Revendo hoje, percebo mais: os sutis retratos de como a guerra e a vida em campo podem influenciar, mudar ou engessar as posições idelógicas dos indivíduos: desde o antigo jogador cuja carreira foi interrompida pela guerra até os companheiros aliados, em cargos de autoridade no campo, e cujo patriotismo acaba por se tornar burocrático, intolerante, incapaz de empatia com os que não pensam igual. Stallone num papel faroleiro, falante, está fora do seu tipo (geralmente caladão), mas simpático; Caine, uma presença cuja discrição tem seu charme próprio; Pelé traz verossimilhança às cenas de futebol, e Von Sydow consegue dar dignidade ao oficial nazista que é mais um cavalheiro do que um nazista, no final das contas... Um filme que não cansa.
Vi as cenas finais. Quero assistir, e muito, mas nem faço questão de entender o filme, e sim de me deleitar com as imagens. Pareceu-me embriagante. Nem sabia da existência desse diretor, e agora vou ficar de olho!
Um filme dos tempos em que um herói conseguia ser forte e ser vulnerável ao mesmo tempo, e isto mostrado com inteligência. Hoje é muito difícil do cinema acertar esse equilíbrio.
O grande trunfo está em Liam Neeson e na empatia que ele consegue estabelecer com o espectador. Assistindo o filme, não pude deixar de me lembrar da série Missing, cuja temporada acabou dias atrás; o foco - um pai em busca da filha sequestrada - me envolveu por completo; essa identificação foi crucial no meu prazer, envolvimento, emoções várias enquanto via o filme. Não tenho filhos, só sobrinhos, com a idade da filha do protagonista: pude entender exatamente o que ele devia estar sentindo...
Excetuando a trilha sonora, que hoje soa um tanto piegas, é um belíssimo filme, com fotografia preto & branco de primeira, falas memoráveis e muita poesia em imagens para focalizar uma figura ícone da história americana. Fonda encantador. Dá vontade de sair atrás de uma boa biografia de Lincoln para ler.
Um bom filme do gênero, que depende mais da atmosfera e suspense do que de sangue - ainda que este apareça. Só não entendi porquê tantas mudanças em relação ao livro de Stoker. Conservaram os nomes dos personagens, mas alteraram todos os relacionamentos entre eles.
Revendo ontem, percebi algo que nunca tinha notado antes, que eu lembre: o quanto a música e a dança nestes filmes servia para expressar os sentimentos das personagens, e colocar mais força nas emoções - especialmente sexuais - que não podiam ser expressas como nos filmes atuais, devido à censura. Eu acho que essa restrição fazia os roteiristas, compositores, coreógrafos, etc., serem mais criativos...
Finalmente assisti o filme após ter lido o livro mais de um ano atrás; eu vivia recomendando o livro para meus alunos e alunas da biblioteca, pela sua história conto de fadas moderno com ênfase na auto-estima, tema crucial para os adolescentes (e meus alunos-leitores da biblioteca não são diferentes!). Filme fofo, jovem, e com um elenco charmoso.
Tem quase tudo de que eu gosto: livros, ambiente acadêmico, romance, literatura, relacionamentos, enigmas literários... Sou louca para ler o livro de A.S. Byatt, que não encontro em lugar algum. O filme é também uma amostra de que inveja, ciúmes, ganância, pululam tanto em ambientes sofisticados e "educados" (como as universidades) quanto em qualquer lugar. E de que professores e intelectuais podem ser tão invejosos, competitivos e desonestos quanto o resto das pessoas.
Woody Allen tem outro dos seus momentos gloriosos, aqueles em que tudo funciona: música (mas qual filme de Allen em que a música decepciona?), roteiro, edição, fotografia (o início, com uma série interminável de imagens que são como que instantâneos de Paris, deslumbra), e isso inclui a escalação dos atores. Owen Wilson parece-me encarnar o próprio Woody Allen - ou a versão jovem do tipo de personagem que Allen sempre faz - com felicidade, numa composição minuciosa que imita até mesmo a cadência das frases, a linguagem gestual, incrível... Não sei se Allen filmará outro filme com Wilson; mas penso que deveria. O ator surpreeendeu e aqui, na minha opinião, Allen encontrou seu alter-ego jovem. O desfile literário-artístico-cinematográfico-musical é de satisfazer qualquer amante de grande literatura, grande arte, grande música; um filme realmente feliz, com uma inesperada (para mim) paixão compartilhada de Woody Allen por Paris. E eu que pensava que ele só amava Nova York....
Sinceramente? As quatro estrelas são todas por causa do Hugh Jackmann e do seu personagem encantador - aquele tipo de homem que a gente procura de vela acesa (e lampada, e lamparina, e abajur, e castiçal) e não acha!!
Com uma serie de diálogos sensíveis, inquisitivos, incômodos, o filme pede ouvido e olhos atentos e paciência para acompanhar este desnudar de relações entre homens e mulheres, discutindo casamento, amor, sexo, infidelidade, convivência, vida a dois em monogamia, enfim. Mal acreditei ao verificar que os diálogos foram escritos por um homem: mostram uma sensibilidade e uma agudeza nessa análise cinematográfica de sentimentos e da vida. Elenco ótimo: até Greg Kinnear está bem.
Um pontaço pro cinema britânico em termos de coragem e ousadia. Pode parecer pouco, mas quando se sabe que apenas nos anos '70 o cinema americano começou a abordar o assunto - e para um "Philadelphia" ainda demorou um bom tempo, podemos avaliar o risco que os ingleses assumiram fazendo este filme. É verdade que o herói não é um homossexual ativo - ele "deseja", mas não pratica - porém, ainda assim, trata-se de uma fita que: usa a palavra "homossexual", "homossexualidade", incluindo a linguagem pejorativa aplicada aos gays; põe, nas peripécias do enredo, em discussão uma LEI que condenava a pratica homossexual à prisão, questionando-a, portanto; não retrata todos os homossexuais do filme como anjos (uma deformação mais comum no cinema americano quando afinal assumiu discutir o tema). Dirk Bogarde carismático e de uma intensidade dramática que é a um so tempo discreta e expressiva - como talvez só os atores ingleses consigam ser.
Tendo assistido pela terceira vez, marco como favorito. Quanto mais vejo o filme, mais percebo qualidades nele, descobrindo detalhes que o enriquecem. E francamente, quem consegue resistir a um Johnny Depp sombrio, melancólico, inteligente e cavalheiresco, além de lindo? Eu não.
Numa palavra? Contenção. Emoções contidas como dor, paixão, saudade; como esperança e desejo. Como o casal de protagonistas se contém! Um, por amnésia unida à uma educação sem par; Outra, por - tantos motivos, em especial amor abnegado. Tem momentos que nem sabemos a quem admirar mais; talvez Paula. Talvez Charles. Belo, melancólico, comovente. A adaptação pro cinema corta um tanto da surpresa da história - a principal, no livro, é mostrada, no filme, após uns 50 minutos de exibição. Mas, funciona. Intensifica o drama.
O filme é requintado ao mostrar aos poucos o preconceito subjacente em ambientes de elite nos EUA dos anos 50. Bem fotografado, bem interpretado (com um time de atores que hoje são estrelas: Fraser, Damon, O'Donnell, Affleck), com um elegante guarda-roupa, o roteiro consegue ser sutil e irônico, inclusive quando insinua num personagem haver menos preconceito e é justo esse quem se revelará o mais destrutivo do grupo. A descoberta da identidade de David Greene acaba funcionando como um teste de caráter entre os jovens alunos do St. Matthews: quem será aprovado com louvor?
Belíssimo! Afinal descobri porque este filme é tão festejado. Enquanto conta sua história em flashback, o diretor John Ford aproveita para contrastar o antigo e o moderno, o passado e o futuro, a justiça dos punhos e a justiça legal. E nos dá dois retratos de homens ao fazê-lo - ambos, homens de mérito, personagens que admiramos e respeitamos, mesmo se nem sempre concordamos com eles. O filme tem a estatura que seus dois intérpretes, Wayne e Stewart, merecem. "Aqui é o Oeste. Quando a lenda se torna um fato, imprima a lenda".
O que você faria se descobrisse depois de toda uma vida que esteve mergulhada numa mentira? O que você faria se fosse jovem e ambicioso - mas inocente - e acabasse numa viagem ao inferno? "Eu não faço isso porque preciso. Eu não faço isso por dinheiro. Eu faço porque eu gosto".
Não é que o filme seja fraco: não é. Não é que o enredo seja ruim: não é. O problema para mim é o ritmo do filme japonês. Leeenntoo. Eu acabo gostando menos por conta disso.
Comparado ao livro, é fraco. Até entendo o que o roteirista Harold Pinter tentou fazer: como o romance é quase experimental, e ficaria impossível transpor isso para imagens - porque cinema é outra linguagem, diferente de um livro, que trabalha com palavras escritas - ele criou a trama paralela, o 'filme dentro do filme'. Poderia ter sido uma boa ideia. Mas na minha opinião, não funcionou: a trama paralela é desinteressante se comparada à trama do romance original de Fowles. Sem falar que certas cenas parecem ensaiadas demais, artificiais; até os ótimos Meryl Streep e Jeremy Irons ficam comprometidos em suas atuações. Quem conhece o trabalho deles sabe que são bons atores, portanto, a culpa deve ser da orientação do diretor. Uma lástima: Karel Reisz e Harold Pinter pegaram um romance nota 10 e fizeram com ele um filme 2,5. Vergonha.
Manequim
3.1 127 Assista AgoraSabe aquele bobinho que é uma gostosura de assistir? Pois é este. E o casal (McCarthy & Catrall) ajuda. É um filme bobinho feito com capricho.
Fuga Para a Vitória
3.1 122 Assista AgoraRevendo hoje, percebo mais: os sutis retratos de como a guerra e a vida em campo podem influenciar, mudar ou engessar as posições idelógicas dos indivíduos: desde o antigo jogador cuja carreira foi interrompida pela guerra até os companheiros aliados, em cargos de autoridade no campo, e cujo patriotismo acaba por se tornar burocrático, intolerante, incapaz de empatia com os que não pensam igual.
Stallone num papel faroleiro, falante, está fora do seu tipo (geralmente caladão), mas simpático; Caine, uma presença cuja discrição tem seu charme próprio; Pelé traz verossimilhança às cenas de futebol, e Von Sydow consegue dar dignidade ao oficial nazista que é mais um cavalheiro do que um nazista, no final das contas...
Um filme que não cansa.
Cinzas do Passado Redux
3.7 52 Assista AgoraVi as cenas finais. Quero assistir, e muito, mas nem faço questão de entender o filme, e sim de me deleitar com as imagens. Pareceu-me embriagante. Nem sabia da existência desse diretor, e agora vou ficar de olho!
O Preço de um Homem
3.9 27Um filme dos tempos em que um herói conseguia ser forte e ser vulnerável ao mesmo tempo, e isto mostrado com inteligência. Hoje é muito difícil do cinema acertar esse equilíbrio.
Winchester '73
4.0 53 Assista AgoraA parceria Stewart-Mann rendeu mais um filmaço. Todos os que pude ver até agora são memoráveis.
Busca Implacável
4.0 1,3K Assista AgoraO grande trunfo está em Liam Neeson e na empatia que ele consegue estabelecer com o espectador. Assistindo o filme, não pude deixar de me lembrar da série Missing, cuja temporada acabou dias atrás; o foco - um pai em busca da filha sequestrada - me envolveu por completo; essa identificação foi crucial no meu prazer, envolvimento, emoções várias enquanto via o filme. Não tenho filhos, só sobrinhos, com a idade da filha do protagonista: pude entender exatamente o que ele devia estar sentindo...
A Mocidade de Lincoln
3.9 33Excetuando a trilha sonora, que hoje soa um tanto piegas, é um belíssimo filme, com fotografia preto & branco de primeira, falas memoráveis e muita poesia em imagens para focalizar uma figura ícone da história americana.
Fonda encantador. Dá vontade de sair atrás de uma boa biografia de Lincoln para ler.
O Vampiro da Noite
3.8 102Um bom filme do gênero, que depende mais da atmosfera e suspense do que de sangue - ainda que este apareça.
Só não entendi porquê tantas mudanças em relação ao livro de Stoker. Conservaram os nomes dos personagens, mas alteraram todos os relacionamentos entre eles.
Sinfonia de Paris
3.7 133 Assista AgoraRevendo ontem, percebi algo que nunca tinha notado antes, que eu lembre: o quanto a música e a dança nestes filmes servia para expressar os sentimentos das personagens, e colocar mais força nas emoções - especialmente sexuais - que não podiam ser expressas como nos filmes atuais, devido à censura.
Eu acho que essa restrição fazia os roteiristas, compositores, coreógrafos, etc., serem mais criativos...
Penelope
3.5 431 Assista AgoraFinalmente assisti o filme após ter lido o livro mais de um ano atrás; eu vivia recomendando o livro para meus alunos e alunas da biblioteca, pela sua história conto de fadas moderno com ênfase na auto-estima, tema crucial para os adolescentes (e meus alunos-leitores da biblioteca não são diferentes!).
Filme fofo, jovem, e com um elenco charmoso.
Possessão
3.1 79 Assista AgoraTem quase tudo de que eu gosto: livros, ambiente acadêmico, romance, literatura, relacionamentos, enigmas literários... Sou louca para ler o livro de A.S. Byatt, que não encontro em lugar algum.
O filme é também uma amostra de que inveja, ciúmes, ganância, pululam tanto em ambientes sofisticados e "educados" (como as universidades) quanto em qualquer lugar. E de que professores e intelectuais podem ser tão invejosos, competitivos e desonestos quanto o resto das pessoas.
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista AgoraWoody Allen tem outro dos seus momentos gloriosos, aqueles em que tudo funciona: música (mas qual filme de Allen em que a música decepciona?), roteiro, edição, fotografia (o início, com uma série interminável de imagens que são como que instantâneos de Paris, deslumbra), e isso inclui a escalação dos atores. Owen Wilson parece-me encarnar o próprio Woody Allen - ou a versão jovem do tipo de personagem que Allen sempre faz - com felicidade, numa composição minuciosa que imita até mesmo a cadência das frases, a linguagem gestual, incrível... Não sei se Allen filmará outro filme com Wilson; mas penso que deveria. O ator surpreeendeu e aqui, na minha opinião, Allen encontrou seu alter-ego jovem.
O desfile literário-artístico-cinematográfico-musical é de satisfazer qualquer amante de grande literatura, grande arte, grande música; um filme realmente feliz, com uma inesperada (para mim) paixão compartilhada de Woody Allen por Paris. E eu que pensava que ele só amava Nova York....
Kate & Leopold
3.4 261 Assista AgoraSinceramente? As quatro estrelas são todas por causa do Hugh Jackmann e do seu personagem encantador - aquele tipo de homem que a gente procura de vela acesa (e lampada, e lamparina, e abajur, e castiçal) e não acha!!
Jantar com Amigos
2.9 27 Assista AgoraCom uma serie de diálogos sensíveis, inquisitivos, incômodos, o filme pede ouvido e olhos atentos e paciência para acompanhar este desnudar de relações entre homens e mulheres, discutindo casamento, amor, sexo, infidelidade, convivência, vida a dois em monogamia, enfim. Mal acreditei ao verificar que os diálogos foram escritos por um homem: mostram uma sensibilidade e uma agudeza nessa análise cinematográfica de sentimentos e da vida. Elenco ótimo: até Greg Kinnear está bem.
Meu Passado me Condena
4.1 37Um pontaço pro cinema britânico em termos de coragem e ousadia. Pode parecer pouco, mas quando se sabe que apenas nos anos '70 o cinema americano começou a abordar o assunto - e para um "Philadelphia" ainda demorou um bom tempo, podemos avaliar o risco que os ingleses assumiram fazendo este filme. É verdade que o herói não é um homossexual ativo - ele "deseja", mas não pratica - porém, ainda assim, trata-se de uma fita que: usa a palavra "homossexual", "homossexualidade", incluindo a linguagem pejorativa aplicada aos gays; põe, nas peripécias do enredo, em discussão uma LEI que condenava a pratica homossexual à prisão, questionando-a, portanto; não retrata todos os homossexuais do filme como anjos (uma deformação mais comum no cinema americano quando afinal assumiu discutir o tema).
Dirk Bogarde carismático e de uma intensidade dramática que é a um so tempo discreta e expressiva - como talvez só os atores ingleses consigam ser.
Do Inferno
3.6 472 Assista AgoraTendo assistido pela terceira vez, marco como favorito. Quanto mais vejo o filme, mais percebo qualidades nele, descobrindo detalhes que o enriquecem.
E francamente, quem consegue resistir a um Johnny Depp sombrio, melancólico, inteligente e cavalheiresco, além de lindo? Eu não.
Na Noite do Passado
4.3 13Numa palavra? Contenção. Emoções contidas como dor, paixão, saudade; como esperança e desejo. Como o casal de protagonistas se contém! Um, por amnésia unida à uma educação sem par; Outra, por - tantos motivos, em especial amor abnegado. Tem momentos que nem sabemos a quem admirar mais; talvez Paula. Talvez Charles.
Belo, melancólico, comovente. A adaptação pro cinema corta um tanto da surpresa da história - a principal, no livro, é mostrada, no filme, após uns 50 minutos de exibição. Mas, funciona. Intensifica o drama.
A Múmia
3.5 92 Assista AgoraTem seu charme.
Código de Honra
3.6 111 Assista AgoraO filme é requintado ao mostrar aos poucos o preconceito subjacente em ambientes de elite nos EUA dos anos 50. Bem fotografado, bem interpretado (com um time de atores que hoje são estrelas: Fraser, Damon, O'Donnell, Affleck), com um elegante guarda-roupa, o roteiro consegue ser sutil e irônico, inclusive quando insinua num personagem haver menos preconceito e é justo esse quem se revelará o mais destrutivo do grupo. A descoberta da identidade de David Greene acaba funcionando como um teste de caráter entre os jovens alunos do St. Matthews: quem será aprovado com louvor?
O Homem Que Matou o Facínora
4.3 167Belíssimo! Afinal descobri porque este filme é tão festejado. Enquanto conta sua história em flashback, o diretor John Ford aproveita para contrastar o antigo e o moderno, o passado e o futuro, a justiça dos punhos e a justiça legal. E nos dá dois retratos de homens ao fazê-lo - ambos, homens de mérito, personagens que admiramos e respeitamos, mesmo se nem sempre concordamos com eles.
O filme tem a estatura que seus dois intérpretes, Wayne e Stewart, merecem.
"Aqui é o Oeste. Quando a lenda se torna um fato, imprima a lenda".
8mm: Oito Milímetros
3.5 365 Assista AgoraO que você faria se descobrisse depois de toda uma vida que esteve mergulhada numa mentira?
O que você faria se fosse jovem e ambicioso - mas inocente - e acabasse numa viagem ao inferno?
"Eu não faço isso porque preciso. Eu não faço isso por dinheiro. Eu faço porque eu gosto".
Os Sete Samurais
4.5 404Não é que o filme seja fraco: não é. Não é que o enredo seja ruim: não é. O problema para mim é o ritmo do filme japonês. Leeenntoo. Eu acabo gostando menos por conta disso.
A Árvore dos Sonhos
3.8 112 Assista AgoraO mesmo problema de A corrente do bem: o final estraga o filme.
A Mulher do Tenente Francês
3.7 64 Assista AgoraComparado ao livro, é fraco. Até entendo o que o roteirista Harold Pinter tentou fazer: como o romance é quase experimental, e ficaria impossível transpor isso para imagens - porque cinema é outra linguagem, diferente de um livro, que trabalha com palavras escritas - ele criou a trama paralela, o 'filme dentro do filme'. Poderia ter sido uma boa ideia. Mas na minha opinião, não funcionou: a trama paralela é desinteressante se comparada à trama do romance original de Fowles. Sem falar que certas cenas parecem ensaiadas demais, artificiais; até os ótimos Meryl Streep e Jeremy Irons ficam comprometidos em suas atuações. Quem conhece o trabalho deles sabe que são bons atores, portanto, a culpa deve ser da orientação do diretor.
Uma lástima: Karel Reisz e Harold Pinter pegaram um romance nota 10 e fizeram com ele um filme 2,5. Vergonha.