Os dois atores estão muito bem no papel, principalmente o Félix. Apesar de ser uma história triste, a gente já sabe o desfecho desde o começo, o que não deixa a coisa pesada. Achei um filme bem bonito. Recomendo.
Nós brasileiros somos colônia mesmo. Se um diretor brasileiro fizesse um filme mostrando homofobia truculenta numa escola brasileira, os franceses assistiriam e diriam: "Nossa, é assim mesmo que o Brasil deve ser, que país bárbaro". Agora, quando os próprios franceses fazem um filme mostrando homofobia na França, os brasileiros assistem e dizem: "Só pode ser mentira, a França é um país evoluído".
Tais comentários são menos um elogio à França do que uma visão pessimista do Brasil. Se tais situações são demais até para o Brasil, eles supõem, então é impossível que isso aconteça na França.
Acontece que se você fizer uma pesquisa sobre homofobia na França, vai ver que ainda há registros de violência escolar acontecendo hoje. Não é nada impossível.
Ler tais comentários me fizeram lembrar de um outro filme gay que assisti anos atrás. Se chama "Como vencer no jogo (sempre)". É um filme tailandês que mostra um casal gay que é aceito pela sociedade. Daí eu fui ler algumas críticas e tinha gente dizendo que o filme era irrealista, pois o casal deveria sofrer homofobia. Ou seja, se é um filme asiático, esperam que tenha discriminação, afinal, a Ásia é um continente de pessoas bárbaras, não é mesmo? Filme de casal gay vivendo bem e feliz só vale para países "civilizados".
Esses nuances dizem muito sobre como o brasileiro enxerga a si mesmo e aos outros. Ele se acha um vira lata diante dos europeus, mas sem dúvida se acha melhor do que asiáticos e africanos.
Engraçado como alguns dizem que só gostaram da primeira metade e outros dizem que só gostaram da segunda metade. Quem gostou da primeira, diz que a segunda é clichê. Quem gostou da segunda, diz que a primeira parta é chata. Eu sinceramente não sei o que vocês queriam que tivesse no filme para não ser chato ou não ser clichê. Gostaria muito de ouvir as razões, pois ninguém nos comentários disse nada, ninguém analisou o filme, apenas reclamou.
Eu gostei bastante do filme. Fala sobre o embate entre fé e desconfiança, sobre o conflito entre as expectativas sociais e nossos anseios individuais e sobre a figura feminina como protagonista num mundo dominando pelos homens.
Nim e Noi vivem um conflito porque a segunda decidiu rejeitar seu papel como xamã da deusa Ba Yam e deixou essa missão para sua irmã mais nova. Essa rejeição não é apenas religiosa, mas um cisma familiar profundo. Tanto que Noi decide escolher uma religião completamente diferente, no que parece ser uma tentativa de deixar clara sua intenção de produzir uma ruptura com a tradição familiar.
Apesar das duas irmãs seguirem, aparentemente, caminhos diferentes em suas crenças, ambas cultivam secretamente dúvidas e a crise gerada pela possessão de Ming expõe as incertezas das duas.
Três cenas são muito emblemáticas nesse sentido. A primeira é quando a Noi decide abandonar suas convicções cristãs e vai procurar outro xamã para ajudar sua filha. Outro momento impactante é quando as duas irmãs discutem sobre o estado de Ming. Nim afirma que não é Ba Yam que possuiu sua sobrinha. Noi se desespera e pergunta quem permitiu essa possessão e a quem recorrer nessa situação? Ba Yam? O deus cristão? Buda? Nenhuma das duas tinha a menor ideia.
Mas a cena mais marcante pra mim foi a confissão final de Nim de que não nunca tivera certeza de que Ba Yam havia realmente a possuído.
Gostei muito da forma como o filme retratou a relação dessas mulheres com suas crenças.
Sobre a possessão em si, ela parece estar ligada ao que os antepassados da família deles tinham feito. O conceito de carma está sempre presente nos filmes de terror tailandeses e esse aqui não é diferente.
Ming foi possuída por causa da maldição das pessoas prejudicadas pelo pai dela. Quando aquele xamã faz o ritual de aceitação, ela não estava aceitando Ba Yam, mas sim todos os espíritos vingativos que queriam prejudicá-la, é por isso que o estado dela piora muito depois do ritual.
Apesar de Ming ser a pessoa sofrendo a maldição, o alvo dos espíritos era toda a família, tanto que foram todos mortos. A deusa Ba Yam, ao que tudo indica, nunca possuiu Nim, pois ainda esperava pela oportunidade de possuir Noi, o que acontece no final do filme. Entretanto, Ba Yam subestimou os demônios, pois sua conexão com Noi ainda era fraca no momento em que foi atacada e cercada pelos espíritos vingativos. Noi-Ba Yam ficou dividida entre o dever divino de acabar com os demônios e o dever materno de tentar salvar Ming e isso a tornou um alvo fácil.
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Há muitas outras coisas que gostaria de falar, pois o filme é bem rico em nuances, mas acho que já escrevi demais. É um filme que mostra maturidade do diretor Bajong, muito mais complexo e bem feito do que Shutter out Alone.
esquiva-se de dar um desfecho para os acontecimentos - fica tudo sem explicação - além de entregar ao protagonista um final digno dos derrotados e humilhados. A cena final da correspondência entre o filho e o pai deveria algo bonito e tocante? Pra mim ficou parecendo que a gente que é LGBTQIA+ tem que se contentar com o reconhecimento poético do nosso amor, e que isso basta. Quanto ao reconhecimento do Estado, das autoridades, fica pra depois. Enquanto o pai perde o filho, o tio sovina que só voltou pra ficar com o dinheiro fica com o garoto e casa.
O primeiro filme achei ruim e só quis ver esse porque no trailer ficou claro que seriam outros personagens. A história não focou na Deena, personagem do primeiro filme que eu odiei. A Ziggy é uma personagem bem mais carismática e o clima anos 70 deu um charme pra história. Infinitamente melhor que a primeira parte, onde eu quase dormi várias vezes. Nesse sequência, a história realmente te prende e você não fica tentado a pular partes, como no primeiro filme. Dessa vez eu torci pelos personagens, enquanto no primeiro filme eu torci pra bruxa matar todo mundo pra encurtar o filme pq tava chato demais e pq os personagens são ridículos.
Tirando o Simon e o Josh, não curti nenhum personagem. A Deena é particularmente sem carisma e irritante. É difícil acompanhar uma série de filmes quando os protagonistas são tão malas. Entre o casal sem sal das duas protagonistas e a bruxa do mal, fico com a bruxa. Bem mais carismática.
Não sei se foi problema no site que eu vi, mas o áudio do filme é baixo. É difícil ouvir o que os atores mirins dizem. Perdi vários diálogos por causa disso. Achei a adaptação decente, mas não maravilhosa. Cebolinha, protagonista.
Se o Cole não existisse e os protagonistas fossem Liu Kang e King Lao, eu teria gostado. Achei um absurdo o Liu Kang, o mais foda de todos, ser tratado como se fosse um menininho assustado de 11 anos. Apanhou o filme todo, foi um personagem fraco. Decepção total. E esse Cole, que personagem chatoooooooo.
Podiam investir mais na história e menos na porradaria.
Eu gostei do filme e achei as cenas entre os dois bem ousadas. Acho que hoje em dia não permitiriam um ator tão jovem fazer cenas sexuais com um homem adulto. Mas não achei as cenas pesadas, se bem que eu não sou o tipo de pessoa que se escandaliza fácil com cenas de sexo (consentido), violência me afeta bem mais. Não acho o filme uma romantização da pedofilia, como dizem. É um filme de lembranças. Ele aparentemente lembra da história com carinho e ternura. Não me sinto capaz de julgá-lo e dizer que ele está errado. Há casos de adolescentes que mantiveram relações com adultos e que depois, com o passar dos tempos, percebem que foram abusados. Não li o livro, mas baseado no filme eu sinto que o homem adulto não sente que sofreu abuso e tem boas memórias sobre o que aconteceu. Quando eu tinha 14 anos, tive relação com alguém de 19 anos e não foi abuso de forma alguma. Eu não tenho a mesma lembrança super romântica sobre o ocorrido, mas não sinto vergonha ou nenhum arrependimento. Foi algo consentido que eu não me arrependo nenhum pouco de ter feito. Por isso sou capaz de me colocar no lugar do protagonista e entender o que ele sente.
Uma coisa que eu acho engraçado nos americanos que são de minorias étnicas é que eles tem a pretensão bastante arrogante de que podem representar as raças do mundo todo e creem que podem "falar por elas". Os afro-estadunidenses, por exemplo, adoram dar pitaco na vida dos negros do mundo todo e julgam que representam todos eles, apesar de grande parte não saber falar o nome de 10 cidades da África. Esse filme é um caso típico. Um americano tem sangue oriental e acha que manja tudo da Ásia e que, por causa da sua ascendência, será capaz de realizar um filme mais genuinamente asiático do que outra pessoa. O diretor só conseguiu, mais uma vez, representar uma Ásia vista pelo olhar americano, recheada de clichês idiotas e pobres. Sem contar a visão elitista de Singapura. Um show de horrores muito sem graça que tenta copiar novela oriental para dar um ar genuíno ao filme. Constrangedor.
Bem clichezão e água com açúcar... Em vista do sucesso que fez, é superestimado. A Ana é chata e a Elsa só sabe cantar e rodopiar. Não fosse o imenso sucesso, seria um filme esquecível para mim.
Quem traduziu esse filme é bem amador, hein? Todo mundo sabe que no Brasil se fala "curtir" e não "gostar".
Eu achei a proposta boa e curti as interpretações. Mas achei o protagonista muito bocó. Na primeira loucura dela eu já teria ido na polícia dar queixa. E eu jamais falaria de novo com ela depois dela ter revelado a identidade. Óbvio que ela era louca!
E eis que 'Bad Genius' é, talvez, o filme tailandês de maior sucesso internacional desde 'Ong Bak'. A trama chama a atenção por fugir dos padrões do cinema desse país. Mistura thriller com adolescência e crítica social.
O filme toca em feridas profundas da sociedade tailandesa, especialmente a diferença de classe social. Bank e Lynn são pobres e só estão em umcolégio caro de elite porque são bolsistas. Para a escola, ter dois gênios é uma propaganda positiva da instituição. Caso um deles conseguisse uma bolsa para estudar no exterior, a imagem da escola seria engrandecida. Não se trata, porém, de mera caridade da escola para com os dois. Em contraste com Lynn e Bank, há o casal Grace e Pat, uma representação fiel da elite tailandesa. Mesquinhos e aproveitadores, os dois apenas usam os dois bolsistas para seu benefício próprio. A escola funciona como um microcosmo da própria sociedade tailandesa. Aparentemente democrático e inclusivo, o colégio é hipócrita ao exigir ética dos estudantes. A diretora, quando descobre sobre a cola dos alunos, é confrontada por Lynn sobre o dinheiro extra que ela cobra dos pais dos discentes. Essa espécie de propina funciona como tráfico de influência dentro da escola, capitalizando o poder dos alunos mais ricos, caso de Grace e Pat. Como exigir ética dos alunos se a própria escola "ensina" que o dinheiro compra tudo? Lynn e Bank são tragados para dentro desse mundo de corrupção com o sonho de que poderiam adquirir dinheiro para custear seus estudos. Eles aceitaram que o mundo era corrupto e que para fazer parte dele, deveriam seguir as regras. Não sabiam, porém, qual o preço que pagariam. Sendo duas pessoas pobres, não tinham a mesma proteção que o dinheiro e o poder político poderiam comprar. Quando Bank é pego, ele perde tudo pelo que vinha lutando, enquanto Pat e Grace saem impunes. Mas é a mudança ética de bank que mais assusta. Lynn se arrepende e decide confessar o esquema, a meu ver, não só porque decidiu ser ética, mas sim porque ela viu o que tal experiência traumática fez com Bank, corrompendo-o e fazendo dele mais um agente desse sistema. Eu vejo a confissão dela como uma vingança de classe. Sim, porque, no fundo, é disso que Bad Genius trata: luta de classes. Ela queria que os riquinhos mimados não ficassem impunes e pagassem pelo que fizeram com Bank e com ela.
Filme muito bem dirigido e com um elenco afiado. Vale muito a pena!
É a mesma história de sempre do cara gay que se apaixona pelo cara teoricamente hétero... e no final o hétero diz que é hétero mesmo, apesar dele demonstrar o contrário ao longo do filme.
Ficou aquém das minhas expectativas. O humor funciona pouco e ficou claro que tentaram copiar O auto da compadecida. Afinal, a história não deveria se passar em Minas (o sotaque é caipira, aquilo nao é no Nordeste)? Tive a impressão de que plagiaram demais o Suassuna e ficou uma mistura caricata e pouco funcional de Minas com o Nordeste. O filme não tem uma alma, uma cara própria. O Malasartes parece uma cópia do João Grilo. Só que menos engraçado e empático. Não fosse a boa atuação do Jesuíta, seria até sem graça. Tirando as ótimas atuações do elenco e os efeitos especiais, o resto não impressiona. Poderiam também ter trabalhado melhor o roteiro. A história é tão simples e sem criatividade. Afinal de contas, no que o Malasartes foi tão esperto assim? Ele não fez nada de mais durante o filme todo. Não há reviravoltas, nada que te prenda na cadeira. Faltou ousadia em criar algo mais ousado, novo e criativo.
Esperava mais do filme devido ao que tinha ouvido falar. Não é um filme lá muito criativo e nem achei muito emocionante também. O começo da história é insuportavelmente chato. Toda a parte das amazonas no início é esquisita, com um enredo infantil. Parecia Percy Jackson. Quando finalmente saímos daquela ilha enfadonha, a história melhora. Mas algumas coisas me incomodaram.
A personagem em tese é uma pacifista, mas ela não hesita em massacrar soldados na cena da Terra de Ninguém. Alguém pode argumentar que numa guerra se mata inocentes, mas alguem que busca a paz nao poderia tomar partido de um dos lados. Por que ela lutou ao lado dos anglo-americanos? Os solados alemães que estavam nas trincheiras mereciam a mesma compaixão dos soldados britânicos, não? A cena foi completamente doida e deixou a personagem parecer uma louca. É importante lembrar que na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha não era nazista. Não tem colocá-la como vilã, como se faz nos filmes sobre a Segunda Guerra. O filme põe os anglo-americanos como mocinhos desde o início e, apesar da revelação posterior que Ares estava infiltrado entre os Aliados, Diana não mata um único britânico o filme todo. Ela só mata os alemães. Aliás, são os alemães que são os malignos que criam a tal arma de destruição em massa e é claro que o americano mocinho é o altruísta que salva o dia. A mensagem do filme deveria ser que a guerra é sempre ruim e que todos, independente da nação, podem ser corrompidos. Mas a narrativa do filme destruiu a intenção original, pois o maniqueísmo dos vilões x mocinhos se manteve. Não deixa de ser involuntariamente ironico que a atriz Gal Gadot interprete alguém que defende a paz, quando ela defende o exercito de Israel (mas isso não prejudica minha avaliação do filme, é apenas um comentário meu).
Enfim, é um filme normal. Nao é maravilhoso, mas não é um desastre. Muito maniqueísta pro meu gosto e a mensagem pacifista ficou prejudicada pelo desenvolvimento da história, o que tornou a protagonista muito contraditória.
Terra Vermelha
3.6 25No you tube tem esse filme em baixa qualidade. Sabem onde encontrar em boa qualidade para download?
Moneyboys
3.4 11Alguém sabe onde encontrar esse filme?
Verão de 85
3.5 172 Assista AgoraOs dois atores estão muito bem no papel, principalmente o Félix. Apesar de ser uma história triste, a gente já sabe o desfecho desde o começo, o que não deixa a coisa pesada. Achei um filme bem bonito. Recomendo.
2gether: The Movie
2.8 4Vou dar um spoiler:
A série já é ruim, o filme será ainda pior.
Beijos Escondidos
3.4 98 Assista AgoraNós brasileiros somos colônia mesmo. Se um diretor brasileiro fizesse um filme mostrando homofobia truculenta numa escola brasileira, os franceses assistiriam e diriam: "Nossa, é assim mesmo que o Brasil deve ser, que país bárbaro". Agora, quando os próprios franceses fazem um filme mostrando homofobia na França, os brasileiros assistem e dizem: "Só pode ser mentira, a França é um país evoluído".
Tais comentários são menos um elogio à França do que uma visão pessimista do Brasil. Se tais situações são demais até para o Brasil, eles supõem, então é impossível que isso aconteça na França.
Acontece que se você fizer uma pesquisa sobre homofobia na França, vai ver que ainda há registros de violência escolar acontecendo hoje. Não é nada impossível.
Ler tais comentários me fizeram lembrar de um outro filme gay que assisti anos atrás. Se chama "Como vencer no jogo (sempre)". É um filme tailandês que mostra um casal gay que é aceito pela sociedade. Daí eu fui ler algumas críticas e tinha gente dizendo que o filme era irrealista, pois o casal deveria sofrer homofobia. Ou seja, se é um filme asiático, esperam que tenha discriminação, afinal, a Ásia é um continente de pessoas bárbaras, não é mesmo? Filme de casal gay vivendo bem e feliz só vale para países "civilizados".
Esses nuances dizem muito sobre como o brasileiro enxerga a si mesmo e aos outros. Ele se acha um vira lata diante dos europeus, mas sem dúvida se acha melhor do que asiáticos e africanos.
A Médium
3.4 344 Assista AgoraEngraçado como alguns dizem que só gostaram da primeira metade e outros dizem que só gostaram da segunda metade. Quem gostou da primeira, diz que a segunda é clichê. Quem gostou da segunda, diz que a primeira parta é chata.
Eu sinceramente não sei o que vocês queriam que tivesse no filme para não ser chato ou não ser clichê. Gostaria muito de ouvir as razões, pois ninguém nos comentários disse nada, ninguém analisou o filme, apenas reclamou.
Eu gostei bastante do filme. Fala sobre o embate entre fé e desconfiança, sobre o conflito entre as expectativas sociais e nossos anseios individuais e sobre a figura feminina como protagonista num mundo dominando pelos homens.
Nim e Noi vivem um conflito porque a segunda decidiu rejeitar seu papel como xamã da deusa Ba Yam e deixou essa missão para sua irmã mais nova. Essa rejeição não é apenas religiosa, mas um cisma familiar profundo. Tanto que Noi decide escolher uma religião completamente diferente, no que parece ser uma tentativa de deixar clara sua intenção de produzir uma ruptura com a tradição familiar.
Apesar das duas irmãs seguirem, aparentemente, caminhos diferentes em suas crenças, ambas cultivam secretamente dúvidas e a crise gerada pela possessão de Ming expõe as incertezas das duas.
Três cenas são muito emblemáticas nesse sentido. A primeira é quando a Noi decide abandonar suas convicções cristãs e vai procurar outro xamã para ajudar sua filha. Outro momento impactante é quando as duas irmãs discutem sobre o estado de Ming. Nim afirma que não é Ba Yam que possuiu sua sobrinha. Noi se desespera e pergunta quem permitiu essa possessão e a quem recorrer nessa situação? Ba Yam? O deus cristão? Buda? Nenhuma das duas tinha a menor ideia.
Mas a cena mais marcante pra mim foi a confissão final de Nim de que não nunca tivera certeza de que Ba Yam havia realmente a possuído.
Gostei muito da forma como o filme retratou a relação dessas mulheres com suas crenças.
Sobre a possessão em si, ela parece estar ligada ao que os antepassados da família deles tinham feito. O conceito de carma está sempre presente nos filmes de terror tailandeses e esse aqui não é diferente.
Ming foi possuída por causa da maldição das pessoas prejudicadas pelo pai dela. Quando aquele xamã faz o ritual de aceitação, ela não estava aceitando Ba Yam, mas sim todos os espíritos vingativos que queriam prejudicá-la, é por isso que o estado dela piora muito depois do ritual.
Apesar de Ming ser a pessoa sofrendo a maldição, o alvo dos espíritos era toda a família, tanto que foram todos mortos. A deusa Ba Yam, ao que tudo indica, nunca possuiu Nim, pois ainda esperava pela oportunidade de possuir Noi, o que acontece no final do filme. Entretanto, Ba Yam subestimou os demônios, pois sua conexão com Noi ainda era fraca no momento em que foi atacada e cercada pelos espíritos vingativos. Noi-Ba Yam ficou dividida entre o dever divino de acabar com os demônios e o dever materno de tentar salvar Ming e isso a tornou um alvo fácil.
Há muitas outras coisas que gostaria de falar, pois o filme é bem rico em nuances, mas acho que já escrevi demais. É um filme que mostra maturidade do diretor Bajong, muito mais complexo e bem feito do que Shutter out Alone.
Dear Tenant
4.0 5Achei o final do filme covarde pois
esquiva-se de dar um desfecho para os acontecimentos - fica tudo sem explicação - além de entregar ao protagonista um final digno dos derrotados e humilhados. A cena final da correspondência entre o filho e o pai deveria algo bonito e tocante? Pra mim ficou parecendo que a gente que é LGBTQIA+ tem que se contentar com o reconhecimento poético do nosso amor, e que isso basta. Quanto ao reconhecimento do Estado, das autoridades, fica pra depois. Enquanto o pai perde o filho, o tio sovina que só voltou pra ficar com o dinheiro fica com o garoto e casa.
Rua do Medo: 1978 - Parte 2
3.5 549 Assista AgoraO primeiro filme achei ruim e só quis ver esse porque no trailer ficou claro que seriam outros personagens. A história não focou na Deena, personagem do primeiro filme que eu odiei. A Ziggy é uma personagem bem mais carismática e o clima anos 70 deu um charme pra história. Infinitamente melhor que a primeira parte, onde eu quase dormi várias vezes. Nesse sequência, a história realmente te prende e você não fica tentado a pular partes, como no primeiro filme. Dessa vez eu torci pelos personagens, enquanto no primeiro filme eu torci pra bruxa matar todo mundo pra encurtar o filme pq tava chato demais e pq os personagens são ridículos.
Rua do Medo: 1994 - Parte 1
3.1 773 Assista AgoraTirando o Simon e o Josh, não curti nenhum personagem. A Deena é particularmente sem carisma e irritante. É difícil acompanhar uma série de filmes quando os protagonistas são tão malas. Entre o casal sem sal das duas protagonistas e a bruxa do mal, fico com a bruxa. Bem mais carismática.
Turma da Mônica: Laços
3.6 605 Assista AgoraNão sei se foi problema no site que eu vi, mas o áudio do filme é baixo. É difícil ouvir o que os atores mirins dizem. Perdi vários diálogos por causa disso.
Achei a adaptação decente, mas não maravilhosa. Cebolinha, protagonista.
Mortal Kombat
2.7 1,0K Assista AgoraSe o Cole não existisse e os protagonistas fossem Liu Kang e King Lao, eu teria gostado. Achei um absurdo o Liu Kang, o mais foda de todos, ser tratado como se fosse um menininho assustado de 11 anos. Apanhou o filme todo, foi um personagem fraco. Decepção total.
E esse Cole, que personagem chatoooooooo.
Podiam investir mais na história e menos na porradaria.
Para um Soldado Perdido
3.6 77Eu gostei do filme e achei as cenas entre os dois bem ousadas. Acho que hoje em dia não permitiriam um ator tão jovem fazer cenas sexuais com um homem adulto. Mas não achei as cenas pesadas, se bem que eu não sou o tipo de pessoa que se escandaliza fácil com cenas de sexo (consentido), violência me afeta bem mais. Não acho o filme uma romantização da pedofilia, como dizem. É um filme de lembranças. Ele aparentemente lembra da história com carinho e ternura. Não me sinto capaz de julgá-lo e dizer que ele está errado. Há casos de adolescentes que mantiveram relações com adultos e que depois, com o passar dos tempos, percebem que foram abusados. Não li o livro, mas baseado no filme eu sinto que o homem adulto não sente que sofreu abuso e tem boas memórias sobre o que aconteceu. Quando eu tinha 14 anos, tive relação com alguém de 19 anos e não foi abuso de forma alguma. Eu não tenho a mesma lembrança super romântica sobre o ocorrido, mas não sinto vergonha ou nenhum arrependimento. Foi algo consentido que eu não me arrependo nenhum pouco de ter feito. Por isso sou capaz de me colocar no lugar do protagonista e entender o que ele sente.
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraMoro no exterior e não posso ver no cinema. Alguém tem torrent ou link? Adoro o diretor, quero muito assistir!
Como Treinar o Seu Dragão 3
4.0 497 Assista AgoraPor que essa trilogia tem bilheteria tão baixa e nunca venceu um oscar?
Acho isso tão injusto.
Podres de Ricos
3.5 507 Assista AgoraUma coisa que eu acho engraçado nos americanos que são de minorias étnicas é que eles tem a pretensão bastante arrogante de que podem representar as raças do mundo todo e creem que podem "falar por elas". Os afro-estadunidenses, por exemplo, adoram dar pitaco na vida dos negros do mundo todo e julgam que representam todos eles, apesar de grande parte não saber falar o nome de 10 cidades da África.
Esse filme é um caso típico. Um americano tem sangue oriental e acha que manja tudo da Ásia e que, por causa da sua ascendência, será capaz de realizar um filme mais genuinamente asiático do que outra pessoa. O diretor só conseguiu, mais uma vez, representar uma Ásia vista pelo olhar americano, recheada de clichês idiotas e pobres. Sem contar a visão elitista de Singapura.
Um show de horrores muito sem graça que tenta copiar novela oriental para dar um ar genuíno ao filme.
Constrangedor.
PK
4.2 89 Assista AgoraA melhor crítica ao fundamentalismo religioso que eu já vi em um filme!
Duelo de Dinastias
3.6 26É confuso? É! Mas eu adorei mesmo assim! Merecia uma série! O Silver é um personagem muito foda! E o discípulo dele parece estar apaixonado por ele!
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraBem clichezão e água com açúcar... Em vista do sucesso que fez, é superestimado. A Ana é chata e a Elsa só sabe cantar e rodopiar. Não fosse o imenso sucesso, seria um filme esquecível para mim.
Eu Compartilho.Eu Gosto.Eu Sigo.
2.6 49 Assista AgoraQuem traduziu esse filme é bem amador, hein? Todo mundo sabe que no Brasil se fala "curtir" e não "gostar".
Eu achei a proposta boa e curti as interpretações. Mas achei o protagonista muito bocó. Na primeira loucura dela eu já teria ido na polícia dar queixa. E eu jamais falaria de novo com ela depois dela ter revelado a identidade. Óbvio que ela era louca!
O final é interessante.
Gênios do Mal
4.0 82 Assista AgoraO filme está legendado no Mahal Dramas Fansub!
Gênios do Mal
4.0 82 Assista AgoraE eis que 'Bad Genius' é, talvez, o filme tailandês de maior sucesso internacional desde 'Ong Bak'. A trama chama a atenção por fugir dos padrões do cinema desse país. Mistura thriller com adolescência e crítica social.
O filme toca em feridas profundas da sociedade tailandesa, especialmente a diferença de classe social. Bank e Lynn são pobres e só estão em umcolégio caro de elite porque são bolsistas. Para a escola, ter dois gênios é uma propaganda positiva da instituição. Caso um deles conseguisse uma bolsa para estudar no exterior, a imagem da escola seria engrandecida. Não se trata, porém, de mera caridade da escola para com os dois. Em contraste com Lynn e Bank, há o casal Grace e Pat, uma representação fiel da elite tailandesa. Mesquinhos e aproveitadores, os dois apenas usam os dois bolsistas para seu benefício próprio.
A escola funciona como um microcosmo da própria sociedade tailandesa. Aparentemente democrático e inclusivo, o colégio é hipócrita ao exigir ética dos estudantes. A diretora, quando descobre sobre a cola dos alunos, é confrontada por Lynn sobre o dinheiro extra que ela cobra dos pais dos discentes. Essa espécie de propina funciona como tráfico de influência dentro da escola, capitalizando o poder dos alunos mais ricos, caso de Grace e Pat. Como exigir ética dos alunos se a própria escola "ensina" que o dinheiro compra tudo?
Lynn e Bank são tragados para dentro desse mundo de corrupção com o sonho de que poderiam adquirir dinheiro para custear seus estudos. Eles aceitaram que o mundo era corrupto e que para fazer parte dele, deveriam seguir as regras. Não sabiam, porém, qual o preço que pagariam. Sendo duas pessoas pobres, não tinham a mesma proteção que o dinheiro e o poder político poderiam comprar. Quando Bank é pego, ele perde tudo pelo que vinha lutando, enquanto Pat e Grace saem impunes. Mas é a mudança ética de bank que mais assusta. Lynn se arrepende e decide confessar o esquema, a meu ver, não só porque decidiu ser ética, mas sim porque ela viu o que tal experiência traumática fez com Bank, corrompendo-o e fazendo dele mais um agente desse sistema. Eu vejo a confissão dela como uma vingança de classe. Sim, porque, no fundo, é disso que Bad Genius trata: luta de classes. Ela queria que os riquinhos mimados não ficassem impunes e pagassem pelo que fizeram com Bank e com ela.
Filme muito bem dirigido e com um elenco afiado. Vale muito a pena!
Sweet Boy
2.7 18Tenho a sensação de que não acontece nada o filme todo. Tem clichês demais dos filmes gays tailandeses.
É a mesma história de sempre do cara gay que se apaixona pelo cara teoricamente hétero... e no final o hétero diz que é hétero mesmo, apesar dele demonstrar o contrário ao longo do filme.
Malasartes e o Duelo com a Morte
3.2 103Ficou aquém das minhas expectativas. O humor funciona pouco e ficou claro que tentaram copiar O auto da compadecida. Afinal, a história não deveria se passar em Minas (o sotaque é caipira, aquilo nao é no Nordeste)? Tive a impressão de que plagiaram demais o Suassuna e ficou uma mistura caricata e pouco funcional de Minas com o Nordeste. O filme não tem uma alma, uma cara própria. O Malasartes parece uma cópia do João Grilo. Só que menos engraçado e empático. Não fosse a boa atuação do Jesuíta, seria até sem graça.
Tirando as ótimas atuações do elenco e os efeitos especiais, o resto não impressiona. Poderiam também ter trabalhado melhor o roteiro. A história é tão simples e sem criatividade. Afinal de contas, no que o Malasartes foi tão esperto assim? Ele não fez nada de mais durante o filme todo. Não há reviravoltas, nada que te prenda na cadeira.
Faltou ousadia em criar algo mais ousado, novo e criativo.
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraEsperava mais do filme devido ao que tinha ouvido falar. Não é um filme lá muito criativo e nem achei muito emocionante também. O começo da história é insuportavelmente chato. Toda a parte das amazonas no início é esquisita, com um enredo infantil. Parecia Percy Jackson. Quando finalmente saímos daquela ilha enfadonha, a história melhora. Mas algumas coisas me incomodaram.
A personagem em tese é uma pacifista, mas ela não hesita em massacrar soldados na cena da Terra de Ninguém. Alguém pode argumentar que numa guerra se mata inocentes, mas alguem que busca a paz nao poderia tomar partido de um dos lados. Por que ela lutou ao lado dos anglo-americanos? Os solados alemães que estavam nas trincheiras mereciam a mesma compaixão dos soldados britânicos, não? A cena foi completamente doida e deixou a personagem parecer uma louca.
É importante lembrar que na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha não era nazista. Não tem colocá-la como vilã, como se faz nos filmes sobre a Segunda Guerra. O filme põe os anglo-americanos como mocinhos desde o início e, apesar da revelação posterior que Ares estava infiltrado entre os Aliados, Diana não mata um único britânico o filme todo. Ela só mata os alemães. Aliás, são os alemães que são os malignos que criam a tal arma de destruição em massa e é claro que o americano mocinho é o altruísta que salva o dia. A mensagem do filme deveria ser que a guerra é sempre ruim e que todos, independente da nação, podem ser corrompidos. Mas a narrativa do filme destruiu a intenção original, pois o maniqueísmo dos vilões x mocinhos se manteve.
Não deixa de ser involuntariamente ironico que a atriz Gal Gadot interprete alguém que defende a paz, quando ela defende o exercito de Israel (mas isso não prejudica minha avaliação do filme, é apenas um comentário meu).
Enfim, é um filme normal. Nao é maravilhoso, mas não é um desastre. Muito maniqueísta pro meu gosto e a mensagem pacifista ficou prejudicada pelo desenvolvimento da história, o que tornou a protagonista muito contraditória.