Não é para mudar a vida de ninguém. Consiste num divertimento bem despretensioso e previsível, mas é interessante para passar o tempo e conferir o motivo da indicação ao Oscar. Lembrou-me muito "Desperate Housewives", com um ritmo muito mais frenético e um exagero nas atitudes mais eloquente. Do tipo para assistir quando não se deseja pensar muito. Divertido e mais valoroso que outras comédias tão genéricas quanto (Ex: "Quero Matar Meu Chefe").
O show é fantástico e um deleite para quem gosta de solos de guitarra e muito peso. O documentário, um misto de filme bizarro, mudo e em p&b, ao melhor estilo Zé do Caixão cibernético, com a trilha pesada das músicas do Mastodon embalando o roteiro de um thriller psicótico e non-sense, que termina sobre os riffs de The Last Baron. Para ver e rever!
Filme ideal para antropólogos. É muito engrandecedor ver a origem de certos costumes tradicionais e com certeza isso será muito mais valorizado por aqueles que trabalham e vivenciam isso com mais frequência que o restante da sociedade. O que não desmerece o registro para os demais, ainda mais quando se está prestes à conhecer o país de produção/concepção, como no meu caso. ;)
Deixa muito a desejar e chega a ser bastante enfadonho. Vale unicamente pelas legendas amarelas e pela textura de excelente qualidade do 3D. Nem o desquilíbrio do Mate consegue sustentar a narrativa do filme, que acaba se tornando extremamente cansativa.
Está longe de figurar como novidade no cinema francês, mas funciona muito bem como diversão e exemplo de cinema com ritmo encadeado. O novo filme com a aclamada Audrey Tautou (“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”) como protagonista é um filme de apelo bastante comercial, (como vem acontecendo no cinema francês, principalmente o mais atual), mas que se torna bastante interessante e admirável pelo ritmo que a direção (de Pierre Salvadori) e as atuações conseguem imprimir na cinematografia. Trata-se de uma comédia com roteiro interessante e ágil, muito bem narrado e que permite que o filme seja completamente admirável, apesar de toda a obviedade do desfecho. Seguindo o roteiro de Benoît Graffin e Pierre Salvadori, consiste na seguinte história: Emmilie (Audrey Tautou), insatisfeita com o sofrimento amoroso de sua mãe, Maddy (Nathalie Baye), resolve colocar fim ao estado de clausura da mãe com uma situação desencadeada por uma mentira e impulsionada por uma ajuda externa inesperada. Isso se dá após Emmilie receber uma carta de um admirador secreto e reendereçá-la para sua mãe. O conteúdo da carta anônima surte efeito imediato na vida de Maddy, e assim ela passa a vivenciar uma ansiosa vida, impulsionada pela espera de uma nova carta, até que após diversas reviravoltas, o efeito da primeira carta acabe completamente. Um dos pontos altos do filme é o belo cenário (uma cidade pequena, no sul da França). Outro ponto bastante interessante são os diálogos, que são simples e dinâmicos. Não bastando isso, o roteiro simples, com humor e conclusão direta, são os responsáveis diretos por imprimir qualidade ao filme. Fica a indicação de um filme ideal para momentos de descontração, sejam eles sozinhos ou acompanhados, afinal de contas, isso é o que menos importa.
Eu li muitos e muitos livros de Agatha Christie quando criança/adolescente. Fiquei impressionada, o quanto esse filme do Lumet consegue pegar a aura dos romances por ela contadas e ainda sim, manter a sua unicidade em apresentar a história. É um claro exemplo de bom cinema, aonde as adaptações não abandonam a origem e nem deixam de possuir características próprias, unicamente por se tratarem de uma adaptação. Isso é complicado e trabalhoso de fazer. Lumet merece uma salva de palmas pelo feito. ;)
A atuação de Steiger é perfeita, o filme aprisiona e bate na cara. Perfeito para retratar os abusos nazistas e todos os traumas que eles podem gerar (destacando bem o quanto podem ser irreparáveis). Tudo isso, embalado por uma competente trilha de Quincy Jones. Obrigada pela absurda indicação, Luiz! Que as nossas conversas e a parceria com o Cinebulição rendam muitos frutos dessa alçada.
Bem fraco. Com ritmo super lento e arrastado, apesar do elenco de ponta. É o clássico "eu tinha tudo para ser um ótimo filme, mas não sou". Decepcionou-me bastante, mediante a previsibilidade e o arrastar dos segundos.
Nunca assisti ao clássico, nem sequer sabia que existia à pouquíssimo tempo. Pareceu-me interessante. Esse remake é bom dentro do que se propõe, instigante e consegue prender a atenção pelos minutos de filmagem. No entanto, é pessimamente mal enquadrado e só eu, consegui contar três vezes em que apareceram os microfones usados para captação de som em cena. Ô falha provinciana, não? Não via uma parada dessas acontecer desde "Entre Quatro Paredes".
Lemmy (“Lemmy - 49% Motherfucker, 51% Son of a Bitch”, 2010, EUA, 111 min.) é o melhor documentário rock dos últimos tempos. Sem grandes firulas cinematográficas, é direto e simples, como o som do Motörhead. É também tão agradável quanto o som, para aqueles apreciadores de um rock´n´roll visceral e que não deixa a peteca cair ao longo de mais de 20 anos de banda. Trata basicamente sobre a vida e trajetória de Lemmy Kilmister, que protagoniza as situações mais improváveis frente às câmeras e demonstra o porquê de ser considerado uma lenda viva do estilo, já que é visto como ídolo de vários dos entrevistados no documentário (David Grohl, Alice Cooper, Metallica, Ozzy Osbourne, Slash, Ozzy, Marky Ramone, Mick Jones, Steve Vai e etc.), que são os tais ídolos atuais da geração que aprecia o gênero. O documentário de uma dupla de iniciantes, Wes Orshoski e Greg Olliver, segue com afinco a trajetória de Lemmy por mais de três anos, que se refere ao tempo de trajetória da construção cinematográfica, e engloba não só a história do Lemmy em torno do Motörhead, quanto às referências musicais dele desde antes da sua banda de maior sucesso, sua família, suas botas e sua paranóia por artigos de guerra. São poucas as interferências diretamente notadas nas gravações e Lemmy, apesar de considerado por muitos como rabugento e mal humorado, demonstra toda a sua honestidade com o que ele mesmo é frente às câmeras. Realmente “é o que demonstra”, sem maiores interesses de mascarar um tipo para quem o aprecia. Conta com ligeira humildade, sobre seus relacionamentos amorosos furtivos e sua relação com as drogas (sempre muito presente ao longo da vida agitada). Muito mais do que um filme que faz referência exclusivamente a um músico, é um filme sobre música. Sobre todas as nuances que envolvem o estilo e estórias que são contadas e inventadas por aqueles que fazem do estilo musical um evento histórico. Tem um final lindo e digno de homenagem para todos aqueles que gostam de rock´n´roll pesado e permeado por ícones.
*Felizmente, o filme será exibido tanto em São Paulo/Rio de Janeiro e isso poderá angariar vontade de exibi-lo em outras salas nacionais. É esperar para ver! As supracitadas sessões ocorrerão dentro do Festival Internacional do Documentário Musical (In-Edit), que acontecerá entre 28 de abril a 8 de maio, em São Paulo e entre 6 a 12 de maio, no Rio de Janeiro. Em São Paulo, as sessões acontecem dias 30 de abril, às 23h, no Cinesesc e 7 de maio, às 19 h, no Cine Olido, com presença do diretor Wer Orshoski. Além disso, a banda Motörhead está em turnê pelo Brasil e acabou de fazer um show eufórico em São Paulo.
“VIPs” (Brasil, 2011, 96 min.) é uma produção que fica na vontade de ser melhor. Baseada na história real (o livro “Vips – Histórias Reais de um Mentiroso“, de Mariana Caltabiano) de um indivíduo que tinha realmente problemas gritantes de personalidade e auto-afirmação, perde-se na falta de criatividade da adaptação. Direção e roteiro acabam focando muito na literalidade e perdendo na reinvenção e na reconstrução. É o clássico: Poderia ter acontecido, mas fica somente na vontade de acontecer. Infelizmente, na atualidade, não se pode perdoar esse tipo de deslize no cinema nacional. Pois apesar de ser uma indústria que foi por muito tempo relegada a segundo plano e discriminada mediante produções européias e americanas, tem sofrido um crescimento exponencial de produtividade e qualidade, talvez, nos últimos quinze anos. Caracterizando a estréia na direção de Toniko Melo, perde o ritmo interessante destilado nos primeiros minutos de filme, quando começa a assumir um tom novelesco, tão “lugar comum” em produções recentes brasileiras, todas “feitas sob um molde” da maior empresa televisiva do país, a famosa Rede Globo. Os maiores pontos da película focam no desfecho com a relação que o personagem principal (Marcelo) desenvolve com o seu pai (interpretado por Norival Rizzo) e na excelente atuação de Wagner Moura, que como protagonista, carrega o filme nas costas, escrachando a produção como um filme de ator, daquele tipo que é completamente dependente da excelente atuação do protagonista e se ampara nisso para funcionar. Poderia ser facilmente assistido em casa, sem maiores danos à saúde mental de cinéfilos que ainda gostam de ir ao cinema. Mas acaba se tornando obrigatório em telas grandes, principalmente, devido a dois nomes envolvidos: Fernando Meirelles, na produção e Wagner Moura como protagonista. No entanto, desses dois, ainda destaco como uma produção de calibre muito mais interessante e visceral “Som e Fúria” ( minissérie da Rede Globo/O2 Filmes de 2009. Essa sim, eu indico e re-indico. Em:
“Montéquios” e “Capuletos” são as duas famílias que sempre disputaram poder em Verona Beach. Quando a história envolve gnomos de jardim de cerâmica e jardins floridos, a premissa não poderia ser diferente. “Gnomeu e Julieta” (“Gnomeo and Juliet”, 2011, 84 min.) funciona como a adaptação bem-humorada e muitíssimo atual da estória clássica e bastante conhecida escrita por William Shakespeare. Aqui, baseia-se na rivalidade entre os Vermelhos e os Azuis, famílias de gnomos separadas por um muro e que tem como pano de fundo uma Rua chamada Verona, na qual estão localizados os dois jardins semeadores da discórdia entre as famílias de cores distintas.
“Gnomeu e Julieta” funciona muitíssimo bem, pois utiliza como argumento inteligente uma série de referências espertas à diversos filmes famosos e ao cinema como arte. Depois de Gnomeu apaixonar-se por Julieta, começa a maior parte do entrave do filme, e a partir daí, essas referências começam a ser jogadas em nossa cara: Gnomeu se aprontando para o combate como uma espécie de “Rambo”, as batalhas de cortadores de grama como em “Ben-Hur”, os delírios eróticos como em “Beleza Americana” e a propaganda de um aparador de grama mega-potente e super turbinado, “Terrafirmator”, remetendo-nos sarcasticamente ao “Exterminador do Futuro”, assim como a paródia ridícula e amplamente difundida em internet, no Brasil, da “Havaianas de Pau”, entre outras. São essas referências espertas, o ar de romance, o barulhinho da cerâmica característico e a maravilhosa trilha de Elton John (que também remete ao mundo pop), que fazem da animação um ótimo exemplo de como chamar a atenção para uma história que poderia parecer não ter nada de inovador, mas que se apresenta como uma nova roupagem do clássico e se afirma muito bem, quando a intenção é distrair e fazer rir.
Nada de filme para crianças, e sim um ótimo exemplo de animação adulta e inteligente, com referências pulsantes e instigadoras. Sem forçar a barra em nenhum momento, funciona com uma naturalidade cômica peculiar e prende-se no cuidado com os mínimos detalhes, que encanta de uma maneira crescente. Altamente recomendável!
Aconchegante, realista e verossímil. Um ótimo relato sobre relações humanas, por mais tumultuadas e obscuras que possam se revelar. Um ótimo primeiro passo na direção, do excelente Philip Seymour Hoffman. Simples e preciso, sem maiores delongas.
Dessa vez o Michel Gondry pecou muito feio. Com uma hora de filme, mesmo em 3D, em ótima sala e excelente companhia, eu já não aguentava mais tamanha baboseira. Talvez tenha que voltar a fazer parcerias com o Kaufman. =P
"O que existe além do cinema? O que vem depois? AINDA NÃO FOI INVENTADO!". (Waly Salomão) Ótimo filme e ótimo exemplo de cinema brasileiro biográfico de qualidade.
Pela sinopse, despertou completamente o meu interesse e me lembrou muito uma micro-série da Sci Fi Channel, chamada "The Lost Room", de 2006. Já quero assistir!
Missão Madrinha de Casamento
3.2 1,7K Assista AgoraNão é para mudar a vida de ninguém. Consiste num divertimento bem despretensioso e previsível, mas é interessante para passar o tempo e conferir o motivo da indicação ao Oscar.
Lembrou-me muito "Desperate Housewives", com um ritmo muito mais frenético e um exagero nas atitudes mais eloquente. Do tipo para assistir quando não se deseja pensar muito. Divertido e mais valoroso que outras comédias tão genéricas quanto (Ex: "Quero Matar Meu Chefe").
Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras
3.8 2,2K Assista AgoraSó é meio estranho que no século 19 exista pitbull. =/
Mastodon – Ao vivo em Aragon
4.5 2O show é fantástico e um deleite para quem gosta de solos de guitarra e muito peso.
O documentário, um misto de filme bizarro, mudo e em p&b, ao melhor estilo Zé do Caixão cibernético, com a trilha pesada das músicas do Mastodon embalando o roteiro de um thriller psicótico e non-sense, que termina sobre os riffs de The Last Baron.
Para ver e rever!
Tambores De Água: Um Encontro Ancestral
3.4 1Filme ideal para antropólogos. É muito engrandecedor ver a origem de certos costumes tradicionais e com certeza isso será muito mais valorizado por aqueles que trabalham e vivenciam isso com mais frequência que o restante da sociedade. O que não desmerece o registro para os demais, ainda mais quando se está prestes à conhecer o país de produção/concepção, como no meu caso. ;)
Carros 2
3.1 858 Assista AgoraDeixa muito a desejar e chega a ser bastante enfadonho. Vale unicamente pelas legendas amarelas e pela textura de excelente qualidade do 3D. Nem o desquilíbrio do Mate consegue sustentar a narrativa do filme, que acaba se tornando extremamente cansativa.
Entrando Numa Fria Maior Ainda Com a Família
2.9 676 Assista AgoraFraquíssimo. Tirando as cenas da piscina de bolhinhas de plástico e do Jack assistindo a um vídeo do you tube, deixa completamente a desejar.
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraA Árvore da Vida pode ganhar versão com seis horas:
Uma Doce Mentira
3.5 356 Assista AgoraEstá longe de figurar como novidade no cinema francês, mas funciona muito bem como diversão e exemplo de cinema com ritmo encadeado. O novo filme com a aclamada Audrey Tautou (“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”) como protagonista é um filme de apelo bastante comercial, (como vem acontecendo no cinema francês, principalmente o mais atual), mas que se torna bastante interessante e admirável pelo ritmo que a direção (de Pierre Salvadori) e as atuações conseguem imprimir na cinematografia. Trata-se de uma comédia com roteiro interessante e ágil, muito bem narrado e que permite que o filme seja completamente admirável, apesar de toda a obviedade do desfecho.
Seguindo o roteiro de Benoît Graffin e Pierre Salvadori, consiste na seguinte história: Emmilie (Audrey Tautou), insatisfeita com o sofrimento amoroso de sua mãe, Maddy (Nathalie Baye), resolve colocar fim ao estado de clausura da mãe com uma situação desencadeada por uma mentira e impulsionada por uma ajuda externa inesperada. Isso se dá após Emmilie receber uma carta de um admirador secreto e reendereçá-la para sua mãe. O conteúdo da carta anônima surte efeito imediato na vida de Maddy, e assim ela passa a vivenciar uma ansiosa vida, impulsionada pela espera de uma nova carta, até que após diversas reviravoltas, o efeito da primeira carta acabe completamente.
Um dos pontos altos do filme é o belo cenário (uma cidade pequena, no sul da França). Outro ponto bastante interessante são os diálogos, que são simples e dinâmicos. Não bastando isso, o roteiro simples, com humor e conclusão direta, são os responsáveis diretos por imprimir qualidade ao filme. Fica a indicação de um filme ideal para momentos de descontração, sejam eles sozinhos ou acompanhados, afinal de contas, isso é o que menos importa.
Assassinato no Expresso Oriente
3.7 25Eu li muitos e muitos livros de Agatha Christie quando criança/adolescente. Fiquei impressionada, o quanto esse filme do Lumet consegue pegar a aura dos romances por ela contadas e ainda sim, manter a sua unicidade em apresentar a história. É um claro exemplo de bom cinema, aonde as adaptações não abandonam a origem e nem deixam de possuir características próprias, unicamente por se tratarem de uma adaptação. Isso é complicado e trabalhoso de fazer. Lumet merece uma salva de palmas pelo feito. ;)
O Homem do Prego
4.1 47A atuação de Steiger é perfeita, o filme aprisiona e bate na cara. Perfeito para retratar os abusos nazistas e todos os traumas que eles podem gerar (destacando bem o quanto podem ser irreparáveis). Tudo isso, embalado por uma competente trilha de Quincy Jones.
Obrigada pela absurda indicação, Luiz! Que as nossas conversas e a parceria com o Cinebulição rendam muitos frutos dessa alçada.
Como Era Gostoso o Meu Francês
3.6 51Definitivamente, preciso muito rever!
Para Roma Com Amor
3.4 1,3K Assista Agoracadastro duplicado, se possível, deletem.
Homens em Fúria
2.6 354 Assista AgoraBem fraco. Com ritmo super lento e arrastado, apesar do elenco de ponta. É o clássico "eu tinha tudo para ser um ótimo filme, mas não sou". Decepcionou-me bastante, mediante a previsibilidade e o arrastar dos segundos.
Assassino a Preço Fixo
3.4 470 Assista AgoraNunca assisti ao clássico, nem sequer sabia que existia à pouquíssimo tempo. Pareceu-me interessante.
Esse remake é bom dentro do que se propõe, instigante e consegue prender a atenção pelos minutos de filmagem. No entanto, é pessimamente mal enquadrado e só eu, consegui contar três vezes em que apareceram os microfones usados para captação de som em cena. Ô falha provinciana, não? Não via uma parada dessas acontecer desde "Entre Quatro Paredes".
Lemmy
4.5 95Lemmy (“Lemmy - 49% Motherfucker, 51% Son of a Bitch”, 2010, EUA, 111 min.) é o melhor documentário rock dos últimos tempos. Sem grandes firulas cinematográficas, é direto e simples, como o som do Motörhead. É também tão agradável quanto o som, para aqueles apreciadores de um rock´n´roll visceral e que não deixa a peteca cair ao longo de mais de 20 anos de banda. Trata basicamente sobre a vida e trajetória de Lemmy Kilmister, que protagoniza as situações mais improváveis frente às câmeras e demonstra o porquê de ser considerado uma lenda viva do estilo, já que é visto como ídolo de vários dos entrevistados no documentário (David Grohl, Alice Cooper, Metallica, Ozzy Osbourne, Slash, Ozzy, Marky Ramone, Mick Jones, Steve Vai e etc.), que são os tais ídolos atuais da geração que aprecia o gênero.
O documentário de uma dupla de iniciantes, Wes Orshoski e Greg Olliver, segue com afinco a trajetória de Lemmy por mais de três anos, que se refere ao tempo de trajetória da construção cinematográfica, e engloba não só a história do Lemmy em torno do Motörhead, quanto às referências musicais dele desde antes da sua banda de maior sucesso, sua família, suas botas e sua paranóia por artigos de guerra.
São poucas as interferências diretamente notadas nas gravações e Lemmy, apesar de considerado por muitos como rabugento e mal humorado, demonstra toda a sua honestidade com o que ele mesmo é frente às câmeras. Realmente “é o que demonstra”, sem maiores interesses de mascarar um tipo para quem o aprecia. Conta com ligeira humildade, sobre seus relacionamentos amorosos furtivos e sua relação com as drogas (sempre muito presente ao longo da vida agitada).
Muito mais do que um filme que faz referência exclusivamente a um músico, é um filme sobre música. Sobre todas as nuances que envolvem o estilo e estórias que são contadas e inventadas por aqueles que fazem do estilo musical um evento histórico. Tem um final lindo e digno de homenagem para todos aqueles que gostam de rock´n´roll pesado e permeado por ícones.
*Felizmente, o filme será exibido tanto em São Paulo/Rio de Janeiro e isso poderá angariar vontade de exibi-lo em outras salas nacionais. É esperar para ver! As supracitadas sessões ocorrerão dentro do Festival Internacional do Documentário Musical (In-Edit), que acontecerá entre 28 de abril a 8 de maio, em São Paulo e entre 6 a 12 de maio, no Rio de Janeiro. Em São Paulo, as sessões acontecem dias 30 de abril, às 23h, no Cinesesc e 7 de maio, às 19 h, no Cine Olido, com presença do diretor Wer Orshoski.
Além disso, a banda Motörhead está em turnê pelo Brasil e acabou de fazer um show eufórico em São Paulo.
Texto original em:
VIPs
3.3 1,0K“VIPs” (Brasil, 2011, 96 min.) é uma produção que fica na vontade de ser melhor. Baseada na história real (o livro “Vips – Histórias Reais de um Mentiroso“, de Mariana Caltabiano) de um indivíduo que tinha realmente problemas gritantes de personalidade e auto-afirmação, perde-se na falta de criatividade da adaptação. Direção e roteiro acabam focando muito na literalidade e perdendo na reinvenção e na reconstrução. É o clássico: Poderia ter acontecido, mas fica somente na vontade de acontecer. Infelizmente, na atualidade, não se pode perdoar esse tipo de deslize no cinema nacional. Pois apesar de ser uma indústria que foi por muito tempo relegada a segundo plano e discriminada mediante produções européias e americanas, tem sofrido um crescimento exponencial de produtividade e qualidade, talvez, nos últimos quinze anos.
Caracterizando a estréia na direção de Toniko Melo, perde o ritmo interessante destilado nos primeiros minutos de filme, quando começa a assumir um tom novelesco, tão “lugar comum” em produções recentes brasileiras, todas “feitas sob um molde” da maior empresa televisiva do país, a famosa Rede Globo.
Os maiores pontos da película focam no desfecho com a relação que o personagem principal (Marcelo) desenvolve com o seu pai (interpretado por Norival Rizzo) e na excelente atuação de Wagner Moura, que como protagonista, carrega o filme nas costas, escrachando a produção como um filme de ator, daquele tipo que é completamente dependente da excelente atuação do protagonista e se ampara nisso para funcionar.
Poderia ser facilmente assistido em casa, sem maiores danos à saúde mental de cinéfilos que ainda gostam de ir ao cinema. Mas acaba se tornando obrigatório em telas grandes, principalmente, devido a dois nomes envolvidos: Fernando Meirelles, na produção e Wagner Moura como protagonista. No entanto, desses dois, ainda destaco como uma produção de calibre muito mais interessante e visceral “Som e Fúria” ( minissérie da Rede Globo/O2 Filmes de 2009. Essa sim, eu indico e re-indico.
Em:
Gnomeu e Julieta
3.1 549 Assista Agora“Montéquios” e “Capuletos” são as duas famílias que sempre disputaram poder em Verona Beach. Quando a história envolve gnomos de jardim de cerâmica e jardins floridos, a premissa não poderia ser diferente. “Gnomeu e Julieta” (“Gnomeo and Juliet”, 2011, 84 min.) funciona como a adaptação bem-humorada e muitíssimo atual da estória clássica e bastante conhecida escrita por William Shakespeare. Aqui, baseia-se na rivalidade entre os Vermelhos e os Azuis, famílias de gnomos separadas por um muro e que tem como pano de fundo uma Rua chamada Verona, na qual estão localizados os dois jardins semeadores da discórdia entre as famílias de cores distintas.
“Gnomeu e Julieta” funciona muitíssimo bem, pois utiliza como argumento inteligente uma série de referências espertas à diversos filmes famosos e ao cinema como arte. Depois de Gnomeu apaixonar-se por Julieta, começa a maior parte do entrave do filme, e a partir daí, essas referências começam a ser jogadas em nossa cara: Gnomeu se aprontando para o combate como uma espécie de “Rambo”, as batalhas de cortadores de grama como em “Ben-Hur”, os delírios eróticos como em “Beleza Americana” e a propaganda de um aparador de grama mega-potente e super turbinado, “Terrafirmator”, remetendo-nos sarcasticamente ao “Exterminador do Futuro”, assim como a paródia ridícula e amplamente difundida em internet, no Brasil, da “Havaianas de Pau”, entre outras. São essas referências espertas, o ar de romance, o barulhinho da cerâmica característico e a maravilhosa trilha de Elton John (que também remete ao mundo pop), que fazem da animação um ótimo exemplo de como chamar a atenção para uma história que poderia parecer não ter nada de inovador, mas que se apresenta como uma nova roupagem do clássico e se afirma muito bem, quando a intenção é distrair e fazer rir.
Vejo Você no Próximo Verão
3.4 76 Assista AgoraAconchegante, realista e verossímil. Um ótimo relato sobre relações humanas, por mais tumultuadas e obscuras que possam se revelar. Um ótimo primeiro passo na direção, do excelente Philip Seymour Hoffman. Simples e preciso, sem maiores delongas.
A Inquilina
2.7 802Quem nunca viu algo nessa mesma linha antes, que atire a primeira pedra, rs.
O Besouro Verde
2.7 1,1K Assista AgoraDessa vez o Michel Gondry pecou muito feio. Com uma hora de filme, mesmo em 3D, em ótima sala e excelente companhia, eu já não aguentava mais tamanha baboseira. Talvez tenha que voltar a fazer parcerias com o Kaufman. =P
Pan-Cinema Permanente
4.2 10"O que existe além do cinema? O que vem depois? AINDA NÃO FOI INVENTADO!". (Waly Salomão)
Ótimo filme e ótimo exemplo de cinema brasileiro biográfico de qualidade.
A Porta
3.5 75Pela sinopse, despertou completamente o meu interesse e me lembrou muito uma micro-série da Sci Fi Channel, chamada "The Lost Room", de 2006. Já quero assistir!
Cisne Negro
4.2 7,9K Assista AgoraOutra entrevista, dessa vez com a Mila Kunis:
Cisne Negro
4.2 7,9K Assista AgoraExcelente entrevista com Darren Aronofsky e Natalie Portman: