É uma road trip sobre a documentação de um acontecimento, direção de Alex Garland conduz um filme denso e bastante sufocante em vários momentos com uma decupagem ágil e os momentos que intercala com as fotos é algo a mais bastante agradável. Seu texto abrange vários temas, mas o que me pegou foi a espetacularização da imagem e o final é um soco.
David Leitch é um diretor que sempre me entretém, sempre trazendo filmes com camadas de absurdo, seja no primeiro John Wick, Deadpool 2, Trem-Bala e outros, e agora com O Duble.
Eis aqui uma carta de amor para essa profissão, um pouco maçante na reta final, mas divertida e exagerada tal qual os outros filmes do diretor. Que sabe muito bem comandar um filme de ação. Esse filme me pegou também por ser cinema sobre cinema, aqui com foco nos dubles, mas tem seu dedo em aspectos do making of em si e cabe ainda em um filme de ação, romance misturado com absurdos e clichês.
Acabei de assistir Ghostbusters Apocalipse de Gelo
O calcanhar de Aquiles desse filme certamente é tentar ser nostálgico, acho que com tantos elementos em tela e personagens eles esqueceram o tal apocalipse e quando seu maior conflito ocorre é sem sal e tudo que temos é a sensação de que estamos vendo um episódio de uma série que não fedeu e nem cheirou.
Muito inferior ao seu antecessor, até mesmo na produção.
Não usufrui do cenário que tem e muitas vezes me questionei das decisões de vender a cidade de nova York e abandonar o cenário rural do filme anterior sendo que tudo parece menor e desprovido de ambição.
Até Caça Fantasmas de 2016 se saiu melhor que esse em alguns pontos.
Minus One é uma cartartica experiencia audiovisual, aqui o lado humano da historia tem tanto peso quanto o lado da tragedia, do monstro e do horror. Extremamente bem dirigido e bonito, oscar de melhor efeitos visuais merecido, por mais que o discurso de que o filme foi barato, fica o questionamento do quanto que toda essa equipe foi remunerada.
Mas enfim, gostei muito do quanto que o protagonista representa a renovação de um povo japones, ainda enraizado na maxima de que deve cumprir o que seu pais manda a risca, ou seja ser um kamikaze e levando a culpa por ter escolhido viver e se sentir um lixo devido a isso, talvez aqui tenhamos o personagem mais complexo e profundo de toda franquia Godzilla. E o filme abre espaço para varias questões politicas, ainda que seja um filme de mosnstro destruindo e nesse lado ele também consegue entreter.
Depois de Hideaki Anno ter feito um filme politico Godzilla e ter acertado em não ter exatamente um unico protagonista, mas sim uma nação, Takashi Yamazaki acerta em trazer o protagonista humano muito bem escrito e trabalhado para sair como um saldo positivo e deixar o "menos um" como algo positivo em seu fim.
O primeiro filme de Spy X Family tal qual diversos filmes de outras franquias japonesas não é canonico, é uma historia a parte para que você fã, veja esses personagens em uma aventura inedita que traga tudo que a série ou mangá tem de melhor em um formato de filme com mais orçamento e produção.
Dito isso, digo que ele cumpre muito bem seu papel. Codigo Branco situa até quem nunca assistiu a série, onde em cinco minutos você já sabe quem são os personagens, motivações e o que exatamente é aquele universo, de forma superficial, mas funcional. Justamente para pegar também o publico que nunca ouviu falar sobre.
Em seguida vamos para trama que nada mais é do que uma série de esquetes, em uma quase road trip onde a familia Rogers saem de "férias" para outras terras, aqui a historia mostra-se boba, pois é justamente assim que ela deve ser, pois abre espaço para que SxF tem de melhor. O carisma dos personagens e seus dilemas, resulta em cenas divertidas, com muitas piadas e o filme flui muito bem do jeito que ele é.
Existe tonalidades mais sérias dentro dessa trama, como os milatares e a conspiração ali presente e a missão de Loid. Mas assim como a série, não é exatamente o foco, você sabe logo de cara que as coisas vão acabar bem, mas o que você realmente quer é um momento com esses personagens e aqui temos isso, um lado diferente e situações novas. E os responsaveis sobre o filme sabem muito bem disso e escolhem dar protagonismo para família inteira, e não apenas para Anya.
O longa ainda abraça a ação muito que bem e tem cenas que são belissimas, Loid e Yor tem sequencias de ação muito bem animadas, o estudio Wit tem um trabalho de key animation muito bom, mas se for destacar uma sequencia sem duvida é o momento da Anya. A personagem entrega toda uma sequencia de animação com outro estilo artistico, luzes e cores que transcendem a experiencia visual do filme todo, tudo para demonstrar a vontade de cagar que a personagem está tendo, é hilario.
De modo geral é um filme divertido e isso já basta.
Um filme que vem para incomodar, seu ritmo é lento e a história não tem conclusões; mas é uma distopia com pé na realidade, sabe-se Japão está com problemas graves de natalidade e a população idosa cresce cada vez, então surge uma história dessas fiquei interessado e assisti por meios ilegais, para quem quer ver no cinema a Sato Company vai trazer ele pro Brasil.
É um filme que tem um tom alerta / critica, sua conclusão é agridoce e traz reflexões sobre a valorização da nossa vida e respeito aos mais velhos etc.. Tem atuações honestas, cenas marcantes, bem produzido, como já disse é lento e não traz nenhuma forma de entretenimento alegre ao público. Vale como uma experiência audiovisual diferente não pelo país de origem, como produto audiovisual japonês não é um filme incrível, mas pelo tema bastante sensível e verossímil.
Chegamos na segunda parte de Duna; Denis Villeneuve tem aqui seu grande filme, pronto para ganhar prêmios se assim quiserem. Impossível não ficar maravilhado com a fotografia assinada Greig Fraser que já trabalhou em filmes como, Duna pt 1, Rogue One e The Batman. A decupagem deste filme é grandiosa visando trabalhar em conjunto com a fotografia e direção de arte. Villeneuve dirige um grande épico feito para assistir na maior tela possível, se assim for possível.
O filme é escuro e trabalha perfeitamente com isso; se aproveitar de cores quentes para causar muito impacto e não tem como não achar um espetáculo visual.
Trabalho de som como captação (sonoplastia), trilha de sonora, mixagem de som, tudo está em tamanho equivalente ao épico que corresponde essa obra.
Agora sobre o texto? Que coragem de mudar o destino de Chani em relação ao livro, de abrir margem para uma terceira parte com mais ação do que o previsto, ou até mesmo para reinventar o "Messias de Duna". O roteiro deste filme se completa e traz a jornada do herói com todos seus ciclos e arquétipos cabíveis. Com muitas nuances e temas como meio ambiente, politica, colonialismo, mas enfim é a obra de Frank Herbert sendo respeitada, obra que influenciou muito a existência de outras mais populares como Star Wars (que também tem influência vindo de Valerian);
No mais, tá aí um filme que tem que ser muito "tênis verde" para falar que é fraco. Uma produção gigante dessas, onde tudo foi feito de forma muito artesanal, sabendo que precisa ser um filme de ação, ele suaviza as grandes complexidades, sem deixar a situação ruim para o fã hardcore, com isso foi sacrificado o Thufir Hawat? Foi, ele é incrível, mas colocar os Mentats (praticamente computadores humanos) com a Bene Gesserit certamente traria mais complexidade ao filme poderia ficar mais cabeçudo e menos acessível, e do jeito que está ficou ótimo para ambos os lados da moeda.
Gostei de como o diretor não capta os personagens, usa maioria das vezes planos abertos e assim narra o cotidiano dos vizinhos de Auschwitz.
É um filme que tem como propósito o não apagar do holocausto, não tem medo e não subestima o público. Quer contar as coisas esperando que alguém saiba ou pesquise depois.
Nem sequer tem os tipicos letreiros dizendo o que ocorreu com x pessoa da história.
Oscar de som merecido, o som realmente é algo intrigante e é quase um personagem ali inserido. Até o silêncio quer nos dizer algo neste filme.
A icônica cena das flores, onde no fundo escutasse gritos e a todo momento você escuta um som similar a tiros deixa tudo muito sufocante principalmente quando contrasta com aquele bando de nazi se divertindo enquanto sabemos que do outro muro milhares estão morrendo.
Um filme que não entretém, com diálogos rasos com uma mania feia de falar "confia" em muitas de suas linhas, uma direção horrenda, um elenco muito mal trabalhado , parece que é realmente um filme feito pra vc vir aqui e fazer textão pra falar mal.
Me admira a coragem (e otimismo) de deixar ponta solta pra transformar isso aqui em franquia de filmes.
A estética vinda do expressionismo alemão me pegou muito, fora esse texto com diálogos profundos que desenvolvem os personagens. Bella evolui e cresce muito nesta trama, assim como outros personagens. É um elenco de peso com um dos diretores mais inventivos da atualidade e é filme muito bem decupado com enquadramentos interessantíssimos, destaque para a câmera subjetiva. Além de uma fotografia muito bem trabalhada com a direção de arte, e tanto nas cenas preto e branco como quando o filme passa a ter cor, funciona perfeitamente.
Zack Snyder assistiu os 7 Samurais do grande Kurosawa e resolveu pegar seus brinquedos pra brincar, o resultado é essa fanfic que mistura muita coisa que todo nerd gosta.
O jeitão Snyder ta lá e em coisas que nem faz sentido, cenas de slow motion aqui as vezes tiram a magia das trocações de tiros, as cenas de lutas tem uma péssima decupagem, com enquadramentos que tiram o impacto e nem procuram dar para o filme algum diferencial.
É mais um filme esquecível padrão do catalogo da Netflix. O que pra mim é triste, no trailer parecia bem mais interessante, muito mais do que temos como produto final.
Loucas em Apuros (Joy Ride) é leve, divertido, picante e tem um texto muito bem com piadas acidas, com timing certo, um pouco de besteirol e personagens muito carismáticos.
A dosagem do nonsense está perfeita e o filme não tem medo de ser absurdo de determinados pontos. Seus pontos de viradas trazem drama e mudanças bruscas no rumo dessa historia. Consegue impactar e é bastante humano nesse ponto.
É uma road trip muito trabalhada na procura de si, resgatar suas origens e procurar o que realmente te faz feliz tudo isso com diálogos precisos que visam evoluir e desenvolver a trama, sem procurar dar rodeios. É um filme direto ao ponto, que desenvolve as mulheres presentes na trama e construí um laço de amizade forte. Trazendo ainda questões sociais necessárias, sobre preconceitos e conflito de culturais, crise dos 30 anos em certos pontos e problemas com vocação.
No mais, é facilmente meu filme de comédia favorito desse ano.
Visualmente impactante, com um enredo simples, mas bem amarrado e traz um discurso interessante de se pensar.
O diretor usa muito do que funcionou em rogue One no sentido de decupagem para estabelecer as cenas de ação, dando uma proporção em tela bastante impactante.
Vi um muita influência estética da Trilogia da Vingança do Chan Wook Park neste filme, com adição dessa pegada John Wick, o filme se torna um pipocão bem feito. Não é inesquecível, mas é funcional e rapido.
É um filme de aventura bem feito e funcional, mas que acaba se tornando apenas mais um. Por mais que a saída de Bay da direção e a mudança de escopo tenham feito bem para a franquia. Sinto que ela perdeu a identidade e agora cai no famoso "genérico".
Conhecia o quadrinho, mas nunca havia lido, talvez procure o material original, mas como animação gostei do conteúdo, ele usa a formula "Gigante de Ferro" outra animação que aborda temas como aceitação etc..
[/spoiler] inclusive na resolução da historia, questão de sacrifício e desfecho aberto. [spoiler]
Mas a construção de mundo é bem fantasiosa gostei da mistura "medieval" e futurista com carros voadores, o tempo de filme não aprofunda muito a questão da muralha, mas é o suficiente pra perceber que é sobre o medo do desconhecido e o filme todo é moldado sobre temas como preconceito, distorção de historia e aceitação.
Mas de modo geral é bem cativante, Nimona é uma personagem bem divertida que funciona muito, a classificação de 10 anos é bem utilizada, existe morte, mas não tem sangue e a narrativa ágil prende o publico do inicio ao fim.
Gostei da direção e atuação do Norton e como você as inspirações sendo utilizadas, lembra Chinatown e Operação França (principalmente a primeira cena), mas a cereja do bolo é estetica desse filme, gostou do jogo de luz e sombras, da coloração e da vibe que todos esses elementos passem de filmes filmados nos anos 60/70.
A trama é boa o suficiente pra fisgar, tem seus pontos de viradas e climax em momentos certos, no fim é um conteúdo que fez tudo certinho.
Séria melhor se fosse um curta metragem e não um longa, no ato final deu a impressão que se eu tivesse visto nos 20 min iniciais e os últimos 30 min o filme faria sentido e seria menos enrolado.
Esse filme me fez pensar que o plot do Stuart Little seria exatamente esse só que foram sensatos e adotaram o rato que era a melhor opção naquele momento.
Que aventura bem escrita! Com muita referência ao RPG, mas sem querer levar as regras para câmeras sendo acessível e divertido para todos.
Com um elenco muito bem entrosado, diálogos ágeis que sempre buscam avançar com a história mantendo-se o humor sempre que pode, lembra Guardiões da galáxia.
É um filme de assalto e a direção trabalha exatamente isso com joguetes de câmeras, enquadramentos e planos ousados para manter o público vidrado o tempo todo.
Em suma, um blockbuster injustiçado que merecia mais atenção e ganhar sequências, pois fez por merecer.
Guerra Civil
3.7 317É uma road trip sobre a documentação de um acontecimento, direção de Alex Garland conduz um filme denso e bastante sufocante em vários momentos com uma decupagem ágil e os momentos que intercala com as fotos é algo a mais bastante agradável. Seu texto abrange vários temas, mas o que me pegou foi a espetacularização da imagem e o final é um soco.
O Dublê
3.5 126David Leitch é um diretor que sempre me entretém, sempre trazendo filmes com camadas de absurdo, seja no primeiro John Wick, Deadpool 2, Trem-Bala e outros, e agora com O Duble.
Eis aqui uma carta de amor para essa profissão, um pouco maçante na reta final, mas divertida e exagerada tal qual os outros filmes do diretor. Que sabe muito bem comandar um filme de ação. Esse filme me pegou também por ser cinema sobre cinema, aqui com foco nos dubles, mas tem seu dedo em aspectos do making of em si e cabe ainda em um filme de ação, romance misturado com absurdos e clichês.
Bela sessão da tarde.
Ghostbusters: Apocalipse de Gelo
2.7 92 Assista AgoraAcabei de assistir Ghostbusters Apocalipse de Gelo
O calcanhar de Aquiles desse filme certamente é tentar ser nostálgico, acho que com tantos elementos em tela e personagens eles esqueceram o tal apocalipse e quando seu maior conflito ocorre é sem sal e tudo que temos é a sensação de que estamos vendo um episódio de uma série que não fedeu e nem cheirou.
Muito inferior ao seu antecessor, até mesmo na produção.
Não usufrui do cenário que tem e muitas vezes me questionei das decisões de vender a cidade de nova York e abandonar o cenário rural do filme anterior sendo que tudo parece menor e desprovido de ambição.
Até Caça Fantasmas de 2016 se saiu melhor que esse em alguns pontos.
Uma pena.
Godzilla: Minus One
4.1 354Minus One é uma cartartica experiencia audiovisual, aqui o lado humano da historia tem tanto peso quanto o lado da tragedia, do monstro e do horror. Extremamente bem dirigido e bonito, oscar de melhor efeitos visuais merecido, por mais que o discurso de que o filme foi barato, fica o questionamento do quanto que toda essa equipe foi remunerada.
Mas enfim, gostei muito do quanto que o protagonista representa a renovação de um povo japones, ainda enraizado na maxima de que deve cumprir o que seu pais manda a risca, ou seja ser um kamikaze e levando a culpa por ter escolhido viver e se sentir um lixo devido a isso, talvez aqui tenhamos o personagem mais complexo e profundo de toda franquia Godzilla. E o filme abre espaço para varias questões politicas, ainda que seja um filme de mosnstro destruindo e nesse lado ele também consegue entreter.
Depois de Hideaki Anno ter feito um filme politico Godzilla e ter acertado em não ter exatamente um unico protagonista, mas sim uma nação, Takashi Yamazaki acerta em trazer o protagonista humano muito bem escrito e trabalhado para sair como um saldo positivo e deixar o "menos um" como algo positivo em seu fim.
Spy X Family Código: Branco
4.1 10O primeiro filme de Spy X Family tal qual diversos filmes de outras franquias japonesas
não é canonico, é uma historia a parte para que você fã, veja esses personagens em uma aventura inedita que traga tudo que a série ou mangá tem de melhor em um formato de filme com mais orçamento e produção.
Dito isso, digo que ele cumpre muito bem seu papel. Codigo Branco situa até quem nunca assistiu a série, onde em cinco minutos você já sabe quem são os personagens, motivações e o que exatamente é aquele universo, de forma superficial, mas funcional. Justamente para pegar também o publico que nunca ouviu falar sobre.
Em seguida vamos para trama que nada mais é do que uma série de esquetes, em uma quase road trip onde a familia Rogers saem de "férias" para outras terras, aqui a historia mostra-se boba, pois é justamente assim que ela deve ser, pois abre espaço para que SxF tem de melhor. O carisma dos personagens e seus dilemas, resulta em cenas divertidas, com muitas piadas e o filme flui muito bem do jeito que ele é.
Existe tonalidades mais sérias dentro dessa trama, como os milatares e a conspiração ali presente e a missão de Loid. Mas assim como a série, não é exatamente o foco, você sabe logo de cara que as coisas vão acabar bem, mas o que você realmente quer é um momento com esses personagens e aqui temos isso, um lado diferente e situações novas. E os responsaveis sobre o filme sabem muito bem disso e escolhem dar protagonismo para família inteira, e não apenas para Anya.
O longa ainda abraça a ação muito que bem e tem cenas que são belissimas, Loid e Yor tem sequencias de ação muito bem animadas, o estudio Wit tem um trabalho de key animation muito bom, mas se for destacar uma sequencia sem duvida é o momento da Anya. A personagem entrega toda uma sequencia de animação com outro estilo artistico, luzes e cores que transcendem a experiencia visual do filme todo, tudo para demonstrar a vontade de cagar que a personagem está tendo, é hilario.
De modo geral é um filme divertido e isso já basta.
Plano 75
3.4 8Um filme que vem para incomodar, seu ritmo é lento e a história não tem conclusões; mas é uma distopia com pé na realidade, sabe-se Japão está com problemas graves de natalidade e a população idosa cresce cada vez, então surge uma história dessas fiquei interessado e assisti por meios ilegais, para quem quer ver no cinema a Sato Company vai trazer ele pro Brasil.
É um filme que tem um tom alerta / critica, sua conclusão é agridoce e traz reflexões sobre a valorização da nossa vida e respeito aos mais velhos etc.. Tem atuações honestas, cenas marcantes, bem produzido, como já disse é lento e não traz nenhuma forma de entretenimento alegre ao público. Vale como uma experiência audiovisual diferente não pelo país de origem, como produto audiovisual japonês não é um filme incrível, mas pelo tema bastante sensível e verossímil.
DogMan
3.6 67 Assista AgoraPatrulha Canina para adultos.
Duna: Parte 2
4.3 663Chegamos na segunda parte de Duna; Denis Villeneuve tem aqui seu grande filme, pronto para ganhar prêmios se assim quiserem. Impossível não ficar maravilhado com a fotografia assinada Greig Fraser que já trabalhou em filmes como, Duna pt 1, Rogue One e The Batman. A decupagem deste filme é grandiosa visando trabalhar em conjunto com a fotografia e direção de arte. Villeneuve dirige um grande épico feito para assistir na maior tela possível, se assim for possível.
O filme é escuro e trabalha perfeitamente com isso; se aproveitar de cores quentes para causar muito impacto e não tem como não achar um espetáculo visual.
Trabalho de som como captação (sonoplastia), trilha de sonora, mixagem de som, tudo está em tamanho equivalente ao épico que corresponde essa obra.
Agora sobre o texto? Que coragem de mudar o destino de Chani em relação ao livro, de abrir margem para uma terceira parte com mais ação do que o previsto, ou até mesmo para reinventar o "Messias de Duna". O roteiro deste filme se completa e traz a jornada do herói com todos seus ciclos e arquétipos cabíveis. Com muitas nuances e temas como meio ambiente, politica, colonialismo, mas enfim é a obra de Frank Herbert sendo respeitada, obra que influenciou muito a existência de outras mais populares como Star Wars (que também tem influência vindo de Valerian);
No mais, tá aí um filme que tem que ser muito "tênis verde" para falar que é fraco. Uma produção gigante dessas, onde tudo foi feito de forma muito artesanal, sabendo que precisa ser um filme de ação, ele suaviza as grandes complexidades, sem deixar a situação ruim para o fã hardcore, com isso foi sacrificado o Thufir Hawat? Foi, ele é incrível, mas colocar os Mentats (praticamente computadores humanos) com a Bene Gesserit certamente traria mais complexidade ao filme poderia ficar mais cabeçudo e menos acessível, e do jeito que está ficou ótimo para ambos os lados da moeda.
Zona de Interesse
3.6 602 Assista AgoraGostei de como o diretor não capta os personagens, usa maioria das vezes planos abertos e assim narra o cotidiano dos vizinhos de Auschwitz.
É um filme que tem como propósito o não apagar do holocausto, não tem medo e não subestima o público. Quer contar as coisas esperando que alguém saiba ou pesquise depois.
Nem sequer tem os tipicos letreiros dizendo o que ocorreu com x pessoa da história.
Oscar de som merecido, o som realmente é algo intrigante e é quase um personagem ali inserido. Até o silêncio quer nos dizer algo neste filme.
A icônica cena das flores, onde no fundo escutasse gritos e a todo momento você escuta um som similar a tiros deixa tudo muito sufocante principalmente quando contrasta com aquele bando de nazi se divertindo enquanto sabemos que do outro muro milhares estão morrendo.
Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo
1.8 37 Assista AgoraUm filme que não entretém, com diálogos rasos com uma mania feia de falar "confia" em muitas de suas linhas, uma direção horrenda, um elenco muito mal trabalhado , parece que é realmente um filme feito pra vc vir aqui e fazer textão pra falar mal.
Me admira a coragem (e otimismo) de deixar ponta solta pra transformar isso aqui em franquia de filmes.
Pobres Criaturas
4.1 1,2K Assista AgoraA estética vinda do expressionismo alemão me pegou muito, fora esse texto com diálogos profundos que desenvolvem os personagens. Bella evolui e cresce muito nesta trama, assim como outros personagens. É um elenco de peso com um dos diretores mais inventivos da atualidade e é filme muito bem decupado com enquadramentos interessantíssimos, destaque para a câmera subjetiva. Além de uma fotografia muito bem trabalhada com a direção de arte, e tanto nas cenas preto e branco como quando o filme passa a ter cor, funciona perfeitamente.
Assassinos da Lua das Flores
4.1 615 Assista AgoraÉ difícil tecer palavras para esse filme, altamente catártico, intrigante e sufocante.
Mas já entrou no meu top 3 melhores do ano.
Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo
2.6 307 Assista AgoraZack Snyder assistiu os 7 Samurais do grande Kurosawa e resolveu pegar seus brinquedos pra brincar, o resultado é essa fanfic que mistura muita coisa que todo nerd gosta.
O jeitão Snyder ta lá e em coisas que nem faz sentido, cenas de slow motion aqui as vezes tiram a magia das trocações de tiros, as cenas de lutas tem uma péssima decupagem, com enquadramentos que tiram o impacto e nem procuram dar para o filme algum diferencial.
É mais um filme esquecível padrão do catalogo da Netflix.
O que pra mim é triste, no trailer parecia bem mais interessante, muito mais do que temos como produto final.
Loucas em Apuros
3.3 94Loucas em Apuros (Joy Ride) é leve, divertido, picante e tem um texto muito bem
com piadas acidas, com timing certo, um pouco de besteirol e personagens muito carismáticos.
A dosagem do nonsense está perfeita e o filme não tem medo de ser absurdo de determinados pontos. Seus pontos de viradas trazem drama e mudanças bruscas no rumo dessa historia. Consegue impactar e é bastante humano nesse ponto.
É uma road trip muito trabalhada na procura de si, resgatar suas origens e procurar o que realmente te faz feliz
tudo isso com diálogos precisos que visam evoluir e desenvolver a trama, sem procurar dar rodeios. É um filme direto ao ponto, que desenvolve as mulheres presentes na trama e construí um laço de amizade forte. Trazendo ainda questões sociais necessárias, sobre preconceitos e conflito de culturais, crise dos 30 anos em certos pontos e problemas com vocação.
No mais, é facilmente meu filme de comédia favorito desse ano.
Wonka
3.4 392 Assista AgoraDivertido, mágico e serve de escapismo para um mundo caótico e chato que estamos vivendo.
Paul King é um diretor com linguagem própria e faz um trabalho bastante equilibrado entre o lúdico e o bobo com o foco em deixar o público sonhar.
Roteiro leve, com seus pontos de virada bem aplicados e traz mensagem clara para o público.
Com teor de consciência de classe necessário.
Timothée esbanja carisma e sabe ser ator para musical.
A direção de arte desse filme é um deleite, assim como figurinos e efeitos visuais.
É um grande pipocão de fim de ano com todo direito de brilhar.
Resistência
3.3 266 Assista AgoraVisualmente impactante, com um enredo simples, mas bem amarrado e traz um discurso interessante de se pensar.
O diretor usa muito do que funcionou em rogue One no sentido de decupagem para estabelecer as cenas de ação, dando uma proporção em tela bastante impactante.
A Bailarina
3.2 85 Assista AgoraVi um muita influência estética da Trilogia da Vingança do Chan Wook Park neste filme, com adição dessa pegada John Wick, o filme se torna um pipocão bem feito. Não é inesquecível, mas é funcional e rapido.
Agente Stone
3.0 144 Assista AgoraSelo padrão Netflix de superficialidade, você assiste, se entretém na hora e quando sobe os créditos já cai no esquecimento.
Transformers: O Despertar das Feras
3.1 199 Assista AgoraÉ um filme de aventura bem feito e funcional, mas que acaba se tornando apenas mais um. Por mais que a saída de Bay da direção e a mudança de escopo tenham feito bem para a franquia. Sinto que ela perdeu a identidade e agora cai no famoso "genérico".
Nimona
4.1 234 Assista AgoraConhecia o quadrinho, mas nunca havia lido, talvez procure o material original, mas como animação gostei do conteúdo, ele usa a formula "Gigante de Ferro" outra animação que aborda temas como aceitação etc..
[/spoiler]
inclusive na resolução da historia, questão de sacrifício e desfecho aberto.
[spoiler]
Mas a construção de mundo é bem fantasiosa gostei da mistura "medieval" e futurista com carros voadores, o tempo de filme não aprofunda muito a questão da muralha, mas é o suficiente pra perceber que é sobre o medo do desconhecido e o filme todo é moldado sobre temas como preconceito, distorção de historia e aceitação.
Mas de modo geral é bem cativante, Nimona é uma personagem bem divertida que funciona muito, a classificação de 10 anos é bem utilizada, existe morte, mas não tem sangue e a narrativa ágil prende o publico do inicio ao fim.
Concluído, vale a pena assistir.
Brooklyn: Sem Pai Nem Mãe
3.3 97 Assista AgoraGostei da direção e atuação do Norton e como você as inspirações sendo utilizadas, lembra Chinatown e Operação França (principalmente a primeira cena), mas a cereja do bolo é estetica desse filme, gostou do jogo de luz e sombras, da coloração e da vibe que todos esses elementos passem de filmes filmados nos anos 60/70.
A trama é boa o suficiente pra fisgar, tem seus pontos de viradas e climax em momentos certos, no fim é um conteúdo que fez tudo certinho.
65: Ameaça Pré-Histórica
2.4 297 Assista AgoraSoninho.
Tin & Tina
2.6 178 Assista AgoraSéria melhor se fosse um curta metragem e não um longa, no ato final deu a impressão que se eu tivesse visto nos 20 min iniciais e os últimos 30 min o filme faria sentido e seria menos enrolado.
Esse filme me fez pensar que o plot do Stuart Little seria exatamente esse só que foram sensatos e adotaram o rato que era a melhor opção naquele momento.
Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes
3.6 511 Assista AgoraQue aventura bem escrita! Com muita referência ao RPG, mas sem querer levar as regras para câmeras sendo acessível e divertido para todos.
Com um elenco muito bem entrosado, diálogos ágeis que sempre buscam avançar com a história mantendo-se o humor sempre que pode, lembra Guardiões da galáxia.
É um filme de assalto e a direção trabalha exatamente isso com joguetes de câmeras, enquadramentos e planos ousados para manter o público vidrado o tempo todo.
Em suma, um blockbuster injustiçado que merecia mais atenção e ganhar sequências, pois fez por merecer.