6.5 - Uma película, realizada por Diogo Morgado, entre o drama e o thriller de acção, sobre um homem que vê a sua vida virada do avesso, quando raptam a sua filha. Seguimos aqui, Gabriel (Pedro Teixeira), um homem "feliz" com a sua mulher e com a sua filha, ou seja, com a sua família, mas, contudo, tudo se transforma quando a sua filha é raptada numa estação de gasolina e a sua família "trocada" por outra mulher e um filho, que afirmam ser os seus legítimos familiares. Um filme que pouco ou nada adianta ao bom cinema, desde o seu argumento já visto, até ao desenvolvimento pouco emocionante e até ser relacionável para o espectador.
7.5 - Mais uma película de Wong Kar-Wai, onde seguimos um rapaz, Yuddy (Leslie Cheung), indeciso entre um velho amor e um novo, ou seja, entre duas raparigas, e que ao mesmo tempo, descobre que é adoptado e parte em busca da sua mãe verdadeira. Um filme algo desconexo, que embora interessante, não tem uma leitura fácil, devido a essa desconexão existente entre algumas cenas, quase como saltos na narrativa, que fazem o espectador ficar um pouco, digamos, "à nora". Talvez o facto de ter sido pensado como uma dupla produção (seria dividido em dois filmes), que não se concretizaria, tenha contribuído para esta "estranha" montagem da trama.
8.3 - Um filme bastante interessante, entre a violência extrema e o poder do amor. Trata-se da primeira película realizada por Wong Kar-Wai, onde assistimos à vida de Wah, um pequeno rufia a viver na cidade grande, e que se movimenta com alguma inteligência nos meandros das tríades orientais, e que conhece e se apaixona por uma prima (a sensual Maggie Cheung), isto enquanto protege um temperamental amigo e parceiro de crime, que trata como pequeno irmão. Um filme com alguma violência estilizada, e ao mesmo tempo, com uma história de amor dramática, conjugadas de forma eficaz.
6.6 - Uma película algo surrealista, realizada por João Nicolau, onde seguimos a vida ambulante de um vendedor/instalador de sistemas de alarme. O surrealismo do filme reside no facto, de entre diálogos normais, temos intercalados, diálogos em forma de canções, numa história de um homem à beira da reforma, que nas suas andanças profissionais, se depara com uma antiga paixão, que há muito não via, tudo fazendo para se manter presente junto desta, inclusíve, descurando ou desvirtuando o seu trabalho profissional. Interessante, mas de consumo difícil, embora alguma comicidade.
8.4 - Mais uma película de Pedro Almodóvar, focada nas mulheres e nas mães, essa figura quase omnipresente em toda a filmografia deste realizador. De facto, seguimos aqui a história de duas mulheres que têm os seus filhos exactamente na mesma altura e no mesmo hospital, sendo que uma se encontra receosa e a outra confiante com a sua gravidez. Depois, assistimos a um entrecruzar de histórias e da trama, aliada, neste filme, a uma espécie de homenagem ou referência solene à memória dos desaparecidos na Guerra Espanhola, à mão dos franquistas. Um filme agradável, bem construído, que mesmo sem o brilhantismo de outras obras de Almodóvar, demonstra que este não sabe fazer mal, na sua elaboração cinematográfica!
6.0 - Uma película, realizada por Hugo Vieira da Silva, e baseada num texto de Joseph Conrad, onde assistimos à chegada de dois colonizadores portugueses a um entreposto perto do Rio Congo. Ambos pretendem, apesar da inexperiência, fazer negócio (e enriquecerem) com o comércio de marfim com os locais e a metrópole, mas nem tudo é assim tão fácil. De facto, verifica-se uma espécie de atmosfera opressiva, com a estranheza de um mundo a desbravar, aliada ao estio do calor africano, que leva inclusíve, os seres humanos à degradação e ao delírio psicológico. É toda esta ambiência que perpassa todo o filme e que constitui o seu ponto mais forte, numa película algo lenta e extensa.
7.5 - Uma versão da clássica história da Cinderela, desta vez realizada por Kenneth Branagh para a Disney, e protagonizada pela bela (sem ser deslumbrante) Lily James e Cate Blanchett, no papel da vilã madrasta. Uma versão algo insípida apesar de todo o glamour dos endereços e vestuário, e dos efeitos especiais, que não traz nada de novo à conhecidíssima história da pobre Cinderela, espezinhada e humilhada pela sua madrasta e pelas filhas desta. Sendo assim, resta-nos uma película que se vê, agradável mas pouco mais, e fácilmente esquecível, não fosse a sua história intemporal.
8.4 - Uma película de animação, realizada por Zabou Breitman e Eléa Gobbé-Mévellec, de forma muito competente, sobre a vida em Cabul sob domínio dos Taliban. Nesta, presenciamos a todas as condicionantes da liberdade, da cultura e até do modo de viver, que advêm com o regime Taliban, mas também assistimos à hipocrisia e contradições deste regime, através dos olhos de um jovem casal e de um guarda prisional, cujos destinos se cruzarão. Um filme muito interessante e com uma história, ao mesmo tempo, dramática e enternecedora.
8.6 - Um filme de Michael Radford e Massimo Troisi (não creditado), que nos apresenta o desenrolar de uma amizade improvável e (afinal) duradoura, entre o consagrado e famoso poeta Pablo Neruda (interpretado por Philippe Noiret), exilado numa pequena ilha italiana, e o seu carteiro (Massimo Troisi), alguém quase analfabeto e simples, mas cuja convivência com este mesmo poeta, permite-lhe ganhar confiança e até seduzir a mulher mais bela daquelas paragens. Trata-se de um filme, que embora com algum ritmo lento, nos conquista aos poucos, assim à semelhança da amizade entre o carteiro e o poeta, e que se torna verdadeiramente lírico, assim como a boa poesia deve ser! De destacar, também, a premiada banda sonora de Luis Bacalov (que ganharia, inclusíve, um Óscar).
5.3 - Uma espécie de "Sin City" à portuguesa, sem o fulgor ou a espectacularidade do original referido. A película recorre à estética Noir, sendo a preto e branco, mas a história/argumento também, sendo que seguimos aqui um detective privado a tentar resolver um crime, e ao mesmo tempo, a "fazer pela vida", ou pelo menos, a tentar. Nem o cliché da mulher endinheirada e bonita, mas com uma faceta negra e pervertida escapa, mas é tudo filmado, por Rodrigo Areias, sem rigor na acção, cuja ausência nota-se e bem!
8.3 - Um filme visceral, anatómico (como é apanágio do realizador), de David Cronenberg, onde vemos toda uma subcultura que se move à volta do prazer sexual, retirado de, imagine-se, acidentes de viação. A película é intensa, e recheada de uma enorme tensão sexual, que motiva e guia todas as acções dos personagens, que arriscam a própria vida, de modo a satisfazerem os seus impulsos, assim como se se tratasse de uma qualquer droga. Entre os protagonistas, além de James Spader (no papel masculino principal), encontramos uma sensualíssima Deborah Kara Unger, uma quente Holly Hunter e uma fogosa Rosanna Arquette. Um filme forte e não aconselhável a todos, outro apanágio de Cronenberg!
7.5 - Uma comédia romântica ligeira, realizada por Peter Hutchings, com material suficiente para uma boa película, mas que se revela algo insonsa e sem brilho, ou mais apropriadamente, sem "chama". Seguimos aqui, um par, ambos a trabalharem na mesma empresa, onde existe uma rivalidade entre duas facções, ela fazendo parte da intelectual/cultural, ele da secção económico-financeira, e que se agudiza com um concurso para uma nova vaga de importância dentro da dita empresa. Apesar disso, e de todo o potencial cómico e de contraste antagónico, que poderia daí surgir, assistimos a uma película previsível e sem verdadeira química, onde apenas sobressai a protagonista, Lucy Hale, que no entanto, não consegue salvar a mesma da sua mediocridade.
8.1 - Uma película cómica sobre um rapaz que se vê obrigado a alistar-se no exército, em plena II Guerra Mundial, de modo a pedir a mão em casamento, ao pai da sua noiva, e de forma a evitar, que entretanto, esta se veja obrigada a casar com um filho de um mafioso. Mas, o pior é que o pai da noiva vive na Sicília, que o exército aliado vai invadir. De facto, trata-se de um filme em tom de comédia ligeira, mas com um fundo de história real, ao retratar como os Aliados se aliaram à Máfia local, de forma a manterem o poder militar na Sicília. Divertido q.b. e com uma face séria também eficaz e interessante.
8.5 - Uma película, de Ingmar Bergman, em tom de comédia ligeira, sobre Amor, mais precisamente sobre os amores de Verão. Mais do que isso, Ingmar Bergman, reflecte aqui algumas considerações sobre o Amor, fazendo uma analogia deste, com a estação de Verão, com os seus amores fugazes, com as ilusões de amor e até com a sua intensidade, abrasadora e quente. Seguimos a história de um advogado e sua jovem mulher, de outro casal e de uma mulher de "aparente" vida fácil, uma actriz; numa película onde nem tudo é o que parece. O filme em si, é de tom ligeiro e cómico, não tanto nas situações mas através de alguns diálogos deliciosos, e termina num sabor algo melodramático e amargo, sem perder nunca a sua ligeireza, assim e tal qual os chamados amores de Verão. Aconselhável visionamento!
6.0 - Um filme praticamente documental, de Cláudia Varejão, sobre relações inter-familiares, entre mãe-filha, irmãos ou irmãs, ou entre homem e seu animal de estimação, seguindo apenas cenas do dia-a-dia. Uma película sem argumento próprio, apenas com o já referido "leitmotiv", numa montagem relativamente bem conseguida.
5.7 - Uma película teatral, de Tiago Durão, baseada em textos de Lorca, Camões e George Buchner, protagonizada por jovens e com uma imagética poética, mas pretensiosa. A história gira em volta de um casal, em que a mulher luta para ter um filho, mas a que o seu homem recusa-se, ou não pode, dar-lho. O triângulo preenche-se com uma antiga paixão dela e a tragédia está subjacente ou iminente.
6.9 - Uma película algo insonsa de Christophe Honoré, com base num conto da Condessa de Ségur, sobre uma menina "demasiado" mal-comportada. Seguimos aqui uma jovem, Sophie (Sofia), que frequentemente se mete em apuros e trapalhadas, em tom algo cómico, mas a película falha, quer por falta de empatia para com as personagens (Caroline Grant, que faz de Sofia, até é engraçada, mas pouco mais se obtém), quer por uma dúbia direcção do filme, que se encontra indeciso, entre a comédia e o melodrama, sem saber qual seguir primeiramente, quer por uma montagem débil ou quer por escolhas cénicas deficientes na sua qualidade.
8.6 - Uma jovem inglesa é enviada para o colégio feminino, dirigido por sua tia, mas este é um colégio "diferente", onde reina a indisciplina e o livre arbítrio dos alunos, sendo eles mesmos uns rebeldes inadaptados. É esta a premissa desta comédia, realizada por Oliver Parker e Barnaby Thompson, tipicamente britânica, com o seu humor refinado, inteligente, mas por vezes também, muito selvagem. Um película onde despontam várias beldades, como: Gemma Arterton, Talulah Riley, Lily Cole, Tamsin Egerton, Lena Headey e Cloi McKee, entre outras, aqui todas com um look muito rebelde e acompanhadas pelo sempre estouvado Russell Brand, e pelo "direitinho" ou "beto" Colin Firth.
8.3 - Um filme de animação belo e onírico sobre a viagem de um rapaz perseguido por um espírito malévolo. Animação, da autoria de Gints Zilbalodis, simples, mas recheada de simbolismo e imagens oníricas, aliada a uma banda sonora de excelência, criada pelo próprio realizador desta película. Aconselhável visionamento!
7.6 - Um filme interessante, sobre a vida das mulheres dos pescadores de Caxinas e em particular, de uma mestra na doca, Sónia Nunes. Realizado por João Canijo e protagonizado por Anabela Moreira, que aqui assina também o argumento e que intercala ou justapõe as suas reflexões pessoais, com a vida das senhoras a que a película se propõe retratar. Podia resvalar para o arrastado, mas acaba por se deixar ver bem!
7.8 - Um filme de José Nascimento, talvez um pouco arrastado, mas que consegue ter um certo encanto e até agarrar o espectador. A história segue Araci, uma mulher indígena que casou com um português e que traz uma neta, de sua filha assassinada por rancheiros no Brasil, para Mértola, mas que não esquece, de todo, a cultura e os rituais da floresta amazônica. Interessante pela temática "verde", de preservação da Amazônia e suas gentes indígenas.
7.5 - Uma película sobre o atentado falhado a Adolf Hitler, por parte de Georg Elser, um homem simples, um artista, um músico, que sozinho desafiou a loucura nazi, ainda antes do seu auge, que daria origem à II Guerra Mundial. Realizado por Oliver Hirschbiegel, este filme, embora interessante, sobretudo pela sua temática, parece falhar em algo, não evidenciando a habitual mestria na realização deste realizador. Até no dramatismo (ou neste caso, na sua falta), esta película falha, não sei se na interpretação ou na montagem das imagens, que resultam em algo insípido e esquecível.
8.6 - Uma história, realizada com a habitual mestria de Oliver Stone, sobre traficantes, uns mais citadinos e outros, digamos, mais rurais, mas ambos, como o título indica, "selvagens". Num elenco com algumas figuras de destaque, como Benicio del Toro, Salma Hayek, John Travolta e Blake Lively, e ainda Aaron Taylor-Johnson e Taylor Kitsch, assistimos a uma espécie de guerra entre "gangs", com policiais e políticos corruptos à mistura. Aliada a uma história escorreita e com acção q.b., temos a música escolhida por Adam Peters para banda sonora do filme, de bom gosto.
6.5 - Uma película, dirigida por Carlos Saboga, algo estranha e insonsa, onde assistimos a uma espécie de amor doentio, de uma filha para com o seu pai, inspector de polícia, num ambiente de época salazarista. Embora com alguns actores/actrizes de renome, como Paulo Pires, Paulo Lima e Ana Padrão, além das jovens Joana Ribeiro, Joana de Verona e Filipa Areosa, o filme é algo arrastado e sem sentido, sendo até o final, dúbio (mas aqui, talvez propositadamente).
Irregular
4.0 16.5 - Uma película, realizada por Diogo Morgado, entre o drama e o thriller de acção, sobre um homem que vê a sua vida virada do avesso, quando raptam a sua filha. Seguimos aqui, Gabriel (Pedro Teixeira), um homem "feliz" com a sua mulher e com a sua filha, ou seja, com a sua família, mas, contudo, tudo se transforma quando a sua filha é raptada numa estação de gasolina e a sua família "trocada" por outra mulher e um filho, que afirmam ser os seus legítimos familiares.
Um filme que pouco ou nada adianta ao bom cinema, desde o seu argumento já visto, até ao desenvolvimento pouco emocionante e até ser relacionável para o espectador.
Dias Selvagens
3.8 727.5 - Mais uma película de Wong Kar-Wai, onde seguimos um rapaz, Yuddy (Leslie Cheung), indeciso entre um velho amor e um novo, ou seja, entre duas raparigas, e que ao mesmo tempo, descobre que é adoptado e parte em busca da sua mãe verdadeira.
Um filme algo desconexo, que embora interessante, não tem uma leitura fácil, devido a essa desconexão existente entre algumas cenas, quase como saltos na narrativa, que fazem o espectador ficar um pouco, digamos, "à nora".
Talvez o facto de ter sido pensado como uma dupla produção (seria dividido em dois filmes), que não se concretizaria, tenha contribuído para esta "estranha" montagem da trama.
Conflito Mortal
3.6 32 Assista Agora8.3 - Um filme bastante interessante, entre a violência extrema e o poder do amor. Trata-se da primeira película realizada por Wong Kar-Wai, onde assistimos à vida de Wah, um pequeno rufia a viver na cidade grande, e que se movimenta com alguma inteligência nos meandros das tríades orientais, e que conhece e se apaixona por uma prima (a sensual Maggie Cheung), isto enquanto protege um temperamental amigo e parceiro de crime, que trata como pequeno irmão.
Um filme com alguma violência estilizada, e ao mesmo tempo, com uma história de amor dramática, conjugadas de forma eficaz.
Technoboss
3.2 4 Assista Agora6.6 - Uma película algo surrealista, realizada por João Nicolau, onde seguimos a vida ambulante de um vendedor/instalador de sistemas de alarme.
O surrealismo do filme reside no facto, de entre diálogos normais, temos intercalados, diálogos em forma de canções, numa história de um homem à beira da reforma, que nas suas andanças profissionais, se depara com uma antiga paixão, que há muito não via, tudo fazendo para se manter presente junto desta, inclusíve, descurando ou desvirtuando o seu trabalho profissional.
Interessante, mas de consumo difícil, embora alguma comicidade.
Mães Paralelas
3.7 4118.4 - Mais uma película de Pedro Almodóvar, focada nas mulheres e nas mães, essa figura quase omnipresente em toda a filmografia deste realizador. De facto, seguimos aqui a história de duas mulheres que têm os seus filhos exactamente na mesma altura e no mesmo hospital, sendo que uma se encontra receosa e a outra confiante com a sua gravidez. Depois, assistimos a um entrecruzar de histórias e da trama, aliada, neste filme, a uma espécie de homenagem ou referência solene à memória dos desaparecidos na Guerra Espanhola, à mão dos franquistas.
Um filme agradável, bem construído, que mesmo sem o brilhantismo de outras obras de Almodóvar, demonstra que este não sabe fazer mal, na sua elaboração cinematográfica!
Posto-Avançado do Progresso
3.4 16.0 - Uma película, realizada por Hugo Vieira da Silva, e baseada num texto de Joseph Conrad, onde assistimos à chegada de dois colonizadores portugueses a um entreposto perto do Rio Congo.
Ambos pretendem, apesar da inexperiência, fazer negócio (e enriquecerem) com o comércio de marfim com os locais e a metrópole, mas nem tudo é assim tão fácil. De facto, verifica-se uma espécie de atmosfera opressiva, com a estranheza de um mundo a desbravar, aliada ao estio do calor africano, que leva inclusíve, os seres humanos à degradação e ao delírio psicológico.
É toda esta ambiência que perpassa todo o filme e que constitui o seu ponto mais forte, numa película algo lenta e extensa.
Cinderela
3.4 1,4K Assista Agora7.5 - Uma versão da clássica história da Cinderela, desta vez realizada por Kenneth Branagh para a Disney, e protagonizada pela bela (sem ser deslumbrante) Lily James e Cate Blanchett, no papel da vilã madrasta. Uma versão algo insípida apesar de todo o glamour dos endereços e vestuário, e dos efeitos especiais, que não traz nada de novo à conhecidíssima história da pobre Cinderela, espezinhada e humilhada pela sua madrasta e pelas filhas desta.
Sendo assim, resta-nos uma película que se vê, agradável mas pouco mais, e fácilmente esquecível, não fosse a sua história intemporal.
Os Olhos de Cabul
4.1 19 Assista Agora8.4 - Uma película de animação, realizada por Zabou Breitman e Eléa Gobbé-Mévellec, de forma muito competente, sobre a vida em Cabul sob domínio dos Taliban. Nesta, presenciamos a todas as condicionantes da liberdade, da cultura e até do modo de viver, que advêm com o regime Taliban, mas também assistimos à hipocrisia e contradições deste regime, através dos olhos de um jovem casal e de um guarda prisional, cujos destinos se cruzarão.
Um filme muito interessante e com uma história, ao mesmo tempo, dramática e enternecedora.
O Carteiro e o Poeta
4.2 3008.6 - Um filme de Michael Radford e Massimo Troisi (não creditado), que nos apresenta o desenrolar de uma amizade improvável e (afinal) duradoura, entre o consagrado e famoso poeta Pablo Neruda (interpretado por Philippe Noiret), exilado numa pequena ilha italiana, e o seu carteiro (Massimo Troisi), alguém quase analfabeto e simples, mas cuja convivência com este mesmo poeta, permite-lhe ganhar confiança e até seduzir a mulher mais bela daquelas paragens. Trata-se de um filme, que embora com algum ritmo lento, nos conquista aos poucos, assim à semelhança da amizade entre o carteiro e o poeta, e que se torna verdadeiramente lírico, assim como a boa poesia deve ser! De destacar, também, a premiada banda sonora de Luis Bacalov (que ganharia, inclusíve, um Óscar).
Ornamento e Crime
2.2 25.3 - Uma espécie de "Sin City" à portuguesa, sem o fulgor ou a espectacularidade do original referido. A película recorre à estética Noir, sendo a preto e branco, mas a história/argumento também, sendo que seguimos aqui um detective privado a tentar resolver um crime, e ao mesmo tempo, a "fazer pela vida", ou pelo menos, a tentar. Nem o cliché da mulher endinheirada e bonita, mas com uma faceta negra e pervertida escapa, mas é tudo filmado, por Rodrigo Areias, sem rigor na acção, cuja ausência nota-se e bem!
Crash: Estranhos Prazeres
3.6 328 Assista Agora8.3 - Um filme visceral, anatómico (como é apanágio do realizador), de David Cronenberg, onde vemos toda uma subcultura que se move à volta do prazer sexual, retirado de, imagine-se, acidentes de viação. A película é intensa, e recheada de uma enorme tensão sexual, que motiva e guia todas as acções dos personagens, que arriscam a própria vida, de modo a satisfazerem os seus impulsos, assim como se se tratasse de uma qualquer droga.
Entre os protagonistas, além de James Spader (no papel masculino principal), encontramos uma sensualíssima Deborah Kara Unger, uma quente Holly Hunter e uma fogosa Rosanna Arquette.
Um filme forte e não aconselhável a todos, outro apanágio de Cronenberg!
O Jogo do Amor - Ódio
3.1 114 Assista Agora7.5 - Uma comédia romântica ligeira, realizada por Peter Hutchings, com material suficiente para uma boa película, mas que se revela algo insonsa e sem brilho, ou mais apropriadamente, sem "chama".
Seguimos aqui, um par, ambos a trabalharem na mesma empresa, onde existe uma rivalidade entre duas facções, ela fazendo parte da intelectual/cultural, ele da secção económico-financeira, e que se agudiza com um concurso para uma nova vaga de importância dentro da dita empresa.
Apesar disso, e de todo o potencial cómico e de contraste antagónico, que poderia daí surgir, assistimos a uma película previsível e sem verdadeira química, onde apenas sobressai a protagonista, Lucy Hale, que no entanto, não consegue salvar a mesma da sua mediocridade.
Em Guerra Por Amor
3.7 28.1 - Uma película cómica sobre um rapaz que se vê obrigado a alistar-se no exército, em plena II Guerra Mundial, de modo a pedir a mão em casamento, ao pai da sua noiva, e de forma a evitar, que entretanto, esta se veja obrigada a casar com um filho de um mafioso. Mas, o pior é que o pai da noiva vive na Sicília, que o exército aliado vai invadir. De facto, trata-se de um filme em tom de comédia ligeira, mas com um fundo de história real, ao retratar como os Aliados se aliaram à Máfia local, de forma a manterem o poder militar na Sicília. Divertido q.b. e com uma face séria também eficaz e interessante.
Sorrisos de uma Noite de Amor
4.0 588.5 - Uma película, de Ingmar Bergman, em tom de comédia ligeira, sobre Amor, mais precisamente sobre os amores de Verão. Mais do que isso, Ingmar Bergman, reflecte aqui algumas considerações sobre o Amor, fazendo uma analogia deste, com a estação de Verão, com os seus amores fugazes, com as ilusões de amor e até com a sua intensidade, abrasadora e quente.
Seguimos a história de um advogado e sua jovem mulher, de outro casal e de uma mulher de "aparente" vida fácil, uma actriz; numa película onde nem tudo é o que parece.
O filme em si, é de tom ligeiro e cómico, não tanto nas situações mas através de alguns diálogos deliciosos, e termina num sabor algo melodramático e amargo, sem perder nunca a sua ligeireza, assim e tal qual os chamados amores de Verão. Aconselhável visionamento!
Amor Fati
3.3 1 Assista Agora6.0 - Um filme praticamente documental, de Cláudia Varejão, sobre relações inter-familiares, entre mãe-filha, irmãos ou irmãs, ou entre homem e seu animal de estimação, seguindo apenas cenas do dia-a-dia. Uma película sem argumento próprio, apenas com o já referido "leitmotiv", numa montagem relativamente bem conseguida.
Erros Meus, Má Fortuna, Amor Ardente
2.5 15.7 - Uma película teatral, de Tiago Durão, baseada em textos de Lorca, Camões e George Buchner, protagonizada por jovens e com uma imagética poética, mas pretensiosa. A história gira em volta de um casal, em que a mulher luta para ter um filho, mas a que o seu homem recusa-se, ou não pode, dar-lho. O triângulo preenche-se com uma antiga paixão dela e a tragédia está subjacente ou iminente.
Les malheurs de Sophie
2.8 26.9 - Uma película algo insonsa de Christophe Honoré, com base num conto da Condessa de Ségur, sobre uma menina "demasiado" mal-comportada. Seguimos aqui uma jovem, Sophie (Sofia), que frequentemente se mete em apuros e trapalhadas, em tom algo cómico, mas a película falha, quer por falta de empatia para com as personagens (Caroline Grant, que faz de Sofia, até é engraçada, mas pouco mais se obtém), quer por uma dúbia direcção do filme, que se encontra indeciso, entre a comédia e o melodrama, sem saber qual seguir primeiramente, quer por uma montagem débil ou quer por escolhas cénicas deficientes na sua qualidade.
Escola Para Garotas Bonitas e Piradas
3.0 1368.6 - Uma jovem inglesa é enviada para o colégio feminino, dirigido por sua tia, mas este é um colégio "diferente", onde reina a indisciplina e o livre arbítrio dos alunos, sendo eles mesmos uns rebeldes inadaptados. É esta a premissa desta comédia, realizada por Oliver Parker e Barnaby Thompson, tipicamente britânica, com o seu humor refinado, inteligente, mas por vezes também, muito selvagem.
Um película onde despontam várias beldades, como: Gemma Arterton, Talulah Riley, Lily Cole, Tamsin Egerton, Lena Headey e Cloi McKee, entre outras, aqui todas com um look muito rebelde e acompanhadas pelo sempre estouvado Russell Brand, e pelo "direitinho" ou "beto" Colin Firth.
Longe
3.6 38.3 - Um filme de animação belo e onírico sobre a viagem de um rapaz perseguido por um espírito malévolo. Animação, da autoria de Gints Zilbalodis, simples, mas recheada de simbolismo e imagens oníricas, aliada a uma banda sonora de excelência, criada pelo próprio realizador desta película. Aconselhável visionamento!
É o Amor
3.5 17.6 - Um filme interessante, sobre a vida das mulheres dos pescadores de Caxinas e em particular, de uma mestra na doca, Sónia Nunes. Realizado por João Canijo e protagonizado por Anabela Moreira, que aqui assina também o argumento e que intercala ou justapõe as suas reflexões pessoais, com a vida das senhoras a que a película se propõe retratar. Podia resvalar para o arrastado, mas acaba por se deixar ver bem!
Casa Flutuante
2.8 27.8 - Um filme de José Nascimento, talvez um pouco arrastado, mas que consegue ter um certo encanto e até agarrar o espectador. A história segue Araci, uma mulher indígena que casou com um português e que traz uma neta, de sua filha assassinada por rancheiros no Brasil, para Mértola, mas que não esquece, de todo, a cultura e os rituais da floresta amazônica. Interessante pela temática "verde", de preservação da Amazônia e suas gentes indígenas.
13 Minutos
3.6 50 Assista Agora7.5 - Uma película sobre o atentado falhado a Adolf Hitler, por parte de Georg Elser, um homem simples, um artista, um músico, que sozinho desafiou a loucura nazi, ainda antes do seu auge, que daria origem à II Guerra Mundial. Realizado por Oliver Hirschbiegel, este filme, embora interessante, sobretudo pela sua temática, parece falhar em algo, não evidenciando a habitual mestria na realização deste realizador. Até no dramatismo (ou neste caso, na sua falta), esta película falha, não sei se na interpretação ou na montagem das imagens, que resultam em algo insípido e esquecível.
Selvagens
3.4 743 Assista Agora8.6 - Uma história, realizada com a habitual mestria de Oliver Stone, sobre traficantes, uns mais citadinos e outros, digamos, mais rurais, mas ambos, como o título indica, "selvagens".
Num elenco com algumas figuras de destaque, como Benicio del Toro, Salma Hayek, John Travolta e Blake Lively, e ainda Aaron Taylor-Johnson e Taylor Kitsch, assistimos a uma espécie de guerra entre "gangs", com policiais e políticos corruptos à mistura.
Aliada a uma história escorreita e com acção q.b., temos a música escolhida por Adam Peters para banda sonora do filme, de bom gosto.
A Uma Hora Incerta
2.3 26.5 - Uma película, dirigida por Carlos Saboga, algo estranha e insonsa, onde assistimos a uma espécie de amor doentio, de uma filha para com o seu pai, inspector de polícia, num ambiente de época salazarista. Embora com alguns actores/actrizes de renome, como Paulo Pires, Paulo Lima e Ana Padrão, além das jovens Joana Ribeiro, Joana de Verona e Filipa Areosa, o filme é algo arrastado e sem sentido, sendo até o final, dúbio (mas aqui, talvez propositadamente).