Não é que seja ruim; não é. Mas para mim tem alguma coisa errada quando vejo um filme e quase torço pro vilão; e onde as cenas em que ele aparece acabam por ser as melhores do filme.
Curioso. E tem vários atores gatos - literalmente - o que me ganhou logo quando passei pelo canal e vi uma cena do filme. A "justiça" da história é toda particular. Bom também para conhecermos o cinema canadense.
O grande mérito deste filme é conseguir ser uma comédia romântica que não compromete sua proposta com o uso de um humor de mau gosto, como acontece com outras comédias românticas, que acabam perdendo pontos por isso. Aqui, se previsível, o humor é sempre suave e até delicado. Não há gritarias (ninguém fica histérico, incrível) e, se os atores centrais podiam ser melhores, o resultado final me agradou bastante.
É essa paixão que sentimos em Truffaut filmando (nunca senti isso tão claramente com nenhum outro cineasta) que fascina e até comove. Posso sentir o seu amor atrás das câmeras, realizando este que é, afinal, um apanhado, resumo, e conclusão da história do inquieto e romântico à sua maneira Antoine Doinel. Delícia.
Muito melhor do que eu esperava. Até porque acho Jeremy Renner um ator sem carisma, e aqui consegui abstrair o ator, e até mesmo gostar do seu personagem, a quem o roteiro desenha com cuidado - mais do que se espera de um "filme de ação". Um filme inteligente, bem narrado, com ótimo ritmo, com um casal de protagonistas que nos cativa e faz torcer por eles enquanto a história se desenvolve... De fato, uma surpresa.
O grande trunfo do filme - que poderia ser melhor com um elenco tão bom e uma boa proposta de enredo - é o personagem de John Cusak, Jake, um homem encantador porém verossímil, do tipo que poderíamos encontrar ao virar uma esquina.
Não tinha entendido como o Kenneth Branagh foi dirigir o filme, baseado em HQs, embora KB seja até um diretor aberto a inovações - até que assistindo me veio um estalo: guardadas as devidas proporções, "Thor" é shakespeareano! Todos os temas de Shakespeare estão presentes - inveja, ressentimento, luta pelo poder, ambição, arrogância humilhada, sabedoria, relacionamento entre pais e filhos, heroísmo, nobreza, coragem... Talvez só a esperança final se distancie do teatro do inglês. Mas os temas estão ali. Grande sacada o Branagh ter visto isso, e tomado a direção. Pelo menos, é o que imagino. Embora não seja o meu filme favorito das recentes incursões ao mundo Marvel - prefiro Homem de Ferro (o primeiro), Capitão América e Os Vingadores - até que "Thor" faz um preâmbulo digno para o retorno do herói em Os Vingadores.
Um filme que é refilmagem do clássico de Howard Hawks de 1941, Bola de Fogo. Aqui, ao invés de um grupo de estudiosos trabalhando numa enciclopédia temos um grupo de professores de música. Danny Kaye e Virginia Mayo brilham, e a mais erótica das cenas - o "monólogo" de Kaye no quarto escuro (com Virginia ouvindo) prova como a censura intensa podia às vezes estimular a criatividade. Delícia!
mostrar Banner de um momento para outro 'controlando' o Hulk.
Mas não chega a comprometer o filme, que dá o que promete: muita aventura. Achei a trama anormalmente bem costurada ao lidar com tantos personagens importantes em primeiro plano, os Vingadores; nenhum ficou perdido (o que facilmente acontece nesse tipo de enredo). Todos foram bem mostrados. Mas, quanto ao elenco, se há acertos - Downey Jr., Evans, Johansson, Jackson, Hemsworth - há equívocos, pois Ruffalo, embora simpático, se prejudica fazendo um personagem que foi de Edward Norton, e Renner não tem carisma.
Fui rever e até aumentei minha avaliação original. Um filme que envolve aos poucos, climático, com trama usada para revelar quem são os personagens do filme - os bons, os maus, e os que caminham no fio entre as duas coisas - até serem levados a escolher quem de fato querem ser. Sem discursos e sem moralismos óbvios, mas sobre ter valores, no bom sentido. E Gregory Peck está lindo! Com barba, sem barba, de todo jeito... até fedendo. rs
Acabo de rever. Um dos meus filmes favoritos, com um tema pouco explorado - pouco explorado se comparado a outros - e com sucesso aqui, o da amizade. Sempre me comove ver a história, feita de lembranças e de ausências, da amizade de Lillian e Julia. Ambas as atrizes ótimas, mas Vanessa Redgrave, com seus traços marcantes, é uma Julia perfeita.
"Os fortes podem ser bons". Uma utopia, um sonho sonhado a dois. Belíssimo em tudo. Vale a pena verificar o livro "A Reforma" de Will Durant, onde a passagem em que o historiador disseca o período e o papel de Lady Jane Grey são tão semelhantes àquilo que se vê no filme que fica parecendo ter sido uma das fontes históricas consultadas para realizar "Lady Jane".
Eu daria 4 estrelas, ou 4 1/2, não fosse o desfecho digno das piores sabrinas e julias da vida, aquelas histórias de "amor" que são puro masoquismo mal disfarçado. As três estrelas vão pelo elenco, a ênfase psicanalítica, e, claro, a enxurrada de boa música.
Um filme centrado em jovens do qual gostei bastante; ágil, cumpre bem sua função - a de entreter - e eu, particularmente, não vejo nenhum demérito nisso. Destaque para as sequências dentro do trem.
As 3 estrelas e meia vão pela ideia central - que infelizmente se perde em alguns diálogos e falas pra lá de óbvias - pelo finalzinho, com as declarações dos casais enquanto vão passando os créditos (se bem que o recurso já está ficando manjado) e pelo casal central de atores, Diane Lane e John Cusack, sempre ótimos, e pela minha querida Elizabeth Perkins, em papel pequeno.
Ótima intriga policial, onde até o que parecia esquisito tem uma explicação perfeitamente natural e coerente com a trama. Mark Harmon como detetive convence, mas é um pouco difícil aceitá-lo como um homem tão vulnerável, até mesmo tímido.
Acabei de rever e confirma minha opinião original, da primeira vez em que assisti: um filmaço. Hoje, um clássico moderno no gênero. Como alguém disse abaixo, nem o orçamento limitado reduz sua qualidade, ao contrário: a gente fica pensando em como os realizadores foram criativos, fazendo algo tão bom com tão pouco. Que exemplo...
Um belíssimo filme sobre educação (informar ou formar?), sociedade e mulheres. Cheio de frases e dialogos admiráveis, visto e revisto dezenas de vezes, hoje revê-lo me fez pensar na sua ironia de que é, também, a história de uma jovem que obedeceu todas as regras e não foi feliz para sempre... Já falaram da fotografia, de fato soberba. Os tons entre escuros e pástéis parecem acentuar a sua beleza discreta, sóbria, que pede um segundo olhar. Como este filme, que não é uma cópia de Sociedade dos poetas mortos, como pensei quando fui vê-lo da primeira vez.
Não quis ver o primeiro, porque a propaganda me deu a entender que os gatos eram os vilões, e sou gatófila assumida. Mas este peguei por acaso na Tv e gostei. Adorei as ironias feitas com a "inteligência" dos cães... Viva os gatos!
A composição de James Stewart é o grande trunfo deste filme que se assiste com um sorriso nos lábios e lágrimas (sem que a gente perceba) descendo pelo rosto. O melhor: aqui, o estranho, o esquisito, o "louco", o incomum não é reprimido ou vencido pelo mundo. Elwood P. Dowd tem mais sorte do que seus irmãos espirituais Dom Quixote e Policarpo Quaresma. Divertido, lírico, comovente.
Além da Escuridão: Star Trek
4.0 1,4K Assista AgoraNão é que seja ruim; não é. Mas para mim tem alguma coisa errada quando vejo um filme e quase torço pro vilão; e onde as cenas em que ele aparece acabam por ser as melhores do filme.
O Suspeito Mora Ao Lado
2.6 131Curioso. E tem vários atores gatos - literalmente - o que me ganhou logo quando passei pelo canal e vi uma cena do filme. A "justiça" da história é toda particular. Bom também para conhecermos o cinema canadense.
A Conselheira Amorosa
3.1 112O grande mérito deste filme é conseguir ser uma comédia romântica que não compromete sua proposta com o uso de um humor de mau gosto, como acontece com outras comédias românticas, que acabam perdendo pontos por isso. Aqui, se previsível, o humor é sempre suave e até delicado. Não há gritarias (ninguém fica histérico, incrível) e, se os atores centrais podiam ser melhores, o resultado final me agradou bastante.
O Amor em Fuga
4.1 92 Assista AgoraÉ essa paixão que sentimos em Truffaut filmando (nunca senti isso tão claramente com nenhum outro cineasta) que fascina e até comove. Posso sentir o seu amor atrás das câmeras, realizando este que é, afinal, um apanhado, resumo, e conclusão da história do inquieto e romântico à sua maneira Antoine Doinel. Delícia.
O Legado Bourne
3.2 885 Assista AgoraMuito melhor do que eu esperava. Até porque acho Jeremy Renner um ator sem carisma, e aqui consegui abstrair o ator, e até mesmo gostar do seu personagem, a quem o roteiro desenha com cuidado - mais do que se espera de um "filme de ação". Um filme inteligente, bem narrado, com ótimo ritmo, com um casal de protagonistas que nos cativa e faz torcer por eles enquanto a história se desenvolve... De fato, uma surpresa.
Procura-se um Amor que Goste de Cachorros
3.0 242 Assista AgoraO grande trunfo do filme - que poderia ser melhor com um elenco tão bom e uma boa proposta de enredo - é o personagem de John Cusak, Jake, um homem encantador porém verossímil, do tipo que poderíamos encontrar ao virar uma esquina.
Thor
3.3 3,1K Assista AgoraNão tinha entendido como o Kenneth Branagh foi dirigir o filme, baseado em HQs, embora KB seja até um diretor aberto a inovações - até que assistindo me veio um estalo: guardadas as devidas proporções, "Thor" é shakespeareano! Todos os temas de Shakespeare estão presentes - inveja, ressentimento, luta pelo poder, ambição, arrogância humilhada, sabedoria, relacionamento entre pais e filhos, heroísmo, nobreza, coragem... Talvez só a esperança final se distancie do teatro do inglês. Mas os temas estão ali. Grande sacada o Branagh ter visto isso, e tomado a direção. Pelo menos, é o que imagino.
Embora não seja o meu filme favorito das recentes incursões ao mundo Marvel - prefiro Homem de Ferro (o primeiro), Capitão América e Os Vingadores - até que "Thor" faz um preâmbulo digno para o retorno do herói em Os Vingadores.
A Canção Prometida
3.8 3Um filme que é refilmagem do clássico de Howard Hawks de 1941, Bola de Fogo. Aqui, ao invés de um grupo de estudiosos trabalhando numa enciclopédia temos um grupo de professores de música. Danny Kaye e Virginia Mayo brilham, e a mais erótica das cenas - o "monólogo" de Kaye no quarto escuro (com Virginia ouvindo) prova como a censura intensa podia às vezes estimular a criatividade. Delícia!
Os Vingadores
4.0 6,9K Assista AgoraTem uma ou outra falha, como
mostrar Banner de um momento para outro 'controlando' o Hulk.
Mas não chega a comprometer o filme, que dá o que promete: muita aventura. Achei a trama anormalmente bem costurada ao lidar com tantos personagens importantes em primeiro plano, os Vingadores; nenhum ficou perdido (o que facilmente acontece nesse tipo de enredo). Todos foram bem mostrados. Mas, quanto ao elenco, se há acertos - Downey Jr., Evans, Johansson, Jackson, Hemsworth - há equívocos, pois Ruffalo, embora simpático, se prejudica fazendo um personagem que foi de Edward Norton, e Renner não tem carisma.
Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras
3.8 2,2K Assista AgoraUma decepção. Muito, muito chato.
Céu Amarelo
3.9 27 Assista AgoraFui rever e até aumentei minha avaliação original. Um filme que envolve aos poucos, climático, com trama usada para revelar quem são os personagens do filme - os bons, os maus, e os que caminham no fio entre as duas coisas - até serem levados a escolher quem de fato querem ser. Sem discursos e sem moralismos óbvios, mas sobre ter valores, no bom sentido.
E Gregory Peck está lindo! Com barba, sem barba, de todo jeito... até fedendo. rs
Julia
3.7 49Acabo de rever. Um dos meus filmes favoritos, com um tema pouco explorado - pouco explorado se comparado a outros - e com sucesso aqui, o da amizade. Sempre me comove ver a história, feita de lembranças e de ausências, da amizade de Lillian e Julia. Ambas as atrizes ótimas, mas Vanessa Redgrave, com seus traços marcantes, é uma Julia perfeita.
Lady Jane - Uma História Verdadeira
3.7 30"Os fortes podem ser bons". Uma utopia, um sonho sonhado a dois.
Belíssimo em tudo. Vale a pena verificar o livro "A Reforma" de Will Durant, onde a passagem em que o historiador disseca o período e o papel de Lady Jane Grey são tão semelhantes àquilo que se vê no filme que fica parecendo ter sido uma das fontes históricas consultadas para realizar "Lady Jane".
O Esconderijo
2.8 31 Assista AgoraO livro - como sempre, não é? - é bem melhor. Mais uma vez, as alterações do texto original não ajudam, ao contrário...
Fanny
3.4 4 Assista AgoraEnredo dramalhão, puro e simples. A qualidade está no elenco.
Yolanda e o Ladrão
3.8 6A premissa é absurda. Mas, é Fred Astaire...
O Sétimo Véu
3.5 5Eu daria 4 estrelas, ou 4 1/2, não fosse o desfecho digno das piores sabrinas e julias da vida, aquelas histórias de "amor" que são puro masoquismo mal disfarçado.
As três estrelas vão pelo elenco, a ênfase psicanalítica, e, claro, a enxurrada de boa música.
Sem Saída
2.7 1,4K Assista AgoraUm filme centrado em jovens do qual gostei bastante; ágil, cumpre bem sua função - a de entreter - e eu, particularmente, não vejo nenhum demérito nisso. Destaque para as sequências dentro do trem.
Procura-se um Amor que Goste de Cachorros
3.0 242 Assista AgoraAs 3 estrelas e meia vão pela ideia central - que infelizmente se perde em alguns diálogos e falas pra lá de óbvias - pelo finalzinho, com as declarações dos casais enquanto vão passando os créditos (se bem que o recurso já está ficando manjado) e pelo casal central de atores, Diane Lane e John Cusack, sempre ótimos, e pela minha querida Elizabeth Perkins, em papel pequeno.
Assassinato Tem Novo Endereço
3.2 2Ótima intriga policial, onde até o que parecia esquisito tem uma explicação perfeitamente natural e coerente com a trama. Mark Harmon como detetive convence, mas é um pouco difícil aceitá-lo como um homem tão vulnerável, até mesmo tímido.
O Exterminador do Futuro
3.8 898 Assista AgoraAcabei de rever e confirma minha opinião original, da primeira vez em que assisti: um filmaço. Hoje, um clássico moderno no gênero. Como alguém disse abaixo, nem o orçamento limitado reduz sua qualidade, ao contrário: a gente fica pensando em como os realizadores foram criativos, fazendo algo tão bom com tão pouco. Que exemplo...
O Sorriso de Mona Lisa
3.8 692 Assista AgoraUm belíssimo filme sobre educação (informar ou formar?), sociedade e mulheres. Cheio de frases e dialogos admiráveis, visto e revisto dezenas de vezes, hoje revê-lo me fez pensar na sua ironia de que é, também, a história de uma jovem que obedeceu todas as regras e não foi feliz para sempre...
Já falaram da fotografia, de fato soberba. Os tons entre escuros e pástéis parecem acentuar a sua beleza discreta, sóbria, que pede um segundo olhar. Como este filme, que não é uma cópia de Sociedade dos poetas mortos, como pensei quando fui vê-lo da primeira vez.
Como Cães e Gatos 2: A Vingança de Kitty Gallore
2.7 179 Assista AgoraNão quis ver o primeiro, porque a propaganda me deu a entender que os gatos eram os vilões, e sou gatófila assumida. Mas este peguei por acaso na Tv e gostei. Adorei as ironias feitas com a "inteligência" dos cães...
Viva os gatos!
Meu Amigo Harvey
4.2 131 Assista AgoraA composição de James Stewart é o grande trunfo deste filme que se assiste com um sorriso nos lábios e lágrimas (sem que a gente perceba) descendo pelo rosto.
O melhor: aqui, o estranho, o esquisito, o "louco", o incomum não é reprimido ou vencido pelo mundo. Elwood P. Dowd tem mais sorte do que seus irmãos espirituais Dom Quixote e Policarpo Quaresma. Divertido, lírico, comovente.