Um cretino se revela cedo ou tarde, quando a ocasião é propícia. Dix não era o assassino, mas não deixava de ser um cretino. Ou poderia cometer um crime daqueles futuramente, acho que é isso que o filme mostra. No livro em que ele é baseado ele é realmente o assassino. Gostei do filme por ter trabalhado o personagem desta forma, um protagonista que não era vilão tampouco herói. Uma abordagem mais "realista" pra um noir. Mas não consegui achar essas coisas todas como algumas críticas. Com exceção das atuações que são ótimas tanto do Humphrey Bogart (que costuma ser canastrão) quanto da Gloria Grahame.
O filme gerou o termo "gaslighting" usado hoje pra designar o tipo de violência moral e psicológica que alguns homens cometem contra mulheres, fazendo-as sentirem-se culpadas por algo quando na verdade estão sendo vítimas. Muito interessante por ter tratado disso, que é algo que ocorre em muitos relacionamentos abusivos.
Primeiro Oscar da Ingrid Bergman, que também ganhou o Globo de Ouro, e nem preciso dizer, ambos merecidíssimos. O filme é ela.
Que filme lindo. Direção de arte fantástica e visualmente muito sensual, gótico, que me lembrou aquela pintura "The Nightmare", de 1781. Me remeteu um pouco também ao premiado "A Colina Escarlate", do Guillermo del Toro. Mas achei esse aqui até mais interessante, que não fez o mesmo sucesso provavelmente por ser independente. Não entendo mais as avaliações dos sites como Imdb e Filmow, as pessoas dão notas altas pra uns enlatados ruins e avaliam mal filmes como este. Acho que ficaram mimados e esperam sempre algum filme que cause uns sustos baratos e perdem as sutilezas.
Ps. E essa atriz Charlotte Vega foi uma grata surpresa, além de linda, muito boa (me lembrou várias vezes a Marjorie Estiano), espero vê-la mais em outras produções.
Não é a melhor obra do Fatih Akin, mas é um bom drama. Só achei o final um pouco inverossímil, principalmente no que tange a facilidade em se fazer uma bomba e explodir pessoas. Atuação incrível da Diane Kruger (que faz tempo merecia algum prêmio importante, pois além de linda é ótima atriz, e desta vez foi, sendo agraciada em Cannes). Filme tenso e angustiante, desde os acontecimentos até a frieza e impessoalidade da "Justiça".
Eu achei a premissa interessante, mas o filme é conduzido como não se levasse a sério, meio trash, foi o que não gostei. Mesmo a intenção sendo claramente de humor negro, poderia ter sido melhor.
Tenho por hábito ver um filme sem ver trailer nem ler sinopses ou muitas informações a respeito, pra que isso não interfira na apreciação da obra, e só depois vou procurar saber. Quando terminei de assistir a esse, alguma coisa me lembrava "Primavera", que foi um dos melhores filmes do gênero que vi nos últimos tempos, aí descobri que era dos mesmos realizadores, a dupla Justin Benson e Aaron Moorhead, que aqui também atuam como os dois personagens protagonistas com os mesmos nomes, e que a partir de agora se tornaram oficialmente meus cineastas independentes preferidos do gênero terror/sci-fi. Incrível a inventividade e originalidade deles. "O Culto" parece ter saído de algum sonho, ou melhor, um pesadelo. Não da pra dizer que entendi completamente, mas só o fato de ter embaralhado minha mente já é algo que aprecio. Agora ficarei sempre de olho e esperando por mais coisas deles. Não entendo como eles sejam tão desconhecidos nem tenham sido levados ainda pro cinema comercial, deixam muitos cineastas autorais famosos do gênero pra trás.
eles não escaparam como pensaram, mas que o loop deles demorava mais tempo, e que a "fuga" fazia parte dele, tanto que no final todos ficam olhando pra estrada em que eles foram embora como quem dizem "já vimos isso antes"...
Depois que fui saber que é do mesmo diretor de "Martyrs", que adoro, acho muito original e um marco no cinema do gênero. Este não achei o mesmo nem gostei tanto, algumas coisas lembram "Martyrs" inclusive, e também me lembrou remotamente (faz tempo que vi então não sei se tem algo a ver mesmo) o coreano "A Tale of Two Sisters". Outra coisa que me fez desgostar foi achar muita forçação de barra os vilões serem obcecados por bonecas, e a tia de quem elas herdam a casa também. Fora isso, gostei da homenagem ao Lovecraft. E tenho de admitir que fizeram uma vilã odiável, o tempo todo queria matar aquela mulher, mais até que o troglodita. Detalhe pra participação especial da cantora Mylène Farmer no papel da mãe. Os filmes de terror canadenses e franceses costumam ser mais originais que os de Hollywood, mas esse infelizmente deixou a desejar.
Que atuações da Frances e do Sam Rockwell, este poderia ter concorrido na categoria de melhor ator na minha opinião, e a de coadjuvante ficado apenas para o Woody Harrelson. Ambos Oscar merecido. Depois que vi fui pesquisar e vi uma polêmica e um debate meio bizarro de racismo no filme. Sério? As pessoas realmente tão viajando hoje em dia nesses assuntos. Fiquei com uma dúvida que foi o que tentei pesquisar mas não encontrei uma resposta. Afinal aquele cara era ou não o culpado?
no final dá a entender que a criatura só aparece durante a noite, tanto que o amanhecer parece ter salvo o Luke, mas sendo que em duas partes durante o filme a criatura "aparece" durante o dia...
Fora isso, um bom filme de terror, embora ache que o final poderia ter sido melhor. Me lembrou outro filme de terror independente britânico que lida com um assunto semelhante, chamado "Kill List", de 2011.
Não adianta muito reclamar da história ou do desfecho, pois é a adaptação de um romance, mas a execução deixa um pouco a impressão de que poderia ter sido melhor realizado, mas é o estilo de filme que adoro. Pra rever algum dia.
Que filme incrível. Não é à toa que ninguém menos que Steven Soderbergh está envolvido nele. Considero um filme "dois em um". Tem a parte de entretenimento, com o suspense em torno do stalkeador, mas pra mim a mais perturbadora e angustiante é a parte kafkiana da história: o terror psicológico com a personagem lutando pra provar que é sã contra todo esse sistema corporativo e burocrático que rege o mundo. Uma baita crítica. Nem o final com tudo sendo desvendado e voltando à "ordem" consegue nos acalmar e aplacar essa sensação de medo e de impotência que o filme nos desperta. Só sei de uma coisa, nunca mais direi a ninguém que tenho pensamentos suicidas (na verdade nunca tive, sabe...).
Ps. Atuação incrível da Claire Foy. Nunca vi a série The Crown, mas agora fiquei com vontade só por ela.
Sempre duvido um pouco desses filmes que começam com a frase "inspirado em fatos reais", mas o que mais gostei nesse foi que realmente (depois de assistir fui pesquisar) o contexto histórico e fatos mostrados (tirando claro as assombrações, ou não) são mesmo verídicos. Me pergunto como não tinham pensado em adaptar essa história antes, precisou ser uma produção australiana. Não entendi a baixa avaliação nos sites (são bem os bolsominions que devem ter achado que o filme faz propaganda antiarmamentista), achei bastante competente, além de gostar de filmes de terror que se passam em décadas passadas, a direção de arte cria um charme e atmosfera a mais.
Uma mistura e releitura de "A Vingança de Jennifer", de 78 (até o nome da personagem é o mesmo) com o "New French Extremity", que presa o terror com elementos gore, muita violência e sangue. Mas não achei tão violento assim como outros do mesmo estilo. A fotografia com cores quentes e saturadas criou uma atmosfera interessante no filme. A atriz me lembrou a Shailene Woodley.
Um bom entretenimento, embora seja preciso relevar alguns aspectos digamos, inverossímeis, do roteiro. Um ponto relevante é que foi dirigido/escrito por uma mulher, talvez por esse motivo não tenha sentido tanta "exploitation" nele, principalmente a cena da violência sexual, que mal é mostrada, muito diferente do clássico de 78 que é mais cru nesse aspecto.
Acho que por causa de todo o frisson em cima desse filme, eu esperava bem mais. Mesmo assim vale muito a pena, ainda mais se visto no cinema (o que não foi meu caso). Qualquer coisa com a Emily Blunt vale a pena assistir só por ela, que é adorável. Mas além de ser um bom filme de terror (que a propósito me lembrou, e acho que o diretor pode ter se inspirado nele, "Ao Cair da Noite", do ano passado), ganha uma meia estrela a mais por ser um filme "família", quer dizer, o John Krasinski não apenas dirige mas atua também ao lado da sua esposa na vida real Blunt.
Um dos melhores suspenses do ano. No início achei meio pretensioso, mas a partir da metade acabou me fisgando, causando muita apreensão e incomodo em alguns momentos (o que acho bom numa obra cinematográfica).
Um roteiro com ares de filme europeu independente e autoral mas com uma produção e atores de peso. Aquele tipo de filme que não adianta querer uma explicação fácil (os que precisam disso certamente não gostarão), apenas viajar nele.
Algumas cenas são pequenas pistas pra tentar entender o filme, que dá a impressão de mostrar apenas a superfície de algo deixando todo o resto subentendido. Daqueles que merecem ser vistos e revistos várias vezes.
A trilha sonora (que tive de ir atrás e baixar) é incrível e ajuda muito a criar essa atmosfera incômoda e desagradável do filme, juntamente com a câmera e os planos abertos e distantes que o diretor captura.
PS. Vi sem saber de quem era, depois que fui pesquisar. Agora tá explicado a sensação que tive, é do grego Yorgos Lanthimos, mesmo diretor da bizarra "Trilogia da Identidade Social", com "Dente Canino" (2009), "Alpes" (2011) e "O Lagosta" (2015).
Muito bom para uma típica primeira incursão de um diretor estrangeiro/independente no cinema comercial. Achei uma estreia melhor, fazendo uma analogia, que a do Chan-wook Park com "Segredos de Sangue".
A Austrália sempre consegue produzir filmes de terror mais interessantes e originais que os americanos. Esse é mais um exemplo, em apenas 1h30m tanta coisa acontece. Recomendo que não vejam o trailer antes. Depois que assisti é que fui perceber que a garota e o amigo são os mesmos atores que fizeram "A Visita" do M. Night Shyamalan. Sabia que os conhecia de algum lugar.
Gostei, bastante eficiente, pega um argumento já muito usado mas utiliza de uma forma original. E quando você pensa que o filme é ruim por deixar furos, ele dá uma virada e termina redondinho.
Não entendi por que esse filme tem dois títulos diferentes ("February" e "The Blackcoat's Daughter", sem falar na tradução "A Enviada do Mal") e duas datas diferentes, no IMDb diz que ele é de 2015 e aqui de 2017. Problemas de distribuição?
Já posso até imaginar por que - ou por quem - esse filme é mal avaliado, mas achei um bom exemplar da literatura policial nórdica, queria ter lido o livro antes. O cenário e locações criam um ambiente que tem muita influência na atmosfera do filme, no estilo de Se7en, embora não chegue a ser tão bom quanto este. O ponto mais forte pra mim é o elenco, Fassbender que dispensa comentários, a belíssima sueca Rebecca Ferguson que despontou recentemente em outras obras como "Vida" e "A Garota no Trem" (tem atores que devem ter um agente muito bom) e minha diva Charlotte Gainsbourg, em algo diferente do que costuma fazer.
Quem está acostumado com esses filmes de terror de susto fácil (particularmente são esses que acho tedioso) com certeza não vai conseguir apreciar este suspense independente, original e muito bem realizado. Gostei.
Meio fraco, o comportamento dos personagens diante de uma situação daquelas é de dar risada às vezes, dentre outros defeitos, embora eu goste desse tipo de filme.
Parece que foi um remake de um filme japonês de 2000 chamado "Batalha Real", que com certeza deve ser bem melhor.
Tá certo que não é um filme incrível, e é estranho como parece que o Sean Penn tentou imitar o Terrence Malick na direção, mas também não merece a nota 4.2 que deram no IMDb. Talvez o politicamente correto tenha pesado, pois vi muita gente alegando que o filme era ofensivo, por tratar das tragédias na África como pano de fundo pra uma história piegas de amor. Mas quem conhece o Sean Penn sabe que ele não usou a África como pano de fundo pra história de amor, mas o contrário, o romance como pano de fundo pra denunciar as mazelas africanas, e por causa disso acho que o filme merecia uma melhor avaliação. Sem contar que o elenco é incrível.
Tirando a atuação do protagonista que parece o cigano Igor, o filme, levando em conta que é independente, tem uns pontos interessantes, principalmente as imagens deslumbrantes da natureza. Achei que fosse ser mais polêmico estilo O Fantasma, do mesmo diretor, mas a impressão que fica é que ele filmou um sonho que teve, pois a lógica do filme é meio onírica e cheio de símbolos, difícil de compreender.
No Silêncio da Noite
4.1 79 Assista AgoraUm cretino se revela cedo ou tarde, quando a ocasião é propícia. Dix não era o assassino, mas não deixava de ser um cretino. Ou poderia cometer um crime daqueles futuramente, acho que é isso que o filme mostra. No livro em que ele é baseado ele é realmente o assassino. Gostei do filme por ter trabalhado o personagem desta forma, um protagonista que não era vilão tampouco herói. Uma abordagem mais "realista" pra um noir. Mas não consegui achar essas coisas todas como algumas críticas. Com exceção das atuações que são ótimas tanto do Humphrey Bogart (que costuma ser canastrão) quanto da Gloria Grahame.
À Meia Luz
4.1 96 Assista AgoraO filme gerou o termo "gaslighting" usado hoje pra designar o tipo de violência moral e psicológica que alguns homens cometem contra mulheres, fazendo-as sentirem-se culpadas por algo quando na verdade estão sendo vítimas. Muito interessante por ter tratado disso, que é algo que ocorre em muitos relacionamentos abusivos.
Primeiro Oscar da Ingrid Bergman, que também ganhou o Globo de Ouro, e nem preciso dizer, ambos merecidíssimos. O filme é ela.
The Lodgers
2.6 34Que filme lindo. Direção de arte fantástica e visualmente muito sensual, gótico, que me lembrou aquela pintura "The Nightmare", de 1781. Me remeteu um pouco também ao premiado "A Colina Escarlate", do Guillermo del Toro. Mas achei esse aqui até mais interessante, que não fez o mesmo sucesso provavelmente por ser independente. Não entendo mais as avaliações dos sites como Imdb e Filmow, as pessoas dão notas altas pra uns enlatados ruins e avaliam mal filmes como este. Acho que ficaram mimados e esperam sempre algum filme que cause uns sustos baratos e perdem as sutilezas.
Ps. E essa atriz Charlotte Vega foi uma grata surpresa, além de linda, muito boa (me lembrou várias vezes a Marjorie Estiano), espero vê-la mais em outras produções.
Em Pedaços
3.9 236 Assista AgoraNão é a melhor obra do Fatih Akin, mas é um bom drama. Só achei o final um pouco inverossímil, principalmente no que tange a facilidade em se fazer uma bomba e explodir pessoas. Atuação incrível da Diane Kruger (que faz tempo merecia algum prêmio importante, pois além de linda é ótima atriz, e desta vez foi, sendo agraciada em Cannes). Filme tenso e angustiante, desde os acontecimentos até a frieza e impessoalidade da "Justiça".
Mãe e Pai
2.6 166 Assista AgoraEu achei a premissa interessante, mas o filme é conduzido como não se levasse a sério, meio trash, foi o que não gostei. Mesmo a intenção sendo claramente de humor negro, poderia ter sido melhor.
O Culto
3.2 201 Assista AgoraTenho por hábito ver um filme sem ver trailer nem ler sinopses ou muitas informações a respeito, pra que isso não interfira na apreciação da obra, e só depois vou procurar saber. Quando terminei de assistir a esse, alguma coisa me lembrava "Primavera", que foi um dos melhores filmes do gênero que vi nos últimos tempos, aí descobri que era dos mesmos realizadores, a dupla Justin Benson e Aaron Moorhead, que aqui também atuam como os dois personagens protagonistas com os mesmos nomes, e que a partir de agora se tornaram oficialmente meus cineastas independentes preferidos do gênero terror/sci-fi. Incrível a inventividade e originalidade deles. "O Culto" parece ter saído de algum sonho, ou melhor, um pesadelo. Não da pra dizer que entendi completamente, mas só o fato de ter embaralhado minha mente já é algo que aprecio. Agora ficarei sempre de olho e esperando por mais coisas deles. Não entendo como eles sejam tão desconhecidos nem tenham sido levados ainda pro cinema comercial, deixam muitos cineastas autorais famosos do gênero pra trás.
O que eu acho que entendi no final foi que
eles não escaparam como pensaram, mas que o loop deles demorava mais tempo, e que a "fuga" fazia parte dele, tanto que no final todos ficam olhando pra estrada em que eles foram embora como quem dizem "já vimos isso antes"...
A Casa do Medo: Incidente em Ghostland
3.5 752Depois que fui saber que é do mesmo diretor de "Martyrs", que adoro, acho muito original e um marco no cinema do gênero. Este não achei o mesmo nem gostei tanto, algumas coisas lembram "Martyrs" inclusive, e também me lembrou remotamente (faz tempo que vi então não sei se tem algo a ver mesmo) o coreano "A Tale of Two Sisters". Outra coisa que me fez desgostar foi achar muita forçação de barra os vilões serem obcecados por bonecas, e a tia de quem elas herdam a casa também. Fora isso, gostei da homenagem ao Lovecraft. E tenho de admitir que fizeram uma vilã odiável, o tempo todo queria matar aquela mulher, mais até que o troglodita. Detalhe pra participação especial da cantora Mylène Farmer no papel da mãe. Os filmes de terror canadenses e franceses costumam ser mais originais que os de Hollywood, mas esse infelizmente deixou a desejar.
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista AgoraQue atuações da Frances e do Sam Rockwell, este poderia ter concorrido na categoria de melhor ator na minha opinião, e a de coadjuvante ficado apenas para o Woody Harrelson. Ambos Oscar merecido. Depois que vi fui pesquisar e vi uma polêmica e um debate meio bizarro de racismo no filme. Sério? As pessoas realmente tão viajando hoje em dia nesses assuntos. Fiquei com uma dúvida que foi o que tentei pesquisar mas não encontrei uma resposta. Afinal aquele cara era ou não o culpado?
O Ritual
3.2 476 Assista AgoraFicam algumas coisas sem explicação no filme, mas tudo bem. Agora o que não entendi foi que
no final dá a entender que a criatura só aparece durante a noite, tanto que o amanhecer parece ter salvo o Luke, mas sendo que em duas partes durante o filme a criatura "aparece" durante o dia...
Fora isso, um bom filme de terror, embora ache que o final poderia ter sido melhor. Me lembrou outro filme de terror independente britânico que lida com um assunto semelhante, chamado "Kill List", de 2011.
Aniquilação
3.4 1,6K Assista AgoraNão adianta muito reclamar da história ou do desfecho, pois é a adaptação de um romance, mas a execução deixa um pouco a impressão de que poderia ter sido melhor realizado, mas é o estilo de filme que adoro. Pra rever algum dia.
Distúrbio
3.4 257Que filme incrível. Não é à toa que ninguém menos que Steven Soderbergh está envolvido nele. Considero um filme "dois em um". Tem a parte de entretenimento, com o suspense em torno do stalkeador, mas pra mim a mais perturbadora e angustiante é a parte kafkiana da história: o terror psicológico com a personagem lutando pra provar que é sã contra todo esse sistema corporativo e burocrático que rege o mundo. Uma baita crítica. Nem o final com tudo sendo desvendado e voltando à "ordem" consegue nos acalmar e aplacar essa sensação de medo e de impotência que o filme nos desperta. Só sei de uma coisa, nunca mais direi a ninguém que tenho pensamentos suicidas (na verdade nunca tive, sabe...).
Ps. Atuação incrível da Claire Foy. Nunca vi a série The Crown, mas agora fiquei com vontade só por ela.
A Maldição da Casa Winchester
2.6 460 Assista AgoraSempre duvido um pouco desses filmes que começam com a frase "inspirado em fatos reais", mas o que mais gostei nesse foi que realmente (depois de assistir fui pesquisar) o contexto histórico e fatos mostrados (tirando claro as assombrações, ou não) são mesmo verídicos. Me pergunto como não tinham pensado em adaptar essa história antes, precisou ser uma produção australiana. Não entendi a baixa avaliação nos sites (são bem os bolsominions que devem ter achado que o filme faz propaganda antiarmamentista), achei bastante competente, além de gostar de filmes de terror que se passam em décadas passadas, a direção de arte cria um charme e atmosfera a mais.
Vingança
3.2 582 Assista AgoraUma mistura e releitura de "A Vingança de Jennifer", de 78 (até o nome da personagem é o mesmo) com o "New French Extremity", que presa o terror com elementos gore, muita violência e sangue. Mas não achei tão violento assim como outros do mesmo estilo. A fotografia com cores quentes e saturadas criou uma atmosfera interessante no filme. A atriz me lembrou a Shailene Woodley.
Um bom entretenimento, embora seja preciso relevar alguns aspectos digamos, inverossímeis, do roteiro. Um ponto relevante é que foi dirigido/escrito por uma mulher, talvez por esse motivo não tenha sentido tanta "exploitation" nele, principalmente a cena da violência sexual, que mal é mostrada, muito diferente do clássico de 78 que é mais cru nesse aspecto.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraAcho que por causa de todo o frisson em cima desse filme, eu esperava bem mais. Mesmo assim vale muito a pena, ainda mais se visto no cinema (o que não foi meu caso). Qualquer coisa com a Emily Blunt vale a pena assistir só por ela, que é adorável. Mas além de ser um bom filme de terror (que a propósito me lembrou, e acho que o diretor pode ter se inspirado nele, "Ao Cair da Noite", do ano passado), ganha uma meia estrela a mais por ser um filme "família", quer dizer, o John Krasinski não apenas dirige mas atua também ao lado da sua esposa na vida real Blunt.
A Casa Que Jack Construiu
3.5 788 Assista AgoraComo aconteceu com Melancolia e Ninfomaníaca, que fiquei contando os meses e dias, cá estou eu mais uma vez. Só o Lars e Haneke fazem isso comigo.
O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraUm dos melhores suspenses do ano. No início achei meio pretensioso, mas a partir da metade acabou me fisgando, causando muita apreensão e incomodo em alguns momentos (o que acho bom numa obra cinematográfica).
Um roteiro com ares de filme europeu independente e autoral mas com uma produção e atores de peso. Aquele tipo de filme que não adianta querer uma explicação fácil (os que precisam disso certamente não gostarão), apenas viajar nele.
Algumas cenas são pequenas pistas pra tentar entender o filme, que dá a impressão de mostrar apenas a superfície de algo deixando todo o resto subentendido. Daqueles que merecem ser vistos e revistos várias vezes.
A trilha sonora (que tive de ir atrás e baixar) é incrível e ajuda muito a criar essa atmosfera incômoda e desagradável do filme, juntamente com a câmera e os planos abertos e distantes que o diretor captura.
PS. Vi sem saber de quem era, depois que fui pesquisar. Agora tá explicado a sensação que tive, é do grego Yorgos Lanthimos, mesmo diretor da bizarra "Trilogia da Identidade Social", com "Dente Canino" (2009), "Alpes" (2011) e "O Lagosta" (2015).
Muito bom para uma típica primeira incursão de um diretor estrangeiro/independente no cinema comercial. Achei uma estreia melhor, fazendo uma analogia, que a do Chan-wook Park com "Segredos de Sangue".
Perigo Próximo
3.4 485 Assista AgoraA Austrália sempre consegue produzir filmes de terror mais interessantes e originais que os americanos. Esse é mais um exemplo, em apenas 1h30m tanta coisa acontece. Recomendo que não vejam o trailer antes. Depois que assisti é que fui perceber que a garota e o amigo são os mesmos atores que fizeram "A Visita" do M. Night Shyamalan. Sabia que os conhecia de algum lugar.
A Morte Te Dá Parabéns
3.3 1,5K Assista AgoraGostei, bastante eficiente, pega um argumento já muito usado mas utiliza de uma forma original. E quando você pensa que o filme é ruim por deixar furos, ele dá uma virada e termina redondinho.
A Enviada do Mal
3.0 286 Assista AgoraNão entendi por que esse filme tem dois títulos diferentes ("February" e "The Blackcoat's Daughter", sem falar na tradução "A Enviada do Mal") e duas datas diferentes, no IMDb diz que ele é de 2015 e aqui de 2017. Problemas de distribuição?
Boneco de Neve
2.4 462 Assista AgoraJá posso até imaginar por que - ou por quem - esse filme é mal avaliado, mas achei um bom exemplar da literatura policial nórdica, queria ter lido o livro antes. O cenário e locações criam um ambiente que tem muita influência na atmosfera do filme, no estilo de Se7en, embora não chegue a ser tão bom quanto este. O ponto mais forte pra mim é o elenco, Fassbender que dispensa comentários, a belíssima sueca Rebecca Ferguson que despontou recentemente em outras obras como "Vida" e "A Garota no Trem" (tem atores que devem ter um agente muito bom) e minha diva Charlotte Gainsbourg, em algo diferente do que costuma fazer.
Ao Cair da Noite
3.1 977 Assista AgoraQuem está acostumado com esses filmes de terror de susto fácil (particularmente são esses que acho tedioso) com certeza não vai conseguir apreciar este suspense independente, original e muito bem realizado. Gostei.
Dia de Trabalho Mortal
3.1 309Meio fraco, o comportamento dos personagens diante de uma situação daquelas é de dar risada às vezes, dentre outros defeitos, embora eu goste desse tipo de filme.
Parece que foi um remake de um filme japonês de 2000 chamado "Batalha Real", que com certeza deve ser bem melhor.
A Última Fronteira
3.1 53 Assista AgoraTá certo que não é um filme incrível, e é estranho como parece que o Sean Penn tentou imitar o Terrence Malick na direção, mas também não merece a nota 4.2 que deram no IMDb. Talvez o politicamente correto tenha pesado, pois vi muita gente alegando que o filme era ofensivo, por tratar das tragédias na África como pano de fundo pra uma história piegas de amor. Mas quem conhece o Sean Penn sabe que ele não usou a África como pano de fundo pra história de amor, mas o contrário, o romance como pano de fundo pra denunciar as mazelas africanas, e por causa disso acho que o filme merecia uma melhor avaliação. Sem contar que o elenco é incrível.
O Ornitólogo
3.5 84Tirando a atuação do protagonista que parece o cigano Igor, o filme, levando em conta que é independente, tem uns pontos interessantes, principalmente as imagens deslumbrantes da natureza. Achei que fosse ser mais polêmico estilo O Fantasma, do mesmo diretor, mas a impressão que fica é que ele filmou um sonho que teve, pois a lógica do filme é meio onírica e cheio de símbolos, difícil de compreender.