Fiquei com vontade de assistir após a leitura da sinopse, sem nenhuma grande expectativa. Gostei muito da primeira metade, principalmente pela atuação na voz de Johnny Depp, que tem timbre, dicção e cadência bem agradáveis, parecendo a narração de um audiolivro.
Aliás, é utilizada uma metalinguagem de capítulos, como os de um livro, o que deixou a estrutura narrativa bem legal. Outro ponto interessante é que não sabemos muito da personalidade de Richard antes do diagnóstico. O filme parece fugir do clichê de enredos deste gênero, trazendo situações mais cotidianas e simplórias, bem realistas.
Já a segunda metade não me agradou muito, pois se torna um pouco previsível, ao menos para quem já assistiu "Sociedade dos Poetas Mortos" e "Antes de Partir".
Na cena final, há uma bela tomada aérea mas, para mim, era óbvio qual direção ele iria escolher... reforça a ideia de não vivermos de acordo com padrões, do que é imposto ou do que a sociedade espera que façamos
.
Filme recomendado para quem quiser ver algo um pouco diferente.
Em 2021, com a Pandemia da COVID-19, crise política, econômica, negacionistas e terraplanistas aos borbotões, a temática do filme parece distante, mas continua importante.
Não gosto de calor e percebi que a sensação térmica aumentou bastante na última década. Grande aumento de empreendimentos imobiliários (prédios) que afetam a circulação de ar. E a superpopulação deles com muitos veículos, causando não só prejuízo da poluição do ar e aquecimento, mas também enorme poluição sonora e conflitos de vizinhos, alguns bem violentos.
Aliás, a superpopulação causada por gravidez não planejada é um grande problema, não só pela emissão de carbono, mas também pelo colapso de hospitais, creches e escolas, além de agravar ainda mais o desemprego e aumentar a criminalidade.
O que chama muito atenção no documentário/filme são os aviões comerciais na Índia, com preços para atingir toda a população (que passa de bilhão). E também o evento do Furacão Katrina: "A maioria do exército estava em algum outro lugar do mundo. Iraque, Afeganistão".
Num país de terceiro mundo é bem difícil para muitas pessoas ter acesso à recursos e um modo de vida mais sustentável. Mas uma coisa que sempre me causou perplexidade foi a cultura do brasileiro médio, como a de rodízio de carnes em churrascarias. Pessoas comendo muito acima de suas necessidades, literalmente, passando mal de tanto comer. Grande desperdício, ao passo que muitos outros passam fome.
No campo dos eletrônicos e tecnologia, o que trouxe grande desgosto foi a Obsolescência Programada (o descarte e compra num curto espaço de tempo de um eletrônico que foi feito deliberadamente para estragar rápido ou que, mesmo não estragando, fica obsoleto por não suportar novos aplicativos).
Na linha deste documentário, recomendo os seguintes filmes e livros.
FILMES
- Cowspiracy - The Lightbulb Conspiracy - A Tragédia do Lixo Eletrônico - Idiocracia
LIVROS
- 10 bilhões (Stephen Emmot) - Não verás país nenhum (Ignácio de Loyola Brandão) - Sapiens (Yuval Noah Harari)
Sou fã do Danny Boyle (ele e o Nolan são meus diretores favoritos), sempre fico de olho para saber qual será seu próximo filme. À época desse, pensei: putz, que desperdício, um filme de biografia!
Depois de assistir Steve Jobs, não há como negar a qualidade impecável e excelente atuação dos atores. Ainda assim, prefiro ver filmes mais autorais, diferentes.
Aquele lance das projeções do foguete nas paredes enquanto ele falava é bem legal, mas aqui o Danny Boyle não inovou não... Já tinha visto isso no filme Adrenalina 1 ou 2, com o Jason Statham, hahaha
Acredito que seja o primeiro filme filmado e dirigido na Índia que assisto. Meio difícil falar, pois realmente é uma forma bem diferente de se fazer Cinema.
O motivo que me levou a assistir é o fato de ser baseado no roteiro de Amnésia, de Christopher Nolan. Enquanto assistia fiquei pensando: se este filme fosse dirigido por um diretor sul coreano (preservando elenco e locações indianos), com a parte musical apenas no final, acho que seria perfeito.
No geral, achei muito bem feito. Depois de assistir Quem Quer Ser Um Milionário, de Danny Boyle, fiquei curioso com o cinema de Bollywood. É meio difícil encarar as partes musicais (particularmente, nunca gostei das animações da Disney justamente por este motivo). Acho que elas são legais, mas o excesso tira um pouco o foco do filme. Imagino que assistir num cinema seja uma experiência mais completa. Em casa, é meio complicado nessas partes.
As câmeras aceleradas numas cenas de ação causam também um estranhamento, assim como a ausência de maior contato físico entre os personagens (ausência de beijos), o que não causa prejuízo na parte mais romântica e melosa, que descamba para a pieguice, mas não que seja demérito, parece ser mais o estilo indiano mesmo. Já na violência, não há desconto, o que causa um contraste ainda maior.
Dito isso, é um filme muito bem feito tecnicamente, sua estrutura narrativa é interessante, fugindo da montagem de Amnésia e inovando com
. Aliás, o filme tem algumas sacadas legais a respeito da perda de memória do personagem. Certa vez, vi uma entrevista de Aamir Khan falando sobre filmes mais "cerebrais" e "complexos" como os de Nolan. Ele deixa claro que não há exatamente uma limitação para isso em Bollywood, mas sim uma escolha para agradar o grande público (haja vista a população de mais de 1 bilhão na Índia!).
Agora, o que me causou espanto foi saber que, Ghajini (2008) não é um remake de Amnésia, mas sim de outro flime chamado Ghajini (2005), com basicamente, o mesmo elenco. Sempre me perguntei porque não há mais críticas e resenhas de filmes indianos no Ocidente, mas acho que um dos motivos é esse: Bollywood não é para amadores! Um remake, no mesmo País, num intervalo de 3 anos?! Imagine se, depois de lançar Tropa de Elite, em 2007, ao invés de fazerem uma continuação em 2010, fizessem um remake com Selton Mello como Capitão Nascimento... É mais ou menos por aí...
Em suma, por mais que possam ter pontos a serem criticados, o filme prende e é um bom entretenimento. Sua longa duração não irá causar sono, diferente de filmes como Transformers (em especial o 2) e afins.
Como assim? Me interessei em assistir Ghajini (2008) por saber que pegou como base o roteiro de Amnésia (Memento, 2000). Acabei de assistir o filme indiano e, ao pesquisar aqui, descubro que existe outro filme de 2005! Que doidera! Três anos depois fazer um remake, no mesmo País! Sempre me perguntei porque não haviam mais críticas e resenhas de filmes indianos no Ocidente e no Brasil, agora acho que está explicado, o negócio não é para amadores mesmo! Hahaha.
Fica a dúvida, o que virá primeiro: filme ou o evento? No livro "A magia da realidade" (Richard Dawkins), no capítulo sobre terremotos dizia (em 2011), que os cientistas esperavam que o grande terremoto ocorreria em cerca de 10 anos. 2011 + 10 = 2021...
Humm... Passei longe quando estreou nos cinemas, tenho quase certeza de que é uma bomba... Mas depois de ler o livro "A magia da realidade" (Richard Dawkins) fiquei com vontade de assistir! :-P *O livro tem um capítulo sobre terremotos e aborda a Falha de San Andreas.
Pense num filme ruim, multiplique por dois (o que esperar do diretor de "Cheque em Branco" também, hahaha)
Assisti novamente por uma certa nostalgia. Assisti este filme na escola, num dia que tinha aula vaga ou algo assim (nossa maravilhosa Escola Pública Brasileira!). Inventaram de alugar o VHS deste filme e assistimos em meados de 1999 ou 2000, numa TV de tubo de 20 polegadas.
Também estava com saudades de assistir filmes filmados em película, com mais efeitos práticos etc. Acho que este é filmado em película, mas seus efeitos sejam práticos ou digitais são péssimos. É muito mal feito. Os pontos positivos são mais pela nostalgia mesmo, pelas cores frias e aquele clima de chuva permanente como em "Blade Runner" (1982).
É interessante notar também a época do filme, também em 1999, foi lançado "Fim dos Dias", com Arnold Schwarzenegger (com trilha do Guns 'n Roses, hahaha... no Stigmata é do Billy Corgan, dos Smashing Pumpkins, tirem suas conclusões). E, incrivelmente, além de serem lançados no mesmo ano, ambos filmes contam com Gabriel Byrne!
Isso exemplifica os modismos de temática de filmes por década que, depois de um tempo saturam, mas podem voltar. Como aconteceu em 2012. Em 1998, foi "Armagedom" e "Impacto Profundo"... Em 1997, "O Inferno de Dante" e "Volcano: A Fúria". Em 1999, também tivemos dois filmes da Joana D'arc: que foram apelidados de a boa e a má. Eu aluguei a versão boazinha por engano, pensando ser a versão má(de Luc Besson, com Milla Jovovic), fui tapeado! HAHAHA.
O que este filme me ensinou: Quando pensar em propor, de brincadeira, algo tão estúpido que ninguém irá levar a sério, pense duas vezes. A estupidez e sordidez humanas são ilimitadas.
PS: Para quem gostou deste, recomendo "Ele está de volta", mesma vibe, com uma pegada Sci-Fi.
E para quem quiser ver Sacha Baron Cohen em um papel mais sério, recomendo "A Invenção de Hugo Cabret", dirigido por Martin Scorsese.
Excelente documentário. A cada dia que passa, aumenta minha admiração pelos quadrinhos europeus. Aqui, vemos o grande legado 2000 AD, não só em suas próprias publicações, mas o quanto de influência teve em filmes, assim como nos quadrinhos americanos, quando muitos de seus autores migraram para os EUA. Para quem quer ver uma estética que fuja de uniformes, capas e sempre contendo crítica social, tem na 2000 AD um prato cheio.
Temos também uma grande brincadeira com o título do filme, seja o original ou a tradução, mostrando como o "ideal" na teoria dá errado e as mesmas peças montadas de maneira "não-ideal" dá absurdamente certo.
É um grande exemplo de filme que sai do 8 ou 80 de muitos filmes com aquela dicotomia: ou dá tudo certo, com final feliz ou dá tudo errado num final desolador e triste. Algo que remete ao final emblemático de "Zorba, o Grego".
Traduz muito aquela ideia do martírio de buscar por aquilo que gostamos e queremos e a fluidez de gostar do que temos ou do que conseguimos, dentro de nossas possibilidades e das circunstâncias.
Um verdadeiro convite para abraçarmos um Caso com o Acaso (para usar um trocadilho com o nome do ótimo filme estrelado pela Gwyneth Paltrow).
---
*serendipidade
(se.ren.di.pi.da.de)
sf.
1. Descoberta feliz ou proveitosa, feita por acaso, muitas vezes quando se buscavam outras coisas, outros resultados
2. Circunstância favorável, capacidade ou tendência a fazer descobertas importantes ou felizes por acaso
[F.: Do ing. serendipity, cunhado pelo escritor Horace Walpole em 1754, inspirado no conto de fadas persa intitulado em inglês The three princes of Serendip.]
Um ótimo filme que cumpre dois papéis: recordar o passado e (tentar) prevenir o futuro; ao fim, resta a sensação de que a realidade é mais estranha que a ficção, infelizmente.
Depois de muitos anos, re-assisti e continua ótimo. Ação do começo ao fim, sem encheção de linguiça. Considero este filme uma continuação espiritual de O Fugitivo, com Harrison Ford.
Fato curioso: quando a namorada do Wesley Snipes vai pagar a conta dele no hospital, ela diz que com o tanto de impostos que eles pagam a saúde deveria ser de graça. Na vida real, Snipes foi preso por sonegar impostos. Em Mercenários 3, há uma piada sobre isso.
Ontem, assisti este filme pela 6ª vez eu acho... já perdi a conta. Assisti 3 vezes no cinema (a primeira, em 3D, uma merda) e mais 3 vezes em DVD. Obviamente, quero assistir em Blu-ray, mas me deu vontade também de ver aquela Black & Chrome Edition (que, a princípio, acho um caça-níqueis). Isso por conta daquelas cenas noturnas, com aquele preto e branco meio azulado, ao olhar para os olhos dos personagens vemos as cores roxas, laranjas das explosões, é um detalhe que não tinha reparado muito bem antes. Que filme!
Ótimo filme! Assisti quando passou na TV, um Super Cine. Tenho em DVD e fazia tempo que não assistia. Bem envolvente, mas desta vez duas coisas me incomodaram:
1) os "defeitos" especiais. As lutas de espada são muito boas, porém aqueles efeitos de alucinações com a Kirina são de doer... 2) Não lembrava que o Takeda era um puta de um sacana: ele usou o Racine como isca e, além disso, a galera do trem bala como boi de piranha! hahaha
Filmaço! Os comentários aqui sobre o filme estão muito bons. Ressalto apenas o diretor Jason Reitman, do qual acabo de virar fã e colocá-lo ao lado de nomes como Danny Boyle e Christopher Nolan. Ao terminar o filme, vi o nome do diretor e não reconheci. Quando chequei a filmografia e vi Obrigado Por Fumar e Amor Sem Escalas, quase caí para trás. E é difícil acreditar que o cara tem apenas 42 anos e já fez tanta coisa boa!
Excelente! John Carpenter não decepciona. Há 15 anos fizeram um remake com Ethan Hawke e Laurence Fishburne. Faz muito tempo que assisti, mas vi o original pela primeira vez hoje e o achei muito melhor! Duração perfeita e tudo vai se construindo organicamente no filme. Para quem gostou dessa narrativa, não deixe de assistir Encurralado (1971) de Steven Spielberg.
Já ia passando batido por este filme, quando vi uma recomendação do canal Central Pandora. Agradeço muito a eles, filmaço!
Uma pessoa aqui no Filmow comentou que é um filme com muitos diálogos, então você precisa ficar atento durante todo o filme. O aviso não deixa de ser válido, mas causa perplexidade sobre o ponto em que chegamos, onde boa parte das pessoas não conseguem ficar longe do celular por 1h30m. Triste realidade.
O filme prende do início ao fim, os personagens que "aparecem" apenas em voz, tem um timbre envolvente. O filme tem sua essência nisso: aproveitar ao máximo os recursos e linguagem utilizada.
Os tempos de tela preta, ainda que seja uma forma de contornar o orçamento, são uma grande homenagem à era de ouro do rádio, em que tinham histórias de ficção científica narradas (haja vista Orson Welles e A Guerra dos Mundos).
Além disso, traz um elemento que, cada vez mais vem sendo esvaziado de nossa cultura: o uso da imaginação não só na produção, mas também no consumo de mídias (que está mais restrito aos livros nos dias atuais).
The Vast of Night é um filme que convida o espectador a entrar em seu universo ao invés de jogar poluição visual e sonora em nossas caras.
Para quem gostou desse, recomendo O Dia Em Que A Terra Parou (1951).
Sim, estou aqui pela repercussão da morte de George Floyd. Demorei para assistir, mas foi numa hora propícia. Primeira coisa a frisar: que interpretação do Spike Lee! Não sabia que ele atuava e nunca tinha visto sua figura jovem, só soube nos créditos! A forma como ele frisa aquele olhar é algo marcante. Só pela discussão que gera, o filme tem seu mérito mas, visualmente e tecnicamente o filme é excelente também. Grande obra cinematográfica!
Sobre escolher lados: estou numa fase e humor que me permitem suspender essas dicotomias de certo/errado, bem/mal. Então, analiso tudo mais pelo binômio da causa e efeito.
Cada personagem tem seus valores e princípios. Assim como uma visão do que são seus direitos. Quando eles se imbricam uns com o dos outros, há uma reação em cadeia que leva a eventos extremos.
Basicamente (na minha visão de mundo), o filme mostra como é impossível uma situação harmônica e pacífica se todos, ao mesmo tempo, exigirem seus direitos e o que ocorre quando todos, ao mesmo tempo, não abrem mão nenhum milímetro de seus direitos.
Uma forma de minimizar isso, é uma visão meio yin e yang: exigir seu direito, mas deixar uma brecha para que o outro possa ter seu direito garantido e vice-versa. Essa brecha, é o diálogo, não exigir 100% de algo, quando 90% já basta etc. Precisa ser algo pendular, como uma onda no mar, que ora avança, ora recua.
Gostei. Em alguns momentos, a qualidade técnica quase lembra um filme para TV, mas com este não se confunde. O ponto alto é o enredo e umas sacadas do roteiro. São 3 horas, mas não achei cansativo. Sempre fiquei tentando imaginar a narrativa de um livro (foi adaptação de um, se tiver em português, quero ler). Essa duração longa é necessária para dar o tom da proporção que pequenas coisas tomam. O ufanismo é duro de engolir, mas se encaixa no universo do filme e cultura americana. A mensagem final, num tom de metáfora é bem recompensadora. O ponto mais fraco são cenas e finais de falas previsíveis. Recomendo.
Experiência interessante re-assistir o filme no isolamento do COVID-19, achei que poderia ser um tanto deprimente, mas foi "OK". Recomendo. Filmaço de Terry Gilliam. Para quem quiser algo na mesma linha, porém bem mais pesado, veja "Brazil" (1985).
Nem sabia desse quarto filme. O primeiro Matrix foi algo revolucionário, foi uma pena não ter visto no Cinema. O maior erro das continuações, ao meu ver, foi trocar o efeito de câmeras do bullet time por aqueles bonecos em CG horrívieis, aquilo deixou tudo muito artificial e datado. O 2 tem alguns diálogos legais, o 3 tem um mechas bacanas. Como não tenho nenhum apego pela franquia, acredito que possa até sair algo legal, com esse novo visual do Keanu Reeves, uma pegada daquele jogo Cyberpunk 2077.
O Professor
3.2 128 Assista AgoraFiquei com vontade de assistir após a leitura da sinopse, sem nenhuma grande expectativa. Gostei muito da primeira metade, principalmente pela atuação na voz de Johnny Depp, que tem timbre, dicção e cadência bem agradáveis, parecendo a narração de um audiolivro.
Aliás, é utilizada uma metalinguagem de capítulos, como os de um livro, o que deixou a estrutura narrativa bem legal. Outro ponto interessante é que não sabemos muito da personalidade de Richard antes do diagnóstico. O filme parece fugir do clichê de enredos deste gênero, trazendo situações mais cotidianas e simplórias, bem realistas.
Já a segunda metade não me agradou muito, pois se torna um pouco previsível, ao menos para quem já assistiu "Sociedade dos Poetas Mortos" e "Antes de Partir".
Na cena final, há uma bela tomada aérea mas, para mim, era óbvio qual direção ele iria escolher... reforça a ideia de não vivermos de acordo com padrões, do que é imposto ou do que a sociedade espera que façamos
Filme recomendado para quem quiser ver algo um pouco diferente.
A Era da Estupidez
3.8 31 Assista AgoraEm 2021, com a Pandemia da COVID-19, crise política, econômica, negacionistas e terraplanistas aos borbotões, a temática do filme parece distante, mas continua importante.
Não gosto de calor e percebi que a sensação térmica aumentou bastante na última década. Grande aumento de empreendimentos imobiliários (prédios) que afetam a circulação de ar. E a superpopulação deles com muitos veículos, causando não só prejuízo da poluição do ar e aquecimento, mas também enorme poluição sonora e conflitos de vizinhos, alguns bem violentos.
Aliás, a superpopulação causada por gravidez não planejada é um grande problema, não só pela emissão de carbono, mas também pelo colapso de hospitais, creches e escolas, além de agravar ainda mais o desemprego e aumentar a criminalidade.
O que chama muito atenção no documentário/filme são os aviões comerciais na Índia, com preços para atingir toda a população (que passa de bilhão). E também o evento do Furacão Katrina: "A maioria do exército estava em algum outro lugar do mundo. Iraque, Afeganistão".
Num país de terceiro mundo é bem difícil para muitas pessoas ter acesso à recursos e um modo de vida mais sustentável. Mas uma coisa que sempre me causou perplexidade foi a cultura do brasileiro médio, como a de rodízio de carnes em churrascarias. Pessoas comendo muito acima de suas necessidades, literalmente, passando mal de tanto comer. Grande desperdício, ao passo que muitos outros passam fome.
No campo dos eletrônicos e tecnologia, o que trouxe grande desgosto foi a Obsolescência Programada (o descarte e compra num curto espaço de tempo de um eletrônico que foi feito deliberadamente para estragar rápido ou que, mesmo não estragando, fica obsoleto por não suportar novos aplicativos).
Na linha deste documentário, recomendo os seguintes filmes e livros.
FILMES
- Cowspiracy
- The Lightbulb Conspiracy
- A Tragédia do Lixo Eletrônico
- Idiocracia
LIVROS
- 10 bilhões (Stephen Emmot)
- Não verás país nenhum (Ignácio de Loyola Brandão)
- Sapiens (Yuval Noah Harari)
Steve Jobs
3.5 591 Assista AgoraSou fã do Danny Boyle (ele e o Nolan são meus diretores favoritos), sempre fico de olho para saber qual será seu próximo filme. À época desse, pensei: putz, que desperdício, um filme de biografia!
Depois de assistir Steve Jobs, não há como negar a qualidade impecável e excelente atuação dos atores. Ainda assim, prefiro ver filmes mais autorais, diferentes.
Aquele lance das projeções do foguete nas paredes enquanto ele falava é bem legal, mas aqui o Danny Boyle não inovou não... Já tinha visto isso no filme Adrenalina 1 ou 2, com o Jason Statham, hahaha
Ghajini
4.0 27 Assista AgoraAcredito que seja o primeiro filme filmado e dirigido na Índia que assisto. Meio difícil falar, pois realmente é uma forma bem diferente de se fazer Cinema.
O motivo que me levou a assistir é o fato de ser baseado no roteiro de Amnésia, de Christopher Nolan. Enquanto assistia fiquei pensando: se este filme fosse dirigido por um diretor sul coreano (preservando elenco e locações indianos), com a parte musical apenas no final, acho que seria perfeito.
No geral, achei muito bem feito. Depois de assistir Quem Quer Ser Um Milionário, de Danny Boyle, fiquei curioso com o cinema de Bollywood. É meio difícil encarar as partes musicais (particularmente, nunca gostei das animações da Disney justamente por este motivo). Acho que elas são legais, mas o excesso tira um pouco o foco do filme. Imagino que assistir num cinema seja uma experiência mais completa. Em casa, é meio complicado nessas partes.
As câmeras aceleradas numas cenas de ação causam também um estranhamento, assim como a ausência de maior contato físico entre os personagens (ausência de beijos), o que não causa prejuízo na parte mais romântica e melosa, que descamba para a pieguice, mas não que seja demérito, parece ser mais o estilo indiano mesmo. Já na violência, não há desconto, o que causa um contraste ainda maior.
Dito isso, é um filme muito bem feito tecnicamente, sua estrutura narrativa é interessante, fugindo da montagem de Amnésia e inovando com
flashbacks através da leitura de diários
Agora, o que me causou espanto foi saber que, Ghajini (2008) não é um remake de Amnésia, mas sim de outro flime chamado Ghajini (2005), com basicamente, o mesmo elenco. Sempre me perguntei porque não há mais críticas e resenhas de filmes indianos no Ocidente, mas acho que um dos motivos é esse: Bollywood não é para amadores! Um remake, no mesmo País, num intervalo de 3 anos?! Imagine se, depois de lançar Tropa de Elite, em 2007, ao invés de fazerem uma continuação em 2010, fizessem um remake com Selton Mello como Capitão Nascimento... É mais ou menos por aí...
Em suma, por mais que possam ter pontos a serem criticados, o filme prende e é um bom entretenimento. Sua longa duração não irá causar sono, diferente de filmes como Transformers (em especial o 2) e afins.
Ghajini
3.8 2 Assista AgoraComo assim? Me interessei em assistir Ghajini (2008) por saber que pegou como base o roteiro de Amnésia (Memento, 2000). Acabei de assistir o filme indiano e, ao pesquisar aqui, descubro que existe outro filme de 2005! Que doidera! Três anos depois fazer um remake, no mesmo País! Sempre me perguntei porque não haviam mais críticas e resenhas de filmes indianos no Ocidente e no Brasil, agora acho que está explicado, o negócio não é para amadores mesmo! Hahaha.
San Andreas 2
3.1 3Fica a dúvida, o que virá primeiro: filme ou o evento? No livro "A magia da realidade" (Richard Dawkins), no capítulo sobre terremotos dizia (em 2011), que os cientistas esperavam que o grande terremoto ocorreria em cerca de 10 anos. 2011 + 10 = 2021...
Terremoto: A Falha de San Andreas
3.0 1,0K Assista AgoraHumm... Passei longe quando estreou nos cinemas, tenho quase certeza de que é uma bomba... Mas depois de ler o livro "A magia da realidade" (Richard Dawkins) fiquei com vontade de assistir! :-P *O livro tem um capítulo sobre terremotos e aborda a Falha de San Andreas.
Stigmata
3.4 464 Assista AgoraPense num filme ruim, multiplique por dois (o que esperar do diretor de "Cheque em Branco" também, hahaha)
Assisti novamente por uma certa nostalgia. Assisti este filme na escola, num dia que tinha aula vaga ou algo assim (nossa maravilhosa Escola Pública Brasileira!). Inventaram de alugar o VHS deste filme e assistimos em meados de 1999 ou 2000, numa TV de tubo de 20 polegadas.
Também estava com saudades de assistir filmes filmados em película, com mais efeitos práticos etc. Acho que este é filmado em película, mas seus efeitos sejam práticos ou digitais são péssimos. É muito mal feito. Os pontos positivos são mais pela nostalgia mesmo, pelas cores frias e aquele clima de chuva permanente como em "Blade Runner" (1982).
É interessante notar também a época do filme, também em 1999, foi lançado "Fim dos Dias", com Arnold Schwarzenegger (com trilha do Guns 'n Roses, hahaha... no Stigmata é do Billy Corgan, dos Smashing Pumpkins, tirem suas conclusões). E, incrivelmente, além de serem lançados no mesmo ano, ambos filmes contam com Gabriel Byrne!
Isso exemplifica os modismos de temática de filmes por década que, depois de um tempo saturam, mas podem voltar. Como aconteceu em 2012. Em 1998, foi "Armagedom" e "Impacto Profundo"... Em 1997, "O Inferno de Dante" e "Volcano: A Fúria". Em 1999, também tivemos dois filmes da Joana D'arc: que foram apelidados de a boa e a má. Eu aluguei a versão boazinha por engano, pensando ser a versão má(de Luc Besson, com Milla Jovovic), fui tapeado! HAHAHA.
Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista AgoraSe o final de "Faça a Coisa Certa" já era uma pedrada, este então é um guindaste demolindo um prédio!
Um filme não muito conhecido sobre tensões raciais que recomendo é "Desafio no Bronx", dirigido pelo Robert De Niro.
Borat: Fita de Cinema Seguinte
3.6 551 Assista AgoraO que este filme me ensinou: Quando pensar em propor, de brincadeira, algo tão estúpido que ninguém irá levar a sério, pense duas vezes. A estupidez e sordidez humanas são ilimitadas.
PS: Para quem gostou deste, recomendo "Ele está de volta", mesma vibe, com uma pegada Sci-Fi.
E para quem quiser ver Sacha Baron Cohen em um papel mais sério, recomendo "A Invenção de Hugo Cabret", dirigido por Martin Scorsese.
Future Shock! The Story Of 2000AD
4.1 2Excelente documentário. A cada dia que passa, aumenta minha admiração pelos quadrinhos europeus. Aqui, vemos o grande legado 2000 AD, não só em suas próprias publicações, mas o quanto de influência teve em filmes, assim como nos quadrinhos americanos, quando muitos de seus autores migraram para os EUA. Para quem quer ver uma estética que fuja de uniformes, capas e sempre contendo crítica social, tem na 2000 AD um prato cheio.
Tudo Pode Dar Certo
4.0 1,1KResumindo o filme (e a forma como o descobri) em uma palavra: Serendipidade!*
Segundo filme do Woody Allen que assisto; o primeiro foi o ótimo "Meia-Noite Em Paris" (altamente recomendado para quem gosta de literatura).
Neste "Tudo Pode Dar Certo", temos diálogos com forte crítica social, alta carga de niilismo bem-humorado, com quebra da quarta parede.
Temos também uma grande brincadeira com o título do filme, seja o original ou a tradução, mostrando como o "ideal" na teoria dá errado e as mesmas peças montadas de maneira "não-ideal" dá absurdamente certo.
É um grande exemplo de filme que sai do 8 ou 80 de muitos filmes com aquela dicotomia: ou dá tudo certo, com final feliz ou dá tudo errado num final desolador e triste. Algo que remete ao final emblemático de "Zorba, o Grego".
Traduz muito aquela ideia do martírio de buscar por aquilo que gostamos e queremos e a fluidez de gostar do que temos ou do que conseguimos, dentro de nossas possibilidades e das circunstâncias.
Um verdadeiro convite para abraçarmos um Caso com o Acaso (para usar um trocadilho com o nome do ótimo filme estrelado pela Gwyneth Paltrow).
---
*serendipidade
(se.ren.di.pi.da.de)
sf.
1. Descoberta feliz ou proveitosa, feita por acaso, muitas vezes quando se buscavam outras coisas, outros resultados
2. Circunstância favorável, capacidade ou tendência a fazer descobertas importantes ou felizes por acaso
[F.: Do ing. serendipity, cunhado pelo escritor Horace Walpole em 1754, inspirado no conto de fadas persa intitulado em inglês The three princes of Serendip.]
O Ovo da Serpente
4.0 130Um ótimo filme que cumpre dois papéis: recordar o passado e (tentar) prevenir o futuro; ao fim, resta a sensação de que a realidade é mais estranha que a ficção, infelizmente.
Energia Pura
3.7 211Filme bonito e sincero.
U.S. Marshals: Os Federais
3.4 157 Assista AgoraDepois de muitos anos, re-assisti e continua ótimo. Ação do começo ao fim, sem encheção de linguiça. Considero este filme uma continuação espiritual de O Fugitivo, com Harrison Ford.
Fato curioso: quando a namorada do Wesley Snipes vai pagar a conta dele no hospital, ela diz que com o tanto de impostos que eles pagam a saúde deveria ser de graça. Na vida real, Snipes foi preso por sonegar impostos. Em Mercenários 3, há uma piada sobre isso.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraOntem, assisti este filme pela 6ª vez eu acho... já perdi a conta. Assisti 3 vezes no cinema (a primeira, em 3D, uma merda) e mais 3 vezes em DVD. Obviamente, quero assistir em Blu-ray, mas me deu vontade também de ver aquela Black & Chrome Edition (que, a princípio, acho um caça-níqueis). Isso por conta daquelas cenas noturnas, com aquele preto e branco meio azulado, ao olhar para os olhos dos personagens vemos as cores roxas, laranjas das explosões, é um detalhe que não tinha reparado muito bem antes. Que filme!
Marcado Para Morrer
3.1 26Ótimo filme! Assisti quando passou na TV, um Super Cine. Tenho em DVD e fazia tempo que não assistia. Bem envolvente, mas desta vez duas coisas me incomodaram:
1) os "defeitos" especiais. As lutas de espada são muito boas, porém aqueles efeitos de alucinações com a Kirina são de doer... 2) Não lembrava que o Takeda era um puta de um sacana: ele usou o Racine como isca e, além disso, a galera do trem bala como boi de piranha! hahaha
Tully
3.9 562 Assista AgoraFilmaço! Os comentários aqui sobre o filme estão muito bons. Ressalto apenas o diretor Jason Reitman, do qual acabo de virar fã e colocá-lo ao lado de nomes como Danny Boyle e Christopher Nolan. Ao terminar o filme, vi o nome do diretor e não reconheci. Quando chequei a filmografia e vi Obrigado Por Fumar e Amor Sem Escalas, quase caí para trás. E é difícil acreditar que o cara tem apenas 42 anos e já fez tanta coisa boa!
Assalto à 13ª DP
3.7 83Excelente! John Carpenter não decepciona. Há 15 anos fizeram um remake com Ethan Hawke e Laurence Fishburne. Faz muito tempo que assisti, mas vi o original pela primeira vez hoje e o achei muito melhor! Duração perfeita e tudo vai se construindo organicamente no filme. Para quem gostou dessa narrativa, não deixe de assistir Encurralado (1971) de Steven Spielberg.
A Vastidão da Noite
3.5 575 Assista AgoraJá ia passando batido por este filme, quando vi uma recomendação do canal Central Pandora. Agradeço muito a eles, filmaço!
Uma pessoa aqui no Filmow comentou que é um filme com muitos diálogos, então você precisa ficar atento durante todo o filme. O aviso não deixa de ser válido, mas causa perplexidade sobre o ponto em que chegamos, onde boa parte das pessoas não conseguem ficar longe do celular por 1h30m. Triste realidade.
O filme prende do início ao fim, os personagens que "aparecem" apenas em voz, tem um timbre envolvente. O filme tem sua essência nisso: aproveitar ao máximo os recursos e linguagem utilizada.
Os tempos de tela preta, ainda que seja uma forma de contornar o orçamento, são uma grande homenagem à era de ouro do rádio, em que tinham histórias de ficção científica narradas (haja vista Orson Welles e A Guerra dos Mundos).
Além disso, traz um elemento que, cada vez mais vem sendo esvaziado de nossa cultura: o uso da imaginação não só na produção, mas também no consumo de mídias (que está mais restrito aos livros nos dias atuais).
The Vast of Night é um filme que convida o espectador a entrar em seu universo ao invés de jogar poluição visual e sonora em nossas caras.
Para quem gostou desse, recomendo O Dia Em Que A Terra Parou (1951).
Faça a Coisa Certa
4.2 398Sim, estou aqui pela repercussão da morte de George Floyd. Demorei para assistir, mas foi numa hora propícia. Primeira coisa a frisar: que interpretação do Spike Lee! Não sabia que ele atuava e nunca tinha visto sua figura jovem, só soube nos créditos! A forma como ele frisa aquele olhar é algo marcante. Só pela discussão que gera, o filme tem seu mérito mas, visualmente e tecnicamente o filme é excelente também. Grande obra cinematográfica!
Sobre escolher lados: estou numa fase e humor que me permitem suspender essas dicotomias de certo/errado, bem/mal. Então, analiso tudo mais pelo binômio da causa e efeito.
Cada personagem tem seus valores e princípios. Assim como uma visão do que são seus direitos. Quando eles se imbricam uns com o dos outros, há uma reação em cadeia que leva a eventos extremos.
Basicamente (na minha visão de mundo), o filme mostra como é impossível uma situação harmônica e pacífica se todos, ao mesmo tempo, exigirem seus direitos e o que ocorre quando todos, ao mesmo tempo, não abrem mão nenhum milímetro de seus direitos.
Uma forma de minimizar isso, é uma visão meio yin e yang: exigir seu direito, mas deixar uma brecha para que o outro possa ter seu direito garantido e vice-versa. Essa brecha, é o diálogo, não exigir 100% de algo, quando 90% já basta etc. Precisa ser algo pendular, como uma onda no mar, que ora avança, ora recua.
O Mensageiro
3.1 72 Assista AgoraGostei. Em alguns momentos, a qualidade técnica quase lembra um filme para TV, mas com este não se confunde. O ponto alto é o enredo e umas sacadas do roteiro. São 3 horas, mas não achei cansativo. Sempre fiquei tentando imaginar a narrativa de um livro (foi adaptação de um, se tiver em português, quero ler). Essa duração longa é necessária para dar o tom da proporção que pequenas coisas tomam. O ufanismo é duro de engolir, mas se encaixa no universo do filme e cultura americana. A mensagem final, num tom de metáfora é bem recompensadora. O ponto mais fraco são cenas e finais de falas previsíveis. Recomendo.
Os 12 Macacos
3.9 1,1K Assista Agora"James Cole... liberado da quarentena".
Enquanto isso, no mundo real... :-)
Experiência interessante re-assistir o filme no isolamento do COVID-19, achei que poderia ser um tanto deprimente, mas foi "OK". Recomendo. Filmaço de Terry Gilliam. Para quem quiser algo na mesma linha, porém bem mais pesado, veja "Brazil" (1985).
Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista AgoraNem sabia desse quarto filme. O primeiro Matrix foi algo revolucionário, foi uma pena não ter visto no Cinema. O maior erro das continuações, ao meu ver, foi trocar o efeito de câmeras do bullet time por aqueles bonecos em CG horrívieis, aquilo deixou tudo muito artificial e datado. O 2 tem alguns diálogos legais, o 3 tem um mechas bacanas. Como não tenho nenhum apego pela franquia, acredito que possa até sair algo legal, com esse novo visual do Keanu Reeves, uma pegada daquele jogo Cyberpunk 2077.