This Is Us – 5ª Temporada, Episódio 3: “Mudanças”.
Entre a nova Rebecca “Mãe Legal”, uma barriga de aluguel para adoção e paixonites da adolescência, aqui o tema principal são as mudanças de fato, seja na puberdade ou na vida adulta; e todas são difíceis.
As crianças Pearson de todas as gerações estão crescendo, engrossando a voz, tomando atitudes impensadas ou sofrendo caladas. As versões jovens do “Big Three” estão mudadas pra caramba, especialmente Kate (Mackenzie Hancsicsak).
“Silenciar-se frente a injustiça é ser cúmplice do opressor”, cita Tess, que está tencionando entre os pronomes neutros e mostrando quem ela realmente é após a fase “quieta, introspectiva e educada”. Bem diferente de seu pai quando menor, como ele mesmo diz. Do jeito errado, na internet, com consequências, mas é interessante.
“Vamos fazer um noivado não-tradicional, em que a noiva engravida antes, e ele vai morar na casa dela por conta de uma Pandemia”, diz Madison sobre seu noivado no mínimo complicado com Kevin, em que os dois ainda estão tentando achar a cumplicidade de falar sobre si e seus problemas (de peso, alimentação, vícios e carreira).
“Acho que ser pais já será difícil o bastante sem nós dois andando por aí tentando ser estranhos educados na frente um do outro.”, confessa Kevin na cena final em que compartilham suas sinceridades finalmente. ❤️
E agora temos mais um vietnamita envolvido na história, com a mãe antes-falecida de Randall, pelo visto. 🧐
É só o segundo episódio e as coisas já escalaram rápido pra caramba. Nicole sabe bem como interpretar colapsos nervosos e desorientações, ainda mais com a enxurrada de informações, acusações, dúvidas e revelações sobre seu marido (Jonathan, de Hugh Grant), seu emprego a relação com Elena (Matilda De Angelis), além dos processos escondidos contra ele, mostrados neste episódio.
Tivemos a cena clássica de "encarar o mar" que David E. Kelley já deixou como marca desde Big Little Lies. E cinematografia continua linda como sempre ❤
A cena final foi espetacular em tensão de diálogos e atuação. Grace é realmente uma personagem interessante por decidir ligar imediatamente para a polícia quando seu marido apareceu, mesmo com ele abraçando o filho do casal, Henry (Noah Jupe).
Enfim, o que Sylvia (Lily Rabe) afirmou e reafirmou nesses dois episódios parece cada vez mais real para: "É sempre a porra do marido.". Mal sabia Grace que poderia ser o seu... Entretanto, sabe-se bem que, em séries de investigação, quando tudo aponta para uma pessoa, nem sempre é ela quem cometeu o crime. Então, aguardemos.
O Mandaloriano - Segunda Temporada, Episódio 2: "A Passageira"
Entre transportar uma "mãe sapo" (desesperada em salvar sua espécie) e a última prole de sua vida para a lua estuária de Trask, serem perseguidos (e depois salvos) por X-Wings da Nova República ("Que a Força esteja com você"), tomarem banho em piscinas termais, e quase serem mortos por "aranhas" de neve (à la Aliens), foi um episódio menos grandioso em ação que seu anterior, bem mais curto e seguindo a linha de "aventura da semana".
Ou seja, bem legal para se assistir num sábado tão decisivo para o mundo. Em termos técnicos, a série continua sendo primorosa. E, olha só, enquanto espera pelo terceiro filme do Homem Formiga, Peyton Reed dirigiu esse episódio...
Ludwig continua sendo só amor na trilha sonora ❤ E foi impagável ver o Baby Yoda comendo os ovos da "sapa" e arrotando kkkkkkkkk
"Time will tell if you can figure this and work it out No one's waiting for you anyway, so don't be stressed now Even if it's something that you've kept your eye on It is what it is..."
Contemplativa e sem respostas pra caramba, mas até que tem um desenvolvimento visual bonito e toca em vários temas sensíveis sobre as mudanças, estranhezas, desejos e buscas de identidade e pertencimento que permeiam uma adolescência conflituosa numa base militar na Itália 🧐
Embora ache que a série pudesse ter resumido algumas de suas subtramas mais concisamente, o clima lento e a repetição de temas entre personagens e episódios contribuíram para construir bem a atmosfera melancólica da Residência Bly. Falando nas tramas, arrastadas ou não, longas ou não, chocantes ou previsíveis (o fato de alguns dos personagens estarem mortos sem saber, por exemplo), são perfeitamente emocionantes, bem escritas e atuadas. Seja sobre memórias ou devaneios, certamente não tem uma narrativa tão atraente ou convencional como “Residência Hill”, no sentido desta trabalhar mais e melhor jump-scares, sendo também mais enxuta e “maratonável”. Entretanto, o senso de peso, de emoção e de desorientação dramática é bem forte aqui. Entre Médicos da Peste, crianças perdidas e au pairs, todos aqueles que morriam em Bly ficavam presos em suas terras por conta de uma memória quase apagada, esquecida, por uma certa Dama do Lago (antes Viola, de Kate Siegel): o amor de uma filha, deturpado por séculos de raiva, rancor, desamor e assassinatos não-passionais. E como isso veio a afetar as vidas de todos que ousaram, sem saber do perigo, cruzar seu caminho. Aqui, a desfiguração de seus rostos ao longo do tempo vem como uma triste metáfora sobre esquecimento, de si e dos outros, de seu propósito e necessidades, do afastamento irrefreável de seu verdadeiro eu, de ficar preso em ciclos degradantes de sentimentos e ideias já sem sentido... “Eu sinto como se estivesse esvaindo. Eu vejo você na minha frente, sinto quando você me toca, e, todos os dias, vivemos nossas vidas. Estou consciente disso, mas é como se eu não sentisse de verdade... Eu nem estou mais com medo dela. Eu apenas a encaro e está ficando cada vez mais difícil de me ver.” É nesse limbo emocional que a série se firma, mostrando que nossos fantasmas são nossas lembranças, boas ou não, e que assombram essa mansão insensível que é nossa mente. Bloqueando os traumas que se passaram ou deixando-se inundar por eles, a série se presenta, assim, não como uma história de terror, mas como um estudo psicológico sobre luto, sobre aceitação, sobre se perder em si, e, no fim, sobre como um amor profundo pode se transformar em algo trágico quando carregamos dentro de nós um passado que deveria ter ficado para trás. As crianças, Amelie Smith e Benjamin Ainsworth, estão ótimas, assim como todo o elenco. Mas foram Victoria Pedretti e Carla Gugino que me quebraram no último episódio. E aquela última cena... “A água lavará os traços delicados dela, do seu rosto lindo e perfeito. Mas ela não ficará inexpressiva nem desolada, e não levará outros ao seu destino. Ela meramente andará pelas terras de Bly, inofensiva como uma pomba, por todos os seus dias. Deixando o único vestígio de quem ela foi na memória da mulher que mais a amava. “
Não tem nada melhor que começar a semana com a fofura do Baby Yoda. Mesmo ele não tendo muito destaque nesse primeiro episódio, já que a ação foi concentrada em matar um "Dragão Krayt" (à la Vermes de Areia de Duna) em Tatooine.
Entre reaver uma armadura mandaloriana (supostamente de Boba Fett) em posse do xerife do título, Cobb Vanth (Timothy Olyphant, em tudo esse ano), e livrar a vila perdida de Mos Pego e o Povo da Areia das ameaças do citado "dragão", o episódio foi bem grandioso em termos técnicos.
Jon Favreau e Ludwig Göransson continuam, na direção e na trilha sonora, conquistando um espaço forte nesse Universo. Os caras são brabos, e espero que continue assim.
Em sua quinta temporada, os roteiristas da série continuam sendo capazes e eficientes em construir drama e surpreender nos detalhes e nas tramas entrecortadas entre passado, presente e o futuro dos integrantes da complexa família Pearson. Achei legal demais eles terem incorporado à história elementos da nossa realidade atual e conturbada como condutores narrativos aqui. Seja a Pandemia de Coronavírus ou o Movimento Black Lives Matter, intensificado depois do assassinato de George Floyd, tudo impulsiona os dramas pessoais. Desse último, inclusive, surge um ponto que nunca havia parado para pensar: a perspectiva de Randall, quando criança e adulto, vivendo numa família branca, vendo notícias sobre crimes de racismo e mortes de pessoas negras, sem poder ter voz ou chance de discutir sobre isso com seus irmãos e pais. Reprimir não faz bem, e a ansiedade com a qual ele sofre diz tudo. O modo como isso reflete na atual situação de tradições e relacionamento abalados entre eles é bem triste e interessante. "Eu só estou exausto.", como ele, Randall, "Nascido de tantas tragédias", mesmo diz. Mas, como Beth continua, ele tem 3 filhas e uma mulher agora, pois "Nada é para sempre, nem a dor. Só nós.". Apesar de isso também estar em risco pelo que vimos anteriomente... Kevin e Madison estão felizes, então fico feliz por eles ❤ O monólogo do Toby para o Miguel sobre a filosofia de "Um dia de cada vez" para lidar com a Depressão e com o Alzheimer da Rebecca foi tocante. "Eu não me importo com as coisas grandes. São as coisas pequenas. Um sábado normal, quando nada grandioso acontece, e éramos só uma família normal como qualquer outra. Rindo, conversando, e brincando de colocar o rabo no burro. É isso que não estou preparada para esquecer..." 💔😢 Soubemos mais sobre William e Laurel (pais biológico de Randall), e o final do segundo episódio me deixou em choque. Nunca imaginei, bicho... Quero ver como isso vai repercutir no resto da temporada, mas só sei que vou chorar, como de praxe.
No episódio mais carregado da minissérie, girando em torno da morte de 3 soldados americanos no Afeganistão, das homenagens e em como os personagens lidaram com isso (chorando ou destruindo casas alheias): Eita, bixo, (quase) sexo em trio 😳 Luca continua com a mesma fixação com paixões entre pré-adolescentes e adultos, bicho...
"- Você não se preocupa em criar seu filho numa bolha? - Achei que fosse a essência dos pais modernos, não? Protegê-los da realidade o máximo possível, para que não consigam se adaptar e, então, se automutilar. "
David E. Kelley no roteiro e na produção, Susanne Bier na direção, e um elenco formado por Nicole Kidman, Hugh Grant, Lily Rabe e Donald Sutherland em uma trama de suspense investigativo sobre um assassinato envolto de "white people problems", várias dúvidas, paranoias e desconfiança? Foda demais.
"É sempre o marido. É sempre a porra do marido!" 🧐
Se Osea é mesmo a alma do mundo, como seus fanáticos moradores insistem em dizer, é deixado no ar, sem resposta clara. E isso acaba se tornando o maior problema aqui: a falta delas. Especialmente com um final bem em aberto que soa, em certo sentido, quase incompleto.
Positivamente falando, temos as tramas, numa narrativa que se separa entre o casal protagonista: Sam (Jude Law), como foco da primeira parte ("Verão") e do "interlúdio" ("Outono", uma live-experience de 12 horas que detalhou
), e Helen (Naomie Harris), como foco da parte final, "Inverno".
As estações aqui são importantes porque ditam todo o clima da minissérie. Abarcada na cinematografia de Benjamin Kračun, que é a princípio estranha, mas curiosa, estonteante e destoante, passando por uma literal "viagem em ácido", e depois se tornando abatida, sóbria, fria, até cinza. É basicamente como a história se desenvolve, quando o personagem de Sam vai à Ilha levando uma garota que ele salvou de um enforcamento perto do rio em que o corpo de seu filho foi jogado 10 anos antes.
É como se a Ilha, que fica isolada ao prazer da maré, um ambiente quase animalesco, selvagem, em que sua população é um tipo de seita de fanáticos religiosos, atraísse e prendesse a todos numa espiral de sandices que aqui personificam os estágios do luto, de como cada pessoa lida e é afetada pela perda, pelas dores, de maneira diferente, mas sempre tormentosa.
Entre heranças de sangue, conexões históricas, festivais, animais mortos e pessoas sacrificadas, há uma atmosfera pesada que divide e une os personagens. Sam não lidou bem com a culpa de ter literalmente perdido seu filho. Tentando achar justificativas e escapes para esse peso, recaiu em episódios psicóticos que o faziam sumir por dias e que arruinaram seu relacionamento com sua família e seu empreendimento, o levando à Ilha e o fazendo cair nas ideias distorcidas dos personagens de Paddy Considine e Emily Watson e de seus conterrâneos. Helen, que lidou com a morte de seu filho tentando bloqueá-lo de sua mente, não falando sobre ele, se tornou fria, apática, revoltosa em relação às explicações divinas e à religião como um todo. O que foi emulado por sua filha mais nova, Tallulah (Charlotte Gairdner), mas não pela mais velha, Ellie (Nico Parker), que,
por suas crenças, é manipulada por Jess (Katherine Waterston), que tem uma filha com Sam e acaba querendo tomar o poder sobre a Ilha.
"Não somos uma família, somos 3 pessoas e um parasita."
Apesar dos diversos simbolismos, numa vibe contemplativa, das atuações incríveis de todo seu elenco, da supracitada e impressionante cinematografia, da tensão emocional e da trilha sonora igualmente ótima de Cristobal Tapia de Veer, a minissérie definitivamente não é perfeita. Porém, a construção intrigante de personagens, atmosfera e temas consegue sustentar a falta de respostas e o final parcial.
as últimas cenas, em que Helen nada num mar frio de inverno, escapando da Ilha puxando o barco com suas filhas em cima,
é a representação total do fardo e dos sacrifícios que se faz ou que se tem de fazer pela família, pelo amor, pela vida que sempre parte numa noite de lua para nascer num novo dia de sol. Afinal, a primavera sempre virá para renovar as flores e dar uma chance de recomeçar.
Apesar de ter algumas lacunas, problemas de "bipolaridade" e inconstância de qualidade ao longo de sua primeira temporada, é certamente uma das produções mais fortes de 2020. Embarcada nos tentáculos de Cthulhu, a série de Misha Green explora e constrói, a partir da variação de temas (relações de gênero, de poder, de raça e de classe) e de gêneros narrativos (aventura, thriller, body horror, fantasia, guerra) as faces mais sombrias, brutais e por vezes ocultas dos EUA.
A série dá face, nome, sobrenome, cheiro e cor ao horror dos racismos, da xenofobia, do machismo e da homofobia estruturais e/ou enraizados na América. Seja de forma escancarada, sutil, sanguinária, usando de mágica, intragável, fantasiosa, real ou deprimente, é tudo muito atual. E ainda tem o selo de produção da HBO e um elenco surpreendente.
um homem que cometeu atrocidades na guerra, que machucou pessoas, que tem várias falhas e preconceitos, mas que também é altruísta e, no fim, um herói que se sacrifica para salvar sua família e raça (mais uma vez, a HBO tem esse colhão, como com Ned Stark),
ao seu pai, Montrose (Michael K. Williams), um homem que batalha a todo momento consigo mesmo, com suas perdas e traumas,
com sua sexualidade reprimida e com as renúncias que teve de fazer para manter a "masculinidade do homem negro"
, todo o elenco dá performances sólidas para personagens extremamente complexos.
"Podemos ser monstros ou heróis. Basta escolhermos."
Entre exploradoras de universos paralelos, raposas de 9 caldas, uma criança que tem de lidar com várias formas de luto e metamorfoses, a série entrega mulheres fortes e decididas, mas que passaram por provações e momentos difíceis para se acharem. Jurnee Smollett (Leti), Wunmi Mosaku (Ruby), Jada Harris (Dee), Aunjanue Ellis (Hippolyta), Jamie Chung (Ji-Ah) e Abbey Kershaw (Christina) estão maravilhosas.
É, também, uma série que dá visibilidade e o devido valor a eventos e personalidades históricas do mundo negro que, ou foram quase apagados dos livros da história, ou são desconhecidos ou ignorados pela maioria. De Emmett Till, a Josephine Baker e ao Massacre de Tulsa, tudo ali é colocado para enriquecer as discussões importantíssimas e temas que a série traz. Há uma pluralidade de citações, narrações, discursos e referências pungentes.
"Só quem padece do sofrimento extremo é capaz de usufruir da felicidade suprema."
Mesmo imperfeita, acompanhar essas experiências semanais tão diferentes foi sensacional. A trama, que ainda fala sobre família, legado, fé e sangue é historicamente relevante, socialmente impactante, emocionalmente válida e tem de ser assistida.
Vamos lá, HBO, confirma logo a segunda temporada!
"Às vezes eu me pergunto: "O que dizer para você agora, no ar suave da tarde, enquanto você mantém todos nós numa única morte?" Eu digo: 'Onde está o seu fogo?'. Irmãs, irmãos, onde está o seu fogo?"
Apesar dos temas sociais bastante pertinentes, do design de produção e efeitos especiais afiadíssimos, de algumas boas cenas de ação e do Ramin Djawadi continuar sendo o meu herói na trilha sonora, a extrema simplificação de roteiro e narrativa, a constante sensação de "estar faltando algo ali", a escassez de energia e vontade em algumas outras cenas de ação e de confronto dramático, e as vaciladas de desenvolvimento de personagem (que só parece realmente começar só no fim, com Caleb, Bernard e Maeve perdidos) fazem dessa a temporada mais fraca da série. O final é bom, e as próximas temporadas (2 últimas) prometem bastante elevar a situação a nível global de revolução dos robôs contra a humanidade agora mais desperta do controle tecnológico do falecido Rehoboam, mas essa daqui soou demais como uma temporada-ponte ou de transição, enquanto poderia ter soado muito mais forte e coerente consigo mesma.
Cortou foi pouco kkkkkk Depois do anterior episódio-frenesi, esse serviu para colocar mais tensão em cima da família de Caitlin (Jordan Seamón). Do irmão, Danny (Spence Moore), inclinado ao "Allahu Akbar" , ao seu pai, Richard (Kid Cudi) tentando privá-la da família vizinha, da proximidade com sua Comandante, Sarah (Chloë Sevigny, ensinando-a a atirar), e de Fraser (Jack Dylan Grazer), com o qual compartilha intimamente o desejo de ser outra pessoa. "Essa gente não presta.", dizem Sua mãe, Jenny (Faith Alabi), depois de deixar o reprimido aflorar com a outra mãe de Fraser, relembra da vida que ela deixou na Nigéria, suas tradições e preconceitos violentos; e expressa, ao seu marido, depois de uma outra cena de sexo triste, as preocupações com Danny. Fraser e Jonathan parecem estar se entendendo, depois de assistirem a Ouija no cinema kkkk. Todo mundo ali precisa fazer terapia e se comunicar abertamente logo. E, embora parecem ter pulado algumas peças de desenvolvimento dos relacionamentos, as coisas estão avançando melhor.
"Eu não era uma boa mãe. Era uma mãe como qualquer outra. Só que eu perdi meu filho.", com essa frase, Naomie Harris define de vez sua personagem em grande complexidade.
"A dor, Helen, é um buraco à sua volta. Um vazio quente e escuro onde você se joga. Se fingir que ele não está lá, ele te devora. Se lutar com ele, ele te engole. Você precisa correr na direção desse buraco deixado por Nathan. Precisa se jogar para seguir em frente.", já essa frase define a minissérie de fato como um estudo profundo sobre dor e luto. Seus efeitos e suas diferentes formas de como lidá-lo.
Sam (Jude Law) acabou sucumbindo a episódios psicóticos, se tornando mentalmente instável. Já Helen bloqueou para si e para suas filhas todas as crenças, trivialidades e clichês divinos ou sobrenaturais para justificar ou consolar o "assassinato" de seu filho mais novo. Fato que respingou diferentemente em Tallulah (Charlotte Gairdner-Mihel), que, mesmo muito pequena, já se diz ateia, e em Ellie (Nico Parker), ainda crente em Deus, mas que, ao ser provocada por colegas de escola, agrediu uma com uma pedra. Fato que, junto com um e-mail enviado da ilha para ela sobre o desaparecimento de Sam, as levaram até ali. Decisão meio complicada...
Nesse caso, Ellie se torna mais suscetível à manipulação pela "curiosidade religiosa" representada por Kali (Freya Allan), que a leva ao lugar mais importante da Ilha de Osea, “onde nenhum estrangeiro pode ir”: uma rede de cavernas e túneis. Praticamente um refúgio ou templo, em que estão talhados na pedra das paredes várias figuras de reuniões e sacrifícios humanos, e onde ela revela alguns segredos da “crença” e das “correlações” históricas entre o “equilíbrio” de Osea (“A alma do mundo.”) e o “equilíbrio” do resto do mundo.
De Jack, o Estripador até inundações, Foi um episódio mais expositivo (amém), e encaminhou bem para o final da temporada. O qual virá na semana que vem, começando com o reencontro e fortes discussões com um Sam já "Pai" da Ilha... Aém de pai novamente, já que Jess (Katherine Waterston) deu à luz à outra filha com ajuda de Helen.
"Oh darlin, darlin What have I done? Well I've been away from you too long And all my days have turned to darkness And I believe my heart has turned to stone..."
Acho que essa música, de The White Buffalo, resume bem a sexta e penúltima temporada de SOA, que supera a anterior em peso e equilíbrio. Quase todos os personagens enfrentam ou se assustam com o que vieram a se tornar, e muitas subtramas, rápidas ou não, dão esse tom aos episódios.
O primeiro episódio tem um tiroteio numa escola, o que basicamente impulsiona a parte policial/investigativa, nas tentativas de ligar os Filhos ao acesso à da criança à arma traficada, com a qual comete o atentado e que é parente de Nero Padilla (Jimmy Smitts). Depois, são explorados dois lados perversos da pornografia. A de fetiche em espancamento, que atinge as mulheres que trabalham para Nero em Diosa, e que leva a associações com novos personagens, como Colette (Kim Dickens). Ela funcionaria como uma “versão feminina” de Padilla, mas não tem a gama de desenvolvimento que este teve. O segundo lado é o de pornografia infantil, num arco de dois episódios que aprofunda e impacta bastante a presença de uma já ótima personagem pontual: Venus Van Dam (Walton Goggins), com sua mãe deturpada e seu filho inocente. SOA continua tendo grandes personagens coadjuvantes, como já citei noutra crítica, e nesta temporada temos as boas e velhas reviravoltas. Algumas extremamente satisfatórias e esperadas (como o R.I.P. de Clay Morrow (Ron Perlman) e Galen O’Shay (Timothy V. Murphy), já outras... Do ponto de vista dos Federais, temos a inserção da Promotora Tyne Patterson (Carol Pounder), que, assim como seus predecessores, teve grande papel nos temidos e famosos acordos que movimentam a história tanto em termos de ação, quanto dramáticos (escolhas e consequências). Especialmente em relação à Tara e Jax.
Nesta temporada, definitivamente vemos Jax Teller se estabelecendo como um dos complexos anti-heróis da TV. Entre tentar tirar o MC do negócio das armas, ter a sede explodida e perder alguns parceiros no caminho, Jax apresenta muitas facetas e nuances. Ele se torna um líder mais decidido, inteligente e irrepreensível, mas que tem tempo para se divertir com seus amigos (o que rende ótimas sequências de risadas e descontração), além de demonstrar amor e carinho pelos seus filhos, e arrependimento e raiva pelo que sua esposa está tramando.
Temos um personagem que claramente passa por muitos conflitos internos e sentimentos pesados sobre si e sobre suas escolhas, sobre quem ele é e sobre quem ele quer ser: “Passo a maior parte do tempo aterrorizado. Com medo do que fiz, do que estou fazendo, e do que posso fazer.” No fundo, ele é um bom homem que quer ser um bom pai, marido e filho, mas que tem muitos demônios com os quais batalhar e lidar. Tendo que seguir em frente, tomar decisões, matar, mentir, se envolver com o perigo para conseguir se libertar deles e dar uma vida segura para os seus filhos. Para isso, ele se tornou quem mais odiava. É, novamente, um trabalho incrível de Charlie Hunnam. Estas verdades são admitidas por ele em suas notas escritas para os Abel e Thomas:
“Meu ódio próprio é tão profundo, tão palpável, que temo atacar minha imagem. Quebrar o espelho e me cortar com cacos do reflexo quebrado.”
Partindo disso e de uma continuidade narrativa interessante, temos a subtrama de Tara e Gemma, que acabou evoluindo quase para a trama principal dessa vez. Gosto como o roteiro a expande a alguns extremos esse embate entre elas, ao passo que dá substância para que tanto apoiemos quanto contestemos e odiemos a gravidade de suas ações e seus objetivos. Aqui, vemos continuar a construção de uma mãe que ama seus filhos e ama seu marido, mas que acaba sentindo o peso enorme de ter escolhido ficar ali recaindo sobre si quando o perigo, as mortes, a brutalidade e todo o resto se tornam mais palpáveis. Logo, ela decide infringir todas as normas morais e até legais para afastar seus filhos daquele ambiente, de Gemma, de Charming, de todos. Com medo de ser presa ou morta antes disso, ela finge uma gravidez, uma agressão, um aborto, faz acordos, manipula Wendy (Andrea de Matteo, a fazendo sucumbir às drogas novamente), foge com os filhos, remexe com todos os personagens do Clube e acirra ainda mais seus relacionamentos com Gemma e Jax. O que Wayne (Dayton Callie), o amigo e conselheiro mais valoroso e fiel que qualquer um poderia ter (a pedra angular da série, e que teve algumas interações nesta temporada que vão do hilário ao deprimente), diz muito bem: “Eu odeio que você tenha se tornado tão errada para conseguir fazer algo que você acha que é o certo.”
Tudo isso faz crescer uma enorme tensão que culmina numa conversa franca e emocionante com Jax, com verdades se embatendo, lágrimas, desculpas, novas possibilidades e um futuro que dá esperanças, até vir os últimos 20 minutos do mesmo episódio final... Só queria pontuar o trabalho sensacional de atuação de Maggie Siff e Katey Sagal. Dá para sentir a culpa e dor nos olhares, que estão carregados, desesperados, perdidos; antes do fim, aliviados, depois mortos ou completamente destroçados. É foda como o roteiro trabalha expectativas, as quebra e destrói você junto fim com reviravoltas fortes. Essa foi especialmente brutal, e eu ainda estou tentando me recuperar do abalo emocional que senti com aquelas cenas entre os amores de Jax. Derramei várias lágrimas, confesso.
As escolhas musicais da série sempre foram fantásticas, mas essa temporada me pegou de jeito. Ainda mais quando o final toca a música de Noah Gundersen, enquanto Jax segura o corpo de seu maior amor, totalmente desolado:
"Its too late to go back, I let the darkness seep through the cracks. Love is bleeding, I curse my breathing. The day is gone The day is gone…"
Amadureceu bastante suas tramas e personagens. Toda as questões de manipulação de mídia, opinião pública, memes, neonazismo, imigração ilegal, superterrorismo e experimentos em humanos para estabilizar a tal substância caíram super bem no contexto da série.
Talvez se enrole um pouco em certos momentos (especialmente num episódio no meio da temporada), e há uma ou outra facilitação, mas os episódios finais amarram o que dá, encaminham seus personagens para lugares e situações diferentes (se tornando independentes, reencontrando suas famílias ou as perdendo), e abrem muito espaço para uma terceira temporada bem promissora.
Continua sarcástica, insana e cheia de críticas sutis, tanto à sociedade e política (especialmente americanas), quanto ao gênero (referências e paródias a rodo).
Anthony Starr se mantém incrível no papel. Tentando puxar um lado fraternal distorcido, quase perdendo de vez o controle sobre seus impulsos e vendo sua equipe se dissolver em traições e brigas. Aqueles olhares e sorrisos psicóticos são amedrontadoras demais. E o último episódio tem a melhor atuação do Karl Urban até aqui.
LEVE SPOILER: E quem não gosta de ver nazistas se fudendo bonito?
O quarto episódio trouxe o Inverno, e com ele Naomie Harris, como Helen, e Nico Parker, de Dumbo, como Ellie. A cinematografia continua deslumbrante, mas aqui mudou de tom. Está tudo mais sóbrio, sério, e não há mais aquele descompasso de cores e focos quase alucinógenos da primeira parte...
Meses depois do “desaparecimento” de seu marido, Sam (Jude Law), Helen leva suas filhas para a mesma Ilha de Osea, agora mais triste, vazia e soturna por alguma razão. É um capítulo menos estranho e mais intrigante. Basicamente um passeio conturbado pelo desconhecido.
No aguardo para ver aonde isso vai levar os personagens.
Um casamento do nada, invasão e festa na casa de veraneio de uma família russa, todo mundo muito louco na bebida, sexo no sofá, danças aleatórias, e alguma dose de crise existencial kkkkkk. Esse foi o quarto episódio. Mas havia um senso enorme de entrosamento, divertimento, realidade e improvisação entre os atores e as cenas, o que vendeu bem todo esse frenesi.
Uma das boas surpresas da TV desse ano, definitivamente. Apesar de o último episódio não ser tão empolgante ou revelador quanto eu esperava. E da temporada deixar muitas coisas por explicar.
Não tivemos muitos detalhes sobre as guerras entre Os Mitraicos e os Ateus (entre a religião e a tecnologia), que destruíram a Terra e forçaram os humanos restantes a tentar se reestabelecer, recomeçar, recivilizar noutro planeta, cometendo erros parecidos. O que mostra que, sendo crentes ou tentando construir uma nova humanidade que só creia em si e no que é tangível, os humanos sempre tendem aos extremos, às disputas de egos e ideais e a se autodestruir. Discussões clássicas do Ridley.
Passado todo esse aspecto puramente humano, outro ponto que achei interessante foram os aspectos de Keppler-22B, planeta para onde eles vão, em que vozes, alucinações, criaturas, humanoides, vírus e civilizações supostamente similares aos humanos da Terra (ao menos anatomicamente) vagueiam. Que seja algo puramente sobrenatural ou alguma tecnologia desconhecida e incompreensível, ou ambas as coisas, não sabemos.
A série se abraça até demais nessas perguntas, surrealidades e bizarrices até agora inexplicáveis.
Que agora inclui o "bebê" de Mãe, que acaba sendo, na verdade, uma espécie de lampreia ou cobra gigante voadora, que se alimenta de sangue, e que remete aos esqueletos gigantes e aos buracos enormes (que se ligam ao centro magmático e aquecido do planeta). Essa “anaconda alienígena” com certeza vai ameaçar e dificultar ainda mais a vida das crianças e dos Ateus que acabaram de chegar no planeta. Ver essas inter-relações e novas disputas promete ser interessante.
No elenco, o desataque absoluto fica para Amanda Collin, como Mãe, e Abubakar Salim, como Pai. São dois androides, responsáveis por cuidar do “recomeço da humanidade”, e que acabam por desenvolver sentimentos humanos além de sua “programação”. Pai, um personagem carismático e piadista, que busca sempre ser útil,
e acaba adquirindo raiva e principalmente ciúme, mesmo que não lide muito bem com eles. Já Mãe começa rígida e amável na medida precisa para construir uma comunidade com seus “filhos”,
passa por nuances assassinas, brutais e poderosas do seu lado Necromante e, a partir de lembranças e de sua “gravidez”, acaba desenvolvendo um senso de maternidade, de amor e preocupação símiles às humanas.
É uma mistura perfeitamente captada pela performance de Amanda. Em seus movimentos, modo de falar e especialmente nos olhares. É uma mãe presa num corpo robótico. E é incrível.
Torço para que a série continue a ousar, a manter a boa produção, atmosfera e trilha sonora (de Ben Frost e Marc Streitenfeld). Mas que revele mais coisas no seu segundo ano, que cheguem à tal “Zona Tropical” e que descubram mais sobre o que levou o planeta a chegar num ponto em que seus antigos habitantes “involuíram”, que mostrem mais sobre o passado da Terra e que explorem mais sobre Sol, o "Profeta", as vozes reveladoras.
Depois de vários meses desde o "fim" da décima temporada de The Walking Dead, o "verdadeiro episódio final" chegou. E até que não foi ruim. Algumas boas cenas de tensão, retornos/reuniões de personagens afastados
Além da rápida introdução de outra Comunidade, militarizada (primos pobres dos Stormtroopers) e bem mais organizada, pelo visto. Se chama "Império", salvo engano. Como sempre, Carol (que teve um desenvolvimento emocional interessante, apesar de quase deixar essas emoções darem o passo final à beira do precipício; literalmente) e Bear McCreary (compositor da trilha sonora) ainda estão salvando a série. Ainda quero ver aonde Negan vai parar depois de tudo que ele fez de "bem" nesses últimos tempos. Talvez ele e a Lydia ganhem mais e mais a confiança dos grupos.. Pelo visto, a temporada em si foi alongada, e terá mais 6 episódios ano que vem. Vamos ver no que dá.
Só assistindo e refletindo para falar algo, mas posso dizer que, se A Ilha de Osea é a “alma” ou “coração” do mundo (como afirmam alguns personagens), então isso explica o porquê dela ser tão deturpada e perturbada e o mundo estar do jeito que está.
Jude Law continua foda demais, assim como a Emily Watson neste terceiro episódio. A cinematografia, a montagem e a trilha sonora de Cristobal Tapia de Veer são realmente os outros primores da minissérie até agora. Impecáveis e bem únicas ao encapsular as experiências sufocantes e completamente insanas que o lugar promove. É uma mistura de cores, um descompasso de emoções.
O personagem principal vive tentando fugir, quase sendo morto, se afogando, sendo traído, e descobrindo sandices nessa comunidade isolada que se envolve em discussões sobre tradições religioso-sociais pagãs, sacrifício humano, luto e linhagem. E (verdade seja dita), embora tudo pareça confuso e “viajado” demais, não deixa de ser bem interessante.
E foi só a primeira parte da minissérie. O "Verão" passou, agora vem o "Inverno"...
Os dois primeiros episódios tiveram seus focos bem definidos e separados entre seus dois protagonistas: Fraser (Jack Dylan Grazer) e Caitlin (Jordan Cristine Seamón). Ambos os episódios são bonitos visualmente e exploram as perspectivas de dois jovens adolescentes se descobrindo sobre si: suas personalidades, problemas, relações e relacionamentos familiares e mudanças. São bem contemplativos, talvez “soltos”, “vazios”, "chatos" demais na superfície, porém há algumas sementes de tramas ali. Só é preciso um pouco de paciência. Mas é no terceiro episódio que as coisas se aprofundam e confluem entre si de maneira mais forte. A estética e estilo de Luca Guadagnino (criador, roteirista e diretor) continuam. Alguns personagens se distanciam, outros se conectam, grupos se desfazem, novas duplas se formam, alguns se perdem, outros se acham: mais e mais ou pouco a pouco.... E é tudo bem natural e real. Sem falar que é sempre legal ver a Alice Braga em boas produções internacionais, ainda mais interpretando uma personagem brasileira. Obs.: Todos na minissérie deveriam fazer terapia.
Ah, realmente há coisas que marcam nessa vida. No campo das séries, pra mim, há alguns exemplos: primeiro foi Game Of Thrones (apesar do final), depois foi Breaking Bad (mais redondinha em todo sentido não há) e agora The Sopranos... Que privilégio foi acompanhar tantos personagens marcantes. Que elenco incrível! Lamentável o James Gandolfini ter nos deixado tão cedo, mas ele deixou também um legado indelével em seu personagem e em sua atuação. Tony Soprano é, sem dúvida alguma, um dos grandes personagens da TV. O maior anti-herói da telinha. Não preciso citar outros, porque são tantos. Enfim, o que vale ressaltar, mesmo que muitos já o tenham feito, é como essa série é bem escrita. O realismo, a forma brutal, abrupta, nada luxuosa, de interpretar a máfia não poderia ser melhor desenvolvida que aqui. E isso se manteve do início ao fim. E que fim: um daqueles "De Lascar", mas de um jeito que eu nunca imaginaria... Quem viu sabe, quem viu sentiu aquela última "tela negra", o que ela representa, como ela nos deixou embasbacados e sem reação... Eu certamente senti. Que série, meus amigos!
"- Você provavelmente nem ouve quando acontece, né? - Pergunte ao seu amigo pendurado na parede."
Logo de início, nesta nova minissérie da HBO, tudo é muito estranho na mesma medida que tudo é muito interessante.
Não dá pra saber muito sobre como serão os desdobramentos da história que tem como sinopse "Um homem e uma mulher fazem viagens separadas para uma ilha misteriosa na costa britânica", e a parte legal desse começo é justamente as incógnitas levantadas em todas as cenas do episódio. Desde uma caminhada pesarosa e agitada numa floresta, até ficar preso na Ilha de Osea pela vontade da maré, que cobre a estrada que a liga até o continente. Observando indícios de relacionamentos e tradições bem escusas do local.
Tudo que dá para saber é que o elenco, encabeçado por Jude Law, e ainda com Emily Watson, Naomi Harris, Paddy Considine e Katherine Waterston, junto com uma cinematografia e um clima tanto exuberantes quanto sufocantes e esquisitos, certamente me farão ver os próximos 5 episódios.
This Is Us (5ª Temporada)
4.4 162 Assista AgoraThis Is Us – 5ª Temporada, Episódio 3: “Mudanças”.
Entre a nova Rebecca “Mãe Legal”, uma barriga de aluguel para adoção e paixonites da adolescência, aqui o tema principal são as mudanças de fato, seja na puberdade ou na vida adulta; e todas são difíceis.
As crianças Pearson de todas as gerações estão crescendo, engrossando a voz, tomando atitudes impensadas ou sofrendo caladas. As versões jovens do “Big Three” estão mudadas pra caramba, especialmente Kate (Mackenzie Hancsicsak).
“Silenciar-se frente a injustiça é ser cúmplice do opressor”, cita Tess, que está tencionando entre os pronomes neutros e mostrando quem ela realmente é após a fase “quieta, introspectiva e educada”. Bem diferente de seu pai quando menor, como ele mesmo diz. Do jeito errado, na internet, com consequências, mas é interessante.
“Vamos fazer um noivado não-tradicional, em que a noiva engravida antes, e ele vai morar na casa dela por conta de uma Pandemia”, diz Madison sobre seu noivado no mínimo complicado com Kevin, em que os dois ainda estão tentando achar a cumplicidade de falar sobre si e seus problemas (de peso, alimentação, vícios e carreira).
“Acho que ser pais já será difícil o bastante sem nós dois andando por aí tentando ser estranhos educados na frente um do outro.”, confessa Kevin na cena final em que compartilham suas sinceridades finalmente. ❤️
E agora temos mais um vietnamita envolvido na história, com a mãe antes-falecida de Randall, pelo visto. 🧐
The Undoing
3.7 254 Assista AgoraThe Undoing, Episódio 2: "The Missing".
É só o segundo episódio e as coisas já escalaram rápido pra caramba.
Nicole sabe bem como interpretar colapsos nervosos e desorientações, ainda mais com a enxurrada de informações, acusações, dúvidas e revelações sobre seu marido (Jonathan, de Hugh Grant), seu emprego a relação com Elena (Matilda De Angelis), além dos processos escondidos contra ele, mostrados neste episódio.
Tivemos a cena clássica de "encarar o mar" que David E. Kelley já deixou como marca desde Big Little Lies. E cinematografia continua linda como sempre ❤
A cena final foi espetacular em tensão de diálogos e atuação. Grace é realmente uma personagem interessante por decidir ligar imediatamente para a polícia quando seu marido apareceu, mesmo com ele abraçando o filho do casal, Henry (Noah Jupe).
Enfim, o que Sylvia (Lily Rabe) afirmou e reafirmou nesses dois episódios parece cada vez mais real para: "É sempre a porra do marido.". Mal sabia Grace que poderia ser o seu...
Entretanto, sabe-se bem que, em séries de investigação, quando tudo aponta para uma pessoa, nem sempre é ela quem cometeu o crime. Então, aguardemos.
O Mandaloriano: Star Wars (2ª Temporada)
4.5 445 Assista AgoraO Mandaloriano - Segunda Temporada, Episódio 2: "A Passageira"
Entre transportar uma "mãe sapo" (desesperada em salvar sua espécie) e a última prole de sua vida para a lua estuária de Trask, serem perseguidos (e depois salvos) por X-Wings da Nova República ("Que a Força esteja com você"), tomarem banho em piscinas termais, e quase serem mortos por "aranhas" de neve (à la Aliens), foi um episódio menos grandioso em ação que seu anterior, bem mais curto e seguindo a linha de "aventura da semana".
Ou seja, bem legal para se assistir num sábado tão decisivo para o mundo.
Em termos técnicos, a série continua sendo primorosa.
E, olha só, enquanto espera pelo terceiro filme do Homem Formiga, Peyton Reed dirigiu esse episódio...
Ludwig continua sendo só amor na trilha sonora ❤
E foi impagável ver o Baby Yoda comendo os ovos da "sapa" e arrotando kkkkkkkkk
We Are Who We Are (1ª Temporada)
3.8 132"Time will tell if you can figure this and work it out
No one's waiting for you anyway, so don't be stressed now
Even if it's something that you've kept your eye on
It is what it is..."
Contemplativa e sem respostas pra caramba, mas até que tem um desenvolvimento visual bonito e toca em vários temas sensíveis sobre as mudanças, estranhezas, desejos e buscas de identidade e pertencimento que permeiam uma adolescência conflituosa numa base militar na Itália 🧐
A Maldição da Mansão Bly
3.9 923 Assista AgoraEmbora ache que a série pudesse ter resumido algumas de suas subtramas mais concisamente, o clima lento e a repetição de temas entre personagens e episódios contribuíram para construir bem a atmosfera melancólica da Residência Bly.
Falando nas tramas, arrastadas ou não, longas ou não, chocantes ou previsíveis (o fato de alguns dos personagens estarem mortos sem saber, por exemplo), são perfeitamente emocionantes, bem escritas e atuadas.
Seja sobre memórias ou devaneios, certamente não tem uma narrativa tão atraente ou convencional como “Residência Hill”, no sentido desta trabalhar mais e melhor jump-scares, sendo também mais enxuta e “maratonável”. Entretanto, o senso de peso, de emoção e de desorientação dramática é bem forte aqui.
Entre Médicos da Peste, crianças perdidas e au pairs, todos aqueles que morriam em Bly ficavam presos em suas terras por conta de uma memória quase apagada, esquecida, por uma certa Dama do Lago (antes Viola, de Kate Siegel): o amor de uma filha, deturpado por séculos de raiva, rancor, desamor e assassinatos não-passionais. E como isso veio a afetar as vidas de todos que ousaram, sem saber do perigo, cruzar seu caminho.
Aqui, a desfiguração de seus rostos ao longo do tempo vem como uma triste metáfora sobre esquecimento, de si e dos outros, de seu propósito e necessidades, do afastamento irrefreável de seu verdadeiro eu, de ficar preso em ciclos degradantes de sentimentos e ideias já sem sentido...
“Eu sinto como se estivesse esvaindo. Eu vejo você na minha frente, sinto quando você me toca, e, todos os dias, vivemos nossas vidas. Estou consciente disso, mas é como se eu não sentisse de verdade... Eu nem estou mais com medo dela. Eu apenas a encaro e está ficando cada vez mais difícil de me ver.”
É nesse limbo emocional que a série se firma, mostrando que nossos fantasmas são nossas lembranças, boas ou não, e que assombram essa mansão insensível que é nossa mente. Bloqueando os traumas que se passaram ou deixando-se inundar por eles, a série se presenta, assim, não como uma história de terror, mas como um estudo psicológico sobre luto, sobre aceitação, sobre se perder em si, e, no fim, sobre como um amor profundo pode se transformar em algo trágico quando carregamos dentro de nós um passado que deveria ter ficado para trás.
As crianças, Amelie Smith e Benjamin Ainsworth, estão ótimas, assim como todo o elenco. Mas foram Victoria Pedretti e Carla Gugino que me quebraram no último episódio. E aquela última cena...
“A água lavará os traços delicados dela, do seu rosto lindo e perfeito. Mas ela não ficará inexpressiva nem desolada, e não levará outros ao seu destino. Ela meramente andará pelas terras de Bly, inofensiva como uma pomba, por todos os seus dias. Deixando o único vestígio de quem ela foi na memória da mulher que mais a amava. “
O Mandaloriano: Star Wars (2ª Temporada)
4.5 445 Assista AgoraNão tem nada melhor que começar a semana com a fofura do Baby Yoda. Mesmo ele não tendo muito destaque nesse primeiro episódio, já que a ação foi concentrada em matar um "Dragão Krayt" (à la Vermes de Areia de Duna) em Tatooine.
Entre reaver uma armadura mandaloriana (supostamente de Boba Fett) em posse do xerife do título, Cobb Vanth (Timothy Olyphant, em tudo esse ano), e livrar a vila perdida de Mos Pego e o Povo da Areia das ameaças do citado "dragão", o episódio foi bem grandioso em termos técnicos.
Jon Favreau e Ludwig Göransson continuam, na direção e na trilha sonora, conquistando um espaço forte nesse Universo. Os caras são brabos, e espero que continue assim.
This Is Us (5ª Temporada)
4.4 162 Assista AgoraEm sua quinta temporada, os roteiristas da série continuam sendo capazes e eficientes em construir drama e surpreender nos detalhes e nas tramas entrecortadas entre passado, presente e o futuro dos integrantes da complexa família Pearson.
Achei legal demais eles terem incorporado à história elementos da nossa realidade atual e conturbada como condutores narrativos aqui. Seja a Pandemia de Coronavírus ou o Movimento Black Lives Matter, intensificado depois do assassinato de George Floyd, tudo impulsiona os dramas pessoais.
Desse último, inclusive, surge um ponto que nunca havia parado para pensar: a perspectiva de Randall, quando criança e adulto, vivendo numa família branca, vendo notícias sobre crimes de racismo e mortes de pessoas negras, sem poder ter voz ou chance de discutir sobre isso com seus irmãos e pais. Reprimir não faz bem, e a ansiedade com a qual ele sofre diz tudo.
O modo como isso reflete na atual situação de tradições e relacionamento abalados entre eles é bem triste e interessante.
"Eu só estou exausto.", como ele, Randall, "Nascido de tantas tragédias", mesmo diz. Mas, como Beth continua, ele tem 3 filhas e uma mulher agora, pois "Nada é para sempre, nem a dor. Só nós.". Apesar de isso também estar em risco pelo que vimos anteriomente...
Kevin e Madison estão felizes, então fico feliz por eles ❤
O monólogo do Toby para o Miguel sobre a filosofia de "Um dia de cada vez" para lidar com a Depressão e com o Alzheimer da Rebecca foi tocante.
"Eu não me importo com as coisas grandes. São as coisas pequenas. Um sábado normal, quando nada grandioso acontece, e éramos só uma família normal como qualquer outra. Rindo, conversando, e brincando de colocar o rabo no burro. É isso que não estou preparada para esquecer..." 💔😢
Soubemos mais sobre William e Laurel (pais biológico de Randall), e o final do segundo episódio me deixou em choque. Nunca imaginei, bicho...
Quero ver como isso vai repercutir no resto da temporada, mas só sei que vou chorar, como de praxe.
We Are Who We Are (1ª Temporada)
3.8 132WAWWA, "Right Here, Right Now" VII.
No episódio mais carregado da minissérie, girando em torno da morte de 3 soldados americanos no Afeganistão, das homenagens e em como os personagens lidaram com isso (chorando ou destruindo casas alheias): Eita, bixo, (quase) sexo em trio 😳
Luca continua com a mesma fixação com paixões entre pré-adolescentes e adultos, bicho...
Semana que vem já acaba 🧐
The Undoing
3.7 254 Assista AgoraMais uma minissérie da HBO, vamos lá.
"- Você não se preocupa em criar seu filho numa bolha?
- Achei que fosse a essência dos pais modernos, não? Protegê-los da realidade o máximo possível, para que não consigam se adaptar e, então, se automutilar. "
David E. Kelley no roteiro e na produção, Susanne Bier na direção, e um elenco formado por Nicole Kidman, Hugh Grant, Lily Rabe e Donald Sutherland em uma trama de suspense investigativo sobre um assassinato envolto de "white people problems", várias dúvidas, paranoias e desconfiança? Foda demais.
"É sempre o marido. É sempre a porra do marido!" 🧐
Ótimo começo, consegue prender bem.
The Third Day
3.5 71 Assista AgoraSe Osea é mesmo a alma do mundo, como seus fanáticos moradores insistem em dizer, é deixado no ar, sem resposta clara. E isso acaba se tornando o maior problema aqui: a falta delas. Especialmente com um final bem em aberto que soa, em certo sentido, quase incompleto.
Positivamente falando, temos as tramas, numa narrativa que se separa entre o casal protagonista: Sam (Jude Law), como foco da primeira parte ("Verão") e do "interlúdio" ("Outono", uma live-experience de 12 horas que detalhou
o ritual para se tornar o "Pai" da Ilha
As estações aqui são importantes porque ditam todo o clima da minissérie. Abarcada na cinematografia de Benjamin Kračun, que é a princípio estranha, mas curiosa, estonteante e destoante, passando por uma literal "viagem em ácido", e depois se tornando abatida, sóbria, fria, até cinza. É basicamente como a história se desenvolve, quando o personagem de Sam vai à Ilha levando uma garota que ele salvou de um enforcamento perto do rio em que o corpo de seu filho foi jogado 10 anos antes.
É como se a Ilha, que fica isolada ao prazer da maré, um ambiente quase animalesco, selvagem, em que sua população é um tipo de seita de fanáticos religiosos, atraísse e prendesse a todos numa espiral de sandices que aqui personificam os estágios do luto, de como cada pessoa lida e é afetada pela perda, pelas dores, de maneira diferente, mas sempre tormentosa.
Entre heranças de sangue, conexões históricas, festivais, animais mortos e pessoas sacrificadas, há uma atmosfera pesada que divide e une os personagens.
Sam não lidou bem com a culpa de ter literalmente perdido seu filho. Tentando achar justificativas e escapes para esse peso, recaiu em episódios psicóticos que o faziam sumir por dias e que arruinaram seu relacionamento com sua família e seu empreendimento, o levando à Ilha e o fazendo cair nas ideias distorcidas dos personagens de Paddy Considine e Emily Watson e de seus conterrâneos.
Helen, que lidou com a morte de seu filho tentando bloqueá-lo de sua mente, não falando sobre ele, se tornou fria, apática, revoltosa em relação às explicações divinas e à religião como um todo.
O que foi emulado por sua filha mais nova, Tallulah (Charlotte Gairdner), mas não pela mais velha, Ellie (Nico Parker), que,
por suas crenças, é manipulada por Jess (Katherine Waterston), que tem uma filha com Sam e acaba querendo tomar o poder sobre a Ilha.
"Não somos uma família, somos 3 pessoas e um parasita."
Apesar dos diversos simbolismos, numa vibe contemplativa, das atuações incríveis de todo seu elenco, da supracitada e impressionante cinematografia, da tensão emocional e da trilha sonora igualmente ótima de Cristobal Tapia de Veer, a minissérie definitivamente não é perfeita. Porém, a construção intrigante de personagens, atmosfera e temas consegue sustentar a falta de respostas e o final parcial.
Falando do final,
as últimas cenas, em que Helen nada num mar frio de inverno, escapando da Ilha puxando o barco com suas filhas em cima,
Lovecraft Country (1ª Temporada)
4.1 404Apesar de ter algumas lacunas, problemas de "bipolaridade" e inconstância de qualidade ao longo de sua primeira temporada, é certamente uma das produções mais fortes de 2020.
Embarcada nos tentáculos de Cthulhu, a série de Misha Green explora e constrói, a partir da variação de temas (relações de gênero, de poder, de raça e de classe) e de gêneros narrativos (aventura, thriller, body horror, fantasia, guerra) as faces mais sombrias, brutais e por vezes ocultas dos EUA.
A série dá face, nome, sobrenome, cheiro e cor ao horror dos racismos, da xenofobia, do machismo e da homofobia estruturais e/ou enraizados na América. Seja de forma escancarada, sutil, sanguinária, usando de mágica, intragável, fantasiosa, real ou deprimente, é tudo muito atual.
E ainda tem o selo de produção da HBO e um elenco surpreendente.
Do protagonista, Tic (Jonathan Majors,
um homem que cometeu atrocidades na guerra, que machucou pessoas, que tem várias falhas e preconceitos, mas que também é altruísta e, no fim, um herói que se sacrifica para salvar sua família e raça (mais uma vez, a HBO tem esse colhão, como com Ned Stark),
com sua sexualidade reprimida e com as renúncias que teve de fazer para manter a "masculinidade do homem negro"
"Podemos ser monstros ou heróis. Basta escolhermos."
Entre exploradoras de universos paralelos, raposas de 9 caldas, uma criança que tem de lidar com várias formas de luto e metamorfoses, a série entrega mulheres fortes e decididas, mas que passaram por provações e momentos difíceis para se acharem. Jurnee Smollett (Leti), Wunmi Mosaku (Ruby), Jada Harris (Dee), Aunjanue Ellis (Hippolyta), Jamie Chung (Ji-Ah) e Abbey Kershaw (Christina) estão maravilhosas.
É, também, uma série que dá visibilidade e o devido valor a eventos e personalidades históricas do mundo negro que, ou foram quase apagados dos livros da história, ou são desconhecidos ou ignorados pela maioria. De Emmett Till, a Josephine Baker e ao Massacre de Tulsa, tudo ali é colocado para enriquecer as discussões importantíssimas e temas que a série traz. Há uma pluralidade de citações, narrações, discursos e referências pungentes.
"Só quem padece do sofrimento extremo é capaz de usufruir da felicidade suprema."
Mesmo imperfeita, acompanhar essas experiências semanais tão diferentes foi sensacional. A trama, que ainda fala sobre família, legado, fé e sangue é historicamente relevante, socialmente impactante, emocionalmente válida e tem de ser assistida.
Vamos lá, HBO, confirma logo a segunda temporada!
"Às vezes eu me pergunto: "O que dizer para você agora, no ar suave da tarde, enquanto você mantém todos nós numa única morte?" Eu digo: 'Onde está o seu fogo?'. Irmãs, irmãos, onde está o seu fogo?"
Westworld (3ª Temporada)
3.6 322Apesar dos temas sociais bastante pertinentes, do design de produção e efeitos especiais afiadíssimos, de algumas boas cenas de ação e do Ramin Djawadi continuar sendo o meu herói na trilha sonora, a extrema simplificação de roteiro e narrativa, a constante sensação de "estar faltando algo ali", a escassez de energia e vontade em algumas outras cenas de ação e de confronto dramático, e as vaciladas de desenvolvimento de personagem (que só parece realmente começar só no fim, com Caleb, Bernard e Maeve perdidos) fazem dessa a temporada mais fraca da série.
O final é bom, e as próximas temporadas (2 últimas) prometem bastante elevar a situação a nível global de revolução dos robôs contra a humanidade agora mais desperta do controle tecnológico do falecido Rehoboam, mas essa daqui soou demais como uma temporada-ponte ou de transição, enquanto poderia ter soado muito mais forte e coerente consigo mesma.
We Are Who We Are (1ª Temporada)
3.8 132Cortou foi pouco kkkkkk
Depois do anterior episódio-frenesi, esse serviu para colocar mais tensão em cima da família de Caitlin (Jordan Seamón). Do irmão, Danny (Spence Moore), inclinado ao "Allahu Akbar" , ao seu pai, Richard (Kid Cudi) tentando privá-la da família vizinha, da proximidade com sua Comandante, Sarah (Chloë Sevigny, ensinando-a a atirar), e de Fraser (Jack Dylan Grazer), com o qual compartilha intimamente o desejo de ser outra pessoa.
"Essa gente não presta.", dizem
Sua mãe, Jenny (Faith Alabi), depois de deixar o reprimido aflorar com a outra mãe de Fraser, relembra da vida que ela deixou na Nigéria, suas tradições e preconceitos violentos; e expressa, ao seu marido, depois de uma outra cena de sexo triste, as preocupações com Danny.
Fraser e Jonathan parecem estar se entendendo, depois de assistirem a Ouija no cinema kkkk.
Todo mundo ali precisa fazer terapia e se comunicar abertamente logo. E, embora parecem ter pulado algumas peças de desenvolvimento dos relacionamentos, as coisas estão avançando melhor.
The Third Day
3.5 71 Assista Agora"Eu não era uma boa mãe. Era uma mãe como qualquer outra. Só que eu perdi meu filho.", com essa frase, Naomie Harris define de vez sua personagem em grande complexidade.
"A dor, Helen, é um buraco à sua volta. Um vazio quente e escuro onde você se joga. Se fingir que ele não está lá, ele te devora. Se lutar com ele, ele te engole. Você precisa correr na direção desse buraco deixado por Nathan. Precisa se jogar para seguir em frente.", já essa frase define a minissérie de fato como um estudo profundo sobre dor e luto. Seus efeitos e suas diferentes formas de como lidá-lo.
Sam (Jude Law) acabou sucumbindo a episódios psicóticos, se tornando mentalmente instável. Já Helen bloqueou para si e para suas filhas todas as crenças, trivialidades e clichês divinos ou sobrenaturais para justificar ou consolar o "assassinato" de seu filho mais novo. Fato que respingou diferentemente em Tallulah (Charlotte Gairdner-Mihel), que, mesmo muito pequena, já se diz ateia, e em Ellie (Nico Parker), ainda crente em Deus, mas que, ao ser provocada por colegas de escola, agrediu uma com uma pedra. Fato que, junto com um e-mail enviado da ilha para ela sobre o desaparecimento de Sam, as levaram até ali. Decisão meio complicada...
Nesse caso, Ellie se torna mais suscetível à manipulação pela "curiosidade religiosa" representada por Kali (Freya Allan), que a leva ao lugar mais importante da Ilha de Osea, “onde nenhum estrangeiro pode ir”: uma rede de cavernas e túneis. Praticamente um refúgio ou templo, em que estão talhados na pedra das paredes várias figuras de reuniões e sacrifícios humanos, e onde ela revela alguns segredos da “crença” e das “correlações” históricas entre o “equilíbrio” de Osea (“A alma do mundo.”) e o “equilíbrio” do resto do mundo.
De Jack, o Estripador até inundações, Foi um episódio mais expositivo (amém), e encaminhou bem para o final da temporada. O qual virá na semana que vem, começando com o reencontro e fortes discussões com um Sam já "Pai" da Ilha... Aém de pai novamente, já que Jess (Katherine Waterston) deu à luz à outra filha com ajuda de Helen.
já quero!
Sons of Anarchy (6ª Temporada)
4.6 439 Assista Agora"Oh darlin, darlin
What have I done?
Well I've been away from you too long
And all my days have turned to darkness
And I believe my heart has turned to stone..."
Acho que essa música, de The White Buffalo, resume bem a sexta e penúltima temporada de SOA, que supera a anterior em peso e equilíbrio. Quase todos os personagens enfrentam ou se assustam com o que vieram a se tornar, e muitas subtramas, rápidas ou não, dão esse tom aos episódios.
O primeiro episódio tem um tiroteio numa escola, o que basicamente impulsiona a parte policial/investigativa, nas tentativas de ligar os Filhos ao acesso à da criança à arma traficada, com a qual comete o atentado e que é parente de Nero Padilla (Jimmy Smitts).
Depois, são explorados dois lados perversos da pornografia. A de fetiche em espancamento, que atinge as mulheres que trabalham para Nero em Diosa, e que leva a associações com novos personagens, como Colette (Kim Dickens). Ela funcionaria como uma “versão feminina” de Padilla, mas não tem a gama de desenvolvimento que este teve.
O segundo lado é o de pornografia infantil, num arco de dois episódios que aprofunda e impacta bastante a presença de uma já ótima personagem pontual: Venus Van Dam (Walton Goggins), com sua mãe deturpada e seu filho inocente.
SOA continua tendo grandes personagens coadjuvantes, como já citei noutra crítica, e nesta temporada temos as boas e velhas reviravoltas. Algumas extremamente satisfatórias e esperadas (como o R.I.P. de Clay Morrow (Ron Perlman) e Galen O’Shay (Timothy V. Murphy), já outras...
Do ponto de vista dos Federais, temos a inserção da Promotora Tyne Patterson (Carol Pounder), que, assim como seus predecessores, teve grande papel nos temidos e famosos acordos que movimentam a história tanto em termos de ação, quanto dramáticos (escolhas e consequências). Especialmente em relação à Tara e Jax.
Nesta temporada, definitivamente vemos Jax Teller se estabelecendo como um dos complexos anti-heróis da TV. Entre tentar tirar o MC do negócio das armas, ter a sede explodida e perder alguns parceiros no caminho, Jax apresenta muitas facetas e nuances.
Ele se torna um líder mais decidido, inteligente e irrepreensível, mas que tem tempo para se divertir com seus amigos (o que rende ótimas sequências de risadas e descontração), além de demonstrar amor e carinho pelos seus filhos, e arrependimento e raiva pelo que sua esposa está tramando.
Temos um personagem que claramente passa por muitos conflitos internos e sentimentos pesados sobre si e sobre suas escolhas, sobre quem ele é e sobre quem ele quer ser:
“Passo a maior parte do tempo aterrorizado. Com medo do que fiz, do que estou fazendo, e do que posso fazer.”
No fundo, ele é um bom homem que quer ser um bom pai, marido e filho, mas que tem muitos demônios com os quais batalhar e lidar. Tendo que seguir em frente, tomar decisões, matar, mentir, se envolver com o perigo para conseguir se libertar deles e dar uma vida segura para os seus filhos. Para isso, ele se tornou quem mais odiava. É, novamente, um trabalho incrível de Charlie Hunnam.
Estas verdades são admitidas por ele em suas notas escritas para os Abel e Thomas:
“Meu ódio próprio é tão profundo, tão palpável, que temo atacar minha imagem. Quebrar o espelho e me cortar com cacos do reflexo quebrado.”
Partindo disso e de uma continuidade narrativa interessante, temos a subtrama de Tara e Gemma, que acabou evoluindo quase para a trama principal dessa vez. Gosto como o roteiro a expande a alguns extremos esse embate entre elas, ao passo que dá substância para que tanto apoiemos quanto contestemos e odiemos a gravidade de suas ações e seus objetivos.
Aqui, vemos continuar a construção de uma mãe que ama seus filhos e ama seu marido, mas que acaba sentindo o peso enorme de ter escolhido ficar ali recaindo sobre si quando o perigo, as mortes, a brutalidade e todo o resto se tornam mais palpáveis.
Logo, ela decide infringir todas as normas morais e até legais para afastar seus filhos daquele ambiente, de Gemma, de Charming, de todos. Com medo de ser presa ou morta antes disso, ela finge uma gravidez, uma agressão, um aborto, faz acordos, manipula Wendy (Andrea de Matteo, a fazendo sucumbir às drogas novamente), foge com os filhos, remexe com todos os personagens do Clube e acirra ainda mais seus relacionamentos com Gemma e Jax.
O que Wayne (Dayton Callie), o amigo e conselheiro mais valoroso e fiel que qualquer um poderia ter (a pedra angular da série, e que teve algumas interações nesta temporada que vão do hilário ao deprimente), diz muito bem: “Eu odeio que você tenha se tornado tão errada para conseguir fazer algo que você acha que é o certo.”
Tudo isso faz crescer uma enorme tensão que culmina numa conversa franca e emocionante com Jax, com verdades se embatendo, lágrimas, desculpas, novas possibilidades e um futuro que dá esperanças, até vir os últimos 20 minutos do mesmo episódio final...
Só queria pontuar o trabalho sensacional de atuação de Maggie Siff e Katey Sagal. Dá para sentir a culpa e dor nos olhares, que estão carregados, desesperados, perdidos; antes do fim, aliviados, depois mortos ou completamente destroçados.
É foda como o roteiro trabalha expectativas, as quebra e destrói você junto fim com reviravoltas fortes. Essa foi especialmente brutal, e eu ainda estou tentando me recuperar do abalo emocional que senti com aquelas cenas entre os amores de Jax. Derramei várias lágrimas, confesso.
As escolhas musicais da série sempre foram fantásticas, mas essa temporada me pegou de jeito. Ainda mais quando o final toca a música de Noah Gundersen, enquanto Jax segura o corpo de seu maior amor, totalmente desolado:
"Its too late to go back,
I let the darkness seep through the cracks.
Love is bleeding, I curse my breathing.
The day is gone
The day is gone…"
Resta chorar e assistir à última temporada.
The Boys (2ª Temporada)
4.3 647 Assista AgoraAmadureceu bastante suas tramas e personagens. Toda as questões de manipulação de mídia, opinião pública, memes, neonazismo, imigração ilegal, superterrorismo e experimentos em humanos para estabilizar a tal substância caíram super bem no contexto da série.
Talvez se enrole um pouco em certos momentos (especialmente num episódio no meio da temporada), e há uma ou outra facilitação, mas os episódios finais amarram o que dá, encaminham seus personagens para lugares e situações diferentes (se tornando independentes, reencontrando suas famílias ou as perdendo), e abrem muito espaço para uma terceira temporada bem promissora.
Continua sarcástica, insana e cheia de críticas sutis, tanto à sociedade e política (especialmente americanas), quanto ao gênero (referências e paródias a rodo).
Anthony Starr se mantém incrível no papel. Tentando puxar um lado fraternal distorcido, quase perdendo de vez o controle sobre seus impulsos e vendo sua equipe se dissolver em traições e brigas. Aqueles olhares e sorrisos psicóticos são amedrontadoras demais.
E o último episódio tem a melhor atuação do Karl Urban até aqui.
LEVE SPOILER: E quem não gosta de ver nazistas se fudendo bonito?
The Third Day
3.5 71 Assista AgoraO quarto episódio trouxe o Inverno, e com ele Naomie Harris, como Helen, e Nico Parker, de Dumbo, como Ellie. A cinematografia continua deslumbrante, mas aqui mudou de tom. Está tudo mais sóbrio, sério, e não há mais aquele descompasso de cores e focos quase alucinógenos da primeira parte...
Meses depois do “desaparecimento” de seu marido, Sam (Jude Law), Helen leva suas filhas para a mesma Ilha de Osea, agora mais triste, vazia e soturna por alguma razão. É um capítulo menos estranho e mais intrigante. Basicamente um passeio conturbado pelo desconhecido.
No aguardo para ver aonde isso vai levar os personagens.
We Are Who We Are (1ª Temporada)
3.8 132Um casamento do nada, invasão e festa na casa de veraneio de uma família russa, todo mundo muito louco na bebida, sexo no sofá, danças aleatórias, e alguma dose de crise existencial kkkkkk. Esse foi o quarto episódio.
Mas havia um senso enorme de entrosamento, divertimento, realidade e improvisação entre os atores e as cenas, o que vendeu bem todo esse frenesi.
Raised by Wolves (1ª Temporada)
3.7 164Uma das boas surpresas da TV desse ano, definitivamente. Apesar de o último episódio não ser tão empolgante ou revelador quanto eu esperava. E da temporada deixar muitas coisas por explicar.
Não tivemos muitos detalhes sobre as guerras entre Os Mitraicos e os Ateus (entre a religião e a tecnologia), que destruíram a Terra e forçaram os humanos restantes a tentar se reestabelecer, recomeçar, recivilizar noutro planeta, cometendo erros parecidos. O que mostra que, sendo crentes ou tentando construir uma nova humanidade que só creia em si e no que é tangível, os humanos sempre tendem aos extremos, às disputas de egos e ideais e a se autodestruir. Discussões clássicas do Ridley.
Passado todo esse aspecto puramente humano, outro ponto que achei interessante foram os aspectos de Keppler-22B, planeta para onde eles vão, em que vozes, alucinações, criaturas, humanoides, vírus e civilizações supostamente similares aos humanos da Terra (ao menos anatomicamente) vagueiam. Que seja algo puramente sobrenatural ou alguma tecnologia desconhecida e incompreensível, ou ambas as coisas, não sabemos.
A série se abraça até demais nessas perguntas, surrealidades e bizarrices até agora inexplicáveis.
Que agora inclui o "bebê" de Mãe, que acaba sendo, na verdade, uma espécie de lampreia ou cobra gigante voadora, que se alimenta de sangue, e que remete aos esqueletos gigantes e aos buracos enormes (que se ligam ao centro magmático e aquecido do planeta). Essa “anaconda alienígena” com certeza vai ameaçar e dificultar ainda mais a vida das crianças e dos Ateus que acabaram de chegar no planeta. Ver essas inter-relações e novas disputas promete ser interessante.
No elenco, o desataque absoluto fica para Amanda Collin, como Mãe, e Abubakar Salim, como Pai. São dois androides, responsáveis por cuidar do “recomeço da humanidade”, e que acabam por desenvolver sentimentos humanos além de sua “programação”.
Pai, um personagem carismático e piadista, que busca sempre ser útil,
é morto duas vezes, reprogramado várias outras
passa por nuances assassinas, brutais e poderosas do seu lado Necromante e, a partir de lembranças e de sua “gravidez”, acaba desenvolvendo um senso de maternidade, de amor e preocupação símiles às humanas.
Torço para que a série continue a ousar, a manter a boa produção, atmosfera e trilha sonora (de Ben Frost e Marc Streitenfeld). Mas que revele mais coisas no seu segundo ano, que cheguem à tal “Zona Tropical” e que descubram mais sobre o que levou o planeta a chegar num ponto em que seus antigos habitantes “involuíram”, que mostrem mais sobre o passado da Terra e que explorem mais sobre Sol, o "Profeta", as vozes reveladoras.
E, claro, o que vai acontecer com aquela cobra voadora rastejando pelos céus.
The Walking Dead (10ª Temporada)
3.6 287 Assista AgoraDepois de vários meses desde o "fim" da décima temporada de The Walking Dead, o "verdadeiro episódio final" chegou. E até que não foi ruim.
Algumas boas cenas de tensão, retornos/reuniões de personagens afastados
(Maggie com os outros),
Beta e da horda dos Sussurradores.
Além da rápida introdução de outra Comunidade, militarizada (primos pobres dos Stormtroopers) e bem mais organizada, pelo visto. Se chama "Império", salvo engano.
Como sempre, Carol (que teve um desenvolvimento emocional interessante, apesar de quase deixar essas emoções darem o passo final à beira do precipício; literalmente) e Bear McCreary (compositor da trilha sonora) ainda estão salvando a série.
Ainda quero ver aonde Negan vai parar depois de tudo que ele fez de "bem" nesses últimos tempos. Talvez ele e a Lydia ganhem mais e mais a confiança dos grupos..
Pelo visto, a temporada em si foi alongada, e terá mais 6 episódios ano que vem. Vamos ver no que dá.
The Third Day
3.5 71 Assista AgoraO “Terceiro Dia” finalmente chegou... E WTF???
Só assistindo e refletindo para falar algo, mas posso dizer que, se A Ilha de Osea é a “alma” ou “coração” do mundo (como afirmam alguns personagens), então isso explica o porquê dela ser tão deturpada e perturbada e o mundo estar do jeito que está.
Jude Law continua foda demais, assim como a Emily Watson neste terceiro episódio.
A cinematografia, a montagem e a trilha sonora de Cristobal Tapia de Veer são realmente os outros primores da minissérie até agora. Impecáveis e bem únicas ao encapsular as experiências sufocantes e completamente insanas que o lugar promove.
É uma mistura de cores, um descompasso de emoções.
O personagem principal vive tentando fugir, quase sendo morto, se afogando, sendo traído, e descobrindo sandices nessa comunidade isolada que se envolve em discussões sobre tradições religioso-sociais pagãs, sacrifício humano, luto e linhagem.
E (verdade seja dita), embora tudo pareça confuso e “viajado” demais, não deixa de ser bem interessante.
E foi só a primeira parte da minissérie.
O "Verão" passou, agora vem o "Inverno"...
We Are Who We Are (1ª Temporada)
3.8 132Os dois primeiros episódios tiveram seus focos bem definidos e separados entre seus dois protagonistas: Fraser (Jack Dylan Grazer) e Caitlin (Jordan Cristine Seamón).
Ambos os episódios são bonitos visualmente e exploram as perspectivas de dois jovens adolescentes se descobrindo sobre si: suas personalidades, problemas, relações e relacionamentos familiares e mudanças.
São bem contemplativos, talvez “soltos”, “vazios”, "chatos" demais na superfície, porém há algumas sementes de tramas ali. Só é preciso um pouco de paciência.
Mas é no terceiro episódio que as coisas se aprofundam e confluem entre si de maneira mais forte. A estética e estilo de Luca Guadagnino (criador, roteirista e diretor) continuam.
Alguns personagens se distanciam, outros se conectam, grupos se desfazem, novas duplas se formam, alguns se perdem, outros se acham: mais e mais ou pouco a pouco....
E é tudo bem natural e real.
Sem falar que é sempre legal ver a Alice Braga em boas produções internacionais, ainda mais interpretando uma personagem brasileira.
Obs.: Todos na minissérie deveriam fazer terapia.
Família Soprano (6ª Temporada)
4.7 308 Assista AgoraAh, realmente há coisas que marcam nessa vida.
No campo das séries, pra mim, há alguns exemplos: primeiro foi Game Of Thrones (apesar do final), depois foi Breaking Bad (mais redondinha em todo sentido não há) e agora The Sopranos...
Que privilégio foi acompanhar tantos personagens marcantes. Que elenco incrível! Lamentável o James Gandolfini ter nos deixado tão cedo, mas ele deixou também um legado indelével em seu personagem e em sua atuação. Tony Soprano é, sem dúvida alguma, um dos grandes personagens da TV. O maior anti-herói da telinha.
Não preciso citar outros, porque são tantos.
Enfim, o que vale ressaltar, mesmo que muitos já o tenham feito, é como essa série é bem escrita. O realismo, a forma brutal, abrupta, nada luxuosa, de interpretar a máfia não poderia ser melhor desenvolvida que aqui. E isso se manteve do início ao fim.
E que fim: um daqueles "De Lascar", mas de um jeito que eu nunca imaginaria...
Quem viu sabe, quem viu sentiu aquela última "tela negra", o que ela representa, como ela nos deixou embasbacados e sem reação...
Eu certamente senti.
Que série, meus amigos!
"- Você provavelmente nem ouve quando acontece, né?
- Pergunte ao seu amigo pendurado na parede."
The Third Day
3.5 71 Assista AgoraLogo de início, nesta nova minissérie da HBO, tudo é muito estranho na mesma medida que tudo é muito interessante.
Não dá pra saber muito sobre como serão os desdobramentos da história que tem como sinopse "Um homem e uma mulher fazem viagens separadas para uma ilha misteriosa na costa britânica", e a parte legal desse começo é justamente as incógnitas levantadas em todas as cenas do episódio.
Desde uma caminhada pesarosa e agitada numa floresta, até ficar preso na Ilha de Osea pela vontade da maré, que cobre a estrada que a liga até o continente. Observando indícios de relacionamentos e tradições bem escusas do local.
Tudo que dá para saber é que o elenco, encabeçado por Jude Law, e ainda com Emily Watson, Naomi Harris, Paddy Considine e Katherine Waterston, junto com uma cinematografia e um clima tanto exuberantes quanto sufocantes e esquisitos, certamente me farão ver os próximos 5 episódios.