Tony Scott escolheu a dedo o roteiro de “Top Gun – Ases Indomáveis”, sabendo que teria em mãos a oportunidade perfeita de fazer fama e arrecadar milhões em bilheteria. Explorando muitos clichês, o longa nada mais é do que uma estória comum feita para alçar ao sucesso o na época jovem e ascendente Tom Cruise. E Scott é hábil nesta tarefa, utilizando todos os recursos que podia para não falhar. O resultado é um filme convencional, que não deixa ter momentos interessantes – principalmente quando explora as ótimas seqüências aéreas – mas jamais alcança um resultado expressivo ou memorável.
Mas “Top Gun” também tem seus pontos positivos, começando pelo excelente trabalho de som, perceptível principalmente nas sensacionais seqüências aéreas, captando perfeitamente o barulho dos aviões rasgando o céu. A boa montagem de Chris Lebenzon e Billy Weber colabora nestas seqüências empolgantes, onde o diretor Tony Scott cria belos planos, auxiliado também pela direção de fotografia de Jeffrey L. Kimball e pelos efeitos visuais. O diretor abusa do lindo visual durante os vôos, aproveitando o universo de belas imagens que o céu proporciona para filmar de ângulos interessantes como a frente, a asa e a cauda dos aviões. Em outro momento, Scott dá um close em Cruise quando este fala do falecido pai, realçando a tristeza em seu rosto ao pensar na misteriosa morte dele. Tom Cruise, aliás, que tem boa atuação, demonstrando a costumeira energia na pele do rebelde Maverick, apesar de abusar dos intermináveis sorrisos (obviamente, buscando se afirmar como galã). Repare como ele sorri levemente ao ouvir que vai para a escola especial “Top Gun”, pois sabia que aquela era a oportunidade da sua vida de provar a qualidade que tinha como piloto, além de poder enfrentar o passado traumático. Seu desempenho cresce na parte final, após perder o amigo e partir para superar o trauma da perda enigmática de seu pai. Mas infelizmente, o roteiro previsível não exige muito do elenco.
“Top Gun” não deixa nenhuma mensagem importante ou reflexão, não conta com um roteiro criativo e sequer recicla velhos clichês. Tony Scott prefere seguir o caminho contrário, abusando de fórmulas e receitas para alcançar o sucesso de bilheteria. Por isso, explora as cenas de ação envolvendo os caças para atrair o público masculino e do romance envolvendo o galã da época para atrair o público feminino. No fim das contas, o diretor conseguiu alcançar seu objetivo, mas infelizmente não conseguiu nada mais do que isso. Ao contrário dos poderosos aviões que vemos em todo o filme, “Top Gun – Ases Indomáveis” jamais alça vôos maiores. fonte fonte CINEMA EM DEBATE
"Um Sonho de Liberdade" é um excelente drama sobre esperança, redenção e fé. Baseado numa obra de Stephen King, o filme, roteirizado e dirigido por Frank Darabont, prende a atenção do espectador do início ao fim.
Tanto o roteiro quanto a direção de Darabont, estão impecáveis. Apresentando cenas memoráveis, o filme apresenta ainda uma magnífica trilha sonora, uma bela fotografia, um bom trabalho de edição e interpretações soberbas.
No elenco, o grande destaque é Morgan Freeman, seguido das atuações de Tim Robbins e de Bob Gunton, este último no papel do corrupto Diretor da Penitenciária.
Já no fim da 2ª Guerra Mundial, a tropa de Murphy (Peter O'Toole) é massacrada pelos alemães e ele é o único que sobrevive. Acampado na costa do rio Orinoco, ele começa a planejar uma vingança. O objetivo de Murphy é afundar o U-Boat (submarino alemão), não importa como. No desespero por honrar os coletas mortos, Murphy começa a pôr suas ideias em ação, sempre assistido por Louis (Philippe Noiret). Esquecida produção com o inigualável Peter O'Toole, gravado na Venezuela. Um filme tenso e nada previsível.
"O Poderoso Chefão" é um dos maiores clássicos do cinema e um dos filmes mais importantes de todos os tempos. É um estudo sociológico da violência, poder, honra, corrupção, justiça e crime nos Estados Unidos das décadas de 40 e 50.
Com um excelente roteiro e uma direção soberba, o filme de quase 3 horas de duração, mantém o espectador atento e interessado do início ao fim. O elenco é fantástico, com destaques para as atuações de Al Pacino e, principalmente, Marlon Brando.
A reconstituição dos anos 40 / 50 é perfeita. A trilha sonora de Nino Rota é simplesmente muito bonita. Merecem ainda destaques, o figurino e a fotografia de Gordon Willis. PRÊMIOS
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA Oscar de Melhor Filme Oscar de Melhor Roteiro Adaptado Oscar de Melhor Ator (Marlon Brando) Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra Prêmio Anthony Asquith de Melhor Música (Nino Rota) Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante (Robert Duvall) Prêmios Globo de Ouro, EUA Prêmio de Melhor Filme - Drama Prêmio de Melhor Direção (Francis Ford Coppola) Prêmio de Melhor Roteiro Prêmio de Melhor Ator em um Drama (Marlon Brando) Prêmio de Melhor Trilha Sonora Original Prêmios David di Donatello, Itália David de Melhor Filme Estrangeiro David Especial (Al Pacino) Grêmio dos Diretores da América Prêmio por Direção Excepcional (Francis Ford Coppola) Grêmio dos Roteiristas da América Prêmio de Melhor Roteiro de um Drama Americano (Mario Puzo, Francis Ford Coppola ) Círculo dos Críticos de Cinema de Kansas City, USA Prêmio de Melhor Direção (Francis Ford Coppola) Prêmio de Melhor Ator (Marlon Brando) Sociedade Nacional dos Críticos de Cinama dos Estados Unidos Prêmio de Melhor Ator (Al Pacino) INDICAÇÕES
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA Oscar de Melhor Direção (Francis Ford Coppola) Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (James Caan, Robert Duvall, Al Pacino) Oscar de Melhor Edição Oscar de Melhor Figurino Oscar de Melhor Trilha Sonora Oscar de Melhores Efeitos Sonoros Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra Prêmio de Melhor Ator (Marlon Brando) Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante (Robert Duvall) Prêmio de Melhor Figurino Prêmio de Melhor Revelação Masculina (Al Pacino) Prêmios Globo de Ouro, EUA Prêmio de Melhor Ator em um Drama (Al Pacino) Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante (James Caan) Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA Prêmio de Melhor Filme Prêmio de Melhor Ator (Marlon Brando) Prêmio de Melhor Direção (Francis Ford Coppola) Sociedade Nacional dos Críticos de Cinama dos Estados Unidos Prêmio de Melhor Filme Prêmio de Melhor Roteiro (Francis Ford Coppola, Mario Puzo) Prêmio de Melhor Fotografia (Gordon Wills ) Preêmio de Melhor Ator Coadjuvante (Robert Duvall) Prêmio de Melhor Ator (Marlon Brando) Prêmio de Melhor Diretor (Francis Ford Coppola) http://www.70anosdecinema.pro.br/
Este último de várias adaptações para o cinema de Bret Harte os desterrados de Poker Flat estrelas Cameron Mitchell como um bandido assassino ocidental, Anne Baxter como sua esposa, Dale Robertson como um jogador desgraçado e Miriam Hopkins como um floozie desbotada dança de salão. Todos esses personagens (com alguns outros tipos socialmente indesejáveis) estão presos em uma cabana na montanha de neve. Como as chances de salvamento desaparecer, a verdadeira natureza dos ocupantes da cabine subir à superfície. É o jogador, aparentemente o mais covarde do grupo, que assume o bandido quando ele ameaça a sobrevivência dos outros. Párias da Poker Flat é menos pessimista do que as versões anteriores da história ... e, consequentemente, menos memoráveis. ~ Hal Erickson, Rovi
"Nascido para Matar" é um ótimo filme dedicado e sobre a guerra do Vietnã. Baseado no livro de Gustav Hasford e realizado pelo grande cineasta Stanley Kubrick, o filme mostra, através dos olhos de um soldado, os caminhos por ele percorridos do treinamento e preparação às experiências vividas nos campos de batalha.
Com um excelente roteiro e a direção perfeita de Kubrick, o filme tem ainda um magnífico trabalho de efeitos especiais.
No elenco, os grandes destaques ficam para as atuações de Vincent D'Onofrio, Matthew Modine e R. Lee Ermey, com ênfase para Ermey no papel do Sgt. Hartman. http://www.70anosdecinema.pro.br/
Baseado na obra de E. M. Nathanson, "Os Doze Condenados" é um dos mais populares filmes sobre a 2ª Guerra Mundial. As cenas de combate são muito bem coreografadas.
Realizado pelo cineasta Robert Aldrich, que faz um belo trabalho, "Os Doze Condenados" conta ainda com um magnífico roteiro, assinado por Nunnally Johnson e Lukas Heller, e com um elenco de primeira grandeza.
Lee Marvin realiza um dos melhores papéis de sua carreira, assim como, John Cassavetes. Telly Savalas, Donald Sutherland e Charles Bronson também estão bem em seus respectivos papéis. http://www.70anosdecinema.pro.br/
Baseando-se inicialmente nas memórias autobiográficas de Vincent Sheen e contando com as ajudas dos roteiristas Charles Bennett e Joan Harrison, Hitchcock reformulou a história, realizando mais um dos seus grandes sucessos.
A grande força de "Correspondente Estrangeiro" reside, em grande parte, à incrível habilidade narrativa e visão cinematográfica do grande mestre do suspense. Adicionalmente, o filme nos brinda com a bela fotografia em preto-e-branco de Rudolph Maté e com um ótimo trabalho na área de efeitos especiais.
São inúmeros os grandes momentos desse thriller, dentre os quais acham-se as seqüências do assassinato do sósia de Van Meer, debaixo de chuva, com tomadas aéreas que nos permitem ver a área totalmente coberta por guarda-chuvas, ou as cenas de alto suspense no moinho, ou ainda os momentos que culminam com o acidente aéreo e o resgate dos sobreviventes. Hitchcock mostra-se realmente atento a cada detalhe.
No elenco, os maiores destaques ficam por conta das magníficas atuações de Albert Bassermann e Herbert Marshall, seguidas pelo trabalho de Joel McCrea. http://www.70anosdecinema.pro.br/
Baseada no livro de Miklós László e adaptada para o cinema por Samson Raphaelson com a ajuda de Ben Hecht, “A Loja da Esquina” é uma deliciosa comédia romântica do cinema americano do início dos anos 40. Realizada pelo cineasta alemão Ernst Lubitsch, sua trama gira em torno de um grupo de pessoas comuns que trabalham lado a lado em uma loja de presentes, com ênfase para o relacionamento entre o mais experiente funcionário da casa e uma recém-contratada vendedora.
A direção de Lubitsch é excelente ao conseguir realizar esse delicioso trabalho sem recorrer a exageros, muitas vezes presentes nesse tipo de gênero, um trabalho espirituoso sem ser pretensioso. Sem dúvida alguma, Lubitsch contou com o ótimo roteiro escrito por Raphaelson, que cria um grupo maravilhoso de personagens e uma grande atmosfera para a comédia.
No elenco, James Stewart e Margaret Sullavan, demonstrando uma química perfeita entre eles, nos brindam com diálogos afiados e são, sem dúvida, os grandes destaques desse filme. Frank Morgan também merece ser destacado por sua ótima atuação no papel do proprietário da loja de presentes. http://www.70anosdecinema.pro.br/
"Intriga Internacional" está entre as seis melhores realizações do grande cineasta do suspense, Alfred Hitchcock, e é sem dúvida uma de suas obras-primas.
A marca principal de "Intriga Internacional" é a forma como Hitchcock desenvolve o nível de tensão, num filme repleto de emoção e reviravoltas. O grande mestre trabalha como um verdadeiro arquiteto: cada cena, cada diálogo é muito bem estudado, antes de ter a versão final.
As cenas de ação são de tirar o fôlego como, por exemplo, nas seqüências em que Thornhill é perseguido por um avião monomotor ou na perseguição que tem efeito nas encostas do Monte Rushmore.
Como em "Janela Indiscreta", o protagonista tem uma garota que aceita incondicionalmente sua versão da história, mas, como em "Um Corpo Que Cai", ela não é exatamente o que inicialmente aparenta ser.
A trilha sonora é excelente, assim como, o trabalho de edição. No elenco, os maiores destaques ficam por conta das atuações de James Mason, Eva Marie Saint e Cary Grant. http://www.70anosdecinema.pro.br/
Poucos filmes americanos da década de 30 lidaram com o sofrimento e os transtornos da Depressão. Hollywood, em sua grande maioria, deixou que outras mídias, como o teatro, a literatura e a fotografia, documentassem o desastre nacional. O romance de John Steinbeck As vinhas da ira, publicado em 1939, foi baseado em uma pesquisa rigorosa, em que o autor seguiu famílias agricultoras desalojadas de Oklahoma na sua jornada até as lavouras da Califórnia em busca de trabalho.
Apesar das objeções dos conservadores que controlavam o estúdio, Darryl Zanuck comprou os direitos do livro para a 20th Century Fox. Ele sabia que John Ford era o homem certo para dirigir o filme, com sua sensibilidade para com o povo americano e sua história. Ford também se identificava com que há de mais doloroso no suplício da família Joad – não a pobreza aguda, mas o trauma psicológico de quem é arrancado do seu lar, jogado na estrada, desenraizado. Em uma cena memorável , a Mãe (Jane Darwell) queima os pertences que não pode levar consigo na noite anterior ao dia em que precisam abandonar a fazenda.
Para o papel de protagonista Tom Joad, Ford escalou Henry Fonda, que pouco tempo atrás havia estrelado A mocidade de Lincoln (1939) e Ao rufar dos tambores (1939), dois outros filmes sobre a história da América, também dirigidos por Ford. Dentre os outros membros da Sociedade Anônima John Ford presentes aqui estão Russell Simpson como o Pai, John Qualen como o amigo Muley e John Carradine como o pastor itinerante. E, para o posto de cinegrafista, Ford fez uma escolha inspirada. Gregg Toland capturou de forma brilhante o olhar documental das fotografias que haviam sido tiradas da tragédia por fotógrafos contratados pelo governo, como Dorothea Lange. Em nenhum momento isso fica mais patente do que na seqüência em que a família Joad chega a um acampamento de sem-terra, com a câmera detendo-se nos rostos soturnos dos ocupantes e nos barracos caindo aos pedaços em que eles vivem.
Embora As vinhas da ira não deixe de mostrar a enormidade do sofrimento dos seus protagonistas, há uma importante divergência em relação ao livro. No romance de Steinbeck, a família a princípio encontra condições mais favoráveis em um acampamento do governo, porém, no fim, se vê reduzida a salários de fome. No filme, ela chega ao mesmo acampamento mais tarde, de modo que seu progresso se dá em uma curva ascendente, marcada pela última fala da mãe: “Nós somos o povo...jamais deixaremos de existir”. do livro 1001 Filmes para ver antes de morrer:
"Núpcias de Escândalo" é uma inteligente e sofisticada comédia. Realizado pelo cineasta George Cukor, o filme gira em torno dos incidentes e reviravoltas que ocorrem às vésperas do casamento de uma socialite da Filadélfia.
O roteiro, assinado por Donald Ogden Stewart e ganhador de um Oscar, é uma brilhante adaptação para o cinema de uma peça homônima da Broadway, escrita por Philip Barry.
A direção de Cukor é consistentemente boa, apresentando um ótimo ritmo do início ao fim. A trilha sonora e a fotografia são dois outros quesitos que merecem atenção.
No elenco, Katharine Hepburn está absolutamente maravilhosa no papel de Tracy Lord. Aliás, ela já havia sido consagrada pela crítica ao fazer o mesmo papel nos palcos da Broadway. Indicada ao Oscar de Melhor Atriz, perdeu a estatueta para Ginger Rogers, por sua atuação em "Kitty Foyle". James Stewart e Cary Grant também estão fabulosos em seus respectivos papéis, tendo o primeiro sido agraciado com o Oscar de Melhor Ator. Entre os coadjuvantes, os grandes destaques ficam por conta das atuações de Ruth Hussey e Virginia Weidler, esta última com apenas 14 anos de idade. http://www.70anosdecinema.pro.br/
A Marca do Zorro" é um ótimo filme de aventuras. Realizado em 1940 por Rouben Mamoulian, o filme começa com um bom ritmo, o qual é mantido até o final, quando ocorre um dos maiores duelos já vistos, no cinema, entre dois dos mais ágeis espadachins de Hollywood, Tyrone Power e Basil Rathbone. É o tipo de filme que se assiste por puro entretenimento, já que seu final é bastante previsível.
Além da sólida direção de Mamoulian, "A Marca do Zorro" apresenta uma brilhante trilha sonora, assinada por Alfred Newman, uma bela fotografia em preto-e-branco, uma boa direção de arte e ótimas atuações de seus principais atores. Além de sua magnífica interpretação, Tyrone Power consegue criar uma ótima química com a bela Linda Darnell, na época com apenas 17 anos de idade. http://www.70anosdecinema.pro.br/
Mais que um longa-metragem de ação, uma idéia ousada, original e inovadora que faz de A Outra Face diferente de tudo que já se havia visto no gênero. Desde o princípio, mostra ser um excelente filme, não deixando a ação para depois e já começando em ritmo frenético, durante a ótima perseguição na qual o agente do FBI Sean Archer (John Travolta) consegue finalmente capturar Castor Troy (Nicolas Cage), terrorista responsável pela morte do seu filho. O roteiro caracteriza muito bem esses personagens, desenvolvendo-os de forma antagônica, desde a personalidade até os hábitos e gestos, mostrando que as características psicológicas e comportamentais podem até se sobrepor às características físicas na determinação de um indivíduo. Para essa distinção, as atuações de excelentes atores como Nicolas Cage e John Travolta foram fundamentais. Em alguns momentos, é claro, as suas grandes diferenças no modo próprio de atuar acabam causando a impressão de ser impossível que um seja na verdade o outro. Mas, em geral, eles cumprem seus papéis com total competência e, afinal, a própria idéia de trocar de rostos já é impossível, principalmente para uma época onde ainda eram usados disquetes em vez de CD-ROM. O filme traz a brilhante direção de John Woo, aclamado diretor de filmes de ação, que sempre deixa a sua presença marcada por onde passa. A presença dos pássaros em cenas que antecedem a ação, por exemplo, já é uma marca do diretor, como seria observado posteriormente em Missão: Impossível 2. A ação fica por conta de excelentes efeitos visuais e sonoros nas cenas de ação (indicado ao Oscar de melhor edição de som), ótimas cenas de perseguição (como a perseguição de lancha no final) e, sobretudo, de tiroteios, nas quais o diretor parece ser especialista, fazendo com que cada uma tenha algo diferenciado, nunca apenas o herói atirando no vilão ou vice-versa. As cenas são sempre inovadoras e, ao mesmo tempo, características do seu modo de dirigir, sendo mostradas em diferentes ângulos ou em câmera lenta, buscando colocar os personagens cara a cara, em situações nas quais são obrigados a hesitar em atirar um no outro por mais próximos que estejam, tudo acompanhado por uma boa trilha sonora. E tudo isso é feito de forma marcante, como na cena em que os dois atiram simultaneamente nos espelhos à sua frente, dando a impressão de que quisessem atingir o inimigo atirando na própria imagem, já que estavam um com a face do outro. Uma ressalva é que, em algumas cenas, como nessa do espelho, é possível perceber a presença dos dublês, mas, ninguém pode ser perfeito. Talvez tenham se preocupado demais em fazer Nicolas Cage parecer John Travolta, ou vice-versa, que se esqueceram de fazer os dublês parecerem os atores. Produzido em uma época na qual os filmes de ação tinham uma extrema popularidade e rentabilidade, A Outra Face marcou o gênero e até hoje é referência para quem curte filmes de ação.
"Dormindo com o Inimigo", é um filme que começa de forma gelada. É um filme frio, onde qualquer parte emotiva só é realizada por Julia Roberts. Basicamente, é uma fita de perseguição por parte do marido repressivo,obsessivo e agressivo. Esse marido é interpretado por Patrick Bergin. Um ator ruim que tem só meia dúzia de "caras" apresentáveis. O roteiro é algo extremamente esburacado, e algumas cenas e detalhes parecem inverossímeis. O diretor, Joseph Ruben, é mais um estreante. Vale só pelo talento impagável de Julia Roberts, que faz o papel da mulher fugitiva e procurada pelo marido ditador. Serve mais como passatempo razoável.
O diretor Ron howard é uma das pessoas mais queridas em Hollywood. E isso é fácil de se entender. Ele foi um garoto prodígio, tendo começado a carreira como ator antes de completar 3 anos de idade. Estrelou séries de sucesso, filmes( como " Loucuras de verão" de George Lucas) e nos anos 80 começou a dirigir filmes. Em sua trajetória atrás das camêras, fez grandes sucessos( " Cocoon", " Apollo 13"), alguns escorregões( " Willow", " Um sonho distante") e ganhou um merecido Oscar com " Uma mente brilhante". Em " Backdraft" Howard trabalha como operário padrão, faz um bom filme de ação, mas sem o apelo sentimental e a magia de outros filmes seus. O roteiro conta a história de uma família de bombeiros, mais precisamente, de 2 irmãos( Kurt Russell e o péssimo William Baldwin)que disputam para ver quem é o melhor bombeiro, aquele que consegue salvar mais vidas. Eles precisam unir suas forças quando um terrorista incendiário ameaça a vida de várias pessoas inocentes. A Universal, produtora do filme, gastou uma fortuna para contar essa história e convocou um elenco excelente , com destaque para o veterano Donald Sutherland,os eternos coadjuvantes Scoot Glenn e JT Walsh, as loiras belíssimas Jennifer Jason Leigh e Rebecca de Mornay, e o astro Robert de Niro ,em um pequeno, mas importante , papel. Vale a pena ver pelas excelentes cenas de ação, e pelo trabalho dos atores. A história, porém, como sempre em filmes do gênero é repleta de clichês, e de situações pouco prováveis. cotação: 7
A ciência é a forma de conhecimento mais aceita no mundo, permitindo um entendimento vasto e objetivo sobre eventos naturais e humanos por meio de uma metodologia experimental, além de promover avanços tecnológicos que beneficiam a sociedade em diversos âmbitos. Por outro lado, há fatores que aparentemente não se encaixam à lógica científica e geram questionamentos, insegurança e, ao mesmo tempo, esperança de que a vida guarda mistérios que fogem à nossa compreensão. “O que você pode realmente saber? O que você chama de verdade?” – indaga Simon Silver (Robert De Niro) durante um de seus espetáculos sobrenaturais.
Neste cenário dividido e cheio de incertezas, “Poder Paranormal” nos apresenta Margaret Matheson (Sigourney Weaver), uma professora e cientista que, com a ajuda de seu assessor Tom Buckley (Cillian Murphy), estuda casos de suposta paranormalidade a fim de desmenti-los e desmascarar os impostores por trás do golpe, se necessário. Esta racionalidade é posta em questão quando o famoso vidente Simon Silver retorna do anonimato após 30 anos, despertando o interesse de Buckley e trazendo à tona lembranças angustiantes de Matheson.
A dualidade entre ciência e sobrenatural é muito bem ilustrada pela fotografia de Xavi Giménez em parceria com a direção de arte de Edward Bonutto, que variam entre tons frios e quentes de acordo com a representação de cada cor para determinado personagem ou situação. Por exemplo, as cenas da faculdade em que Matheson dá aula são sempre filmadas em paleta azul-esverdeada, enquanto o cenário do teatro onde ocorre o show de Silver é composto primordialmente da cor vermelha. Esse contraste pode ser observado também na casa de Matheson, que contém ambas as cores, reflexo da posição contraditória da personagem. Esta é confessadamente descrente no sobrenatural, mas esconde o desejo de que existisse algo além da vida, para assim saber lidar de forma saudável com o fato de seu filho estar em coma há anos.
O primeiro ato é o melhor do filme, desenvolvendo-se de maneira paciente e sucinta. Apresentando-nos logo no início à forma de trabalho da dupla de cientistas, o roteirista e diretor Rodrigo Cortés nos familiariza com os personagens e cria um vinculo imediato entre eles e o público. As atuações de Weaver e Murphy também são eficientes ao passar de forma natural a seriedade e considerável frieza da experiente Matheson e a personalidade amistosa e curiosa do aprendiz Buckley.
A introdução de Silver à trama já subentende uma relação de confronto silencioso para com os dois cientistas. O estabelecimento desse conflito e, principalmente, sua manutenção em um nível etéreo, mas sempre presente, gera um clima de mistério e tensão que é responsável por grande parte do interesse do público, funcionando também como ambientação para trabalhar melhor a esfera dramática dos personagens.
A partir daí, o filme começa a mostrar suas falhas. A mudança de foco que ocorre na metade da projeção, revelando Buckley como o verdadeiro protagonista, pode ser até interessante do ponto de vista narrativo, mas ocorre de forma brusca, sem que o terreno esteja preparado para o espectador admitir esta mudança naturalmente. As possibilidades que a personagem de Weaver poderia oferecer enquanto centro da narrativa são postas de lado sem que este mesmo nível de importância seja transposto a Buckley. Isso deixa um buraco no vinculo com o público que nunca é totalmente preenchido de novo – mesmo com a competente atuação de Murphy –, o que prejudica também o excelente clima de suspense construído até então.
Coadjuvantes mal explorados também contribuem para essa fragilidade do longa. Elizabeth Olsen, que já tem experiência com suspense no recente “A Casa Silenciosa”, o qual protagonizou, desta vez lida com uma personagem bem menos exigente, Sally, aluna de Matheson e namorada de Buckley. Sua participação é pontual e inofensiva, podendo simplesmente ser descartada sem que isso provocasse grandes alterações na trama. O único personagem secundário com função definida e executada de modo satisfatório é Paul Shackleton, um cientista colega de Matheson, interpretado pelo carismático Toby Jones.
O próprio Silver, personagem chave do longa, não passaria a importância que tem na história se não fosse a presença gigantesca de Robert De Niro, estando o personagem a serviço do ator. A cena específica que fornece uma boa oportunidade para consolidar o nível de ameaça do vidente à comunidade científica e a Buckley em particular é totalmente desperdiçada com um monólogo tão vazio que soa confuso.
Cortés perde a mão no trabalho com os personagens quando se rende aos clichês do gênero, com direito a uma mulher desconhecida apontando o dedo para Buckley no meio da rua com ar misterioso. O diretor também peca no ritmo, jogando várias situações “intrigantes” e repentinas em uma única sequência – a que Buckley está em casa com Sally –, fazendo desta quase o clímax do filme. Depois do terceiro “susto”, a cena já perde completamente o propósito.
O último ato apresenta uma reviravolta interessante, mas que deixa várias pontas soltas para o espectador mais atento que procura uma coerência geral dos eventos. Ainda com falhas de roteiro e direção, “Poder Paranormal” conta uma boa história e consegue entreter, sendo boa parte disso mérito do ótimo elenco. No mais, a trilha de Victor Reyes e o desenho de som de James Muñoz, apelativos e característicos desse tipo de produção, sabotam qualquer intenção de Cortés em apresentar algo fora da caixa. http://cinemacomrapadura.com.br/
Apostando na competente mistura de cenas de ação de tirar o fôlego com muito bom humor, a série “Máquina Mortífera” consolidou-se como uma franquia de sucesso que, obviamente, também contava com o enorme carisma de seus personagens para conquistar a plateia. No entanto, se os três primeiros trabalhos eram marcados pela eficiência e regularidade, este quarto filme traz uma leve queda neste aspecto, ainda que o tombo não seja suficiente para fazer de “Máquina Mortífera 4” um longa ruim, apenas um trabalho claramente mais preguiçoso que os anteriores. Logo em seus empolgantes instantes iniciais, “Máquina Mortífera 4” já deixa claro que estamos assistindo a um legítimo filme da série, nos colocando dentro da ação enquanto acompanhamos o divertido diálogo dos carismáticos personagens, numa sequência muito bem conduzida por Richard Donner e que conta ainda com o excepcional design de som para nos ambientar, permitindo distinguir a conversa em meio aos tiros e explosões com precisão. Ciente de que já somos familiarizados com os personagens e seus dramas, traumas, problemas familiares e qualidades, o roteiro economiza tempo e parte logo para a apresentação do conflito que moverá a narrativa, através da chegada dos chineses no porto. Conduzindo todo este trabalho com segurança, Richard Donner acerta novamente na criação de cenas marcantes, como a excelente perseguição de carros envolvendo um trailer numa autopista de Los Angeles, repleta de malabarismos absurdos dos personagens e conduzida de maneira ágil e nunca confusa pelo diretor. Já quando Riggs para o carro na beira do trilho do trem, a tensão toma conta da tela justamente por termos acompanhado um assassinato semelhante no início do filme – e o posicionamento idêntico da câmera ajuda nesta associação. Balanceando estes momentos de adrenalina e tensão, as cenas engraçadas surgem em profusão, mas a que mais se destaca é mesmo a hilária conversa entre Riggs, Murtaugh e Benny num consultório odontológico. E finalmente, Donner mantém-se fiel à estrutura narrativa clássica da série, nos levando ao confronto final entre Riggs e o vilão numa noite chuvosa, fotografada de maneira bem obscura para ampliar a tensão. Só que desta vez, a luta corporal conta também com a participação de Murtaugh e, obviamente, é reforçada pela presença de um oponente realmente ameaçador. Escorregando especialmente no roteiro, “Máquina Mortífera 4” representa uma leve queda na qualidade da série, mas está longe de ser um fracasso. Ainda que falte um pouco mais de ação, a foto da “família” e a criativa apresentação dos créditos finais conferem uma atmosfera nostálgica ao desfecho do longa, garantindo o encerramento digno de uma série muito eficiente e divertida. http://cinemaedebate.com/
"O Retorno de Frank James" é um bom western. Realizado por Fritz Lang, em 1940, o filme conta com um ótimo roteiro, um cuidadoso figurino, uma bela fotografia, além de marcantes atuações.
Os melhores momentos têm lugar no tribunal, onde Frank é julgado por um júri comprometido e parcial.
No elenco, com apenas 20 anos de idade, Gene Tierney faz sua estréia no cinema com uma ótima atuação, no papel de uma jovem repórter. Mas o grande ator, aqui, é sem dúvida Henry Fonda, como Frank James, inesquecível.
É impossível escrever sobre Night train to Munich sem citar The lady vanishes. Carol Reed nunca escondeu sua admiração pelo filme de Hitchcock e dele importou os roteiristas Sidney Gilliat e Frank Launder, além dos famosos personagens amantes de cricket, Charters (Basil Radford) e Caldicott (Naunton Wayne) – neste caso, porém, a importância da dupla, que apareceria em outros filmes, é ainda maior. A heroína é a mesma Margaret Lockwood, musa de Reed e que com ele fez longa parceria. Sua personagem tem personalidade muito parecida com a do filme de Hitchcock: aparentemente fraca e mimada, no fundo tem espírito para defender seus ideais e preza pela independência feminina. Os elementos do filme são convergentes: trama internacional sob a sombra da Segunda Guerra, espiões nazistas, assassinatos, a tal viagem no trem, cidadãos comuns defendendo a pátria… Mas, se no filme de Hitchcock a aventura era das mais ingênuas e se concentrava nos trilhos, em Night train a situação é um pouco diferente, com momentos mais longos e complexos. Há diálogos demais e ação de menos. Em outras palavras: Carol Reed cozinha demais seu prato e quando vamos prová-lo percebemos que não é tão saboroso assim. Verdade seja dita: The lady vanishes é muito mais divertido, charmoso e espontâneo. Tudo bem que comparações com os filmes de Hitchcock quase sempre são desiguais, mas Reed, com o talento que tinha, poderia ter feito melhor. No último terço da narrativa, quando ela enfim conseguir fluir com facilidade, há alguns grandes momentos – mas o saldo final é de apenas um filme bom e simpático. https://analiseindiscreta.wordpress.com
Baseado em um romance de Somerset Maugham, “A Carta” é um excelente filme noir, indicado a nada menos que sete Oscars, inclusive aos de melhor filme e de melhor direção. Realizado pelo grande cineasta William Wyler, a trama segue um roteiro simples, mas muito bem estruturado.
Em seu trabalho, Wyler conta ainda com a bela fotografia de Tony Gaudio, a memorável música de Max Steiner e grandes atuações de seus principais atores, entre os quais destacam-se Bette Davis, James Stephenson e Gale Sondergaard, esta última no papel da vingativa viúva. Embora todos estejam de parabéns, eu me arrisco a dizer que os grandes astros desse filme são Bette Davis, inesquecível, e o diretor William Wyler.
Enfim, “A Carta” é um filme imperdível. http://www.70anosdecinema.pro.br/
“Assassinato Em 4 Atos” é mais um bom suspense francês com uma história complexa e com muitos detalhes. Há também o uso de clichés, tipo perseguição de automóvel, para dar mais dinamismo a trama. É sempre bom ver Gérard Depardieu, que tem o bom senso de fazer o papel de um detetive aposentado; portanto ele está perfeito para o papel. Este é o primeiro filme que eu vejo com Joey Starr e ele tem ótima atuação no papel de um agente durão e traumatizado com a sua infância. “Assassinato Em 4 Atos” não é nenhuma obra-prima e tem falhas, mas é superior a muitos outros suspenses; logo, merece ser visto. https://maniacosporfilme.wordpress.com
Jake McCandles (John Wayne) é um xerife da velha Guarda que após vários anos reencontra sua esposa (Maureen O'Hara). Ao mesmo tempo em que tenta uma reconciliação tem que enfrentar o terrível sequestro de seu neto por um sórdido bando de facínoras foras-da-lei. Devo confessar que quando li sobre o filme pela primeira vez pensei que seria bem fraco. Isso porque "Jake Grandão" é um projeto muito familiar por parte de John Wayne. Dois filhos estão em cena, o próprio Wayne dirigiu parte do filme e para terminar encaixou o filho de seu amigo, Robert Mitchum, no elenco. Assim pensei que seria um western feito a toque de caixa, sem grandes pretensões ou qualidade, feito única e exclusivamente para a filharada ganhar uma grana extra. Realmente me enganei. Claro que por essa época Wayne não fazia mais grandes clássicos da história do cinema. As produções eram bem mais modestas e os roteiros eram simples e derivativos de seus antigos filmes mas mesmo assim ele conseguia manter um padrão de qualidade, coisa que se repete aqui.
"Jake Grandão" nem de longe pode ser comparado com filmes como "Rastros de Ódio". É uma fita simples, de rotina, tipicamente um trabalho na média do que ele produziu nos anos 70. Embora não seja um grande filme é sem dúvidas bem digno. Tem boas sequências de bang bang, um suspense muito bem feito na cena final, uma boa fotografia, com belas paisagens do oeste e para finalizar aquele pequeno toque de humor que Wayne costumava colocar em seus filmes. Assim "Jake Grandão" traz o pacote inteiro do que se espera de um filme do ator. Diverte e entretém e por isso recomendo aos fãs do estilo. http://western-pabloaluisio.blogspot.com.br/
Antes de tudo esqueça o bizarro título nacional. Esqueça também a moda dos vampiros que assola Hollywood. Se você passar por cima dessas duas coisas já terá um bom motivo para assistir esse Daybreakers. O filme tem um ponto de partida bem bolado: o que aconteceria se praticamente toda a humanidade se tornasse vampira? Onde os seguidores de Vlad iriam arranjar sangue humano para sobreviver? É a partir dessa crise que se desenvolve o argumento principal do filme. O grande problema de Daybreakers é que mesmo com uma boa idéia nas mãos os roteiristas não conseguiram desenvolver bem o tema. É o típico caso de uma idéia que ficou pelo meio do caminho.
A mistura High Tech futurista com vampiros não deu muito certo. Não deixa de ser chato termos que encarar vampiros na pele de militares ultra bem armados. O charme que sempre acompanhou os seres da noite se perde totalmente em coisas como essa. A tal "cura" mostrada também não convence. É uma solução simples demais e pouco verossímil (pelo menos dentro da mitologia dos vampiros). O elenco também apenas passeia em cena. Até bons atores (como Willem Dafoe) não parecem se interessar muito. Em controle remoto a única coisa que chama atenção em sua interpretação é seu visual "Raul Seixas citando Elvis Presley". Fora isso o filme se torna apenas mediano. Parece muito com seriado de TV inspirado em quadrinhos. Para se tornar um filme realmente bom faltou um melhor desenvolvimento por parte dos roteiristas. http://pabloaluisio.blogspot.com.br/
Top Gun: Ases Indomáveis
3.5 922 Assista AgoraTony Scott escolheu a dedo o roteiro de “Top Gun – Ases Indomáveis”, sabendo que teria em mãos a oportunidade perfeita de fazer fama e arrecadar milhões em bilheteria. Explorando muitos clichês, o longa nada mais é do que uma estória comum feita para alçar ao sucesso o na época jovem e ascendente Tom Cruise. E Scott é hábil nesta tarefa, utilizando todos os recursos que podia para não falhar. O resultado é um filme convencional, que não deixa ter momentos interessantes – principalmente quando explora as ótimas seqüências aéreas – mas jamais alcança um resultado expressivo ou memorável.
Mas “Top Gun” também tem seus pontos positivos, começando pelo excelente trabalho de som, perceptível principalmente nas sensacionais seqüências aéreas, captando perfeitamente o barulho dos aviões rasgando o céu. A boa montagem de Chris Lebenzon e Billy Weber colabora nestas seqüências empolgantes, onde o diretor Tony Scott cria belos planos, auxiliado também pela direção de fotografia de Jeffrey L. Kimball e pelos efeitos visuais. O diretor abusa do lindo visual durante os vôos, aproveitando o universo de belas imagens que o céu proporciona para filmar de ângulos interessantes como a frente, a asa e a cauda dos aviões. Em outro momento, Scott dá um close em Cruise quando este fala do falecido pai, realçando a tristeza em seu rosto ao pensar na misteriosa morte dele. Tom Cruise, aliás, que tem boa atuação, demonstrando a costumeira energia na pele do rebelde Maverick, apesar de abusar dos intermináveis sorrisos (obviamente, buscando se afirmar como galã). Repare como ele sorri levemente ao ouvir que vai para a escola especial “Top Gun”, pois sabia que aquela era a oportunidade da sua vida de provar a qualidade que tinha como piloto, além de poder enfrentar o passado traumático. Seu desempenho cresce na parte final, após perder o amigo e partir para superar o trauma da perda enigmática de seu pai. Mas infelizmente, o roteiro previsível não exige muito do elenco.
“Top Gun” não deixa nenhuma mensagem importante ou reflexão, não conta com um roteiro criativo e sequer recicla velhos clichês. Tony Scott prefere seguir o caminho contrário, abusando de fórmulas e receitas para alcançar o sucesso de bilheteria. Por isso, explora as cenas de ação envolvendo os caças para atrair o público masculino e do romance envolvendo o galã da época para atrair o público feminino. No fim das contas, o diretor conseguiu alcançar seu objetivo, mas infelizmente não conseguiu nada mais do que isso. Ao contrário dos poderosos aviões que vemos em todo o filme, “Top Gun – Ases Indomáveis” jamais alça vôos maiores.
fonte
fonte CINEMA EM DEBATE
Um Sonho de Liberdade
4.6 2,4K Assista Agora"Um Sonho de Liberdade" é um excelente drama sobre esperança, redenção e fé. Baseado numa obra de Stephen King, o filme, roteirizado e dirigido por Frank Darabont, prende a atenção do espectador do início ao fim.
Tanto o roteiro quanto a direção de Darabont, estão impecáveis. Apresentando cenas memoráveis, o filme apresenta ainda uma magnífica trilha sonora, uma bela fotografia, um bom trabalho de edição e interpretações soberbas.
No elenco, o grande destaque é Morgan Freeman, seguido das atuações de Tim Robbins e de Bob Gunton, este último no papel do corrupto Diretor da Penitenciária.
O Último Combate
2.9 4Já no fim da 2ª Guerra Mundial, a tropa de Murphy (Peter O'Toole) é massacrada pelos alemães e ele é o único que sobrevive. Acampado na costa do rio Orinoco, ele começa a planejar uma vingança. O objetivo de Murphy é afundar o U-Boat (submarino alemão), não importa como. No desespero por honrar os coletas mortos, Murphy começa a pôr suas ideias em ação, sempre assistido por Louis (Philippe Noiret).
Esquecida produção com o inigualável Peter O'Toole, gravado na Venezuela. Um filme tenso e nada previsível.
O Poderoso Chefão
4.7 2,9K Assista Agora"O Poderoso Chefão" é um dos maiores clássicos do cinema e um dos filmes mais importantes de todos os tempos. É um estudo sociológico da violência, poder, honra, corrupção, justiça e crime nos Estados Unidos das décadas de 40 e 50.
Com um excelente roteiro e uma direção soberba, o filme de quase 3 horas de duração, mantém o espectador atento e interessado do início ao fim. O elenco é fantástico, com destaques para as atuações de Al Pacino e, principalmente, Marlon Brando.
A reconstituição dos anos 40 / 50 é perfeita. A trilha sonora de Nino Rota é simplesmente muito bonita. Merecem ainda destaques, o figurino e a fotografia de Gordon Willis.
PRÊMIOS
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Filme
Oscar de Melhor Roteiro Adaptado
Oscar de Melhor Ator (Marlon Brando)
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio Anthony Asquith de Melhor Música (Nino Rota)
Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA
Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante (Robert Duvall)
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme - Drama
Prêmio de Melhor Direção (Francis Ford Coppola)
Prêmio de Melhor Roteiro
Prêmio de Melhor Ator em um Drama (Marlon Brando)
Prêmio de Melhor Trilha Sonora Original
Prêmios David di Donatello, Itália
David de Melhor Filme Estrangeiro
David Especial (Al Pacino)
Grêmio dos Diretores da América
Prêmio por Direção Excepcional (Francis Ford Coppola)
Grêmio dos Roteiristas da América
Prêmio de Melhor Roteiro de um Drama Americano (Mario Puzo, Francis Ford Coppola )
Círculo dos Críticos de Cinema de Kansas City, USA
Prêmio de Melhor Direção (Francis Ford Coppola)
Prêmio de Melhor Ator (Marlon Brando)
Sociedade Nacional dos Críticos de Cinama dos Estados Unidos
Prêmio de Melhor Ator (Al Pacino)
INDICAÇÕES
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Direção (Francis Ford Coppola)
Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (James Caan, Robert Duvall, Al Pacino)
Oscar de Melhor Edição
Oscar de Melhor Figurino
Oscar de Melhor Trilha Sonora
Oscar de Melhores Efeitos Sonoros
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio de Melhor Ator (Marlon Brando)
Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante (Robert Duvall)
Prêmio de Melhor Figurino
Prêmio de Melhor Revelação Masculina (Al Pacino)
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Ator em um Drama (Al Pacino)
Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante (James Caan)
Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA
Prêmio de Melhor Filme
Prêmio de Melhor Ator (Marlon Brando)
Prêmio de Melhor Direção (Francis Ford Coppola)
Sociedade Nacional dos Críticos de Cinama dos Estados Unidos
Prêmio de Melhor Filme
Prêmio de Melhor Roteiro (Francis Ford Coppola, Mario Puzo)
Prêmio de Melhor Fotografia (Gordon Wills )
Preêmio de Melhor Ator Coadjuvante (Robert Duvall)
Prêmio de Melhor Ator (Marlon Brando)
Prêmio de Melhor Diretor (Francis Ford Coppola)
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Párias do Vicio
3.8 1Este último de várias adaptações para o cinema de Bret Harte os desterrados de Poker Flat estrelas Cameron Mitchell como um bandido assassino ocidental, Anne Baxter como sua esposa, Dale Robertson como um jogador desgraçado e Miriam Hopkins como um floozie desbotada dança de salão. Todos esses personagens (com alguns outros tipos socialmente indesejáveis) estão presos em uma cabana na montanha de neve. Como as chances de salvamento desaparecer, a verdadeira natureza dos ocupantes da cabine subir à superfície. É o jogador, aparentemente o mais covarde do grupo, que assume o bandido quando ele ameaça a sobrevivência dos outros. Párias da Poker Flat é menos pessimista do que as versões anteriores da história ... e, consequentemente, menos memoráveis. ~ Hal Erickson, Rovi
Nascido Para Matar
4.3 1,1K Assista Agora"Nascido para Matar" é um ótimo filme dedicado e sobre a guerra do Vietnã. Baseado no livro de Gustav Hasford e realizado pelo grande cineasta Stanley Kubrick, o filme mostra, através dos olhos de um soldado, os caminhos por ele percorridos do treinamento e preparação às experiências vividas nos campos de batalha.
Com um excelente roteiro e a direção perfeita de Kubrick, o filme tem ainda um magnífico trabalho de efeitos especiais.
No elenco, os grandes destaques ficam para as atuações de Vincent D'Onofrio, Matthew Modine e R. Lee Ermey, com ênfase para Ermey no papel do Sgt. Hartman.
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Os Doze Condenados
4.0 96 Assista AgoraBaseado na obra de E. M. Nathanson, "Os Doze Condenados" é um dos mais populares filmes sobre a 2ª Guerra Mundial. As cenas de combate são muito bem coreografadas.
Realizado pelo cineasta Robert Aldrich, que faz um belo trabalho, "Os Doze Condenados" conta ainda com um magnífico roteiro, assinado por Nunnally Johnson e Lukas Heller, e com um elenco de primeira grandeza.
Lee Marvin realiza um dos melhores papéis de sua carreira, assim como, John Cassavetes. Telly Savalas, Donald Sutherland e Charles Bronson também estão bem em seus respectivos papéis.
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Correspondente Estrangeiro
3.7 54 Assista AgoraBaseando-se inicialmente nas memórias autobiográficas de Vincent Sheen e contando com as ajudas dos roteiristas Charles Bennett e Joan Harrison, Hitchcock reformulou a história, realizando mais um dos seus grandes sucessos.
A grande força de "Correspondente Estrangeiro" reside, em grande parte, à incrível habilidade narrativa e visão cinematográfica do grande mestre do suspense. Adicionalmente, o filme nos brinda com a bela fotografia em preto-e-branco de Rudolph Maté e com um ótimo trabalho na área de efeitos especiais.
São inúmeros os grandes momentos desse thriller, dentre os quais acham-se as seqüências do assassinato do sósia de Van Meer, debaixo de chuva, com tomadas aéreas que nos permitem ver a área totalmente coberta por guarda-chuvas, ou as cenas de alto suspense no moinho, ou ainda os momentos que culminam com o acidente aéreo e o resgate dos sobreviventes. Hitchcock mostra-se realmente atento a cada detalhe.
No elenco, os maiores destaques ficam por conta das magníficas atuações de Albert Bassermann e Herbert Marshall, seguidas pelo trabalho de Joel McCrea.
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A Loja da Esquina
4.2 70Baseada no livro de Miklós László e adaptada para o cinema por Samson Raphaelson com a ajuda de Ben Hecht, “A Loja da Esquina” é uma deliciosa comédia romântica do cinema americano do início dos anos 40. Realizada pelo cineasta alemão Ernst Lubitsch, sua trama gira em torno de um grupo de pessoas comuns que trabalham lado a lado em uma loja de presentes, com ênfase para o relacionamento entre o mais experiente funcionário da casa e uma recém-contratada vendedora.
A direção de Lubitsch é excelente ao conseguir realizar esse delicioso trabalho sem recorrer a exageros, muitas vezes presentes nesse tipo de gênero, um trabalho espirituoso sem ser pretensioso. Sem dúvida alguma, Lubitsch contou com o ótimo roteiro escrito por Raphaelson, que cria um grupo maravilhoso de personagens e uma grande atmosfera para a comédia.
No elenco, James Stewart e Margaret Sullavan, demonstrando uma química perfeita entre eles, nos brindam com diálogos afiados e são, sem dúvida, os grandes destaques desse filme. Frank Morgan também merece ser destacado por sua ótima atuação no papel do proprietário da loja de presentes.
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Intriga Internacional
4.1 347 Assista Agora"Intriga Internacional" está entre as seis melhores realizações do grande cineasta do suspense, Alfred Hitchcock, e é sem dúvida uma de suas obras-primas.
A marca principal de "Intriga Internacional" é a forma como Hitchcock desenvolve o nível de tensão, num filme repleto de emoção e reviravoltas. O grande mestre trabalha como um verdadeiro arquiteto: cada cena, cada diálogo é muito bem estudado, antes de ter a versão final.
As cenas de ação são de tirar o fôlego como, por exemplo, nas seqüências em que Thornhill é perseguido por um avião monomotor ou na perseguição que tem efeito nas encostas do Monte Rushmore.
Como em "Janela Indiscreta", o protagonista tem uma garota que aceita incondicionalmente sua versão da história, mas, como em "Um Corpo Que Cai", ela não é exatamente o que inicialmente aparenta ser.
A trilha sonora é excelente, assim como, o trabalho de edição. No elenco, os maiores destaques ficam por conta das atuações de James Mason, Eva Marie Saint e Cary Grant.
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Vinhas da Ira
4.4 205Poucos filmes americanos da década de 30 lidaram com o sofrimento e os transtornos da Depressão. Hollywood, em sua grande maioria, deixou que outras mídias, como o teatro, a literatura e a fotografia, documentassem o desastre nacional. O romance de John Steinbeck As vinhas da ira, publicado em 1939, foi baseado em uma pesquisa rigorosa, em que o autor seguiu famílias agricultoras desalojadas de Oklahoma na sua jornada até as lavouras da Califórnia em busca de trabalho.
Apesar das objeções dos conservadores que controlavam o estúdio, Darryl Zanuck comprou os direitos do livro para a 20th Century Fox. Ele sabia que John Ford era o homem certo para dirigir o filme, com sua sensibilidade para com o povo americano e sua história. Ford também se identificava com que há de mais doloroso no suplício da família Joad – não a pobreza aguda, mas o trauma psicológico de quem é arrancado do seu lar, jogado na estrada, desenraizado. Em uma cena memorável , a Mãe (Jane Darwell) queima os pertences que não pode levar consigo na noite anterior ao dia em que precisam abandonar a fazenda.
Para o papel de protagonista Tom Joad, Ford escalou Henry Fonda, que pouco tempo atrás havia estrelado A mocidade de Lincoln (1939) e Ao rufar dos tambores (1939), dois outros filmes sobre a história da América, também dirigidos por Ford. Dentre os outros membros da Sociedade Anônima John Ford presentes aqui estão Russell Simpson como o Pai, John Qualen como o amigo Muley e John Carradine como o pastor itinerante. E, para o posto de cinegrafista, Ford fez uma escolha inspirada. Gregg Toland capturou de forma brilhante o olhar documental das fotografias que haviam sido tiradas da tragédia por fotógrafos contratados pelo governo, como Dorothea Lange. Em nenhum momento isso fica mais patente do que na seqüência em que a família Joad chega a um acampamento de sem-terra, com a câmera detendo-se nos rostos soturnos dos ocupantes e nos barracos caindo aos pedaços em que eles vivem.
Embora As vinhas da ira não deixe de mostrar a enormidade do sofrimento dos seus protagonistas, há uma importante divergência em relação ao livro. No romance de Steinbeck, a família a princípio encontra condições mais favoráveis em um acampamento do governo, porém, no fim, se vê reduzida a salários de fome. No filme, ela chega ao mesmo acampamento mais tarde, de modo que seu progresso se dá em uma curva ascendente, marcada pela última fala da mãe: “Nós somos o povo...jamais deixaremos de existir”.
do livro 1001 Filmes para ver antes de morrer:
Núpcias de Escândalo
3.9 109 Assista Agora"Núpcias de Escândalo" é uma inteligente e sofisticada comédia. Realizado pelo cineasta George Cukor, o filme gira em torno dos incidentes e reviravoltas que ocorrem às vésperas do casamento de uma socialite da Filadélfia.
O roteiro, assinado por Donald Ogden Stewart e ganhador de um Oscar, é uma brilhante adaptação para o cinema de uma peça homônima da Broadway, escrita por Philip Barry.
A direção de Cukor é consistentemente boa, apresentando um ótimo ritmo do início ao fim. A trilha sonora e a fotografia são dois outros quesitos que merecem atenção.
No elenco, Katharine Hepburn está absolutamente maravilhosa no papel de Tracy Lord. Aliás, ela já havia sido consagrada pela crítica ao fazer o mesmo papel nos palcos da Broadway. Indicada ao Oscar de Melhor Atriz, perdeu a estatueta para Ginger Rogers, por sua atuação em "Kitty Foyle". James Stewart e Cary Grant também estão fabulosos em seus respectivos papéis, tendo o primeiro sido agraciado com o Oscar de Melhor Ator. Entre os coadjuvantes, os grandes destaques ficam por conta das atuações de Ruth Hussey e Virginia Weidler, esta última com apenas 14 anos de idade.
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A Marca do Zorro
3.7 38 Assista AgoraA Marca do Zorro" é um ótimo filme de aventuras. Realizado em 1940 por Rouben Mamoulian, o filme começa com um bom ritmo, o qual é mantido até o final, quando ocorre um dos maiores duelos já vistos, no cinema, entre dois dos mais ágeis espadachins de Hollywood, Tyrone Power e Basil Rathbone. É o tipo de filme que se assiste por puro entretenimento, já que seu final é bastante previsível.
Além da sólida direção de Mamoulian, "A Marca do Zorro" apresenta uma brilhante trilha sonora, assinada por Alfred Newman, uma bela fotografia em preto-e-branco, uma boa direção de arte e ótimas atuações de seus principais atores. Além de sua magnífica interpretação, Tyrone Power consegue criar uma ótima química com a bela Linda Darnell, na época com apenas 17 anos de idade.
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A Outra Face
3.7 700 Assista AgoraMais que um longa-metragem de ação, uma idéia ousada, original e inovadora que faz de A Outra Face diferente de tudo que já se havia visto no gênero. Desde o princípio, mostra ser um excelente filme, não deixando a ação para depois e já começando em ritmo frenético, durante a ótima perseguição na qual o agente do FBI Sean Archer (John Travolta) consegue finalmente capturar Castor Troy (Nicolas Cage), terrorista responsável pela morte do seu filho. O roteiro caracteriza muito bem esses personagens, desenvolvendo-os de forma antagônica, desde a personalidade até os hábitos e gestos, mostrando que as características psicológicas e comportamentais podem até se sobrepor às características físicas na determinação de um indivíduo. Para essa distinção, as atuações de excelentes atores como Nicolas Cage e John Travolta foram fundamentais. Em alguns momentos, é claro, as suas grandes diferenças no modo próprio de atuar acabam causando a impressão de ser impossível que um seja na verdade o outro. Mas, em geral, eles cumprem seus papéis com total competência e, afinal, a própria idéia de trocar de rostos já é impossível, principalmente para uma época onde ainda eram usados disquetes em vez de CD-ROM. O filme traz a brilhante direção de John Woo, aclamado diretor de filmes de ação, que sempre deixa a sua presença marcada por onde passa. A presença dos pássaros em cenas que antecedem a ação, por exemplo, já é uma marca do diretor, como seria observado posteriormente em Missão: Impossível 2. A ação fica por conta de excelentes efeitos visuais e sonoros nas cenas de ação (indicado ao Oscar de melhor edição de som), ótimas cenas de perseguição (como a perseguição de lancha no final) e, sobretudo, de tiroteios, nas quais o diretor parece ser especialista, fazendo com que cada uma tenha algo diferenciado, nunca apenas o herói atirando no vilão ou vice-versa. As cenas são sempre inovadoras e, ao mesmo tempo, características do seu modo de dirigir, sendo mostradas em diferentes ângulos ou em câmera lenta, buscando colocar os personagens cara a cara, em situações nas quais são obrigados a hesitar em atirar um no outro por mais próximos que estejam, tudo acompanhado por uma boa trilha sonora. E tudo isso é feito de forma marcante, como na cena em que os dois atiram simultaneamente nos espelhos à sua frente, dando a impressão de que quisessem atingir o inimigo atirando na própria imagem, já que estavam um com a face do outro. Uma ressalva é que, em algumas cenas, como nessa do espelho, é possível perceber a presença dos dublês, mas, ninguém pode ser perfeito. Talvez tenham se preocupado demais em fazer Nicolas Cage parecer John Travolta, ou vice-versa, que se esqueceram de fazer os dublês parecerem os atores. Produzido em uma época na qual os filmes de ação tinham uma extrema popularidade e rentabilidade, A Outra Face marcou o gênero e até hoje é referência para quem curte filmes de ação.
Dormindo Com o Inimigo
3.4 303 Assista Agora"Dormindo com o Inimigo", é um filme que começa de forma gelada. É um filme frio, onde qualquer parte emotiva só é realizada por Julia Roberts. Basicamente, é uma fita de perseguição por parte do marido repressivo,obsessivo e agressivo. Esse marido é interpretado por Patrick Bergin. Um ator ruim que tem só meia dúzia de "caras" apresentáveis. O roteiro é algo extremamente esburacado, e algumas cenas e detalhes parecem inverossímeis. O diretor, Joseph Ruben, é mais um estreante. Vale só pelo talento impagável de Julia Roberts, que faz o papel da mulher fugitiva e procurada pelo marido ditador. Serve mais como passatempo razoável.
Cortina de Fogo
3.4 65 Assista AgoraO diretor Ron howard é uma das pessoas mais queridas em Hollywood. E isso é fácil de se entender. Ele foi um garoto prodígio, tendo começado a carreira como ator antes de completar 3 anos de idade. Estrelou séries de sucesso, filmes( como " Loucuras de verão" de George Lucas) e nos anos 80 começou a dirigir filmes. Em sua trajetória atrás das camêras, fez grandes sucessos( " Cocoon", " Apollo 13"), alguns escorregões( " Willow", " Um sonho distante") e ganhou um merecido Oscar com " Uma mente brilhante". Em " Backdraft" Howard trabalha como operário padrão, faz um bom filme de ação, mas sem o apelo sentimental e a magia de outros filmes seus. O roteiro conta a história de uma família de bombeiros, mais precisamente, de 2 irmãos( Kurt Russell e o péssimo William Baldwin)que disputam para ver quem é o melhor bombeiro, aquele que consegue salvar mais vidas. Eles precisam unir suas forças quando um terrorista incendiário ameaça a vida de várias pessoas inocentes. A Universal, produtora do filme, gastou uma fortuna para contar essa história e convocou um elenco excelente , com destaque para o veterano Donald Sutherland,os eternos coadjuvantes Scoot Glenn e JT Walsh, as loiras belíssimas Jennifer Jason Leigh e Rebecca de Mornay, e o astro Robert de Niro ,em um pequeno, mas importante , papel. Vale a pena ver pelas excelentes cenas de ação, e pelo trabalho dos atores. A história, porém, como sempre em filmes do gênero é repleta de clichês, e de situações pouco prováveis. cotação: 7
Poder Paranormal
3.2 701A ciência é a forma de conhecimento mais aceita no mundo, permitindo um entendimento vasto e objetivo sobre eventos naturais e humanos por meio de uma metodologia experimental, além de promover avanços tecnológicos que beneficiam a sociedade em diversos âmbitos. Por outro lado, há fatores que aparentemente não se encaixam à lógica científica e geram questionamentos, insegurança e, ao mesmo tempo, esperança de que a vida guarda mistérios que fogem à nossa compreensão. “O que você pode realmente saber? O que você chama de verdade?” – indaga Simon Silver (Robert De Niro) durante um de seus espetáculos sobrenaturais.
Neste cenário dividido e cheio de incertezas, “Poder Paranormal” nos apresenta Margaret Matheson (Sigourney Weaver), uma professora e cientista que, com a ajuda de seu assessor Tom Buckley (Cillian Murphy), estuda casos de suposta paranormalidade a fim de desmenti-los e desmascarar os impostores por trás do golpe, se necessário. Esta racionalidade é posta em questão quando o famoso vidente Simon Silver retorna do anonimato após 30 anos, despertando o interesse de Buckley e trazendo à tona lembranças angustiantes de Matheson.
A dualidade entre ciência e sobrenatural é muito bem ilustrada pela fotografia de Xavi Giménez em parceria com a direção de arte de Edward Bonutto, que variam entre tons frios e quentes de acordo com a representação de cada cor para determinado personagem ou situação. Por exemplo, as cenas da faculdade em que Matheson dá aula são sempre filmadas em paleta azul-esverdeada, enquanto o cenário do teatro onde ocorre o show de Silver é composto primordialmente da cor vermelha. Esse contraste pode ser observado também na casa de Matheson, que contém ambas as cores, reflexo da posição contraditória da personagem. Esta é confessadamente descrente no sobrenatural, mas esconde o desejo de que existisse algo além da vida, para assim saber lidar de forma saudável com o fato de seu filho estar em coma há anos.
O primeiro ato é o melhor do filme, desenvolvendo-se de maneira paciente e sucinta. Apresentando-nos logo no início à forma de trabalho da dupla de cientistas, o roteirista e diretor Rodrigo Cortés nos familiariza com os personagens e cria um vinculo imediato entre eles e o público. As atuações de Weaver e Murphy também são eficientes ao passar de forma natural a seriedade e considerável frieza da experiente Matheson e a personalidade amistosa e curiosa do aprendiz Buckley.
A introdução de Silver à trama já subentende uma relação de confronto silencioso para com os dois cientistas. O estabelecimento desse conflito e, principalmente, sua manutenção em um nível etéreo, mas sempre presente, gera um clima de mistério e tensão que é responsável por grande parte do interesse do público, funcionando também como ambientação para trabalhar melhor a esfera dramática dos personagens.
A partir daí, o filme começa a mostrar suas falhas. A mudança de foco que ocorre na metade da projeção, revelando Buckley como o verdadeiro protagonista, pode ser até interessante do ponto de vista narrativo, mas ocorre de forma brusca, sem que o terreno esteja preparado para o espectador admitir esta mudança naturalmente. As possibilidades que a personagem de Weaver poderia oferecer enquanto centro da narrativa são postas de lado sem que este mesmo nível de importância seja transposto a Buckley. Isso deixa um buraco no vinculo com o público que nunca é totalmente preenchido de novo – mesmo com a competente atuação de Murphy –, o que prejudica também o excelente clima de suspense construído até então.
Coadjuvantes mal explorados também contribuem para essa fragilidade do longa. Elizabeth Olsen, que já tem experiência com suspense no recente “A Casa Silenciosa”, o qual protagonizou, desta vez lida com uma personagem bem menos exigente, Sally, aluna de Matheson e namorada de Buckley. Sua participação é pontual e inofensiva, podendo simplesmente ser descartada sem que isso provocasse grandes alterações na trama. O único personagem secundário com função definida e executada de modo satisfatório é Paul Shackleton, um cientista colega de Matheson, interpretado pelo carismático Toby Jones.
O próprio Silver, personagem chave do longa, não passaria a importância que tem na história se não fosse a presença gigantesca de Robert De Niro, estando o personagem a serviço do ator. A cena específica que fornece uma boa oportunidade para consolidar o nível de ameaça do vidente à comunidade científica e a Buckley em particular é totalmente desperdiçada com um monólogo tão vazio que soa confuso.
Cortés perde a mão no trabalho com os personagens quando se rende aos clichês do gênero, com direito a uma mulher desconhecida apontando o dedo para Buckley no meio da rua com ar misterioso. O diretor também peca no ritmo, jogando várias situações “intrigantes” e repentinas em uma única sequência – a que Buckley está em casa com Sally –, fazendo desta quase o clímax do filme. Depois do terceiro “susto”, a cena já perde completamente o propósito.
O último ato apresenta uma reviravolta interessante, mas que deixa várias pontas soltas para o espectador mais atento que procura uma coerência geral dos eventos. Ainda com falhas de roteiro e direção, “Poder Paranormal” conta uma boa história e consegue entreter, sendo boa parte disso mérito do ótimo elenco. No mais, a trilha de Victor Reyes e o desenho de som de James Muñoz, apelativos e característicos desse tipo de produção, sabotam qualquer intenção de Cortés em apresentar algo fora da caixa.
http://cinemacomrapadura.com.br/
Máquina Mortífera 4
3.4 216 Assista AgoraApostando na competente mistura de cenas de ação de tirar o fôlego com muito bom humor, a série “Máquina Mortífera” consolidou-se como uma franquia de sucesso que, obviamente, também contava com o enorme carisma de seus personagens para conquistar a plateia. No entanto, se os três primeiros trabalhos eram marcados pela eficiência e regularidade, este quarto filme traz uma leve queda neste aspecto, ainda que o tombo não seja suficiente para fazer de “Máquina Mortífera 4” um longa ruim, apenas um trabalho claramente mais preguiçoso que os anteriores.
Logo em seus empolgantes instantes iniciais, “Máquina Mortífera 4” já deixa claro que estamos assistindo a um legítimo filme da série, nos colocando dentro da ação enquanto acompanhamos o divertido diálogo dos carismáticos personagens, numa sequência muito bem conduzida por Richard Donner e que conta ainda com o excepcional design de som para nos ambientar, permitindo distinguir a conversa em meio aos tiros e explosões com precisão. Ciente de que já somos familiarizados com os personagens e seus dramas, traumas, problemas familiares e qualidades, o roteiro economiza tempo e parte logo para a apresentação do conflito que moverá a narrativa, através da chegada dos chineses no porto.
Conduzindo todo este trabalho com segurança, Richard Donner acerta novamente na criação de cenas marcantes, como a excelente perseguição de carros envolvendo um trailer numa autopista de Los Angeles, repleta de malabarismos absurdos dos personagens e conduzida de maneira ágil e nunca confusa pelo diretor. Já quando Riggs para o carro na beira do trilho do trem, a tensão toma conta da tela justamente por termos acompanhado um assassinato semelhante no início do filme – e o posicionamento idêntico da câmera ajuda nesta associação. Balanceando estes momentos de adrenalina e tensão, as cenas engraçadas surgem em profusão, mas a que mais se destaca é mesmo a hilária conversa entre Riggs, Murtaugh e Benny num consultório odontológico. E finalmente, Donner mantém-se fiel à estrutura narrativa clássica da série, nos levando ao confronto final entre Riggs e o vilão numa noite chuvosa, fotografada de maneira bem obscura para ampliar a tensão. Só que desta vez, a luta corporal conta também com a participação de Murtaugh e, obviamente, é reforçada pela presença de um oponente realmente ameaçador.
Escorregando especialmente no roteiro, “Máquina Mortífera 4” representa uma leve queda na qualidade da série, mas está longe de ser um fracasso. Ainda que falte um pouco mais de ação, a foto da “família” e a criativa apresentação dos créditos finais conferem uma atmosfera nostálgica ao desfecho do longa, garantindo o encerramento digno de uma série muito eficiente e divertida.
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O Retorno de Frank James
3.3 18 Assista Agora"O Retorno de Frank James" é um bom western. Realizado por Fritz Lang, em 1940, o filme conta com um ótimo roteiro, um cuidadoso figurino, uma bela fotografia, além de marcantes atuações.
Os melhores momentos têm lugar no tribunal, onde Frank é julgado por um júri comprometido e parcial.
No elenco, com apenas 20 anos de idade, Gene Tierney faz sua estréia no cinema com uma ótima atuação, no papel de uma jovem repórter. Mas o grande ator, aqui, é sem dúvida Henry Fonda, como Frank James, inesquecível.
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Gestapo
3.7 9É impossível escrever sobre Night train to Munich sem citar The lady vanishes. Carol Reed nunca escondeu sua admiração pelo filme de Hitchcock e dele importou os roteiristas Sidney Gilliat e Frank Launder, além dos famosos personagens amantes de cricket, Charters (Basil Radford) e Caldicott (Naunton Wayne) – neste caso, porém, a importância da dupla, que apareceria em outros filmes, é ainda maior. A heroína é a mesma Margaret Lockwood, musa de Reed e que com ele fez longa parceria. Sua personagem tem personalidade muito parecida com a do filme de Hitchcock: aparentemente fraca e mimada, no fundo tem espírito para defender seus ideais e preza pela independência feminina. Os elementos do filme são convergentes: trama internacional sob a sombra da Segunda Guerra, espiões nazistas, assassinatos, a tal viagem no trem, cidadãos comuns defendendo a pátria… Mas, se no filme de Hitchcock a aventura era das mais ingênuas e se concentrava nos trilhos, em Night train a situação é um pouco diferente, com momentos mais longos e complexos. Há diálogos demais e ação de menos. Em outras palavras: Carol Reed cozinha demais seu prato e quando vamos prová-lo percebemos que não é tão saboroso assim. Verdade seja dita: The lady vanishes é muito mais divertido, charmoso e espontâneo. Tudo bem que comparações com os filmes de Hitchcock quase sempre são desiguais, mas Reed, com o talento que tinha, poderia ter feito melhor. No último terço da narrativa, quando ela enfim conseguir fluir com facilidade, há alguns grandes momentos – mas o saldo final é de apenas um filme bom e simpático.
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A Carta
3.9 70Baseado em um romance de Somerset Maugham, “A Carta” é um excelente filme noir, indicado a nada menos que sete Oscars, inclusive aos de melhor filme e de melhor direção. Realizado pelo grande cineasta William Wyler, a trama segue um roteiro simples, mas muito bem estruturado.
Em seu trabalho, Wyler conta ainda com a bela fotografia de Tony Gaudio, a memorável música de Max Steiner e grandes atuações de seus principais atores, entre os quais destacam-se Bette Davis, James Stephenson e Gale Sondergaard, esta última no papel da vingativa viúva. Embora todos estejam de parabéns, eu me arrisco a dizer que os grandes astros desse filme são Bette Davis, inesquecível, e o diretor William Wyler.
Enfim, “A Carta” é um filme imperdível.
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Assassinato Em 4 Atos
3.0 24“Assassinato Em 4 Atos” é mais um bom suspense francês com uma história complexa e com muitos detalhes. Há também o uso de clichés, tipo perseguição de automóvel, para dar mais dinamismo a trama.
É sempre bom ver Gérard Depardieu, que tem o bom senso de fazer o papel de um detetive aposentado; portanto ele está perfeito para o papel. Este é o primeiro filme que eu vejo com Joey Starr e ele tem ótima atuação no papel de um agente durão e traumatizado com a sua infância.
“Assassinato Em 4 Atos” não é nenhuma obra-prima e tem falhas, mas é superior a muitos outros suspenses; logo, merece ser visto.
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Jake Grandão
3.6 30 Assista AgoraJake McCandles (John Wayne) é um xerife da velha Guarda que após vários anos reencontra sua esposa (Maureen O'Hara). Ao mesmo tempo em que tenta uma reconciliação tem que enfrentar o terrível sequestro de seu neto por um sórdido bando de facínoras foras-da-lei. Devo confessar que quando li sobre o filme pela primeira vez pensei que seria bem fraco. Isso porque "Jake Grandão" é um projeto muito familiar por parte de John Wayne. Dois filhos estão em cena, o próprio Wayne dirigiu parte do filme e para terminar encaixou o filho de seu amigo, Robert Mitchum, no elenco. Assim pensei que seria um western feito a toque de caixa, sem grandes pretensões ou qualidade, feito única e exclusivamente para a filharada ganhar uma grana extra. Realmente me enganei. Claro que por essa época Wayne não fazia mais grandes clássicos da história do cinema. As produções eram bem mais modestas e os roteiros eram simples e derivativos de seus antigos filmes mas mesmo assim ele conseguia manter um padrão de qualidade, coisa que se repete aqui.
"Jake Grandão" nem de longe pode ser comparado com filmes como "Rastros de Ódio". É uma fita simples, de rotina, tipicamente um trabalho na média do que ele produziu nos anos 70. Embora não seja um grande filme é sem dúvidas bem digno. Tem boas sequências de bang bang, um suspense muito bem feito na cena final, uma boa fotografia, com belas paisagens do oeste e para finalizar aquele pequeno toque de humor que Wayne costumava colocar em seus filmes. Assim "Jake Grandão" traz o pacote inteiro do que se espera de um filme do ator. Diverte e entretém e por isso recomendo aos fãs do estilo.
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2019: O Ano da Extinção
3.0 808Antes de tudo esqueça o bizarro título nacional. Esqueça também a moda dos vampiros que assola Hollywood. Se você passar por cima dessas duas coisas já terá um bom motivo para assistir esse Daybreakers. O filme tem um ponto de partida bem bolado: o que aconteceria se praticamente toda a humanidade se tornasse vampira? Onde os seguidores de Vlad iriam arranjar sangue humano para sobreviver? É a partir dessa crise que se desenvolve o argumento principal do filme. O grande problema de Daybreakers é que mesmo com uma boa idéia nas mãos os roteiristas não conseguiram desenvolver bem o tema. É o típico caso de uma idéia que ficou pelo meio do caminho.
A mistura High Tech futurista com vampiros não deu muito certo. Não deixa de ser chato termos que encarar vampiros na pele de militares ultra bem armados. O charme que sempre acompanhou os seres da noite se perde totalmente em coisas como essa. A tal "cura" mostrada também não convence. É uma solução simples demais e pouco verossímil (pelo menos dentro da mitologia dos vampiros). O elenco também apenas passeia em cena. Até bons atores (como Willem Dafoe) não parecem se interessar muito. Em controle remoto a única coisa que chama atenção em sua interpretação é seu visual "Raul Seixas citando Elvis Presley". Fora isso o filme se torna apenas mediano. Parece muito com seriado de TV inspirado em quadrinhos. Para se tornar um filme realmente bom faltou um melhor desenvolvimento por parte dos roteiristas.
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