Assisti esse filme sem nenhuma expectativa, e, ainda assim, achei ruim de doer! Tudo nele soa forçado: as situações, a burrice dos personagens e o absurdo que cerca essa história.
O que chama atenção aqui é o Cauã Raymond, um ator que considero acima da qualidade mediana, no elenco desse filme, afinal ver Tatá Werneck se prestando a atuar papéis ridículos em produções medíocres não é exatamente uma novidade na carreira dela, mas Cauã, que já encarou personagens bem mais exigentes, soa bastante estranho.
O conjunto da obra aqui é bem ruim, essencialmente desinteressante e cheia daquelas piadas ordinárias e esquecíveis, tão esquecíveis quanto o filme por um todo. A palavra que melhor define "Uma quase dupla" é constrangedor, afinal ele desperta vergonha alheia cena após cena.
Dei uma estrela e meia apenas pela canção "Mas você não vem", versão de As Marcianas para o sucesso Take My Breath Away, que até então não conhecia.
Ótimo documentário. Conseguiu condensar bem os acontecimentos de 1998 e fazer a linha do tempo, mostrando a jornada das vítimas até hoje, tentando receber suas indenizações, mais de 20 anos depois. Minha crítica fica só pela ausência das imagens daqueles que perderam a vida na tragédia. Os oito mortos foram relacionados ao fim, mas seus rostos não foram expostos ao longo do documentário ou mesmo no final .
Fui assistir sem nenhuma expectativa (especialmente porque sou fã da franquia original) e sinceramente, gostei muito!
Não cabe aqui cotejar esse remake com o original pois são essencialmente diferentes. O novo Chucky (eita boneco feio!!!) é um brinquedo moderno. Não colaria em pleno 2019 um boneco virar febre "apenas" pq repete frases bobinhas, né? O novo boneco é um robô, dotado de inteligência artificial, que se conecta na internet e interage com seu dono.
A atualização acabou afastando a atmosfera sobrenatural vista no original, substituindo um boneco possuído pelo espírito de um serial killer por um outro que após ter tido sua programação alterada propositadamente na fábrica, aprende de forma intuitiva (e até obsessiva) a matar para agradar seu dono, deixando a trama bem mais crível do que a original.
O filme começa meio bobinho, mas vai crescendo conforme a história se desenvolvei, deixando pouco a pouco para trás o tom bem humorado que marca principalmente o primeiro ato, para ganhar contornos gore que não vemos na versão original.
Para fãs da franquia original, cabe observar também as referências que o filme apresenta, que não se resumem apenas ao Brinquedo Assassino original, mas também ao cinema contemporâneo ao clássico cult.
Não é um filme espetacular, afinal como qq produção do gênero tem lá suas falhas de roteiro, mas de um modo geral possui um bom elenco e apresenta uma história que funciona bem na tela e consegue divertir, dentro daquilo que se propõe. Vale muito a pena conferir!
Achei visualmente impecável! Jesuíta Barbosa brilha em cada cena, com sua sempre versátil atuação. Isis Valverde executa bem o papel, ainda que engessada nos mesmos moldes de sempre. O filme tinha tudo para agradar, mas simplesmente não consegui me conectar com a história. Em alguns momentos achei até enfadonho, dando a impressão que o filme é mto mais longo do que seus 107 minutos. Uma pena.
Tinha tudo para ser um bom filme, mas no final das contas acabou sendo um grande desastre. Imputar a culpa desse fiasco apenas à Will Ferrell é ignorar a mediocridade do roteiro assinado por Delia Ephron e pela diretora Nora Ephron, explicitamente inconsistente e desinteressante. A história até começa bem, pois ainda que diferente do original, fica clara a intenção de fazer desse filme uma homenagem, reverenciando a memória da série clássica. Inserir o conteúdo repaginado da serie sessentista num contexto de um remake sendo produzido foi sem dúvida o principal acerto desse filme. O problema é que conforme a trama se desenvolve, o desastre vai ganhando forma.
Nicole Kidman parece ter captado a essência da Samantha, ao mesmo tempo em que construiu uma Isabel bem moldada ao estilo da personagem clássica. Mas fazer dupla com Will Ferrell foi o desastre completo. A falta de química entre os dois e as atuações exageradas e constrangedoras de Will Ferrel representam a última pá de cal sob esse fracasso retumbante, que só não é totalmente esquecível, devido a presença de Kidman em cena.
Quando esse filme esteve em cartaz no cinema, vi dezenas de pessoas lançando os mais altos elogios à produção, atribuindo a ele um novo patamar em filmes de ação. Por isso, agora que a hype já ficou para trás, finalmente tive oportunidade de assisti-lo e bem... não achei essa coca-cola toda.
É bem verdade que o filme tem estilo. Reúne um ótimo elenco, tem cenas bem bacanas e uma trilha sonora bem interessante. No entanto, não vi nada nessa produção que eu já não tenha sido dezenas de vezes revisitado em filmes semelhantes, como 60 Segundos, Uma Saída de Mestre e Velozes e Furiosos, por exemplo.
Em Ritmo de Fuga é só mais um filme de ação de protagonizado por ladrões relativamente carismáticos (logo, despertam empatia e identidade com o espectador), repleto de cenas de perseguição e fuga em meio ao perímetro urbano e com a já esperada pitada de romance bandido; ou seja, nada de novo sob o sol!
Ao final, fiquei até com a sensação de ter visto um filme longo demais para o que se propunha. Mas ao que pese esse final um tantinho decepcionante, Em Ritmo de Fuga é uma ótima opção de entretenimento para espectadores que curtam filmes com cenas de fuga automotivas de tirar o fôlego.
Vidas Secas, de Graciliano Ramos, não é uma obra de fácil adaptação. A maior parte da narrativa se desenvolve através do fluxo de pensamento dos personagens, incluindo a cachorra Baleira. Transportar isso para um filme é uma missão praticamente impossível.
O emprenho de Nelson Pereira dos Santos em aproveitar o máximo da atmosfera do livro é notável no filme. Temos longas cenas com ausência total de diálogos, respeitando uma das principais características destes personagens no original, que é sua limitada articulação verbal.
Entretanto, ainda que muito belo o filme, enquanto adaptação, é uma produção bastante prejudicada. Não que eu ache que faltou esforço por parte do diretor/roteirista, mas sim pela complexidade de se alcançar a gama de reflexões destes personagens somente através de imagens. Baleia, a personagem mais carismática do livro, foi sem dúvida a mais prejudicada na transposição para o cinema, haja vista que seria absolutamente inverossímil expor o fluxo de pensamento canino através de voz off em suas cenas.
Mas, de um modo geral, é inegável que o trabalho de Nelson Pereira dos Santos nessa produção é espetacular. O resultado é um filme tã impactante quanto o livro, dadas as devidas proporções.
A próxima vez que eu ouvir/ler alguém reclamando que nos filmes brasileiros só tem putaria e cena de sexo desnecessária, juro que vou mandar assistir "Cinquenta Tons de Liberdade"! Nunca vi tanta cena de sexo gratuita e descontextualizada num filme como nesse. Acho que o ápice do absurdo foi a rapidinha no Audi depois uma sequência de perseguição. Fiquei tentando entender a lógica: fomos perseguidos por algum lunático numa estrada deserta. Consigo despistar o maluco me escondendo numa vaga de estacionamento. O que faço em seguida? Fodo no carro, claro! Cena digna de dramaturgia de filme pornô, mas sem o plus de ver alguém nu, pq eles metem de roupa mesmo e a broxante foda dura menos de 1 minuto! Surreal!
Em meio a trepação dos recém-casados, temos um pretenso suspense, envolvendo o vilão-perseguidor Jack Hyde, com uma "brilhante" motivação, digna de novela infantil do SBT ou filme de porrada. Fiquei tipo: "é sério isso?. Dor de cotovelo pq não foi o escolhido na adoção?". Foi o conflito mais jogado e porcamente trabalhado em uma trama que já vi, me trazendo lembranças da piada que foi o vilão de O Poderoso Chefão 3. Senti vergonha alheia pelo Eric Johnson, em mais um papel medíocre de sua carreira.
Enfim, é um filme assitível, que dá pra entreter em menos de duas horas, especialmente se vc conseguir desapegar de conceitos como relacionamento abusivo e agregamento de conteúdo.
Filmaço! Tenso ao extremo e bem atuado. A expressão debochada do Vidrine, de John Malkovich é a síntese do descaso e ganância que levaram a esse desastre, que ceifou vidas reais, cujos rostos temos oportunidade de conhecer nos créditos finais. Não posso deixar de destacar a presença da bandeira dos EUA, tremulando em meio ao fogo, como velho sinal de patriotismo embutido em toda produção hollywoodiana de cunho heroico. É uma tomada clichê a ser sempre observada, haha.
Tem lá seus momentos divertidos, mas achei o conceito do filme meio patético. Uma mulher linda, bem sucedida e independente, obcecada em arrumar um marido? Sei lá. A parte mais problemática eu acho que é o final, que vendeu um conceito conservador e machista, sobre a mulher que transa no primeiro encontro. Sinceramente, achei a sequência bem superior a esse!
Filmes que exploram a complexa relação de adolescentes com seus pais e seu eventual amadurecimento não são novidade no mundo do cinema. Ao assistir Lady Bird, indicado ao Oscar de melhor filme, esperava algo realmente surpreendente, inédito ou pelo menos tão pungente e arrebatador quanto "Bem Vindo à Casa de Bonecas"
No entanto, ao que pese o bom roteiro e as excelentes atuações, sinceramente, não vi nada que já não tenha sido revisitado anteriormente em outras produções. Mas é inegável que o filme tenha seu valor, especialmente pelos trabalhos de Laurie Metcalf e Saoirse Ronan, que brilham em cada cena explorando o relacionamento de mãe e filha. Além disso, a produção retrata de forma muito sensível e sem rodeio, questões comuns ao universo adolescente, sem transformá-los em caricaturas.
Apesar da pouca experiência na direção, Greta Gerwig realizou um trabalho bastante seguro e bem acabado, mas ainda sinto que sua indicação na categoria de melhor direção foi meramente para calar a boca dos movimentos que defendem uma maior representatividade feminina entre os indicados ao Oscar, historicamente dominada pelos homens, com exceção das categorias próprias.
De qualquer forma, é um filme que, ao menos na minha opinião, vale a pena ser conferido!
Que filme deliciosamente ruim! De tão trash, ele se torna divertido. As duas loucas de pedra, Genesis e Bel, dão um show de sedução e psicopatia, cena após cena, com destaque para Lorenza Izzo.
Keanu Reeves é... Keanu Reeves, versatilidade nunca fui o forte desse rapaz que deu sorte durante um bom período em sua carreira, ao abraçar personagens que não demandavam muito esforço dramatúrgico em filmes que se tornaram grandes sucessos. Aqui ele interpreta ele mesmo, novamente, sem grandes destaques.
O roteiro e o argumento do filme são péssimos. A conclusão piegas, mais ainda. No entanto, é um ótimo filme para quem só quer assistir um suspense despretensioso, no estilo daqueles dos anos 90, e se divertir em menos de duas horas. Recomendo!
Cumpre o que promete: divertir! Temos Paulo Gustavo interpretando ele mesmo, mas sempre com o mesmo time humorístico que o vemos na pele da Dona Hermínia. Aliás, noto que essa forma de atuação, antes mais característica da personagem de Minha mãe é uma peça, parece ter sido incorporada definitivamente na expressão do humorista. Mônica Martelli tb dá conta do recado e demonstra uma química humorística perfeita em cada cena com Paulo Gustavo.
Que filme incrível! Um retrato sensível de uma realidade que nos é cada dia mais evidente: o total menosprezo pela leitura. É um filme absolutamente encantador e que com certeza conquistará a empatia de qq leitor! Adaptado do romance homônimo de Penelope Fitzgerald, o filme se mostra um complemento visual para a obra literária. As diferenças existem como é natural em qualquer releitura, mas confesso que minha alma rejubilou com o final "alternativo" que o filme produziu. Quem leu, certamente não encerrou o livro sem um forte sentimento de revolta. Por isso, muito obrigado, Christine do filme! haha
É divertido, ótimo para passar o tempo. Tom Hanks carrega o filme nas costas e protagoniza algumas das melhores cenas da produção. Para quem é brasileiro, o filme já começa causando estranheza: uma mãe de Santo falando um portunhol vergonhoso, celebrando um casamento numa praia que claramente não fica no Rio de Janeiro, assim como a casa nas cenas finais da produção.
Como passatempo, é uma opção até interessante. Dá pra rir em alguns momentos. Quem assistiu Baywatch, vai notar que é como se fosse um episódio grande da série, com outros atores e acrescida de uns litros de piadas sem graça. Sério, to até agora tentando entender tamanha fixação dos roteiristas por piadas envolvendo pau. A primeira, do cara preso a cadeira, foi constrangedora e as que se seguiram só despertavam tédio, pq vale aquela regra: a mesma piada, quando repetida, só vai perdendo a graça (vide as piadas de Loucademia de Polícias repetidas ao extremo nas suas fracassadas sequências). Como filme de ação, ficou bem bacana e é o que realmente entretém na trama. Para aqueles que sofrem de surtos virginais, há também mutos corpos bonitos desfilando na tela. Não é uma produção para ser assistida com visão crítica, mas o tipo de filme em que vc senta, deliga o cérebro e aproveita as duas horas de bobeirol que ele tem a oferecer, sem tentar encontrar sentido no roteiro e nas ações dos personagens. Agora tem algo que não posso deixar de comentar é a constrangedora participação de Pamela Anderson na cena final do filme. Ela volta a encarnar Casey, sua clássica personagem em uma cena que se resume a uma tomada em zoom, poses sensuais e mexidas de cabelo, sem absolutamente uma única fala!! Não passaria essa vergonha, sinceramente...
Sabe aquelas séries da HBO, super bem produzidas e que desde os créditos de abertura já inspiram um ar de vencedora de vários prêmios Emmy e Golden Globe? Então, é Austrália! A história é interessante, grandiosa, bem produzida e muito bem estrelada, mas que se mostra um filme bastante irregular. A nítida impressão que eu tive ao assistir foi de que haviam ali três episódios de uma minissérie que foram compactados em formato de filme, pois é possível enxergar claramente na narrativa a divisão da história em três momentos distintos. Isso talvez se justifique pelo fato do filme apresentar um recorte da trajetória desses dois personagens e como seus destinos vão se entrelaçando. É um estilo que era bastante comum na antiga Hollywood, mas que para os dias de hoje pode causar certa estranheza. O Importante é que Austrália é um filme espetacular, que apresenta um ótimo enredo, atuações excelentes e apesar da longa duração, não é um filme enfadonho. Super recomendo!
Nunca assisti esse clássico quando criança, então não tenho nenhuma memória afetiva que me desperte algum tipo de nostalgia ao ver esse filme nessa altura da vida. Como filme infantil, acho que deve ser bem divertido e principalmente agregador de mensagens positivistas para as crianças. Enxergamos ali, embutido, uma crítica à intervenção do homem na natureza e a importância de se respeitar e preservar a flora e a fauna. Analisando o filme em si, a primeira parte, onde acompanhamos o pequeno Bambi, é bem divertida e interessante, mas a segunda parte da história, com ele já um jovem adulto, me pareceu faltar algo, um tempero sabe?. Temos um desenrolar de acontecimentos e quando percebi, aparece a mensagem de fim. Ficou para mim a sensação de que faltou algo nessa história, alguma essência, do tipo que encontramos em O Rei Leão. Ficou pairando na minha mente aquele sentimento de "é só isso mesmo?". Gostei, achei o filme bem bacana, mas não entra na minha lista de favoritos da Disney.
Estava lendo os comentários aqui e fiquei me perguntando: será que as pessoas avaliaram por nostalgia ou pelo filme em si? Pq eu achei esse filme bem trash, bacaninha, mas nenhuma maravilha ou perfeição, como vejo descrito. E não digo isso pela falta de jump scares que funcionem, mas pela construção do filme em si. O que há de mais interessante nele são os excêntricos (para não dizer dementes), antagonistas, a crítica social (bem rasa, por sinal, mas pelo menos presente) e claro, as tais criaturas do porão. É daqueles filmes divertidos de se ver, não para se levar a sério ou dissertar sobre qualidades técnicas ou subliminares. Merece ser visto, especialmente pela ótima atuação da dupla Everett McGill e Wendy Robie os inesquecíveis Ed e Nadine, de Twin Peaks.. Eles meio que aplicam aqui a mesma excentricidade de seus personagens na série de David Lynch e por isso acabam valorizando o filme por um todo!!
Quando peguei esse filme para ver no Telecine Play, achei que se tratava de mais uma daquelas comédias rasgadas nacionais, que são um ótimo passatempo quando se busca um entretenimento leve e despretensioso. No entanto, de despretensiosa essa produção tem bem pouco, ao meu ver.
A Comédia Divina é uma adaptação livre do conto A Igreja do Diabo, de Machado de Assis. Esse é um daqueles filmes repletos de referências (a começar pelo título, uma alusão à Divina Comédia, de Dante) e críticas sociais, políticas e religiosas, tudo regado de um humor negro muito bem temperado.
O filme expõe a volubilidade e a contraditoriedade do ser humano, bem como quanto a cultura de massa e a própria mídia, podem vender conceitos capazes de nos manipular com uma facilidade assustadora. É uma comédia inteligente, do tipo que nos coloca para pensar a respeito do comportamento do ser humano.
Murilo Rosa estava ótimo no papel de um Diabo caricato e sarcástico. Ele pode até ter se inspirado no arquétipo do Lúcifer da série de TV homônima, mas que por sua vez está longe de ser essencialmente original. Quem tem um pouquinho de cultura cinematográfica e televisiva poderá identificar sem grandes dificuldades essas mesmas características repetidas pelos dois personagens modernos, em suas versões ficcionais anteriores vistas em produções como Advogado do Diabo e Brimstone, por exemplo.
É um bom filme, um dos melhores blockbusters que tive oportunidade de assistir nos últimos anos. Tem o propósito de entreter e divertir e cumpre bem seu objetivo. A cada minuto em cena, somos bombardeados por referências a cultura pop. Tem um visual espetacular, mas peca no desenvolvimento dos personagens, algo comum em produções do gênero, mas não chega a ser tão superficial quanto os filmes de super-heróis dos últimos anos.
Além de ser altamente referencial, o filme possui uma boa história a contar e consegue prender a atenção do início ao fim. Mas sinto que Spielberg pecou pelo excesso, realizando um filme longo demais para a proposta, seguindo na verdade a tendência dos blockbusters de ação/aventura mais recentes. Se a longa duração desses filmes fosse aproveitada para um melhor desenvolvimento do enredo e dos personagens seria um ponto positivo, mas serve apenas para inserir mais cenas de ação, explosões ou coisas do tipo. No final o que temos são muitas cenas desnecessárias, situações repetitivas que claramente só estão ali para "encher linguiça", mas que se retiradas fariam o filme mais dinâmico e objetivo, sem deixar de ser divertido.
De qualquer forma é uma ótima experiência cinematográfica! É sempre bom poder rever Steven Spielberg se soltando em um gênero que o consagrou e que sempre dominou, mas que nos últimos anos infelizmente deixou de lado para investir em produções mais sérias, dramas políticos que nem sempre são assim, tão interessantes.
Nunca assisti Stargate SG1. Conhecia a franquia através do filme de 1994. Depois de alguns anos comprei a primeira temporada de Atlantis numa promoção e ficou tempos pegando poeira na estante até que finalmente decidi dar uma chance e assistir. Gostei muito da proposta da série. Não sei o quanto ela se parece com a SG-1, mas gostei dos personagens, atuações e das histórias propostas. Pretendo continuar assistindo, até porque o final dessa temporada é eletrizante e deixa um puta gancho para segunda temporada
Bom, não sou lá um grande fã de filmes de super-heróis e boa parte do meu ranço com o gênero veio na esteira de filmes com enredos/roteiros medíocres do universo Marvel. Mas quando me deparo com um filme como Watchmen é que percebo que mesmo em meio a tanta tranqueira, existem boas produções! A principal diferença entre esse filme e as sitcoms de ação da Marvel está na construção da história, aqui bem desenvolvida, permitindo que o espectador se conecte com os personagens, torça e se importe com eles durante a projeção. Temos uma história bem estruturada e bem amarrada, sem contar uma trilha sonora impecável! O visual nem se fala, espetacular! Não sei se a história é fiel a HQ, pois nunca li, mas analisando apenas como filme, é sem dúvida uma das melhores produções desse gênero que já tive oportunidade de assistir, ao lado de Homem de Aço, trilogia Batman (Nolan) e do divertidíssimo Guardiões da Galáxia (acima de tudo um puta filme divertido de ficção científica). É inegável que o universo DC nunca se tornou um grande sucesso, mas sinceramente, acho melhor um sucesso mediano sustentado por histórias bem desenvolvidas (ou para alguns lentas e com pouca ação) do que se ser um grande sucesso pautado em histórias esquecíveis, verdadeiras comédias pastelão somadas a cenas de ação, como vejo em boa parte do universo Marvel (com raríssimas exceções).
Uma Quase Dupla
2.5 156Assisti esse filme sem nenhuma expectativa, e, ainda assim, achei ruim de doer! Tudo nele soa forçado: as situações, a burrice dos personagens e o absurdo que cerca essa história.
O que chama atenção aqui é o Cauã Raymond, um ator que considero acima da qualidade mediana, no elenco desse filme, afinal ver Tatá Werneck se prestando a atuar papéis ridículos em produções medíocres não é exatamente uma novidade na carreira dela, mas Cauã, que já encarou personagens bem mais exigentes, soa bastante estranho.
O conjunto da obra aqui é bem ruim, essencialmente desinteressante e cheia daquelas piadas ordinárias e esquecíveis, tão esquecíveis quanto o filme por um todo. A palavra que melhor define "Uma quase dupla" é constrangedor, afinal ele desperta vergonha alheia cena após cena.
Dei uma estrela e meia apenas pela canção "Mas você não vem", versão de As Marcianas para o sucesso Take My Breath Away, que até então não conhecia.
Palace II, 3 quartos com vista para o mar
3.3 6Ótimo documentário. Conseguiu condensar bem os acontecimentos de 1998 e fazer a linha do tempo, mostrando a jornada das vítimas até hoje, tentando receber suas indenizações, mais de 20 anos depois.
Minha crítica fica só pela ausência das imagens daqueles que perderam a vida na tragédia. Os oito mortos foram relacionados ao fim, mas seus rostos não foram expostos ao longo do documentário ou mesmo no final .
Brinquedo Assassino
2.7 612Fui assistir sem nenhuma expectativa (especialmente porque sou fã da franquia original) e sinceramente, gostei muito!
Não cabe aqui cotejar esse remake com o original pois são essencialmente diferentes. O novo Chucky (eita boneco feio!!!) é um brinquedo moderno. Não colaria em pleno 2019 um boneco virar febre "apenas" pq repete frases bobinhas, né? O novo boneco é um robô, dotado de inteligência artificial, que se conecta na internet e interage com seu dono.
A atualização acabou afastando a atmosfera sobrenatural vista no original, substituindo um boneco possuído pelo espírito de um serial killer por um outro que após ter tido sua programação alterada propositadamente na fábrica, aprende de forma intuitiva (e até obsessiva) a matar para agradar seu dono, deixando a trama bem mais crível do que a original.
O filme começa meio bobinho, mas vai crescendo conforme a história se desenvolvei, deixando pouco a pouco para trás o tom bem humorado que marca principalmente o primeiro ato, para ganhar contornos gore que não vemos na versão original.
Para fãs da franquia original, cabe observar também as referências que o filme apresenta, que não se resumem apenas ao Brinquedo Assassino original, mas também ao cinema contemporâneo ao clássico cult.
Não é um filme espetacular, afinal como qq produção do gênero tem lá suas falhas de roteiro, mas de um modo geral possui um bom elenco e apresenta uma história que funciona bem na tela e consegue divertir, dentro daquilo que se propõe. Vale muito a pena conferir!
Malasartes e o Duelo com a Morte
3.2 103Achei visualmente impecável! Jesuíta Barbosa brilha em cada cena, com sua sempre versátil atuação. Isis Valverde executa bem o papel, ainda que engessada nos mesmos moldes de sempre.
O filme tinha tudo para agradar, mas simplesmente não consegui me conectar com a história. Em alguns momentos achei até enfadonho, dando a impressão que o filme é mto mais longo do que seus 107 minutos. Uma pena.
A Feiticeira
2.5 523Tinha tudo para ser um bom filme, mas no final das contas acabou sendo um grande desastre. Imputar a culpa desse fiasco apenas à Will Ferrell é ignorar a mediocridade do roteiro assinado por Delia Ephron e pela diretora Nora Ephron, explicitamente inconsistente e desinteressante. A história até começa bem, pois ainda que diferente do original, fica clara a intenção de fazer desse filme uma homenagem, reverenciando a memória da série clássica. Inserir o conteúdo repaginado da serie sessentista num contexto de um remake sendo produzido foi sem dúvida o principal acerto desse filme. O problema é que conforme a trama se desenvolve, o desastre vai ganhando forma.
Nicole Kidman parece ter captado a essência da Samantha, ao mesmo tempo em que construiu uma Isabel bem moldada ao estilo da personagem clássica. Mas fazer dupla com Will Ferrell foi o desastre completo. A falta de química entre os dois e as atuações exageradas e constrangedoras de Will Ferrel representam a última pá de cal sob esse fracasso retumbante, que só não é totalmente esquecível, devido a presença de Kidman em cena.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9KQuando esse filme esteve em cartaz no cinema, vi dezenas de pessoas lançando os mais altos elogios à produção, atribuindo a ele um novo patamar em filmes de ação. Por isso, agora que a hype já ficou para trás, finalmente tive oportunidade de assisti-lo e bem... não achei essa coca-cola toda.
É bem verdade que o filme tem estilo. Reúne um ótimo elenco, tem cenas bem bacanas e uma trilha sonora bem interessante. No entanto, não vi nada nessa produção que eu já não tenha sido dezenas de vezes revisitado em filmes semelhantes, como 60 Segundos, Uma Saída de Mestre e Velozes e Furiosos, por exemplo.
Em Ritmo de Fuga é só mais um filme de ação de protagonizado por ladrões relativamente carismáticos (logo, despertam empatia e identidade com o espectador), repleto de cenas de perseguição e fuga em meio ao perímetro urbano e com a já esperada pitada de romance bandido; ou seja, nada de novo sob o sol!
Ao final, fiquei até com a sensação de ter visto um filme longo demais para o que se propunha. Mas ao que pese esse final um tantinho decepcionante, Em Ritmo de Fuga é uma ótima opção de entretenimento para espectadores que curtam filmes com cenas de fuga automotivas de tirar o fôlego.
Vidas Secas
3.9 276Vidas Secas, de Graciliano Ramos, não é uma obra de fácil adaptação. A maior parte da narrativa se desenvolve através do fluxo de pensamento dos personagens, incluindo a cachorra Baleira. Transportar isso para um filme é uma missão praticamente impossível.
O emprenho de Nelson Pereira dos Santos em aproveitar o máximo da atmosfera do livro é notável no filme. Temos longas cenas com ausência total de diálogos, respeitando uma das principais características destes personagens no original, que é sua limitada articulação verbal.
Entretanto, ainda que muito belo o filme, enquanto adaptação, é uma produção bastante prejudicada. Não que eu ache que faltou esforço por parte do diretor/roteirista, mas sim pela complexidade de se alcançar a gama de reflexões destes personagens somente através de imagens. Baleia, a personagem mais carismática do livro, foi sem dúvida a mais prejudicada na transposição para o cinema, haja vista que seria absolutamente inverossímil expor o fluxo de pensamento canino através de voz off em suas cenas.
Mas, de um modo geral, é inegável que o trabalho de Nelson Pereira dos Santos nessa produção é espetacular. O resultado é um filme tã impactante quanto o livro, dadas as devidas proporções.
Cinquenta Tons de Liberdade
2.5 451A próxima vez que eu ouvir/ler alguém reclamando que nos filmes brasileiros só tem putaria e cena de sexo desnecessária, juro que vou mandar assistir "Cinquenta Tons de Liberdade"! Nunca vi tanta cena de sexo gratuita e descontextualizada num filme como nesse. Acho que o ápice do absurdo foi a rapidinha no Audi depois uma sequência de perseguição. Fiquei tentando entender a lógica: fomos perseguidos por algum lunático numa estrada deserta. Consigo despistar o maluco me escondendo numa vaga de estacionamento. O que faço em seguida? Fodo no carro, claro! Cena digna de dramaturgia de filme pornô, mas sem o plus de ver alguém nu, pq eles metem de roupa mesmo e a broxante foda dura menos de 1 minuto! Surreal!
Em meio a trepação dos recém-casados, temos um pretenso suspense, envolvendo o vilão-perseguidor Jack Hyde, com uma "brilhante" motivação, digna de novela infantil do SBT ou filme de porrada. Fiquei tipo: "é sério isso?. Dor de cotovelo pq não foi o escolhido na adoção?". Foi o conflito mais jogado e porcamente trabalhado em uma trama que já vi, me trazendo lembranças da piada que foi o vilão de O Poderoso Chefão 3. Senti vergonha alheia pelo Eric Johnson, em mais um papel medíocre de sua carreira.
Enfim, é um filme assitível, que dá pra entreter em menos de duas horas, especialmente se vc conseguir desapegar de conceitos como relacionamento abusivo e agregamento de conteúdo.
Horizonte Profundo: Desastre no Golfo
3.5 330 Assista AgoraFilmaço! Tenso ao extremo e bem atuado. A expressão debochada do Vidrine, de John Malkovich é a síntese do descaso e ganância que levaram a esse desastre, que ceifou vidas reais, cujos rostos temos oportunidade de conhecer nos créditos finais.
Não posso deixar de destacar a presença da bandeira dos EUA, tremulando em meio ao fogo, como velho sinal de patriotismo embutido em toda produção hollywoodiana de cunho heroico. É uma tomada clichê a ser sempre observada, haha.
Os Homens São de Marte… E É Pra Lá Que …
3.0 604Tem lá seus momentos divertidos, mas achei o conceito do filme meio patético. Uma mulher linda, bem sucedida e independente, obcecada em arrumar um marido? Sei lá.
A parte mais problemática eu acho que é o final, que vendeu um conceito conservador e machista, sobre a mulher que transa no primeiro encontro. Sinceramente, achei a sequência bem superior a esse!
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1KFilmes que exploram a complexa relação de adolescentes com seus pais e seu eventual amadurecimento não são novidade no mundo do cinema. Ao assistir Lady Bird, indicado ao Oscar de melhor filme, esperava algo realmente surpreendente, inédito ou pelo menos tão pungente e arrebatador quanto "Bem Vindo à Casa de Bonecas"
No entanto, ao que pese o bom roteiro e as excelentes atuações, sinceramente, não vi nada que já não tenha sido revisitado anteriormente em outras produções. Mas é inegável que o filme tenha seu valor, especialmente pelos trabalhos de Laurie Metcalf e Saoirse Ronan, que brilham em cada cena explorando o relacionamento de mãe e filha. Além disso, a produção retrata de forma muito sensível e sem rodeio, questões comuns ao universo adolescente, sem transformá-los em caricaturas.
Apesar da pouca experiência na direção, Greta Gerwig realizou um trabalho bastante seguro e bem acabado, mas ainda sinto que sua indicação na categoria de melhor direção foi meramente para calar a boca dos movimentos que defendem uma maior representatividade feminina entre os indicados ao Oscar, historicamente dominada pelos homens, com exceção das categorias próprias.
De qualquer forma, é um filme que, ao menos na minha opinião, vale a pena ser conferido!
Bata Antes de Entrar
2.3 994 Assista AgoraQue filme deliciosamente ruim! De tão trash, ele se torna divertido. As duas loucas de pedra, Genesis e Bel, dão um show de sedução e psicopatia, cena após cena, com destaque para Lorenza Izzo.
Keanu Reeves é... Keanu Reeves, versatilidade nunca fui o forte desse rapaz que deu sorte durante um bom período em sua carreira, ao abraçar personagens que não demandavam muito esforço dramatúrgico em filmes que se tornaram grandes sucessos. Aqui ele interpreta ele mesmo, novamente, sem grandes destaques.
O roteiro e o argumento do filme são péssimos. A conclusão piegas, mais ainda. No entanto, é um ótimo filme para quem só quer assistir um suspense despretensioso, no estilo daqueles dos anos 90, e se divertir em menos de duas horas. Recomendo!
Minha Vida em Marte
3.5 478Cumpre o que promete: divertir! Temos Paulo Gustavo interpretando ele mesmo, mas sempre com o mesmo time humorístico que o vemos na pele da Dona Hermínia. Aliás, noto que essa forma de atuação, antes mais característica da personagem de Minha mãe é uma peça, parece ter sido incorporada definitivamente na expressão do humorista. Mônica Martelli tb dá conta do recado e demonstra uma química humorística perfeita em cada cena com Paulo Gustavo.
A Livraria
3.6 218Que filme incrível! Um retrato sensível de uma realidade que nos é cada dia mais evidente: o total menosprezo pela leitura. É um filme absolutamente encantador e que com certeza conquistará a empatia de qq leitor!
Adaptado do romance homônimo de Penelope Fitzgerald, o filme se mostra um complemento visual para a obra literária. As diferenças existem como é natural em qualquer releitura, mas confesso que minha alma rejubilou com o final "alternativo" que o filme produziu. Quem leu, certamente não encerrou o livro sem um forte sentimento de revolta. Por isso, muito obrigado, Christine do filme! haha
Um Dia a Casa Cai
3.5 298 Assista AgoraÉ divertido, ótimo para passar o tempo. Tom Hanks carrega o filme nas costas e protagoniza algumas das melhores cenas da produção.
Para quem é brasileiro, o filme já começa causando estranheza: uma mãe de Santo falando um portunhol vergonhoso, celebrando um casamento numa praia que claramente não fica no Rio de Janeiro, assim como a casa nas cenas finais da produção.
Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York
3.3 544 Assista AgoraRevendo pela, sei lá, milésima vez. Uma tradição natalina anual! Mesmo após tantas revisões, continua sendo incrivelmente mágico!
25/12/2018
Baywatch: S.O.S. Malibu
2.8 445Como passatempo, é uma opção até interessante. Dá pra rir em alguns momentos. Quem assistiu Baywatch, vai notar que é como se fosse um episódio grande da série, com outros atores e acrescida de uns litros de piadas sem graça.
Sério, to até agora tentando entender tamanha fixação dos roteiristas por piadas envolvendo pau. A primeira, do cara preso a cadeira, foi constrangedora e as que se seguiram só despertavam tédio, pq vale aquela regra: a mesma piada, quando repetida, só vai perdendo a graça (vide as piadas de Loucademia de Polícias repetidas ao extremo nas suas fracassadas sequências).
Como filme de ação, ficou bem bacana e é o que realmente entretém na trama. Para aqueles que sofrem de surtos virginais, há também mutos corpos bonitos desfilando na tela. Não é uma produção para ser assistida com visão crítica, mas o tipo de filme em que vc senta, deliga o cérebro e aproveita as duas horas de bobeirol que ele tem a oferecer, sem tentar encontrar sentido no roteiro e nas ações dos personagens.
Agora tem algo que não posso deixar de comentar é a constrangedora participação de Pamela Anderson na cena final do filme. Ela volta a encarnar Casey, sua clássica personagem em uma cena que se resume a uma tomada em zoom, poses sensuais e mexidas de cabelo, sem absolutamente uma única fala!! Não passaria essa vergonha, sinceramente...
Austrália
3.5 1,1KSabe aquelas séries da HBO, super bem produzidas e que desde os créditos de abertura já inspiram um ar de vencedora de vários prêmios Emmy e Golden Globe? Então, é Austrália! A história é interessante, grandiosa, bem produzida e muito bem estrelada, mas que se mostra um filme bastante irregular. A nítida impressão que eu tive ao assistir foi de que haviam ali três episódios de uma minissérie que foram compactados em formato de filme, pois é possível enxergar claramente na narrativa a divisão da história em três momentos distintos. Isso talvez se justifique pelo fato do filme apresentar um recorte da trajetória desses dois personagens e como seus destinos vão se entrelaçando. É um estilo que era bastante comum na antiga Hollywood, mas que para os dias de hoje pode causar certa estranheza.
O Importante é que Austrália é um filme espetacular, que apresenta um ótimo enredo, atuações excelentes e apesar da longa duração, não é um filme enfadonho. Super recomendo!
Bambi
3.5 440 Assista AgoraNunca assisti esse clássico quando criança, então não tenho nenhuma memória afetiva que me desperte algum tipo de nostalgia ao ver esse filme nessa altura da vida. Como filme infantil, acho que deve ser bem divertido e principalmente agregador de mensagens positivistas para as crianças. Enxergamos ali, embutido, uma crítica à intervenção do homem na natureza e a importância de se respeitar e preservar a flora e a fauna.
Analisando o filme em si, a primeira parte, onde acompanhamos o pequeno Bambi, é bem divertida e interessante, mas a segunda parte da história, com ele já um jovem adulto, me pareceu faltar algo, um tempero sabe?. Temos um desenrolar de acontecimentos e quando percebi, aparece a mensagem de fim. Ficou para mim a sensação de que faltou algo nessa história, alguma essência, do tipo que encontramos em O Rei Leão. Ficou pairando na minha mente aquele sentimento de "é só isso mesmo?".
Gostei, achei o filme bem bacana, mas não entra na minha lista de favoritos da Disney.
As Criaturas Atrás das Paredes
3.3 196 Assista AgoraEstava lendo os comentários aqui e fiquei me perguntando: será que as pessoas avaliaram por nostalgia ou pelo filme em si? Pq eu achei esse filme bem trash, bacaninha, mas nenhuma maravilha ou perfeição, como vejo descrito. E não digo isso pela falta de jump scares que funcionem, mas pela construção do filme em si. O que há de mais interessante nele são os excêntricos (para não dizer dementes), antagonistas, a crítica social (bem rasa, por sinal, mas pelo menos presente) e claro, as tais criaturas do porão. É daqueles filmes divertidos de se ver, não para se levar a sério ou dissertar sobre qualidades técnicas ou subliminares. Merece ser visto, especialmente pela ótima atuação da dupla Everett McGill e Wendy Robie os inesquecíveis Ed e Nadine, de Twin Peaks.. Eles meio que aplicam aqui a mesma excentricidade de seus personagens na série de David Lynch e por isso acabam valorizando o filme por um todo!!
A Comédia Divina
2.1 66Quando peguei esse filme para ver no Telecine Play, achei que se tratava de mais uma daquelas comédias rasgadas nacionais, que são um ótimo passatempo quando se busca um entretenimento leve e despretensioso. No entanto, de despretensiosa essa produção tem bem pouco, ao meu ver.
A Comédia Divina é uma adaptação livre do conto A Igreja do Diabo, de Machado de Assis. Esse é um daqueles filmes repletos de referências (a começar pelo título, uma alusão à Divina Comédia, de Dante) e críticas sociais, políticas e religiosas, tudo regado de um humor negro muito bem temperado.
O filme expõe a volubilidade e a contraditoriedade do ser humano, bem como quanto a cultura de massa e a própria mídia, podem vender conceitos capazes de nos manipular com uma facilidade assustadora. É uma comédia inteligente, do tipo que nos coloca para pensar a respeito do comportamento do ser humano.
Murilo Rosa estava ótimo no papel de um Diabo caricato e sarcástico. Ele pode até ter se inspirado no arquétipo do Lúcifer da série de TV homônima, mas que por sua vez está longe de ser essencialmente original. Quem tem um pouquinho de cultura cinematográfica e televisiva poderá identificar sem grandes dificuldades essas mesmas características repetidas pelos dois personagens modernos, em suas versões ficcionais anteriores vistas em produções como Advogado do Diabo e Brimstone, por exemplo.
Jogador Nº 1
3.9 1,4KÉ um bom filme, um dos melhores blockbusters que tive oportunidade de assistir nos últimos anos. Tem o propósito de entreter e divertir e cumpre bem seu objetivo. A cada minuto em cena, somos bombardeados por referências a cultura pop. Tem um visual espetacular, mas peca no desenvolvimento dos personagens, algo comum em produções do gênero, mas não chega a ser tão superficial quanto os filmes de super-heróis dos últimos anos.
Além de ser altamente referencial, o filme possui uma boa história a contar e consegue prender a atenção do início ao fim. Mas sinto que Spielberg pecou pelo excesso, realizando um filme longo demais para a proposta, seguindo na verdade a tendência dos blockbusters de ação/aventura mais recentes. Se a longa duração desses filmes fosse aproveitada para um melhor desenvolvimento do enredo e dos personagens seria um ponto positivo, mas serve apenas para inserir mais cenas de ação, explosões ou coisas do tipo. No final o que temos são muitas cenas desnecessárias, situações repetitivas que claramente só estão ali para "encher linguiça", mas que se retiradas fariam o filme mais dinâmico e objetivo, sem deixar de ser divertido.
De qualquer forma é uma ótima experiência cinematográfica! É sempre bom poder rever Steven Spielberg se soltando em um gênero que o consagrou e que sempre dominou, mas que nos últimos anos infelizmente deixou de lado para investir em produções mais sérias, dramas políticos que nem sempre são assim, tão interessantes.
Stargate Atlantis (1ª Temporada)
4.1 18Nunca assisti Stargate SG1. Conhecia a franquia através do filme de 1994. Depois de alguns anos comprei a primeira temporada de Atlantis numa promoção e ficou tempos pegando poeira na estante até que finalmente decidi dar uma chance e assistir.
Gostei muito da proposta da série. Não sei o quanto ela se parece com a SG-1, mas gostei dos personagens, atuações e das histórias propostas. Pretendo continuar assistindo, até porque o final dessa temporada é eletrizante e deixa um puta gancho para segunda temporada
Watchmen: O Filme
4.0 2,8KBom, não sou lá um grande fã de filmes de super-heróis e boa parte do meu ranço com o gênero veio na esteira de filmes com enredos/roteiros medíocres do universo Marvel. Mas quando me deparo com um filme como Watchmen é que percebo que mesmo em meio a tanta tranqueira, existem boas produções!
A principal diferença entre esse filme e as sitcoms de ação da Marvel está na construção da história, aqui bem desenvolvida, permitindo que o espectador se conecte com os personagens, torça e se importe com eles durante a projeção. Temos uma história bem estruturada e bem amarrada, sem contar uma trilha sonora impecável! O visual nem se fala, espetacular!
Não sei se a história é fiel a HQ, pois nunca li, mas analisando apenas como filme, é sem dúvida uma das melhores produções desse gênero que já tive oportunidade de assistir, ao lado de Homem de Aço, trilogia Batman (Nolan) e do divertidíssimo Guardiões da Galáxia (acima de tudo um puta filme divertido de ficção científica).
É inegável que o universo DC nunca se tornou um grande sucesso, mas sinceramente, acho melhor um sucesso mediano sustentado por histórias bem desenvolvidas (ou para alguns lentas e com pouca ação) do que se ser um grande sucesso pautado em histórias esquecíveis, verdadeiras comédias pastelão somadas a cenas de ação, como vejo em boa parte do universo Marvel (com raríssimas exceções).