Essa série vem numa crescente. Perceberam que produções do gênero precisam da matéria-prima humana. É o drama mais genuíno que a ficção tem de ferramenta para nos alcançar. Mas, ainda se perdem ao desperdiçar personagens com potencial para o elenco fixo, que são espelhos refletindo parte de quem somos.
Para os nostálgicos da febre NBC, no final da década de 1990, com Plantão Médico e Parceiros da Vida, é preciso doses de coragem para começar assistir qualquer série do gênero. Boas à seus propósitos, mas muito longe da realidade e intensidade que cabiam 45 minutos no século passado.
Levei cinco anos para começar a tomar doses de Station 19 e estou embreagada. E pelo o que me levou a começar assistir, nem cheguei à melhor garrafa ainda. No formato artificialmente enquadradinho è boa no que se propõe.
The Handmaind's Tale começou sendo lançada, sem saber nadar, ao oceano gélido. Lutou furiosamente para se manter emergida e aquecida. Os músculos foram cansando, a exaustão iminente. Não havia tempo para o fôlego. Não havia fôlego.
A calmaria, as lembranças, o processo lento de submergir. A aceitação. O início do processo de perda de consciência. Os espasmos involuntários. Profundeza.
O sopro da vida. Uma fresta de luz na escuridão. O retorno da consciência. Emergir. Respirar, respirar, respirar... - Nossa vingança é sobreviver.
É o balsâmico sotaque britânico na fluidez caótica nova-iorquina. É a tradução, gravado em petróglifos dessa era e pictogramas da particularidade e liberdade de gênero.
É poesia dentro da pausa incômoda na normalidade. ... É inspiração.
Nossa Senhora da Sétima Arte! Um milagre aconteceu! Uma série melhora no decorrer das temporadas!
A leveza que uma série apocalíptica poderia precisar está muito bem representada na qualidade da atuação e das construções das personagens. Tirando um ou outro episódio completamente distoado do contexto e, portando, desnecessário e facil descartar, está facilmente assistível. Até drama tem.
Na era zumbi, no inferno do não atirar na cabeça, é plantado no solo putrefato a imaginação de sobrevivência de mundo apocalíptico zumbi. Eis o purgatório.
O imaginário são galáxias cheias de possibilidades. Quando tentam fazê-lo caber no mundo da normalidade é tentar conter a imensidão em um potinho, o pequenino espaço cheio do vazio da falta de imaginação. O deslocado, estranho e incompreensível mundo intermediário que toda arte, que não sabe o momento de terminar, repousa no esquecimento.
Com algumas cenas nauseantes, eu sempre espero mais de produções menores que ousam contar sua história em seu próprio idioma. Eu sempre espero que o que é contado ultrapasse a barreira do ouvir e chegue a rasgar a alma em uma dor acariciada pelo sopro gélido do insuportável. Espero, um dia, encontrar uma produção que conte com ira os anos moldados pela pior fase da humanidade. Até lá, são apenas contextos romantizados de uma época que insistimos em romantizar.
Depois que a indústria descobriu que o drama da prisão feminina é mais brutal do que a violência gratuita das prisões masculinas, o tema virou solo fértil para comparações de várias culturas retratar suas capacidades de acessar o mais profundo do instinto do ser humano.
Tão parecidas e tão distintas, a Turquia não conseguiu ir tão fundo quanto a vizinha Espanha. Mas algumas atuações me prenderam.
O pilar estrutural que manteve Fargo em pé na minha base cinematográfica foi a estranheza. A terceira temporada, embora a bela atuação de Carrie Coon, foi comum.
Cada cultura sangra, pela artéria da arte, seus medos, impotências e barbáries. Países nórdicos e suas feridas expostas e purulentas na face da inocência infligidas por homens que não amam as mulheres.
Como bastidores da ficção, é uma curiosidade natural de quem é fã da sétima arte ver o imaginário sendo realizado.
Como bastidores da vida, ainda mais de uma cultura que não consegue se desassociar da arte, que tem um olhar poético. É emocionante vê-los tão orgulhosos desse sangue latino, parecidos com nós, quente, de pele.
Onde há ação, não há inteligência. As produções mundiais vivem provando essa teoria. Nesse conflito, nem a poesia espanhola resiste... Até o último ato.
Gosto muito de séries britânicas, em especial as de época. Mas tenho muita dificuldade com as produções que releem suas melhores obras de ficção. Gostaria de gostar.
The Good Doctor: O Bom Doutor (6ª Temporada)
4.1 10 Assista AgoraEssa série vem numa crescente. Perceberam que produções do gênero precisam da matéria-prima humana. É o drama mais genuíno que a ficção tem de ferramenta para nos alcançar.
Mas, ainda se perdem ao desperdiçar personagens com potencial para o elenco fixo, que são espelhos refletindo parte de quem somos.
Estação 19 (1ª Temporada)
3.8 42Para os nostálgicos da febre NBC, no final da década de 1990, com Plantão Médico e Parceiros da Vida, é preciso doses de coragem para começar assistir qualquer série do gênero. Boas à seus propósitos, mas muito longe da realidade e intensidade que cabiam 45 minutos no século passado.
Levei cinco anos para começar a tomar doses de Station 19 e estou embreagada. E pelo o que me levou a começar assistir, nem cheguei à melhor garrafa ainda. No formato artificialmente enquadradinho è boa no que se propõe.
O Conto da Aia (5ª Temporada)
4.0 172 Assista AgoraAfogamento.
The Handmaind's Tale começou sendo lançada, sem saber nadar, ao oceano gélido.
Lutou furiosamente para se manter emergida e aquecida. Os músculos foram cansando, a exaustão iminente. Não havia tempo para o fôlego. Não havia fôlego.
A calmaria, as lembranças, o processo lento de submergir. A aceitação. O início do processo de perda de consciência. Os espasmos involuntários. Profundeza.
O sopro da vida. Uma fresta de luz na escuridão. O retorno da consciência. Emergir. Respirar, respirar, respirar... - Nossa vingança é sobreviver.
Z Nation (5ª Temporada)
3.4 32É nesse nível de ruim que um apocalipse zumbi tem direito de ser. Deixando espaço suficiente para nossa imaginação ocupar lacunas.
Gêmeas: Mórbida Semelhança
3.5 42 Assista AgoraNão é adaptação, nem reeleitura...
É o balsâmico sotaque britânico na fluidez caótica nova-iorquina.
É a tradução, gravado em petróglifos dessa era e pictogramas da particularidade e liberdade de gênero.
É poesia dentro da pausa incômoda na normalidade.
... É inspiração.
Z Nation (4ª Temporada)
3.5 50Nossa Senhora da Sétima Arte! Um milagre aconteceu! Uma série melhora no decorrer das temporadas!
A leveza que uma série apocalíptica poderia precisar está muito bem representada na qualidade da atuação e das construções das personagens. Tirando um ou outro episódio completamente distoado do contexto e, portando, desnecessário e facil descartar, está facilmente assistível. Até drama tem.
Z Nation (3ª Temporada)
3.5 44Estratégia de dividir para conquistar mais episódios.
Até destoa ver talentos desperdiçados em um contexto tão pastelão.
Z Nation (2ª Temporada)
3.7 95Apocalipse Zumbi no mode Mad Max.
Carga menor de humor sem graça e colocando os zumbis no lugar de coadjuvantes, temos uma série com potencial humano.
Z Nation (1ª Temporada)
3.5 259Na era zumbi, no inferno do não atirar na cabeça, é plantado no solo putrefato a imaginação de sobrevivência de mundo apocalíptico zumbi. Eis o purgatório.
Hemlock Grove (3ª Temporada)
3.1 107O imaginário são galáxias cheias de possibilidades. Quando tentam fazê-lo caber no mundo da normalidade é tentar conter a imensidão em um potinho, o pequenino espaço cheio do vazio da falta de imaginação. O deslocado, estranho e incompreensível mundo intermediário que toda arte, que não sabe o momento de terminar, repousa no esquecimento.
Hemlock Grove (2ª Temporada)
3.7 161A estranheza é solo fértil e, como todo, suscetível à pragas bizarras.
Hemlock Grove (1ª Temporada)
3.7 292Como a estranheza me atrai!
Por mais que possam se perder no final, o caminho sempre nos leva à portas que o imaginário não resiste em abrir.
Professor de Pesadelos
3.5 20Encharcado pelos hormônios da puberdade de cada gênero, nem os coreanos conseguiram fazer brotar arte no terreno inóspito colegial.
Ladrões da Floresta (1ª Temporada)
3.3 13Com algumas cenas nauseantes, eu sempre espero mais de produções menores que ousam contar sua história em seu próprio idioma. Eu sempre espero que o que é contado ultrapasse a barreira do ouvir e chegue a rasgar a alma em uma dor acariciada pelo sopro gélido do insuportável.
Espero, um dia, encontrar uma produção que conte com ira os anos moldados pela pior fase da humanidade. Até lá, são apenas contextos romantizados de uma época que insistimos em romantizar.
Prisão de Mulheres (1ª Temporada: 2ª Parte)
3.9 6Se, na primeira parte, as atuações são a promessa de um bom drama, na segunda cumprem e entregam mais.
Prisão de Mulheres (1ª Temporada: 1ª Parte)
3.3 6Depois que a indústria descobriu que o drama da prisão feminina é mais brutal do que a violência gratuita das prisões masculinas, o tema virou solo fértil para comparações de várias culturas retratar suas capacidades de acessar o mais profundo do instinto do ser humano.
Tão parecidas e tão distintas, a Turquia não conseguiu ir tão fundo quanto a vizinha Espanha. Mas algumas atuações me prenderam.
Fargo (3ª Temporada)
4.1 209 Assista AgoraO pilar estrutural que manteve Fargo em pé na minha base cinematográfica foi a estranheza. A terceira temporada, embora a bela atuação de Carrie Coon, foi comum.
Fargo (2ª Temporada)
4.4 337 Assista AgoraPoucas produções tem o poder de continuar fazendo o mesmo de maneira completamente diferente.
Foi o primeiro trabalho que gostei da atuação de Patrick Wilson. Só pode ter se sobressaido à estranheza da atmosfera Fargo.
Fargo (1ª Temporada)
4.5 511 Assista AgoraPalmas ao maestro diretor!
Esse tom de humor dita o ritmo para os atores deslizarem na estranheza do drama.
Case (1ª Temporada)
3.3 29Cada cultura sangra, pela artéria da arte, seus medos, impotências e barbáries.
Países nórdicos e suas feridas expostas e purulentas na face da inocência infligidas por homens que não amam as mulheres.
Steinunn Ólína é o sol na Terra do Gelo.
The Good Doctor: O Bom Doutor (5ª Temporada)
4.0 15 Assista AgoraSinto uma melhora significativa por culpa do maior tempo de Paige Spara.
É um talento que nenhuma produção pode se dar o luxo de desperdiçar.
La Casa de Papel: De Tóquio a Berlim
4.1 12Como bastidores da ficção, é uma curiosidade natural de quem é fã da sétima arte ver o imaginário sendo realizado.
Como bastidores da vida, ainda mais de uma cultura que não consegue se desassociar da arte, que tem um olhar poético. É emocionante vê-los tão orgulhosos desse sangue latino, parecidos com nós, quente, de pele.
La Casa de Papel (Parte 5)
3.7 526 Assista AgoraOnde há ação, não há inteligência. As produções mundiais vivem provando essa teoria. Nesse conflito, nem a poesia espanhola resiste... Até o último ato.
As Crônicas de Frankenstein (2ª Temporada)
3.5 16Gosto muito de séries britânicas, em especial as de época. Mas tenho muita dificuldade com as produções que releem suas melhores obras de ficção.
Gostaria de gostar.