O filme que deu aos fora da lei do século XX a identidade que procuravam, nas palavras de Hunter S. Thompson. Com Marlon Brando, um artista desde sempre inigualável.
Não conheço a história pessoal dele, mas, ao contrário do que muitos colocaram aqui, o filme me pareceu corajoso por, justamente, não idealizar o personagem. É um ponto que considero positivo na obra, portanto. Apresentar Gabriel com todas as suas contradições ou "defeitos" - aliás, que todos temos. Isso torna o filme bastante realista. Quanto ao roteiro, parece que ficou faltando um embasamento maior com relação às motivações dele, ou mesmo à sua história de vida. Destacaria, por fim, a trilha musical, uma das mais belas que vi no cinema nacional recente.
Werner Herzog resgatando com primor um gênero cinematográfico que foi o primeiro entre todos: o documentário. Registrar a realidade circundante e, posteriormente, realidades mundo à fora, foi a ocupação dos primeiros cineastas. No meu entendimento, não é nem de longe um gênero cinematográfico menor. Recomendo fortemente que aqueles encantados com esta obra assistam as outras produções do diretor, incluindo as ficcionais.
Gostei bastante. Esperava um filme numa levada mais clássica, comercial mesmo, por causa do trailer. Foi uma grata surpresa. O tom é bem mais contemplativo, praticamente um poema audiovisual. Fotografia e montagem muito tocantes. Talvez tenha sido um dos filmes visualmente mais belos que vi dentro desse gênero "bíblico". A escolha do figurino e do cenário contribuem, apesar de não serem tão realistas. Atuações, nem se fala. A narrativa, entretanto, foi bastante previsível, diria até clichê. Mas não diminui o impacto da obra, porque me parece não ser a preocupação principal de quem produziu.
A juventude: seus sonhos e suas subsequentes desilusões. Me lembrei de Ícaro. Mas não dá para ignorar o fato de que as coisas mudam, sim. Só que não temos controle sobre isso.
Baita registro histórico do país. Curioso observar como a narração ficou datada neste mundo politicamente correto de hoje. Mas há ácidas críticas políticas e sociais.
Câmbéqui. Excelentes fotografia, cenografia, figurino e trilha musical. Roteiro e algumas atuações estão um pouco abaixo. Um argumento raro no cinema brasileiro, que se revela um bom filme, se analisado integralmente.
Não era o filme que eu esperava ver, mas gostei. A originalidade está na maneira como aborda a violência visualmente. Joaquin Phoenix dispensa comentários.
Ótimo argumento e uma mensagem de apelo humanista muito forte, que transcende o conflito e escancara as hipocrisias e interesses em jogo dos dois lados - para variar, o ônus cai nas costas do cidadão comum. Me parece, entretanto, ter se apegado demasiadamente a esteriótipos e clichês narrativos para contar a história. Faltou aquela sutileza tão salutar ao cinema, parece aqui que tudo é demasiadamente explicado, exagerado, jogado na cara. Inclusive em se tratando de atuações.
Pôxa, que baita obra da Disney. Bacana ver que uma empresa que se engajou ativamente na propaganda anti-comunista lá atrás (servindo, na prática, como braço midiático do governo americano) abriu espaço para uma produção de conteúdo político como essa, ainda que leve.
Leiam o livro do Arthur C. Clarke, que assinou o roteiro do filme junto com o Kubrick. Ali estão as explicações para coisas que o Kubrick apenas sugere ou aborda superficialmente ou de maneira sucinta. Assisti novamente o filme após terminar de ler e, apesar de continuar achando uma tremenda realização cinematográfica, acredito que o livro o supera.
Quando a educação - que, supostamente, deveria transformar bestas em homens, ultrapassa todos os limites do bom senso (da empatia, da compaixão), acaba virando uma ferramenta de opressão. O resultado disso é a exata inversão do objetivo inicial: os homens é que, agora, serão transformados em bestas. Mais um memorável ensaio cinematográfico de Michael Haneke.
"No, your mother... is not crazy. And neither, contrary to popular belief, is your brother crazy. He's merely miscast in a play. He was born in the wrong era, on the wrong side of the river... With the ability to be able to do anything that he wants to do and... findin' nothin' that he wants to do. I mean nothing."
Rapaz... não entendi o porquê de tanta premiação e tanto auê. Sabe quando tu já viu a mesma história tantas vezes que tu consegue prever até nos mínimos detalhes o que vai acontecer? A novidade, aqui, é só a casca.
Sentimentos conflitantes com relação a esse filme. Acho que entendi a proposta, o argumento. O problema é que parece que o filme não se decide por abraçar ou o realismo ou a fantasia, a poesia, mesmo. Fica num meio termo, e isso me incomoda. Não se sabe se o mundo em que eles vivem é real ou se é uma espécie de limbo onde nada acontece. E não me refiro aqui à acontecimentos pirotécnicos, reviravoltas na trama, coisas do tipo. É que não há tragédia de nenhum tipo, e isso não corresponde à vida real. A relação do casal, sobretudo, parece que não é natural, como se estivessem escondendo algo um do outro o tempo todo. Uma relação robótica, só de aparências. Isso deixa um clima extremamente pesado e desconfortável no ar. Bom, talvez muito disso se deva à maneira de atuar do Adam Driver, que parece que vai surtar a qualquer momento. Em contrapartida, a esposa parece viver no mundo da Lua. Enfim, o filme tem planos muito bonitos esteticamente, cenas bem escritas, uma montagem engraçada (no bom sentido) e afiada. E talvez tudo o que coloquei seja intencional, no fim das contas. Mas então fica a pergunta: qual o propósito?
Poderia ficar acompanhando a rotina do casal por toda a eternidade (ma ôe). São raras as vezes em que um filme se revela exatamente como eu imaginava que seria. Que sensação boa de completude. Não vi tantas obras assim sobre vampirismo para chegar à seguinte conclusão, mas esse me parece o filme que melhor trabalha o dilema que é viver para sempre. O que isso acarreta à vida e à mente dessas criaturas. E não consigo ver esses personagens sendo interpretados por outros atores, Tom e Tilda parecem talhados fisicamente e psicologicamente para esses papeis.
Para mim, fica cada vez mais claro que essa terceira trilogia não passa de um remake da primeira, com personagens diferentes e uma narrativa um pouco modificada - mas que segue a estrutura geral original. A Disney viu que a segunda trilogia foi escrachada pelo público e optou por seguir a fórmula de sucesso da primeira. Não que isso seja ruim, mas revela falta de criatividade e até mesmo falta de relevância. Por que recontar a mesma história? Claro, a resposta, quase sempre, tem a ver com dinheiro.
Sobre o episódio VIII, como filme da franquia, é ok. Como obra cinematográfica, é ruim.
O Selvagem
3.7 93 Assista AgoraO filme que deu aos fora da lei do século XX a identidade que procuravam, nas palavras de Hunter S. Thompson.
Com Marlon Brando, um artista desde sempre inigualável.
Gabriel e a Montanha
3.7 141 Assista AgoraNão conheço a história pessoal dele, mas, ao contrário do que muitos colocaram aqui, o filme me pareceu corajoso por, justamente, não idealizar o personagem. É um ponto que considero positivo na obra, portanto. Apresentar Gabriel com todas as suas contradições ou "defeitos" - aliás, que todos temos. Isso torna o filme bastante realista.
Quanto ao roteiro, parece que ficou faltando um embasamento maior com relação às motivações dele, ou mesmo à sua história de vida.
Destacaria, por fim, a trilha musical, uma das mais belas que vi no cinema nacional recente.
Ilha dos Cachorros
4.2 655 Assista AgoraE Wes Anderson conseguiu novamente.
Ele Está de Volta
3.8 681O livro deve ser ótimo, mas o filme é tosco demais. Salvam-se uma ou outra cenas.
Visita ao Inferno
4.0 39 Assista AgoraWerner Herzog resgatando com primor um gênero cinematográfico que foi o primeiro entre todos: o documentário. Registrar a realidade circundante e, posteriormente, realidades mundo à fora, foi a ocupação dos primeiros cineastas. No meu entendimento, não é nem de longe um gênero cinematográfico menor. Recomendo fortemente que aqueles encantados com esta obra assistam as outras produções do diretor, incluindo as ficcionais.
Maria Madalena
3.4 168 Assista AgoraGostei bastante. Esperava um filme numa levada mais clássica, comercial mesmo, por causa do trailer. Foi uma grata surpresa. O tom é bem mais contemplativo, praticamente um poema audiovisual. Fotografia e montagem muito tocantes. Talvez tenha sido um dos filmes visualmente mais belos que vi dentro desse gênero "bíblico". A escolha do figurino e do cenário contribuem, apesar de não serem tão realistas. Atuações, nem se fala. A narrativa, entretanto, foi bastante previsível, diria até clichê. Mas não diminui o impacto da obra, porque me parece não ser a preocupação principal de quem produziu.
Aniquilação
3.4 1,6K Assista Agora- Pensei ser um homem.
No Intenso Agora
4.0 38A juventude: seus sonhos e suas subsequentes desilusões. Me lembrei de Ícaro. Mas não dá para ignorar o fato de que as coisas mudam, sim. Só que não temos controle sobre isso.
O Gigante, a Hora e a Vez do Cinegrafista
3.6 2Baita registro histórico do país. Curioso observar como a narração ficou datada neste mundo politicamente correto de hoje. Mas há ácidas críticas políticas e sociais.
Comeback
3.4 31Câmbéqui.
Excelentes fotografia, cenografia, figurino e trilha musical. Roteiro e algumas atuações estão um pouco abaixo. Um argumento raro no cinema brasileiro, que se revela um bom filme, se analisado integralmente.
Han Solo: Uma História Star Wars
3.3 638 Assista AgoraFilme sem alma. Valeu pelos trocadilhos autorreferentes.
Você Nunca Esteve Realmente Aqui
3.6 521 Assista AgoraNão era o filme que eu esperava ver, mas gostei. A originalidade está na maneira como aborda a violência visualmente. Joaquin Phoenix dispensa comentários.
Papillon
3.7 223 Assista AgoraSó por reunir essas feras aí, bicho...
A Rede
4.0 34Ótimo argumento e uma mensagem de apelo humanista muito forte, que transcende o conflito e escancara as hipocrisias e interesses em jogo dos dois lados - para variar, o ônus cai nas costas do cidadão comum. Me parece, entretanto, ter se apegado demasiadamente a esteriótipos e clichês narrativos para contar a história. Faltou aquela sutileza tão salutar ao cinema, parece aqui que tudo é demasiadamente explicado, exagerado, jogado na cara. Inclusive em se tratando de atuações.
Viagem Clandestina
3.7 39 Assista AgoraPôxa, que baita obra da Disney. Bacana ver que uma empresa que se engajou ativamente na propaganda anti-comunista lá atrás (servindo, na prática, como braço midiático do governo americano) abriu espaço para uma produção de conteúdo político como essa, ainda que leve.
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraLeiam o livro do Arthur C. Clarke, que assinou o roteiro do filme junto com o Kubrick. Ali estão as explicações para coisas que o Kubrick apenas sugere ou aborda superficialmente ou de maneira sucinta. Assisti novamente o filme após terminar de ler e, apesar de continuar achando uma tremenda realização cinematográfica, acredito que o livro o supera.
A Fita Branca
4.0 756 Assista AgoraQuando a educação - que, supostamente, deveria transformar bestas em homens, ultrapassa todos os limites do bom senso (da empatia, da compaixão), acaba virando uma ferramenta de opressão. O resultado disso é a exata inversão do objetivo inicial: os homens é que, agora, serão transformados em bestas. Mais um memorável ensaio cinematográfico de Michael Haneke.
Tommy
3.9 168 Assista AgoraÉ, nem com o The Who no meio um musical presta hahaha.
O Selvagem da Motocicleta
4.0 227 Assista Agora"No, your mother... is not crazy. And neither, contrary to popular belief, is your brother crazy. He's merely miscast in a play. He was born in the wrong era, on the wrong side of the river... With the ability to be able to do anything that he wants to do and... findin' nothin' that he wants to do. I mean nothing."
The Room
2.3 492Se eu e meus amigos do colégio tivéssemos tido grana pra investir em equipamento, nossos filminhos teriam sido exatamente assim. Como não amar?
A Forma da Água
3.9 2,7KRapaz... não entendi o porquê de tanta premiação e tanto auê. Sabe quando tu já viu a mesma história tantas vezes que tu consegue prever até nos mínimos detalhes o que vai acontecer? A novidade, aqui, é só a casca.
Paterson
3.9 353 Assista AgoraSentimentos conflitantes com relação a esse filme. Acho que entendi a proposta, o argumento. O problema é que parece que o filme não se decide por abraçar ou o realismo ou a fantasia, a poesia, mesmo. Fica num meio termo, e isso me incomoda. Não se sabe se o mundo em que eles vivem é real ou se é uma espécie de limbo onde nada acontece. E não me refiro aqui à acontecimentos pirotécnicos, reviravoltas na trama, coisas do tipo. É que não há tragédia de nenhum tipo, e isso não corresponde à vida real. A relação do casal, sobretudo, parece que não é natural, como se estivessem escondendo algo um do outro o tempo todo. Uma relação robótica, só de aparências. Isso deixa um clima extremamente pesado e desconfortável no ar. Bom, talvez muito disso se deva à maneira de atuar do Adam Driver, que parece que vai surtar a qualquer momento. Em contrapartida, a esposa parece viver no mundo da Lua.
Enfim, o filme tem planos muito bonitos esteticamente, cenas bem escritas, uma montagem engraçada (no bom sentido) e afiada. E talvez tudo o que coloquei seja intencional, no fim das contas. Mas então fica a pergunta: qual o propósito?
Amantes Eternos
3.8 782 Assista AgoraPoderia ficar acompanhando a rotina do casal por toda a eternidade (ma ôe). São raras as vezes em que um filme se revela exatamente como eu imaginava que seria. Que sensação boa de completude.
Não vi tantas obras assim sobre vampirismo para chegar à seguinte conclusão, mas esse me parece o filme que melhor trabalha o dilema que é viver para sempre. O que isso acarreta à vida e à mente dessas criaturas.
E não consigo ver esses personagens sendo interpretados por outros atores, Tom e Tilda parecem talhados fisicamente e psicologicamente para esses papeis.
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraPara mim, fica cada vez mais claro que essa terceira trilogia não passa de um remake da primeira, com personagens diferentes e uma narrativa um pouco modificada - mas que segue a estrutura geral original. A Disney viu que a segunda trilogia foi escrachada pelo público e optou por seguir a fórmula de sucesso da primeira. Não que isso seja ruim, mas revela falta de criatividade e até mesmo falta de relevância. Por que recontar a mesma história? Claro, a resposta, quase sempre, tem a ver com dinheiro.
Sobre o episódio VIII, como filme da franquia, é ok. Como obra cinematográfica, é ruim.