Documentário que deveria ser obrigatório nas aulas de História do Brasil. Altamente comprometido com o que de fato aconteceu no Golpe de 64. Ouvindo os dois lados do golpe. Destrinchando meticulosamente a participação do governo norte-americano no golpe e no pós-golpe.
A ironia da História fica por conta da mobilização militar. Golpearam para evitar uma ditadura comunista (que só eles viam ser insurgida por Jango) e legitimaram uma ditadura pelo "bem da democracia". É impossível assistir ao doc e não ter a certeza de que os anos de chumbo contribuíram diretamente para o atraso do desenvolvimento sócio-econômico no Brasil.
Quem disse que um roteiro previsível não pode ser bom? Walter Mitty mostra que não só é possível como é capaz fazer mais. Prende o espectador e transmite intensamente tudo que o roteirista e o diretor querem passar. Não sei como Ben Stiller perdeu tempo fazendo tanta coisa duvidosa na carreira!
Direção de arte e Fotografia magníficas. Trilha sonora viciante, que toca na alma, daquela que faz você cantar junto em alguns momentos e só se arrepiar em outros. Direção sensível. Indiscutivelmente, Stiller soube dosar os momentos de drama com toques cômicos sem causar estranhamento, sem fazer com que você percebesse que tinha algo fora do lugar. Particularmente não gosto de Stiller como ator, mas no filme ele soube conduzir o personagem convincentemente.
Foda mesmo, só Sean Penn. Mesmo fazendo só uma "ponta" no filme, consegue ser brilhante e ofuscar Stiller.
Há em A Vida Secreta de Walter Mitty, de Ben Stiller, essencialmente algo que é sensível em Na Natureza Selvagem, de Sean Penn. O que me faz crer que a presença de Penn no elenco não é por acaso...
É um filme de Peter Jackson. Basta. Mas sofre do mesmo mal do primeiro da trilogia O Hobbit, do qual também deve sofrer o terceiro. É pouca história pra muito filme. Isso fica claro na oscilação da trama. Momentos arrebatadores, de pregar você na poltrona, e diálogos enfadonhos e tomadas que fazem bater um sono se alternando ao logo do filme. Problema que não foi visto na trilogia O Senhor dos Anéis, quando era muita história pra poucos filmes. Cada cena tinha relevância no contexto geral.
Poucos filmes conseguem resumir tão bem sua essência em seu título. Biutiful, inevitavelmente, é um deles. Poucos diretores têm a sensibilidade de Iñárritu, é impossível assistir a Biutiful e não sentir a garganta apertar. Singelo e extremamente tocante.
Blomkamp, sulafricano e testemunha da desigualdade social e racial vigente no país dele (muito semelhante a nossa no Brasil), conseguiu mais uma vez imprimir uma crítica aos paradigmas que sustentam a sociedade "ocidental". O filme todo suscita uma única questão: a capacidade que os ricos têm de melhorar as condições dos pobres, mas não o fazem para não perderem privilégios (ou status).
Confesso que fiquei temeroso, acreditando que por se tratar agora de uma produção hollywoodiana, Blomkamp aliviasse nas críticas sociais, latentes em Distrito 9. Mas o diretor e roteirista foi certeiro e repetiu a dose no quesito. É possível prever um novo grande diretor surgindo. O ponto negativo fica pela atuação até discreta de Damon. Um contraponto aos ótimos momentos de Moura no filme.
O Dia que Durou 21 Anos
4.3 226Documentário que deveria ser obrigatório nas aulas de História do Brasil. Altamente comprometido com o que de fato aconteceu no Golpe de 64. Ouvindo os dois lados do golpe. Destrinchando meticulosamente a participação do governo norte-americano no golpe e no pós-golpe.
A ironia da História fica por conta da mobilização militar. Golpearam para evitar uma ditadura comunista (que só eles viam ser insurgida por Jango) e legitimaram uma ditadura pelo "bem da democracia". É impossível assistir ao doc e não ter a certeza de que os anos de chumbo contribuíram diretamente para o atraso do desenvolvimento sócio-econômico no Brasil.
A Vida Secreta de Walter Mitty
3.8 2,0K Assista AgoraQuem disse que um roteiro previsível não pode ser bom? Walter Mitty mostra que não só é possível como é capaz fazer mais. Prende o espectador e transmite intensamente tudo que o roteirista e o diretor querem passar. Não sei como Ben Stiller perdeu tempo fazendo tanta coisa duvidosa na carreira!
Direção de arte e Fotografia magníficas. Trilha sonora viciante, que toca na alma, daquela que faz você cantar junto em alguns momentos e só se arrepiar em outros. Direção sensível. Indiscutivelmente, Stiller soube dosar os momentos de drama com toques cômicos sem causar estranhamento, sem fazer com que você percebesse que tinha algo fora do lugar. Particularmente não gosto de Stiller como ator, mas no filme ele soube conduzir o personagem convincentemente.
Foda mesmo, só Sean Penn. Mesmo fazendo só uma "ponta" no filme, consegue ser brilhante e ofuscar Stiller.
Há em A Vida Secreta de Walter Mitty, de Ben Stiller, essencialmente algo que é sensível em Na Natureza Selvagem, de Sean Penn. O que me faz crer que a presença de Penn no elenco não é por acaso...
O Hobbit: A Desolação de Smaug
4.0 2,5K Assista AgoraÉ um filme de Peter Jackson. Basta. Mas sofre do mesmo mal do primeiro da trilogia O Hobbit, do qual também deve sofrer o terceiro. É pouca história pra muito filme. Isso fica claro na oscilação da trama. Momentos arrebatadores, de pregar você na poltrona, e diálogos enfadonhos e tomadas que fazem bater um sono se alternando ao logo do filme. Problema que não foi visto na trilogia O Senhor dos Anéis, quando era muita história pra poucos filmes. Cada cena tinha relevância no contexto geral.
Biutiful
4.0 1,1KPoucos filmes conseguem resumir tão bem sua essência em seu título. Biutiful, inevitavelmente, é um deles. Poucos diretores têm a sensibilidade de Iñárritu, é impossível assistir a Biutiful e não sentir a garganta apertar. Singelo e extremamente tocante.
Febre do Rato
4.0 657Poesia em forma de cinema. Filme esplendoroso. Atuação magistral de Irandhir Santos. Direção fantástica de Cláudio Assis.
Elysium
3.3 2,0K Assista AgoraBlomkamp, sulafricano e testemunha da desigualdade social e racial vigente no país dele (muito semelhante a nossa no Brasil), conseguiu mais uma vez imprimir uma crítica aos paradigmas que sustentam a sociedade "ocidental". O filme todo suscita uma única questão: a capacidade que os ricos têm de melhorar as condições dos pobres, mas não o fazem para não perderem privilégios (ou status).
Confesso que fiquei temeroso, acreditando que por se tratar agora de uma produção hollywoodiana, Blomkamp aliviasse nas críticas sociais, latentes em Distrito 9. Mas o diretor e roteirista foi certeiro e repetiu a dose no quesito. É possível prever um novo grande diretor surgindo. O ponto negativo fica pela atuação até discreta de Damon. Um contraponto aos ótimos momentos de Moura no filme.