Assisti à esse filme pela primeira vez no ano passado, depois de muito tempo ensaiando para fazê-lo. Vivia um momento bem Shakespeariano e achei que era propício finalmente assistir a esse filme pelo qual por tanto tempo torci o nariz. O resultado? Podia realmente ter passado a vida toda sem vê-lo, pois não faria diferença alguma.
A trama de Shakespeare Apaixonado em nada supera outras comédias românticas simplórias que inundam os cinemas anualmente. É basicamente mais do mesmo! "Ah, mas é uma comédia romântica de época". Até Kate & Leopold é uma comédia romântica de época mais interessante e verossímil do que esse filme.
Aliás, o filme sequer tem o objetivo de buscar alguma realidade. A trama é toda fictícia, e pouco se baseia na real biografia de William Shakespeare. Tirando poucos personagens reais (além do próprio Shakespeare, claro), como Christopher Marlowe (Rupert Everett) e uma caricata Rainha Elizabeth (Judi Dench), a grande maioria foram obra da mente dos roteiristas
Não é exatamente um filme ruim, é legalzinho até. É o tipo assistível, porém esquecível. Por isso, para quem curte cinema, é praticamente impossível assistir Shakespeare Apaixonado sem questionar: como diabos um filme como ESSE conseguiu vencer em 1999 o Oscar de Melhor Filme, tendo a concorrência de produções superiores como O Resgate do Soldado Ryan, Além da Linha Vermelha e A Vida é Bela?
E mais: COMO Gwyneth Paltrow, uma atriz que mal consegue convencer no papel de mulher interpretando homem na peça dentro do filme (sem contar a atuação dela no papel em si), foi vencedora do Oscar de melhor atriz, superando atuações impecáveis como as de Fernanda Montenegro (Central do Brasil) e Meryl Streep (Um Amor Verdadeiro)? Só pode ter rolado um favorecimento inexplicável ali, pois não há como conceber outra ideia.
Em 2004, o DVD começava a se popularizar e a ganhar espaço também nas bancas, em promoções de jornais. Nesse cenário, uma época onde eu estava no auge da descoberta de Arquivo X, em plena adolescência, que decidi comprar esse título em DVD, junto com o jornal de domingo e agregá-lo à minha ainda modesta coleção de DVDs.. Passaram-se 12 anos em que este filme permaneceu na minha estante, sem nunca ter sido visto. Eis que hoje, decidi: vamos ver que bagaça foi essa que eu comprei há mais de dez anos e só Deus poderá me julgar! rs
O filme reúne nomes reconhecidos no cinema e na tv: Angelina Jolie (ainda em seus primeiros anos de carreira), David Duchovny (à época no auge do sucesso com Arquivo X) e o vencedor do Oscar, Timothy Hutton. Dois atores promissores e um experiente e premiado. Filme tinha reunido um bom elenco, mas o que poderia dar errado? Pergunte ao roteirista, ora!
Brincando com a Morte é um daqueles filmes "assistíveis", do tipo que vc senta, desliga o cérebro e aproveita o momento. Não dá pra analisar produção e roteiro, pois se trata de um típico filme de ação policial, tão popular nos anos 1990, onde há alguma ação, muitos tiros e uma mocinha indefesa precisando ser salva.
Os clichês se multiplicam ao longo dos 94 minutos do filme, de modo que em muitas cenas já podemos prever o que acontecerá na sequência. Para quem gosta de filmes do gênero e não se importa com esses "pormenores", é diversão garantida!
Uma grata surpresa essa sequência. Uma comédia divertida e descompromissada, que emana o talento de Paulo Gustavo e a potência dessa personagem que facilmente representa muitas mães pelo Brasil (a minha, inclusive) e a aflição de muitos filhos (não preciso nem dizer, né?)!
Por se tratar de uma comédia, de apelo popular, acho que podemos deixar de lado qualquer avaliação sobre conceitos e narrativa cinematográfica, pois não cabe aqui. É um filme para diversão e não para avaliações críticas e tampouco para provocar profundas reflexões sobre a vida e o "eu" interior. Deixem isso para outros gêneros.
Não sei avaliar se este é melhor do que o primeiro, pois gostei de ambos na mesma medida. É um filme que faz rir, do início ao fim. A narrativa repete a mesma estrutura do primeiro, mostrando as hilárias atitudes de dona Hermínia, suas crises de ciumes pelos filhos e, claro, a quebra de ritmo com pausas dramáticas, incluindo, assim como o antecessor, uma importante perda familiar, por isso, 4,5 e não 5 estrelas, pela falta de originalidade apenas nesse quesito.
Um dos melhores acréscimos à essa sequência foi a personagem de Patricya Travassos, que permitiu à atriz esbanjar talento no divertidíssimo papel de Lúcia Helena, irmã de dona Hermínia. Há também um crescimento da personagem Marcelina (Mariana Xavier) em comparação ao primeiro filme. O final já prepara o espectador para uma possível sequência, que, se mantiver o mesmo ritmo dos dois primeiros, sem dúvida será também um grande sucesso.
Se você quer assistir um filme cujo único compromisso é com a diversão, essa sem dúvida é uma excelente escolha!
Um bom filme, com uma bela mensagem sobre o futuro do planeta. A ideia geral do filme realmente lembra muito a idealização do projeto de Walt Disney, mas não é exatamente sobre isso que o filme trata. Apesar de ser um filme produzido pela Disney, não se trata de um filme voltado ao público infantil.
Tomorrowland possui efeitos visuais deslumbrantes, roteiro bem sólido e uma história bem construída, além claro, de um elenco de primeira. Mas infelizmente peca por não ter uma narrativa fluída, o que faz o filme ficar um pouco cansativo. Teria sido melhor se o filme fosse um pouco mais objetivo. Talvez com uns 20 minutos a menos teriam feito diferença, nesse aspecto.
O trabalho do Martin Scorsese não costuma me atrair. Mas, dentre todos os filmes que ele já dirigiu, esse é sem dúvidas o meu preferido. E vou além, um dos meus filmes preferidos de todos os tempos.
A Invenção de Hugo Cabret é uma belíssima adaptação do livro homônimo de Brian Selznick e uma das mais lindas homenagens ao Cinema. Scorsese deu a Géorge Méliès todo o destaque que ele merece, frente a indústria do cinema, afinal, ele foi o grande nome por trás da criação da arte de contar histórias através de imagens animadas. É emocionante ver a delicadeza com que ficção e realidade se misturam nesse filme para contar parte da história desse gênio do cinema, por muitos esquecido,
O fato deste filme não ter levado o prêmio máximo da Academia somente é perdoável por esta derrota ter sido para "O Artista", pois produzir cinema mudo e preto e branco em pleno século XXI, é algo memorável, especialmente quando bem conduzido. Então, de certa forma, Mèliès perde para ele mesmo, afinal ele foi o grande precursor do cinema mudo!
Se a sessão da tarde ainda possuísse alguma relevância para o público, como já teve nos anos 80 e 90, certamente esse filme acabaria entrando para o rol de clássicos. "O Lar das Crianças Peculiares" é bem a cara da sessão da tarde, um filme despretensioso de aventura, com momentos bem leves de tensão e com a ação focada praticamente toda nas crianças, que enfrentam vilões que mais parecem motivo de piada do que provocar medo (para um adulto, claro).
Não chega a ter o brilho de um clássico como "Os Goonies" e tampouco alguma profundidade, como "Conta Comigo", mas segue mais ou menos a mesma linha: uma aventura entre amigos.
Para quem leu o livro, o filme é um desastre completo. O roteiro de Jane Goldman pouco aproveita da trama, além do enredo e os personagens. Algumas passagens do livro estão ali presentes, claro, mas o desenvolvimento foi pensado de forma totalmente distinta, especialmente da metade para o final, onde o filme ganha praticamente vida própria, inexistindo semelhanças com o original de Ransom Riggs. A atmosfera sombri do livro está ali, presente, fazendo com que o filme não seja uma total perda de tempo. Mas como adaptação, "O Lar das Crianças Peculiares" encontra lugar no mesmo nível de "Percy Jackson e o Ladrão de Raios".
Portanto, se vc é um daqueles fãs puristas, que não aceitam com facilidade as mudanças criativas que são aplicadas nas adaptações, esse filme tende a ser bem indigesto.
Haha, me divirto com os "críticos" do Filmow! Jura que vcs estão reclamando que 5ª Onda é ruim pq é uma ficção científica teen? Esperavam o quê? Um novo "Contatos Imediatos de Terceiro Grau" ou um "Alien"? É um filme baseado em uma trilogia distópica Young Adulto (tão comum nos cinemas que é facilmente identificado) e não uma superprodução de Spielberg ou James Cameron. Se vc não gosta de filmes desse tipo, simplesmente não veja. Pra que se torturar?
Pessoalmente, ainda não li a obra de Rick Yancey, mas fiquei interessado. O filme tem clichês? Tem, aos montes. Força a barra em vários momentos? Com certeza. Vislumbrei 'Crepúsculo' na revelação daquele personagem (que pra mim era mais que óbvia)? Sem dúvida. Mas sinceramente, gostei do filme. Assisti sem expectativas e, para o que se propõe, é um bom filme.
É uma ótima produção de ficção, tem um roteiro interessante e envolvente. Chloë Grace Moretz está com as mesmas expressões de boboca de sempre, mas dá conta do recado, afinal é uma personagem à altura do talento dela (e não algo tão exigente, quanto Carrie). O Alex Roe é meio fraquinho, mas até convence bem no papel. E Liev Schreiber está espetacular no papel do Coronel Volsch.
De um modo geral, é um ótimo filme, dentro das limitações que esse tipo de narrativa impõe. Espero que a sequência seja produzida!
Mais de 20 anos se passaram desde sua produção e esse filme continua extremamente atual. O diretor Todd Solondz é eficiente ao retratar a adolescência sem firulas, sem o vício da "vida perfeita e feliz" que a maioria dos filmes sobre o tema tentam transparecer. É um filme cru e realista, encabeçado pela talentosíssima Heather Matarazzo, em seu primeiro trabalho no cinema, encarando de cara uma personagem com grande profundidade e complexidade, uma menina carente de atenção, negligenciada pela família e pelos professores. Sem dúvida o toque de humor negro fez toda a diferença na narrativa. Um dos melhores filmes juvenis que já assisti.
Uau, que filme! Que atuações! Gosto muito do gênero 'drama', não por acaso um dos mais comuns em nosso cinema, ao lado das comédias. Entretanto, "Pequeno Segredo" não se parece com nada que tenha visto antes em nosso cinema. A trama não é exatamente inovadora (até mesmo por se tratar de uma história real, não há que se falar em previsibilidade, não é mesmo?), mas é conduzida com uma sensibilidade admirável.
Julia Lemmertz está sensacional no papel de Heloísa Schurmann. Ela preenche as cenas, ao lado da igualmente talentosa Mariana Goulart. E o que falar de Fionnula Flanagan, no papel de Bárbara? Sua personagem reflete a forma como muitos estrangeiros enxergavam o Brasil no início dos anos 90, época em que nosso país não possuía nenhuma projeção internacional. Ótima sacada!
O filme apresenta três linhas narrativas que, a princípio, não parecem se relacionar. Para alguns pode ter parecido confuso, acredito, mas quando as peças se encaixam, o filme flui muito bem. É uma história densa, que resulta em um filme pesado, um drama bem acima da média de outros nacionais que há tive oportunidade de ver (igualmente bons, claro). Do ponto de vista técnico, o filme não deixa nada a dever se comparado à outros do mesmo gênero, produzidas na Europa e EUA. A qualidade técnica, ao meu ver, é impecável!
David Schurmann conseguiu contar uma parte dramática da história de sua família de forma bastante sensível, sem torná-la apelativa. Alguns acusam o filme de ser água com açúcar, mas discordo. Sem dúvidas, é uma das nossas maiores chances de finalmente voltar à lista de indicados ao Oscar de Filme Estrangeiro, afinal, é uma trama que possui todos os predicados que costumam chamar a atenção da comissão do Oscar.
Belíssimo filme! Para quem leu o livro, é fácil notar as partes que faltam, mas como adaptação, é um filme próximo do perfeito. Tudo de essencial para história se fez presente na tela, mesmo sentindo falta de um pouco mais de emoção. Mas ao mesmo tempo, reconheço que forçar mais o drama no filme o transformaria em algo apelativo e piegas, especialmente se considerarmos que o plot da trama não é nada essencialmente original. Por isso, no fim das contas, acho que colocaram tudo na medida certa para a linguagem de cinema. Alicia Vikander esbanja talento no papel de Isabel e podemos perceber a evolução e desconstrução de sua personagem cena após cena. Michael Fassbender não fica atrás. E a personagem Hanna não poderia ser vivida por outra atriz que não Rachel Weisz. Incrível como a atriz conseguiu emprestar personalidade tão fiel à sua versão criada no romance de M.L. Stedman. Uma pena ter havido tão pouco tempo para que ela fosse desenvolvida. Mais acréscimos certamente teriam deixando o filme mais longo do que deveria, mas por incrível que pareça, as 2h10min de duração parecem ter sido poucas para explorar todo o potencial dramático do livro e das reviravoltas impostas no terceiro ato. É um filme sobre o amor, em todos os sentidos e intensidades que se pode imaginar.
É um filme que acabou envelhecendo mal, com efeitos datados e soando hoje bastante cafona e tosco, um trash musical. É relativamente curto, mas se arrasta em sua pouco mais de uma hora e meia de duração.
Não sei se falta um pouco de sensibilidade da minha parte, mas tive a impressão que fizeram um grande videoclipe e não um filme de verdade. A história é tão sem pé nem cabeça, que fica difícil avaliar alguma coisa. O texto parece servir apenas para costurar as apresentações musicais - algumas excessivamente cansativas, inclusive.
Os personagens, de um modo geral, são rasos. Um romance onde há zero química entre os atores. E o Gene Kelly? Coitado, que fim de carreira triste, rs. A parte boa do filme se resume à algumas canções (nem todas, frise-se), que são bem a cara dos anos 80. Mas tirando isso, é um filme dispensável.
Cru e difícil de digerir. É interessante, como uma produção tão simples, aparentemente despretensiosa, consegue ser tão complexa e perturbadora. É possível notar a mudança comportamental de Carlinhos, no começo do filme e como ele se transforma no final. E que final! Uau. Surpreendente. Excelente curta!
No começo o filme me causou estranheza, com aquela abertura, ao som de "What a Wonderful World" e o corte seco para inicio, que mais me pareceu a abertura de uma série de tv americana do que um filme, efetivamente. Achei que a trama demorou a acontecer e até mais ou menos a metade do filme, poucas piadas parecem fazer alguma graça. É uma comédia romântica mediana, que não deixa nada a dever em comparação à outras produções do gênero, nacionais ou estrangeiras.
Ingrid Guimarães é, obviamente, o grande destaque cômico e carrega o filme todo nas costas. Caco Ciocler, em muitos momentos, parecia remeter ao seu 'Miguel' de "O Quinto dos Infernos", com caras, bocas e atitudes. Domingos Montagner interpreta Corvo, que, por uma mórbida coincidência, lembra (propositalmente, acredito) o personagem 'Eric', interpretado por Brandon Lee no filme O Corvo, onde o ator perdeu a vida, baleado em uma cena.
Avaliar questões técnicas e de roteiro em um filme que é puro entretenimento é perda de tempo. Não é uma obra prima, que merece análises, mas um filme para se desligar e se divertir. Nesse aspecto, ele cumpre exatamente o que se espera dele!
Assisti a esse filme cercado de expectativas. Como muitos, também esperava que ele fosse uma homenagem ao cinema, algo parecido com Cinema Paradiso. No entanto, esse não é o enredo do filme. O Último Cine Drive-in é um filme sobre relações familiares e perdas, tudo ambientando num charmoso, porém decadente, Drive-in.
O filme é um grata surpresa, com um ótimo roteiro e um elenco bem conduzido.
Não sou lá um grande apreciador de comédias, mas 'Saneamento Básico: O Filme' é daquelas comédias inteligentes, regada de críticas sociais e políticas. Temos um ótimo elenco, aliado a um roteiro esperto e bem costurado, que presta uma divertida homenagem à arte (e dificuldade) de se produzir cinema no Brasil. Os personagens de Fernanda Torres e Wagner Moura experimentam o que há de melhor e de pior quando decidem, de forma amadora, roteirizar e dirigir um filme, servindo bons exemplos para quem quer se aventurar na carreira do cinema. Divertidíssimo!
Mais uma vez o cinema nacional não me decepciona. Aquarius possui um diferencial gritante na tela, fruto de um bom investimento, notado já no primeiro ato, diante da reconstrução de época perfeita - do figurino à cenografia, passando pelo roteiro.
Elenco bem afiado, com destaque mais que merecido para Sônia Braga, que está espetacular no papel de Clara. Consegui, inclusive, me identificar com a personagem em muitos aspectos, principalmente a paixão pela mídia física, em especial o LP. Alias, falando em música, que trilha espetacular! Temos Queen e clássicos da MPB desfilando na tela. À todo momento também é possível notar alguma boa música, sempre de fundo, fazendo alguma figuração.
Por outro lado, não acho que Aquarius seja uma boa opção para nos representar no Oscar. O motivo está na conclusão do filme, que, infelizmente deixa a desejar. O corte, na cena final, parece destoar do ritmo do filme, marcado por momentos bem pautados e explícitos, mas que encerra cercado de incertezas, apesar de podermos, de certa forma, pressupor o que aconteceria depois. Mas ainda assim, acho prejudicial para o ritmo do filme. Faltou uma cena chave, mais marcante, para corroborar com o que podemos pressupor.
Um bom elenco, ótima fotografia e uma estética envolvente. Só faltou ter um roteiro melhor. O filme é uma fábula romântica, baseada no livro homônimo de Mark Helprin, um romance de pouco mais de 700 páginas e, consideravelmente grande para ser adaptado para um filme de quase 2 horas. O resultado é uma história confusa, que deixa o espectador perdido em vários momentos.
O plot é interessante e o filme começa até bem, mas do segundo ato em diante (especialmente na reta final), o filme parece se perder e, por mais que estejamos diante de uma história de fantasia, a ambientação em um cenário real acaba por provocar uma sensação de que está faltando algo na história. As passagens de tempo geram situações que se tornam pouco críveis e a ausência de respostas para as motivações dos personagens centrais fazem a história ser pouco interessante. Quando o filme chega ao climax, o desenrolar é tão monótono e arrastado que chega a causar sono.
Talvez essa seja uma daquelas histórias que só funcionam bem mesmo na sua plataforma de origem, a literatura, porque como filme, achei decepcionante.
Vale muito pela nostalgia. Vi esse filme muitas vezes no Cinema em Casa, talvez o primeiro que tenha visto, baseado em alguma obra de Stephen King. É um trash daquele tipo que vc desliga o cérebro e aproveita as cenas, sem pensar muito em questionar roteiro e atuações. E vale a diversão, pois tem cenas espetaculares de Christine "tocando o terror".
Eu sempre gostei de filmes de Slashers, por mais clichês que eles sejam. Mas 'Venom' era um que eu desconhecia. Me chamou a atenção ser um filme produzido pelo Kevin Williamson e dirigido pelo Jim Gillespie, então decidi dar uma chance mas, infelizmente, diferente dos outros trabalhos deles, esse é daqueles esquecíveis.
O filme é uma coleção de clichês e gags. Não que as franquias 'Pânico' e 'Eu Sei o que vcs Fizeram no verão passado' sejam diferentes nesse aspecto, mas ao menos tinham um elenco mais carismático e menos amador do que o visto aqui. 'Venom' consegue até criar alguns momentos de leve tensão, mas passa longe de conseguir assustar.
Vale pelo entretenimento proposto para o gênero e por curiosidade, afinal, há que se dar um crédito ao filme: o enredo ao menos é bem original. Mal executado e mal aproveitado, mas ainda assim bastante original.
Uma releitura interessante das obras de Lewis Carroll. Apesar dos furos na história (especialmente na segunda parte da minissérie), gostei da produção. Foi interessante ver alguns personagens clássicos ganharem nova roupagem e personalidade, em uma visão bem futurista de Wonderland (bem a cara do SciFi mesmo).
Um bom elenco selecionado, com destaques especiais para Andrew Lee Potts como Chapeleiro e Kathy Bates como Rainha de Copas. Caterina Scorsone teve um bom desempenho como Alice e curti bastante rever o Matt Frewer (de Max Headroom) atuando e dando vida a um caricato e teatral Cavaleiro Branco.
Essa versão infelizmente só peca pelos furos proporcionados pelo roteiro. Algumas questões paralelas da trama ficaram sem explicação, mas no final, vale as horas de diversão que proporciona.
Revendo como forma de aquecimento para o segundo filme, pude reviver essa viagem sombria que é a visão de Tim Burton para o clássico de Lewis Carrol. A obra, que foi publicada há 150 anos, transmite simultaneamente complexidade e simplicidade. Para uma criança, tirando a linguagem bastante rebuscada para os dias de hoje, o livro representa uma viagem ao mundo da imaginação, com personagens e aventuras fantásticas. Para os adultos, o buraco da toca do coelho é bem mais profundo, diante das reflexões e questionamentos complexos que Alice apresenta ao longo de sua jornada, tudo amarrado com elementos da matemática e da psicologia.
O filme de Tim Burton deixa a desejar bastante no aspecto crítico da história, até mesmo porque a brilhante obra de Lewis Carrol serve apenas de pano de fundo para desenvolvimento do roteiro, que apresenta ma Alice mais madura (e não uma criança), retornando ao País das Maravilhas, que ela julgava se tratar de um sonho infantil. Como era de de esperar, Tim Burton apresenta uma visão bem mais sombria que o texto original e, por mais que não haja fidelidade na trama, as referências foram mantidas, inclusive na ordem em que surgem na história. A trama engloba elementos dos dois livros: "As Aventuras de Alice no País das Maravilhas" e "Através do Espelho e o que Alice encontrou por Lá", e transporta para as telas uma estética espetacular e bastante peculiar, tal qual o original, de uma forma que somente Tim Burton poderia conceber.
É um filme com sensibilidade ímpar, um pouco raso se comparado à complexidade da obra de Carrol, mas ainda assim uma das melhores versões que o clássico literário recebeu para os cinemas. Helena Bonham Carter está perfeita no papel da Rainha Vermelha (uma reunião de duas personagens das obras de Carrol), traduzindo de forma impecável o histerismo que conhecemos da personagem literária. Johnny Depp cria um chapeleiro maluco dotado de toda a excentricidade que se esperada do personagem; E Mia Wasikowska nos apresenta uma Alice madura, que cresce a cada momento na trama, até finalmente se libertar da incredulidade e enxergar Wonderland com os olhos de uma criança, tal qual todo e qualquer espectador deveria interpretar esse filme.
Alice no País das Maravilhas não é um filme para céticos e para pessoas que não consigam abrir suas mentes para o universo maravilhoso do imaginário infantil. É um filme para aqueles que, apesar de crescidos, ainda mantém dentro de si acesa a chama de sua alma infantil.
Depois de tanto tempo, finalmente tomei coragem e vi Pixels. As minhas expectativas eram baixas, quase zero, afinal um filme com Adam Sandler no elenco não pode ser levado muito a sério e a probabilidade maior era que eu passaria a me questionar se me autoflagelar seria mais divertido do que assistir ao filme. Bem, eu estava errado. Finalmente posso dizer: assisti a um filme com Adam Sandler sem ter uma repentina vontade de arrancar meus olhos.
Pixels basicamente cumpre o que se espera: é um filme divertido (na medida do possível) e nostálgico. Tem ótimo efeito para quem é fã de games clássicos e é cheio de referências geek e à cultura pop. Não diria que se tornou um dos meus filmes preferidos, mas certamente é um que eu veria novamente.
Só não entendo o motivo de tantas críticas. Sério, o que as pessoas estavam esperando de um filme dirigido pelo inconsistente Chris Columbus? Uma produção enigmática, seguindo os passos do cinema de David Lynch? Ou um filme inteligente e reflexivo, com um quê de Kubrick? Por favor né?! Pixels é entretenimento e é para isso que ele serve. Desapegue de coerência, de roteiro e de qualquer correlação com cinema arte, porque isso é apenas um blockbuster. Se vc é capaz de ignorar isso assistindo à filmes de ação, de super-heróis ou romances açucarados, também pode fazê-lo aqui. Mas se vc não gosta de filmes desses seguimentos, então vc simplesmente parou para ver o filme errado.
O talento passa longe do elenco em tela (e sim, isso inclui o Peter Dinklage), mas também o roteiro não exige muito de nenhum dos atores. Temos Adam Sandler fazendo suas caras e bocas irritantes, mas até que desempenha bem o seu papel. O pior desempenho para mim foi mesmo de Matthew Lintz, que vive o Matty. Os demais, apenas dão conta do recado.
O roteiro é lotado de piadas clichê e sem graça, no mesmo nível daquelas vistas nos filmes da Marvel. Algumas até funcionam, mas a maioria é tão insignificante que vc acaba ignorando por conta do verdadeiro desfile pixelado de personagens clássicos do videogame e da cultura Pop. Destaque especial para a participação de Max Headroom, novamente dublado por Matt Frewer. Se o filme todo tivesse sido decepcionante (o que pra mim não foi), só essa participação já valeria o filme todo, haha.
É um filme que merece ser visto sem uma visão crítica. Apenas como diversão e por nostalgia geek. E se vc também se sente incomodado com o Adam Sandler, pense por esse lado: poderia ser pior. imagina se tivesse o Will Ferrell no elenco? haha
Sempre ouvi falar muito bem desse filme e, com isso, acabei criando uma certa expectativa, que acabou não sendo atingida. Gostei das atuações, trilha sonora, enredo e da fotografia, mas acabei ficando incomodado com certas semelhanças que notei com "O Auto da Compadecida", considerando alguns elementos do enredo desse filme também estão presentes na adaptação da obra de Ariano Suassuna, dirigida pelo mesmo Guel Arraes, o qual revi recentemente.
Vi muito do Chicó de Selton Mello também em Leléu, desde trejeitos até a personalidade do personagem. O mesmo pode ser replicado sobre o cangaceiro Severino e o matador Frederico Evandro, ambos vividos por Marco Nanini em Auto da Compadecida e nesse filme, respectivamente. Já Bruno Garcia faz um personagem diferente do visto anteriormente em O Auto da Compadecida, deixando o falso machão (Vincentão) de lado para compor um homem evidentemente mais frouxo (Douglas) e com um sotaque carioca exagerado que ficou divertidíssimo!
Débora Fallabela está excelente no papel de Lisbela. Gostei muito da personagem apaixonada pelo cinema e que enxerga a vida como se ela desenrolasse como um filme. Curti muito a dupla formada por Lívia Falcão (Francisquinha) e Tadeu Mello (Cabo Citonho), cuja noite de amor sempre é interrompida, haha.
Não posso também deixar de destacar as cenas do seriado visto por Lisbela no cinema, uma homenagem ao clássico enlatado romântico hollywoodiano, tão comum nos filmes antigos,
Entretanto, não posso negar que fiquei ainda com a impressão de que Lisbela e o Prisioneiro é uma versão de Auto da Compadecida, com o acréscimo de novos elementos, ambientação e personagens, além de uma trilha sonora mais caprichada. Minha opinião, claro, esta bastante viciada pelo fato de ter visto o Auto recentemente. Filme legal, mas que está longe de ser, para mim, um exemplo de originalidade.
Shakespeare Apaixonado
3.5 650 Assista AgoraAssisti à esse filme pela primeira vez no ano passado, depois de muito tempo ensaiando para fazê-lo. Vivia um momento bem Shakespeariano e achei que era propício finalmente assistir a esse filme pelo qual por tanto tempo torci o nariz. O resultado? Podia realmente ter passado a vida toda sem vê-lo, pois não faria diferença alguma.
A trama de Shakespeare Apaixonado em nada supera outras comédias românticas simplórias que inundam os cinemas anualmente. É basicamente mais do mesmo! "Ah, mas é uma comédia romântica de época". Até Kate & Leopold é uma comédia romântica de época mais interessante e verossímil do que esse filme.
Aliás, o filme sequer tem o objetivo de buscar alguma realidade. A trama é toda fictícia, e pouco se baseia na real biografia de William Shakespeare. Tirando poucos personagens reais (além do próprio Shakespeare, claro), como Christopher Marlowe (Rupert Everett) e uma caricata Rainha Elizabeth (Judi Dench), a grande maioria foram obra da mente dos roteiristas
Não é exatamente um filme ruim, é legalzinho até. É o tipo assistível, porém esquecível. Por isso, para quem curte cinema, é praticamente impossível assistir Shakespeare Apaixonado sem questionar: como diabos um filme como ESSE conseguiu vencer em 1999 o Oscar de Melhor Filme, tendo a concorrência de produções superiores como O Resgate do Soldado Ryan, Além da Linha Vermelha e A Vida é Bela?
E mais: COMO Gwyneth Paltrow, uma atriz que mal consegue convencer no papel de mulher interpretando homem na peça dentro do filme (sem contar a atuação dela no papel em si), foi vencedora do Oscar de melhor atriz, superando atuações impecáveis como as de Fernanda Montenegro (Central do Brasil) e Meryl Streep (Um Amor Verdadeiro)? Só pode ter rolado um favorecimento inexplicável ali, pois não há como conceber outra ideia.
Brincando com a Morte
2.6 33Em 2004, o DVD começava a se popularizar e a ganhar espaço também nas bancas, em promoções de jornais. Nesse cenário, uma época onde eu estava no auge da descoberta de Arquivo X, em plena adolescência, que decidi comprar esse título em DVD, junto com o jornal de domingo e agregá-lo à minha ainda modesta coleção de DVDs.. Passaram-se 12 anos em que este filme permaneceu na minha estante, sem nunca ter sido visto. Eis que hoje, decidi: vamos ver que bagaça foi essa que eu comprei há mais de dez anos e só Deus poderá me julgar! rs
O filme reúne nomes reconhecidos no cinema e na tv: Angelina Jolie (ainda em seus primeiros anos de carreira), David Duchovny (à época no auge do sucesso com Arquivo X) e o vencedor do Oscar, Timothy Hutton. Dois atores promissores e um experiente e premiado. Filme tinha reunido um bom elenco, mas o que poderia dar errado? Pergunte ao roteirista, ora!
Brincando com a Morte é um daqueles filmes "assistíveis", do tipo que vc senta, desliga o cérebro e aproveita o momento. Não dá pra analisar produção e roteiro, pois se trata de um típico filme de ação policial, tão popular nos anos 1990, onde há alguma ação, muitos tiros e uma mocinha indefesa precisando ser salva.
Os clichês se multiplicam ao longo dos 94 minutos do filme, de modo que em muitas cenas já podemos prever o que acontecerá na sequência. Para quem gosta de filmes do gênero e não se importa com esses "pormenores", é diversão garantida!
Minha Mãe é Uma Peça 2
3.5 806Uma grata surpresa essa sequência. Uma comédia divertida e descompromissada, que emana o talento de Paulo Gustavo e a potência dessa personagem que facilmente representa muitas mães pelo Brasil (a minha, inclusive) e a aflição de muitos filhos (não preciso nem dizer, né?)!
Por se tratar de uma comédia, de apelo popular, acho que podemos deixar de lado qualquer avaliação sobre conceitos e narrativa cinematográfica, pois não cabe aqui. É um filme para diversão e não para avaliações críticas e tampouco para provocar profundas reflexões sobre a vida e o "eu" interior. Deixem isso para outros gêneros.
Não sei avaliar se este é melhor do que o primeiro, pois gostei de ambos na mesma medida. É um filme que faz rir, do início ao fim. A narrativa repete a mesma estrutura do primeiro, mostrando as hilárias atitudes de dona Hermínia, suas crises de ciumes pelos filhos e, claro, a quebra de ritmo com pausas dramáticas, incluindo, assim como o antecessor, uma importante perda familiar, por isso, 4,5 e não 5 estrelas, pela falta de originalidade apenas nesse quesito.
Um dos melhores acréscimos à essa sequência foi a personagem de Patricya Travassos, que permitiu à atriz esbanjar talento no divertidíssimo papel de Lúcia Helena, irmã de dona Hermínia. Há também um crescimento da personagem Marcelina (Mariana Xavier) em comparação ao primeiro filme. O final já prepara o espectador para uma possível sequência, que, se mantiver o mesmo ritmo dos dois primeiros, sem dúvida será também um grande sucesso.
Se você quer assistir um filme cujo único compromisso é com a diversão, essa sem dúvida é uma excelente escolha!
Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível
3.2 738 Assista AgoraUm bom filme, com uma bela mensagem sobre o futuro do planeta. A ideia geral do filme realmente lembra muito a idealização do projeto de Walt Disney, mas não é exatamente sobre isso que o filme trata. Apesar de ser um filme produzido pela Disney, não se trata de um filme voltado ao público infantil.
Tomorrowland possui efeitos visuais deslumbrantes, roteiro bem sólido e uma história bem construída, além claro, de um elenco de primeira. Mas infelizmente peca por não ter uma narrativa fluída, o que faz o filme ficar um pouco cansativo. Teria sido melhor se o filme fosse um pouco mais objetivo. Talvez com uns 20 minutos a menos teriam feito diferença, nesse aspecto.
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista AgoraO trabalho do Martin Scorsese não costuma me atrair. Mas, dentre todos os filmes que ele já dirigiu, esse é sem dúvidas o meu preferido. E vou além, um dos meus filmes preferidos de todos os tempos.
A Invenção de Hugo Cabret é uma belíssima adaptação do livro homônimo de Brian Selznick e uma das mais lindas homenagens ao Cinema. Scorsese deu a Géorge Méliès todo o destaque que ele merece, frente a indústria do cinema, afinal, ele foi o grande nome por trás da criação da arte de contar histórias através de imagens animadas. É emocionante ver a delicadeza com que ficção e realidade se misturam nesse filme para contar parte da história desse gênio do cinema, por muitos esquecido,
O fato deste filme não ter levado o prêmio máximo da Academia somente é perdoável por esta derrota ter sido para "O Artista", pois produzir cinema mudo e preto e branco em pleno século XXI, é algo memorável, especialmente quando bem conduzido. Então, de certa forma, Mèliès perde para ele mesmo, afinal ele foi o grande precursor do cinema mudo!
O Lar das Crianças Peculiares
3.3 1,5K Assista AgoraSe a sessão da tarde ainda possuísse alguma relevância para o público, como já teve nos anos 80 e 90, certamente esse filme acabaria entrando para o rol de clássicos. "O Lar das Crianças Peculiares" é bem a cara da sessão da tarde, um filme despretensioso de aventura, com momentos bem leves de tensão e com a ação focada praticamente toda nas crianças, que enfrentam vilões que mais parecem motivo de piada do que provocar medo (para um adulto, claro).
Não chega a ter o brilho de um clássico como "Os Goonies" e tampouco alguma profundidade, como "Conta Comigo", mas segue mais ou menos a mesma linha: uma aventura entre amigos.
Para quem leu o livro, o filme é um desastre completo. O roteiro de Jane Goldman pouco aproveita da trama, além do enredo e os personagens. Algumas passagens do livro estão ali presentes, claro, mas o desenvolvimento foi pensado de forma totalmente distinta, especialmente da metade para o final, onde o filme ganha praticamente vida própria, inexistindo semelhanças com o original de Ransom Riggs. A atmosfera sombri do livro está ali, presente, fazendo com que o filme não seja uma total perda de tempo. Mas como adaptação, "O Lar das Crianças Peculiares" encontra lugar no mesmo nível de "Percy Jackson e o Ladrão de Raios".
Portanto, se vc é um daqueles fãs puristas, que não aceitam com facilidade as mudanças criativas que são aplicadas nas adaptações, esse filme tende a ser bem indigesto.
A 5ª Onda
2.6 1,4K Assista AgoraHaha, me divirto com os "críticos" do Filmow! Jura que vcs estão reclamando que 5ª Onda é ruim pq é uma ficção científica teen? Esperavam o quê? Um novo "Contatos Imediatos de Terceiro Grau" ou um "Alien"? É um filme baseado em uma trilogia distópica Young Adulto (tão comum nos cinemas que é facilmente identificado) e não uma superprodução de Spielberg ou James Cameron. Se vc não gosta de filmes desse tipo, simplesmente não veja. Pra que se torturar?
Pessoalmente, ainda não li a obra de Rick Yancey, mas fiquei interessado. O filme tem clichês? Tem, aos montes. Força a barra em vários momentos? Com certeza. Vislumbrei 'Crepúsculo' na revelação daquele personagem (que pra mim era mais que óbvia)? Sem dúvida. Mas sinceramente, gostei do filme. Assisti sem expectativas e, para o que se propõe, é um bom filme.
É uma ótima produção de ficção, tem um roteiro interessante e envolvente. Chloë Grace Moretz está com as mesmas expressões de boboca de sempre, mas dá conta do recado, afinal é uma personagem à altura do talento dela (e não algo tão exigente, quanto Carrie). O Alex Roe é meio fraquinho, mas até convence bem no papel. E Liev Schreiber está espetacular no papel do Coronel Volsch.
De um modo geral, é um ótimo filme, dentro das limitações que esse tipo de narrativa impõe. Espero que a sequência seja produzida!
Bem-Vindo à Casa de Bonecas
3.9 228Mais de 20 anos se passaram desde sua produção e esse filme continua extremamente atual. O diretor Todd Solondz é eficiente ao retratar a adolescência sem firulas, sem o vício da "vida perfeita e feliz" que a maioria dos filmes sobre o tema tentam transparecer. É um filme cru e realista, encabeçado pela talentosíssima Heather Matarazzo, em seu primeiro trabalho no cinema, encarando de cara uma personagem com grande profundidade e complexidade, uma menina carente de atenção, negligenciada pela família e pelos professores. Sem dúvida o toque de humor negro fez toda a diferença na narrativa. Um dos melhores filmes juvenis que já assisti.
Pequeno Segredo
3.3 118 Assista AgoraUau, que filme! Que atuações! Gosto muito do gênero 'drama', não por acaso um dos mais comuns em nosso cinema, ao lado das comédias. Entretanto, "Pequeno Segredo" não se parece com nada que tenha visto antes em nosso cinema. A trama não é exatamente inovadora (até mesmo por se tratar de uma história real, não há que se falar em previsibilidade, não é mesmo?), mas é conduzida com uma sensibilidade admirável.
Julia Lemmertz está sensacional no papel de Heloísa Schurmann. Ela preenche as cenas, ao lado da igualmente talentosa Mariana Goulart. E o que falar de Fionnula Flanagan, no papel de Bárbara? Sua personagem reflete a forma como muitos estrangeiros enxergavam o Brasil no início dos anos 90, época em que nosso país não possuía nenhuma projeção internacional. Ótima sacada!
O filme apresenta três linhas narrativas que, a princípio, não parecem se relacionar. Para alguns pode ter parecido confuso, acredito, mas quando as peças se encaixam, o filme flui muito bem. É uma história densa, que resulta em um filme pesado, um drama bem acima da média de outros nacionais que há tive oportunidade de ver (igualmente bons, claro). Do ponto de vista técnico, o filme não deixa nada a dever se comparado à outros do mesmo gênero, produzidas na Europa e EUA. A qualidade técnica, ao meu ver, é impecável!
David Schurmann conseguiu contar uma parte dramática da história de sua família de forma bastante sensível, sem torná-la apelativa. Alguns acusam o filme de ser água com açúcar, mas discordo. Sem dúvidas, é uma das nossas maiores chances de finalmente voltar à lista de indicados ao Oscar de Filme Estrangeiro, afinal, é uma trama que possui todos os predicados que costumam chamar a atenção da comissão do Oscar.
A Luz Entre Oceanos
3.8 357 Assista AgoraBelíssimo filme! Para quem leu o livro, é fácil notar as partes que faltam, mas como adaptação, é um filme próximo do perfeito. Tudo de essencial para história se fez presente na tela, mesmo sentindo falta de um pouco mais de emoção. Mas ao mesmo tempo, reconheço que forçar mais o drama no filme o transformaria em algo apelativo e piegas, especialmente se considerarmos que o plot da trama não é nada essencialmente original. Por isso, no fim das contas, acho que colocaram tudo na medida certa para a linguagem de cinema.
Alicia Vikander esbanja talento no papel de Isabel e podemos perceber a evolução e desconstrução de sua personagem cena após cena. Michael Fassbender não fica atrás. E a personagem Hanna não poderia ser vivida por outra atriz que não Rachel Weisz. Incrível como a atriz conseguiu emprestar personalidade tão fiel à sua versão criada no romance de M.L. Stedman. Uma pena ter havido tão pouco tempo para que ela fosse desenvolvida. Mais acréscimos certamente teriam deixando o filme mais longo do que deveria, mas por incrível que pareça, as 2h10min de duração parecem ter sido poucas para explorar todo o potencial dramático do livro e das reviravoltas impostas no terceiro ato.
É um filme sobre o amor, em todos os sentidos e intensidades que se pode imaginar.
Xanadu
2.9 172 Assista AgoraÉ um filme que acabou envelhecendo mal, com efeitos datados e soando hoje bastante cafona e tosco, um trash musical. É relativamente curto, mas se arrasta em sua pouco mais de uma hora e meia de duração.
Não sei se falta um pouco de sensibilidade da minha parte, mas tive a impressão que fizeram um grande videoclipe e não um filme de verdade. A história é tão sem pé nem cabeça, que fica difícil avaliar alguma coisa. O texto parece servir apenas para costurar as apresentações musicais - algumas excessivamente cansativas, inclusive.
Os personagens, de um modo geral, são rasos. Um romance onde há zero química entre os atores. E o Gene Kelly? Coitado, que fim de carreira triste, rs. A parte boa do filme se resume à algumas canções (nem todas, frise-se), que são bem a cara dos anos 80. Mas tirando isso, é um filme dispensável.
Em Nome do Pai
3.2 51Cru e difícil de digerir. É interessante, como uma produção tão simples, aparentemente despretensiosa, consegue ser tão complexa e perturbadora. É possível notar a mudança comportamental de Carlinhos, no começo do filme e como ele se transforma no final. E que final! Uau. Surpreendente. Excelente curta!
Um Namorado Para Minha Mulher
3.1 163No começo o filme me causou estranheza, com aquela abertura, ao som de "What a Wonderful World" e o corte seco para inicio, que mais me pareceu a abertura de uma série de tv americana do que um filme, efetivamente. Achei que a trama demorou a acontecer e até mais ou menos a metade do filme, poucas piadas parecem fazer alguma graça. É uma comédia romântica mediana, que não deixa nada a dever em comparação à outras produções do gênero, nacionais ou estrangeiras.
Ingrid Guimarães é, obviamente, o grande destaque cômico e carrega o filme todo nas costas. Caco Ciocler, em muitos momentos, parecia remeter ao seu 'Miguel' de "O Quinto dos Infernos", com caras, bocas e atitudes. Domingos Montagner interpreta Corvo, que, por uma mórbida coincidência, lembra (propositalmente, acredito) o personagem 'Eric', interpretado por Brandon Lee no filme O Corvo, onde o ator perdeu a vida, baleado em uma cena.
Avaliar questões técnicas e de roteiro em um filme que é puro entretenimento é perda de tempo. Não é uma obra prima, que merece análises, mas um filme para se desligar e se divertir. Nesse aspecto, ele cumpre exatamente o que se espera dele!
O Último Cine Drive-in
3.5 69Assisti a esse filme cercado de expectativas. Como muitos, também esperava que ele fosse uma homenagem ao cinema, algo parecido com Cinema Paradiso. No entanto, esse não é o enredo do filme. O Último Cine Drive-in é um filme sobre relações familiares e perdas, tudo ambientando num charmoso, porém decadente, Drive-in.
O filme é um grata surpresa, com um ótimo roteiro e um elenco bem conduzido.
Saneamento Básico, O Filme
3.7 708 Assista AgoraNão sou lá um grande apreciador de comédias, mas 'Saneamento Básico: O Filme' é daquelas comédias inteligentes, regada de críticas sociais e políticas. Temos um ótimo elenco, aliado a um roteiro esperto e bem costurado, que presta uma divertida homenagem à arte (e dificuldade) de se produzir cinema no Brasil. Os personagens de Fernanda Torres e Wagner Moura experimentam o que há de melhor e de pior quando decidem, de forma amadora, roteirizar e dirigir um filme, servindo bons exemplos para quem quer se aventurar na carreira do cinema. Divertidíssimo!
A Série Divergente: Ascendente
3.2 35Esse filme foi cancelado pela Lionsgate. A saga não vai ter conclusão nos cinemas.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraMais uma vez o cinema nacional não me decepciona. Aquarius possui um diferencial gritante na tela, fruto de um bom investimento, notado já no primeiro ato, diante da reconstrução de época perfeita - do figurino à cenografia, passando pelo roteiro.
Elenco bem afiado, com destaque mais que merecido para Sônia Braga, que está espetacular no papel de Clara. Consegui, inclusive, me identificar com a personagem em muitos aspectos, principalmente a paixão pela mídia física, em especial o LP. Alias, falando em música, que trilha espetacular! Temos Queen e clássicos da MPB desfilando na tela. À todo momento também é possível notar alguma boa música, sempre de fundo, fazendo alguma figuração.
Por outro lado, não acho que Aquarius seja uma boa opção para nos representar no Oscar. O motivo está na conclusão do filme, que, infelizmente deixa a desejar. O corte, na cena final, parece destoar do ritmo do filme, marcado por momentos bem pautados e explícitos, mas que encerra cercado de incertezas, apesar de podermos, de certa forma, pressupor o que aconteceria depois. Mas ainda assim, acho prejudicial para o ritmo do filme. Faltou uma cena chave, mais marcante, para corroborar com o que podemos pressupor.
Um Conto do Destino
3.1 234 Assista AgoraUm bom elenco, ótima fotografia e uma estética envolvente. Só faltou ter um roteiro melhor. O filme é uma fábula romântica, baseada no livro homônimo de Mark Helprin, um romance de pouco mais de 700 páginas e, consideravelmente grande para ser adaptado para um filme de quase 2 horas. O resultado é uma história confusa, que deixa o espectador perdido em vários momentos.
O plot é interessante e o filme começa até bem, mas do segundo ato em diante (especialmente na reta final), o filme parece se perder e, por mais que estejamos diante de uma história de fantasia, a ambientação em um cenário real acaba por provocar uma sensação de que está faltando algo na história. As passagens de tempo geram situações que se tornam pouco críveis e a ausência de respostas para as motivações dos personagens centrais fazem a história ser pouco interessante. Quando o filme chega ao climax, o desenrolar é tão monótono e arrastado que chega a causar sono.
Talvez essa seja uma daquelas histórias que só funcionam bem mesmo na sua plataforma de origem, a literatura, porque como filme, achei decepcionante.
Christine, O Carro Assassino
3.3 670 Assista AgoraVale muito pela nostalgia. Vi esse filme muitas vezes no Cinema em Casa, talvez o primeiro que tenha visto, baseado em alguma obra de Stephen King. É um trash daquele tipo que vc desliga o cérebro e aproveita as cenas, sem pensar muito em questionar roteiro e atuações. E vale a diversão, pois tem cenas espetaculares de Christine "tocando o terror".
Venom
2.7 163 Assista AgoraEu sempre gostei de filmes de Slashers, por mais clichês que eles sejam. Mas 'Venom' era um que eu desconhecia. Me chamou a atenção ser um filme produzido pelo Kevin Williamson e dirigido pelo Jim Gillespie, então decidi dar uma chance mas, infelizmente, diferente dos outros trabalhos deles, esse é daqueles esquecíveis.
O filme é uma coleção de clichês e gags. Não que as franquias 'Pânico' e 'Eu Sei o que vcs Fizeram no verão passado' sejam diferentes nesse aspecto, mas ao menos tinham um elenco mais carismático e menos amador do que o visto aqui. 'Venom' consegue até criar alguns momentos de leve tensão, mas passa longe de conseguir assustar.
Vale pelo entretenimento proposto para o gênero e por curiosidade, afinal, há que se dar um crédito ao filme: o enredo ao menos é bem original. Mal executado e mal aproveitado, mas ainda assim bastante original.
Alice e o Novo País das Maravilhas
3.7 165Uma releitura interessante das obras de Lewis Carroll. Apesar dos furos na história (especialmente na segunda parte da minissérie), gostei da produção. Foi interessante ver alguns personagens clássicos ganharem nova roupagem e personalidade, em uma visão bem futurista de Wonderland (bem a cara do SciFi mesmo).
Um bom elenco selecionado, com destaques especiais para Andrew Lee Potts como Chapeleiro e Kathy Bates como Rainha de Copas. Caterina Scorsone teve um bom desempenho como Alice e curti bastante rever o Matt Frewer (de Max Headroom) atuando e dando vida a um caricato e teatral Cavaleiro Branco.
Essa versão infelizmente só peca pelos furos proporcionados pelo roteiro. Algumas questões paralelas da trama ficaram sem explicação, mas no final, vale as horas de diversão que proporciona.
Alice no País das Maravilhas
3.4 4,0K Assista AgoraRevendo como forma de aquecimento para o segundo filme, pude reviver essa viagem sombria que é a visão de Tim Burton para o clássico de Lewis Carrol. A obra, que foi publicada há 150 anos, transmite simultaneamente complexidade e simplicidade. Para uma criança, tirando a linguagem bastante rebuscada para os dias de hoje, o livro representa uma viagem ao mundo da imaginação, com personagens e aventuras fantásticas. Para os adultos, o buraco da toca do coelho é bem mais profundo, diante das reflexões e questionamentos complexos que Alice apresenta ao longo de sua jornada, tudo amarrado com elementos da matemática e da psicologia.
O filme de Tim Burton deixa a desejar bastante no aspecto crítico da história, até mesmo porque a brilhante obra de Lewis Carrol serve apenas de pano de fundo para desenvolvimento do roteiro, que apresenta ma Alice mais madura (e não uma criança), retornando ao País das Maravilhas, que ela julgava se tratar de um sonho infantil. Como era de de esperar, Tim Burton apresenta uma visão bem mais sombria que o texto original e, por mais que não haja fidelidade na trama, as referências foram mantidas, inclusive na ordem em que surgem na história. A trama engloba elementos dos dois livros: "As Aventuras de Alice no País das Maravilhas" e "Através do Espelho e o que Alice encontrou por Lá", e transporta para as telas uma estética espetacular e bastante peculiar, tal qual o original, de uma forma que somente Tim Burton poderia conceber.
É um filme com sensibilidade ímpar, um pouco raso se comparado à complexidade da obra de Carrol, mas ainda assim uma das melhores versões que o clássico literário recebeu para os cinemas. Helena Bonham Carter está perfeita no papel da Rainha Vermelha (uma reunião de duas personagens das obras de Carrol), traduzindo de forma impecável o histerismo que conhecemos da personagem literária. Johnny Depp cria um chapeleiro maluco dotado de toda a excentricidade que se esperada do personagem; E Mia Wasikowska nos apresenta uma Alice madura, que cresce a cada momento na trama, até finalmente se libertar da incredulidade e enxergar Wonderland com os olhos de uma criança, tal qual todo e qualquer espectador deveria interpretar esse filme.
Alice no País das Maravilhas não é um filme para céticos e para pessoas que não consigam abrir suas mentes para o universo maravilhoso do imaginário infantil. É um filme para aqueles que, apesar de crescidos, ainda mantém dentro de si acesa a chama de sua alma infantil.
Pixels: O Filme
2.8 1,0K Assista AgoraDepois de tanto tempo, finalmente tomei coragem e vi Pixels. As minhas expectativas eram baixas, quase zero, afinal um filme com Adam Sandler no elenco não pode ser levado muito a sério e a probabilidade maior era que eu passaria a me questionar se me autoflagelar seria mais divertido do que assistir ao filme. Bem, eu estava errado. Finalmente posso dizer: assisti a um filme com Adam Sandler sem ter uma repentina vontade de arrancar meus olhos.
Pixels basicamente cumpre o que se espera: é um filme divertido (na medida do possível) e nostálgico. Tem ótimo efeito para quem é fã de games clássicos e é cheio de referências geek e à cultura pop. Não diria que se tornou um dos meus filmes preferidos, mas certamente é um que eu veria novamente.
Só não entendo o motivo de tantas críticas. Sério, o que as pessoas estavam esperando de um filme dirigido pelo inconsistente Chris Columbus? Uma produção enigmática, seguindo os passos do cinema de David Lynch? Ou um filme inteligente e reflexivo, com um quê de Kubrick? Por favor né?! Pixels é entretenimento e é para isso que ele serve. Desapegue de coerência, de roteiro e de qualquer correlação com cinema arte, porque isso é apenas um blockbuster. Se vc é capaz de ignorar isso assistindo à filmes de ação, de super-heróis ou romances açucarados, também pode fazê-lo aqui. Mas se vc não gosta de filmes desses seguimentos, então vc simplesmente parou para ver o filme errado.
O talento passa longe do elenco em tela (e sim, isso inclui o Peter Dinklage), mas também o roteiro não exige muito de nenhum dos atores. Temos Adam Sandler fazendo suas caras e bocas irritantes, mas até que desempenha bem o seu papel. O pior desempenho para mim foi mesmo de Matthew Lintz, que vive o Matty. Os demais, apenas dão conta do recado.
O roteiro é lotado de piadas clichê e sem graça, no mesmo nível daquelas vistas nos filmes da Marvel. Algumas até funcionam, mas a maioria é tão insignificante que vc acaba ignorando por conta do verdadeiro desfile pixelado de personagens clássicos do videogame e da cultura Pop. Destaque especial para a participação de Max Headroom, novamente dublado por Matt Frewer. Se o filme todo tivesse sido decepcionante (o que pra mim não foi), só essa participação já valeria o filme todo, haha.
É um filme que merece ser visto sem uma visão crítica. Apenas como diversão e por nostalgia geek. E se vc também se sente incomodado com o Adam Sandler, pense por esse lado: poderia ser pior. imagina se tivesse o Will Ferrell no elenco? haha
Lisbela e o Prisioneiro
3.8 1,2KSempre ouvi falar muito bem desse filme e, com isso, acabei criando uma certa expectativa, que acabou não sendo atingida. Gostei das atuações, trilha sonora, enredo e da fotografia, mas acabei ficando incomodado com certas semelhanças que notei com "O Auto da Compadecida", considerando alguns elementos do enredo desse filme também estão presentes na adaptação da obra de Ariano Suassuna, dirigida pelo mesmo Guel Arraes, o qual revi recentemente.
Vi muito do Chicó de Selton Mello também em Leléu, desde trejeitos até a personalidade do personagem. O mesmo pode ser replicado sobre o cangaceiro Severino e o matador Frederico Evandro, ambos vividos por Marco Nanini em Auto da Compadecida e nesse filme, respectivamente. Já Bruno Garcia faz um personagem diferente do visto anteriormente em O Auto da Compadecida, deixando o falso machão (Vincentão) de lado para compor um homem evidentemente mais frouxo (Douglas) e com um sotaque carioca exagerado que ficou divertidíssimo!
Débora Fallabela está excelente no papel de Lisbela. Gostei muito da personagem apaixonada pelo cinema e que enxerga a vida como se ela desenrolasse como um filme. Curti muito a dupla formada por Lívia Falcão (Francisquinha) e Tadeu Mello (Cabo Citonho), cuja noite de amor sempre é interrompida, haha.
Não posso também deixar de destacar as cenas do seriado visto por Lisbela no cinema, uma homenagem ao clássico enlatado romântico hollywoodiano, tão comum nos filmes antigos,
Entretanto, não posso negar que fiquei ainda com a impressão de que Lisbela e o Prisioneiro é uma versão de Auto da Compadecida, com o acréscimo de novos elementos, ambientação e personagens, além de uma trilha sonora mais caprichada. Minha opinião, claro, esta bastante viciada pelo fato de ter visto o Auto recentemente. Filme legal, mas que está longe de ser, para mim, um exemplo de originalidade.