Eu falaria que é um filme mediano pela direção e só. Mas, o racismo clichê é tão fdp, que não dá mesmo pra considerar méritos. A boneca deveria ter matado geral igual ao Chuck. Isso é que é "cringe".
Filme sobre ser pai solteiro, viúvo, sozinho, enfim. Mas, tem um bom equilíbrio entre piadas e dramas, dando destaques as situações passadas por quem cria seus filhos sozinhos nessa dura e temível jornada humana de trabalhar, educar, cuidar e proteger. O roteiro deixou claro desde o início que o pai não era o melhor exemplo de homem que conseguiria fazer isso, e o personagem assumiu o risco e responsabilidade, entre tropeços e vitórias, criou uma fofura de filha.
Ai os anos 60, não vivi, mas é uma força da música, da elegância, da comédia e do romance, despontando os primeiros passos mais fervorosos de assunção feminista. Renée e Ewan estão perfeitos como casal praticante de uma guerra dos sexos com relação a amor e carreira. A nota mediana no filmow corresponde a um público meia boca, ignorem. Filme maravilhoso.
O povo aqui diz que o filme é tenso. Ô povinho pra ter tesão com pouca coisa, ops, tensão, ops, dá no mesmo. Russell, para de se interpretar na tela e volta a fazer uns filmes bons. Fraco.
O filme é bem bom. Não senti ansiedade, mas é um tanto claustrofóbico e soube preencher bem cada minuto com bons diálogos, ação, flashbacks, ideias e saída, no geral, sob a lógica futurista, aliás, tudo isso dentro de um único e pequeníssimo espaço. O oxigênio contado é algo que acaba me remetendo ao momento trágico que passamos no país, de tanta falta de ar literalmente e em vários sentidos, nem assistindo a um filminho, eu consigo me desligar desse abalo pandêmico e social. Quanto aos personagens, os coadjuvantes são pontuais, mas, claro, a Liz da Melanie conduz o papel com muita emoção e até algumas pitadas de humor. A premissa é simples, confesso que ali pelo meio eu já estava imaginando certeiramente uns 3 mistérios, muito embora eu me importe mais com a execução que com as surpresas. Spoiler: O que seria de nós se nascêssemos com tantas memórias de uma vida que não vivemos? Nem sei se gostaria de experimentar a segunda chance, mas acho que sim, porque tem muita coisa boa também, além do desafio de tentar fazer melhor e ter esperança na humanidade. Final lindo.
E eu já acostumada a ver o Mario Casas enroladíssimo em seus papéis, quase me surpreendi aqui hehe. Aliás, personagens também um tanto dúbios, pois eu já tava esperando a reviravolta do tonto que vira bronco. Bom, faz tempo que não tenho um carrossel de emoções vendo um thriller e No Mataras trouxe isso. É o tipo de filme que a cena induz a gente a dizer, olha lá, vai acontecer isso, tenho certeza, para logo em seguida nos frustrar, como se os idealizadores estivessem gozando de nossa cara o tempo todo em pegadinhas bem dirigidas. Mas, de uma coisa a gente tem certeza, o personagem central vai se dar mal mais cedo ou mais tarde. Além disso, hora a gente tem pena, hora a gente tem ódio, hora ele excita, hora ele irrita, enfim, como disse, uma montanha russa de emoções. Mas, gostei muito. Os Espanhóis são ótimos nisso, com um clichezinho aqui, outro acolá, um exagerozinho ali, mas no geral, sabem envolver
Eu tive que respirar um pouco pra falar sobre esse filme. Assisti hoje e faz tempo que não choro com filmes de forma tão verdadeira. Eu tenho um pai idoso, ainda bem sóbrio, inteligente e ativo, com exceção de algumas falhas da idade. Então, mesmo assim, há uma identificação imediata com a relação dos personagens. Mas, venho falar não da identificação em si, geralmente gostamos disso, venho falar da forma como o filme conduziu a história nos colocando no lugar do Anthony, sob a dura e dolorosa perspectiva de sua vida, ou melhor, desse momento que é a velhice na sua pior forma. Claro, não seria a mesma coisa se ali não estivesse o maravilhoso Anthony Hopkins dando vida a esse personagem, e que vida. O aspecto de pegar um texto e conduzí-lo detalhadamente, estudadamente e mesmo assim parecer real, próximo, espontâneo no desenrolar da fala, dos gestuais e da expressão corporal e facial, isso só pode vir de um monstro igual a Hopkins. Olivia Colman é aquela que brilha sem parecer que faz esforços, é uma dádiva esse encontro. A história é perfeita, os aspectos abordados não se perdem em explicar a doença, mas sim as dificuldades do seu portador, nos fazendo sentir o que ele sente. A confusão dos personagens aqui não é nenhum charme de narrativa ou plot twist pra chamar a atenção, é simplesmente o exemplo aproximado do que se passa com uma pessoa de idade, solitária(não só no sentido de estar só fisicamente, mas de ter que enfrentar o problema sozinho) e com os mesmos problemas de senilidade. Angustiante e triste. Enfim, The Father me tocou de uma maneira que se eu fosse descrever em detalhes a formosura do roteiro, eu teria que escrever horas aqui. Excelente.
Iria assistir esse filme ontem tomando uma cerva pré feriado mas, bebi um pouco demais e resolvi deixar pra hoje. Maravilhoso. Com o perdão da zoeira, como as pessoas mudam da água para o vinho com uma dose de 0,05% diária de álcool! Pena que a progressão desse subterfúgio é quase certeira e o fim a gente já prevê. Mesmo assim, concordo que a intenção do filme não é moralista e nem muito menos de apologia ao álcool, ele aborda o sofrimento humano diante dos problemas cotidianos que envolvem família, trabalho, existência, depressão e nada melhor que de repente tentar ver se alguma coisa melhora com a famosa válvula de escape, o goró. Que pode ser também o seu remedinho pra dormir, estabilizar, o cachimbo da paz etc. A questão é, todos precisamos relaxar, porque o mundo é foda e não folga, mas é uma saída ilusória quando se perde na sedução e desejo de frisson, enfim, quando leva ao exagero. Gostei, justamente pelo filme não ficar dizendo isso ou aquilo sobre certo ou errado, nem é essa a intenção, além de trazer uma relação honesta entre amigos e a abordagem do álcool nas diversas facetas. Aliás, se bebe por muitos motivos, mas ao final, há o contraponto entre o triste e a felicidade suprema.
Delicioso de ver. Não é um filmaço, Longe disso, mas é um filme despretensioso e ao mesmo tempo não nos aborrece com infantilidades, mesmo tendo um núcleo jovem e narrando o pós apocalipse com pitadas de comédia. O romance de casal é o de menos, no meio de tudo, claro que vemos que AMOR é família, amigos, são as ajudas que temos pelo caminho, é o animalzinho de estimação, é a máquina que parece ter mais sentimentos que certos humanos, é o olhar de socorro de um bicho ameaçador que na verdade sofre aprisionado a raça humana da pior espécie, e sim, é o sentimento perdido em algum lugar do passado que reaviva pelas circunstâncias do presente. Se reapaixonar. Enfim, é sobre monstros, mas é sobre defesa, conciliação, coragem, ponderação, experiência, solidariedade, sobrevivência e AMOR. Ah, poderia ser mais longo e mais desenvolvido, tinha potencial para uma série, porque é criativo e cheio de personagens que valiam episódios, mas valeu pela curta experiência. Com todo respeito ao Dylan, que eu acho ótimo e carismático, o cachorro, ahhhh, o cachorrinho é a expressão.
Quando assisti esse filmaço, já previa algumas indicações ao Oscar. É uma experiência bem intimista, a gente experimenta mesmo a perda da audição do personagem com esse trabalho de som impecável, assim como experimenta seus incômodos pós cirúrgicos. Apesar de ser bem realista e de condução natural, inclusive graças a uma ótima direção, o filme se apega também em reflexões simbólicas sobre o universo do surdo, como por exemplo, o som do metal, antes inspirado por música, passa a ser um som irritante em que o silêncio as vezes é o melhor refugo. Comportamento de "viciado" não cabe mais, agora é a busca pelo autoconhecimento numa nova vida. A naturalidade do filme, a minúcia em contar a história me conquistou, assim como a atuação primorosa de Riz Ahmed sozinho ou em conjunto com a ótima Cooke. Ah, e não poderia deixar de falar de Paul Raci, que quando surgia dialogando, parece que a força da cena crescia ainda mais junto a Riz.
Aí foi quando os vampiros passaram a ser gostosos, mais que assustadores.🤭 Brincadeiras a parte, é um ótimo filme baseado em mitologia vampiresca, a narrativa não cansa, mesmo sob o aspecto de uma entrevista contada por Louis. Maquiagem, figurino, fotografia, tudo consegue ser fixado na memória. Os diálogos não são os mais brilhantes, mas condiz com o universo pop. Ótimas atuações de Cruise, Pitt, Banderas e Slater, mas vou rasgar ceda para Kirsten Dunst mirim foférrima e expressiva. Eu era adolescente quando a vi nesse filme. Inesquecível. Entrevista com o Vampiro já é um clássico do gênero.
Vale muito a conferida. A direção conduz um suspense bem articulado com as cenas, fazendo com que até clichês se tornem mais atraentes aqui, como uma certa cena no escuro da sala. A tensão é colocada em torno da vulnerabilidade da garota, mas ao mesmo tempo a gente sabe o quanto ela é inteligência criando suas saídas, o que não nos tacha de tolos. Tudo bem, já quando se abate a desconfiança sobre a mãe, eu já imagino um dos plot twist finais. Já sobre o remédio, desconfiei também de algo parecido. E é isso, não importa se tem previsibilidade em alguns desfechos, pois a condução do filme é muito interessante e isso é o que importa. Final menos inteirado com o que vimos durante o filme todo, mas também não achei ruim, apenas mal formulado para nos dar uma impressão de vingança e satisfação. Ora bolas, nada vai pagar o que a guria sofreu e perdeu, nem mesmo um troco bem dado. Atuações impecáveis de Kiera e Sarah.
Pensamentos e comportamentos obsessivos nos destroem, até mesmo quando é sobre algo bom e que amamos, se não paramos para analisar, filosofar, olhar para os quatro cantos, para as coisas simples, nunca descobriremos que o propósito maior da vida é viver e não necessariamente chegar num ponto qualquer. Tanto aqueles que não querem sair da sua zona de conforto e tem medo ou preconceito do desconhecido, quanto aqueles que perseguem um objetivo achando que é tudo que lhes resta e não faz outra coisa na vida, ambos podem se tornar almas perdidas e nunca sair desse limbo infernal. Soul é uma animação que mexe com nosso espírito, no sentido amplo dessa palavra. É mais sobre isso que sobre música, muito embora, o Jazz combine sobremaneira com o céu também.
O outro eu dei 4 estrelas pela formação de um filme da DC decente depois de alguns desastres, mas sabia que faltava algo mais organizado e menos vazio, elementos que esta versão do Zack tratou de consertar. Não há que se falar num filme perfeito aqui, mas muito melhor e mais completo que o primeiro. Com uma história mais organizada, explicada, instigante e convincente. Os personagens ganharam um fôlego mais sério sem necessariamente serem pesados, pelo contrário, há leveza. As cores são mais escuras, mas não menos vibrantes e sim, se diminuíssem as câmeras lentas diminuiria o filme pra 3 horas de duração, mas tudo bem, já que o Snyder ia arrumar a coisa toda, que fizesse o trabalho grande mesmo. Dou 4 estrelas com gosto desse vez, principalmente, porque o Lobo da Estepe tá mais fodão, as piadas são mais discretas e o Flash e Ciborgue tiveram mais espaço para mostrar o perfil.
Bad Samaritan, um ótimo filme de suspense e terror. O título original é muito melhor, colocam casa do medo pra chamar um público lugar-comum e depois a gente ouve que estão decepcionados. Apesar de alguns clichês do gênero, a direção do filme consegue dar uma atmosfera tensa o tempo todo, a história é bem amarrada e cheia de boas sacadas. Tem um ato final um tanto extenso para o que se propunha, mas mesmo assim desperta um ar de medo, riso e vingança ao mesmo tempo. Nada de virada badass do nada, foi custoso pro gato pegar o rato. Aliás, as atuações são bem convincentes e Sheehan se encaixa bem no rapaz malandro que na verdade é um ótimo sujeito, capaz de sacrificar sua própria vida por um ato de salvamento de uma estranha, mesmo não tendo nenhum perfil de herói, pelo contrário, muito atrapalhado. Já Tennant é o psicótico na medida do estereótipo doido desde neném sem um pingo de remorso. E Condon, consegue dar muita expressividade a sua personagem aterrorizada e esperta ao mesmo tempo. Não é só um filme de situações, o conjunto da obra é bem instigante.
É um filme com muitos clichês, mas empregados de forma diferenciada. Sim, você sabe que vai acontecer, mas não imagina como vão desenvolver isso, ou seja, cada cena, por mais previsível, por mais que nos dê as velhas raivas e ansiedade, são conduzidas com muito capricho e há mérito pra direção, para o roteiro e claro, para as atuações, principalmente do núcleo mirim. Isabelle, que funesta. A menininha Aryana é expressiva demais e o garoto Jimmy cumpre bem o papel do ciumento, protetor e apavorado ao mesmo tempo. O plot twist é sim um dos mais surpreendentes, a forma como foi desvendado arrepia a cada pedaço de um corpo se desfazendo. Farmiga é ótima em tudo que faz e Sarsgaard, que sempre deixa um tom meio dúbio entre o bem e o mal em vários personagens, aqui é um bom sujeito que chega a ser o trouxa, ou seja, perfeito. Cena da freira Abgail (estupenda Pounder), uma das minhas preferidas, aliás, taí, o filme é cheio de cenas memoráveis, com clichê ou sem clichê. Não é uma obra impecável, mas é inesquecível.
Pensa aí num filme ruim, só a quarentena pra me fazer ver um trash desses ahahahaha. Eu acho que são alunos de cinema do primeiro período, que resolveram quebrar o porquinho, juntar as moedas e fazer um filme sem a mínima experiência. Eu fico com pena de dar nota baixa pra amadorismo e por isso vou aumentar a nota pra 1.1.
Eu assistindo agora de novo. O povo não entendeu a essência das atitudes do Louis. O cara não é burro, o filme trata de insuportabilidade do luto, ele estava loucaço desde a perda do filho e gradativamente mais, então, está tudo coerente.
Quando o filme entra com a trilha sonora e a fotografia arrebatadora, provocando dor por se tratar de um filme que retrata a escravidão negra e as punições carrascas de feitores e capatazes eu disse, lá vem uma obra-prima do terror e do drama. Mas, infelizmente, a grandiosidade ficou assim encerrada em algumas cenas e diálogos. O roteiro pensou grande e não desenvolveu quase nada, foi se perdendo em diálogos previsíveis, em situações mal elaboradas e até confusas e sem sentido.
As vezes é melhor esquecer essa história de plot twist, sem ter que montar uma história toda certinha, sem entregar nada da surpresa final. Melhor seria trabalhar a trama sem furos, ainda que entregue um pouco de cara a reviravolta, pois o que queremos é um filme coeso e cheio de conteúdo pra pensar. Janelle tá ótima, o filme é bom, é uma crítica social forte, o suspense é mediano e o terror é real(ou diria, real e montado?).
A única coisa que se equipara ao filme A Vila é o plot twist ser de um grupo querendo viver um tempo que não é seu, mas até o teor dessa construção e os objetivos são totalmente diferentes. Se eu fosse equiparar a essência filosófica dos desejos monstruosos da humanidade em escravizar, humilhar, matar, estuprar, violentar quem acha inferior, diria que está mais para Westworld.
Para um filme de Natal, com um casal romântico, até que a história conseguiu descentralizar das mesmices, mesmo porque é baseada numa história real. Gostei. Só o ator principal, que tem uma cara de bebezão sem fofura, sem postura firme ou expressividade, nem mesmo sensualidade, enfim, faltou carisma, acabou que deixou o casal meio sem sal. A Kat é ótima e Virgínia também, conseguiram passar verdade e sensibilidade.
Borat continua me causando riso e incômodo nauseante. Por isso, é demais de bom. Ouço por aí dizer que não há tanto com o que se surpreender atualmente e já não chocaria tanto, mas eu não concordo, me choca até mais ver tanta podridão das pessoas sendo expostas como uma aparente normalidade nos dias atuais e Sacha é um puta de um corajoso esgarçando o diabo dessas personas da América.
Nossa, estava ouvindo falar que era um filme diferentão, quando na verdade não há nada mais batido ultimamente que um bando de bestas se comunicando por chamada de vídeo numa quarentena, só pra ficar fashion. Sustos pra cá, sustos pra lá, gritos, choros, sons altos, e todos os clichês possíveis, além da reunião virtual ser com um propósito que apenas quem não tem o que fazer pode achar bacana, mexer com espRito e Demonho. Para mim, se for pra ser um filme de terror que fuja ao psicológico, que seja ao menos mais original e com uma atmosfera envolvente. Além disso, desenvolvimento de personagens é importante, do contrário, a gente não liga quando eles se ferram.
Annabelle
2.7 2,7K Assista AgoraEu falaria que é um filme mediano pela direção e só. Mas, o racismo clichê é tão fdp, que não dá mesmo pra considerar méritos. A boneca deveria ter matado geral igual ao Chuck. Isso é que é "cringe".
Paternidade
3.4 169 Assista AgoraFilme sobre ser pai solteiro, viúvo, sozinho, enfim. Mas, tem um bom equilíbrio entre piadas e dramas, dando destaques as situações passadas por quem cria seus filhos sozinhos nessa dura e temível jornada humana de trabalhar, educar, cuidar e proteger. O roteiro deixou claro desde o início que o pai não era o melhor exemplo de homem que conseguiria fazer isso, e o personagem assumiu o risco e responsabilidade, entre tropeços e vitórias, criou uma fofura de filha.
Abaixo o Amor
3.1 266 Assista AgoraAi os anos 60, não vivi, mas é uma força da música, da elegância, da comédia e do romance, despontando os primeiros passos mais fervorosos de assunção feminista. Renée e Ewan estão perfeitos como casal praticante de uma guerra dos sexos com relação a amor e carreira. A nota mediana no filmow corresponde a um público meia boca, ignorem. Filme maravilhoso.
Fúria Incontrolável
3.0 379 Assista AgoraO povo aqui diz que o filme é tenso. Ô povinho pra ter tesão com pouca coisa, ops, tensão, ops, dá no mesmo. Russell, para de se interpretar na tela e volta a fazer uns filmes bons. Fraco.
Oxigênio
3.4 498 Assista AgoraO filme é bem bom. Não senti ansiedade, mas é um tanto claustrofóbico e soube preencher bem cada minuto com bons diálogos, ação, flashbacks, ideias e saída, no geral, sob a lógica futurista, aliás, tudo isso dentro de um único e pequeníssimo espaço. O oxigênio contado é algo que acaba me remetendo ao momento trágico que passamos no país, de tanta falta de ar literalmente e em vários sentidos, nem assistindo a um filminho, eu consigo me desligar desse abalo pandêmico e social. Quanto aos personagens, os coadjuvantes são pontuais, mas, claro, a Liz da Melanie conduz o papel com muita emoção e até algumas pitadas de humor. A premissa é simples, confesso que ali pelo meio eu já estava imaginando certeiramente uns 3 mistérios, muito embora eu me importe mais com a execução que com as surpresas. Spoiler: O que seria de nós se nascêssemos com tantas memórias de uma vida que não vivemos? Nem sei se gostaria de experimentar a segunda chance, mas acho que sim, porque tem muita coisa boa também, além do desafio de tentar fazer melhor e ter esperança na humanidade. Final lindo.
Não Matarás
3.3 112 Assista AgoraE eu já acostumada a ver o Mario Casas enroladíssimo em seus papéis, quase me surpreendi aqui hehe. Aliás, personagens também um tanto dúbios, pois eu já tava esperando a reviravolta do tonto que vira bronco. Bom, faz tempo que não tenho um carrossel de emoções vendo um thriller e No Mataras trouxe isso. É o tipo de filme que a cena induz a gente a dizer, olha lá, vai acontecer isso, tenho certeza, para logo em seguida nos frustrar, como se os idealizadores estivessem gozando de nossa cara o tempo todo em pegadinhas bem dirigidas. Mas, de uma coisa a gente tem certeza, o personagem central vai se dar mal mais cedo ou mais tarde. Além disso, hora a gente tem pena, hora a gente tem ódio, hora ele excita, hora ele irrita, enfim, como disse, uma montanha russa de emoções. Mas, gostei muito. Os Espanhóis são ótimos nisso, com um clichezinho aqui, outro acolá, um exagerozinho ali, mas no geral, sabem envolver
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraEu tive que respirar um pouco pra falar sobre esse filme. Assisti hoje e faz tempo que não choro com filmes de forma tão verdadeira. Eu tenho um pai idoso, ainda bem sóbrio, inteligente e ativo, com exceção de algumas falhas da idade. Então, mesmo assim, há uma identificação imediata com a relação dos personagens. Mas, venho falar não da identificação em si, geralmente gostamos disso, venho falar da forma como o filme conduziu a história nos colocando no lugar do Anthony, sob a dura e dolorosa perspectiva de sua vida, ou melhor, desse momento que é a velhice na sua pior forma. Claro, não seria a mesma coisa se ali não estivesse o maravilhoso Anthony Hopkins dando vida a esse personagem, e que vida. O aspecto de pegar um texto e conduzí-lo detalhadamente, estudadamente e mesmo assim parecer real, próximo, espontâneo no desenrolar da fala, dos gestuais e da expressão corporal e facial, isso só pode vir de um monstro igual a Hopkins. Olivia Colman é aquela que brilha sem parecer que faz esforços, é uma dádiva esse encontro. A história é perfeita, os aspectos abordados não se perdem em explicar a doença, mas sim as dificuldades do seu portador, nos fazendo sentir o que ele sente. A confusão dos personagens aqui não é nenhum charme de narrativa ou plot twist pra chamar a atenção, é simplesmente o exemplo aproximado do que se passa com uma pessoa de idade, solitária(não só no sentido de estar só fisicamente, mas de ter que enfrentar o problema sozinho) e com os mesmos problemas de senilidade. Angustiante e triste. Enfim, The Father me tocou de uma maneira que se eu fosse descrever em detalhes a formosura do roteiro, eu teria que escrever horas aqui. Excelente.
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 798 Assista AgoraIria assistir esse filme ontem tomando uma cerva pré feriado mas, bebi um pouco demais e resolvi deixar pra hoje. Maravilhoso. Com o perdão da zoeira, como as pessoas mudam da água para o vinho com uma dose de 0,05% diária de álcool! Pena que a progressão desse subterfúgio é quase certeira e o fim a gente já prevê. Mesmo assim, concordo que a intenção do filme não é moralista e nem muito menos de apologia ao álcool, ele aborda o sofrimento humano diante dos problemas cotidianos que envolvem família, trabalho, existência, depressão e nada melhor que de repente tentar ver se alguma coisa melhora com a famosa válvula de escape, o goró. Que pode ser também o seu remedinho pra dormir, estabilizar, o cachimbo da paz etc. A questão é, todos precisamos relaxar, porque o mundo é foda e não folga, mas é uma saída ilusória quando se perde na sedução e desejo de frisson, enfim, quando leva ao exagero. Gostei, justamente pelo filme não ficar dizendo isso ou aquilo sobre certo ou errado, nem é essa a intenção, além de trazer uma relação honesta entre amigos e a abordagem do álcool nas diversas facetas. Aliás, se bebe por muitos motivos, mas ao final, há o contraponto entre o triste e a felicidade suprema.
Amor e Monstros
3.5 664 Assista AgoraDelicioso de ver. Não é um filmaço, Longe disso, mas é um filme despretensioso e ao mesmo tempo não nos aborrece com infantilidades, mesmo tendo um núcleo jovem e narrando o pós apocalipse com pitadas de comédia. O romance de casal é o de menos, no meio de tudo, claro que vemos que AMOR é família, amigos, são as ajudas que temos pelo caminho, é o animalzinho de estimação, é a máquina que parece ter mais sentimentos que certos humanos, é o olhar de socorro de um bicho ameaçador que na verdade sofre aprisionado a raça humana da pior espécie, e sim, é o sentimento perdido em algum lugar do passado que reaviva pelas circunstâncias do presente. Se reapaixonar. Enfim, é sobre monstros, mas é sobre defesa, conciliação, coragem, ponderação, experiência, solidariedade, sobrevivência e AMOR. Ah, poderia ser mais longo e mais desenvolvido, tinha potencial para uma série, porque é criativo e cheio de personagens que valiam episódios, mas valeu pela curta experiência. Com todo respeito ao Dylan, que eu acho ótimo e carismático, o cachorro, ahhhh, o cachorrinho é a expressão.
O Som do Silêncio
4.1 986 Assista AgoraQuando assisti esse filmaço, já previa algumas indicações ao Oscar. É uma experiência bem intimista, a gente experimenta mesmo a perda da audição do personagem com esse trabalho de som impecável, assim como experimenta seus incômodos pós cirúrgicos. Apesar de ser bem realista e de condução natural, inclusive graças a uma ótima direção, o filme se apega também em reflexões simbólicas sobre o universo do surdo, como por exemplo, o som do metal, antes inspirado por música, passa a ser um som irritante em que o silêncio as vezes é o melhor refugo. Comportamento de "viciado" não cabe mais, agora é a busca pelo autoconhecimento numa nova vida. A naturalidade do filme, a minúcia em contar a história me conquistou, assim como a atuação primorosa de Riz Ahmed sozinho ou em conjunto com a ótima Cooke. Ah, e não poderia deixar de falar de Paul Raci, que quando surgia dialogando, parece que a força da cena crescia ainda mais junto a Riz.
Entrevista Com o Vampiro
4.1 2,2K Assista AgoraAí foi quando os vampiros passaram a ser gostosos, mais que assustadores.🤭 Brincadeiras a parte, é um ótimo filme baseado em mitologia vampiresca, a narrativa não cansa, mesmo sob o aspecto de uma entrevista contada por Louis. Maquiagem, figurino, fotografia, tudo consegue ser fixado na memória. Os diálogos não são os mais brilhantes, mas condiz com o universo pop. Ótimas atuações de Cruise, Pitt, Banderas e Slater, mas vou rasgar ceda para Kirsten Dunst mirim foférrima e expressiva. Eu era adolescente quando a vi nesse filme. Inesquecível. Entrevista com o Vampiro já é um clássico do gênero.
Fuja
3.4 1,1K Assista AgoraVale muito a conferida. A direção conduz um suspense bem articulado com as cenas, fazendo com que até clichês se tornem mais atraentes aqui, como uma certa cena no escuro da sala. A tensão é colocada em torno da vulnerabilidade da garota, mas ao mesmo tempo a gente sabe o quanto ela é inteligência criando suas saídas, o que não nos tacha de tolos. Tudo bem, já quando se abate a desconfiança sobre a mãe, eu já imagino um dos plot twist finais. Já sobre o remédio, desconfiei também de algo parecido. E é isso, não importa se tem previsibilidade em alguns desfechos, pois a condução do filme é muito interessante e isso é o que importa. Final menos inteirado com o que vimos durante o filme todo, mas também não achei ruim, apenas mal formulado para nos dar uma impressão de vingança e satisfação. Ora bolas, nada vai pagar o que a guria sofreu e perdeu, nem mesmo um troco bem dado. Atuações impecáveis de Kiera e Sarah.
Soul
4.3 1,4KPensamentos e comportamentos obsessivos nos destroem, até mesmo quando é sobre algo bom e que amamos, se não paramos para analisar, filosofar, olhar para os quatro cantos, para as coisas simples, nunca descobriremos que o propósito maior da vida é viver e não necessariamente chegar num ponto qualquer. Tanto aqueles que não querem sair da sua zona de conforto e tem medo ou preconceito do desconhecido, quanto aqueles que perseguem um objetivo achando que é tudo que lhes resta e não faz outra coisa na vida, ambos podem se tornar almas perdidas e nunca sair desse limbo infernal. Soul é uma animação que mexe com nosso espírito, no sentido amplo dessa palavra. É mais sobre isso que sobre música, muito embora, o Jazz combine sobremaneira com o céu também.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KO outro eu dei 4 estrelas pela formação de um filme da DC decente depois de alguns desastres, mas sabia que faltava algo mais organizado e menos vazio, elementos que esta versão do Zack tratou de consertar. Não há que se falar num filme perfeito aqui, mas muito melhor e mais completo que o primeiro. Com uma história mais organizada, explicada, instigante e convincente. Os personagens ganharam um fôlego mais sério sem necessariamente serem pesados, pelo contrário, há leveza. As cores são mais escuras, mas não menos vibrantes e sim, se diminuíssem as câmeras lentas diminuiria o filme pra 3 horas de duração, mas tudo bem, já que o Snyder ia arrumar a coisa toda, que fizesse o trabalho grande mesmo. Dou 4 estrelas com gosto desse vez, principalmente, porque o Lobo da Estepe tá mais fodão, as piadas são mais discretas e o Flash e Ciborgue tiveram mais espaço para mostrar o perfil.
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraFrancamente!
A Casa do Medo
3.2 150 Assista AgoraBad Samaritan, um ótimo filme de suspense e terror. O título original é muito melhor, colocam casa do medo pra chamar um público lugar-comum e depois a gente ouve que estão decepcionados. Apesar de alguns clichês do gênero, a direção do filme consegue dar uma atmosfera tensa o tempo todo, a história é bem amarrada e cheia de boas sacadas. Tem um ato final um tanto extenso para o que se propunha, mas mesmo assim desperta um ar de medo, riso e vingança ao mesmo tempo. Nada de virada badass do nada, foi custoso pro gato pegar o rato. Aliás, as atuações são bem convincentes e Sheehan se encaixa bem no rapaz malandro que na verdade é um ótimo sujeito, capaz de sacrificar sua própria vida por um ato de salvamento de uma estranha, mesmo não tendo nenhum perfil de herói, pelo contrário, muito atrapalhado. Já Tennant é o psicótico na medida do estereótipo doido desde neném sem um pingo de remorso. E Condon, consegue dar muita expressividade a sua personagem aterrorizada e esperta ao mesmo tempo. Não é só um filme de situações, o conjunto da obra é bem instigante.
A Órfã
3.6 3,4K Assista AgoraÉ um filme com muitos clichês, mas empregados de forma diferenciada. Sim, você sabe que vai acontecer, mas não imagina como vão desenvolver isso, ou seja, cada cena, por mais previsível, por mais que nos dê as velhas raivas e ansiedade, são conduzidas com muito capricho e há mérito pra direção, para o roteiro e claro, para as atuações, principalmente do núcleo mirim. Isabelle, que funesta. A menininha Aryana é expressiva demais e o garoto Jimmy cumpre bem o papel do ciumento, protetor e apavorado ao mesmo tempo. O plot twist é sim um dos mais surpreendentes, a forma como foi desvendado arrepia a cada pedaço de um corpo se desfazendo. Farmiga é ótima em tudo que faz e Sarsgaard, que sempre deixa um tom meio dúbio entre o bem e o mal em vários personagens, aqui é um bom sujeito que chega a ser o trouxa, ou seja, perfeito. Cena da freira Abgail (estupenda Pounder), uma das minhas preferidas, aliás, taí, o filme é cheio de cenas memoráveis, com clichê ou sem clichê. Não é uma obra impecável, mas é inesquecível.
Acampamento Selvagem
1.0 13 Assista AgoraPensa aí num filme ruim, só a quarentena pra me fazer ver um trash desses ahahahaha. Eu acho que são alunos de cinema do primeiro período, que resolveram quebrar o porquinho, juntar as moedas e fazer um filme sem a mínima experiência. Eu fico com pena de dar nota baixa pra amadorismo e por isso vou aumentar a nota pra 1.1.
Cemitério Maldito
3.7 1,1K Assista AgoraEu assistindo agora de novo. O povo não entendeu a essência das atitudes do Louis. O cara não é burro, o filme trata de insuportabilidade do luto, ele estava loucaço desde a perda do filho e gradativamente mais, então, está tudo coerente.
A Escolhida
3.5 291Quando o filme entra com a trilha sonora e a fotografia arrebatadora, provocando dor por se tratar de um filme que retrata a escravidão negra e as punições carrascas de feitores e capatazes eu disse, lá vem uma obra-prima do terror e do drama. Mas, infelizmente, a grandiosidade ficou assim encerrada em algumas cenas e diálogos. O roteiro pensou grande e não desenvolveu quase nada, foi se perdendo em diálogos previsíveis, em situações mal elaboradas e até confusas e sem sentido.
As vezes é melhor esquecer essa história de plot twist, sem ter que montar uma história toda certinha, sem entregar nada da surpresa final. Melhor seria trabalhar a trama sem furos, ainda que entregue um pouco de cara a reviravolta, pois o que queremos é um filme coeso e cheio de conteúdo pra pensar. Janelle tá ótima, o filme é bom, é uma crítica social forte, o suspense é mediano e o terror é real(ou diria, real e montado?).
A única coisa que se equipara ao filme A Vila é o plot twist ser de um grupo querendo viver um tempo que não é seu, mas até o teor dessa construção e os objetivos são totalmente diferentes. Se eu fosse equiparar a essência filosófica dos desejos monstruosos da humanidade em escravizar, humilhar, matar, estuprar, violentar quem acha inferior, diria que está mais para Westworld.
Missão Presente de Natal
2.9 110 Assista AgoraPara um filme de Natal, com um casal romântico, até que a história conseguiu descentralizar das mesmices, mesmo porque é baseada numa história real. Gostei. Só o ator principal, que tem uma cara de bebezão sem fofura, sem postura firme ou expressividade, nem mesmo sensualidade, enfim, faltou carisma, acabou que deixou o casal meio sem sal. A Kat é ótima e Virgínia também, conseguiram passar verdade e sensibilidade.
Borat: Fita de Cinema Seguinte
3.6 552 Assista AgoraBorat continua me causando riso e incômodo nauseante. Por isso, é demais de bom. Ouço por aí dizer que não há tanto com o que se surpreender atualmente e já não chocaria tanto, mas eu não concordo, me choca até mais ver tanta podridão das pessoas sendo expostas como uma aparente normalidade nos dias atuais e Sacha é um puta de um corajoso esgarçando o diabo dessas personas da América.
Vestido Maldito
2.6 202 Assista AgoraAi, xissus. Não basta ser bizarro, tem que ter conteúdo. Esse é bem fraco.
Cuidado Com Quem Chama
3.4 630Nossa, estava ouvindo falar que era um filme diferentão, quando na verdade não há nada mais batido ultimamente que um bando de bestas se comunicando por chamada de vídeo numa quarentena, só pra ficar fashion. Sustos pra cá, sustos pra lá, gritos, choros, sons altos, e todos os clichês possíveis, além da reunião virtual ser com um propósito que apenas quem não tem o que fazer pode achar bacana, mexer com espRito e Demonho. Para mim, se for pra ser um filme de terror que fuja ao psicológico, que seja ao menos mais original e com uma atmosfera envolvente. Além disso, desenvolvimento de personagens é importante, do contrário, a gente não liga quando eles se ferram.