Filmes que retratam opressão estética feminina existem incontáveis, por isso mesmo, resolveram fazer um que fosse mais pontual sobre o cabelo, sendo mais pontual ainda sobre o cabelo afro, pois é nesta etnia que o processo de transição capilar é mais doloroso, por questões óbvias de uma sociedade racista que ataca principalmente a cor e o cabelo crespo dos negros. Atacam sem dó nem piedade, trazendo a baila a questão sobre o que é beleza, afinal, é algo construído socialmente? Neste caso, negros estariam em desvantagem, sob a ótica dessa mesma sociedade racista. É claro que há a colocação do machismo, da subestimação, do aprisionamento, mas em foco nisso tudo, o cabelo. É justamente por isso que gostei do filme, porque ele foi numa base específica tão tocada hoje em dia, a transição capilar e o processo doloroso de vencer o preconceito contido na imagem do cabelo, a libertação que está em mandar as favas esse simbolo de estima, de padrão e de beleza da mulher. Nós não nos resumimos a um cabelo, mas ele passa a vida inteira sendo nosso calcanhar de aquiles, ou pelo menos para a grande maioria das mulheres, imagina isso para um povo que sempre teve a chacota no termo pejorativo, cabelo duro? Passa ferro, passa química, passa raiva, passa privações, passa humilhações. O filme pecou em alguns aspectos, ao meu ver, poderia ter se libertado mais de alguns clichês e aprofundado nessa relação com o cabelo de forma mais ampla, tinha assunto, tinha muito assunto. Mas, cumpriu uma boa história, valeu por essa experiência de libertação, empoderamento e felicidade. Ah, a Sanaa é uma ótima atriz, linda e careca, meu Deus, que poder.
É um dos melhores filmes de terror deste ano e também dos últimos tempos, porque é fundamentalmente psicológico e em maior parte, original. Nos 40 minutos finais, ele perde um pouco a força do sugestivo e misterioso e se valha de alguns clichês do gênero com alguma pressa, e confesso que só isso me incomodou. Mas, no geral não prejudicou, existiram muitas cenas fortes nesse meio tempo e bem trabalhadas pra trazer o medo através de imagens e ameaças. O estado de mau estar que já vinha desde o início naquela família, acaba por se entregar ao terror explícito e decisório na vida e morte daquelas pessoas. O final foi bom, mas, como disse, tudo meio apressado pra entregar a conclusão. Ah, e não poderia deixar de citar meu arrepio por uma determinada cena, cujo segmento se estendeu por algum tempo numa mistura de horror, medo, pena, tristeza e angústia que muito se deveu a direção do filme e a interpretação de um personagem em estado de choque. O peso da culpa é mesmo aterrorizante, mas desse jeito é muito pior.
Mesmo a gente ficando velha, ainda gosta de filmes de adolescentes nerds conquistando o maioral da escola na autenticidade. O problema é que a maioria vem recheado de clichês, de história meio pobre e de caracterização de personagens teens irritantes. No caso desse filme, se livra mais ou menos desses estereótipos e cumpre com um entretenimento bem bom. O romance tem algumas nuances que fogem ao tradicional, principalmente porque, tratar de temas polêmicos como paixonite por namorado de amiga ou irmã sem transformar em um caso monstruoso é um grande mérito, aliás, é o contrário, torna-se normal e o difícil é saber o que fazer com isso e manter o caráter intacto. O filme soube explorar bem isso e fazer a transferência de relação na medida certa, com jovens maduros sem perder a jovialidade.
Filme de medo, puro medo, com roteiro bem encaixado e atuações certas. Lembro que na época, quando saí do cinema fui discutindo e me dando conta de que filmes de terror também são ótimos para filosofar e como as surpresas são pontuais. Além do lindo ator Ananda, que oriental lindo do caramba.
De fato o filme oscila muito em qualidade, mas no geral é um romance entre adolescentes bem menos óbvio que outros filmes por aí, bem agradável e tenta fugir de clichês, pode não agradar a maioria dos jovens de hoje que pedem uma pegada mais sensual nos casais, porém, definitivamente preferiram manter a ingenuidade. Os personagens casam com a história, a menina sensivelmente interpretada pela gracinha da Amandla Stenberg mistura inteligência, romantismo e inocência com o medo e a impulsividade próprios da idade ou da sua condição difícil de saúde.Nick também deu a Olly a doçura e determinação certeira. Porém, os pontos baixos são o desfecho, a intensidade muito comedida, como já falei o romance ou os acontecimentos as vezes parecem mornos, a velocidade galopante com que alguns fatos acontecem. Mas, tem uma boa sacada na forma de contar a história sob o ponto de vista de Maddy, com astronauta, tem simbologias interessantes como o fato de ser um casal entre etnias e ela usar roupas muito brancas e ele gostar de roupas pretas, as atuações são convincentes. É bonitinho sim e vale 3 estrelas.
O melhor politicamente incorreto dos últimos tempos em termos de comédia. Tem que ir despido de moralismos. Lembro que na época, quando fui ao cinema, vi uma pá de pais assustados por ter levado seus filhos a um filme cheio de palavrões. Ora bolas, deveriam parar de se guiar por capas de filmes com ursinhos fofos e não tirar conclusões precipitadas sobre ser ou não filmes pra crianças. Definitivamente não era um filme pra crianças nem pra família. O urso é tão peste quanto gracioso. É uma comédia eficiente e a história é boa. Ri muito.
Pense num filme meia bomba! E o lha que eu ultimamente estou me achando bem benevolente com essa categoria de filme que pede pra deixarmos o cérebro em casa e só entrar na vibe do divertimento. O mérito é que me pregou sustos, é bonito e tem cenas que poderiam ser mais memoráveis, caso o filme fosse mais sério. Ao meu ver os personagens são um pouco fracos, o que me fez achar o Jason Statham um delicioso e uma gracinha(é, amo carecas), mesmo não curtindo nenhum filme dele. Exceção também pra menininha, me fez rir. Porém, é melhor ter algum desenvolvimento de cada persona, mesmo que superficial, que tratar cada um como mero número pra morrer em cena. O Tubarão é Mega no tamanho, mas o filme é bem aquém dos filmes do gênero, só ganhando um status pelos bons efeitos especiais, com destaque para o Tubarão.
Não precisa mais comentar, todo mundo viu o apocalipse que foi esse filme. Forest, please! Eu até admito filme ruim, mas filme ruim que se pretende sério são os piores.
Tá, O Reino Ameaçado é um filme com muitas irregularidades, um roteiro mediano e sem muita originalidade, com alguns personagens irritantes, e vilões caricatos, mas o que faz ele me despertar uma simpatia maior que o primeiro Jurassic World é o fato de que aquele também tinha alguns desses mesmos defeitos, só que sem o excelente clima de tensão que este segundo filme promove, me fazendo segurar na cadeira(e olha que eu sou difícil, pois sou acostumadíssima a terror e suspense, não é fácil me fazer temer por algo). Mas, nem só a atmosfera de aventura, suspense, medo, são tão parecidas com o primeiro Jurassic Park( o excelente filme de 93, imbatível da série), como sua belíssima fotografia, em especial a da cena da erupção vulcânica e o teor triste por trás de tudo aquilo, marcou sobremaneira. Efeitos e monstros convincentes, cada qual com uma perfil. A ciência e algumas abordagens sobre o universo não ficou no vácuo. Os dois personagens centrais estão mais carismáticos, assim como suas motivações avançam para a analogia de tudo que atravessamos quando se trata de fauna e flora e preservação. No geral, Jurassic World, O Reino Ameaçado é envolvente o suficiente pra fazer jus ao engrandecimento dos gigantes Dinos.
Elenco feminino de peso, boas atuações, algumas gracinhas e sacadas interessantes para o crime, porém mais do mesmo. Um olhar feminino sobre esse filme teria mudado tudo, creio, mas se colocarmos George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon etc no lugar das queridinhas, não consegue ser nada de diferente. Enfim, pra quê colocar um filme de trapaça com mulheres se é pra não diferenciar em nada ou trazer ideias que ressaltem os caracteres do gênero e sem caricatura? Divertiu sem empolgar.
Eis um tipo B que mesmo antes do boom de filmes sobre vírus e apocalipse zumbi trouxe uma ideia boa, mesmo que envolto em faltas, traz um movie sobre sobrevivência e atitudes desumanas para tanto. Rende sim boas reflexões, desde que não tenhas ido com expectativa de um terrorzão. Não tem grandes filosofias, nem diálogos memoráveis, mas o clima e a proposta são passados com eficiência frente a uma boa direção.
A melhor gozação sobre super heróis, ou anti-heróis, ou sobre filmes do gênero pertence a Deadpool. Nessa segunda partida de humor, novamente temos um Ryan Reynolds casado com esse personagem hilário, mandando porrada e levando muita também. O filme não faz questão de se levar a sério, mas ao mesmo tempo tem mais qualidade que a maioria dos filmes sérios por aí. As piadas envolvem referências(talvez algumas piadas que envolvem cultura pop anos 80 e 90 passem despercebidas a ala mais jovem), mesmo assim, é um amontoado de boas cenas de ação, tiração de onda, ou seja, nem na morte tem pieguice aqui. O roteiro, no conjunto, não é fraquinho(piada do Dead), é bem razoável e o principal, funciona muito bem no embasamento para as ótimas piadas. Ri pra cacete. Só achei que os novos personagens deveriam ser melhor explorados em personalidade, vez que nas habilidades foram muito bem. E, finalmente, fui a loucura com Take on me e o encaixe na cena com referência ao clipe.
Me lembro de ter visto Entrando Numa Fria no cinema(quanto tempo já), meio a contra gosto, pois nunca fui muito de comédias do estilo. Contudo, me surpreendi com o humor equilibrado e também comigo mesma, que me acabei de rir em um monte de piadas e situações. Parte desse sucesso é dado ao elenco afinado, as personalidades dos personagens bem construídas, as situações originais e as doses certas de humor. Pena que as continuações foram muito fracas, mas esse primeiro foi digno de assistir mais vezes e rir como se fosse a primeira vez.
Quem me conhece sabe que eu não gosto muito de comédias no estilo besteirol, conto nos dedos as bem realizadas, aliás, em vez de me fazerem rir, me dão raiva na maioria das vezes. Ocorre que A Noite do Jogo se tornou uma dessas exceções, conseguindo produzir um besteirol eficiente, com elementos simples e inteligentes ao mesmo tempo. Claro, tem algumas situações que desequilibram em bobagens, mas a maior parte do tempo conseguiu me despertar risadas altas no cinema, uma raridade. Personagens bem construídos e interpretados. Jason Bateman com a habitual comicidade, McAdmans é uma atriz que sempre teve um time comic e todo elenco na dose certa. Aliás, fecha com boas piadas sobre cultura pop e plot twist.
Eu ainda não tinha classificado, que furo! Só há terror depois de O Iluminado. Stephen King deu o fio e Stanley Kubrick ligou a tomada de um Hotel macabro e lindo ao mesmo tempo. Aliás, ainda bem que não conheço nenhum hotel com quarto de número 237 já que é um número muito alto. :) O terror psicológico(literalmente dentro e fora do filme), é algo tão bem trabalhado que mesmo em cenas sem sangue ou fantasmas, a tensão e o perigo se manifestam na forma de imagens, de música, de som, de silêncio e de expectativa. Quando percebemos a transformação do personagem central, nem mesmo uma longa conversa com o garçom parece aborrecer, pelo contrário, Nicholson é muito forte, irreverente e ator sobremaneira, Nicholson é duas vezes Jack. Shelley Duval como Wendy é o medo e a fragilidade em pessoa, se fosse outra atriz, não sei se eu sentiria tanto.E o nosso pequeno iluminado, também duas vezes Danny, expressa convincente a criança assustada, corajosa e inteligente ao mesmo tempo. Aliás, sempre digo que num frio daqueles, a loucura só precisa de tempo, e nem precisava de mal assombração. Cenas icônicas como a da capa do filme, e que até hoje basta um ponto, você já sabe que a referência é a O Iluminado. Dá-lhe terror com inteligência.
Desde criança a sétima arte faz parte de minha vida, nunca me dei por satisfeita em ver um filme e ficar quieta sem pensar, mas certamente antes de Cidade dos Sonhos eu era mais relaxada. Esse foi um dos dvds que peguei ainda em locadora e não dava nada, mas me apaixonei. Obrigada, Sir. David Lynch! Ora, o filme tinha um elemento que amo em artes no geral, o surrealismo, e como o próprio nome denuncia(aliás, que furada esse título), o onírico permeia boa parte da história, o difícil é identificar isso quando não existiam tantas críticas pra nos ajudar a ver detalhes. Simbologias, referências, musicalidade, dor, frustração, e por fim, o sonho como fuga ou caminho daquilo que nunca se pôde ser ou ter. Puro cinema feito num suspense recheado de dramas. Naomi Whatts faz uma de suas melhores atuações e seria uma ironia com sua complexa personagem essa constatação. Qualquer coisa que eu fale a partir disso é tirar o gostinho de uma experiência individual de interpretações, de sentimentos, tem críticas muito completas por aí, então, fico em silêêêêncio.
Quem aguenta o Peter Sellers nessa comédia? Adooooooro. Não dá pra dizer mais nada, as confusões, personagens, caras e bocas, situações pastelões, são quase um número de desenho animado pra adultos. Sellers era mesmo uma raridade daquelas. Salve a boa comédia.
Quer um desafio? Vá ver e depois fale a verdade. Que brochante. Cansada de filmes que em tese teriam uma premissa boa, mas pegam um roteirista e produtores preguiçosos que não conseguem nem nos distrair com tanta superficialidade.
Festim Diabólico, uma obra maravilhosa de Alfred Hitchcock, filmado praticamente em um único ambiente, porém com uma trama de conceitos vastos. O suspense está na medida da tensão, os diálogos são inteligentíssimos, mesmo naquilo que há de mais pitoresco de acordo com cada personalidade dos personagens. A atmosfera de inocência e naturalidade da reunião contrasta com o que já sabemos de tão horrível. Aliás, podemos entender a aflição dos antagonistas, principalmente o mais fraco e arrependido. Como já vi várias vezes, sempre pego algo que me chama a atenção
Gosto particularmente do diálogo final que diz muito sobre humanidade e também sobre pedantismo intelectual, isto é, de gente que esquece que o conhecimento sem humildade também pode produzir efeito contrário, arrogância ou má interpretação. Então, apesar de alguns assassinos trazerem esse caráter nato dentro de si, é papel social acender a pólvora.
Começa com Brandon, atuado por John Dall, dizendo: "lembra-se que os conceitos de bem ou mal não se aplicam aos sere intelectualmente superiores? Lembra-se? Então, foi isso que eu fiz."
Em seguida Rupert, interpretado pelo ótimo James Stewart, disserta:
"Brandon, até este momento, o mundo e as pessoas sempre foram obscuras e incompreensíveis pra mim. Tentei abrir caminho com lógica e um intelecto superior. Tu me fizeste engolir as próprias palavras. E tinha razão. Um homem deve ser leal as suas palavras. Mas, tu destes as minhas palavras um significado que eu nunca sonhava. Transformaste-as numa desculpa fria para o teu crime. Fizeste-me ter vergonha de todos os meus conceitos de seres superiores e inferiores. Mas, agradeço por essa vergonha, porque fiquei sabendo que somos seres humanos diferentes. Com o direito de viver,trabalhar e pensar como indivíduo, mas com um dever para com a sociedade em que vivemos. Com que direito tu dizes que pertences a esses poucos seres superiores?"
Bigodinho de Hitler no peitoral, discursos "masculistas" por valorização no emprego, no amor, na fidelidade conjugal, contra opressão, assédios e subserviências. O filme não tem uma história brilhante, mas certamente brilha em cuidar de tantos detalhes sobre o tema, na maioria das vezes tratados sem clichês, que envolvem todos os pontos fortes e "despercebidos" do machismo em sociedade. Mudaram o cenário socialmente normativo da coisa, adaptaram e deram o toque de humor necessário. Em certas horas a gente ri e em certas horas até chora, mas o que se pretende mesmo, é que quem esteja assistindo faça uma troca de lugares providencial a mergulhar na crítica, principalmente, claro, homens. Mas, não só eles, pois em algumas cenas deste mundo inverso, pode-se ver claramente como mulheres também reproduzem machismo: "vou mostrar pra ele quem sou eu e do que sou capaz pra pegar o que é meu", diz determinado personagem(homem) ao descobrir que está sendo traído pela mulher. Vale muito.
Confesso que já me encontro calejada pelo gênero terror ou suspense e desejo sempre coisas novas que inovem a linguagem, renovem os temas, experimente a abordagem de se criar sensação, medo e tensão e se não é pedir muito, que tenha uma história inteligente. Em alguns casos fui bem atendida nestes últimos tempos, tive o prazer de ver A Bruxa, Corrente do Mal, Corra, etc, e todos guardam esse ponto especial que tanto prezo. Em Um Lugar Silencioso, me senti tendo uma experiência nova, apesar do tema "silêncio" já ter sido utilizado algumas vezes por aí, senti o protagonismo dele em todos os segundos do filme, até mesmo no sussurro dos personagens, na respiração, nos objetos e nos barulhos da natureza, o silêncio protagoniza, pois sem ele, os sons não seriam tão assustadores. É tensão demais, tanto que várias vezes fiquei segurando minhas mãos na cadeira do cinema com medo de fazer barulhos, tinha alguém comendo pipoca do meu lado e o tilintar dos dentes já estava me agoniando, é a extensão do filme para fora da tela. Bom, quase mandei um "psiiuuuu" pra garota parar de comer( e não, não era por necessariamente estar me incomodando a ver o filme, era por medo extensivo daquilo que estava vendo), mas me contive.Blunt já provou que emoções transbordam de suas feições na exatidão do que pede, e aqui, com tom assustador, me parece que não precisaram palavras. Ótima. E Krasinski deu ao seu personagem o que sua direção pedia, comedimento e naturalidade ao mesmo tempo. As crianças são um show de expressividade e carisma. Os choros, os gritos, as alegrias, tudo abafado. História bem articulada, principalmente detalhista sem ser expositiva demais. E ao que se pretende, um terror-suspense ótimo.
Felicidade Por Um Fio
3.8 465 Assista AgoraFilmes que retratam opressão estética feminina existem incontáveis, por isso mesmo, resolveram fazer um que fosse mais pontual sobre o cabelo, sendo mais pontual ainda sobre o cabelo afro, pois é nesta etnia que o processo de transição capilar é mais doloroso, por questões óbvias de uma sociedade racista que ataca principalmente a cor e o cabelo crespo dos negros. Atacam sem dó nem piedade, trazendo a baila a questão sobre o que é beleza, afinal, é algo construído socialmente? Neste caso, negros estariam em desvantagem, sob a ótica dessa mesma sociedade racista. É claro que há a colocação do machismo, da subestimação, do aprisionamento, mas em foco nisso tudo, o cabelo. É justamente por isso que gostei do filme, porque ele foi numa base específica tão tocada hoje em dia, a transição capilar e o processo doloroso de vencer o preconceito contido na imagem do cabelo, a libertação que está em mandar as favas esse simbolo de estima, de padrão e de beleza da mulher. Nós não nos resumimos a um cabelo, mas ele passa a vida inteira sendo nosso calcanhar de aquiles, ou pelo menos para a grande maioria das mulheres, imagina isso para um povo que sempre teve a chacota no termo pejorativo, cabelo duro? Passa ferro, passa química, passa raiva, passa privações, passa humilhações. O filme pecou em alguns aspectos, ao meu ver, poderia ter se libertado mais de alguns clichês e aprofundado nessa relação com o cabelo de forma mais ampla, tinha assunto, tinha muito assunto. Mas, cumpriu uma boa história, valeu por essa experiência de libertação, empoderamento e felicidade. Ah, a Sanaa é uma ótima atriz, linda e careca, meu Deus, que poder.
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraÉ um dos melhores filmes de terror deste ano e também dos últimos tempos, porque é fundamentalmente psicológico e em maior parte, original. Nos 40 minutos finais, ele perde um pouco a força do sugestivo e misterioso e se valha de alguns clichês do gênero com alguma pressa, e confesso que só isso me incomodou. Mas, no geral não prejudicou, existiram muitas cenas fortes nesse meio tempo e bem trabalhadas pra trazer o medo através de imagens e ameaças. O estado de mau estar que já vinha desde o início naquela família, acaba por se entregar ao terror explícito e decisório na vida e morte daquelas pessoas. O final foi bom, mas, como disse, tudo meio apressado pra entregar a conclusão. Ah, e não poderia deixar de citar meu arrepio por uma determinada cena, cujo segmento se estendeu por algum tempo numa mistura de horror, medo, pena, tristeza e angústia que muito se deveu a direção do filme e a interpretação de um personagem em estado de choque. O peso da culpa é mesmo aterrorizante, mas desse jeito é muito pior.
Para Todos os Garotos que Já Amei
3.7 1,2KMesmo a gente ficando velha, ainda gosta de filmes de adolescentes nerds conquistando o maioral da escola na autenticidade. O problema é que a maioria vem recheado de clichês, de história meio pobre e de caracterização de personagens teens irritantes. No caso desse filme, se livra mais ou menos desses estereótipos e cumpre com um entretenimento bem bom. O romance tem algumas nuances que fogem ao tradicional, principalmente porque, tratar de temas polêmicos como paixonite por namorado de amiga ou irmã sem transformar em um caso monstruoso é um grande mérito, aliás, é o contrário, torna-se normal e o difícil é saber o que fazer com isso e manter o caráter intacto. O filme soube explorar bem isso e fazer a transferência de relação na medida certa, com jovens maduros sem perder a jovialidade.
A Freira
2.5 1,5K Assista AgoraSó não é pior do que A Noiva. Aliás, nenhum é pior que A Noiva :D
Espíritos: A Morte Está ao Seu Lado
3.5 834Filme de medo, puro medo, com roteiro bem encaixado e atuações certas. Lembro que na época, quando saí do cinema fui discutindo e me dando conta de que filmes de terror também são ótimos para filosofar e como as surpresas são pontuais. Além do lindo ator Ananda, que oriental lindo do caramba.
Tudo e Todas as Coisas
3.3 404 Assista AgoraDe fato o filme oscila muito em qualidade, mas no geral é um romance entre adolescentes bem menos óbvio que outros filmes por aí, bem agradável e tenta fugir de clichês, pode não agradar a maioria dos jovens de hoje que pedem uma pegada mais sensual nos casais, porém, definitivamente preferiram manter a ingenuidade. Os personagens casam com a história, a menina sensivelmente interpretada pela gracinha da Amandla Stenberg mistura inteligência, romantismo e inocência com o medo e a impulsividade próprios da idade ou da sua condição difícil de saúde.Nick também deu a Olly a doçura e determinação certeira. Porém, os pontos baixos são o desfecho, a intensidade muito comedida, como já falei o romance ou os acontecimentos as vezes parecem mornos, a velocidade galopante com que alguns fatos acontecem. Mas, tem uma boa sacada na forma de contar a história sob o ponto de vista de Maddy, com astronauta, tem simbologias interessantes como o fato de ser um casal entre etnias e ela usar roupas muito brancas e ele gostar de roupas pretas, as atuações são convincentes. É bonitinho sim e vale 3 estrelas.
Ted
3.1 3,4K Assista AgoraO melhor politicamente incorreto dos últimos tempos em termos de comédia. Tem que ir despido de moralismos. Lembro que na época, quando fui ao cinema, vi uma pá de pais assustados por ter levado seus filhos a um filme cheio de palavrões. Ora bolas, deveriam parar de se guiar por capas de filmes com ursinhos fofos e não tirar conclusões precipitadas sobre ser ou não filmes pra crianças. Definitivamente não era um filme pra crianças nem pra família. O urso é tão peste quanto gracioso. É uma comédia eficiente e a história é boa. Ri muito.
Megatubarão
2.8 842Pense num filme meia bomba! E o lha que eu ultimamente estou me achando bem benevolente com essa categoria de filme que pede pra deixarmos o cérebro em casa e só entrar na vibe do divertimento. O mérito é que me pregou sustos, é bonito e tem cenas que poderiam ser mais memoráveis, caso o filme fosse mais sério. Ao meu ver os personagens são um pouco fracos, o que me fez achar o Jason Statham um delicioso e uma gracinha(é, amo carecas), mesmo não curtindo nenhum filme dele. Exceção também pra menininha, me fez rir. Porém, é melhor ter algum desenvolvimento de cada persona, mesmo que superficial, que tratar cada um como mero número pra morrer em cena. O Tubarão é Mega no tamanho, mas o filme é bem aquém dos filmes do gênero, só ganhando um status pelos bons efeitos especiais, com destaque para o Tubarão.
Próxima Parada: Apocalipse
1.8 496Não precisa mais comentar, todo mundo viu o apocalipse que foi esse filme. Forest, please! Eu até admito filme ruim, mas filme ruim que se pretende sério são os piores.
Jurassic World: Reino Ameaçado
3.4 1,1K Assista AgoraTá, O Reino Ameaçado é um filme com muitas irregularidades, um roteiro mediano e sem muita originalidade, com alguns personagens irritantes, e vilões caricatos, mas o que faz ele me despertar uma simpatia maior que o primeiro Jurassic World é o fato de que aquele também tinha alguns desses mesmos defeitos, só que sem o excelente clima de tensão que este segundo filme promove, me fazendo segurar na cadeira(e olha que eu sou difícil, pois sou acostumadíssima a terror e suspense, não é fácil me fazer temer por algo). Mas, nem só a atmosfera de aventura, suspense, medo, são tão parecidas com o primeiro Jurassic Park( o excelente filme de 93, imbatível da série), como sua belíssima fotografia, em especial a da cena da erupção vulcânica e o teor triste por trás de tudo aquilo, marcou sobremaneira. Efeitos e monstros convincentes, cada qual com uma perfil. A ciência e algumas abordagens sobre o universo não ficou no vácuo. Os dois personagens centrais estão mais carismáticos, assim como suas motivações avançam para a analogia de tudo que atravessamos quando se trata de fauna e flora e preservação. No geral, Jurassic World, O Reino Ameaçado é envolvente o suficiente pra fazer jus ao engrandecimento dos gigantes Dinos.
Oito Mulheres e um Segredo
3.6 1,1K Assista AgoraElenco feminino de peso, boas atuações, algumas gracinhas e sacadas interessantes para o crime, porém mais do mesmo. Um olhar feminino sobre esse filme teria mudado tudo, creio, mas se colocarmos George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon etc no lugar das queridinhas, não consegue ser nada de diferente. Enfim, pra quê colocar um filme de trapaça com mulheres se é pra não diferenciar em nada ou trazer ideias que ressaltem os caracteres do gênero e sem caricatura? Divertiu sem empolgar.
Vírus
2.6 693Eis um tipo B que mesmo antes do boom de filmes sobre vírus e apocalipse zumbi trouxe uma ideia boa, mesmo que envolto em faltas, traz um movie sobre sobrevivência e atitudes desumanas para tanto. Rende sim boas reflexões, desde que não tenhas ido com expectativa de um terrorzão. Não tem grandes filosofias, nem diálogos memoráveis, mas o clima e a proposta são passados com eficiência frente a uma boa direção.
[spoiler][/spoiler]
Deadpool 2
3.8 1,3K Assista AgoraA melhor gozação sobre super heróis, ou anti-heróis, ou sobre filmes do gênero pertence a Deadpool. Nessa segunda partida de humor, novamente temos um Ryan Reynolds casado com esse personagem hilário, mandando porrada e levando muita também. O filme não faz questão de se levar a sério, mas ao mesmo tempo tem mais qualidade que a maioria dos filmes sérios por aí. As piadas envolvem referências(talvez algumas piadas que envolvem cultura pop anos 80 e 90 passem despercebidas a ala mais jovem), mesmo assim, é um amontoado de boas cenas de ação, tiração de onda, ou seja, nem na morte tem pieguice aqui. O roteiro, no conjunto, não é fraquinho(piada do Dead), é bem razoável e o principal, funciona muito bem no embasamento para as ótimas piadas. Ri pra cacete. Só achei que os novos personagens deveriam ser melhor explorados em personalidade, vez que nas habilidades foram muito bem. E, finalmente, fui a loucura com Take on me e o encaixe na cena com referência ao clipe.
Entrando Numa Fria
3.3 463 Assista AgoraMe lembro de ter visto Entrando Numa Fria no cinema(quanto tempo já), meio a contra gosto, pois nunca fui muito de comédias do estilo. Contudo, me surpreendi com o humor equilibrado e também comigo mesma, que me acabei de rir em um monte de piadas e situações. Parte desse sucesso é dado ao elenco afinado, as personalidades dos personagens bem construídas, as situações originais e as doses certas de humor. Pena que as continuações foram muito fracas, mas esse primeiro foi digno de assistir mais vezes e rir como se fosse a primeira vez.
A Noite do Jogo
3.5 671 Assista AgoraQuem me conhece sabe que eu não gosto muito de comédias no estilo besteirol, conto nos dedos as bem realizadas, aliás, em vez de me fazerem rir, me dão raiva na maioria das vezes. Ocorre que A Noite do Jogo se tornou uma dessas exceções, conseguindo produzir um besteirol eficiente, com elementos simples e inteligentes ao mesmo tempo. Claro, tem algumas situações que desequilibram em bobagens, mas a maior parte do tempo conseguiu me despertar risadas altas no cinema, uma raridade. Personagens bem construídos e interpretados. Jason Bateman com a habitual comicidade, McAdmans é uma atriz que sempre teve um time comic e todo elenco na dose certa. Aliás, fecha com boas piadas sobre cultura pop e plot twist.
O Iluminado
4.3 4,0K Assista AgoraEu ainda não tinha classificado, que furo! Só há terror depois de O Iluminado. Stephen King deu o fio e Stanley Kubrick ligou a tomada de um Hotel macabro e lindo ao mesmo tempo. Aliás, ainda bem que não conheço nenhum hotel com quarto de número 237 já que é um número muito alto. :) O terror psicológico(literalmente dentro e fora do filme), é algo tão bem trabalhado que mesmo em cenas sem sangue ou fantasmas, a tensão e o perigo se manifestam na forma de imagens, de música, de som, de silêncio e de expectativa. Quando percebemos a transformação do personagem central, nem mesmo uma longa conversa com o garçom parece aborrecer, pelo contrário, Nicholson é muito forte, irreverente e ator sobremaneira, Nicholson é duas vezes Jack. Shelley Duval como Wendy é o medo e a fragilidade em pessoa, se fosse outra atriz, não sei se eu sentiria tanto.E o nosso pequeno iluminado, também duas vezes Danny, expressa convincente a criança assustada, corajosa e inteligente ao mesmo tempo. Aliás, sempre digo que num frio daqueles, a loucura só precisa de tempo, e nem precisava de mal assombração. Cenas icônicas como a da capa do filme, e que até hoje basta um ponto, você já sabe que a referência é a O Iluminado. Dá-lhe terror com inteligência.
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraDesde criança a sétima arte faz parte de minha vida, nunca me dei por satisfeita em ver um filme e ficar quieta sem pensar, mas certamente antes de Cidade dos Sonhos eu era mais relaxada. Esse foi um dos dvds que peguei ainda em locadora e não dava nada, mas me apaixonei. Obrigada, Sir. David Lynch! Ora, o filme tinha um elemento que amo em artes no geral, o surrealismo, e como o próprio nome denuncia(aliás, que furada esse título), o onírico permeia boa parte da história, o difícil é identificar isso quando não existiam tantas críticas pra nos ajudar a ver detalhes. Simbologias, referências, musicalidade, dor, frustração, e por fim, o sonho como fuga ou caminho daquilo que nunca se pôde ser ou ter. Puro cinema feito num suspense recheado de dramas. Naomi Whatts faz uma de suas melhores atuações e seria uma ironia com sua complexa personagem essa constatação. Qualquer coisa que eu fale a partir disso é tirar o gostinho de uma experiência individual de interpretações, de sentimentos, tem críticas muito completas por aí, então, fico em silêêêêncio.
Um Convidado Bem Trapalhão
3.9 186 Assista AgoraQuem aguenta o Peter Sellers nessa comédia? Adooooooro. Não dá pra dizer mais nada, as confusões, personagens, caras e bocas, situações pastelões, são quase um número de desenho animado pra adultos. Sellers era mesmo uma raridade daquelas. Salve a boa comédia.
Verdade ou Desafio
2.6 718 Assista AgoraQuer um desafio? Vá ver e depois fale a verdade. Que brochante. Cansada de filmes que em tese teriam uma premissa boa, mas pegam um roteirista e produtores preguiçosos que não conseguem nem nos distrair com tanta superficialidade.
Festim Diabólico
4.3 885 Assista AgoraFestim Diabólico, uma obra maravilhosa de Alfred Hitchcock, filmado praticamente em um único ambiente, porém com uma trama de conceitos vastos. O suspense está na medida da tensão, os diálogos são inteligentíssimos, mesmo naquilo que há de mais pitoresco de acordo com cada personalidade dos personagens. A atmosfera de inocência e naturalidade da reunião contrasta com o que já sabemos de tão horrível. Aliás, podemos entender a aflição dos antagonistas, principalmente o mais fraco e arrependido. Como já vi várias vezes, sempre pego algo que me chama a atenção
Gosto particularmente do diálogo final que diz muito sobre humanidade e também sobre pedantismo intelectual, isto é, de gente que esquece que o conhecimento sem humildade também pode produzir efeito contrário, arrogância ou má interpretação. Então, apesar de alguns assassinos trazerem esse caráter nato dentro de si, é papel social acender a pólvora.
Começa com Brandon, atuado por John Dall, dizendo: "lembra-se que os conceitos de bem ou mal não se aplicam aos sere intelectualmente superiores? Lembra-se? Então, foi isso que eu fiz."
Em seguida Rupert, interpretado pelo ótimo James Stewart, disserta:
"Brandon, até este momento, o mundo e as pessoas sempre foram obscuras e incompreensíveis pra mim. Tentei abrir caminho com lógica e um intelecto superior. Tu me fizeste engolir as próprias palavras. E tinha razão. Um homem
deve ser leal as suas palavras. Mas, tu destes as minhas palavras um significado que eu nunca sonhava. Transformaste-as numa desculpa fria para o teu crime. Fizeste-me ter vergonha de todos os meus conceitos de seres superiores e inferiores. Mas, agradeço por essa vergonha, porque fiquei sabendo que somos seres humanos diferentes. Com o direito de viver,trabalhar e pensar como indivíduo, mas com um dever para com a sociedade em que vivemos. Com que direito tu dizes que pertences a esses poucos seres superiores?"
Eu Não Sou um Homem Fácil
3.5 737 Assista AgoraBigodinho de Hitler no peitoral, discursos "masculistas" por valorização no emprego, no amor, na fidelidade conjugal, contra opressão, assédios e subserviências. O filme não tem uma história brilhante, mas certamente brilha em cuidar de tantos detalhes sobre o tema, na maioria das vezes tratados sem clichês, que envolvem todos os pontos fortes e "despercebidos" do machismo em sociedade. Mudaram o cenário socialmente normativo da coisa, adaptaram e deram o toque de humor necessário. Em certas horas a gente ri e em certas horas até chora, mas o que se pretende mesmo, é que quem esteja assistindo faça uma troca de lugares providencial a mergulhar na crítica, principalmente, claro, homens. Mas, não só eles, pois em algumas cenas deste mundo inverso, pode-se ver claramente como mulheres também reproduzem machismo: "vou mostrar pra ele quem sou eu e do que sou capaz pra pegar o que é meu", diz determinado personagem(homem) ao descobrir que está sendo traído pela mulher. Vale muito.
Voo 7500
2.0 381 Assista AgoraSabe aqueles filmes de reviravolta inteligente? Pois é, esse tentou ser, mas é na categoria feita pra QI baixo.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraConfesso que já me encontro calejada pelo gênero terror ou suspense e desejo sempre coisas novas que inovem a linguagem, renovem os temas, experimente a abordagem de se criar sensação, medo e tensão e se não é pedir muito, que tenha uma história inteligente. Em alguns casos fui bem atendida nestes últimos tempos, tive o prazer de ver A Bruxa, Corrente do Mal, Corra, etc, e todos guardam esse ponto especial que tanto prezo. Em Um Lugar Silencioso, me senti tendo uma experiência nova, apesar do tema "silêncio" já ter sido utilizado algumas vezes por aí, senti o protagonismo dele em todos os segundos do filme, até mesmo no sussurro dos personagens, na respiração, nos objetos e nos barulhos da natureza, o silêncio protagoniza, pois sem ele, os sons não seriam tão assustadores. É tensão demais, tanto que várias vezes fiquei segurando minhas mãos na cadeira do cinema com medo de fazer barulhos, tinha alguém comendo pipoca do meu lado e o tilintar dos dentes já estava me agoniando, é a extensão do filme para fora da tela. Bom, quase mandei um "psiiuuuu" pra garota parar de comer( e não, não era por necessariamente estar me incomodando a ver o filme, era por medo extensivo daquilo que estava vendo), mas me contive.Blunt já provou que emoções transbordam de suas feições na exatidão do que pede, e aqui, com tom assustador, me parece que não precisaram palavras. Ótima. E Krasinski deu ao seu personagem o que sua direção pedia, comedimento e naturalidade ao mesmo tempo. As crianças são um show de expressividade e carisma. Os choros, os gritos, as alegrias, tudo abafado. História bem articulada, principalmente detalhista sem ser expositiva demais. E ao que se pretende, um terror-suspense ótimo.
Com Amor, Simon
4.0 1,2K Assista AgoraGarapa pra adolescentes. Não ofende, mas também não acrescenta muito.