É um primor de documentário. Emocionante, tenso e melancólico. Eu acho incrível como os relatos da Segunda Guerra Mundial ainda possuem um significado impactante em mim; seja pela garra e heroísmo que muitos tiveram em ajudar os excluídos [judeus, deficientes, pobres...], seja pelo declínio humano que imperava nesse período histórico.
Eu estava esperando esse filme ser lançado há muitos meses. Quando saiu o trailer, eu fui correndo ver. Minha reação foi tipo: whaat? Não tinha entendido nada. Quando o poster foi lançado, eu comecei a juntar léu com créu e na minha cabeça nada rimava ou tomava forma. O poster era a Jennifer Lawrence em uma espécie de representação vitoriana na Renascença, com o próprio coração na mão, meio a um jardim. No trailer, uma casa parecia ser tomada por uma força maligna... Os gritos, o tom da música perturbadora, os sons de arranhões na madeira, tudo trabalhou para um mistério que eu certamente estaria na estréia do filme para desvendar.
Eu fui para o cinema com a seguinte ilustração do filme: ele era uma alegoria para a mãe natureza e demonstrava o declínio humano por uma perspectiva bíblica. (Era isso, o poster e o trailer que me abasteceram antes de ver o filme).
Convidei dois amigos para assistirem comigo. Compramos pipoca, refrigerante e amendoim. Sentamos para ver. Confesso que a primeira parte do filme eu fiquei meio entediado, já que nada parecia se desenrolar (já que nada havia se enrolado mesmo). Captei um mistério aqui, outro ali. Mas nada que me fosse de grande relevância. Comecei a entender uma das camadas do filme lá pelos 10 min finais. E achei que estivesse entendendo tudo. Quando o filme terminou e fui debater com meus amigos, percebi que eu não tinha entendido nada! Um dos meus amigos disse: - tu viu que cena foi aquela do menino Jesus? E do Caim e Abel? E do Dilúvio? Eu fiquei pensando que talvez eu tivesse visto o filme errado... Hahah mas não.
Após o filme, ficamos conversando por umas duas horas. Depois disso, passamos a semana toda tentando entender uma cena aqui, uma mensagem ali, o que era aquele pó amarelo, o que era aquele último olhar da Michelle Pfeiffer para a Jen. Enfim, foram semanas de pesquisas, de imersão no universo Aronofsky. Depois de muitos vídeos assistidos, reviews, críticas, entrevistas do próprio diretor, dos atores... percebi que toda a experiência de tentar desvendar os mistérios, os símbolos, os significados, tudo foi um movimento que o cinema proporcionou para mim naquele momento. E eu aproveitei!
As atuações foram de primeira. Achei minha amiga Jen em uma de suas melhores atuações (a melhor, na minha opinião, até então). Eu percebi que a mãe natureza que ela interpretou não possuía ego. Todo o movimento que ela produzia era pura lei natural: ação e reação. Ela representou tudo aquilo que nós da área científica percebemos na natureza: a mais pura a e bela forma de expressão da verdade. a mãe natureza não ficava furiosa porque ela se sentia magoada; ela estava sendo atacada. Suas víceras estavam sendo expostas. Seu elixir da vida pulsante estava se desmantelando pelas rachaduras das mazelas humanas, pelo pudor, pela falta do sentimento mais elementar: a unidade.
Mamãe ficou brava! Com razão. Ela era questionadora: quem são eles? Porque eles estão aqui? Porque eles estão fazendo isso? Porquê?
Os questionamentos podem ser elevados à esfera ambiental, religiosa, humanitária, política... Na esfera que for.
Eu poderia ficar horas escrevendo e resenhando sobre a poética desse filme. As camadas vão se abrindo como pétalas de rosa. As nuances são pinceladas de curiosidade que nos fazem questionar, duvidar, pôr nossas crenças e posicionamentos à prova, mesmo.
" Que maravilhoso e surpreendente esquema temos aqui na magnífica imensidão do universo. Tantos Sóis, tantas Terras...!" - Christian Huygens, Novas Conjecturas Sobre os Mundos Planetários, Seus Habitantes e Produções (1670)
O legal disso, é que cada um enxerga as coisas com detalhes diferentes. Uns vêem de uma certa cor, outros sem cores. Isso me faz lembrar de quando eu era criança. Eu sonhava apenas em preto e branco. Quando eu conheci uma amiga na escola e compartilhamos detalhes dos nossos sonhos, não imaginaria que as pessoas sonhavam colorido também. Me senti único! Até o dia em que eu sonhei colorido. Tive que me reinventar.
Que simples essa lembrança. Mas isso me faz lembrar de uma época em que o planeta estava desabitado de seres humanos. Apenas plantas e animais. Quanto ar puro! Um sonho né? ... Tão distante, que pra mim hoje, esse seria um quadro em preto e branco.
tivesse voltado para ver o Tony e quisesse reatar o relacionamento deles de 15 anos atrás. Ele, como já não estava muito afim de ir para a Califórnia com a atual namorada, poderia desenvolver essa inquietude entre o relacionamento estável ou se entregar para a moça desconhecida. Mas infelizmente ela só veio e foi sem motivo. Já foi tarde.
[Rachel Weisz em sotaque novaiorquino foi impecável!!!]
Procurando por um filme que traz uma reinterpretação de um líder espiritual sem virtudes? Achou, é esse filme mesmo.
Last Days in the Desert é o próprio retrato do declínio humano. Um líder que não sabe para onde vai [nota-se que ele não caminha na frente, está sempre atrás dos demais personagens].
Last Days in the Desert configura a trajetória final de um homem que estava em busca de clareza nas ideias [por isso o propósito da oração, dito por ele mesmo] e penitência [por isso o jejum, concluo eu], embora seja retratado no Livro dos Atos que o jejum sirva para clarear as ideias e se aproximar de Deus [o que também combina com o propósito]. Ele conseguiu alcançar seus objetivos nessa empreitada pelo deserto?
Bom, Ewan McGregor [que interpreta Jesus e o trevoso], o que em momentos não consegui distinguir quem era quem, por serem iguais, por falarem da mesma forma, por ambos estarem em busca de algo. O próprio trevoso parecia saber de tudo, do início ao fim. Uma espécie de probabilidade e estatística da vida. Mas veja bem, em João [na Bíblia], é dito que Jesus é o próprio Deus. Por uma linha de pensamento lógico, ele sendo o próprio Deus, criador de tudo, onisciente, não saberia das coisas? E porque ele precisaria ser tentado pelo trevoso? [sendo ele Deus, jamais cederia ou entraria em apostas], nem mesmo se daria a perca de tempo de ir para o deserto jejuar. Uma dica, esse questionamento filosófico também é trazido nos livros de Fiódor Dostoiévski [em especial no capítulo O grande Inquisidor, dos Irmãos Karamázov].
Gostaria de ter visto mais calor nos gestos de Ewan McGregor; determinação; negar com fervor o que não quer; aceitar com grande gratidão o que lhe é agraciado; gostaria de ver olhares penetrantes, mesmo que não soubesse o que falar [e ele não sabia mesmo, em uma ocasião chegou a dizer "fale algo importante" para si mesmo... e "qualquer coisa que não seja superficial"]. Pois bem, esse foi o significado dessa história retratada: muitas cenas superficiais com poucos significados e nenhuma questão levantada ao longo do filme, exceto na cena final...
O sotaque britânico de Rooney Mara não ficou bom [ficou bem fake, na verdade]. Ela também ainda precisa se desfazer dessa expressão de escultura do Louvre [não chega a ser uma Kristen Stewart da vida, ainda!].
Una saiu abusada dessa história por diversas formas. Ela obviamente ainda tinha sentimentos pelo seu "abusador". Ela foi atrás dele para... nem ela sabia direito. Seus gestos aleatórios, olhares vazios e por vezes, de apaixonada, tornaram-na vítima de uma situação que começou a perder o controle. Una se despiu e foi em busca daquele sexo gostoso que ela sempre teve com um cara super mais velho que ela. Ela gostava. Ele mais ainda.
A romantização em torno do tema de abuso de menores não ficou legal. O telespectador também sai dessa trama se sentindo sujo [eu sim, pelo menos]. Em momentos, acreditamos que ela o amava [e tudo indica que sim], em outros momentos, observamos que aquele abuso que ela sofreu quando tinha 13 anos teve efeitos permanentes em sua vida adulta. Ela não tinha namorados [nada de mal nisso, mas sua postura melancólica indicava que ela tinha dificuldades de se relacionar com outros homens, de forma sentimental], tinha um emprego que não gostava e nem sabia direito o que queria da vida. Enquanto que o Peter/Ray era um cara com um cargo de liderança, com uma casa bonita e uma esposa zelosa... e uma enteada menor de idade.
O psicológico de Una, que já estava abalado, se deturpa de vez quando ela percebe que não tem controle da verdade: ele não a amava? Ela percebe isso no final do filme, e sai... sai perdida pela rua, pela vida.
Abe Lucas, o professor de filosofia, é o espelho prático de Raskólnikov [personagem em Crime e Castigo, de Dostoiévski]. Seu papel no filme é exercer sua postura de ateu e niilista para o mundo, em especial aos alunos da universidade em que leciona e nem se importa (talvez por já ter tido muitos privilégios na vida) e para a moça Annie Hall [interpretada por Emma Stone, a princesinha de Woody Allen em seu outro filme, A Magia do Luar]. A relação arquétipa entre o casal consiste: ele, um pessimista, homem de impulsos suicídicos, com a perda do sentido de viver... e ela, otimista, que vislumbra o belo e se sente atraída pelo desconhecido.
A narrativa é envolvente, peculiar, mas com os mesmos ares dos mesmos filmes de Woody Allen [e isso não significa ser a "pegada" dele como diretor]. Essa crítica direta ao seu estilo de filme é importante, pois nos remete àquela tal representatividade (que é tão requerida nos dias de hoje em Hollywood). Os jardins floridos, os personagens brancos, ricos e emponderados pelos mil e um privilégios [afinal, onde estão os atores negros nos filmes do Woody Allen? ... quando alguém achar, por favor, me avisem].
Por fim, Abe Lucas parece ter tido uma experiência onírica quando resgata aquele sentido de viver, que parece ter perdido há muito tempo. E esse resgate do "eu" não se deu pela influência da moça bela e inteligente, mas pelo acaso. Somado ao impulso delirante de sua própria existência, isso, pra mim, resume o significado do personagem irracional!
Terra de Minas é um filme bastante realista e relevante! [e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2017].
A narrativa é muito eficiente... a gente começa a se importar com cada um dos personagens e tentar entender a complexidade de mais um episódio pós Segunda Guerra Mundial [e perceber mais um degrau do nível de crueldade nazista].
A questão reflexiva que o filme me remete é quando os jovens soldados alemães sonham em voltar para casa e trabalhar, constituir uma família, ser alguém na vida... assim como os judeus também sonhavam. E quando a gente pensa nisso, a gente se depara com a fragilidade humana frente às questões morais. Super recomendo!
O filme não tem emoção, não tem propósito, não tem clímax.
A sinopse nos informa: "os soldados devem ser resgatados durante uma feroz batalha no início da Segunda Guerra Mundial". Primeiro, eu fiquei super ansioso pra acompanhar um dos episódios da história (onde no Canal da Macha, ao norte da França, em Dunkirk, soldados aliados foram encurralados). Porém...
esse resgate "durante" a batalha não existiu (não no filme). Não acho que o que foi mostrado no filme foi uma batalha de verdade. E os resgates que eles mostraram aconteciam de forma aleatória, quase sem conexão com os fatos.
Muitos justificam dizendo que o filme não é de guerra. Me desculpa, é sim (pelo menos pelo trailer, pela sinopse e pela proposta deveria ser de guerra). Mas realmente não é. Mas ok. Acontece que o filme não narra uma história baseada em um evento histórico. Nolan tenta contar uma história que não foi assim que aconteceu. Tem outros filmes que narram Dunkirk de uma forma mais realística e menos ensaiada.
As bombas eram jogadas e elas caiam de forma sincronizadas. As caixas e filas de soldados que apareciam no filme pareciam simétricas entre si. Não havia sujeira, nem derramamento de sangue... tudo muito clean e robótico. Os soldados não tinham emoção nem apresentavam desgaste emocional, nem motivação, nem nada.
Particularmente, a trilha sonora de Hans Zimmer também não me agradou (seus trabalhos em Inception e Interstellar foram extremamente grandiosos, em comparação).
Eu aposto o Oscar de melhor efeitos visuais em Blade Runner 2049, já que em Dunkirk a paleta de cores sombrias, pálidas e opacas de azul-verde, cinza e preto não constroem grandes camadas para os efeitos apresentados. Que pena.
Dunkirk é bom? Segue a melhor crítica feita, do canal Super Oito, no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=KqpZRkLBYBQ&t=411s
Esse é o melhor documentário que eu já assisti sobre a Segunda Guerra Mundial. O requinte de detalhes em cada instante; as nuances trágico-poéticas que narram essa peça de horrores vivida por nós, humanidade; há a sensação de uma crescente força que se espalha entre o concreto, as cidades, as pessoas... em suma: é colossal!
Considero a nossa vida real algo bem mais marcante e impactante: em pleno século XXI temos trabalho escravo, racismo, preconceito de todos os tipos e roupagens, poderio bélico de força atômica, fome e miséria, assassinatos diários e constantes... o fato de evoluirmos em ciência e tecnologia, percebo que a evolução ética/moral está bem atrasada. (e quem não garante que esses excessos mostrados na série já não ocorrem hoje em dia?... quem duvida é louco, como diz o ditado).
Ok, Margareth Atwood traz uma distopia pra lá de diferente... é verdade, mas o que também é verdade é o fato de não fazermos uma autocrítica como sociedade.
A República de Gilead somente conseguiu tomar força e se consolidar pela fragmentação da sociedade em impedir os excessos daqueles grupos (que são minoria) em exercer poder de influência sobre os demais (pois uma coisa é ser diferente e ter a própria singularidade, outra coisa é impor isso para todos). Aqueles que são obedientes, fiéis crédulos na sua própria teoria, outros que vivem mergulhados na própria bolha, não percebem que todos fazemos parte dos mesmos pilares que regem a sociedade e a partir do instante em que as bases desses pilares começam a estremecer, aqueles menos preparados dentro desse ciclo social são os mais atingidos.
Talvez estejamos dormindo acordados... ou como disse o grande Aldous Huxley: “A ditadura perfeita terá as aparências da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão". É a partir desse "sistema" em que sempre vivemos (só muda o nome) é que se possibilita as fugas para as austeridades e absurdos, como é desenhado na série The Handmaid's Tale.
Ah, Elizabeth Moss mergulhada no personagem e radiante, como sempre!
O filme diverge em desapontar pela qualidade (que deveria ter... vide Scorsese) e pelos momentos de contemplação que nos faz refletir sobre o impacto das ações no coletivo (ponto positivo). Faltou muita coisa pra ser um grande filme, como um roteiro melhor e uma trilha sonora, no mínimo, mas a mensagem que o filme passa é intrigante e me fez refletir bastante.
Eu não sabia nada sobre esse caso antes de ver a série. Foi tudo uma boa surpresa pra mim... até eu pesquisar na internet e ver que fim se deu esse O.J. Simpson e ver que ele tinha sido preso alguns anos depois do julgamento por envolvimento em outro crime.
O amigo dele, o advogado Robert Kardashian ficou nitidamente confuso com o caso e já não tinha certeza se o amigo era ou não inocente, tanto que no final da série ele literalmente abandona o O.J. e o deixa uma bíblia, em sinal de despedida e de esperança. Após chegar a essa conclusão, igual ao que o R. Kardashian chegou, eu fiquei atordoado, pois todo o trabalho que a Marcia Clark teve, sua atuação profissional, sua convicção e foco desde o primeiro minuto, tudo foi desmantelado por uma história de racismo (que poderia realmente ter existido), mas que ofuscou todo o julgamento. Claramente se viu um juri eminentemente negro julgando outro negro, que se dizia inocente e vítima de um conluio de brancos para condená-lo, o que foi totalmente (ao meu ver) uma tática de sair do julgamento pela culatra, e se a gente ver a série pela segunda vez, perceberemos que foi exatamente essa a tática da defesa.
Considero ele culpado? Não sei dizer ao certo, mas o fato do melhor amigo dele (o Robert Kardashian) ter dúvidas (não somente por ele ser amigo, mas por também ser advogado, com um bom crivo para investigação e ser alguém que acompanhou o caso de perto o tempo todo), me deixa desacreditado com a justiça, seja ela de qualquer lugar.
Sobre o juri: eles ficaram meses trancafiados em um hotel. Eles já estafam cansados de estarem lá e certamente não gostariam de voltar pra casa com um peso nas costas de terem acusado alguém pelo resto da vida. Pra mim, esse é um fator muito importante.
Ademais, que jogo de câmeras sensacional. Atuações ótimas!
Essa Florence é uma fofura só. Dei umas boas risadas! O filme é bonito, as atuações são muito boas e ao meu ver a Meryl leva o filme todo nas costas pela atuação dela (que foi espetacular, como sempre).
O filme tem uma estética incrível, um roteiro muito intrigante, personagens aparentemente lineares, mas podemos observar a complexidade deles conforme a história vai se desenrolando. E sim, bate agonia na gente em vários momentos. Super Recomendo!
Não gostei do filme. Juro que tentei gostar. Lí comentários, críticas, resenhas, mas não consigo achar "A Chegada" um bom filme de sci-fi.
TEM SPOILER
O que eu achei de tudo: 1 - Uma linguista é meio que forçada a participar de uma missão militar internacional, já que o linguista que chamaram antes dela não rendeu em nada. 2 - Ai também tem um físico teórico que resolveu o maior problema de entendimento linguístico mostrado no filme (ai ela repete o que ele descobriu para os militares, obedientes ao Ministério da defesa americano e competitivos às demais forças militares globais). 3 - A compreensão dessa linguagem alienígena faz com que a Louise consiga "controlar o tempo", uma espécie de Paradoxo de Bootstrap (podendo enxergar sua vida nos acontecimentos futuros sem que eles realmente existiram). ¬¬ what a crap! 4 - As cenas que envolvem geopolítica são fraquíssimas e de muito clichê. 5 - Sim, a atuação de Amy Adams é muito boa (é o que sempre espero de uma estrela do potencial dela)... e sua indicação desse filme ao Oscar (que não ocorreu) é discutível comparada as atuações das demais atrizes na categoria de Melhor Atriz. 6 - A maior questão levantada no filme: "você mudaria alguma coisa da sua vida se a visse do começo ao fim?". 7 - Ainda não acredito que indicaram Arrival e não indicaram Interstellar (na época). Interstellar é muito mais empolgante, por ser baseado em teorias científicas existentes e também levantando questões, além de técnicas e científicas, existenciais e filosóficas (à la Nolan).
... Fiquei pensando no final do filme que a maior força que a humanidade possui hoje é sua capacidade de poderio bélico. O intelecto dos brilhantes profissionais formados nas grandes universidades mundo a fora, de nada servem se os "generais" que controlam as decisões globais são os líderes políticos (na sua maioria), que em suma, não estão condicionados no mesmo nível intelectual que os dois personagens apresentados no filme (a linguista e o físico teórico, por exemplo). E assistimos uma China da vida dando largada em uma possível guerra global contra as "conchas" e os demais países "seguindo o bonde".
As grandes mentes não conseguiram trazer os resultados que os militares queriam, então a opção que a humanidade opta é pela guerra (como sempre faz na história das nossas civilizações). Esse filme mais me foi útil nas indagações sobre o quão a inteligência e o potencial humano são negligenciados frente à obediência política e militar. Ainda bem que os outsiders e diferentões conseguem (algumas vezes) trazer e mostrar resultados melhores sem precisar causar danos.
O filme traz muitas nuances do universo bruxo que J.K. Rowling criou para Harry Potter, mas em Animais Fantásticos há momentos cômicos, românticos, um pouco de aventura, um suspense bem dosado (poderia ter mais), ação e muita magia. Eu, particularmente, gosto desse mix de acontecimentos, mas percebi que lá na metade do filme ainda faltava muita coisa e eu não estava entendendo o roteiro. Acredito que após ver os cinco filmes propostos, terei uma visão ampla da história. Mas no geral, curti bastante, os personagens são carismáticos e pró-ativos.
tive a impressão de que o Newt estava boa parte do tempo pensando: "preciso resolver logo umas tretas por aqui". Como se Dumbledore o tivesse enviado em uma missão.
Nós, telespectadores, não avaliamos os pratos pelo sabor, portanto não temos o mesmo veredito que os jurados possuem. Mas acredito que nós temos outra questão importante para avaliar: "Eu reconheço um cozinheiro profissional pela postura com que ele entra numa cozinha" - Paola Carosella
Nós, como público, avaliamos sim o comportamento do futuro MasterChef Profissional. E quero registrar aqui a minha torcida pra Dayse, pois apesar do que muitos pensam, ela foi desde o início uma excelente competidora, mostrando seu talento e sua cozinha. Polêmicas à parte, acredito que o Marcelo é sim um grande competidor (maluco, no bom sentido) ... e nós teremos uma final muito emocionante!
Quando eu terminei de ler o livro, fiquei com aquela intuição: esse livro vai virar filme! Na verdade, o próprio autor já passa essa ideia nas últimas páginas. Tenho certeza que será difícil de retratar toda aquela complexidade que o livro traz. Acredito que muitos podem não gostar, pois o livro faz ligações fora do cristianismo, mas é de uma sutileza e de uma mensagem primordial. Ansioso por esse material!
Não consigo entender a complexidade dessa Amanda Knox, quando mais nova. A moça era completamente desconcertada, não sabia se defender nem dizer com o mínimo de vontade para as autoridades (impressão que eu tive) que ela não teve nada com o ocorrido (se ela tinha, realmente, convicção de sua inocência). Eu só acho que culpar as autoridades italianas e os peritos em Ciência Forense pelo serviço mal feito (e foi mesmo.. pelamor) não desmerece a desconfiança que os investigadores tiveram ao se deparar com uma moça que se perdia nos devaneios juvenis. Para com isso... ela era muito esperta, saiu do seu país de origem, aprendeu italiano e foi viver um período de independência em outro lugar completamente diferente. No mínimo, uma pessoa com capacidades sociais muito boas. Conseguiu emprego na cidade onde ficou e teve um affair com um rapaz da localidade (nada de mal nisso).
O problema, pelo meu ponto de vista, é o sensacionalismo que a grande mídia da época causou na comunidade internacional (e a mídia é assim até hoje), pressionando as autoridades italianas a darem conta do recado e encontrarem o culpado do assassinato de Meredith (que no documentário não passou de uma moça bonita).
Acho que Amanda e Raffaele tiveram que amadurecer meio a uma tragédia na qual eu penso que eles não tiveram culpa. O fato da justiça soltar e prender eles mais de uma vez mostra a fragilidade das investigações... e são inocentes até que haja alguma prova contundente sobre o fato. Mesmo que haja muitas evidências sobre o assassinato e que levasse as autoridades a concluir que eles eram culpados, só me faz perceber que essa tal de "justiça" pode condenar possíveis inocentes mesmo não tendo provas, mas tendo convicção.
Só acho que "Making a Murderer", da Netflix, é muito mais envolvente e muito mais complexo. RECOMENDO esse pra quem gosta desse tipo de documentário.
O filme visto pelo trailer é muito bom, mas só isso. O filme não me convenceu. Muitos elogiaram a atuação do Daniel Radcliffe, mas eu não achei boa, muito pelo contrário, me pareceu forçado (demonstrando que tá atuando). Toni Colette continua mostrando um bom trabalho, mas não curti o personagem que colocaram pra ela (personalidade meio clichê e muito do mesmo, para o gênero de policial de investigação). A história tem uma ideia muito boa, mas que foi executada de maneira ruim e com um roteiro bem mediano. No geral, se leva o filme com a barriga, mas tive a sensação de ter perdido tempo e ter me entusiasmado com um trailer que não condiz com a trama. #chateado
Defying the Nazis: The Sharps' War
4.2 4É um primor de documentário. Emocionante, tenso e melancólico. Eu acho incrível como os relatos da Segunda Guerra Mundial ainda possuem um significado impactante em mim; seja pela garra e heroísmo que muitos tiveram em ajudar os excluídos [judeus, deficientes, pobres...], seja pelo declínio humano que imperava nesse período histórico.
Merecia uma série!
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraEu estava esperando esse filme ser lançado há muitos meses. Quando saiu o trailer, eu fui correndo ver. Minha reação foi tipo: whaat? Não tinha entendido nada. Quando o poster foi lançado, eu comecei a juntar léu com créu e na minha cabeça nada rimava ou tomava forma. O poster era a Jennifer Lawrence em uma espécie de representação vitoriana na Renascença, com o próprio coração na mão, meio a um jardim. No trailer, uma casa parecia ser tomada por uma força maligna... Os gritos, o tom da música perturbadora, os sons de arranhões na madeira, tudo trabalhou para um mistério que eu certamente estaria na estréia do filme para desvendar.
Eu fui para o cinema com a seguinte ilustração do filme: ele era uma alegoria para a mãe natureza e demonstrava o declínio humano por uma perspectiva bíblica. (Era isso, o poster e o trailer que me abasteceram antes de ver o filme).
Convidei dois amigos para assistirem comigo. Compramos pipoca, refrigerante e amendoim. Sentamos para ver. Confesso que a primeira parte do filme eu fiquei meio entediado, já que nada parecia se desenrolar (já que nada havia se enrolado mesmo). Captei um mistério aqui, outro ali. Mas nada que me fosse de grande relevância. Comecei a entender uma das camadas do filme lá pelos 10 min finais. E achei que estivesse entendendo tudo. Quando o filme terminou e fui debater com meus amigos, percebi que eu não tinha entendido nada!
Um dos meus amigos disse: - tu viu que cena foi aquela do menino Jesus? E do Caim e Abel? E do Dilúvio?
Eu fiquei pensando que talvez eu tivesse visto o filme errado... Hahah mas não.
Após o filme, ficamos conversando por umas duas horas. Depois disso, passamos a semana toda tentando entender uma cena aqui, uma mensagem ali, o que era aquele pó amarelo, o que era aquele último olhar da Michelle Pfeiffer para a Jen. Enfim, foram semanas de pesquisas, de imersão no universo Aronofsky. Depois de muitos vídeos assistidos, reviews, críticas, entrevistas do próprio diretor, dos atores... percebi que toda a experiência de tentar desvendar os mistérios, os símbolos, os significados, tudo foi um movimento que o cinema proporcionou para mim naquele momento. E eu aproveitei!
As atuações foram de primeira. Achei minha amiga Jen em uma de suas melhores atuações (a melhor, na minha opinião, até então). Eu percebi que a mãe natureza que ela interpretou não possuía ego. Todo o movimento que ela produzia era pura lei natural: ação e reação. Ela representou tudo aquilo que nós da área científica percebemos na natureza: a mais pura a e bela forma de expressão da verdade. a mãe natureza não ficava furiosa porque ela se sentia magoada; ela estava sendo atacada. Suas víceras estavam sendo expostas. Seu elixir da vida pulsante estava se desmantelando pelas rachaduras das mazelas humanas, pelo pudor, pela falta do sentimento mais elementar: a unidade.
Mamãe ficou brava! Com razão. Ela era questionadora: quem são eles? Porque eles estão aqui? Porque eles estão fazendo isso? Porquê?
Os questionamentos podem ser elevados à esfera ambiental, religiosa, humanitária, política... Na esfera que for.
Eu poderia ficar horas escrevendo e resenhando sobre a poética desse filme. As camadas vão se abrindo como pétalas de rosa. As nuances são pinceladas de curiosidade que nos fazem questionar, duvidar, pôr nossas crenças e posicionamentos à prova, mesmo.
" Que maravilhoso e surpreendente esquema temos aqui na magnífica imensidão do universo. Tantos Sóis, tantas Terras...!" - Christian Huygens, Novas Conjecturas Sobre os Mundos Planetários, Seus Habitantes e Produções (1670)
O legal disso, é que cada um enxerga as coisas com detalhes diferentes. Uns vêem de uma certa cor, outros sem cores. Isso me faz lembrar de quando eu era criança. Eu sonhava apenas em preto e branco. Quando eu conheci uma amiga na escola e compartilhamos detalhes dos nossos sonhos, não imaginaria que as pessoas sonhavam colorido também. Me senti único! Até o dia em que eu sonhei colorido. Tive que me reinventar.
Que simples essa lembrança. Mas isso me faz lembrar de uma época em que o planeta estava desabitado de seres humanos. Apenas plantas e animais. Quanto ar puro! Um sonho né? ... Tão distante, que pra mim hoje, esse seria um quadro em preto e branco.
Desconhecida
2.7 56 Assista AgoraSeria um drama mais convincente e mais atrativo se ela...
tivesse voltado para ver o Tony e quisesse reatar o relacionamento deles de 15 anos atrás. Ele, como já não estava muito afim de ir para a Califórnia com a atual namorada, poderia desenvolver essa inquietude entre o relacionamento estável ou se entregar para a moça desconhecida. Mas infelizmente ela só veio e foi sem motivo. Já foi tarde.
[Rachel Weisz em sotaque novaiorquino foi impecável!!!]
Últimos Dias no Deserto
3.0 77 Assista AgoraProcurando por um filme que traz uma reinterpretação de um líder espiritual sem virtudes? Achou, é esse filme mesmo.
Last Days in the Desert é o próprio retrato do declínio humano. Um líder que não sabe para onde vai [nota-se que ele não caminha na frente, está sempre atrás dos demais personagens].
Last Days in the Desert configura a trajetória final de um homem que estava em busca de clareza nas ideias [por isso o propósito da oração, dito por ele mesmo] e penitência [por isso o jejum, concluo eu], embora seja retratado no Livro dos Atos que o jejum sirva para clarear as ideias e se aproximar de Deus [o que também combina com o propósito]. Ele conseguiu alcançar seus objetivos nessa empreitada pelo deserto?
Bom, Ewan McGregor [que interpreta Jesus e o trevoso], o que em momentos não consegui distinguir quem era quem, por serem iguais, por falarem da mesma forma, por ambos estarem em busca de algo. O próprio trevoso parecia saber de tudo, do início ao fim. Uma espécie de probabilidade e estatística da vida. Mas veja bem, em João [na Bíblia], é dito que Jesus é o próprio Deus. Por uma linha de pensamento lógico, ele sendo o próprio Deus, criador de tudo, onisciente, não saberia das coisas? E porque ele precisaria ser tentado pelo trevoso? [sendo ele Deus, jamais cederia ou entraria em apostas], nem mesmo se daria a perca de tempo de ir para o deserto jejuar. Uma dica, esse questionamento filosófico também é trazido nos livros de Fiódor Dostoiévski [em especial no capítulo O grande Inquisidor, dos Irmãos Karamázov].
Gostaria de ter visto mais calor nos gestos de Ewan McGregor; determinação; negar com fervor o que não quer; aceitar com grande gratidão o que lhe é agraciado; gostaria de ver olhares penetrantes, mesmo que não soubesse o que falar [e ele não sabia mesmo, em uma ocasião chegou a dizer "fale algo importante" para si mesmo... e "qualquer coisa que não seja superficial"]. Pois bem, esse foi o significado dessa história retratada: muitas cenas superficiais com poucos significados e nenhuma questão levantada ao longo do filme, exceto na cena final...
...seria a cena final, algo como a Sociedade do Espetáculo?
Una
3.0 139 Assista AgoraO sotaque britânico de Rooney Mara não ficou bom [ficou bem fake, na verdade].
Ela também ainda precisa se desfazer dessa expressão de escultura do Louvre [não chega a ser uma Kristen Stewart da vida, ainda!].
Sobre o filme...
Una saiu abusada dessa história por diversas formas. Ela obviamente ainda tinha sentimentos pelo seu "abusador". Ela foi atrás dele para... nem ela sabia direito. Seus gestos aleatórios, olhares vazios e por vezes, de apaixonada, tornaram-na vítima de uma situação que começou a perder o controle. Una se despiu e foi em busca daquele sexo gostoso que ela sempre teve com um cara super mais velho que ela. Ela gostava. Ele mais ainda.
A romantização em torno do tema de abuso de menores não ficou legal. O telespectador também sai dessa trama se sentindo sujo [eu sim, pelo menos]. Em momentos, acreditamos que ela o amava [e tudo indica que sim], em outros momentos, observamos que aquele abuso que ela sofreu quando tinha 13 anos teve efeitos permanentes em sua vida adulta. Ela não tinha namorados [nada de mal nisso, mas sua postura melancólica indicava que ela tinha dificuldades de se relacionar com outros homens, de forma sentimental], tinha um emprego que não gostava e nem sabia direito o que queria da vida. Enquanto que o Peter/Ray era um cara com um cargo de liderança, com uma casa bonita e uma esposa zelosa... e uma enteada menor de idade.
O psicológico de Una, que já estava abalado, se deturpa de vez quando ela percebe que não tem controle da verdade: ele não a amava? Ela percebe isso no final do filme, e sai... sai perdida pela rua, pela vida.
O Homem Irracional
3.5 555 Assista AgoraAbe Lucas, o professor de filosofia, é o espelho prático de Raskólnikov [personagem em Crime e Castigo, de Dostoiévski]. Seu papel no filme é exercer sua postura de ateu e niilista para o mundo, em especial aos alunos da universidade em que leciona e nem se importa (talvez por já ter tido muitos privilégios na vida) e para a moça Annie Hall [interpretada por Emma Stone, a princesinha de Woody Allen em seu outro filme, A Magia do Luar]. A relação arquétipa entre o casal consiste: ele, um pessimista, homem de impulsos suicídicos, com a perda do sentido de viver... e ela, otimista, que vislumbra o belo e se sente atraída pelo desconhecido.
A narrativa é envolvente, peculiar, mas com os mesmos ares dos mesmos filmes de Woody Allen [e isso não significa ser a "pegada" dele como diretor]. Essa crítica direta ao seu estilo de filme é importante, pois nos remete àquela tal representatividade (que é tão requerida nos dias de hoje em Hollywood). Os jardins floridos, os personagens brancos, ricos e emponderados pelos mil e um privilégios [afinal, onde estão os atores negros nos filmes do Woody Allen? ... quando alguém achar, por favor, me avisem].
Por fim, Abe Lucas parece ter tido uma experiência onírica quando resgata aquele sentido de viver, que parece ter perdido há muito tempo. E esse resgate do "eu" não se deu pela influência da moça bela e inteligente, mas pelo acaso. Somado ao impulso delirante de sua própria existência, isso, pra mim, resume o significado do personagem irracional!
Terra de Minas
4.2 260 Assista AgoraTerra de Minas é um filme bastante realista e relevante! [e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2017].
A narrativa é muito eficiente... a gente começa a se importar com cada um dos personagens e tentar entender a complexidade de mais um episódio pós Segunda Guerra Mundial [e perceber mais um degrau do nível de crueldade nazista].
A questão reflexiva que o filme me remete é quando os jovens soldados alemães sonham em voltar para casa e trabalhar, constituir uma família, ser alguém na vida... assim como os judeus também sonhavam. E quando a gente pensa nisso, a gente se depara com a fragilidade humana frente às questões morais. Super recomendo!
Artista do Desastre
3.8 555 Assista AgoraHuman behavior explica praticamente tudo desse filme.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraO filme não tem emoção, não tem propósito, não tem clímax.
A sinopse nos informa: "os soldados devem ser resgatados durante uma feroz batalha no início da Segunda Guerra Mundial". Primeiro, eu fiquei super ansioso pra acompanhar um dos episódios da história (onde no Canal da Macha, ao norte da França, em Dunkirk, soldados aliados foram encurralados). Porém...
esse resgate "durante" a batalha não existiu (não no filme). Não acho que o que foi mostrado no filme foi uma batalha de verdade. E os resgates que eles mostraram aconteciam de forma aleatória, quase sem conexão com os fatos.
Muitos justificam dizendo que o filme não é de guerra. Me desculpa, é sim (pelo menos pelo trailer, pela sinopse e pela proposta deveria ser de guerra). Mas realmente não é. Mas ok. Acontece que o filme não narra uma história baseada em um evento histórico. Nolan tenta contar uma história que não foi assim que aconteceu. Tem outros filmes que narram Dunkirk de uma forma mais realística e menos ensaiada.
As bombas eram jogadas e elas caiam de forma sincronizadas. As caixas e filas de soldados que apareciam no filme pareciam simétricas entre si. Não havia sujeira, nem derramamento de sangue... tudo muito clean e robótico. Os soldados não tinham emoção nem apresentavam desgaste emocional, nem motivação, nem nada.
Particularmente, a trilha sonora de Hans Zimmer também não me agradou (seus trabalhos em Inception e Interstellar foram extremamente grandiosos, em comparação).
Eu aposto o Oscar de melhor efeitos visuais em Blade Runner 2049, já que em Dunkirk a paleta de cores sombrias, pálidas e opacas de azul-verde, cinza e preto não constroem grandes camadas para os efeitos apresentados. Que pena.
Dunkirk é bom? Segue a melhor crítica feita, do canal Super Oito, no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=KqpZRkLBYBQ&t=411s
Arquitetura da Destruição
4.2 136 Assista AgoraEsse é o melhor documentário que eu já assisti sobre a Segunda Guerra Mundial. O requinte de detalhes em cada instante; as nuances trágico-poéticas que narram essa peça de horrores vivida por nós, humanidade; há a sensação de uma crescente força que se espalha entre o concreto, as cidades, as pessoas... em suma: é colossal!
Aliados
3.5 452 Assista AgoraDecepcionante assistir esse filme. Pra mim, não passou de um filme Sessão da Tarde de um remake de Sr. e Sra. Smith com sotaque francês.
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista AgoraConsidero a nossa vida real algo bem mais marcante e impactante: em pleno século XXI temos trabalho escravo, racismo, preconceito de todos os tipos e roupagens, poderio bélico de força atômica, fome e miséria, assassinatos diários e constantes... o fato de evoluirmos em ciência e tecnologia, percebo que a evolução ética/moral está bem atrasada. (e quem não garante que esses excessos mostrados na série já não ocorrem hoje em dia?... quem duvida é louco, como diz o ditado).
Ok, Margareth Atwood traz uma distopia pra lá de diferente... é verdade, mas o que também é verdade é o fato de não fazermos uma autocrítica como sociedade.
A República de Gilead somente conseguiu tomar força e se consolidar pela fragmentação da sociedade em impedir os excessos daqueles grupos (que são minoria) em exercer poder de influência sobre os demais (pois uma coisa é ser diferente e ter a própria singularidade, outra coisa é impor isso para todos). Aqueles que são obedientes, fiéis crédulos na sua própria teoria, outros que vivem mergulhados na própria bolha, não percebem que todos fazemos parte dos mesmos pilares que regem a sociedade e a partir do instante em que as bases desses pilares começam a estremecer, aqueles menos preparados dentro desse ciclo social são os mais atingidos.
Talvez estejamos dormindo acordados... ou como disse o grande Aldous Huxley: “A ditadura perfeita terá as aparências da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão". É a partir desse "sistema" em que sempre vivemos (só muda o nome) é que se possibilita as fugas para as austeridades e absurdos, como é desenhado na série The Handmaid's Tale.
Ah, Elizabeth Moss mergulhada no personagem e radiante, como sempre!
Silêncio
3.8 576O filme diverge em desapontar pela qualidade (que deveria ter... vide Scorsese) e pelos momentos de contemplação que nos faz refletir sobre o impacto das ações no coletivo (ponto positivo). Faltou muita coisa pra ser um grande filme, como um roteiro melhor e uma trilha sonora, no mínimo, mas a mensagem que o filme passa é intrigante e me fez refletir bastante.
American Crime Story: O Povo Contra O.J. Simpson (1ª Temporada)
4.5 582 Assista AgoraSUPER RECOMENDO.
Contém Spoiler no texto.
Eu não sabia nada sobre esse caso antes de ver a série. Foi tudo uma boa surpresa pra mim... até eu pesquisar na internet e ver que fim se deu esse O.J. Simpson e ver que ele tinha sido preso alguns anos depois do julgamento por envolvimento em outro crime.
O amigo dele, o advogado Robert Kardashian ficou nitidamente confuso com o caso e já não tinha certeza se o amigo era ou não inocente, tanto que no final da série ele literalmente abandona o O.J. e o deixa uma bíblia, em sinal de despedida e de esperança. Após chegar a essa conclusão, igual ao que o R. Kardashian chegou, eu fiquei atordoado, pois todo o trabalho que a Marcia Clark teve, sua atuação profissional, sua convicção e foco desde o primeiro minuto, tudo foi desmantelado por uma história de racismo (que poderia realmente ter existido), mas que ofuscou todo o julgamento. Claramente se viu um juri eminentemente negro julgando outro negro, que se dizia inocente e vítima de um conluio de brancos para condená-lo, o que foi totalmente (ao meu ver) uma tática de sair do julgamento pela culatra, e se a gente ver a série pela segunda vez, perceberemos que foi exatamente essa a tática da defesa.
Considero ele culpado? Não sei dizer ao certo, mas o fato do melhor amigo dele (o Robert Kardashian) ter dúvidas (não somente por ele ser amigo, mas por também ser advogado, com um bom crivo para investigação e ser alguém que acompanhou o caso de perto o tempo todo), me deixa desacreditado com a justiça, seja ela de qualquer lugar.
Sobre o juri: eles ficaram meses trancafiados em um hotel. Eles já estafam cansados de estarem lá e certamente não gostariam de voltar pra casa com um peso nas costas de terem acusado alguém pelo resto da vida. Pra mim, esse é um fator muito importante.
Ademais, que jogo de câmeras sensacional. Atuações ótimas!
Florence: Quem é Essa Mulher?
3.5 351 Assista AgoraEssa Florence é uma fofura só. Dei umas boas risadas! O filme é bonito, as atuações são muito boas e ao meu ver a Meryl leva o filme todo nas costas pela atuação dela (que foi espetacular, como sempre).
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraO filme tem uma estética incrível, um roteiro muito intrigante, personagens aparentemente lineares, mas podemos observar a complexidade deles conforme a história vai se desenrolando. E sim, bate agonia na gente em vários momentos. Super Recomendo!
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraNão gostei do filme. Juro que tentei gostar. Lí comentários, críticas, resenhas, mas não consigo achar "A Chegada" um bom filme de sci-fi.
TEM SPOILER
O que eu achei de tudo:
1 - Uma linguista é meio que forçada a participar de uma missão militar internacional, já que o linguista que chamaram antes dela não rendeu em nada.
2 - Ai também tem um físico teórico que resolveu o maior problema de entendimento linguístico mostrado no filme (ai ela repete o que ele descobriu para os militares, obedientes ao Ministério da defesa americano e competitivos às demais forças militares globais).
3 - A compreensão dessa linguagem alienígena faz com que a Louise consiga "controlar o tempo", uma espécie de Paradoxo de Bootstrap (podendo enxergar sua vida nos acontecimentos futuros sem que eles realmente existiram). ¬¬ what a crap!
4 - As cenas que envolvem geopolítica são fraquíssimas e de muito clichê.
5 - Sim, a atuação de Amy Adams é muito boa (é o que sempre espero de uma estrela do potencial dela)... e sua indicação desse filme ao Oscar (que não ocorreu) é discutível comparada as atuações das demais atrizes na categoria de Melhor Atriz.
6 - A maior questão levantada no filme: "você mudaria alguma coisa da sua vida se a visse do começo ao fim?".
7 - Ainda não acredito que indicaram Arrival e não indicaram Interstellar (na época). Interstellar é muito mais empolgante, por ser baseado em teorias científicas existentes e também levantando questões, além de técnicas e científicas, existenciais e filosóficas (à la Nolan).
... Fiquei pensando no final do filme que a maior força que a humanidade possui hoje é sua capacidade de poderio bélico. O intelecto dos brilhantes profissionais formados nas grandes universidades mundo a fora, de nada servem se os "generais" que controlam as decisões globais são os líderes políticos (na sua maioria), que em suma, não estão condicionados no mesmo nível intelectual que os dois personagens apresentados no filme (a linguista e o físico teórico, por exemplo). E assistimos uma China da vida dando largada em uma possível guerra global contra as "conchas" e os demais países "seguindo o bonde".
As grandes mentes não conseguiram trazer os resultados que os militares queriam, então a opção que a humanidade opta é pela guerra (como sempre faz na história das nossas civilizações). Esse filme mais me foi útil nas indagações sobre o quão a inteligência e o potencial humano são negligenciados frente à obediência política e militar. Ainda bem que os outsiders e diferentões conseguem (algumas vezes) trazer e mostrar resultados melhores sem precisar causar danos.
Um Senhor Estagiário
3.9 1,2K Assista AgoraTinha tudo pra ser um ótimo filme, mas ficou ruim demais u_u
Obs: trocaria Anne Hathaway por Emily Blunt (tornaria a personagem mais convincente).
Animais Fantásticos e Onde Habitam
4.0 2,2K Assista AgoraO filme traz muitas nuances do universo bruxo que J.K. Rowling criou para Harry Potter, mas em Animais Fantásticos há momentos cômicos, românticos, um pouco de aventura, um suspense bem dosado (poderia ter mais), ação e muita magia. Eu, particularmente, gosto desse mix de acontecimentos, mas percebi que lá na metade do filme ainda faltava muita coisa e eu não estava entendendo o roteiro. Acredito que após ver os cinco filmes propostos, terei uma visão ampla da história. Mas no geral, curti bastante, os personagens são carismáticos e pró-ativos.
Não sei vocês, mas eu ...
tive a impressão de que o Newt estava boa parte do tempo pensando: "preciso resolver logo umas tretas por aqui". Como se Dumbledore o tivesse enviado em uma missão.
Lovesick (2ª Temporada)
4.2 73 Assista AgoraGostei desses nuances de tempo entre passado e presente. A primeira temporada tinha muito disso, e nessa segunda eles resgataram essa essência...
E aquela parte em que a Abigail fica brava com o Dylan no bar, foi mostrada dessa forma! Achei uma forma criativa de se narrar.
MasterChef: Profissionais (1ª Temporada)
3.8 56 Assista AgoraNós, telespectadores, não avaliamos os pratos pelo sabor, portanto não temos o mesmo veredito que os jurados possuem. Mas acredito que nós temos outra questão importante para avaliar: "Eu reconheço um cozinheiro profissional pela postura com que ele entra numa cozinha" - Paola Carosella
Nós, como público, avaliamos sim o comportamento do futuro MasterChef Profissional.
E quero registrar aqui a minha torcida pra Dayse, pois apesar do que muitos pensam, ela foi desde o início uma excelente competidora, mostrando seu talento e sua cozinha. Polêmicas à parte, acredito que o Marcelo é sim um grande competidor (maluco, no bom sentido) ... e nós teremos uma final muito emocionante!
A Cabana
3.6 828 Assista AgoraQuando eu terminei de ler o livro, fiquei com aquela intuição: esse livro vai virar filme!
Na verdade, o próprio autor já passa essa ideia nas últimas páginas.
Tenho certeza que será difícil de retratar toda aquela complexidade que o livro traz. Acredito que muitos podem não gostar, pois o livro faz ligações fora do cristianismo, mas é de uma sutileza e de uma mensagem primordial. Ansioso por esse material!
Amanda Knox
3.6 229 Assista AgoraAviso: Tem spoiler no texto.
Não consigo entender a complexidade dessa Amanda Knox, quando mais nova. A moça era completamente desconcertada, não sabia se defender nem dizer com o mínimo de vontade para as autoridades (impressão que eu tive) que ela não teve nada com o ocorrido (se ela tinha, realmente, convicção de sua inocência). Eu só acho que culpar as autoridades italianas e os peritos em Ciência Forense pelo serviço mal feito (e foi mesmo.. pelamor) não desmerece a desconfiança que os investigadores tiveram ao se deparar com uma moça que se perdia nos devaneios juvenis. Para com isso... ela era muito esperta, saiu do seu país de origem, aprendeu italiano e foi viver um período de independência em outro lugar completamente diferente. No mínimo, uma pessoa com capacidades sociais muito boas. Conseguiu emprego na cidade onde ficou e teve um affair com um rapaz da localidade (nada de mal nisso).
O problema, pelo meu ponto de vista, é o sensacionalismo que a grande mídia da época causou na comunidade internacional (e a mídia é assim até hoje), pressionando as autoridades italianas a darem conta do recado e encontrarem o culpado do assassinato de Meredith (que no documentário não passou de uma moça bonita).
Acho que Amanda e Raffaele tiveram que amadurecer meio a uma tragédia na qual eu penso que eles não tiveram culpa. O fato da justiça soltar e prender eles mais de uma vez mostra a fragilidade das investigações... e são inocentes até que haja alguma prova contundente sobre o fato. Mesmo que haja muitas evidências sobre o assassinato e que levasse as autoridades a concluir que eles eram culpados, só me faz perceber que essa tal de "justiça" pode condenar possíveis inocentes mesmo não tendo provas, mas tendo convicção.
Só acho que "Making a Murderer", da Netflix, é muito mais envolvente e muito mais complexo. RECOMENDO esse pra quem gosta desse tipo de documentário.
Imperium: Resistência Sem Líder
3.3 117 Assista AgoraO filme visto pelo trailer é muito bom, mas só isso. O filme não me convenceu. Muitos elogiaram a atuação do Daniel Radcliffe, mas eu não achei boa, muito pelo contrário, me pareceu forçado (demonstrando que tá atuando). Toni Colette continua mostrando um bom trabalho, mas não curti o personagem que colocaram pra ela (personalidade meio clichê e muito do mesmo, para o gênero de policial de investigação). A história tem uma ideia muito boa, mas que foi executada de maneira ruim e com um roteiro bem mediano. No geral, se leva o filme com a barriga, mas tive a sensação de ter perdido tempo e ter me entusiasmado com um trailer que não condiz com a trama. #chateado