Ótimo trabalho de Mira Nair. Um olhar humano sobre as condições precárias de Katwe. Diálogos não muito naturais no início; um pouco "didáticos" demais, mas, se tratando de um filme Disney, é explicável... Um pouco mais de planos sobre os tabuleiros (para os amantes de xadrez ou curiosos) também não faria mal.
Mas, no fim das contas, o mais relevante pra mim é que a obra deixa margens a um discurso de legitimação do 'status quo' a partir do momento em que
reforça que a meritocracia já estaria rolando. (~É só se esforçar...~) Várias coisas poderiam ter dado errado para ela, mesmo ela sendo a pessoa mais dedicada do mundo. (Inclusive, ainda que o treinador fosse essa mesmíssima pessoa generosa, ele, por exemplo, precisar demais de uma maior renda para sustentar a família a deixaria sem tutor...)
No mais, feliz por ver um protagonismo feminino e negro. Que venham mais filmes assim!
Depois de toda a manipulação, do cárcere privado, do ciclo de amor e violência, da subjugação física (fazer ela de cachorro, ela se bater contra a parede e assim por diante), ela esquece tudo e fica por isso mesmo? Ou -pior- podem reatar...?!!!
O filme seria nota 4 se não tivesse esse desfecho. E mereceria 5 estrelas se fosse uma subversão total do tropo da Manic Pixie Dream Girl, ou seja, se a perspectiva de quem é protagonista mudasse ao longo do filme: se depois dos primeiros atos focados nele, "a gente" o deixasse sozinho e infeliz-miserável e o filme terminasse com um happy-ending só dela.
À edição e roteiro de Avelino Regicida faltou mais coesão. O roteirista/editor/diretor não organizou de forma muito coesa os argumentos apresentados pelas feministas negras. (Um argumento que já tinha sido apresentado, desenvolvido e seguido de outro voltava de forma menos aprofundado - ao menos segundo os cortes... - nas palavras de outra mulher, para o tópico ser logo mudado novamente.)
Tanto o doc quanto as entrevistadas - que, elas próprias, problematizam a abstração d'A mulher' - acabam abstraindo uma única mulher negra, em vez de mulheres negras. Essas, por meio do uso do singular (que acaba dando uma ideia de unicidade, até impossível como em "os corpos da mulher negra"); a obra, pela escolha das entrevistadas.
Se o doc ganha pontos quesito representatividade com mulher negra historiadora, mulher negra rapper, mulher negra artista plástica, etc., perde outros ao dar voz apenas a mulheres negras da periferia de SP. Cadê as nordestinas (de Salvador, São Luís...)? as moradoras de áreas rurais de SP, bem como dos demais estados?
Se já houve em 92 o I Encontro Internacional de Mulheres Afro-Latino-Americanas e e Afro-caribenhas, acho que em 2013 dava pra esperar uma unidade nacional na hora de fazer um doc brasileiro que se pretende tão representativo do feminismo negro.
Fora isso, documentário importante pela falta de docs sobre feminismo negro (latinoamericano e caribenho). =]
Edit: Ou tenho que me abrir mais para vlogs de feministas negras e não me limitar aos blogs das mesmas, por um lado, e ao formato doc, por outro.
Taí acho que esse doc poderia facilmente ser superado por vlogueiras negras num projeto colaborativo. Seria mais autoral que deixar para homem editar suas falas. x)
Um artigo científico em inglês tecendo um paralelo entre 'XXY' de Lucia Puenzo e 'O Último Verão de La Boyita': berghahnjournals.com/view/journals/romance-studies/13/1/jrs130103.xml.
Um artigo científico em inglês tecendo um paralelo entre 'O Último Verão de La Boyita' de Julia Solomonoff e 'XXY': http://www.berghahnjournals.com/view/journals/romance-studies/13/1/jrs130103.xml.
Diretor(a) de cada episódio segundo o IMDB: 1) Clark Johnson 2) Clark Johnson 3) Peter Medak 4) Clement Virgo 5) Clark Johnson 6) Ed Bianchi 7) Joe Chappelle 8) Gloria Muzio 9) Milcho Manchevski 10) Brad Anderson 11) Steve Shill 12) Clement Virgo 13) Timothy Van Patten
A criação de arte dessa animação é linda. Mas me incomodei pel'a obra negar o racismo institucionalizado e as opressões no geral ao ficar só no meio-termo do preconceito de indivíduo contra indivíduo, que todos sofrem. (Até parece, assim, que existe algo como racismo reverso.)
Se tecermos uma analogia entre os predadores, herdeiros de uma era de exploração e abusos, que são eleitos, e os homens brancos (herdeiros) da capa da revista Exame sobre ~a nova cara do capitalismo brasileiro~, a coisa fica ainda pior. Era MESMO necessário escolher como vilã uma ovelha (alguém que represente melhor os 90%)??? do sexo feminino???
Que sociedade utópica é essa onde não há reparação histórica de modo a haver sim meritocracia? Uma de verdade, onde todos tenham oportunidades iguais (nas eleições, na carreira que escolher, como na vida em geral).
Pra mim, é só a Disney não querendo ficar para trás (no espírito da época) além de tentar direcionar as mudanças. ~~Se não dá pra bater de frente e negar o preconceito, bora abraçar o discurso de que ele existe sim mas logo deturpá-lo acrescentando que há também racismo reverso. E defender que é só a gente parar de pensar sobre nossas diferenças que a discriminação desaparece.~~
Não precisaria assim deixar, por exemplo, de impor um padrão à academia de polícia. Bora fingir que não seria melhor considerar, valorizar e aproveitar as características de cada espécie. Algo que abrace a diversidade. (Algo que lembre a escola do Professor Xavier... por que não?) Deixo aqui um desenho meio viral que ilustra perfeitamente meu argumento: http://1.bp.blogspot.com/-y5q2OZRJqK4/UXmsR3UBR5I/AAAAAAAAANw/NESmceASqwg/s1600/avaliac%CC%A7a%CC%83o.png.
(Aliás, não à toa a máfia dita o que bem entende em certas áreas de Zootopia... os hipopótamos, girafas, ursos, elefantes, rinocerontes e búfalos policiais não conseguem nem pisar em certos cantos que teoricamente são da jurisdição.)
Me senti muitíssimo incomodada com a crítica à mulher procurar se precaver de agressão com formas de defesa pessoal. A Disney tá querendo introjetar culpa nas menininhas que vão crescer assistindo e reassistindo Zootopia?? culpa pelo medo de serem molestadas na rua e fazer algo a respeito?! É isso mesmo produção?
Apesar de querer muito gostar, tenho de problematizar algumas coisas... =/
O formato - de episódios de 3 minutos - me incomoda bastante. Como é o caso igualmente de Vixen (com representatividade negra além de feminina), me leva a crer que a DC não quer dar maior visibilidade às personagens femininas. Com exceção de Supergirl, ao passo que as séries de maior formato e live-action são protagonizadas por homens, as menores e de desenho o são por mulheres e meninas.
Além disso, a curta duração de cada ep. inviabiliza o desenvolvimento das tramas e mais parecem com mini-propagandas. São propagandas que antecipam merchandising para as crianças e atrás das quais nós mesmos - fãs - vamos. Não preciso dizer o quanto isso é broxante.
Lamento também a pegada girly demais. Até agora, vi 10 ep. e nenhum foca nas personagens mais tomboy e menos girly (Katana e Barbara Gordon).
Outra coisa que me incomoda profundamente é a desproporção entre a cintura e o quadril das meninas e a largura de suas cabeças (na altura de seus olhos). Ao meu ver, a DC não precisava se equiparar ao que já tem de mais batido por aí, como Monster High e Princesas Disney (vejam as proporções de Tiana, Aurora, Rapunzel, Pocahontas, Meg, Jasmine, Elsa, Anna, Mulan, Ariel, Belle, etc.).
Afinal, 'Adventure Time' já revolucionou com uma enorme diversidade de personagens femininas; as 'Meninas Superpoderosas' também fugiram, em 1998, de todo essa imposição da magreza e corpo de violão.
E, no próprio universo DC, já tivemos a Mulher Maravilha de 2009 (h ttp:// static. comicvine. com /uploads/ original/ 11118/ 111182618/ 4337140-4811593143-62114. jpg), e temos os Novos 52 (htt p:// ifanboy. com /wp-content /uploads/ 2011/09/ Wonder-Woman_1_panel. jpg).
Aliás, já que nem mulheres as DC Superhero Girls são, e que seu público-alvo são meninas muito jovens (de 6 a 12 anos), não faria mal se aproximar um pouquinho do que são as silhuetas de meninas (h ttp:// thumbs.dreamstime. com /x/silhueta-de-meninas-pequenas-13000751. jpg) e garotas do mundo real (http s:// t1.ftcdn. net / jpg/ 00/14/ 46/34/240_F_ 14463407_DLsNvM5Lw0MFuhQpiqK4IrGFsmfKHECL. jpg).
Por fim, um ponto positivo ao meu ver são as relações de amizade entre as meninas que independem de pares amorosos. Nisso, a série partilha bem do espírito defendido por Alison Bechdel. Mas, né... estamos em 2016. 'Sailor Moon' já atingiu a maioridade... 'Jem e as Hologramas' já tem mais de 30 anos... Só isso não basta. =/
Quando é homem que já foi aberta e publicamente racista e/ou nazi-fascista, acusado de (e/ou condenado por) pedofilia, estupro, ou o diabo a quatro, não é pra criticar a babação de ovo dos fãs. Pelo contrário, é pra idolatrar também o artista e defender, ao mesmo tempo, que é para separar a pessoa de sua obra (como se fosse essa a postura dos que assim o defendem).
Agora... quando os a(u)tores de um filme têm alguma posição política diferente da nossa, é pra mandar queimar logo a película... Parabéns!
Depois dos trailers de BvS, com a Mulher Maravilha entrando muda e saindo calada - enquanto homens falam dela! na presença dela! em terceira pessoa... (ela é amazona, pô! vai deixar "machos" falarem por ela!? rs.) - o teaser de Moana consegue ser pior. Ela é a protagonista ou não é, afinal?
"L'Amant est une œuvre complexe ; il ne faut pas seulement y voir l'histoire d'une jeune fille qui trouve un riche amant chinois et qui a des difficultés familiales. L'adaptation de Jean-Jacques Annaud ne se fonde que sur cela, c'est pourquoi Marguerite Duras, n'y retrouvant pas le message qu'elle voulait faire passer, n'est pas "satisfaite". Elle reproche également au cinéaste une adaptation trop esthétique. En réponse au film de Jean-Jacques Annaud, Marguerite Duras réécrit son auto-fiction et le nomme : L'amant de la Chine du Nord." (Wikipédia)
O cabelo crespo de Tip foi muito bem feito. Ele transmite textura. Qualidade técnica mil vezes superior à franquia 'Meu Malvado Favorito/Minions', com suas ruas vazias e casas produzidas em série.
Péssima representação do que vem a ser a Casa das Coelhinhas. Melhor sacar a versão de Holly Madison, que foi coelhinha da mansão. Mas não podia deixar de ser versão/merchan do Hefner mesmo; foi até filmado lá...
Primeiros episódios chatíssimos - com o Tyrion fazendo uma falta enorme. Muitas coisas pra ser contadas mas roteiristas só enchendo linguiça - personagens e arcos inteiros dos livros que não apareceram ou foram absurdamente achatados.
Enfim, um tédio até o evento do estupro da Sansa que, ao fim de tudo, só serviu pra avançar o tropo (clichê) da "mulher na geladeira", ou seja: para o Theon crescer com o estupro dela. ~Quando um personagem masculino tá chatinho ou fraco, mata a companheira dele ou coloca uma "donzela" em sofrimento mor, que já já ele fica interessante~ Que foi isso também deles pularem de mãos dadas??? Pelo amor dos Deuses! -dos novos e dos antigos (rs)- quanta água com açúcar.
O antepenúltimo episódio -com os White Walkers- foi maravilhoso. Muita emoção e ótimos efeitos especiais!
Mas no episódio seguinte a qualidade já decaiu com o voo de Drogon ex machina. (Ele no meio da arena, tava ótimo, mas voando...) E no último episódio, novamente: se debruçaram no dragão e pecaram noutra parte, na cabeça de Cersei em cima da dublê de corpo. Ficou TOS-CÃO.
Quesito roteiro, muitas conveniências para colocarem Tyrion, Dany e Jorah no mesmo lugar. Inclusive esquecendo as motivações de personagens como o 'Adebisi' rs. (O pinto do Tyrion não valia uma fortuna? Ele foi vendido por uma merreca...)
Que falta de noção de timing também dos roteiristas da série. Depois de dias enrolando a trama envolvendo as Martell, apareceram QUASE NO MESMO SEGUNDO que o Jaime viajando dias para "raptar" a Myrcella. E depois de uma luta tão mal feita, o softporn nas celas só piorou tudo. Outra: resolução da intriga entre ambas as casas digna dos Trapalhões.
Enfim! A série não merece confiança pra próxima temporada. A qualidade caiu muito e a maior parte das resoluções dos roteiristas, ao se afastarem dos livros, foi pra pior. Uma pena.
Rainha de Katwe
4.2 209 Assista AgoraÓtimo trabalho de Mira Nair. Um olhar humano sobre as condições precárias de Katwe. Diálogos não muito naturais no início; um pouco "didáticos" demais, mas, se tratando de um filme Disney, é explicável...
Um pouco mais de planos sobre os tabuleiros (para os amantes de xadrez ou curiosos) também não faria mal.
Mas, no fim das contas, o mais relevante pra mim é que a obra deixa margens a um discurso de legitimação do 'status quo' a partir do momento em que
reforça que a meritocracia já estaria rolando. (~É só se esforçar...~) Várias coisas poderiam ter dado errado para ela, mesmo ela sendo a pessoa mais dedicada do mundo. (Inclusive, ainda que o treinador fosse essa mesmíssima pessoa generosa, ele, por exemplo, precisar demais de uma maior renda para sustentar a família a deixaria sem tutor...)
No mais, feliz por ver um protagonismo feminino e negro. Que venham mais filmes assim!
Uma aldeia quase perfeita
2.2 1Trailer no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=zAQ8G7x7mT4.
Ruby Sparks - A Namorada Perfeita
3.8 1,4KPode não ser a romantização de um RELACIONAMENTO abusivo. Mas com certeza é a romantização de um namorado abusivo.
Depois de toda a manipulação, do cárcere privado, do ciclo de amor e violência, da subjugação física (fazer ela de cachorro, ela se bater contra a parede e assim por diante), ela esquece tudo e fica por isso mesmo? Ou -pior- podem reatar...?!!!
O filme seria nota 4 se não tivesse esse desfecho. E mereceria 5 estrelas se fosse uma subversão total do tropo da Manic Pixie Dream Girl, ou seja, se a perspectiva de quem é protagonista mudasse ao longo do filme: se depois dos primeiros atos focados nele, "a gente" o deixasse sozinho e infeliz-miserável e o filme terminasse com um happy-ending só dela.
25 de Julho: Feminismo Negro Contado em Primeira Pessoa
4.5 4À edição e roteiro de Avelino Regicida faltou mais coesão. O roteirista/editor/diretor não organizou de forma muito coesa os argumentos apresentados pelas feministas negras. (Um argumento que já tinha sido apresentado, desenvolvido e seguido de outro voltava de forma menos aprofundado - ao menos segundo os cortes... - nas palavras de outra mulher, para o tópico ser logo mudado novamente.)
Tanto o doc quanto as entrevistadas - que, elas próprias, problematizam a abstração d'A mulher' - acabam abstraindo uma única mulher negra, em vez de mulheres negras. Essas, por meio do uso do singular (que acaba dando uma ideia de unicidade, até impossível como em "os corpos da mulher negra"); a obra, pela escolha das entrevistadas.
Se o doc ganha pontos quesito representatividade com mulher negra historiadora, mulher negra rapper, mulher negra artista plástica, etc., perde outros ao dar voz apenas a mulheres negras da periferia de SP. Cadê as nordestinas (de Salvador, São Luís...)? as moradoras de áreas rurais de SP, bem como dos demais estados?
Se já houve em 92 o I Encontro Internacional de Mulheres Afro-Latino-Americanas e e Afro-caribenhas, acho que em 2013 dava pra esperar uma unidade nacional na hora de fazer um doc brasileiro que se pretende tão representativo do feminismo negro.
Fora isso, documentário importante pela falta de docs sobre feminismo negro (latinoamericano e caribenho). =]
Edit: Ou tenho que me abrir mais para vlogs de feministas negras e não me limitar aos blogs das mesmas, por um lado, e ao formato doc, por outro.
Taí acho que esse doc poderia facilmente ser superado por vlogueiras negras num projeto colaborativo. Seria mais autoral que deixar para homem editar suas falas. x)
Um Belo Verão
3.9 115 Assista Agorahttp://www.frenchtouch2.fr/2015/08/la-belle-saison-entretien-avec.html
O Último Verão de La Boyita
3.9 25Um artigo científico em inglês tecendo um paralelo entre 'XXY' de Lucia Puenzo e 'O Último Verão de La Boyita': berghahnjournals.com/view/journals/romance-studies/13/1/jrs130103.xml.
XXY
3.8 507 Assista AgoraUm artigo científico em inglês tecendo um paralelo entre 'O Último Verão de La Boyita' de Julia Solomonoff e 'XXY': http://www.berghahnjournals.com/view/journals/romance-studies/13/1/jrs130103.xml.
The Wire (1ª Temporada)
4.6 170 Assista AgoraDiretor(a) de cada episódio segundo o IMDB:
1) Clark Johnson
2) Clark Johnson
3) Peter Medak
4) Clement Virgo
5) Clark Johnson
6) Ed Bianchi
7) Joe Chappelle
8) Gloria Muzio
9) Milcho Manchevski
10) Brad Anderson
11) Steve Shill
12) Clement Virgo
13) Timothy Van Patten
Amor à Flor da Pele
4.3 500 Assista Agoraht tp://qz.c om/766051/this-dark-romance-about-infidelity-is-the-best-movie-of-the-21st-century-female-critics-say/
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
4.2 1,5K Assista AgoraA criação de arte dessa animação é linda. Mas me incomodei pel'a obra negar o racismo institucionalizado e as opressões no geral ao ficar só no meio-termo do preconceito de indivíduo contra indivíduo, que todos sofrem. (Até parece, assim, que existe algo como racismo reverso.)
Se tecermos uma analogia entre os predadores, herdeiros de uma era de exploração e abusos, que são eleitos, e os homens brancos (herdeiros) da capa da revista Exame sobre ~a nova cara do capitalismo brasileiro~, a coisa fica ainda pior. Era MESMO necessário escolher como vilã uma ovelha (alguém que represente melhor os 90%)??? do sexo feminino???
Que sociedade utópica é essa onde não há reparação histórica de modo a haver sim meritocracia? Uma de verdade, onde todos tenham oportunidades iguais (nas eleições, na carreira que escolher, como na vida em geral).
Pra mim, é só a Disney não querendo ficar para trás (no espírito da época) além de tentar direcionar as mudanças. ~~Se não dá pra bater de frente e negar o preconceito, bora abraçar o discurso de que ele existe sim mas logo deturpá-lo acrescentando que há também racismo reverso. E defender que é só a gente parar de pensar sobre nossas diferenças que a discriminação desaparece.~~
Não precisaria assim deixar, por exemplo, de impor um padrão à academia de polícia. Bora fingir que não seria melhor considerar, valorizar e aproveitar as características de cada espécie. Algo que abrace a diversidade. (Algo que lembre a escola do Professor Xavier... por que não?) Deixo aqui um desenho meio viral que ilustra perfeitamente meu argumento: http://1.bp.blogspot.com/-y5q2OZRJqK4/UXmsR3UBR5I/AAAAAAAAANw/NESmceASqwg/s1600/avaliac%CC%A7a%CC%83o.png.
(Aliás, não à toa a máfia dita o que bem entende em certas áreas de Zootopia... os hipopótamos, girafas, ursos, elefantes, rinocerontes e búfalos policiais não conseguem nem pisar em certos cantos que teoricamente são da jurisdição.)
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
4.2 1,5K Assista AgoraMe senti muitíssimo incomodada com a crítica à mulher procurar se precaver de agressão com formas de defesa pessoal. A Disney tá querendo introjetar culpa nas menininhas que vão crescer assistindo e reassistindo Zootopia?? culpa pelo medo de serem molestadas na rua e fazer algo a respeito?! É isso mesmo produção?
Curdistão: Garotas em Guerra
4.5 2Está legendado em portugês no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=SMwFY3SoBUY !!!
DC Super Hero Girls – Websérie (1ª Temporada)
3.4 9Apesar de querer muito gostar, tenho de problematizar algumas coisas... =/
O formato - de episódios de 3 minutos - me incomoda bastante. Como é o caso igualmente de Vixen (com representatividade negra além de feminina), me leva a crer que a DC não quer dar maior visibilidade às personagens femininas. Com exceção de Supergirl, ao passo que as séries de maior formato e live-action são protagonizadas por homens, as menores e de desenho o são por mulheres e meninas.
Além disso, a curta duração de cada ep. inviabiliza o desenvolvimento das tramas e mais parecem com mini-propagandas. São propagandas que antecipam merchandising para as crianças e atrás das quais nós mesmos - fãs - vamos. Não preciso dizer o quanto isso é broxante.
Lamento também a pegada girly demais. Até agora, vi 10 ep. e nenhum foca nas personagens mais tomboy e menos girly (Katana e Barbara Gordon).
Outra coisa que me incomoda profundamente é a desproporção entre a cintura e o quadril das meninas e a largura de suas cabeças (na altura de seus olhos). Ao meu ver, a DC não precisava se equiparar ao que já tem de mais batido por aí, como Monster High e Princesas Disney (vejam as proporções de Tiana, Aurora, Rapunzel, Pocahontas, Meg, Jasmine, Elsa, Anna, Mulan, Ariel, Belle, etc.).
Afinal, 'Adventure Time' já revolucionou com uma enorme diversidade de personagens femininas; as 'Meninas Superpoderosas' também fugiram, em 1998, de todo essa imposição da magreza e corpo de violão.
E, no próprio universo DC, já tivemos a Mulher Maravilha de 2009 (h ttp:// static. comicvine. com /uploads/ original/ 11118/ 111182618/ 4337140-4811593143-62114. jpg), e temos os Novos 52 (htt p:// ifanboy. com /wp-content /uploads/ 2011/09/ Wonder-Woman_1_panel. jpg).
Aliás, já que nem mulheres as DC Superhero Girls são, e que seu público-alvo são meninas muito jovens (de 6 a 12 anos), não faria mal se aproximar um pouquinho do que são as silhuetas de meninas (h ttp:// thumbs.dreamstime. com /x/silhueta-de-meninas-pequenas-13000751. jpg) e garotas do mundo real (http s:// t1.ftcdn. net / jpg/ 00/14/ 46/34/240_F_ 14463407_DLsNvM5Lw0MFuhQpiqK4IrGFsmfKHECL. jpg).
Por fim, um ponto positivo ao meu ver são as relações de amizade entre as meninas que independem de pares amorosos. Nisso, a série partilha bem do espírito defendido por Alison Bechdel. Mas, né... estamos em 2016. 'Sailor Moon' já atingiu a maioridade... 'Jem e as Hologramas' já tem mais de 30 anos... Só isso não basta. =/
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraQuando é homem que já foi aberta e publicamente racista e/ou nazi-fascista, acusado de (e/ou condenado por) pedofilia, estupro, ou o diabo a quatro, não é pra criticar a babação de ovo dos fãs. Pelo contrário, é pra idolatrar também o artista e defender, ao mesmo tempo, que é para separar a pessoa de sua obra (como se fosse essa a postura dos que assim o defendem).
Agora... quando os a(u)tores de um filme têm alguma posição política diferente da nossa, é pra mandar queimar logo a película... Parabéns!
Bem-vindxs à democracia brasileira.
Moana: Um Mar de Aventuras
4.1 1,5KDepois dos trailers de BvS, com a Mulher Maravilha entrando muda e saindo calada - enquanto homens falam dela! na presença dela! em terceira pessoa... (ela é amazona, pô! vai deixar "machos" falarem por ela!? rs.) - o teaser de Moana consegue ser pior. Ela é a protagonista ou não é, afinal?
O Fracasso do Estereótipo de Gênero
4.1 1Disponível no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=H20jsMQ0xRY
O Amante
3.8 149"L'Amant est une œuvre complexe ; il ne faut pas seulement y voir l'histoire d'une jeune fille qui trouve un riche amant chinois et qui a des difficultés familiales. L'adaptation de Jean-Jacques Annaud ne se fonde que sur cela, c'est pourquoi Marguerite Duras, n'y retrouvant pas le message qu'elle voulait faire passer, n'est pas "satisfaite". Elle reproche également au cinéaste une adaptation trop esthétique. En réponse au film de Jean-Jacques Annaud, Marguerite Duras réécrit son auto-fiction et le nomme : L'amant de la Chine du Nord." (Wikipédia)
Minha Filha Amy
4.1 2Não acredito que dão mais estrelas para a versão desse cara escroto que para 'Amy' (2015).
O Espírito da Colméia
4.2 145 Assista Agorahttps:// www.criterion. com /current/posts/447-the-spirit-of-the-beehive-spanish-lessons
O Zoológico de Varsóvia
3.9 275 Assista Agorahttp://www.hollywoodreporter.com/features/jessica-chastain-pens-essay-female-845818
Cada Um na Sua Casa
3.7 574 Assista AgoraO cabelo crespo de Tip foi muito bem feito. Ele transmite textura.
Qualidade técnica mil vezes superior à franquia 'Meu Malvado Favorito/Minions', com suas ruas vazias e casas produzidas em série.
A Casa das Coelhinhas
2.7 729 Assista AgoraPéssima representação do que vem a ser a Casa das Coelhinhas.
Melhor sacar a versão de Holly Madison, que foi coelhinha da mansão.
Mas não podia deixar de ser versão/merchan do Hefner mesmo; foi até filmado lá...
Imagine Eu e Você
3.7 743Acho vergonhoso que façam cartazes com apenas o nome de um ator e uma atriz para uma comédia romântica lésbica.
Game of Thrones (5ª Temporada)
4.4 1,4KPrimeiros episódios chatíssimos - com o Tyrion fazendo uma falta enorme. Muitas coisas pra ser contadas mas roteiristas só enchendo linguiça - personagens e arcos inteiros dos livros que não apareceram ou foram absurdamente achatados.
Enfim, um tédio até o evento do estupro da Sansa que, ao fim de tudo, só serviu pra avançar o tropo (clichê) da "mulher na geladeira", ou seja: para o Theon crescer com o estupro dela. ~Quando um personagem masculino tá chatinho ou fraco, mata a companheira dele ou coloca uma "donzela" em sofrimento mor, que já já ele fica interessante~ Que foi isso também deles pularem de mãos dadas??? Pelo amor dos Deuses! -dos novos e dos antigos (rs)- quanta água com açúcar.
O antepenúltimo episódio -com os White Walkers- foi maravilhoso. Muita emoção e
ótimos efeitos especiais!
Mas no episódio seguinte a qualidade já decaiu com o voo de Drogon ex machina. (Ele no meio da arena, tava ótimo, mas voando...) E no último episódio, novamente: se debruçaram no dragão e pecaram noutra parte, na cabeça de Cersei em cima da dublê de corpo. Ficou TOS-CÃO.
Quesito roteiro, muitas conveniências para colocarem Tyrion, Dany e Jorah no mesmo lugar. Inclusive esquecendo as motivações de personagens como o 'Adebisi' rs. (O pinto do Tyrion não valia uma fortuna? Ele foi vendido por uma merreca...)
Que falta de noção de timing também dos roteiristas da série. Depois de dias enrolando a trama envolvendo as Martell, apareceram QUASE NO MESMO SEGUNDO que o Jaime viajando dias para "raptar" a Myrcella. E depois de uma luta tão mal feita, o softporn nas celas só piorou tudo. Outra: resolução da intriga entre ambas as casas digna dos Trapalhões.
Enfim! A série não merece confiança pra próxima temporada. A qualidade caiu muito e a maior parte das resoluções dos roteiristas, ao se afastarem dos livros, foi pra pior. Uma pena.