É legalzinho, mas muito previsível e repleto de lugares-comuns, até mesmo nas partes mais dramáticas. Também parece que faltou foco, o personagem do Mads é o protagonista ou o são seus amigos? A abordagem se pretende realista ou debochada? Fiquei um pouco decepcionado, ainda mais depois de saber que é do mesmo diretor/escritor de A Caça, uma obra bastante original.
O formato não é novo, mas funcionou muito bem aqui. Argumento excelente para uma produção dessas, acompanhar o último dia de funcionamento de um bar esquecido pelo mundo (também funcionaria num filme de ficção convencional). A escolha de elenco e a direção de atuação têm muitos méritos, o texto é que fica um pouco abaixo da qualidade geral, com seus altos e baixos e um recorrente uso de clichês e esteriótipos, o que deixa aquela sensação de mau aproveitamento de uma ideia com bastante potencial. Não chega a arruinar a experiência de assistir, no entanto.
Onkel está entre os melhores filmes que vi esse ano (sempre e de novo, obrigado ArtSubs). Esse talvez seja o tipo de cinema que mais me interesse: a vida das pessoas comuns e os dilemas que enfrentam, porque diz respeito à maioria de nós. Muitos são os que conseguem se identificar com histórias assim, apesar de não serem muitos os que apreciam essa proposta cinematográfica, de uma narrativa mais lenta, mais sutil, que prioriza a fotografia, a montagem e as expressões físicas dos atores ao contar a história e desenvolver os personagens. Obra bastante realista, o final é simplesmente brilhante.
Sacha confirma, com ainda mais veemência do que no primeiro filme, que não há nada mais próximo de um reacionário ocidental que aquilo que ele mais despreza e odeia: o oriental islâmico (seu esteriótipo, na verdade).
É tipo Dark sem viagem no tempo. Fiquei fascinado pela estrutura narrativa desse filme, e imerso nela, consequentemente. Histórias paralelas que se cruzam e acabam se encontrando é um recurso conhecido, mas aqui há uma complexidade maior, com a inclusão das novas gerações na trama. Me chamou a atenção a aparente discussão sobre determinismo e livre-arbítrio, com personagens fortemente moldados por acontecimentos ou por pessoas que aparecem em suas vidas (pastores, parentes), e filhos que crescem e se revelam praticamente a cópia dos pais, como que repetindo um ciclo. Interessante notar também que a desgraça ou o sofrimento acabam atingindo absolutamente todo mundo, mais cedo ou mais tarde, direta ou indiretamente. A impressão que se tem é de que, realmente, há uma força superior conduzindo a história; os personagens, portanto, são mais passivos. Foi uma grata surpresa, não tinha grandes expectativas. Todos os atores estão muito bem. O diretor é filho de um dos comentaristas do Manhattan Connection, da Globo News.
Um ponto que faltou explorar melhor, e que é uma das discussões mais importantes sobre esse tema, é o quanto as redes sociais diferem realmente de outras tecnologias de massa utilizadas para manipular as pessoas ao longo da história, e também o quanto das transformações políticas no mundo real se deve realmente ao uso dessas tecnologias, e não a insatisfações populares provenientes de outros fatores, como a economia. Lembremos que o fascismo chegou ao poder antes da criação da internet, sem falar nas revoluções russa, francesa, americana, enfim. Não estou menosprezando o papel das redes sociais, mas questionando o seu protagonismo nas convulsões sociais que estamos vivendo. Me parece que a concentração de renda, a financeirização da economia, o desemprego e o esvaziamento da democracia têm uma responsabilidade, no mínimo, equivalente (estou me atendo aqui à parte política do problema, não há dúvidas sobre o estrago psicológico, muito bem explicado).
Ken Loach encontra Terrence Malick nessa obra extremamente sensível e realista. Sem dúvida, está entre os melhores filmes que vi esse ano (reconheço que tenho uma queda por essas histórias dos renegados da sociedade). Trabalho incrível de roteiro e, sobretudo, de direção, uma vez que o elenco principal, amador, representa a si mesmo.
Esteticamente bastante ousado, mas o roteiro carrega no melodrama. Trabalho de maquiagem sem paralelo, tanto que não ficou datado. Gary Oldman talvez seja o melhor Dracula do cinema.
O fim da juventude traz consigo, além da decadência do próprio corpo, a colheita do que foi sendo plantado ao longo dos anos. Alguém pode dizer que está realmente preparado para lidar com tudo isso? É fácil esquecer da plantação numa época de alegrias que parece não ter fim. Para além do drama pessoal, e talvez como o principal causador dele, temos de fundo o drama social. Um sistema que suga às últimas gotas o sangue de suas "estrelas", mas que não é capaz de retribuir com um sustento mínimo quando o vigor físico e o público as abandonam.
Ótimo filme de suspense, com uma montagem e um ator protagonista excelentes. A trama em si não traz muitas novidades, empresta muito do Abutre, mas é bem escrita. Não deixa de ser interessante a motivação do rapaz, que não é nenhuma das correntes políticas, e sim uma obsessão amorosa, misturada com um desejo de ascensão de classe, ou melhor, de ser reconhecido como alguém importante. Bacana que agora temos acesso mais facilitado a produções de outros países com a Netflix e similares.
"Soco no estômago" é clichê, mas é isso aí. Me quebrou. Filme realista, cru e direto, talvez por isso tão impactante. Longa vida à Ken Loach, que concretiza no cinema as discussões sociais contemporâneas.
Depois de assistir, fiquei pensando nessa que é uma das questões centrais da humanidade: somos monogâmicos, poligâmicos ou alguma outra coisa? Porque sou levado a pensar que, caso a relação dos protagonistas evoluísse para um relacionamento sério, com o tempo ela também acabaria esfriando, da mesma forma como acabaram esfriando os casamentos atuais de ambos. São duas pessoas que estão na mesma sintonia, isso é evidente, e que não tem mais essa sintonia com seus cônjuges (que deve ter existido na mesma intensidade no passado, caso contrário, não teria havido casamento). Uma ligação como a do filme é questão de momento e circunstância ou pode durar? Existe algum determinismo genético nessa área ou tudo é construção cultural? O filme é ótimo, pelo que já falaram aqui e também por levantar esse tipo de discussão.
Uma narrativa simples, que me fez lembrar muito dos clássicos da Disney, com a notável exceção da mensagem política de fundo, bastante tocante e ainda válida. O grande destaque fica para a fotografia, claramente inspirada no cinema expressionista alemão.
Elia Suleiman acerta no tom. Seu filme começa aberto, contemplativo, mas lá pelas tantas ele explica o que está tentando dizer, apesar de não entregar aquela resolução mastigada, que fecha a porta a outras possíveis interpretações. Há um equilíbrio, portanto, entre um cinema mais acessível e um cinema de autor, pendendo para este, é claro. Imensamente grato por ter tido contato com essa obra bastante singular, legítima representante daquele tipo de cinema que se propõe a dialogar com o espectador, estabelecendo uma relação horizontal e não vertical. Mais uma dica do Art Subs - procurem por eles no Facebook ou Instagram.
Como filme em si é bastante simples e até mesmo previsível. Mas tem um discurso político extremamente forte e impactante, que registra e dialoga de maneira competente com uma das mais importantes questões da atualidade, e isso é um dos fatores determinantes, na minha opinião, para que uma obra seja relevante enquanto cinema.
Intenso! Retrato de uma época de transição, em que a religião começa a perder espaço para a laicidade e a ciência, mas ainda é o eixo em torno do qual gira a vida da maioria das pessoas. A força da obra reside no roteiro e nas atuações, especialmente de Henrik Malberg. Não sei se é intencional ou fruto da época, mas assemelha-se muito a um teatro filmado, com vários planos-sequência e movimentações dos personagens dentro do quadro - o que revela a competência da direção (depois de escrever isso, descobri que o roteiro foi adaptado de uma peça de teatro).
Road trip do mundo real. Pesadíssimo. Um dos filmes mais tristes que já vi. Principalmente, creio, pela verossimilhança, e porque os protagonistas são crianças. Aos miseráveis do mundo, a opção é resignar-se às suas jaulas imundas de arame farpado ou arriscar a vida na busca de uma jaula de ouro.
Achei que seria pior. Bom, talvez o apelo emocional de final de saga esteja suplantando aqui os erros de roteiro e montagem. De qualquer maneira, um filme de médio para ruim, e uma trilogia desnecessária em termos de narrativa - vale apenas pela nostalgia.
Tenho uma certa dificuldade com os filmes do Tarkovski. Vejo grandeza ali, uma maneira única de filmar. Mas fico um pouco perdido pela abstração demasiada, por ele deixar muito em aberto. Ou eu é que simplesmente não consigo captar tudo haha. Esse filme, por exemplo, diz mais sobre a Rússia da época do que sobre o Andrei, que parece ocupar o papel do espectador na tela. Não que isso seja ruim, há passagens belíssimas de puro deleite contemplativo. Entretanto, muito do que outros apontaram aqui sobre a trajetória do personagem eu só consegui perceber depois de ler os respectivos comentários. Mesmo assim, continuo fascinado pelo trabalho do diretor.
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 798 Assista AgoraÉ legalzinho, mas muito previsível e repleto de lugares-comuns, até mesmo nas partes mais dramáticas. Também parece que faltou foco, o personagem do Mads é o protagonista ou o são seus amigos? A abordagem se pretende realista ou debochada? Fiquei um pouco decepcionado, ainda mais depois de saber que é do mesmo diretor/escritor de A Caça, uma obra bastante original.
Nariz Sangrando, Bolsos Vazios
3.7 7O formato não é novo, mas funcionou muito bem aqui. Argumento excelente para uma produção dessas, acompanhar o último dia de funcionamento de um bar esquecido pelo mundo (também funcionaria num filme de ficção convencional). A escolha de elenco e a direção de atuação têm muitos méritos, o texto é que fica um pouco abaixo da qualidade geral, com seus altos e baixos e um recorrente uso de clichês e esteriótipos, o que deixa aquela sensação de mau aproveitamento de uma ideia com bastante potencial. Não chega a arruinar a experiência de assistir, no entanto.
Onkel
3.9 6Onkel está entre os melhores filmes que vi esse ano (sempre e de novo, obrigado ArtSubs). Esse talvez seja o tipo de cinema que mais me interesse: a vida das pessoas comuns e os dilemas que enfrentam, porque diz respeito à maioria de nós. Muitos são os que conseguem se identificar com histórias assim, apesar de não serem muitos os que apreciam essa proposta cinematográfica, de uma narrativa mais lenta, mais sutil, que prioriza a fotografia, a montagem e as expressões físicas dos atores ao contar a história e desenvolver os personagens. Obra bastante realista, o final é simplesmente brilhante.
Borat: Fita de Cinema Seguinte
3.6 551 Assista AgoraSacha confirma, com ainda mais veemência do que no primeiro filme, que não há nada mais próximo de um reacionário ocidental que aquilo que ele mais despreza e odeia: o oriental islâmico (seu esteriótipo, na verdade).
O Diabo de Cada Dia
3.8 1,0K Assista AgoraÉ tipo Dark sem viagem no tempo.
Fiquei fascinado pela estrutura narrativa desse filme, e imerso nela, consequentemente. Histórias paralelas que se cruzam e acabam se encontrando é um recurso conhecido, mas aqui há uma complexidade maior, com a inclusão das novas gerações na trama.
Me chamou a atenção a aparente discussão sobre determinismo e livre-arbítrio, com personagens fortemente moldados por acontecimentos ou por pessoas que aparecem em suas vidas (pastores, parentes), e filhos que crescem e se revelam praticamente a cópia dos pais, como que repetindo um ciclo. Interessante notar também que a desgraça ou o sofrimento acabam atingindo absolutamente todo mundo, mais cedo ou mais tarde, direta ou indiretamente. A impressão que se tem é de que, realmente, há uma força superior conduzindo a história; os personagens, portanto, são mais passivos.
Foi uma grata surpresa, não tinha grandes expectativas. Todos os atores estão muito bem. O diretor é filho de um dos comentaristas do Manhattan Connection, da Globo News.
O Dilema das Redes
4.0 594 Assista AgoraUm ponto que faltou explorar melhor, e que é uma das discussões mais importantes sobre esse tema, é o quanto as redes sociais diferem realmente de outras tecnologias de massa utilizadas para manipular as pessoas ao longo da história, e também o quanto das transformações políticas no mundo real se deve realmente ao uso dessas tecnologias, e não a insatisfações populares provenientes de outros fatores, como a economia. Lembremos que o fascismo chegou ao poder antes da criação da internet, sem falar nas revoluções russa, francesa, americana, enfim. Não estou menosprezando o papel das redes sociais, mas questionando o seu protagonismo nas convulsões sociais que estamos vivendo. Me parece que a concentração de renda, a financeirização da economia, o desemprego e o esvaziamento da democracia têm uma responsabilidade, no mínimo, equivalente (estou me atendo aqui à parte política do problema, não há dúvidas sobre o estrago psicológico, muito bem explicado).
Domando o Destino
3.8 78 Assista AgoraKen Loach encontra Terrence Malick nessa obra extremamente sensível e realista. Sem dúvida, está entre os melhores filmes que vi esse ano (reconheço que tenho uma queda por essas histórias dos renegados da sociedade). Trabalho incrível de roteiro e, sobretudo, de direção, uma vez que o elenco principal, amador, representa a si mesmo.
Drácula de Bram Stoker
4.0 1,4K Assista AgoraEsteticamente bastante ousado, mas o roteiro carrega no melodrama.
Trabalho de maquiagem sem paralelo, tanto que não ficou datado.
Gary Oldman talvez seja o melhor Dracula do cinema.
Entre Facas e Segredos
4.0 1,5K Assista AgoraAquele bom e velho entretenimento de qualidade.
O Lutador
4.0 912O fim da juventude traz consigo, além da decadência do próprio corpo, a colheita do que foi sendo plantado ao longo dos anos. Alguém pode dizer que está realmente preparado para lidar com tudo isso? É fácil esquecer da plantação numa época de alegrias que parece não ter fim.
Para além do drama pessoal, e talvez como o principal causador dele, temos de fundo o drama social. Um sistema que suga às últimas gotas o sangue de suas "estrelas", mas que não é capaz de retribuir com um sustento mínimo quando o vigor físico e o público as abandonam.
Rede de Ódio
3.7 362 Assista AgoraÓtimo filme de suspense, com uma montagem e um ator protagonista excelentes. A trama em si não traz muitas novidades, empresta muito do Abutre, mas é bem escrita. Não deixa de ser interessante a motivação do rapaz, que não é nenhuma das correntes políticas, e sim uma obsessão amorosa, misturada com um desejo de ascensão de classe, ou melhor, de ser reconhecido como alguém importante.
Bacana que agora temos acesso mais facilitado a produções de outros países com a Netflix e similares.
Whisky
3.8 111Fotografia, atuações e montagem conduzem a narrativa com minuciosidade e sutileza. Cinema em estado puro, meu tipo preferido de filme.
Você Não Estava Aqui
4.1 242 Assista Agora"Soco no estômago" é clichê, mas é isso aí. Me quebrou. Filme realista, cru e direto, talvez por isso tão impactante. Longa vida à Ken Loach, que concretiza no cinema as discussões sociais contemporâneas.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraDepois de assistir, fiquei pensando nessa que é uma das questões centrais da humanidade: somos monogâmicos, poligâmicos ou alguma outra coisa? Porque sou levado a pensar que, caso a relação dos protagonistas evoluísse para um relacionamento sério, com o tempo ela também acabaria esfriando, da mesma forma como acabaram esfriando os casamentos atuais de ambos. São duas pessoas que estão na mesma sintonia, isso é evidente, e que não tem mais essa sintonia com seus cônjuges (que deve ter existido na mesma intensidade no passado, caso contrário, não teria havido casamento). Uma ligação como a do filme é questão de momento e circunstância ou pode durar? Existe algum determinismo genético nessa área ou tudo é construção cultural? O filme é ótimo, pelo que já falaram aqui e também por levantar esse tipo de discussão.
Roger Waters: Us + Them
4.6 15 Assista AgoraNo topo dos seus 76 anos, esse homem entrega um dos maiores, senão o maior, espetáculos do planeta.
O Mensageiro do Diabo
4.1 262 Assista AgoraUma narrativa simples, que me fez lembrar muito dos clássicos da Disney, com a notável exceção da mensagem política de fundo, bastante tocante e ainda válida. O grande destaque fica para a fotografia, claramente inspirada no cinema expressionista alemão.
O Paraíso Deve Ser Aqui
3.7 50 Assista AgoraElia Suleiman acerta no tom. Seu filme começa aberto, contemplativo, mas lá pelas tantas ele explica o que está tentando dizer, apesar de não entregar aquela resolução mastigada, que fecha a porta a outras possíveis interpretações. Há um equilíbrio, portanto, entre um cinema mais acessível e um cinema de autor, pendendo para este, é claro. Imensamente grato por ter tido contato com essa obra bastante singular, legítima representante daquele tipo de cinema que se propõe a dialogar com o espectador, estabelecendo uma relação horizontal e não vertical. Mais uma dica do Art Subs - procurem por eles no Facebook ou Instagram.
Filhos da Dinamarca
3.7 12 Assista AgoraComo filme em si é bastante simples e até mesmo previsível. Mas tem um discurso político extremamente forte e impactante, que registra e dialoga de maneira competente com uma das mais importantes questões da atualidade, e isso é um dos fatores determinantes, na minha opinião, para que uma obra seja relevante enquanto cinema.
A Palavra
4.5 100Intenso! Retrato de uma época de transição, em que a religião começa a perder espaço para a laicidade e a ciência, mas ainda é o eixo em torno do qual gira a vida da maioria das pessoas. A força da obra reside no roteiro e nas atuações, especialmente de Henrik Malberg. Não sei se é intencional ou fruto da época, mas assemelha-se muito a um teatro filmado, com vários planos-sequência e movimentações dos personagens dentro do quadro - o que revela a competência da direção (depois de escrever isso, descobri que o roteiro foi adaptado de uma peça de teatro).
A Jaula de Ouro
4.2 84Road trip do mundo real. Pesadíssimo. Um dos filmes mais tristes que já vi. Principalmente, creio, pela verossimilhança, e porque os protagonistas são crianças. Aos miseráveis do mundo, a opção é resignar-se às suas jaulas imundas de arame farpado ou arriscar a vida na busca de uma jaula de ouro.
Menino 23: Infâncias Perdidas no Brasil
4.4 87Para além da história, que tem um peso e uma relevância que falam por si, a abordagem estética chama muito a atenção, estando à altura daquela.
Jerry Seinfeld: 23 Hours To Kill
3.6 18 Assista AgoraPode não ser a melhor performance dele, mas continua afiado. Ri muito!
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraAchei que seria pior. Bom, talvez o apelo emocional de final de saga esteja suplantando aqui os erros de roteiro e montagem. De qualquer maneira, um filme de médio para ruim, e uma trilogia desnecessária em termos de narrativa - vale apenas pela nostalgia.
Andrei Rublev
4.3 131Tenho uma certa dificuldade com os filmes do Tarkovski. Vejo grandeza ali, uma maneira única de filmar. Mas fico um pouco perdido pela abstração demasiada, por ele deixar muito em aberto. Ou eu é que simplesmente não consigo captar tudo haha. Esse filme, por exemplo, diz mais sobre a Rússia da época do que sobre o Andrei, que parece ocupar o papel do espectador na tela. Não que isso seja ruim, há passagens belíssimas de puro deleite contemplativo. Entretanto, muito do que outros apontaram aqui sobre a trajetória do personagem eu só consegui perceber depois de ler os respectivos comentários. Mesmo assim, continuo fascinado pelo trabalho do diretor.