Dos filmes que assisti de Joan até agora, certamente essa performance ao lado de Mildred Pierce saltam aos olhos. Sempre considerei o olhar de Joan, um olhar de uma mulher descontrolada que esconde todas as suas emoções atrás de seu olhar e ela interpretou uma personagem desse mesmo jeito. Louise é insegura e sufocante, enquanto David é narcisista, arrogante e convencido. O relacionamento doentio que Louise teve com ele, para mim foi o motivo principal para trazer a tona sua psicose. Sempre tive um pé atrás com Crawford, mas agora que estou acompanhando seus filmes, percebo que ela era uma atriz versátil e se destacava quando interpretava mulheres com problemas amorosos. E ela merece o meu respeito, pois interpretou uma mulher desequilibrada, de uma forma completamente diferente das que eu sou acostumado a assistir, nas mãos erradas Louise tinha tudo para se tornar uma personagem histérica e caricata, mas nas mãos de Crawford, Louise se tornou uma personagem digna de pena e compaixão. Fantástica!
A cena do trem realmente é algo fantástico, cada janela uma situação diferente, sonhos, vidas e ambições diferentes. Acredito que aquele trem, é uma metáfora da personagem de Crawford, pois tudo o que ela desejava para si, esta ali dentro e passava aos seus olhos. Crawford está simples, porém encantadora nesse filme, ao dar vida a uma mulher que deseja uma vida melhor para si e acima de tudo deseja realizar os seus sonhos mais secretos. Achei Gable nesse filme mais simpático, os filmes dele que assisti anteriormente, ele passava uma certa arrogância e antipatia para as personagens, digamos que ele seguiu o tom de Crawford e formaram um casal apaixonante. A cena do discurso é emocionante, Marion coloca para fora tudo o que estava sentindo, é como se ela estivesse se despindo para todas aquelas pessoas ao revelar o que se passava dentro de seu coração. Um filme encantador.
Um filme diferente de tudo o que Garbo já havia feito. Uma rainha diferente de todas, mas quando o assunto é Amor, ela se iguala ás outras. Gostei dessa ambiguidade sexual, Garbo totalmente masculinizada, dominadora e determinada. Mesmo Garbo com roupas e atitudes masculinas, não conseguiu perder o seu charme e encanto. A cena final é de cortar o coração, pois Christina perdeu seu reino e seu grande amor e partiu rumo ao desconhecido. Fantástico.
Para quem acompanha os filmes de Gabo, considera Ninotchka um alívio cômico em sua filmografia. Quem está acostumado ver Garbo em papéis dramáticos e densos estranha vê-la em um papel totalmente diferente e impensado para seu perfil. Muito engraçado e sem qualquer tipo de apelação. A cena em que Garbo ri é contagiante, você acaba rindo junto. Garbo está perfeita nesse filme, como uma personagem que começa agindo como se fosse um robô, mas devido ao amor começa a soltar suas emoções e fragilidades. ´´Não podem censurar suas lembranças´´ Frase inesquecível. Muito Bom.
Ao lado de Camille, Mata Hari e Grand Hotel, uma das melhores performances de Garbo na tela. Anna Karenina é puramente passional e Garbo conseguiu capturar a essência da personagem e nos brindou com uma atuação hipnotizante. Mesmo que para as outras personagens do filme, a conduta de Karenina seja errada, para quem está assistindo é impossível não se compadecer e se sensibilizar com o drama da personagem de Garbo. Karenina foi vítima de um casamento de aparências, vítima de fofocas e comentários maldosos, vítima do amor e vítima de suas próprias escolhas. Acredito sim que Karenina tenha amado, mas ela não recebeu a mesma dose de amor que ela ofereceu e foi nesse quesito que seus princípios entraram em declínio. Quando o amor entra em declínio é o ápice do filme, pois Anna Karenina sabe que suas escolhas foram infelizes e que ela não pode olhar ou voltar para trás e que lhe resta apenas uma solução: o fim. Comentei dias atrás que é muito raro encontrar atrizes que passem emoções através de olhares e após assistir esse filme, incluo Garbo nessa lista. Quando ela chega á estação e se depara com o seu destino, percebemos em seu olhar o seu desespero e como ela não pode voltar para trás e recuperar o que perdeu, ela simplesmente se entrega a sua triste sorte. Impossível chegar ao fim desse filme e não sentir pena de Anna Karenina, pois se entregou ao amor e perdeu tudo o que tinha. Pobre Anna Karenina.
Uau! Que filme! Foi o que pensei ao finalizá-lo. Como pode existir uma fã tão louca e psicótica como Annie? E o pior que existem sim e muitas por aí. Que relação doentia ela exercia com o seu ídolo. Kathy Bates já tinha um lugar em meu coração e depois desse filme ganhou mais um espaço. Essa atriz é demais, em nenhum momento enxerguei Kathy Bates e sim Annie Wilkes. A cena do martelo doeu até a minha alma, mas o que me deu medo foi a cena da espingarda. Mas o confronto final lavou minha alma, nunca toci tanto por uma personagem, até me levantei da cadeira. Kathy mereceu e muito esse Oscar, pois ela simplesmente encarnou a loucura e obsessão de uma fã atormentada e cheia de segredos. Vale a pena assistir.
Fantástico. Simplesmente um dos melhores filmes do Hitch que já assisti. Hitchcock tem a minha admiração, por saber conduzir com tanta sutileza e leveza assuntos polêmicos como assassinatos ou considerados imorais para a época, como a homossexualidade das personagens principais. Simplesmente perturbador e chocante a atitude do casal de protagonistas, cegados pela própria vaidade e arrogância. Brandon para mim é um dos personagens mais repugnantes de filmes que já assisti, torci e muito pela sua queda. A cena em que a personagem de James Stewart o desmascara é o ápice do filme. James Stewart para variar está fantástico e soberbo como o professor que desconfia de tudo e todos. Se Grace Kelly era considerada a musa de Hitchcock, James Stewart era o seu herói favorito. Enfim, um filme bem curto, rápido, ágil e com diálogos e atuações eternas. Vale e muito a pena assistir. Hitchcock mais inspirado do que nunca, o cara era um gênio, merece e muito ser reverenciado.
O filme é bom, mas o final extremamente machista. Taylor está divina e ácida como Katarina, adoro a energia da personagem. Richard Burton mesmo maltrapilho, está soberbo e charmoso. Só não me agradei com a submissão de Katarina no final, mas era a realidade da época em que a história se passava.
Delicioso musical que pecou apenas por incluir esquetes de humor (achei sem graça diga-se de passagem) em seu enredo. Mas ignorando esse detalhe é um bom filme, com grandes momentos. Os melhores números com certeza são com o Fred Astaire e principalmente o número em que ele divide a cena com Gene Kelly, para mim foi o encontro de almas gêmeas. O número de Judy Garland é muito cansativo, mas a partir do momento em que ela começa a cantar torna-se interessante. Enfim é um filme gostoso de se assistir, se você pular as partes de ´´humor´´. Só não ganhou 5 estrelas por esse detalhe.
Um filme mediano, que vai melhorando conforme a história vai se desenvolvendo. Nota máxima para os números musicais e figurinos que estão impecáveis. Esse é o segundo filme que assisto com a direção do Vincente Minnelli (o primeiro foi The Pirate) e confesso que ele ainda não me fisgou, mas não desistirei dele e assistirei a outros. Cyd Charisse está tentadora e pecaminosa nesse filme, que mulher! Fred Astaire é amor para toda vida, sempre perfeito e exigente. Destaque para a sintonia que ambos exercem um sobre o outro. Não é um grande marco, mas tem os seus bons momentos.
Deliciosa Guerra dos Sexos, em um tempo em que as mulheres já estavam se libertando das amarras do machismo. Katharine está muito linda nesse filme e muito segura de si ao dar a vida a uma advogada que não se deixa influenciar pelo machismo imposto a sociedade. Spencer também está magnífico e a química entre os dois é indiscutível. Mesmo que seja de forma humorada, esse filme nos faz refletir e muito a maneira como a mulher era e continua até hoje sendo inferiorizada pelos homens e sua luta por direitos e tratamentos iguais. Uma coisa é fato mesmo certa ou errada, a mulher sempre possui os melhores argumentos. Outra coisa: nunca leve problemas do seu ambiente de trabalho para o lar, principalmente se é um caso em que você é o advogado de acusação e sua mulher é da defesa. Vale e muito a pena ser visto.
Dos filmes do Hitchcock que assisti até agora, esse é o mais morno de todos e mesmo assim é um bom filme. James Stewart sempre maravilhoso e Doris Day apaixonante. Apenas achei a história um pouco fraca.
Um dos filmes mais inovadores e inteligentes que á assisti. Bette Davis está encantadora e charmosa como Margo Channing, uma famosa atriz de teatro que acima de tudo é mulher, gosto muito dessa ênfase dada a essa personagem, pois mostram-se os dois lados: o lado glamouroso e o lado humano e sensível. Acredito que todos nós temos um pouco de Margo Channing. Anne Baxter está deslumbrante como a perversa Eve. Eve mente, manipula, destrói, faz tudo em benefício próprio para se chegar onde quer. Com certeza uma das personagens mais cínicas que já vi até hoje em filmes. Outro fator positivo para o filme: o elenco, não consigo imaginar outro elenco dando vida aos personagens e muito menos uma outra atriz dando vida a Margo Channing. Margo Channing tem um pouco de Bette Davis. E Bette Davis é um vulcão em cena, destruindo todos ao seu redor. Se existe o filme perfeito, All About Eve tem grandes chances de o ser.
Um dos filmes mais fantásticos que já vi em toda minha vida. Inveja, Sucesso, Ostracismo, Ódio, Loucura, Fanatismo e outros adjetivos compõem a essência desse filme. É impressionante como um ato de inveja e loucura muda para sempre a vida das pessoas. Depois de um acidente que a deixa inválida, Blanche torna-se um estorvo na vida de sua irmã Baby Jane que vive da glória do passado e sonha retornar ao sucesso que a abandonou. O que eu acho mais fascinante nesse filme é a dubiedade do caráter das personagens ambas são vítimas e ambas são vilãs, mas as consequências surgiram a partir do acidente causado por Blanche. Como Baby Jane disse em uma das cenas finais: - Então poderíamos ter sido amigas? Se não fosse pela atitude de Blanche todo esse sofrimento e loucura poderia sim ser evitado. É um filme tenso, que não despenca para o óbvio. Bette Davis tinha tudo para fazer de Baby Jane uma personagem caricata, mas não o fez ao contrário, deu dignidade e humanidade a personagem, fez com que adquiríssemos afeto e compreensão por ela. O mesmo digo de Miss Crawford, fez com que Blanche fosse uma personagem digna de ódio e pena, pelos maus tratos sofridos por Baby Jane e também por suas manipulações e mentiras. A cena em que Bette Davis canta e dança, para mim é uma das melhores de toda a história do cinema, uma pena ela não ter ganho o Oscar, esta perfeita e intocável do início ao fim. E que fim, um final que foge de todos os padrões aos quais estamos acostumados. Enfim um filme insano, mas ao mesmo tempo humano e apaixonante e no fim você se pergunta: O que terá acontecido a Baby Jane?
Gosto muito desse filme, mesmo ele sendo tão subliminar consegue ser atraente. Audrey deu uma dignidade tão grande a personagem, que não consigo imaginar outra atriz a interpretando. A cena de Moon River é uma das mais marcantes, acho essa música tão triste e melancólica porém belíssima. E quem não gostaria de ser convidado para a festa de Holly Golightly? Uma das cenas mais engraçadas de Hollywood. O final é o melhor que o filme pode oferecer ao espectador, pois todo o romance é concentrado ali, uma das cenas mais belas que já vi. Enfim, um clássico maravilhoso e imperdível.
Vou confessar, assistir esse filme não foi uma das coisas mais agradáveis da minha vida, pois tenho um trauma de infância por causa da cena do chuveiro, mas como eu decidi acompanhar os principais filmes de Hitchcock, não poderia simplesmente ignorar esse filme que é considerado o seu ´´master piece´´. Traumas deixados de lado, me dediquei a esse clássico e confesso que estou chocado até agora com a história e seu desenlace. Mas é um filme muito bom e Hitchcock tem um excelente gosto para cenas de extrema violência, pois não abusou do sangue, coisa que acontece e muito nos filmes atuais. No ápice da cena, o sangue foi apenas um coadjuvante, o que interessava ali era a vítima e o assassino. Um filme ousado e transgressor para a época quem já assistiu sabe do que estou falando. E o final surpreendente como a maioria dos filmes do Hitch. E o meu trauma de infância desapareceu.
Um filme tão simples mas ao mesmo tempo tão grandioso, por tratar de dois temas tão diferentes amizade e preconceito. Miss Daisy rica e judia e seu motorista pobre e negro, seria possível surgir uma grande amizade? Naturalmente, mas para isso Daisy deveria vencer seus próprios preconceitos, coisa que através do tempo ela consegue a sua maneiro claro. Uma cena que me marcou muito, foi a em que eles estão no cemitério e ela pede para que ele leve flores a um túmulo e ele visivelmente constrangido admite que não sabe ler e ela mesmo rodeada de irritação e até mesmo má vontade o ensina e depois no Natal o entrega uma espécie de cartilha para ele estudar. Um filme que mostra de forma sutil e leve o preconceito que existia em décadas anteriores. Ao ver um filme que retrata isso, imagino como deveria ser difícil viver em tempos como aqueles. Vale e muito a pena ser assistido e a cena final acho tão linda, pois mostra que uma amizade verdadeira resiste ao tempo, mesmo que os amigos não tenham mais o vigor de antes. Emocionante.
Tenso do começo ao fim. E é um tipo de filme, que deixa muitas lacunas abertas, algo para ser discutido. Por quê os pássaros atacam? O quê aconteceu com as personagens? Por quê os pássaros da gaiola não foram afetados e seriam eles a causa da histeria? Um bom filme, que ainda garante momentos de aflição. Uma pena algumas pessoas o assistirem, com tom de deboche por causa dos efeitos especiais, isso é tão fútil. O achei fantástico justamente por isso, pela época ter sido inovador e realmente assustador. Uma dica: tentem assistir esse filme, com a mentalidade da época em que ele foi realizado. É muito simples, basta apenas se despir da tecnologia atual e pensar em como foi difícil e exaustivo produzir um filme com tantos efeitos e detalhes em uma época de poucos recursos. Eu fiz isso e deu certo. Hitchcock merece todas as honrarias, por ser tão criativo e inspirador em uma época em que produzir um filme com uma história como essa, era algo praticamente inviável, mas ele foi lá e tentou. E o resultado foi um filme que mesmo após tanto tempo, continua fascinante e instigante.
Disque M para Matar é um filme que você assiste indignado e literalmente rói as unhas. Uma trama bem construída cheia de reviravoltas e no decorrer da história acontece algo totalmente fora de cogitação e te faz ficar com aquela sensação de Oh! Meu Deus, que absurdo. Elenco mais que perfeito, Grace Kelly em um papel totalmente diferente, como uma esposa adúltera, porém fragilizada e indefesa. Mas o destaque é de Ray Milland com um personagem tão cínico, manipulador e sem caráter.
Com certeza o melhor filme que já assisti até agora e merece ser assistido muitas e muitas vezes. Não existe o crime perfeito, mas esse é o filme perfeito.
Perfeito do início ao fim. O final é um pouco tumultuado, mas mesmo assim não compromete em nada. Fiquei apavorado o filme inteiro. Muito Bom. Grace Kelly apaixonante.
Um filme delicioso de se ver. Adorei o estilo que Hitchcok utilizou nesse filme, um estilo mais leve e cômico e suspense bem dosado. Grace Kelly parecia uma fada com aqueles vestidos maravilhosos, caimento perfeito, não é a toa que venero Edith Head, a mulher sabia o que estava fazendo e o fazia com total competência. E a personagem de Grace totalmente o inverso das protagonistas que estamos acostumados a ver: corajosa, decidida e petulante. Cary Grant sempre um charme a parte e uma elegância descomunal. E o Gato suspeitei quem era desde o princípio. Enfim um filme que vale a pena ser revisto sempre e ouso dizer que esse filme é o pai de Charada.
Susan Lenox
3.5 8Filme um pouco morno, mas vale pelo casal Garbo e Gable que estão perfeitos.
Fogueira de Paixão
4.0 25Dos filmes que assisti de Joan até agora, certamente essa performance ao lado de Mildred Pierce saltam aos olhos.
Sempre considerei o olhar de Joan, um olhar de uma mulher descontrolada que esconde todas as suas emoções atrás de seu olhar e ela interpretou uma personagem desse mesmo jeito.
Louise é insegura e sufocante, enquanto David é narcisista, arrogante e convencido.
O relacionamento doentio que Louise teve com ele, para mim foi o motivo principal para trazer a tona sua psicose.
Sempre tive um pé atrás com Crawford, mas agora que estou acompanhando seus filmes, percebo que ela era uma atriz versátil e se destacava quando interpretava mulheres com problemas amorosos.
E ela merece o meu respeito, pois interpretou uma mulher desequilibrada, de uma forma completamente diferente das que eu sou acostumado a assistir, nas mãos erradas Louise tinha tudo para se tornar uma personagem histérica e caricata, mas nas mãos de Crawford, Louise se tornou uma personagem digna de pena e compaixão.
Fantástica!
Possuída
3.9 14A cena do trem realmente é algo fantástico, cada janela uma situação diferente, sonhos, vidas e ambições diferentes.
Acredito que aquele trem, é uma metáfora da personagem de Crawford, pois tudo o que ela desejava para si, esta ali dentro e passava aos seus olhos.
Crawford está simples, porém encantadora nesse filme, ao dar vida a uma mulher que deseja uma vida melhor para si e acima de tudo deseja realizar os seus sonhos mais secretos.
Achei Gable nesse filme mais simpático, os filmes dele que assisti anteriormente, ele passava uma certa arrogância e antipatia para as personagens, digamos que ele seguiu o tom de Crawford e formaram um casal apaixonante.
A cena do discurso é emocionante, Marion coloca para fora tudo o que estava sentindo, é como se ela estivesse se despindo para todas aquelas pessoas ao revelar o que se passava dentro de seu coração.
Um filme encantador.
Rainha Cristina
4.1 62Um filme diferente de tudo o que Garbo já havia feito.
Uma rainha diferente de todas, mas quando o assunto é Amor, ela se iguala ás outras.
Gostei dessa ambiguidade sexual, Garbo totalmente masculinizada, dominadora e determinada.
Mesmo Garbo com roupas e atitudes masculinas, não conseguiu perder o seu charme e encanto.
A cena final é de cortar o coração, pois Christina perdeu seu reino e seu grande amor e partiu rumo ao desconhecido.
Fantástico.
Ninotchka
4.1 113Para quem acompanha os filmes de Gabo, considera Ninotchka um alívio cômico em sua filmografia.
Quem está acostumado ver Garbo em papéis dramáticos e densos estranha
vê-la em um papel totalmente diferente e impensado para seu perfil.
Muito engraçado e sem qualquer tipo de apelação.
A cena em que Garbo ri é contagiante, você acaba rindo junto.
Garbo está perfeita nesse filme, como uma personagem que começa agindo como se fosse um robô, mas devido ao amor começa a soltar suas emoções e fragilidades.
´´Não podem censurar suas lembranças´´
Frase inesquecível.
Muito Bom.
Anna Karenina
3.9 32Ao lado de Camille, Mata Hari e Grand Hotel, uma das melhores performances de Garbo na tela.
Anna Karenina é puramente passional e Garbo conseguiu capturar a essência da personagem e nos brindou com uma atuação hipnotizante.
Mesmo que para as outras personagens do filme, a conduta de Karenina seja errada, para quem está assistindo é impossível não se compadecer e se sensibilizar com o drama da personagem de Garbo.
Karenina foi vítima de um casamento de aparências, vítima de fofocas e comentários maldosos, vítima do amor e vítima de suas próprias escolhas.
Acredito sim que Karenina tenha amado, mas ela não recebeu a mesma dose de amor que ela ofereceu e foi nesse quesito que seus princípios entraram em declínio.
Quando o amor entra em declínio é o ápice do filme, pois Anna Karenina sabe que suas escolhas foram infelizes e que ela não pode olhar ou voltar para trás e que lhe resta apenas uma solução: o fim.
Comentei dias atrás que é muito raro encontrar atrizes que passem emoções através de olhares e após assistir esse filme, incluo Garbo nessa lista.
Quando ela chega á estação e se depara com o seu destino, percebemos em seu olhar o seu desespero e como ela não pode voltar para trás e recuperar o que perdeu, ela simplesmente se entrega a sua triste sorte.
Impossível chegar ao fim desse filme e não sentir pena de Anna Karenina, pois se entregou ao amor e perdeu tudo o que tinha.
Pobre Anna Karenina.
Louca Obsessão
4.1 1,3KUau! Que filme!
Foi o que pensei ao finalizá-lo.
Como pode existir uma fã tão louca e psicótica como Annie?
E o pior que existem sim e muitas por aí.
Que relação doentia ela exercia com o seu ídolo.
Kathy Bates já tinha um lugar em meu coração e depois desse filme ganhou mais um espaço.
Essa atriz é demais, em nenhum momento enxerguei Kathy Bates e sim Annie Wilkes.
A cena do martelo doeu até a minha alma, mas o que me deu medo foi a cena da espingarda.
Mas o confronto final lavou minha alma, nunca toci tanto por uma personagem, até me levantei da cadeira.
Kathy mereceu e muito esse Oscar, pois ela simplesmente encarnou a loucura e obsessão de uma fã atormentada e cheia de segredos.
Vale a pena assistir.
Festim Diabólico
4.3 885 Assista AgoraFantástico.
Simplesmente um dos melhores filmes do Hitch que já assisti.
Hitchcock tem a minha admiração, por saber conduzir com tanta sutileza e leveza assuntos polêmicos como assassinatos ou considerados imorais para a época, como a homossexualidade das personagens principais.
Simplesmente perturbador e chocante a atitude do casal de protagonistas, cegados pela própria vaidade e arrogância.
Brandon para mim é um dos personagens mais repugnantes de filmes que já assisti, torci e muito pela sua queda.
A cena em que a personagem de James Stewart o desmascara é o ápice do filme.
James Stewart para variar está fantástico e soberbo como o professor que desconfia de tudo e todos.
Se Grace Kelly era considerada a musa de Hitchcock, James Stewart era o seu herói favorito.
Enfim, um filme bem curto, rápido, ágil e com diálogos e atuações eternas.
Vale e muito a pena assistir.
Hitchcock mais inspirado do que nunca, o cara era um gênio, merece e muito ser reverenciado.
A Megera Domada
3.7 76 Assista AgoraO filme é bom, mas o final extremamente machista.
Taylor está divina e ácida como Katarina, adoro a energia da personagem.
Richard Burton mesmo maltrapilho, está soberbo e charmoso.
Só não me agradei com a submissão de Katarina no final, mas era a realidade da época em que a história se passava.
Aconteceu Naquela Noite
4.2 333 Assista AgoraAchei cansativo.
Mas Colbert e Gable estavam perfeitos juntos.
Folias de Ziegfeld
3.8 12Delicioso musical que pecou apenas por incluir esquetes de humor (achei sem graça diga-se de passagem) em seu enredo.
Mas ignorando esse detalhe é um bom filme, com grandes momentos.
Os melhores números com certeza são com o Fred Astaire e principalmente o número em que ele divide a cena com Gene Kelly, para mim foi o encontro de almas gêmeas.
O número de Judy Garland é muito cansativo, mas a partir do momento em que ela começa a cantar torna-se interessante.
Enfim é um filme gostoso de se assistir, se você pular as
partes de ´´humor´´.
Só não ganhou 5 estrelas por esse detalhe.
A Roda da Fortuna
3.9 59 Assista AgoraUm filme mediano, que vai melhorando conforme a história vai se desenvolvendo.
Nota máxima para os números musicais e figurinos que estão impecáveis.
Esse é o segundo filme que assisto com a direção do Vincente Minnelli (o primeiro foi The Pirate) e confesso que ele ainda não me fisgou, mas não desistirei dele e assistirei a outros.
Cyd Charisse está tentadora e pecaminosa nesse filme, que mulher!
Fred Astaire é amor para toda vida, sempre perfeito e exigente.
Destaque para a sintonia que ambos exercem um sobre o outro.
Não é um grande marco, mas tem os seus bons momentos.
A Costela de Adão
4.1 54 Assista AgoraDeliciosa Guerra dos Sexos, em um tempo em que as mulheres já estavam se libertando das amarras do machismo.
Katharine está muito linda nesse filme e muito segura de si ao dar a vida a uma advogada que não se deixa influenciar pelo machismo imposto a sociedade.
Spencer também está magnífico e a química entre os dois é indiscutível.
Mesmo que seja de forma humorada, esse filme nos faz refletir e muito a maneira como a mulher era e continua até hoje sendo inferiorizada pelos homens e sua luta por direitos e tratamentos iguais.
Uma coisa é fato mesmo certa ou errada, a mulher sempre possui os melhores argumentos.
Outra coisa: nunca leve problemas do seu ambiente de trabalho para o lar, principalmente se é um caso em que você é o advogado de acusação e sua mulher é da defesa.
Vale e muito a pena ser visto.
O Homem Que Sabia Demais
3.9 258 Assista AgoraDos filmes do Hitchcock que assisti até agora, esse é o mais morno de todos e mesmo assim é um bom filme.
James Stewart sempre maravilhoso e Doris Day apaixonante.
Apenas achei a história um pouco fraca.
A Malvada
4.4 660 Assista AgoraUm dos filmes mais inovadores e inteligentes que á assisti.
Bette Davis está encantadora e charmosa como Margo Channing, uma famosa atriz de teatro que acima de tudo é mulher, gosto muito dessa ênfase dada a essa personagem, pois mostram-se os dois lados: o lado glamouroso e o lado humano e sensível.
Acredito que todos nós temos um pouco de Margo Channing.
Anne Baxter está deslumbrante como a perversa Eve.
Eve mente, manipula, destrói, faz tudo em benefício próprio para se chegar onde quer.
Com certeza uma das personagens mais cínicas que já vi até hoje em filmes.
Outro fator positivo para o filme: o elenco, não consigo imaginar outro elenco dando vida aos personagens e muito menos uma outra atriz dando vida a Margo Channing.
Margo Channing tem um pouco de Bette Davis.
E Bette Davis é um vulcão em cena, destruindo todos ao seu redor.
Se existe o filme perfeito, All About Eve tem grandes chances de o ser.
O Que Terá Acontecido a Baby Jane?
4.4 830 Assista AgoraComentário Extra:
Acho um absurdo um filme como esse não estar disponível em DVD aqui no Brasil.
Coisas da Warner.
O Que Terá Acontecido a Baby Jane?
4.4 830 Assista AgoraUm dos filmes mais fantásticos que já vi em toda minha vida.
Inveja, Sucesso, Ostracismo, Ódio, Loucura, Fanatismo e outros adjetivos compõem a essência desse filme.
É impressionante como um ato de inveja e loucura muda para sempre a vida das pessoas.
Depois de um acidente que a deixa inválida, Blanche torna-se um estorvo na vida de sua irmã Baby Jane que vive da glória do passado e sonha retornar ao sucesso que a abandonou.
O que eu acho mais fascinante nesse filme é a dubiedade do caráter das personagens ambas são vítimas e ambas são vilãs, mas as consequências surgiram a partir do acidente causado por Blanche.
Como Baby Jane disse em uma das cenas finais:
- Então poderíamos ter sido amigas?
Se não fosse pela atitude de Blanche todo esse sofrimento e loucura poderia sim ser evitado.
É um filme tenso, que não despenca para o óbvio.
Bette Davis tinha tudo para fazer de Baby Jane uma personagem caricata, mas não o fez ao contrário, deu dignidade e humanidade a personagem, fez com que adquiríssemos afeto e compreensão por ela.
O mesmo digo de Miss Crawford, fez com que Blanche fosse uma personagem digna de ódio e pena, pelos maus tratos sofridos por Baby Jane e também por suas manipulações e mentiras.
A cena em que Bette Davis canta e dança, para mim é uma das melhores de toda a história do cinema, uma pena ela não ter ganho o Oscar, esta perfeita e intocável do início ao fim.
E que fim, um final que foge de todos os padrões aos quais estamos acostumados.
Enfim um filme insano, mas ao mesmo tempo humano e apaixonante e no fim você se pergunta:
O que terá acontecido a Baby Jane?
Bonequinha de Luxo
4.1 1,7K Assista AgoraGosto muito desse filme, mesmo ele sendo tão subliminar consegue ser atraente.
Audrey deu uma dignidade tão grande a personagem, que não consigo imaginar outra atriz a interpretando.
A cena de Moon River é uma das mais marcantes, acho essa música tão triste e melancólica porém belíssima.
E quem não gostaria de ser convidado para a festa de Holly Golightly?
Uma das cenas mais engraçadas de Hollywood.
O final é o melhor que o filme pode oferecer ao espectador, pois todo o romance é concentrado ali, uma das cenas mais belas que já vi.
Enfim, um clássico maravilhoso e imperdível.
Psicose
4.4 2,5K Assista AgoraVou confessar, assistir esse filme não foi uma das coisas mais agradáveis da minha vida, pois tenho um trauma de infância por causa da cena do chuveiro, mas como eu decidi acompanhar os principais filmes de Hitchcock, não poderia simplesmente ignorar esse filme que é considerado o seu ´´master piece´´.
Traumas deixados de lado, me dediquei a esse clássico e confesso que estou chocado até agora com a história e seu desenlace.
Mas é um filme muito bom e Hitchcock tem um excelente gosto para cenas de extrema violência, pois não abusou do sangue, coisa que acontece e muito nos filmes atuais.
No ápice da cena, o sangue foi apenas um coadjuvante, o que interessava ali era a vítima e o assassino.
Um filme ousado e transgressor para a época quem já assistiu sabe do que estou falando.
E o final surpreendente como a maioria dos filmes do Hitch.
E o meu trauma de infância desapareceu.
Conduzindo Miss Daisy
3.9 416Um filme tão simples mas ao mesmo tempo tão grandioso, por tratar de dois temas tão diferentes amizade e preconceito.
Miss Daisy rica e judia e seu motorista pobre e negro, seria possível surgir uma grande amizade?
Naturalmente, mas para isso Daisy deveria vencer seus próprios preconceitos, coisa que através do tempo ela consegue a sua maneiro claro.
Uma cena que me marcou muito, foi a em que eles estão no cemitério e ela pede para que ele leve flores a um túmulo e ele visivelmente constrangido admite que não sabe ler e ela mesmo rodeada de irritação e até mesmo má vontade o ensina e depois no Natal o entrega uma espécie de cartilha para ele estudar.
Um filme que mostra de forma sutil e leve o preconceito que existia em décadas anteriores.
Ao ver um filme que retrata isso, imagino como deveria ser difícil viver em tempos como aqueles.
Vale e muito a pena ser assistido e a cena final acho tão linda, pois mostra que uma amizade verdadeira resiste ao tempo, mesmo que os amigos não tenham mais o vigor de antes.
Emocionante.
Os Pássaros
3.9 1,1KTenso do começo ao fim.
E é um tipo de filme, que deixa muitas lacunas abertas, algo para ser discutido.
Por quê os pássaros atacam?
O quê aconteceu com as personagens?
Por quê os pássaros da gaiola não foram afetados e seriam eles a causa da histeria?
Um bom filme, que ainda garante momentos de aflição.
Uma pena algumas pessoas o assistirem, com tom de deboche por causa dos efeitos especiais, isso é tão fútil.
O achei fantástico justamente por isso, pela época ter sido inovador e realmente assustador.
Uma dica: tentem assistir esse filme, com a mentalidade da época em que ele foi realizado.
É muito simples, basta apenas se despir da tecnologia atual e pensar em como foi difícil e exaustivo produzir um filme com tantos efeitos e detalhes em uma época de poucos recursos.
Eu fiz isso e deu certo.
Hitchcock merece todas as honrarias, por ser tão criativo e inspirador em uma época em que produzir um filme com uma história como essa, era algo praticamente inviável, mas ele foi lá e tentou.
E o resultado foi um filme que mesmo após tanto tempo, continua fascinante e instigante.
Disque M Para Matar
4.4 681 Assista AgoraDisque M para Matar é um filme que você assiste indignado e literalmente rói as unhas.
Uma trama bem construída cheia de reviravoltas e no decorrer da história acontece algo totalmente fora de cogitação e te faz ficar com aquela sensação de Oh! Meu Deus, que absurdo.
Elenco mais que perfeito, Grace Kelly em um papel totalmente diferente, como uma esposa adúltera, porém fragilizada e indefesa.
Mas o destaque é de Ray Milland com um personagem tão cínico, manipulador e sem caráter.
Com certeza o melhor filme que já assisti até agora e merece ser assistido muitas e muitas vezes.
Não existe o crime perfeito, mas esse é o filme perfeito.
Janela Indiscreta
4.3 1,2K Assista AgoraPerfeito do início ao fim.
O final é um pouco tumultuado, mas mesmo assim não compromete em nada.
Fiquei apavorado o filme inteiro.
Muito Bom.
Grace Kelly apaixonante.
Ladrão de Casaca
3.7 260Um filme delicioso de se ver.
Adorei o estilo que Hitchcok utilizou nesse filme, um estilo mais leve e cômico e suspense bem dosado.
Grace Kelly parecia uma fada com aqueles vestidos maravilhosos, caimento perfeito, não é a toa que venero Edith Head, a mulher sabia o que estava fazendo e o fazia com total competência.
E a personagem de Grace totalmente o inverso das protagonistas que estamos acostumados a ver: corajosa, decidida e petulante.
Cary Grant sempre um charme a parte e uma elegância descomunal.
E o Gato suspeitei quem era desde o princípio.
Enfim um filme que vale a pena ser revisto sempre e ouso dizer que esse filme é o pai de Charada.