Na primeira olhada neste filme baseado no excelente romance de Somerset Maugham, quando só vi dele o final, já fiquei fascinada. E não deu outra: acabei de assisti-lo na íntegra. É filmaço, pra rever. Primeiro: o tratamento - com base no livro - que dá ao tema do adultério, já que a 'solução' adotada pelo cônjuge traído é ambígua, intrigante, tornando a obra tensa e exigindo do espectador atenção todo o tempo, em busca das reais motivações dos personagens. Segundo: é um filme feito de closes, planos americanos, enquadramentos que sugerem intimidade e até um sutil erotismo - isso quando muitas vezes os atores mal se tocam. Terceiro: Greta Garbo. Tudo bem, sou fã, mas a presença dela acende uma luz na tela. Uaau. Adoro, adoro vê-la simplesmente se movendo em cena. Neste, a curiosidade está em perceber desde as cenas iniciais a orientação que o diretor parece ter dado a Greta: ela se mostra levíssima, espontânea, de uma forma que não me lembro de tê-la visto em outros filmes. Quarto: as mudanças no roteiro em comparação com o romance. O livro de Maugham é uma história de redenção, de renascimento (como em O Fio da Navalha, em contexto diferente, porém); aqui, a grande ênfase está na subtrama de amor que se torna "a" história/ tema do filme. Acho o romance de primeira linha, como disse acima, mas gostei das modificações. A proposta, embora tenha sacrificado um pouco a dubiedade, a complexidade de alguns personagens, funcionou bem aqui, a meu ver. Fotografia em preto & branco linda, é para ver de novo. E de novo.
Este é meu filme para o Dia dos Pais. Com um ponto de partida que já se tornou comum - a ideia de alterar o futuro/passado - usando de artimanhas um pouco diferentes, tem-se um filme misturando bem ficção cientifica, drama, romance, suspense/policial; no mínimo, quatro gêneros que se reunem, e na minha opinião, muito bem. Uma história que emociona e envolve, sem deixar o interesse cair, à medida em que transita entre os gêneros. Dennis Quaid brilha como pai. Adoro este filme.
Filme estupendo. Ele faz o que só recentemetne descobri um romancista policial fazendo: ambienta sua trama de crime - um serial killer! - em plena Alemanha nazista. Com um elenco - que elenco! - que inclui O' Toole, Shariff, Courtenay e Noiret, todos de primeira, e em papéis fortes (cada um deles tem sua chance de brilhar), eis um filme policial que transita num pano de fundo histórico dramático. É possível para Grau ser um policial justo num ambiente em que a injustiça tornou-se a lei? Que interesses ele deve atender primeiro? Pode-se ser amigo de alguém que serve a um sistema que desprezamos? E os suspeitos - são todos culpados, ou eles tem outros segredos que não os assassinatos? Trilha sonora forte, imagens marcantes, cenas rápidas que funcionam como análises da psique (ver Tanz observando a tela de Vincent Van Gogh). Maravilhoso.
Eu gosto mais da refilmagem de 1947, com Danny Kaye e Virginia Mayo nos papéis de Cooper e Stanwyck; mas este também é fofo. Romantismo discreto, humor de bom gosto, trama cômica bem urdida, bons diálogos.
Infelizmente não faz tudo o que poderia ser feito, em se tratando de um dos melhores de Agatha. Muitas sutilezas de crônica de costumes se perdem, e alterações no roteiro - para ficar 'politicamente correto' - nada acrescentam de valioso. As 4 estrelas são pelo fato de eu gostar tanto do romance original.
Defeito gritante: os diálogos que oscilam entre o tom antigo e formal - que deveriam ter, por se tratar de um filme histórico, além de bíblico - e o uso de expressões coloquiais, que soam esquisitas e estragam a atmosfera. Qualidades: Rita, Rita, Rita - e Stewart Granger, charmosíssimo. Momentos de clima; o guarda-roupa de Rita (Salomé); a música; o ritmo, que mostra que apesar dos senões é um filme bem editado; e , claro, a dança... Toma liberdades com a personagem bíblica Salomé, e portanto não é pra ser levado a sério; mas é charmoso e agrada bastante se ignorarmos essa inexatidão.
Com bons diálogos, um casal de atores de primeira, e uma trama boa para comédia, é um dos filmes menos conhecidos das carreiras de Peck e Bacall. Merecia ser mais divulgado. A melhor piada: "Olhou torto". Para quem viu, está entendido.
A liderança é necessária, porque as pessoas não sabem exercer sua liberdade. A liderança é necessária, mesmo se o líder for um tirano. Esta parece ser a posição defendida por Fellini. Um filme do qual se pode discordar, mas que faz refletir.
Muito, muito pouco do romance maravilhoso de Alexandre Dumas. Parece uma versão do Zorro misturado com uma outra obra de Dumas, Os irmãos corsos. As 4 estrelas: porque, se esquecermos a infidelidade com o livro, dá pra relaxar e curtir um filme de aventura francês bem realizado.
O filme é muito rico, e estou consciente de não poder esgotá-lo; enquanto escrevo essas linhas, outras idéias ainda me vêm - a associação (a primeira que fiz ao assisti-lo) com uma velha novela de Charles Dickens, O Homem e o Espectro, sobre a importãncia da memória (o herói desta narrativa também deseja "apagar" certas lembranças); canções de amor; pinturas; tanto...
O filme parece dizer que só o compartilhamento pode salvar o amor; só a intimidade emocional - e não somente a física, do sexo - pode manter unidas duas pessoas, apesar do risco que essa intimidade, esse compartilhamento, envolvem - risco que, nas cenas finais, torna-se bem claro. Mas que isto - afinal - é a beleza, a riqueza agridoce do amor: amar. Partilhar. Arriscar-se. E ambos, homem e mulher, crescerem juntos nesse processo.
Um belo filme. Por vezes um filme difícil de assistir, pois tem jeitão de cinema independente, ritmo mais lento, mais solto, do que dos filmes americanos comuns. Contudo, belo. Melancólico. Dorido. Romântico e Realista. E - a surpresa final, para mim, assistindo-o - um filme feliz.
O título "Brilho eterno..." é uma citação de Alexander Pope, poeta inglês do século XVIII; no filme, os versos são ditos por Kirsten Dunst, encantadora como sempre, a Mary Jane do Homem-Aranha. Brilho, sim, talvez eterno - porque a história permanece conosco, faz parte de nós ao acabarmos de assisti-la...
Vale pela beleza de Deneuve, a simpatia de Dorleac (falecida de forma trágica) e o esforço de fazer um musical que soa como homenagem aos musicais americanos, incluindo a presença de Gene Kelly. Porém a trilha sonora é péssima.
Não é melhor devido a certas piadas clichês e outras de gosto duvidoso; mas quem assistir sem preconceitos contra comédias leves pode ser surpreendido por descobrir nele críticas bem afiadas. C. Thomas Howell era ultrasimpático.
A primeira metade é engraçadíssima; a segunda, bem séria, mostrando as questões éticas da profissão: e se você desconfia da culpa de seu cliente? Se der pra transitar bem de um extremo ao outro, merece ser visto. Ah! John Hurt, como sempre, destacando-se na atuação.
Uma delícia! E injustamente desconhecido. Engraçado, romântico, com toques inteligentes em diálogos, o filme é um prazer de se assistir. Berenger e Perkins ótimos como o casal de investigadores vigiando um ao outro a certa altura. Sobre os altos e baixos do amor, como tantos filmes, porém numa visão entre séria e alegre; porque vale a pena. Apesar de tudo. A última cena é tipo "ou vai ou racha" ou "chegou a hora do vamos ver".
Levei anos para ler o livro em que o filme é baseado. Aliás, é bem fiel; a maior alteração talvez esteja no fato do filme suavizar o terror mais explícito e chocante do livro. Há detalhes no livro que aqui ficam somente sugeridos ou nem são mencionados. Elenco pequeno, porque a ação se concentra no pequeno grupo dentro da casa mal assombrada. Mas afiado (todos ingleses, o que é estranho já que o romance original é americano). Destaque para a sequência final - hoje mais comum, mas ainda assim emocionante para quem acompanha o filme inteiro e o terror vivido pelos personagens. Outro destaque está na posição equilibrada que o roteiro toma - apresentando mais do que pode parecer...
4 estrelas e meia por causa do começo - demora a engrenar, você precisa ter boa vontade para insistir - e por certa complexidade no desenvolvimento ameaçando a compreensão. Porque quase 5: porque é um filme fantástico, com frases/ falas antológicas. Uma, de Morpheu (Fishburne): "Você aprende que o conhecimento e o caminho para percorrê-lo são coisas diferentes". E muitas, muitas mais. Já falaram, mas é verdade: dá pra fazer ponte adequada entre Platão e "Matrix". Filosofia é o que não falta neste filme. Só ser um filme visualmente estonteante, com Keanu Reeves esbanjando seu estilo charme inconsciente e Carrie Anne Moss fazendo presença ambígua - no fim, romântica - amarrado a um roteiro inteligente, vale muito bem as quase 5 estrelas. Chega perto.
Tenho saudades deste filme: do seu humor, da sua alegria, de ver Belmondo e Bisset jovens e divertidos... Uma cena: a da fila de tradutores - hilária!! Ainda: o fato dessa comédia servir como discussão - bem humorada - dos percalços da escrita e da forma como os 'entendidos' projetam N coisas e significados no que escrevemos; as constantes mudanças no enredo do livro que François está escrevendo, e assim, mudanças no ritmo do filme; e mais... É preciso ver para entender porque ele é tão bom, tão alegre, e - sim - um filme feliz. No cinema francês contemporâneo, só vejo isso em "O fabuloso destino de Amélie Poulain", embora as propostas dos dois filmes sejam bem diferentes.
Alguém reparou que este filme não tem momentos que soam parados, nenhuma cena 'chata', mas ação o tempo todo, como muitos filmes contemporâneos? Com uma diferença: a ação é utilizada habilmente para mostrar / revelar o caráter das personagens, que mudam e se transformam diante dos nossos olhos. Marilyn - sem comparação. Não há o que dizer de uma mulher tão linda e tão subestimada como atriz (até feministas radicais como Germaine Greer perceberam isto). Robert Mitchum - uaau. Está bonito, o homem! Nunca achei. Mas aqui está. Geralmente gosto muito dos filmes de Preminger, e este não foi exceção.
Na primeira vez que assisti, fiquei meio decepcionada. Revi hoje e a impressão mudou. É bonito, baseando-se nos 2 livros - dois - de Louisa May Alcott, "Mulherzinhas" e "Boas Esposas" (a sequência). Tem algumas imagens gratuitas lindas - a dos pés femininos correndo por cima de uma cerca - onde, talvez aí, se veja a marca da diretora Gillian Armstrong, de "Mrs. Soffell" (sua obra-prima). Elenco excelente, onde gostei até mesmo de Christian Bale (primeira vez em que isso acontece). Por que não 5 estrelas exatas? Porque, quem conhece a capacidade de Armstrong, sabe que ela poderia ter feito melhor, ter marcado mais o filme como algo seu.
Vale por: nos lembrar que, em suas origens, o teatro shakespeareano era popular, acessível a todo tipo de público; e por Rupert Everett numa breve ponta como o talentoso e misterioso Christopher Marlowe, que consta ter influenciado - e causado inveja - no jovem Shakespeare.
Feliz na fotografia, feliz na música, feliz na direção de arte, na escolha do elenco, no roteiro baseado em C.S. Lewis (bastante fiel). Li críticas logo que o filme saiu que demonstraram a ignorância total desses 'críticos' quanto à linguagem simbólica e religiosa. Sinceramente? Quem não tem conhecimento/informação pra falar de uma coisa, é melhor não opinar, pois passa vergonha.
Eu gosto da ideia deste filme. Quem sabe quantos de nós, se 'acordássemos' por alguma razão, não iámos descobrir que a pessoa que éramos não nos agrada... Um fime sobre nascer de novo, sobre redenção; sobre segundas chances - com o casamento, com a filha, com o trabalho...
O Véu Pintado
3.6 21Na primeira olhada neste filme baseado no excelente romance de Somerset Maugham, quando só vi dele o final, já fiquei fascinada. E não deu outra: acabei de assisti-lo na íntegra. É filmaço, pra rever.
Primeiro: o tratamento - com base no livro - que dá ao tema do adultério, já que a 'solução' adotada pelo cônjuge traído é ambígua, intrigante, tornando a obra tensa e exigindo do espectador atenção todo o tempo, em busca das reais motivações dos personagens.
Segundo: é um filme feito de closes, planos americanos, enquadramentos que sugerem intimidade e até um sutil erotismo - isso quando muitas vezes os atores mal se tocam.
Terceiro: Greta Garbo. Tudo bem, sou fã, mas a presença dela acende uma luz na tela. Uaau. Adoro, adoro vê-la simplesmente se movendo em cena. Neste, a curiosidade está em perceber desde as cenas iniciais a orientação que o diretor parece ter dado a Greta: ela se mostra levíssima, espontânea, de uma forma que não me lembro de tê-la visto em outros filmes.
Quarto: as mudanças no roteiro em comparação com o romance. O livro de Maugham é uma história de redenção, de renascimento (como em O Fio da Navalha, em contexto diferente, porém); aqui, a grande ênfase está na subtrama de amor que se torna "a" história/ tema do filme. Acho o romance de primeira linha, como disse acima, mas gostei das modificações. A proposta, embora tenha sacrificado um pouco a dubiedade, a complexidade de alguns personagens, funcionou bem aqui, a meu ver.
Fotografia em preto & branco linda, é para ver de novo. E de novo.
Alta Frequência
3.9 389 Assista AgoraEste é meu filme para o Dia dos Pais. Com um ponto de partida que já se tornou comum - a ideia de alterar o futuro/passado - usando de artimanhas um pouco diferentes, tem-se um filme misturando bem ficção cientifica, drama, romance, suspense/policial; no mínimo, quatro gêneros que se reunem, e na minha opinião, muito bem. Uma história que emociona e envolve, sem deixar o interesse cair, à medida em que transita entre os gêneros.
Dennis Quaid brilha como pai. Adoro este filme.
A Noite dos Generais
3.9 17Filme estupendo. Ele faz o que só recentemetne descobri um romancista policial fazendo: ambienta sua trama de crime - um serial killer! - em plena Alemanha nazista. Com um elenco - que elenco! - que inclui O' Toole, Shariff, Courtenay e Noiret, todos de primeira, e em papéis fortes (cada um deles tem sua chance de brilhar), eis um filme policial que transita num pano de fundo histórico dramático. É possível para Grau ser um policial justo num ambiente em que a injustiça tornou-se a lei? Que interesses ele deve atender primeiro? Pode-se ser amigo de alguém que serve a um sistema que desprezamos? E os suspeitos - são todos culpados, ou eles tem outros segredos que não os assassinatos?
Trilha sonora forte, imagens marcantes, cenas rápidas que funcionam como análises da psique (ver Tanz observando a tela de Vincent Van Gogh).
Maravilhoso.
Bola de Fogo
4.1 36 Assista AgoraEu gosto mais da refilmagem de 1947, com Danny Kaye e Virginia Mayo nos papéis de Cooper e Stanwyck; mas este também é fofo. Romantismo discreto, humor de bom gosto, trama cômica bem urdida, bons diálogos.
A Mão Misteriosa
3.8 3Infelizmente não faz tudo o que poderia ser feito, em se tratando de um dos melhores de Agatha. Muitas sutilezas de crônica de costumes se perdem, e alterações no roteiro - para ficar 'politicamente correto' - nada acrescentam de valioso.
As 4 estrelas são pelo fato de eu gostar tanto do romance original.
Salomé
3.6 19 Assista AgoraDefeito gritante: os diálogos que oscilam entre o tom antigo e formal - que deveriam ter, por se tratar de um filme histórico, além de bíblico - e o uso de expressões coloquiais, que soam esquisitas e estragam a atmosfera.
Qualidades: Rita, Rita, Rita - e Stewart Granger, charmosíssimo. Momentos de clima; o guarda-roupa de Rita (Salomé); a música; o ritmo, que mostra que apesar dos senões é um filme bem editado; e , claro, a dança...
Toma liberdades com a personagem bíblica Salomé, e portanto não é pra ser levado a sério; mas é charmoso e agrada bastante se ignorarmos essa inexatidão.
Teu Nome é Mulher
3.6 8Com bons diálogos, um casal de atores de primeira, e uma trama boa para comédia, é um dos filmes menos conhecidos das carreiras de Peck e Bacall. Merecia ser mais divulgado.
A melhor piada: "Olhou torto". Para quem viu, está entendido.
Ensaio de Orquestra
4.0 45 Assista AgoraA liderança é necessária, porque as pessoas não sabem exercer sua liberdade.
A liderança é necessária, mesmo se o líder for um tirano.
Esta parece ser a posição defendida por Fellini.
Um filme do qual se pode discordar, mas que faz refletir.
A Tulipa Negra
3.3 8Muito, muito pouco do romance maravilhoso de Alexandre Dumas. Parece uma versão do Zorro misturado com uma outra obra de Dumas, Os irmãos corsos.
As 4 estrelas: porque, se esquecermos a infidelidade com o livro, dá pra relaxar e curtir um filme de aventura francês bem realizado.
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista AgoraO filme é muito rico, e estou consciente de não poder esgotá-lo; enquanto escrevo essas linhas, outras idéias ainda me vêm - a associação (a primeira que fiz ao assisti-lo) com uma velha novela de Charles Dickens, O Homem e o Espectro, sobre a importãncia da memória (o herói desta narrativa também deseja "apagar" certas lembranças); canções de amor; pinturas; tanto...
O filme parece dizer que só o compartilhamento pode salvar o amor; só a intimidade emocional - e não somente a física, do sexo - pode manter unidas duas pessoas, apesar do risco que essa intimidade, esse compartilhamento, envolvem - risco que, nas cenas finais, torna-se bem claro. Mas que isto - afinal - é a beleza, a riqueza agridoce do amor: amar. Partilhar. Arriscar-se. E ambos, homem e mulher, crescerem juntos nesse processo.
Um belo filme. Por vezes um filme difícil de assistir, pois tem jeitão de cinema independente, ritmo mais lento, mais solto, do que dos filmes americanos comuns. Contudo, belo. Melancólico. Dorido. Romântico e Realista. E - a surpresa final, para mim, assistindo-o - um filme feliz.
O título "Brilho eterno..." é uma citação de Alexander Pope, poeta inglês do século XVIII; no filme, os versos são ditos por Kirsten Dunst, encantadora como sempre, a Mary Jane do Homem-Aranha. Brilho, sim, talvez eterno - porque a história permanece conosco, faz parte de nós ao acabarmos de assisti-la...
Duas Garotas Românticas
4.1 64 Assista AgoraVale pela beleza de Deneuve, a simpatia de Dorleac (falecida de forma trágica) e o esforço de fazer um musical que soa como homenagem aos musicais americanos, incluindo a presença de Gene Kelly. Porém a trilha sonora é péssima.
Uma Escola Muito Louca
3.0 66 Assista AgoraNão é melhor devido a certas piadas clichês e outras de gosto duvidoso; mas quem assistir sem preconceitos contra comédias leves pode ser surpreendido por descobrir nele críticas bem afiadas.
C. Thomas Howell era ultrasimpático.
Este Advogado é uma Parada
2.6 1A primeira metade é engraçadíssima; a segunda, bem séria, mostrando as questões éticas da profissão: e se você desconfia da culpa de seu cliente?
Se der pra transitar bem de um extremo ao outro, merece ser visto.
Ah! John Hurt, como sempre, destacando-se na atuação.
Armadilhas do Amor
3.0 5Uma delícia! E injustamente desconhecido. Engraçado, romântico, com toques inteligentes em diálogos, o filme é um prazer de se assistir. Berenger e Perkins ótimos como o casal de investigadores vigiando um ao outro a certa altura. Sobre os altos e baixos do amor, como tantos filmes, porém numa visão entre séria e alegre; porque vale a pena. Apesar de tudo.
A última cena é tipo "ou vai ou racha" ou "chegou a hora do vamos ver".
A Casa da Noite Eterna
3.6 108Levei anos para ler o livro em que o filme é baseado. Aliás, é bem fiel; a maior alteração talvez esteja no fato do filme suavizar o terror mais explícito e chocante do livro. Há detalhes no livro que aqui ficam somente sugeridos ou nem são mencionados.
Elenco pequeno, porque a ação se concentra no pequeno grupo dentro da casa mal assombrada. Mas afiado (todos ingleses, o que é estranho já que o romance original é americano).
Destaque para a sequência final - hoje mais comum, mas ainda assim emocionante para quem acompanha o filme inteiro e o terror vivido pelos personagens.
Outro destaque está na posição equilibrada que o roteiro toma - apresentando mais do que pode parecer...
Matrix
4.3 2,5K Assista Agora4 estrelas e meia por causa do começo - demora a engrenar, você precisa ter boa vontade para insistir - e por certa complexidade no desenvolvimento ameaçando a compreensão.
Porque quase 5: porque é um filme fantástico, com frases/ falas antológicas. Uma, de Morpheu (Fishburne): "Você aprende que o conhecimento e o caminho para percorrê-lo são coisas diferentes". E muitas, muitas mais.
Já falaram, mas é verdade: dá pra fazer ponte adequada entre Platão e "Matrix". Filosofia é o que não falta neste filme. Só ser um filme visualmente estonteante, com Keanu Reeves esbanjando seu estilo charme inconsciente e Carrie Anne Moss fazendo presença ambígua - no fim, romântica - amarrado a um roteiro inteligente, vale muito bem as quase 5 estrelas. Chega perto.
O Magnífico
3.8 19Tenho saudades deste filme: do seu humor, da sua alegria, de ver Belmondo e Bisset jovens e divertidos...
Uma cena: a da fila de tradutores - hilária!!
Ainda: o fato dessa comédia servir como discussão - bem humorada - dos percalços da escrita e da forma como os 'entendidos' projetam N coisas e significados no que escrevemos; as constantes mudanças no enredo do livro que François está escrevendo, e assim, mudanças no ritmo do filme; e mais...
É preciso ver para entender porque ele é tão bom, tão alegre, e - sim - um filme feliz. No cinema francês contemporâneo, só vejo isso em "O fabuloso destino de Amélie Poulain", embora as propostas dos dois filmes sejam bem diferentes.
O Rio das Almas Perdidas
3.5 86Alguém reparou que este filme não tem momentos que soam parados, nenhuma cena 'chata', mas ação o tempo todo, como muitos filmes contemporâneos? Com uma diferença: a ação é utilizada habilmente para mostrar / revelar o caráter das personagens, que mudam e se transformam diante dos nossos olhos.
Marilyn - sem comparação. Não há o que dizer de uma mulher tão linda e tão subestimada como atriz (até feministas radicais como Germaine Greer perceberam isto).
Robert Mitchum - uaau. Está bonito, o homem! Nunca achei. Mas aqui está.
Geralmente gosto muito dos filmes de Preminger, e este não foi exceção.
Adoráveis Mulheres
3.8 231 Assista AgoraNa primeira vez que assisti, fiquei meio decepcionada. Revi hoje e a impressão mudou. É bonito, baseando-se nos 2 livros - dois - de Louisa May Alcott, "Mulherzinhas" e "Boas Esposas" (a sequência). Tem algumas imagens gratuitas lindas - a dos pés femininos correndo por cima de uma cerca - onde, talvez aí, se veja a marca da diretora Gillian Armstrong, de "Mrs. Soffell" (sua obra-prima).
Elenco excelente, onde gostei até mesmo de Christian Bale (primeira vez em que isso acontece).
Por que não 5 estrelas exatas? Porque, quem conhece a capacidade de Armstrong, sabe que ela poderia ter feito melhor, ter marcado mais o filme como algo seu.
Sonho de Uma Noite de Verão
3.5 93 Assista AgoraO quase insuportável é aturar Kevin Kline.
Shakespeare Apaixonado
3.5 650 Assista AgoraVale por: nos lembrar que, em suas origens, o teatro shakespeareano era popular, acessível a todo tipo de público; e por Rupert Everett numa breve ponta como o talentoso e misterioso Christopher Marlowe, que consta ter influenciado - e causado inveja - no jovem Shakespeare.
As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o …
3.8 1,2K Assista AgoraFeliz na fotografia, feliz na música, feliz na direção de arte, na escolha do elenco, no roteiro baseado em C.S. Lewis (bastante fiel). Li críticas logo que o filme saiu que demonstraram a ignorância total desses 'críticos' quanto à linguagem simbólica e religiosa.
Sinceramente? Quem não tem conhecimento/informação pra falar de uma coisa, é melhor não opinar, pois passa vergonha.
Lutero
3.4 191Bastante fiel à biografia de Lutero, a realização deste filme numa época tão orgulhosa da descrença surpreende. Nem tudo está perdido.
Uma Segunda Chance
3.5 59 Assista AgoraEu gosto da ideia deste filme. Quem sabe quantos de nós, se 'acordássemos' por alguma razão, não iámos descobrir que a pessoa que éramos não nos agrada... Um fime sobre nascer de novo, sobre redenção; sobre segundas chances - com o casamento, com a filha, com o trabalho...