar o sistema escolar, mas isso não explica tudo. Mesmo antes disso, Pang já era idealista e não sabemos por quê. A fim de humanizá-lo um pouco mais, devemos saber sobre seu passado, suas motivações, talvez a próxima temporada devesse explorar sua amizade com Nic quando eles eram crianças.
Algumas pessoas até dizem que Wave e Pang poderiam namorar. Bem, eu geralmente não gosto quando os fãs do BL tentam enfiar histórias BL em todas as séries tailandesas. Neste caso, no entanto, gostaria de dizer que uma relação entre eles, embora não seja um requisito, seria interessante. Os dois formaram uma equipe muito boa. Durante a primeira parte da temporada, eu pensei que Pang, Ohm e Nantaam iriam imitar o trio clássico de Harry Potter, onde há um heroico protagonista, uma garota inteligente e um garoto brincalhão (Sim, Pang como Harry, Nantaam como Hermione e Ohm como Rony). Mas depois que Pang e Wave fizeram o acordo, eles se aproximaram e eu gostei muito das interações deles. Eles podem ser um ótimo casal se a história escolher uma abordagem realista em vez de um romance brega. Eu adoraria ver WavePang e NantaamOhm se tornando realidade, mas estou bem se isso não acontecer. A história é boa o suficiente sem qualquer romance.
Falando sobre a atuação, gostei de todos, mas devo dizer que as três melhores performances, na minha opinião, vão para Bird Wanchana Sawasdee como diretor; Katreeya English como professora Ladda; e Gun Atthaphan como Pun. Todos me fizeram acreditar profundamente que não eram personagens, mas pessoas reais. Bird conseguia ser mau sem estereótipos, especialmente quando sorria. Khun Ladda, apesar de ser uma professora rigorosa, era carismática de uma maneira estranha. Eu me senti mal quando ela foi demitida como se ela fosse um dos mocinhos. Tecnicamente, ela não era. Mas ela não era má também. Ansioso para ver mais sobre a personagem no futuro. Espero que ela volte na próxima temporada e possamos ver mais sobre seu passado. Finalmente, Gun Attapphan mereceu um oscar por sua atuação no episódio 5. Sobre os potenciais, apesar de compreender que Ohm, Pang, Wave e Pun são os mais "poderosos", o potencial da Nantaam é o meu favorito. Eu sou historiador. O passado é algo vivo para mim. Ter o potencial dela poderia me fazer descobrir tantas coisas sobre o passado. Eu poderia ir ao Egito, tocar nas pirâmides e descobrir como elas foram construídas! Consegue imaginar isso? Eu poderia ir para a Índia, tocar na Árvore Bodhi e descobrir como era o rosto de Buda. Talvez fosse a Jerusalém e fizesse a mesma coisa com Jesus. Eu poderia descobrir quem matou Kennedy! Isso seria legal pra caralho. Eu até tenho um apelido de heroína para ela: A historiadora.
Sobre o enredo, eu ainda quero dizer que a escola me parece uma metáfora da sociedade tailandesa hoje em dia. O país enfrenta uma ditadura militar há anos e um pequeno grupo de pessoas governa toda a nação a partir do topo da pirâmide. Para mim, Pang é como os ativistas tailandeses que querem derrubar todo o corrupto, desigual e autoritário sistema político tailandês e tornar todos iguais e livres. Como o diretor, os ditadores tailandeses perseguem os que lutam por justiça. Chanon; os alunos que se machucaram com os experimentos; e aquela garota que foi morta por um aluno talentoso; todos eles representam muitos ativistas que foram presos ou mortos pelos militares tailandeses. O sistema escolar separa os estudantes por suas notas e os força a competir entre si. A competição entre os estudantes é uma estratégia usada pelo sistema para distraí-los de lutar contra a injustiça. É a mesma coisa que acontece na sociedade tailandesa, onde a luta entre Camisas Vermelhas e Camisas Amarelas (se não sabe sobre isso, olha no google) tornou possível a atual ditadura militar. No final da primeira temporada, vemos que Pang deixou um vídeo para seus companheiros, implorando que usassem seus privilégios para lutar contra o sistema, não para colaborar com ele. Eu vejo esse vídeo como um chamado para lutar contra o autoritarismo. É uma bela mensagem de esperança em um país que precisa dela desesperadamente. Há mais coisas que eu gostaria de dizer, mas acho que escrevi demais. Valeu a todos que leram tudo! Vejo vocês ano que vem!
Mais uma série BL asiática terminando com um estupro. Uma pena. Pra quê fazer isso? Abusar de uma pessoa que está bêbada não tem graça nenhuma, não deveriam usar isso como humor.
O grande destaque pra mim ficou com o elenco. Tatsuomi Hamada, que interpreta o protagonista está muito bem. As caras dele de palerma, ingênuo e de "mau" (quando está com 100% de carga) são muito convincentes e hilárias. Percebe-se que ele se ajustou bem ao personagem. Destaco também Yamaha Kasume (Tome), muito divertida como a menina obcecada por extra-terrestres e Ayumi Mochizuki (Ritsu), o irmão do nosso herói que também convence como invejoso dissimulado.
Eu admito que não assisti o anime ainda, mas vi algumas cenas. Achei o protagonista muito bem adaptado e me parece que o live action foi feito pra ter muita cara de anime mesmo.
Quem viu o anime vai poder comparar melhor, mas pra quem só viu a série, eu adorei.
A temporada começou bastante chata. Os primeiros episódios se arrastam lentamente de maneira sofrível. Precisam melhorar e muito o ritmo da série na próxima temporada. Começa a melhorar lá pela metade. Quem segura a temporada, para mim, é o Will (ótimo personagem e ótima atuação), o Lucas e a Mad Max (desculpa, amo química interracial, inclusive no Xvideos); e, claro, nossa querida Eleven e o Hopper. Foram os personagens que me fizeram curtir a série. O Mike, surpreendentemente, ficou bastante apagado. Foi engolido pelo Will e, sem a Eleven ao lado, virou coadjuvante. Percebi pelos comentários que o povo amou Dustin e Steve. Eu fiquei indiferente a eles, não fede e não cheira. Pra ser sincero, não curto muito o Dustin. Acho ele meio xarope, principalmente por atrapalhar o relacionamento do Lucas com a Max. Ainda bem que deu certo no final. Sobre a história em si, admito que esperava coisas mais bem elaboradas. É verdade que a primeira temporada foi bastante simples, mas esperava que a trama se tornasse um pouco mais complexa na segunda, mas achei tudo muito simples e de fácil resolução. Responderam poucas perguntas da temporada anterior e não acrescentaram tantos novos elementos. Gostei de explorarem a história da Eleven, mas vamos combinar que o episódio 7 é chatérrimo. Entendi a proposta, mas o resultado final não foi bom. Não sei se o problema foi de atuação daquela gangue, ou se a interação da Eleven com eles foi mal feita. Ou se o episódio interrompeu a boa sequência dos acontecimentos em Hawkins. Talvez tenha sido um pouco de tudo. O que importa é que foi chato aguentar um episódio todo sobre aquilo. Ainda com essas falhas, a série continua nos prendendo, fazendo a gente sofrer pelos personagens (e eu sofri com a morte do Bob) e torcer por eles. A série manteve o que a caracteriza: a vontade de ir querer viver dentro dela. Continua sendo uma das minhas séries favoritas, não só pelo clima de nostalgia, mas pelos personagens que eu aprendi a ter carino. Espero que a próxima temporada tenha, pelo menos, 12 episódios. Não entendo porque fazem tão poucos.
Bom Dia, Verônica (2ª Temporada)
3.8 257 Assista AgoraO que eu mais adoro no filmow são os comentários e eu adoro comentar sobre eles. Vamos lá.
A maioria absoluta das pessoas diz que essa temporada é pior porque é menos verossímil e mais fantasiosa. Eu acho esse argumento equivocadíssimo. A primeira temporada é puro Jason Bourne feminista e continuação seguiu a mesma premissa 007. Uma organização criminosa que criou um orfanato para treinar pessoas e colocá-las em posições chave da sociedade com o objetivo de dominá-la? Gente, isso é pura teoria da conspiração no melhor estilo estilo Iluminatti. Não tem como um organização dessas existir por décadas sem que o Ministério Público ou a polícia federal não desconfiem ou sem que ninguém da imprensa note algo estranho. Se fosse num rincão do Brasil até vai, mas em plena cidade de São Paulo? Esse enredo surreal já está lá na primeira temporada, que termina com o mega clichê da pessoa que forja a própria morte. Nada mais clichezão que isso. A única diferença de Bom dia, Verônica para outras séries do mesmo estilo é que ela conseguiu introduzir de modo convincente temas bem contemporâneos à sua história (como a violência contra a mulher), o que deu à trama um ar mais "realista". Mas o espírito 007 sempre esteve lá. Brasileiro tem problemas com a maioria dos gêneros de história que não são comuns no Brasil. Como Verônica é uma série policial, a galera quer ver Um Tropa de Elite, um Cidade de Deus, com críticas sociais e "realismo". Pra mim, essa nunca foi a proposta.
A Escola Amaldiçoada
2.5 21Os episódios Almoço e Fantasmas na escola são os melhores e valem a pena. O episódio 5 é uma vergonha alheia sem fim. Desisti antes dos 5 minutos.
Nada ao Redor
3.4 27 Assista AgoraO ator que fez o protagonista da série, Beam Paphangkon infelizmente veio a falecer algumas horas atrás. A Tailândia está em choque. O rapaz tinha apenas 25 anos. A família chegou em casa e o Beam estava dormindo. Eles não conseguiram acordar o ator. Levaram ele para o hospital, mas não conseguiram salvá-lo. Uma notícia muito triste. Era um jovem talento promissor. Estava gravando outra série para a Netflix onde interpretaria o técnico do time de futebol dos meninos que ficaram presos na caverna no norte da Tailândia.
Meus sentimentos à família.
Temporada de Verão (1ª Temporada)
3.0 24Boas interpretações e bons personagens desperdiçados numa história arrastada. Daria até pra aturar se não fosse o que fizeram com o personagem do Conrad.
Cansado de histórias de gays que se apaixonam por héteros.
Sério!
PAREM DE FAZER HISTÓRIAS ASSIM!
Vcs não tem criatividade? Além de tudo, é tão ofensivo colocar sempre as gays como amarguradas que ficam sozinhas e só sabem correr atrás de héteros que não as querem.
Cherry Magic!
4.4 30 Assista AgoraSérie pra fujoshi. Pouco realismo e muita melação clichê. Um show de estereótipos sobre quem é o Uke e o Seme.
Desalma (1ª Temporada)
3.8 195Eu curti.
É lenta e meio bagunçada, mas não achei isso um grande problema, uma vez que a história é envolvente e instigante. Discordo de quem disse que 5 capítulos seriam o suficiente. Achei o ritmo e a quantidade de episódios perfeitos.
Cássia Kiss e Cláudia Abreu se entregaram aos seus papéis. Ambas estão muito bem e são o ponto forte do elenco. Por outro lado, o elenco jovem está bem perdido aqui.
Sobre os diálogos e atuações, acho que melhoraria 50% só de cortar as Ênclises. Gente, brasileiro não usa ênclise. Custa fazer todos os diálogos com Próclise para que soem mais naturais? As pessoas nessa série falam como se estivessem num jogral estudantil ou declamando uma poesia num sarau. Isso prejudica muito a naturalidade das falas e, consequentemente, a atuação. A cena, por exemplo, em que um grupo de pessoas vai até a casa da Bruxa pedir ajuda para encontrar a menina desaparecida é um exemplo de diálogo e atuação ruins. A atriz que interpreta Iryna Burko se saiu tão mal quando ofende a personagem da Cássia Kiss que me fez sentir até vergonha.
Mas tem tantas séries americanas com atuações e diálogos meia boca que o povão ama, não é mesmo? Essa daqui não está nada mal.
Ansioso pela próxima temporada.
Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime
3.4 386Nunca tinha visto antes um documentário que vitimizava um psicopata. Dar o protagonismo de um documentário para alguém que cometeu um crime desses e, pior, comprar a narrativa do psicopata, é algo estarrecedor. Psicopatas podem ser sedutores, podem muitas das vezes saber o que falar para enganar as pessoas. A Suzane Von Richthofen tentou fazer o mesmo naquela entrevista para o fantástico. Sendo uma mulher branca e loira fica mais fácil ainda ganhar empatia das pessoas. E, esperta como ela é, Elize usa uma linguagem afinada com a luta identitarista para se colocar como vítima. Os investigadores do caso são machistas e falam da vida dela como prostituta com preconceito misógino. Sabendo disso, ela consegue imprimir a narrativa de mulher injustiçada com maestria. Segundo essa narrativa, Elize foi vítima de um marido cruel e machista, cuja tóxica relação terminou numa discussão seguida de morte, algo não premeditado por ela.
Elize justifica sua condenação e as críticas que recebe como expressões do patriarcado. Segundo a autora do crime, se ela fosse homem o tratamento por parte da mídia e da justiça seriam diferentes. Há verdade na afirmação sobre a misoginia da sociedade brasileira, mas muitos questionamentos dela não tem sustentação. Elize pergunta, por exemplo, se o caso teria a mesma repercussão se fosse o marido dela que a tivesse matado, dando a entender que só houve interesse no caso e julgamentos morais por ela ser mulher. Isso não é bem verdade. A sociedade é machista, mas a mídia não ignora casos de mulheres mortas pelo companheiro. Dá pra citar inúmeros casos que sofreram cobertura da mídia: goleiro Bruno, Doca Street e Angela Diniz, Elloá Pimentel, Daniella Perez, Sandra Gomide, entre outros. A justiça, a imprensa e a sociedade foram machistas em muitos desses casos, mas não dá pra dizer que caso fosse o herdeiro da Yoki a matar a Elize não haveria repercussão. O dono de uma empresa famosa como a Yoki ser preso por esquartejar a esposa não chamaria a atenção da mídia? O questionamento dela é risível.
Além disso, apesar de todo o machismo que sofreu durante a investigação e julgamento por ter sido garota de programa, ela ainda recebeu uma pena relativamente pequena para o seu crime. O goleiro Bruno, por exemplo, recebeu uma pena maior. Aliás, assim como muitos homens assassinos, ela recebeu o privilégio do regime semi-aberto. E isso já tem dois anos! Qual a diferença de tratamento que ela recebeu da justiça em relação ao goleiro Bruno? É verdade que muita gente continuou apoiando o Bruno depois dele sair da cadeia e poderiam dizer que isso só aconteceu por ele ser homem. Mas a Elize não tem nenhum apoio? Quantos assassinos ganharam documentário da Globo?
Acho, aliás, que esse é o ponto: ela conseguiu o documentário justamente por que sua cor e discurso alinhado ao feminismo lhe possibilitam angariar empatia que outros na mesma situação não conseguiriam.
As críticas que ela sofreu e sofre por ter sido garota de programa são deploráveis. Mas isso não a isenta de ser cobrada ou criticada por esquartejamento. O fato do marido assassinado ter sido um mau companheiro também não é relevante. Agora vamos aceitar justificativas pra assassinato? Me traiu tem que morrer? Vamos voltar a aceitar crimes "pela honra"? Podem argumentar que muitos homens heterossexuais ainda realizam esses crimes "pela honra", nome arcaico para feminicídio. Mas e daí? Por causa disso vamos aceitar que os outros também o façam?
Esse documentário é um desserviço.
Young Royals (1ª Temporada)
4.3 347 Assista AgoraComentário meio aleatório mas que acho necessário:
Gostei muito do fato deles terem deixado a pele dos atores bem naturais, com as imperfeições típicas. Tem espinha, manchas, cicatrizes. Também achei que a escolha do elenco não visou atores e atrizes super lindos e modelos. São pessoas mais comuns, mas que não deixam de ser bonitas.
Gostei da naturalidade como a atração entre eles foi construída. Achei toda a questão física entre eles muito bonita e bem feita. A química realmente foi natural e convincente.
Com Amor, Victor (2ª Temporada)
4.1 112 Assista AgoraMano, erraram a mão em algumas coisas.
Geral dizendo que o Benji é chato. Eu achei o oposto. Odiei o Victor a temporada inteira! Só ficava defendendo a mãe chata dele. Aliás, que purgante que é aquela mulher. Adorei quando o pai dele disse que queria sair com outras pessoas. Você arranja coisa melhor, campeão. Vai fundo.
A verdade é que o Benji fez caridade a série toda. Eu odiaria ter um namorado que fica defendendo a família homofóbica. "Ah, mas vc tem que entender que eles são religiosos, blá blá, blá"... FODA-SE! Eu me identifiquei muito com o Benji pq eu namorei um rapaz cuja avó era racista e ficava fazendo comentários racistas na mesa do jantar bem na minha cara e quando eu pedia pro meu namorado dizer alguma coisa, ele vinha com esse mesmo papinho de que "Ah, mas vc tem que entender que ela é de outra geração, tem outra cultura". FODA-SE ela e a geração dela! Não sou obrigado a ouvir certas coisas e ficar calado! Agora tenho que ter paciência e ouvir calado coisas como "Você é escurinho, mas é boa pessoa"? Vai se ferrar!
E o pior é a justificativa colonialista que o Victor usa pra desqualificar o Benji. Ele diz que seu namorado não entende sua mãe pq ele é branco. Oi? Então o Victor acha que brancos são seres evoluídos e gay friendly, enquanto não-brancos são pessoas bárbaras, retrógradas e atrasadas cuja homofobia é explicável devido às dificuldades que enfrentaram na vida? Por que foi basicamente isso que a conversa dele com o Rahim significou. Como brasileiro e descendente de africanos e indígenas eu achei isso um insulto. Como se famílias brancas fossem super progressistas e como se o majoritariamente branco EUA fosse super progressista e a América Latina fosse o continente das trevas e do atraso mental. Victor basicamente disse: "Olha, vc tem que entender que minha família é latina, somos católicos, nossa cultura é homofóbica mesmo. Você está sendo culturalmente insensível por não compreender a homofobia latino americana. Nem todo mundo tem sorte de nascer numa família branca e gay friendly. Eu tive azar de nascer numa cultura homofóbica e diferente da sua. Na próxima reencarnação, espero nascer branco e protestante".
E o Victor ainda contou o segredo do Benji ter sido alcoólatra pro Rahim, alguém que ele mal conhecia? Além de ser falta de verossimilhança, ainda fizeram o Victor ficar parecendo ainda mais cuzão.
Outro problema são os personagens do Rahim e da Mia. Nenhum deles disse a que veio. O Rahim só está lá pra cumprir uma cota racial? Ele caiu de para-quedas na história. Não acrescentou nada. O que fizeram com a Mia? A história dela ficou desconectada do restante. O namoro dela ficou perdido no rolê, sem nenhum atrativo.
Felix, maravilhoso, roubou a cena. A história dele é a mais interessante. Personagem cativante, ator super entregue ao personagem. Sem defeitos.
Eu gostei de assistir a série, mas essas coisas me incomodaram. Deveriam se preocupar mais em desenvolver os personagens e suas relações invés de enfiarem personagens novos e situações forçadas.
Garota de Fora (2ª Temporada)
3.6 53A chatíssima Yuri estragou um pouco a segunda temporada. Se não tivesse ela, eu teria adorado. Amei o episódio da senhora lésbica que odiava homens por causa do aborto que resultou na morte de sua paixão de infância.
Palmas pra atriz principal, Kitty Chicha, e para o ator Aim Phumiphat que faz o episódio do trote universitário.
Para um país conservador e governado por militares como a Tailândia, acho incrível como uma série que debocha de várias instituições e tradições do país não foi censurada. Acho que os censores são burros e não entendem sarcasmo.
A Tale of a Thousand Stars
4.2 29Eu tenho sérias críticas a essa série. Vamos lá.
Há vários elementos tradicionais e reacionários bastante próprios da sociedade tailandesa que estão nas entrelinhas dessa história. Na verdade, sendo sincero, alguns não estão nem nas entrelinhas, estão explícitos. Tian era um menino rico e fútil que gostava de beber e organizar rachas, aquelas corridas de rua super perigosas. Pois então, o Tian organizou o racha que causou a morte da professora da vila nortista. Ele não dirigia o carro, mas ele organizou a corrida clandestina e ainda deu o carro dele para o atropelador. Tian não estava na corrida, pois passou mal antes dela acontecer e foi levado ao hospital. Lá, ficou entre a vida e a morte e foi salvo pelo coração da professora, a mesma que seu comparsa atropelou enquanto ele estava indo para o hospital.
Como se não bastasse, a rica família do Tian usou de seu dinheiro e influência para furar a fila do transplante de órgãos, o que torna possível, desse modo, que o coração da moça seja entregue ao nosso protagonista. Em suma: ele ajudou a matar a professora e ainda roubou o coração dela. Literalmente.
Depois de acordar e se recuperar, ele soube de tudo que aconteceu e se sentiu culpado. É por isso que ele (como um bom budista) decide pagar o seu carma e ir para o norte assumir a vaga que era da sua doadora. Uma vez no norte, Tian passa por todo tipo de necessidades: não tem energia elétrica e nem internet no local. Ele sofre com os mosquitos, sofre com a água fria para tomar banho, e sofre para conquistar a simpatia dos brutos e incultos aldeões. Os pobres moradores locais são burros e ignorantes. São enganados facilmente pelos compradores de chá que aparecem no local, uma vez que não sabem fazer cálculos simples na hora da pesagem das folhas. Nosso herói, Tian, se revolta contra o sistema opressor e enfrenta os enganadores. O que ele não sabe é que essas pessoas são ligadas aos traficantes de animais da região. Tian acaba atraindo a ira dos traficantes e leva a vila à uma guerra com os bandidos. Quem salva os aldeões (e Tian) da enrascada são os guardas florestais (que na verdade são parte do exército na história original contada no livro) que usam suas armas e táticas de guerrilha para atacar o assentamento dos traficantes e derrotá-los. Nada disso seria possível, é claro, se não fosse a liderança de Tian. Ele é o único que entende que a opressão deve acabar e que é necessário enfrentá-la. Os pobres aldeões são incapazes de fazer qualquer coisa por si mesmos, sendo o bando de tapados que são. Mas, no fim das contas, são os guardas/soldados que precisam usar a força (mas seguindo a liderança de Tian) para salvar o dia.
Tanto o soldado Phupha quanto os humildes aldeões ficam muito tristes ao descobrirem que Tian está envolvido na morte da sua querida professora. Mas, com o tempo, eles o perdoam ao verem todo o sacrifício dele na luta contra os malignos traficantes. Afinal, ele é um menino rico que rejeitou toda a sua riqueza para estar ao lado deles, defendendo-os dos traficantes do mal.
Entretanto, Phupha, o soldado musculoso por quem Tian está apaixonado, acha que a relação dele com Tian não tem futuro, pois ele quer que Tian volte pra Bangcoc para estudar. Ele acredita que o jovem terá um melhor futuro se deixar a vila e for construir uma carreira. Os dois se desentendem e Tian deixa a vila e volta para a universidade. Entretanto, ele larga a Engenharia e escolhe Pedagogia, pois quer ser professor.
Ao fim, o pai de Tian, o mesmo político corrupto que encobriu os crimes do filho e que ainda roubou um coração da fila de transplante, aparece como o homem de bem que não só abençoa a relação homossexual de Phupha e Tian, como também é o promotor do reatamento entre os dois. Ele é um político corrupto, mas é gay-friendly. Aparentemente é isso que importa. Fim.
Agora vamos para a análise dos personagens principais. Tian representa a elite tailandesa de Bangcoc. Phupha representa as Forças Armadas. Os aldeões são o povo tailandês. O povo, sendo burro e idiota, não é protagonista de sua própria história. Eles precisariam de uma direção, pois sua ignorância os impediria de saber o que fazer. Essa direção é dada pela elite educada de Bangcoc. Os pobres aldeões não sabem que estão sendo explorados e precisam que Tian não só diga isso para eles, como também diga o que eles devem fazer.
Mas não basta apenas ter a direção. É necessário a força para fazer o que for necessário. Se a elite é a cabeça, os soldados são os braços e pernas da nação. Eles tem o monopólio do uso da força e são capazes de defender os aldeões dos malignos traficantes, que representam a banda pobre da sociedade. Curiosamente, os traficantes são retratadas como malignos bandidos por seus crimes, enquanto os crimes de Tian e sua família são ignorados e até mesmo visto como redimidos pelo fato de Tian ser voluntário na vila e pelo pai abençoar a relação gay dos protagonistas. Aqui entra o (mau) uso que a elite faz do budismo. Você tem um carma ruim? Basta fazer umas boas ações que está tudo ótimo.
A narrativa nacionalista é bem clara aqui: a nação só está de pé porque a elite de Bangcoc se sacrifica pelo povo. Mesmo o povo sendo inculto e incapaz, a elite não desiste, ela dá seu sangue para o bem comum. Nessa empreitada, a elite conta com o apoio corajoso e abnegado das Forças Armadas, sem o qual o país já teria sucumbido aos mal elementos. Esses mal elementos mudam de acordo com a época: já foram os comunistas, já foram os camisas vermelhas, já foram os estudantes, agora são os protestos pró-democracia. O povo, sendo inculto, não consegue enxergar o rumo que o país deve seguir, mas a elite de Bangcoc, graças ao seu sacrifício e consequente bom carma acumulado, tem a capacidade de ver além. Infelizmente, às vezes o povo não consegue enxergar a boa intenção da elite, mas quando um conflito aparece, as Forças Armadas surgem para salvar a todos.
Se você acha que essa minha análise está muito ampla, podemos ver a coisa de modo mais direto e objetivo. Vamos falar sobre mortes no trânsito. Assim como Tian, os jovens membros da elite tailandesa estão sempre enrolados com a justiça por causa de sua conduta assassina atrás do volante. Há vários casos de jovens ricos que mataram pessoas enquanto dirigiam, sem que nenhum deles tenha ido parar atrás das grades. Se está curioso para saber do que estou falando aqui, procure o caso de Orachorn “Praewa” Thephasadin. Aconteceu em 2010 e é um bom exemplo de como os jovens tailandeses ricos podem fazer o que quiserem e se safarem. Praewa matou nove pessoas ao bater seu carro numa van que transportava estudantes. Ela nunca foi presa e ninguém recebeu nenhuma indenização até hoje. Numa das sentenças de seu julgamento, o juiz em questão escreveu que a família dela fez muitas coisas boas pela Tailândia, por isso não poderia ser presa. Há também o caso do herdeiro da Red Bull. O neto do dono da empresa atropelou um policial e arrastou seu corpo por vários quilômetros. Não prestou socorro e tentou ocultar o crime, mas o rastro de sangue até a garagem da sua casa o denunciou. O sujeito está vivendo na Europa há anos e não sabemos se algum dia vai pagar pelo crime. Tanto no caso da Praewa quanto no caso da Red Bull, as famílias dos criminosos trataram de "limpar" a sua imagem pública através de caridade e doando dinheiro para projetos sociais que ajudam pessoas que moram em afastadas zonas rurais. Exatamente a mesma coisa que Tian fez na série.
A elite pode fazer isso porque, supostamente, graças aos seus carmas acumulados, ela enxergaria melhor. Ela se sacrificaria pelos pobres, por isso seus eventuais erros devem ser perdoados. Se não ela, quem pode governar a Tailândia? Os militares, apesar de sua suposta fibra moral, não podem fazer isso sozinhos. Eles precisam da direção de quem entende, de quem tem a visão.
No final das contas, fica nítido aqui como a narrativa nacionalista pode se adaptar a qualquer gênero e contexto. Nessa série, a elite se coloca como apoiadora do casamento entre pessoas do mesmo sexo, ao mesmo tempo em que reitera a importância de sua participação, ao lado dos militares, na direção da nação. E sem pagar pelos seus crimes.
WandaVision
4.2 844 Assista AgoraAssisti até o episódio 4 e desisti. Série muito chata!
O Preço da Perfeição (1ª Temporada)
3.0 87 Assista AgoraO verdadeiro objetivo dessa série longa e cansativa é mostrar muito homem pelado de maneira gratuita. Meninas hétero e meninos gays, podem se regozijar. A única coisa que presta são as bundas mesmo, pois a história é um sonífero. A protagonista e a chata da tal da Bette são insuportáveis! Tirando o Shane não tem nenhum personagem minimamente cativante.
Isso sem contar as inúmeras cenas completamente aleatórias em que o elenco todo aparece peladão conversando na sauna. Algo completamente gratuito e irrealista. O que eles tentaram fazer nessas cenas? Os personagens conversam sobre temas espinhosos tais como assassinatos e abuso sexual enquanto desfilam o pênis um na cara do outro em situações comicamente homoeróticas. "Você acha que eu sou o culpado?", fala o personagem peladão se levantando e mostrando o pênis para o interlocutor. "O culpado é você", responde o outro dando as costas para a câmera para que possa mostrar suas polpudas nádegas.
Como que fazem um diálogo desses mostrando um monte de bunda e piroca sem esperar que a gente não caia na gargalhada? Uma estrelinha pelas bundas. Outra pras danças de balé.
Bandidos na TV
4.2 260 Assista AgoraDiferente de comentários e críticas que li por aí, não achei que o documentário procura balancear duas narrativas opostas e deixa a conclusão para o telespectador. Achei o viés bastante inclinado à versão do complô contra o deputado Wallace. Os principais momentos dramáticos se dão nas ocasiões em que os defensores do deputado falam, em especial sua família e amigos próximos.
Não posso bater o martelo e dar um veredito pois não sou juiz e nem li os autos do processo. Mas, baseado no que vi nesse ótimo documentário, não acredito na inocência de quase ninguém. A Força-tarefa tinha um claro objetivo de condenar o Wallace e as provas que eles apontaram são um tanto frágeis. Isso me faz lembrar da Lava-Jato e da tal "convicção sem provas" do Dellagnol. A prisão da Vanessa foi uma arbitrariedade sem tamanho, exemplo de um país que vem falhando sitematicamente em estabelecer um verdadeiro Estado de Direito.
Por outro lado, não consigo acreditar na inocência do Deputado Wallace. Primeiro que aquele programa era um esgoto. Esse tipo de programa de baixaria sanguinolenta nem deveria existir. Exploram a violência em causa própria e se acham juízes absolutos da Moral. Mostrar corpos queimados e fuzilados na TV e ficar gritando frases demagógicas sobre como as autoridades não fazem nada é nojento. Não há nenhum tipo de respeito pelos seres humanos que estão ali mortos. A banalização da morte apresentada no programa aumenta a insensibilidade das pessoas em relação à vida. O programa era um horror! E é triste que tanta gente amasse aquela carnificina. É inegável também que os produtores do Canal Livre se achavam os donos do Bem e que todos os críticos eram o Mal encarnado. Ser crítico do programa era ser a favor do tráfico. É um típico maniqueísmo que é muito usado pelo atual governo.
Não acredito que Wallace fosse chefe de uma grande organização criminosa que matou tanta gente, mas ele parece ter sim se envolvido com o tráfico. Ele tem fotos constrangedoras e comprometedoras com dois traficantes: Moa e Frankinho 40. Qual a explicação para isso? O documentário livrou a barra do deputado ao não explorar esses dois pontos. Nenhum familiar, amigo e nem o advogado foram interrogados sobre porque o Wallace tem fotos com Moa na piscina de sua casa e nem porque ele foi se encontrar com o Frankinho 40 em local sigiloso. Se ele tinha horror ao tráfico e aos traficantes, por que manteve relação com esses dois sujeitos?
Se por um lado a Força-tarefa se atrapalhou toda e deu provas insuficientes, por outro os familiares do deputado não explicaram as contradições entre combater o tráfico e, ao mesmo tempo, ser tão próximo a ele. Por que o filho do deputado, Rafael, tinha tanta relação com traficantes? Por que eles tinham armas de guerra em casa? O dinheiro eu até acho que dá pra justificar se a gente tiver boa fé, mas e quanto a ter fuzis dentro de casa e munições deflagradas? Que pessoa normal tem isso no quarto?
Se eu fosse apostar numa resposta, acho que o programa participou sim de crimes forjados e premeditados. Pode não ter sido o principal líder das operações, mas era testemunha delas e se calou. Não por medo, mas por concordar com elas. O Canal Livre tinha uma retórica de fazer justiça com as próprias mãos, uma vez que o Estado seria ausente. Executar sumariamente é fazer justiça para essa gente. Ao participar dessas ações, eles deveriam acreditar que estavam contribuindo para a sociedade. Entretanto, quando o deputado cria muitos inimigos na política, usam os crimes do programa contra ele. Dessa forma, derrubam Wallace pelos motivos errados: ele cai em desgraça por causa das inimizades políticas e não pelos crimes do programa, visto que seus inimigos aparentemente cometem os mesmíssimos delitos.
Se eu fosse eleger um inocente na história, seria o filho mais novo, Willace. Tive dó. De coração. Era uma criança e parece ter sofrido muito. Acho natural que ele acredite e defenda o pai, mesmo que eu mesmo não tenha a mesma fé na inocência do Deputado.
Triste é o nosso Brasil. Manaus já teve outro massacre em presídios ano passado. E as coisas não parecem estar melhorando por lá.
Por fim, Manaus, a cidade que amava o Canal Livre, votou em massa no Bolsonaro. Não é nenhuma coincidência. Quem não viu semelhanças entre Bolsonaro e seus filhos, de um lado, e Wallace e Rafael, de outro, não prestou atenção o suficiente nesse documentário. Tanto Bolsonaro quanto Wallace tem uma retórica religiosa e belicosa. Ambos defendem a polícia e a violência. Ambos tem fotos com criminosos em situações de intimidade. Ambos tem filhos enrolados com a justiça. Por enquanto, a principal diferença entre os dois é o desfecho da história.
Sleepless Society: Nyctophobia (1ª Temporada)
2.4 5Estragaram uma boa série com um final ridículo!
O personagem do médico é completamente idiota e dá vontade de dar um tiro nele! A obsessão dele em proteger a Meena tornou ele patético! Dava raiva! A mulher fez ele de gato e sapato e depois que ela já tinha virado louca e assassina como o Tom, ele simplesmente deixou os dois escaparem! O Tom matou a amiga dele, tentou matar a esposa e mesmo assim deixou ele livre pra agradar a doida varrida da Meena! (Famoso escravoceta!) Aquele avião tinha que ter caído no final pra levar os dois capetas pro inferno!
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraQue finalzinho mais Fanservice, hein? Só faltou a família Stark dar as mãos e fazer uma ciranda. Que clichê. Deram o trono pro rei bonzinho que foi eleito. Final feliz pro reino.
Forçaram uma independência do Norte completamente inverossímil (tá bom que os outros reinos iriam deixar só o Norte independente e não iriam querer independência tb...) só pra dar o trono pra Sansa...
Fanservice total pros Starks. Pra quem curte final de novela da Globo foi um prato cheio.
The Umbrella Academy (1ª Temporada)
3.9 566Lendo os comentários descobri que eu amei tudo que as pessoas mais odiaram (tirando o Luther e o Diego).
Adorei os dramas familiares, adorei o estilo novela mexicana das interações entre eles. Gostei dos efeitos especiais. Não achei a história rasa. Não tive problemas com o "incesto". Não achei os personagens mal construídos (apesar de concordar que uns são bem melhores que outros, destaque pra Número 5 e Klaus). Achei os furos normais dentro do esperado (toda série desse tipo tem uns furos).
Enfim, tudo que reclamaram me satisfez. Pode levar meu dinheiro Netflix.
Prefiro coisas simples que me agradam do que tentar revolucionar a linguagem televisiva e entregar coisas meia boca (escutou, HBO?).
Project S: SOS Skate Our Souls
4.6 4Comentário de um amigo que achei bem pertinente:
"Uau! Uau! Uau!
Final feliz, mas sem ser conto de fadas!
Um final tão perfeito para o Boo
1. Não foi magicamente curado, mas parece estar lidando com sua depressão com o apoio de seu pai e amigos!
2. Não ficou com a garota, mas aceitou a amizade dela!
3. Finalmente tem amigos na escola!
4. Percebeu que a vida deve ser vivida!
Final perfeito para seu pai:
1. percebe que há pessoas boas que são mal avaliadas;
2. torna-se mais compreensivo;
3. realmente tenta entender seu filho!
Pena que isso foram apenas 8 episódios.
Este é um drama tailandês amadurecido!
Espero que a série possa ajudar os adolescentes que estão deprimidos a realmente conseguirem ajuda e que eles entendam que ainda é uma batalha difícil e não há solução mágica, mas, como com Boo, ajuda é melhor do que uma má solução final!"
Só acrescento: Simon, melhor personagem! Toni, melhor ator!
Uma das melhores séries da história da Tailândia!
The Gifted: The Series
4.3 5Bem, 2018 é o ano em que as séries tailandesas se tornaram globalizadas. Temos muitas séries tailandesas na Netflix agora e a GMM, antes melhor conhecida por comédias românticas leves e cafonas, ousou tomar uma decisão audaciosa: investir em gêneros diversificados e tentar se abrir para a comunidade internacional. The Gifted é o melhor exemplo dos bons resultados que conseguiram até agora.
Em primeiro lugar, tenho que parabenizar os escritores e diretores. O enredo é inteligente, revigorante e elegante. As tensões e os personagens são lenta e progressivamente construídos, provocando o público e nos fazendo continuar assistindo. A temporada é dividida em duas partes. A primeira introduz os personagens e suas habilidades, enquanto a segunda parte se concentra no segredo da escola. Embora eu entenda as razões pelas quais eles fizeram essa divisão, eu senti que, com exceção de Pang, Wave e Nantaan, os outros personagens quase sumiram durante a segunda parte da temporada. Sabemos que todos eles estavam lá, mas parecia que tinham se tornado apenas personagens secundários. Provavelmente eles tinham a expectativa de fazer outra temporada e o desenvolvimento desses personagens acontecerá na segunda temporada.
Falando sobre os personagens, eu tenho que dizer que eu adorei todos, especialmente Pang, Wave, Nantaan e Ohm. Pang é o clássico bom rapaz, o herói cujas qualidades incluem idealismo, coragem e ética; enquanto Wave é o encantador anti-herói que é solitário e procura amigos. Embora eu tenha amado ambos, sinto que foram mais eficazes na criação do personagem do Chimon. O episódio do Wave nos mostrou sua história antes da escola e nos fez simpatizar com ele. Saber sobre o que aquela professora fez com ele no passado o humanizou. Estranhamente, não temos um único momento nesta série em que possamos ver a vida do da escola ou fora dela. Por que ele é tão heróico? É um mistério que o desvendar pode desvendar na próxima temporada. É claro que sabemos que a escola fez Pang perder seu melhor amigo, o que é uma boa razão para fazê-lo odiar o sistema escolar, mas isso não explica tudo. Mesmo antes disso, Pang já era idealista e não sabemos por quê. A fim de humanizá-lo um pouco mais, devemos saber sobre seu passado, suas motivações, talvez a próxima temporada devesse explorar sua amizade com Nic quando eles eram crianças.
Algumas pessoas até dizem que Wave e Pang poderiam namorar. Bem, eu geralmente não gosto quando os fãs do BL tentam enfiar histórias BL em todas as séries tailandesas. Neste caso, no entanto, gostaria de dizer que uma relação entre eles, embora não seja um requisito, seria interessante. Os dois formaram uma equipe muito boa. Durante a primeira parte da temporada, eu pensei que Pang, Ohm e Nantaam iriam imitar o trio clássico de Harry Potter, onde há um heroico protagonista, uma garota inteligente e um garoto brincalhão (Sim, Pang como Harry, Nantaam como Hermione e Ohm como Rony). Mas depois que Pang e Wave fizeram o acordo, eles se aproximaram e eu gostei muito das interações deles. Eles podem ser um ótimo casal se a história escolher uma abordagem realista em vez de um romance brega. Eu adoraria ver WavePang e NantaamOhm se tornando realidade, mas estou bem se isso não acontecer. A história é boa o suficiente sem qualquer romance.
Falando sobre a atuação, gostei de todos, mas devo dizer que as três melhores performances, na minha opinião, vão para Bird Wanchana Sawasdee como diretor; Katreeya English como professora Ladda; e Gun Atthaphan como Pun. Todos me fizeram acreditar profundamente que não eram personagens, mas pessoas reais. Bird conseguia ser mau sem estereótipos, especialmente quando sorria. Khun Ladda, apesar de ser uma professora rigorosa, era carismática de uma maneira estranha. Eu me senti mal quando ela foi demitida como se ela fosse um dos mocinhos. Tecnicamente, ela não era. Mas ela não era má também. Ansioso para ver mais sobre a personagem no futuro. Espero que ela volte na próxima temporada e possamos ver mais sobre seu passado. Finalmente, Gun Attapphan mereceu um oscar por sua atuação no episódio 5.
Sobre os potenciais, apesar de compreender que Ohm, Pang, Wave e Pun são os mais "poderosos", o potencial da Nantaam é o meu favorito. Eu sou historiador. O passado é algo vivo para mim. Ter o potencial dela poderia me fazer descobrir tantas coisas sobre o passado. Eu poderia ir ao Egito, tocar nas pirâmides e descobrir como elas foram construídas! Consegue imaginar isso? Eu poderia ir para a Índia, tocar na Árvore Bodhi e descobrir como era o rosto de Buda. Talvez fosse a Jerusalém e fizesse a mesma coisa com Jesus. Eu poderia descobrir quem matou Kennedy! Isso seria legal pra caralho. Eu até tenho um apelido de heroína para ela: A historiadora.
Sobre o enredo, eu ainda quero dizer que a escola me parece uma metáfora da sociedade tailandesa hoje em dia. O país enfrenta uma ditadura militar há anos e um pequeno grupo de pessoas governa toda a nação a partir do topo da pirâmide. Para mim, Pang é como os ativistas tailandeses que querem derrubar todo o corrupto, desigual e autoritário sistema político tailandês e tornar todos iguais e livres. Como o diretor, os ditadores tailandeses perseguem os que lutam por justiça. Chanon; os alunos que se machucaram com os experimentos; e aquela garota que foi morta por um aluno talentoso; todos eles representam muitos ativistas que foram presos ou mortos pelos militares tailandeses. O sistema escolar separa os estudantes por suas notas e os força a competir entre si. A competição entre os estudantes é uma estratégia usada pelo sistema para distraí-los de lutar contra a injustiça. É a mesma coisa que acontece na sociedade tailandesa, onde a luta entre Camisas Vermelhas e Camisas Amarelas (se não sabe sobre isso, olha no google) tornou possível a atual ditadura militar. No final da primeira temporada, vemos que Pang deixou um vídeo para seus companheiros, implorando que usassem seus privilégios para lutar contra o sistema, não para colaborar com ele. Eu vejo esse vídeo como um chamado para lutar contra o autoritarismo. É uma bela mensagem de esperança em um país que precisa dela desesperadamente. Há mais coisas que eu gostaria de dizer, mas acho que escrevi demais. Valeu a todos que leram tudo! Vejo vocês ano que vem!
Love By Chance: The Series
4.0 32Mais uma série BL asiática terminando com um estupro. Uma pena. Pra quê fazer isso? Abusar de uma pessoa que está bêbada não tem graça nenhuma, não deveriam usar isso como humor.
Close Your Eyes Before It's Dark
3.6 12 Assista AgoraUma jóia perdida no catálogo da Netflix. Infelizmente muita gente não vai ver por ser taiwanesa.
Mob Psycho 100
2.9 7 Assista AgoraO grande destaque pra mim ficou com o elenco. Tatsuomi Hamada, que interpreta o protagonista está muito bem. As caras dele de palerma, ingênuo e de "mau" (quando está com 100% de carga) são muito convincentes e hilárias. Percebe-se que ele se ajustou bem ao personagem. Destaco também Yamaha Kasume (Tome), muito divertida como a menina obcecada por extra-terrestres e Ayumi Mochizuki (Ritsu), o irmão do nosso herói que também convence como invejoso dissimulado.
Eu admito que não assisti o anime ainda, mas vi algumas cenas. Achei o protagonista muito bem adaptado e me parece que o live action foi feito pra ter muita cara de anime mesmo.
Quem viu o anime vai poder comparar melhor, mas pra quem só viu a série, eu adorei.
I Hate You I Love You
4.4 3Essa série está disponível em português no fórum do Mahal Dramas Fansub.
Stranger Things (2ª Temporada)
4.3 1,6KBom, eu vi a série completa na sexta-feira mas esperei até hoje pra poder pensar bem no que escrever. Vamos lá.
A temporada começou bastante chata. Os primeiros episódios se arrastam lentamente de maneira sofrível. Precisam melhorar e muito o ritmo da série na próxima temporada. Começa a melhorar lá pela metade.
Quem segura a temporada, para mim, é o Will (ótimo personagem e ótima atuação), o Lucas e a Mad Max (desculpa, amo química interracial, inclusive no Xvideos); e, claro, nossa querida Eleven e o Hopper. Foram os personagens que me fizeram curtir a série. O Mike, surpreendentemente, ficou bastante apagado. Foi engolido pelo Will e, sem a Eleven ao lado, virou coadjuvante. Percebi pelos comentários que o povo amou Dustin e Steve. Eu fiquei indiferente a eles, não fede e não cheira. Pra ser sincero, não curto muito o Dustin. Acho ele meio xarope, principalmente por atrapalhar o relacionamento do Lucas com a Max. Ainda bem que deu certo no final.
Sobre a história em si, admito que esperava coisas mais bem elaboradas. É verdade que a primeira temporada foi bastante simples, mas esperava que a trama se tornasse um pouco mais complexa na segunda, mas achei tudo muito simples e de fácil resolução. Responderam poucas perguntas da temporada anterior e não acrescentaram tantos novos elementos. Gostei de explorarem a história da Eleven, mas vamos combinar que o episódio 7 é chatérrimo. Entendi a proposta, mas o resultado final não foi bom. Não sei se o problema foi de atuação daquela gangue, ou se a interação da Eleven com eles foi mal feita. Ou se o episódio interrompeu a boa sequência dos acontecimentos em Hawkins. Talvez tenha sido um pouco de tudo. O que importa é que foi chato aguentar um episódio todo sobre aquilo.
Ainda com essas falhas, a série continua nos prendendo, fazendo a gente sofrer pelos personagens (e eu sofri com a morte do Bob) e torcer por eles. A série manteve o que a caracteriza: a vontade de ir querer viver dentro dela. Continua sendo uma das minhas séries favoritas, não só pelo clima de nostalgia, mas pelos personagens que eu aprendi a ter carino. Espero que a próxima temporada tenha, pelo menos, 12 episódios. Não entendo porque fazem tão poucos.